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Regulação local da educação: o papel dos municípios UCP-Porto, 19/03/2014

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(1)

“Quereis encontrar o Governo central? Do berço à cova encontrai-lo

por todas as fases da vossa vida, raramente para vos proteger, de

contínuo para vos incomodar.

Nada, a bem dizer, se move na vida colectiva, que não venha de cima o

impulso … Essa imensa tutela de milhares de homens por seis ou sete

homens é forçosamente absurda .

É preciso que o país dos casais, das aldeias, das vilas, das cidades, das

províncias, acabe com o país nominal, inventado nas secretarias, nos

quartéis, nos clubs, nos jornais, e constituído pelas diversas camadas

do funcionalismo que é, e do funcionalismo que quer e há-de ser …”.

(2)

Regulação local da educação:

o papel dos municípios

João Pinhal

(3)

DESENVOLVIMENTO

AUTONOMIA DEMOCRACIA

(4)

UM PODER LOCAL

(5)

A REGULAÇÃO LOCAL

(tal como a via em 2006)

. Uma regulação local centralmente condicionada

. Uma regulação educativa nas margens das escolas

. Uma regulação informal difusa

mas…

. A lei a evoluir num sentido mais descentralizador

. Uma crescente iniciativa autónoma dos municípios

(6)

Processo vindo “de baixo” e não como resultado de políticas

centralizadas e uniformes

Estratégia

localmente

sustentada

de

empreender

as

transformações e melhoria das condições de vida

Valorização dos indivíduos, das empresas e das organizações

locais

Processo participado, com ênfase nas relações interactivas e na

promoção da capacidade de iniciativa de pessoas e grupos

(7)

• A questão da autonomia local

A autonomia local como um direito e uma capacidade

A descentralização decretada: a relevância das competências

municipais

A descentralização construída: a iniciativa autónoma como fonte

de poder

(8)

A acrescida intervenção local como oportunidade de

desenvolvimento da democracia

Um modo educativo de exercício do poder local:

lidar com os múltiplos poderes locais, respeitando

a sua autonomia

(9)

• A territorialização das políticas educativas

O « local » como âmbito de realização contextualizada

da política educativa nacional

O « local » como âmbito de produção de políticas próprias:

- de base comunitária

(10)

A natureza política da descentralização

DE DIREITA,

(11)

Da Carta Europeia da Autonomia Local

:

Artº 3º:

nº 2 – Dentro dos limites da lei, as autarquias locais têm completa liberdade de

iniciativa relativamente a qualquer questão que não seja excluída da sua

competência ou atribuída a outra autoridade.

nº 3- Regra geral, o exercício das responsabilidades públicas deve incumbir, de

preferência, às autoridades mais próximas dos cidadãos. A atribuição de uma

responsabilidade a uma outra autoridade deve ter em conta a amplitude e a

natureza da tarefa e as exigências de eficácia e de economia.

nº 4 – As atribuições confiadas às autoridades locais devem ser normalmente

plenas e exclusivas, não podendo ser postas em causa ou limitadas por qualquer

autoridade central ou regional, a não ser nos termos da lei.

(12)

. Sistema Centralizado

. Sistema Semi-Centralizado

. Sistema Semi-Descentralizado

. Sistema Descentralizado

(Inspirado em François-Xavier Aubry, La décentralisation contre l’Etat)

(13)

O que são, hoje,

os municípios portugueses?

a sua legitimidade

o seu protagonismo

a sua influência crescente

(14)

DOS

MUNICÍPIOS ?

- … a rede mais capacitada para conceber, lançar,

coordenar e animar políticas públicas ao nível local

- e para potenciar a energia participativa e

transformadora dos cidadãos e das suas organizações

(15)

O TERRITÓRIO EDUCATIVO

“Um tempo e um espaço de concepção e execução de um

projecto educativo local, implicando as autoridades e as

organizações educativas locais, e adequado ao processo de

desenvolvimento social e humano da comunidade local.”

FAZER DE CADA COMUNIDADE UM TERRITÓRIO EDUCATIVO

ENCONTRAR RESPOSTAS COLECTIVAS PARA OS PROBLEMAS

EDUCATIVOS LOCAIS

(16)

O Projecto Educativo Local

muito mais que o sistema escolar

e muito mais que as competências das escolas

e das autarquias

Construir um sentido para o desenvolvimento e para a

intervenção local na

área da educação e uma organização capaz de o

prosseguir

(17)

Centralidade da escola

ou centralidade do território?

Projecto educativo de escola

ou projecto educativo local?

O TERRITÓRIO

(18)

LOCAL

AVALIAÇÃO

O sentido

A organização

- Uma filosofia - Coerência

- Intencionalidades - Flexibilidade

- Metas - Mudança

(19)

Os municípios

e os grandes problemas

da política educativa

- Acesso e permanência na educação

- Conteúdo e método da educação

- Sede(s) das responsabilidades

(20)

. Ter projectos / programas próprios

. Apoiar as acções das organizações locais

O SENTIDO DA ACÇÃO

Conservador Transformador

O PROJECTO EDUCATIVO LOCAL

(e as políticas correspondentes)

(21)

O PROJECTO EDUCATIVO LOCAL

. Concepção e planeamento do sistema educativo local

. Criação e gestão de programas e recursos educativos

. Apoio às organizações educativas (latu sensu) e aos jovens e

adultos, nas suas actividades de educação e formação

. Valorização e desenvolvimento das organizações e da sociedade

local

(22)

tradicionais (económica, social, política e de

prestação de serviços) uma função educadora,

quando assuma uma intencionalidade e uma

responsabilidade cujo objectivo seja a formação,

promoção e desenvolvimento de todos os seus

habitantes, começando pelas crianças e pelos

jovens».

(23)

A cidade educadora

“Os municípios deverão exercer com eficácia as

competências que lhes cabem em matéria de educação. Qualquer

que seja o alcance destas competências, elas deverão prever uma

política educativa ampla, com carácter transversal e inovador,

compreendendo todas as modalidades de educação formal, não

formal e informal, assim como as diferentes manifestações

culturais, fontes de informação e vias de descoberta da realidade

que se produzem na cidade.”

(24)

Concepção e planeamento do sistema educativo local

Construção e gestão de equipamentos e serviços

Apoio aos aluno e às escolas

+

(25)

A REGULAÇÃO LOCAL

(como a vejo agora)

. Uma regulação local centralmente condicionada?

. Uma regulação educativa nas margens das escolas?

. Uma regulação informal difusa?

mas…

. A lei a evoluir num sentido mais descentralizador?

. Uma crescente iniciativa autónoma dos municípios?

(26)

A urgência da clarificação,

contra o predomínio do avulso,

a persistência da contradição,

(27)

Certas questões muito faladas

quando se discute a descentralização da

Educação:

. E o apagamento/ afastamento/ desresponsabilização do ME?

. E a posição da escola (e da sua autonomia), face a uma

territorialização de base comunitária?

. O município como cabeça do sistema educativo local?

E as dificuldades dos municípios: escala, organização e

(28)

- contra a atomização e a compartimentação

- contra a anonimização

- contra a degradação da qualidade de vida

- contra a irresponsabilidade e o egocentrismo

(29)

“O sistema administrativo que hoje triunfa por toda a parte é o da Centralização. Por

um lado, este sistema comunica às diferentes rodas da máquina social um

movimento uniforme e regular, vantajoso se boa é a direcção que se lhe imprimiu;

ruim e prejudicial se mau foi o impulso primitivo.

Por outro lado, à força de tudo querer administrar, nada administra ou tudo

administra imperfeitamente; tolhe a acção das rodas secundárias; exerce uma

tirania por vezes ridícula e injustificada; produz consideráveis delongas na

expedição dos negócios correntes; e multiplica consideravelmente o serviço do

expediente.

A título de reformar abusos, a centralização absurda, monstruosa como hoje a

vemos, tem sido uma arma terrível, de que se terão valido os governos imorais e

opressores. A descentralização absoluta, isto é, o governo de cada localidade pelo

capricho ou pela indicação de moradores sem responsabilidade, sem sujeição à lei

geral do país, seria o regime da anarquia e o cúmulo da estultícia e da confusão.”

Referências

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