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CATEGORIA: Apresentação Oral Eixo Temático Ciências Sociais (Educação Ambiental)

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Academic year: 2021

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CATEGORIA: Apresentação Oral

Eixo Temático – Ciências Sociais (Educação Ambiental)

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE SANTO ANTÔNIO DA PLATINA-PR1

André Luiz Santos de Oliveira2 Rosemary Trabold Nicácio3

RESUMO: Este trabalho foi focado na pesquisa bibliográfica e na coleta de dados; as análises foram resultados de um questionário respondido por alunos do primeiro ano de dois colégios públicos da cidade de Santo Antônio da Platina, no Paraná, sobre a Educação Ambiental. A pesquisa tem como objetivo coletar informações através de questões entregues aos discentes, e dependendo do aproveitamento destes (questões respondidas corretamente), pode-se saber se as informações sobre questões ligadas à sustentabilidade do planeta, por exemplo, estão sendo transmitidas principalmente pelos professores.

Palavras-chave: educação ambiental, colégios públicos, sustentabilidade, transmitidas, professores.

1 INTRODUÇÃO

Gerado na expansão colonial, o Brasil tem o sentido de formação de extrema exploração, sem precisão, num processo em que o país se concebe num espaço a se ganhar. Um processo que se estende, seja na visão de terra ou homem, ambos igualados na percepção dos colonizadores apenas enquanto recursos que o território tende a oferecer. A formação territorial brasileira é, historicamente, essencialmente degradadora do território e dos habitantes (MORAES, 2002).

As pessoas começaram a utilizar a natureza para fins próprios nas últimas décadas, assim, explicita Ruy (2004) que as preocupações com o tema “meio ambiente”,

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Este trabalho pretende apresentar reflexões resultantes, de um Trabalho de Conclusão de Curso de pós-graduação em Gestão Ambiental intitulado ”A Educação Ambiental nas Escolas Públicas Centrais e Periféricas de Santo Antônio da Platina-PR”, realizado em 2011.

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Graduado em Biologia, Universidade Estadual do Norte do Paraná e pós-graduando em Gestão ambiental pelas Faculdades Integradas de Ourinhos– UENP – CEP 86430 – 000 – Jacarezinho – Paraná – Brasil – oliveira.andre.bio@hotmail.com

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Professora mestre em Educação: História, Política e Sociedade – PUC/SP, Coordenadora do Curso de Pedagogia das FIO, Faculdades Integradas de Ourinhos e Supervisora de Ensino na Secretaria de Estado da Educação. CEP 19 900-000 – Ourinhos – São Paulo – Brasil – rosenicacio@gmail.com

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vêm se intensificando e, com elas, começaram também as iniciativas de vários setores de nossa sociedade, para o desenvolvimento de ideias e atividades, que tem como objetivo, educar as comunidades sobre as questões ambientais, o que deve ou não ser feito.

Segundo Dias (2004) no artigo 1º da Lei nº 9795, de 27 de abril de 1999, fica claro que a educação ambiental é entendida por processos sobre os quais o indivíduo só e também na coletividade constrói valores sociais, conhecimentos e atos focados diretamente para a conservação do meio ambiente, bem como o uso comum, essencial à sadia qualidade de vida da população e sua sustentabilidade.

Dias (2004), mostra também, no artigo 9º da lei nº 9795/99, que a Educação Ambiental deve ser implementada no ensino formal e não-formal. No ensino formal, deve ser na Educação Básica4, no Ensino Superior, na Educação Especial, Profissional e de Jovens e Adultos. Já no ensino não-formal, são as ações e práticas de educação voltadas para sensibilizar e levar informações ao coletivo sobre questões ambientais, sua organização e participação, defendendo a qualidade do meio ambiente.

Segundo Reigota (2004), a comunidade internacional acredita que a educação ambiental deve estar presente em todos os espaços que educam os cidadãos, como nas escolas, parques ecológicos, sindicatos, universidades e meio de comunicação em massa, como televisão, rádio, jornais, revistas etc. A educação ambiental pode estar presente, nas mais diversas disciplinas escolares, como quando estão sendo estudados temas que enfoquem as relações entre meio natural, humanidade e relações sociais.

No atual quadro do ensino de saúde nas escolas do Brasil de Ensino Fundamental, constata-se o despreparo dos docentes nesta área de conhecimento e a falta de qualidade da maioria dos livros didáticos, a escassez de material alternativo a ele, as condições desfavoráveis de trabalho dos professores e as péssimas condições físicas que apresentam, via de regra, as escolas de Ensino Fundamental (MOHR; SCHALL, 1992).

Deve-se partir do saber fundamental: mudar é difícil, mas é possível, para que se consiga programar a ação político pedagógica, não importa o projeto com o qual os educadores estão se comprometendo (FREIRE, 1996).

Os docentes de escolas públicas deveriam deixar claro para os adolescentes, segundo Valentin, L.; Santana, L. C. (2010), que a cidadania é posta na esfera do comportamento, em ações como: fazer com que não ocorra tanto desperdício, diminuir o

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consumo e usar os recursos naturais de uma forma branda e que ser cidadão, é economizar e combater o desperdício, já que isso implica lucro e redução dos gastos.

Reigota (2004) enfatiza, que o conteúdo mais indicado para trabalhar com a educação ambiental deve estar ligado à problemática ambiental vivida cotidianamente pelos alunos e que se queira resolver. Os conteúdos são os mais diversos, como: saneamento básico, espécies sendo extintas, os vastos tipos de poluição, biodiversidade, efeito estufa, reciclagem etc.

Os professores em todas as áreas do conhecimento deveriam abordar o tema “educação ambiental”, pois como deixou claro Durham (1984), que foi aprendido em sociologia, que existir ou perceber problemas ambientais e sociais, embora sejam elementos de necessidade, não são suficientes para que haja ações e para que a sociedade crie resposta para esses problemas. É necessário que os problemas sejam interpretados e também reconhecidos pela população, então, que tomemos finalmente consciência de que o problema existe e assim, construir articulações e ações em massa visando recuperação.

2. DESENVOLVIMENTO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A pesquisa foi exploratória, quanto à natureza, e realizada através da pesquisa de campo, cuja extensão se deu em duas escolas do município de Santo Antonio da Platina – PR, num total de 30 (trinta) alunos, sendo 15 (quinze) alunos em cada escola, todos do 1º ano do Ensino Médio e as os locais escolhidos foram os Colégios Estaduais Dr. Ubaldino do Amaral (central) e Maria Dalila Pinto (periférico). Para a concretização da pesquisa, as formas de acesso foram realizadas através de questionários aplicados na sala de aula e sua análise seguiu uma abordagem quantitativa.

O questionário possuía dez questões de múltipla escolha, com quatro alternativas cada, sobre temas ligados à Educação Ambiental (questões simples e objetivas), a análise realizou-se considerando os acertos e os erros, apontando para um resultado alarmante.

No colégio central, foi onde ocorreu o maior índice de acertos, no colégio periférico o índice caiu substancialmente. As médias foram baixas, no Colégio Maria Dalila Pinto, a média de acertos foi de 2,6 questões certas por aluno, isto se deve, pelo fato da maior parte dos alunos ter acertado de 1 (uma) a no máximo 3 (três) questões, e no colégio central, a média é 3,8 questões, pois a maior parte acertou de quatro a seis questões.

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Dos 15 (quinze) alunos que responderam às questões, no Colégio Maria Dalila Pinto, o colégio periférico, 12 (doze), acertaram no máximo 3 (três) questões, ou seja, 80% (oitenta por cento) dos estudantes, tiveram um índice muito baixo de acerto, fazendo com que a média fosse extremamente baixa, os outros 20% (vinte por cento), ou seja, 3 (três) alunos, acertaram de 4 (quatro) a 6 (seis) questões; nenhum acertou 7 (sete) ou mais questões.

No colégio central, a média não foi tão baixa, pois 9 (nove) alunos acertaram de 4 (quatro) a 6 (seis) questões, ou seja, 60% (sessenta por cento) não foi tão mal, mas os outros 40% (quarenta por cento), acertaram de 1 (uma) a 3 (três) questões, o que preocupa muito.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desses resultados há que se considerar que o trabalho educativo não tem ocorrido em nenhuma das escolas como prática efetiva de conscientização, e ainda, considerando as questões em que ocorreu maior índice de acertos, pode-se relacionar os conhecimentos à práticas sociais vivenciadas por esses jovens.

Àqueles que vivem no centro e convivem com melhores condições e qualidade de vida, o índice de acertos foi maior, e aos que vivem na periferia e não usufruem determinados bens sociais, encontraram-se os piores índices de acerto.

Diante do exposto, pode-se dizer que as escolas públicas necessitam de educação de qualidade, principalmente as escolas da periferia, pois as médias na periferia são muito baixas e necessitam de mais investimento, pois os governos apenas enfocam no centro, o que é feito de bom, são para as pessoas com melhor qualidade de vida e melhor remuneradas.

O governo deveria investir também em aperfeiçoamento e capacitação para os professores, na área da Educação Ambiental, para que em todas as disciplinas fossem abordados temas relacionados, pois em qualquer área de conhecimento pode-se chegar a um “denominador comum“, que é a sustentabilidade, o que todos os países do mundo estão necessitando e procurando.

Mas essa sustentabilidade tão visada, só será efetiva, a partir do momento em que o conhecimento seja transmitido para todos e as pessoas adquirindo e relacionando o que foi passado, e assim, consequentemente se conscientizarão de que o mundo necessita ser mais saudável, de que a natureza sofre com as ações humanas e também, o que se

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faz em um local e hora, poderá desencadear mais tarde em catástrofes em outras localidades ou até no mesmo local.

As políticas públicas deveriam se concentrar mais em nosso país, os governos deveriam se preocupar em transmitir informações para a população do que é certo e errado fazer, deveria fazer campanhas em todos os meios de comunicação possíveis, como televisão, rádio, internet, jornais, etc, para que a população pensasse várias vezes, antes de jogar lixo nos córregos, entupir bueiros, entre outras coisas.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIAS, Genebaldo Freire, Educação Ambiental: princípios e práticas. 9 ed. São Paulo: Gaia, 2004.

DURHAM, Eunice Ribeiro. Movimentos sociais: A construção da cidadania. Novos Estudos Cebrap, São Paulo, nº 10, 1984, p. 24-30.

FREIRE, Paulo, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 31 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

MOHR, Adriana ; SCHALL, Virgínia T.. Rumos da educação em saúde no Brasil e sua relação com a educação ambiental. Cad. Saúde Pública [online]. v. 8, n.2, p. 199-203. 1992. ISSN 0102-311X. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S0102-311X1992000200012&lng=pt&nrm=iso&tlng=PT>. Acesso em: 18-maio-2011, 15:48. MORAES, Antonio Carlos Robert, Meio ambiente e ciências humanas. 2 ed. São Paulo:

Hucitec Ltda., 2002.

REIGOTA, Marcos, O que é educação ambiental. 1 ed. São Paulo: Brasiliense, 2004. RUY, Rosimari A. Viveiro. A educação ambiental na escola, Revista eletrônica de

ciências [online], vol. 26, 2004. Disponível em:

<http://www.cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_26/eduambiental.html> Acesso em: 18-maio-2011, 15:28.

VALENTIN, Leirí; SANTANA, Luiz Carlos. Concepções e práticas de educação ambiental de professores de uma escola pública. Ciênc. educ. [online]. vol.16, n.2, p. 387-399. 2010. ISSN 1516-7313. Disponível em:

Referências

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