• Nenhum resultado encontrado

Encerra hoje V Fórum de Tecnologia Assistiva

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Encerra hoje V Fórum de Tecnologia Assistiva"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

Encerra hoje V Fórum de Tecnologia Assistiva

Hoje é o último dia do V Fórum de Tecnologia Assistiva e Inclusão Social da Pessoa com Deficiência, sediado na Estação das Docas, em Belém. Na manhã desta terça-feira(8), no Teatro Maria Sylvia Nunes, ocorreram as mesas

temáticas sobre Recursos de Tecnologia Assistiva: softwares e hardwares; Pesquisas em Tecnologia Assistiva; Recursos de Tecnologia Assistiva e Comunicação; e apresentação de trabalhos científicos, que resultaram do investimento de dois milhões do governo do estado.

Pela tarde, a partir das 14h haverá a mesa temática Estratégias Metodológicas e Tecnológicas para Inclusão. Logo depois a mesa Terapias Inovadoras: Terapia Assistida por Animais – TAA e a Roupa Biocinética. O Fórum lança a partir das 15h a revista infantil “ Como se comunicar? Comunicação Alternativa nas

Escolas”.

A publicação, em formato de e-book, terá exemplares impressos entregues aos inscritos no Fórum. A revista visa mostrar que no ambiente escolar infantil há possibilidade de se comunicar com crianças com deficiência na fala, por meio do uso da tecnologia de tablets, computadores, entre outras ferramentas.

(2)

Do lado de fora do Teatro, no Armazém 3, há os estandes do Centro de Ciências e Planetário, Gameterapia, Núcleo de Desenvolvimento em Tecnologia Assistiva e Acessibilidade (Nedeta), e Laboratório de Tecnologia Assistiva (Labta) da Universidade do Estado do Pará(Uepa), juntamente com outros de instituições envolvidas em trabalhos de inclusão assistiva. Neles há equipamentos em exposição para os visitantes conferirem as últimas tecnologias na área. Os estandes integram a I Feira Existir.

O professor de Língua Portuguesa, Aguinaldo da Silva Barros, 30 anos,

acompanhado da esposa Tatiana Artur Barros, 40 anos, visitaram o estande do Centro de Ciências e Planetário. Aguinaldo, que tem deficiência visual, pode tocar em réplicas ampliadas de células animais e vegetais feitas de papelão, plástico, cola, E.V.A, e assim sentir e imaginar como elas são. Sensação que nunca havia experimentado.

Aguinaldo também foi um dos convidados do V Fórum para compartilhar com os presentes a história de superação da própria vida. Ele ensina braile para 71 crianças cegas e de baixa visão da rede municipal de ensino. Para Aguinaldo, a deficiência nunca foi empecilho para conquistar os sonhos.

“ Eu sempre fui muito ousado. A minha deficiência nunca foi um problema para minha vida. Muitas famílias excluem o deficiente. A minha família sempre me apoiou. Percebo muitas crianças que sofrem de isolamento por causa

(3)

da deficiência. Como professor e pessoa cega procuro repassar todos os conhecimentos para que eles adquiram confiança em si”, ressalta.

PRÓTESES ACESSÍVEIS

Há 17 anos, por um descuido ao consertar a própria caminhonete, o motorista e mecânico Nazareno Corrêa Miranda lesionou o antebraço direito a ponto de romper os nervos, as veias, fraturar o osso e sofrer parada cardíaca. Ele lembra muito bom o momento trágico vivido aos 38 anos. “ Foi em 9 de janeiro de 1999, um sábado. Passei 12 horas na sala de cirurgia. Eu caí em depressão com isso. Ninguém acreditou no que aconteceu. Não sou um homem de muitos estudos e meus planos eram de sempre trabalhar, sustentar meus filhos e comprar uma casa”, conta ele.

Após passar por incontáveis cirurgias, o braço de Nazareno atrofiou. Ele não conseguia fazer nenhum tipo de movimento. Para tratamento e reabilitação, Nazareno foi encaminhado ao Laboratório de Tecnologia Assistiva (Labta) da Uepa. São 16 anos de tratamento que deram resultado. Hoje ele consegue mexer os braços, pegar objetos, abrir e fechar as mãos. Trabalha como vendedor,

pedreiro e encanador. Os movimentos são auxiliados por órteses feitas de velcro e ligas elásticas doadas pelo Labta.

As órteses, que tem a função de auxiliar os movimentos de um membro comprometido, e as próteses, que substituem membros que não existem,

(4)

estavam em exposição no estande do Labta. Os materiais são recicláveis feitos com PVC, papelão, plástico, couro, borracha, o que os torna de baixo custo e acessíveis a todos. No estande há colheres e garfos para quem perdeu a força nas mãos e quer independência na hora de se alimentar, próteses e órteses para a mobilidade das mãos e pés, entre outros. Todo o material é feito sob a medida do paciente e doado pelo Labta.

Na tarde de ontem, o pós-doutor em Mecatrônica, doutor Marcelo Henrique Stoppa palestrou sobre o Desenvolvimento de Próteses Economicamente Acessíveis. Ele destacou os desafios em se produzir materiais específicos às necessidades de cada paciente e ressaltou que com o tempo, as próteses e órteses vão sendo aperfeiçoadas. Ele mostrou uma prótese que obedecia por comando de voz a ação de pegar o copo e soltar o copo.

GAMETERAPIA E NEDETA

Ninguém segura Felipe Rodrigues Soares, 22 anos, em frente a um videogame. Se o jogo virtual é de tênis de mesa, ele entra na brincadeira e só quer sair se for com uma vitória. Ele acompanha todos os movimentos da pequena bola e se esforça ao máximo para rebater todas do adversário. Quando o jogo é de futebol, ele não se intimida. Levanta da cadeira de rodas, alguém o segura por trás e ele chuta com toda a força que pode. Com os jogos, Felipe, além de dar boas

(5)

atrás.

Felipe tem sequelas de paralisia cerebral. De acordo com a mãe, Margareth Rodrigues Soares, 47 anos, os médicos disseram ter sido decorrente da falta de oxigênio no cérebro durante o parto. “ Eu nunca coloquei a culpa em Deus. Mas no começo não sabia lidar com a doença. O pescoço dele era mole, não mexia o braço esquerdo, e nem falava nada”, conta ela.

Após seis anos de tratamento no Núcleo de Desenvolvimento em Tecnologia Assistiva e Acessibilidade (Nedeta), a mãe de Felipe sonha em vê-lo se tornar independente. “ A gente nunca sabe o que pode ser do futuro. Pode ser que eu não esteja mais aqui futuramente e meu maior desejo é vê-lo sendo

independente. Hoje ele se veste, come sozinho e vai a escola”, diz.

No estande da Gameterapia e do Nedeta, Felipe e outras pessoas puderam

interagir e conferir uma parte do trabalho desenvolvido pelo Núcleo, que perpassa desde o uso de tecnologias para a reabilitação, assim como a roupa biocinética, publicações sobre educação inclusiva, cadeiras adaptadas, entre outros.

Ainda dá tempo de participar do Fórum, que ocorre simultaneamente com a I Feira Existir e II Feira Paraense de Tecnologia Assistiva, Acessibilidade e

Inclusão Social da Pessoa com Deficiência. Os interessados em participar como ouvintes das mesas não precisam se inscrever. Aqueles que desejam ganhar os materiais do Fórum e receber as certificações devem efetuar a inscrição no local,

(6)

no valor de R$110 para estudantes e R$ 220 para profissionais. Veja mais fotos do evento no

link: https://www.flickr.com/photos/biuepa/albums/72157674816725111 [1] Texto: Renata Paes

Foto: Nailana Thiely

Link da URL: http://www.uepa.br/pt-br/noticias/encerra-hoje-v-f%C3%B3rum-de-tecnologia-assistiva

Links

Referências

Documentos relacionados

1.3 - Tecnologia Assistiva: recursos e instrumentos didáticos Agora que você, professor já tem um conhecimento sobre acessibilidade e a colaboração que a tecnologia

As referências devem ser indicadas, obrigatoriamente, ao longo do texto entre chaves [1] e descritas no final do artigo, citando: nomes dos autores (podem ser abreviados;

6.1 Os membros discentes pertencentes à comissão organizadora da IX STMA deverão participar ativamente das reuniões, colaborar com a divulgação do evento,

O Curso de Hidráulica e Saneamento Ambiental da FATEC/SP por intermédio de seu Departamento torna público o presente edital e convida os alunos de graduação do

O presente trabalho teve por objetivo descrever as políticas de internacionalização dos cursos técnicos profissionalizantes do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula

O evento congrega a II Feira Paraense de Tecnologia Assistiva, Acessibilidade e Inclusão Social da Pessoa com Deficiência e o V Fórum de Tecnologia Assistiva e Inclusão Social da

2 Quando o regime de trabalho do coordenador do curso é de tempo parcial ou integral, sendo que as horas reservadas à coordenação não satisfazem a relação mínima de 1 hora

parScipação em aSvidades culturais das pessoas com deficiência Xsica, visual, audiSva, intelectual e das pessoas com Transtorno do Espectro AuSsta?. •   RefleSr os processos