INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO
1. Verifique, no cabeçalho desta prova, se seu nome, número e turma estão corretos. 2. Esta prova contém 08 questões dissertativas.
3. Leia todas as questões com atenção.
4. A prova deverá ser feita com caneta esferográfica de tinta azul ou preta. 5. É vedada a utilização de qualquer material de consulta, eletrônico ou impresso.
6. É terminantemente proibido retirar-se do local da prova antes de ocorrido o tempo mínimo estipulado, qualquer que seja o motivo.
7. Tempo de duração da avaliação - Mínimo: 50 min Máximo: 50 min
8. Ao final, entregue a prova ao professor aplicador.
BOA PROVA!
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QUESTÕES
1 - O texto abaixo foi escrito por Caio Prado Junior, em seu livro, A Formação do Brasil
Contemporâneo. O fragmento aborda aspectos de uma das principais características do Brasil
Colonial: o patriarcalismo.
Poderíamos retraçar a origem remota dessa unidade singular de nossa estrutura social a suas raízes portuguesas, e ir buscá-la tanto na organização e nas sólidas relações de família do reino como no paternalismo da constituição da monarquia. Mas não é preciso ir tão longe, porque sobrelevam, e de muito, causas mais próximas: as circunstâncias do meio brasileiro. Se o patriarcalismo se encontra em germe nas instituições portuguesas, questão que prefiro deixar aberta, o que determinou sua esplêndida floração no Brasil é o meio local em que se constitui. O clã patriarcal, na forma em que se apresenta, é algo de especifico de nossa organização. É do regime econômico que ela brota, deste grande domínio que absorve a maior parcela da população e da riqueza coloniais. Em torno daqueles que a possuem e senhoreiam, o proprietário e sua família, vem agrupar-se a população: uma parte por destino natural e inelutável, os escravos; a outra, pela atração que exerce o único centro existente, real e efetivo, de poder e riqueza. O domínio é vasto, o que nele se passa dificilmente ultrapassará seus limites. Fica por isso inteiramente na alçada do proprietário; está até vai além, e se estende pela população vizinha que gira na órbita do domínio próximo. A autoridade pública é fraca, distante; não só não pode contrabalancear o poder de fato que encontra já estabelecido pela frente, mas precisa contar
História Rafael Av. Dissertativa 15/06/16
com ele se quer agir na maior parte do território de usa jurisdição, onde só com sua força chega já muito apagada, se não nula. Quem realmente possui a autoridade e prestigio é o senhor rural, o grande proprietário. A administração é obrigada a reconhecê-lo, e, de fato, o reconhece.
Caio Prado Junior. Formação do Brasil Contemporâneo. p. 304 – 305.
a) (1,0) No que diz respeito ao paternalismo do Brasil Colônia, Caio Prado demonstra que
houve dois fatores fundamentais para a sua formação. Quais foram esses fatores? Desses,
qual se sobressaiu?
b) (0,5) Qual é o elemento central da sociedade patriarcal no Brasil do Século XVI?
c) (1,0) Cite explique uma outra característica da sociedade colonial brasileira.
2 - (1,0) Sobre as Bandeiras nos séculos XVII e XVIII, responda.
Explique o porquê das bandeiras de apresamento se direcionaram principalmente para o sul e
o norte.
3 - Leia o texto a seguir.
As tavernas [...] eram espaços propícios à divulgação de ideias, algumas delas funcionando também como prostíbulos e locais de encontro de homens e mulheres. Alguns planos de fuga e de liberdade, trocas e aprendizado de estratégias; sonhos compartilhados; roubos, assassinatos, revoltas e motins, possivelmente poderiam ter sido articulados e combinados nessas vendas e tavernas, especialmente naquelas clandestinas, que permaneciam abertas no período noturno. A noite propiciava, real ou imaginariamente, o desenvolvimento de relações perigosas e comportamentos sociais indesejáveis, facilitando as fugas, os roubos, os crimes e ocultando infratores. Como diria o ditado popular, “à noite, todos os gatos são pardos”; todos se misturam, sendo difícil ou mesmo impossível identificar os transgressores. A vida noturna dos escravos nos centros urbanos era particularmente vista como mais ameaçadora do que seu movimento pelo dia. No imaginário coletivo dos homens, ao longo dos séculos, segundo [o historiador] Jean Delumeau, “a noite é suspeita, tendo pacto com os debochados, os ladrões e os assassinos”, identificada com as trevas, a escuridão e a morte, e com o momento em que “os inimigos do homem tramavam a sua perda, no físico e no moral”, quer sejam “fantasmas, tempestades, lobos e malefícios”. Certo é que, para esse autor, os “perigos objetivos” da noite levaram a humanidade a povoá-la de “perigos subjetivos”, na medida em que o desaparecimento da luz “confina os homens no isolamento”, cercando-os de silêncio e, portanto, trazendo “insegurança”. Essa inquietação do homem com a chegada da noite demandou esforços para que as civilizações urbanas encontrassem meios de “recuar o domínio da sombra e prolongar o dia por meio de uma iluminação artificial”. Em acórdão de 1715, os camaristas da Vila do Carmo [atual cidade de Mariana] mandaram publicar um edital por toda vila, segundo o qual “nenhuma pessoa possa vender água ardente aos Domingos, nem passando as Aves Marias ter venda nenhuma aberta para vender nela água ardente tão somente, e não vendam aos negros depois das ditas horas”. Tanto os dias de descanso semanal,
os domingos, quanto o horário posterior às 6 horas da tarde eram momentos de “folga” e lazer para a escravatura. Por isso, não se permitiam vendas abertas nesses dias e horários
REIS, Liana Maria. Criminalidade escrava nas Minas Gerais Setecentistas. Em: RESENDE, Maria Efigênia Lage de (Org.). História de Minas Gerais: as Minas setecentistas. vol.1. Belo Horizonte: Autêntica/Cia.do Tempo, 2007.
A partir do texto apresentado, responda:
a) (0,5) Quais os perigos trazidos pela noite na cidade colonial?
b) (0,5) De que maneira a lei municipal de 1715 evitava esses perigos?
4 – (1,0) Discorra sobre as consequências da mineração no Brasil durante o séc. XVIII.
5 - (Fuvest-SP) Sobre a colonização inglesa na América do Norte,
a) (1,0) Estabeleça sua conexão com os desdobramentos da Reforma Protestante da
Inglaterra.
b) (0,5) Explique por que na região sul se originou uma organização socioeconômica
diferente da do norte.
6 – (1,0) Acerca da Independência das treze colônias,
O desejo por parte dos colonos de emancipar-se da metrópole Inglaterra nasceu em uma conjuntura de abertura política e econômica para a colônia.
Podemos considerar que a afirmativa acima está correta? Justifique.
7 - (1,0) (UFG-GO) Leia o hino a seguir.
Avante, filhos da Pátria, O dia de glória chegou! Contra nós da tirania,
O estandarte ensanguentado se ergueu Ouvis nos campos
Rugir esses ferozes soldados?
Vêm eles até os vossos braços
Degolar vossos filhos, vossas mulheres! Às armas, cidadãos,
Formai vossos batalhões, Marchemos, marchemos! Que um sangue impuro Banhe o nosso solo!
LISLE, Joseph Rouget de. A Marselhesa. Disponível em: <www.ambafrance-br.org/A-Marselhesa>. Acesso em: 14 nov. 2012. Adaptado.
“A Marselhesa” foi apropriada como canção revolucionária em 1793, no ano III. Passando por
modificações em sua letra, no final do século XIX, em meio à corrida imperialista europeia, a
composição tornou-se hino nacional francês. Diante do exposto, relacione um trecho da
composição “A Marselhesa” ao contexto revolucionário francês.
8 – (1,0) Analise as imagens.
Imagem (A)
Imagem (B)
