“Quereis encontrar o Governo central? Do berço à cova encontrai-lo
por todas as fases da vossa vida, raramente para vos proteger, de
contínuo para vos incomodar.
Nada, a bem dizer, se move na vida colectiva, que não venha de cima o
impulso … Essa imensa tutela de milhares de homens por seis ou sete
homens é forçosamente absurda .
É preciso que o país dos casais, das aldeias, das vilas, das cidades, das
províncias, acabe com o país nominal, inventado nas secretarias, nos
quartéis, nos clubs, nos jornais, e constituído pelas diversas camadas
do funcionalismo que é, e do funcionalismo que quer e há-de ser …”.
Regulação local da educação:
o papel dos municípios
João Pinhal
DESENVOLVIMENTO
AUTONOMIA DEMOCRACIA
HÁ
UM PODER LOCAL
A REGULAÇÃO LOCAL
(tal como a via em 2006)
. Uma regulação local centralmente condicionada
. Uma regulação educativa nas margens das escolas
. Uma regulação informal difusa
mas…
. A lei a evoluir num sentido mais descentralizador
. Uma crescente iniciativa autónoma dos municípios
Processo vindo “de baixo” e não como resultado de políticas
centralizadas e uniformes
Estratégia
localmente
sustentada
de
empreender
as
transformações e melhoria das condições de vida
Valorização dos indivíduos, das empresas e das organizações
locais
Processo participado, com ênfase nas relações interactivas e na
promoção da capacidade de iniciativa de pessoas e grupos
• A questão da autonomia local
A autonomia local como um direito e uma capacidade
A descentralização decretada: a relevância das competências
municipais
A descentralização construída: a iniciativa autónoma como fonte
de poder
A acrescida intervenção local como oportunidade de
desenvolvimento da democracia
Um modo educativo de exercício do poder local:
lidar com os múltiplos poderes locais, respeitando
a sua autonomia
• A territorialização das políticas educativas
O « local » como âmbito de realização contextualizada
da política educativa nacional
O « local » como âmbito de produção de políticas próprias:
- de base comunitária
A natureza política da descentralização
DE DIREITA,
Da Carta Europeia da Autonomia Local
:
Artº 3º:
nº 2 – Dentro dos limites da lei, as autarquias locais têm completa liberdade de
iniciativa relativamente a qualquer questão que não seja excluída da sua
competência ou atribuída a outra autoridade.
nº 3- Regra geral, o exercício das responsabilidades públicas deve incumbir, de
preferência, às autoridades mais próximas dos cidadãos. A atribuição de uma
responsabilidade a uma outra autoridade deve ter em conta a amplitude e a
natureza da tarefa e as exigências de eficácia e de economia.
nº 4 – As atribuições confiadas às autoridades locais devem ser normalmente
plenas e exclusivas, não podendo ser postas em causa ou limitadas por qualquer
autoridade central ou regional, a não ser nos termos da lei.
. Sistema Centralizado
. Sistema Semi-Centralizado
. Sistema Semi-Descentralizado
. Sistema Descentralizado
(Inspirado em François-Xavier Aubry, La décentralisation contre l’Etat)