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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato

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Academic year: 2021

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--- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA --- ---Mandato 2017-2021 --- --- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA NO DIA VINTE DE OUTUBRO DE DOIS MIL E VINTE. --- ---ATA NÚMERO CENTO E VINTE --- --- Aos vinte dias do mês de outubro de dois mil e vinte, em cumprimento da respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo oitavo e trigésimo do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e nos artigos vigésimo quinto, trigésimo sétimo e quadragésimo primeiro do seu Regimento, reuniu a Assembleia Municipal de Lisboa, por Videoconferência e Presencial, em Sessão Extraordinária -“Debate sobre o Estado da Cidade”, sob a presidência do seu Presidente efetivo, Excelentíssimo Senhor José Maximiano Albuquerque Almeida Leitão, coadjuvado pelo Excelentíssimo Senhor António Miguel Silva Avelãs e pela Excelentíssima Senhora Maria Virgínia Martins Laranjeira Estorninho, Primeiro Secretário e Segunda Secretária, respetivamente. --- . --- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da Assembleia, os seguintes Deputados Municipais. --- --- Aline Gallash Hall de Beuvink, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Margarida Mota Vieira da Silva Morais, Ana Maria de Campo Pedroso Mateus, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias Figueiredo, André Nunes de Almeida Couto, António Manuel Pimenta Prôa, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Carla Cristina Ferreira Madeira, Carlos de Alpoim Vieira Barbosa, Davide Miguel Santos Amado, Fábio Martins de Sousa, Fernando Garcia Lopes Correia, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Francisco Américo Maurício Domingues, Gabriel Maria Simplício Baptista Fernandes, Graciela Lopes Valente Simões, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Miguel Mateus Gaspar, Isabel Cristina Rua Pires, Joana Margarida Durão Ferreira Alegre Duarte, João Diogo Santos Moura, João Luís Valente Pires, Jorge Manuel Jacinto Marques, José Alberto Ferreira Franco, José António Barbosa Borges, José António Cardoso Alves, José Inácio da Silva Ramos Antunes de Faria, José Luís Sobreda Antunes, José Manuel Rodrigues Moreno, Luís Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Margarida Isabel Paulino Bentes Penedo, Maria Alexandra Almeida da Cunha Cordeiro da Mota Torres, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luisa de Aguiar Aldim, Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, Maria Teresa Craveiro Pereira, Mário Jorge Paulino de Oliveira de Almeida Patrício, Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça, Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de Moura, Patricia Carla Serrano Gonçalves, Patrocínia da Conceição Alves Rodrigues Vale César, Paula Inês Alves de Sousa Real, Paulo Jorge Velez Muacho, Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves, Pedro Miguel Tadeu Costa, Raúl Jorge Gouveia da Silva Santos, Ricardo de Sant’Ana Godinho Moreira, Rodrigo Maria

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Santos de Mello Gonçalves, Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo, Rui Pedro Costa Lopes, Silvino Esteves Correia, Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado, Tiago Maria Sousa Alvim Ivo Cruz, Luís Duarte de Albuquerque Carreira, Gonçalo Maria Vassalo Moita, Diana Isabel Bechet Gonçalves Vale, Natacha Machado Amaro, Carla Sofia e Silva Rothes Ladeira, Frederico Jorge de Passos e Castro Fernandes Lira, João Carlos de Sousa Pereira, Nuno Miguel dos Santos Silva, José Roque Alexandre e Susana Maria da Costa Guimarães. --- --- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o qual se mantém em vigor por força do disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 8.º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa, os seguintes Deputados Municipais: --- --- José António Nunes do Deserto Videira (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Marvila, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada Municipal Susana Maria da Costa Guimarães. --- --- Rute Sofia Florêncio Lima de Jesus (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Olivais, por um dia, tendo sido substituída pelo substituto legal Deputado Municipal Luís Duarte de Albuquerque Carreira. --- --- Ricardo Marques (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Benfica, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada Municipal Carla Sofia e Silva Rothes Ladeira. --- --- Augusto Miguel Gama (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal José Roque Alexandre. --- --- Diogo Leão (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal Nuno Santos Silva. --- --- Maria Cristina Castel Branco Alarcão Júdice (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado Municipal Gonçalo Maria Vassalo Moita. --- --- João Maria Condeixa (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal Diana Bechet Vale. --- --- Ana Margarida de Carvalho (PCP), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado Municipal João Carlos Pereira. --- --- António Modesto Navarro (PCP), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal Natacha Amaro. --- --- Rita Calvário (BE), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado Municipal Tiago Maria Sousa Alvim Ivo Cruz. --- --- Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, (PEV), pelo período entre o dia 14 a 30 de outubro, tendo sido substituída pelo Deputado Municipal Frederico Jorge de Passos e Castro Fernandes Lira. --- --- Através da Ata da Mesa da Assembleia Municipal de Lisboa número 34/2020, de 20 de outubro de 2020, foi deliberado o seguinte a descrever: --- --- Justificar as faltas dos Deputados Municipais: Maria Luísa Aldim (CDS-PP), Fábio Sousa (PCP-PJF Carnide) e Paula Inês de Sousa Real (PAN) à 118ª reunião da

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Assembleia Municipal de Lisboa (Sessão Ordinária de Setembro 3ª reunião), realizada no dia 1 de outubro de 2020. --- --- A Câmara esteve representada pelo Senhor Presidente da CML, Fernando Medina, pelo Senhor Vice Presidente João Paulo Saraiva e pelos Senhores Vereadores: Paula Marques, Carlos Castro, Catarina Vaz Pinto, Mário Grilo, Miguel Gaspar e Ricardo Veludo. --- --- Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição: Assunção Cristas, João Pedro Gonçalves Pereira, Nuno Correia da Silva, Nuno da Rocha Correia e Jorge Alves. --- --- Às quinze horas e sete minutos, constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente da Assembleia Municipal declarou aberta a reunião. --- --- PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO --- --- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Agora neste período dedicado ao Público o primeiro interveniente, o Senhor Marcelo Gama que vem falar de projetos de cariz social não aprovados. O Senhor Marcelo Gama, já sabe que tem três minutos, faça o favor. --- --- O Munícipe, Senhor Marcelo Gama, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- ---“Muito boa tarde Senhores Deputados, Excelentíssima Mesa. --- --- Eu venho ao vosso encontro hoje em representação da Alzheimer-Portugal, porque relativamente aos apoios ao setor social, nomeadamente aos apoios financeiros, aos quais nós nos candidatámos a três linhas, respeitante a três valências que temos, nomeadamente de centro de dia e serviços clínicos externos, nós vimos todas as nossas candidaturas chumbadas, indeferidas, porque não atingimos os pontos mínimos de 3,85. --- --- De facto, existem matérias que podem e devem sempre ser inovadoras, podem e devem ser sempre sujeitas a melhoria, pese embora que em todas as nossas atividades há sempre uma cariz de continuidade e a nossa instituição, a Alzheimer-Portugal, preza por isso. --- --- De todas as candidaturas que nós submetemos a Vossas Excelências, que orçam sensivelmente 400.000 euros as três, o cúmulo das três, uma delas pede apenas 8%, 8% do valor do apoio. Consideramos que efetivamente é um valor muito baixo, tendo em conta que nessas candidaturas previa-se a capacitação de cuidadores formais e cuidadores informais que hoje no ano 2020 e depois de tudo aquilo que nós temos assistido, se verifica que é de suma importância. --- --- Nesse sentido venho apelar a Vossas Excelências que considerando tudo aquilo que se está a passar no nosso país, considerando o apoio que esta instituição promove junto das pessoas que sofrem desta maleita, bem como daqueles que com ela tratam, por favor, tenham em consideração que nem sempre a inovação é possível, nem sempre se consegue chegar a abordar novas temáticas, nós efetivamente mudámos, mudámos o serviço de apoio domiciliário da forma tradicional para um

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serviço de apoio domiciliário de técnicos, inovámos, mas, pelos vistos, nem isso é o suficiente para sermos objeto de aprovação por Vossas Excelências. --- --- Gostaria só de frisar muito rapidamente que o investigador Pedro Machado Santos, que, segundo informações que eu obtive, trabalha ou trabalhou, colaborou com a instituição da Autarquia de Lisboa, ele refere num artigo do Observador, de ontem ou anteontem, que as pessoas não se vão lembrar dos factos e dos números, mas sim vão sentir e sofrer as consequências da forma como foram tratadas durante esta pandemia e a forma também como elas foram tratadas é o reflexo do apoio que quer da Administração Central quer da Administração Local dá a estas instituições que trabalham no terreno. Muito obrigado.” --- --- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Muito obrigado, se quiser deixar alguma documentação teremos muito gosto, pode deixar à Mesa, porque enviaremos para a Câmara e pediremos esclarecidos. Muito obrigado. --- --- Tem a palavra a Senhora Filipa Gomes que vai falar por videoconferência, portanto, peço aos serviços que proporcionem essa entrada da Senhora Filipa Gomes.” --- A Munícipe, Senhora Filipa Gomes, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Boa tarde a todos. Não me foi possível estar presente aí na Assembleia, de qualquer das formas não queria deixar de partilhar convosco aquilo que no fundo também é a Comissão da Alzheimer-Portugal. --- --- Eu fui Diretora dos Serviços de Lisboa da Associação Alzheimer-Portugal, foram os serviços de Lisboa, que, na verdade apresentaram as três candidaturas, tal como já foi referido pelo Doutor Marcelo Gama, que acabou de ter a palavra, e eu vou falando na qualidade de Diretora Técnica dos Serviços, já que eu sou uma das principais pessoas que elabora de facto estas candidaturas. --- --- Sobre a elaboração das candidaturas, portanto, nós há dois ou três anos não temos tido nenhuma das nossas candidaturas aprovadas e queria-vos dizer o quão difícil é para nós que estamos a elaborar as candidaturas, na verdade compreender rigorosamente aquilo que são alguns dos critérios. --- --- Eu dou-vos um exemplo, no projeto que nós lançámos sobre o apoio domiciliário sobre o centro de dia, nós tivemos zero na criatividade, na moderação, quando nós relativamente ao centro de dia apresentámos um projeto, algo completamente inovador na cidade de Lisboa, que era a obtenção de um selo de qualidade, um selo internacional, que seria outorgado pela CEAFA, que é a Federação Espanhola, e por uma Fundação, que é a Fundação Maria World, que é uma Fundação que se dedica só à investigação na área das demências, que é um selo que na verdade é um selo que outorga a qualidade dos serviços que prestamos, e que passa pela não posição de qualquer tipo de contenção física e química, este era de facto um dos assuntos que nós queremos alavancar aqui nesta reunião, pois tivemos de facto zero na criatividade e na elaboração para o projeto de centro de dia, quando na verdade ele é algo de inovador, porque tanto quanto sabemos não existe nenhum centro de dia

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específico para pessoas com demência que não utilizem contenção química e que tenham este selo. --- --- Relativamente ao serviço de apoio domiciliário também foi com alguma estranheza que verificámos que num dos critérios, exatamente este, o critério da criatividade voltámos a ter zero, quando nós no projeto apoio domiciliário lançámos algo inédito também, criámos um serviço de apoio domiciliário de saúde e bem-estar para os cuidadores de pessoas com demência. --- --- Como deve ser do conhecimento da maior parte das pessoas estes cuidadores têm uma grande sobrecarga, são vinte e quatro horas por dia, não têm um projeto de vida, não têm tempo para si e aquilo que a Associação Alzheimer-Portugal quis na cidade de Lisboa foi efetivamente criar um serviço que fosse a casa das pessoas, destes cuidadores, semanalmente, e que lhes prestassem os serviços que estes no fundo pretendessem, que podem passar por sessões de Reiky, de apoio psicológico, sessões de massagens terapêuticas, etc., portanto, este também foi um serviço inovador que apresentámos, num projeto que na verdade é de continuidade, mas que procuramos sempre melhorar, e em que obtivemos zero. --- --- Torna-se difícil assim elaborar as candidaturas e apelava aqui para que os critérios fossem mais rigorosos na sua definição, ou seja, exatamente na questão da inovação da criatividade especificassem exatamente quais são os critérios que utilizam os júris para fazer a aprovação e pontuar as entidades neste critério. --- --- No outro que também tivemos apenas 2, tem a ver com a correção das desigualdades socioeconómicas e combate à exclusão, quando a Associação Alzheimer-Portugal no fundo é a voz destas pessoas, do respeito pelo direito destas pessoas, nos serviços de Lisboa evidentemente pautam-se por esta missão e por esta orientação. --- --- Fizemos apenas dois quando nós nos próprios serviços, quer de centro de dia, quer não, temos sempre em consideração e são critérios de admissão das pessoas com demência de facto estes projetos, o facto de estarem em risco de isolamento ou solidão e quando promovemos inclusivamente atividades como ações de capacitação para aumentar a literacia sobre as demências e sobre a forma de se relacionar com as pessoas com demência que na verdade o que vão permitir é combater o estigma existente. --- --- Portanto, eu não sei qual outra instituição, e se houver digam-me porque pode haver, mas qual outra instituição é porta-voz destas pessoas na cidade de Lisboa e defende os seus direitos e combate à exclusão e o estigma que todos os relatórios internacionais dizem que é prevalecente, portanto, tal como também deverá acontecer na cidade de Lisboa. --- --- No fundo era este apelo que eu deixava e coloco a questão dos nossos serviços estarem situados..” --- --- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Senhora Dona Filipa Gomes desculpe mas já esgotou o tempo, se puder resumir?” ---

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--- A Munícipe, Senhora Filipa Gomes, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Muito obrigada. Não, resta-me só agradecer e lançar aqui este repto para que alguns dos critérios fossem conhecidos para que as instituições quando elaborassem as candidaturas soubessem exatamente o que hão de fazer porque têm princípios orientadores. --- --- Pela parte da Associação Alzheimer-Portugal muito obrigado a todos.” --- --- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Muito obrigado. Pedia à Senhora Dona Filipa Gomes que se quiser mandar um email com o essencial das questões que quer colocar à Câmara nós teremos todo o gosto em encaminhar esse email. --- --- Muito bem, então agora tem a palavra o Senhor Nuno Manuel Pires Caiola Marçal Lopes que vem tratar de vários assuntos, que está presente, peço-lhe que venha aqui ao palco. É sobre a Piscina Municipal da Penha de França, projeto requalificação da Piscina dos Bombeiros de Alvalade, nomeadamente nas ele dirá de sua justiça.” --- --- O Munícipe, Senhor Nuno Manuel Pires Caiola Marçal Lopes, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Muito boa tarde. --- --- Em primeiro lugar apresentar os meus cumprimentos, Senhor Presidente da Mesa, restantes membros, os Senhores Deputados, Vereadores e público presente. --- --- Em representação do Estrelas de São João de Brito, como presidente da direção, venho aqui dizer que o Clube Estrelas São João de Brito retoma as atividades sem qualquer apoio da Câmara Municipal de Lisboa ou da Junta de Freguesia de Alvalade. --- --- Lamentar os atrasos nos pagamentos dos apoios do projeto curricular de Natação da Câmara de 2017 e 2018 e de 2018/2019, o atraso no pagamento dos apoios regulares e no apoio excecional do COVID, que neste momento não recebemos nada. --- --- Lamentar a ausência de respostas do Vereador Carlos Castro e perguntar qual a justificação da Câmara perante esta atitude? --- --- Relativamente ao segundo ponto que me traz aqui, refere-se ao Orçamento Participativo de 2017, projeto número 37- Requalificação da piscina do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa. --- --- O estudo prévio apresentado em 2014 na junta de Freguesia de Alvalade na qual esteve presente o Presidente da Junta, Vereadores Carlos Castro e Jorge Máximo, o Comandante do Regimento e foi posto a votação e é um projeto vencedor. --- --- Em fevereiro de 2020 recebemos uma intenção de despejo da Câmara Municipal Lisboa da piscina de Alvalade que evocava motivo das obras da OP e à qual respondemos e não tivemos qualquer resposta, mais uma vez. --- --- Em reunião com a Junta de Freguesia, a Direção do Estrelas com a Junta de Freguesia de São João de Brito, a Junta diz que alega desconhecer a intenção,

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contudo afirma que iria fazer tudo por tudo para retirar a gestão da piscina ao Estrelas São João de Brito, que belo apoio, uma atitude pouco democrática e anticívica, se todos se lembrarem de fazer o mesmo o desporto em Portugal deixa praticamente de existir! --- --- Posteriormente recebemos um email da parte do orçamento participativo da Câmara Municipal de Lisboa a informar que do gabinete do Senhor Vereador Carlos Castro, “que o projeto está a ser conduzido em conjunto com a Junta de Freguesia de Alvalade”, a nossa surpresa, que tendo em conta os valores do mercado terá que haver um reforço orçamental pelo que pode haver um atraso no projeto. --- --- Ora no projeto inicial o estudo prévio que nós apresentámos havia 2 fases e a primeira fase era inferior à verba. Fica aqui a pergunta: o que é que se vai fazer a um estudo prévio que já estava feito, se vão deitar 15.000 euros para o lixo? E se existe outro estudo prévio, que eu que sou proponente não tenho conhecimento. --- --- Para terminar, o terceiro assunto relativamente à Piscina Municipal Penha de França tem sido uma luta de David contra Golias e como é do conhecimento geral, a UTAD anulou a decisão da Câmara Municipal de Lisboa no que respeita ao contrato da Piscina Municipal da Penha de França, o que faz com que o Estrelas São João de Brito volte a tomar posse administrativa e ser novamente o dono de obra. --- --- Hoje estou aqui mais uma vez para apelar ao diálogo e evitar mais constrangimentos para a população da Penha de França, para o Estrelas São João de Brito como para todos os restantes tentar chegar a um acordo! Azares acontecem a todos e o nosso caso não é diferente dos que eu vou mencionar…” --- --- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Eu pedia-lhe que fosse terminando, já ultrapassou o tempo.” --- --- O Munícipe, Senhor Nuno Manuel Pires Caiola Marçal Lopes, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Estou a terminar. --- --- Não é diferente como outros casos da gestão pública, como por exemplo a Piscina de Arroios, também está parada, o parque de jogos de São João de Brito constam da carga da Junta de Freguesia, também teve problemas, portanto, quando nos acusam injustamente e publicamente de má gestão e quebra de confiança eu pergunto qual é a diferença entre estes casos que eu dei. Nós tivemos uma empresa com falsos engenheiros, que não cumpriu com o projeto e a diferença que tivemos também uma fiscalização…” --- --- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Eu pedia-lhe que terminasse.” --- --- O Munícipe, Senhor Nuno Manuel Pires Caiola Marçal Lopes, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Vou terminar Senhor Presidente, vou terminar. --- --- Portanto, o que nós vimos aqui, a carta que foi enviada recentemente no dia 8 de outubro para a Câmara, pelos nossos advogados, nós vimos acrescentar a essa carta

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uma porta de diálogo ao prazo que nela foi incutido, no caso de haver uma resposta ou um contacto da Câmara. No caso de não haver, pronto, o Estrelas São João de Brito terá que tomar a posse administrativa e verificar o que é que está a acontecer nas obras estão a decorrer de acordo com o projeto. --- --- Muito obrigado Senhor Presidente pela compreensão e um bem-haja a todos.” --- --- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Muito obrigado, se quiser deixar documentação nós teremos todo o gosto em a fazer chegar.” --- --- O Munícipe, Senhor Nuno Manuel Pires Caiola Marçal Lopes, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Farei chegar por email, muito obrigado.” --- --- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Muito obrigado. --- --- Portanto, tem a palavra a Senhora Maria Rosário Zincke, projetos Alzheimer- Portugal, portanto, faz favor, é por videoconferência.” --- --- A Munícipe, Senhora Maria Rosário Zincke, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Muito obrigada muito boa tarde a todos. --- --- A razão desta intervenção é a mesma da dos meus colegas, manifestar o nosso desagrado e perplexidade por as três candidaturas que apresentámos não terem tido aprovação por parte da Câmara, ao que parece porque não somos suficientemente criativos, até somos criativos zero, e também porque não somos suficientemente bons a combater as desigualdades. --- --- A verdade é que somos a única organização que existe em Portugal de âmbito nacional para promover os direitos e qualidade de vida das pessoas com demência e dos seus cuidadores. --- --- Dizer-vos com agrado que o Município de Lisboa tem reconhecido o nosso trabalho. Nós participámos num projeto, não sei se se lembram dele, o projeto Euro Healthy, que deu origem a um Plano Municipal de Saúde, qualidade de vida e bem-estar para a cidade de Lisboa. --- --- Somos membros ativos do CLAS, pertencemos ao grupo do envelhecimento, subgrupo das demências e do combate à contenção física. No âmbito desse trabalho desenvolvemos, nomeadamente um questionário dirigido aos equipamentos sociais do município, e ficou muito claro todo o trabalho que ainda há a fazer em algo que nos pareceria tão elementar como o de as pessoas não serem alvo de contenção física nos equipamentos sociais que frequentam. --- --- Não participámos no Programa Lisboa-Cidade Amiga de Todas as Idades, mas sabemos que aí uma das grandes preocupações foi precisamente a necessidade de reorganizar centros de dia, mas nós temos um que nos parece exemplar e que funciona desde 2003. ---

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--- Estranhamos também que, por todo o país, nos vários locais onde nos encontramos, contamos com o apoio dos vários Municípios, Cascais, Almeirim, Pombal, Matosinhos, Oeiras, Sintra, Coruche são exemplos de alguns dos municípios que com caráter de continuidade têm vindo a apoiar e a reconhecer o trabalho de Alzheimer Portugal. --- --- Queria também realçar aquilo que a minha colega Filipa já disse relativamente às condições de trabalho, que temos no bairro onde nos encontramos instalados, são condições mesmo muito más, de insalubridade, não há condições de higiene, há sérios problemas de tráfico de estupefacientes e de toxicodependências, Alertámos já várias vezes a Câmara para essa circunstância, apesar das péssimas qualidades do meio envolvente, as pessoas continuam a nos procurar, certamente porque o nosso trabalho é de qualidade. --- --- E para terminar reitero convites que já fizemos anteriormente para que o Senhor Vereador, os Senhores Vereadores e os Técnicos que avaliam estes projetos nos visitem, antes de tomarem uma decisão visitem-nos e conheçam o trabalho que nós desenvolvemos apesar de todas as adversidades. Muito obrigada.” --- --- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Muito obrigado. --- --- Portanto, a última intervenção que é o senhor Hélder de Sousa Semedo, vai ser presencial, entrega de Petição sobre segurança no Campus da Universidade. Tenho todo o gosto em dar-lhe a palavra.” --- --- O Munícipe, Senhor Hélder de Sousa Semedo, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Boa tarde Senhor Presidente, digníssima Câmara, Senhores e Senhoras Deputados. --- --- Antes de mais a Associação Académica da Universidade de Lisboa agradece este tempo para vir trazer um problema que já nos afeta e muito quer no Campus da Cidade Universitária, quer no Campus da Ajuda que tem a ver com os problemas da segurança, ou da falta de segurança que existe nesses Campos. --- --- Como todos sabemos em dezembro do ano passado todos nós estudantes da Universidade de Lisboa perdemos um colega nosso vítima de um roubo à porta de um estabelecimento comercial e aquilo que nós pedimos, estudantes, já foram várias as iniciativas que fizemos a alertar a Câmara Municipal para a correção deste problema, não só da falta de iluminação, mas também do escasso patrulhamento que existe nesta área da cidade e, portanto, aquilo que nos traz aqui e na sequência das reuniões que tivemos com os grupos municipais e também com o Senhor Presidente há relativamente pouco tempo, nós no domingo passado, portanto, antes de ontem abrimos uma Petição Pública a todos os estudantes da Universidade de Lisboa, que daquilo que vi há coisa de cinco minutos já conta com cerca de 400 assinaturas, ainda não divulgámos bastante mas aquilo que pedimos à Câmara que haja uma introdução de mecanismos de motorização do espaço público ou seja da

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videovigilância, por forma a atenuar os problemas de segurança na Cidade Universitária no Campus da Ajuda. --- --- O modelo que nós pedimos é um modelo que está implementado no Bairro Alto, é um modelo que resulta e que funciona, das reuniões que temos tido, quer com a Assembleia da República, quer mesmo com os órgãos da Reitoria e da Esquadra da PSP do Campo Grande, existe um projeto desde 2017, nós estamos em 2020. --- ---O Pedro, que é o colega que faleceu em dezembro do ano passado, se este projeto tivesse sido implementado àquela data, talvez não teríamos tido a perda que tivemos e, portanto, aquilo que pedimos uma vez mais é que a Câmara Municipal não só dê os mecanismos à Reitoria da Universidade de Lisboa, que apresentou este projeto e que quer implementar esse projeto, só que não tem a verba necessária para o fazer e, portanto, acreditamos que deve ser a Câmara Municipal de Lisboa a dar os meios para que a Reitoria ou a própria Câmara faça e que seja a própria PSP a fazer a monitorização do espaço, para que mais cenários como do Pedro, como do João, que conhecemos ou que todos deveríamos conhecer, não voltem a acontecer uma vez mais. --- --- Muito obrigado e entregaremos dentro de uma semana Petição ao Presidente da Mesa, que depois iremos acordar com as assinaturas dos estudantes da Universidade de Lisboa, muito obrigado.” --- --- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Muito obrigado. --- --- Como disse tive oportunidade já de falar convosco e, naturalmente enviaremos à Câmara todo o resultado desta vossa intervenção e analisaremos com cuidado a vossa Petição. Muito obrigado.” --- --- Passamos ao Período da Ordem o Dia.” --- --- PERÍODO DA ORDEM DO DIA--- --- Ponto 1 – APROVAÇÃO DO EXCERTO DA ATA Nº 117, DE 29.09.2020,

RELATIVO À APROVAÇÃO DA PROPOSTA 477/CM/2020 -

CONTRATAÇÃO DE EMPRÉSTIMO DE MÉDIO E LONGO PRAZO JUNTO DO BANCO EUROPEU DE INVESTIMENTOS, E DA ATA Nº 118, DE 01.10.2020; --- --- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -- --- “Temos a aprovação do excerto da ata nº 117, de 29.09.2020, relativo à aprovação da proposta 477/CM/2020 - contratação de empréstimo de médio e longo prazo junto do banco europeu de investimentos. --- --- Vamos proceder à votação. --- --- Aprovação do excerto da Ata 117 relativa à reunião de 29 de setembro de 2019. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 11 IND. Está aprovada por unanimidade, não tendo participado na votação os Senhores Deputados que estiveram ausentes na referida reunião. ---

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--- Passamos, agora, à ata nº 118, de 1 de outubro de 2020. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 11 IND. Está aprovada por unanimidade, não tendo participado na votação os Senhores Deputados que estiveram ausentes na referida reunião.” --- ---- De forma a dar cumprimento ao disposto no DL. n. º 4/2015, de 07 de Janeiro, que aprova o novo Código de Procedimento Administrativo, mais precisamente no n.º 3 do seu artigo 34.º, não participaram na votação do Excerto da Ata 117 e Ata 118, os Senhores Deputados Municipais que abaixo se referenciam, em virtude de não terem estado presentes na reunião a que a mesma respeita. --- --- Excerto da Ata n.º 117 Sessão Ordinária de setembro, segunda reunião, realizada em vinte e nove de setembro de dois mil e vinte, não estiveram presentes os seguintes Senhores Deputados Municipais: Carla Rothes Ladeira (PS), Nuno Miguel Santos Silva (PS), Carlos Vieira Barbosa /PSD), Frederico Lira (PEV) e Joana Alegre Duarte (IND). --- --- Ata n.º 118 Sessão Ordinária de setembro, terceira reunião, realizada em um de de outubro de dois mil e vinte, não estiveram presentes os seguintes Senhores Deputados Municipais: Nuno Miguel Santos Silva (PS), Ana Sofia Dias Figueiredo (PS), José Roque Alexandre (PS), Carlos Barbosa (PSD), Vasco Morgado (PSD), Maria Luisa Aldim (CDS-PP), Fábio Sousa (PCP), Natacha Amaro (PCP, Tiago Ivo Cruz (BE), Paula Inês Sousa Real (PAN), Joana Alegre Duarte (IND) e Patricia Gonçalves (IND). ---

--- Ponto 2. DEBATE ANUAL SOBRE O ESTADO DA CIDADE, AO ABRIGO

DO DISPOSTO NO ARTIGO 41º E NO ANEXO I DO REGIMENTO; GRELHA E - LIMITE MÁXIMO DE 5 X GRELHA B: 5 HORAS. --- --- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Vamos, então, dar seguimento ao Debate Anual sobre o Estado da Cidade. É altura do Senhor Presidente da Câmara intervir. Se ainda não está presente, teremos que aguardar. --- --- Senhor Presidente, faça favor, tem a palavra.” --- --- O Senhor Presidente da Câmara, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: - --- “Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados. --- --- Começo por saudar o Senhor Presidente, os Senhores Deputados, com todo o gosto de pudermos retomar as nossas reuniões, não ainda, exatamente, no modelo que queremos todos mas, ainda assim, já de uma outra forma. --- --- No tempo difícil que vivemos no país e na cidade de Lisboa, quero começar com uma palavra de solidariedade, uma palavra de força mas, também, uma palavra de esperança a todos os lisboetas pelo momento difícil que vivemos, pelos sacrifícios que tantas famílias estão a passar, pelas dificuldades que tantos sentem no seu quotidiano, no quotidiano daqueles que lhes são mais próximos, a cidade deve-lhes essa palavra, esse apoio e esse estimo. --- --- Quero também deixar, a partir desta tribuna, uma palavra de profundo reconhecimento a todos os eleitos e a todos os trabalhadores da Câmara Municipal de

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Lisboa, de todas as Juntas de Freguesia da cidade, de todos os departamentos e de todos os serviços. Têm enfrentado, nos últimos meses, com esforço, com dedicação, com coragem, com uma capacidade de servir o público absolutamente ímpar. Muitas vezes, enfrentando o medo da pandemia, o receio normal de todos este tempo, mas nunca, em nenhuma circunstância, deixando de cumprir o seu trabalho ao serviço da cidade e ao serviço dos lisboetas. A todos, eleitos e trabalhadores do município o meu muito obrigado. --- --- Desde que a pandemia se iniciou, temos desenvolvido um profunda trabalho coletivo de agregação de todas as instituições, de todas as competências e de todas as capacidades para apoiarmos no domínio das nossas competências, a contenção da pandemia. Sabemos que erradicarmos de vez esta pandemia não depende de uma vontade nacional, não depende de uma vontade de uma só cidade, um só município, mas sabemos que em conjunto de uma forma articulada, todas as instituições Câmara Municipal, Juntas de Freguesias, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Ministério da Saúde, Ministério da Administração Interna, todos os serviços no âmbito da proteção civil, instituições de solidariedade social, rede social de Lisboa, associações locais, associações de moradores e tantos outros, trabalhando de forma articulada poderemos atenuar e podemos apoiar a contenção da pandemia. --- --- A verdade é que temo-lo feito em variadíssimas frentes. Não irei aqui fazer um balanço articulado deste esforço e deste trabalho, mas ele tem sido de extrema importância para a vida de dezenas, centenas de milhares de lisboetas. E tem também servido de exemplo para muitas praticas que se podem prosseguir. --- --- Desde o início da pandemia, nós criámos apoios específicos para matérias tão essenciais como a generalização da distribuição de equipamentos de proteção individual, hoje não é uma necessidade tão evidente que o município a assuma. Há pouco meses era uma necessidade premente, onde o município já investiu mais de 6,5 milhões de euros.--- --- As Juntas de Freguesia têm feito um trabalho em colaboração com a Câmara de Lisboa da maior importância em assegurar refeições a todos aqueles que têm necessidade, por idade, por isolamento, por perda de emprego, por perda de rendimento. E o número de refeições hoje distribuídos na cidade de Lisboa ultrapassa as doze mil por dia, num esforço de solidariedade verdadeiramente, ímpar. --- --- Da mesma forma, as Juntas de Freguesia têm realizado um apoio absolutamente essencial através do acompanhamento de idosos, e de toda a população, através de chamadas telefónicas no acompanhamento das suas necessidades, no apoio a compras ao domicilio e nas idas à farmácia, daqueles que por necessidade e por receio não o pretendem fazer direta e pessoalmente. --- --- Importante também tem sido a resposta dada à população em situação de sem abrigo com a abertura de novas unidades, de novos equipamentos, de novas valências de resposta num período particularmente exigente, em que a cidade se viu confrontada não com a diminuição que temos vindo a assistir nos últimos anos na cidade de Lisboa, mas ao aumento daqueles que de forma muito rápida foram procurar este apoio do município. ---

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--- Recordo também aqui o apoio que foi dado através do Fundo de Emergência Social na dimensão instituições e na dimensão famílias, rapidamente foi capaz de canalizar para centenas de instituições o apoio que fazia a diferença. --- --- Recordo também aqui, aquilo que fizemos no domínio da cultura, em que fomos a primeira entidade pública a assegurar, desde a primeira hora, que queríamos honrar todos os contratos assinados, que no caso de Lisboa já estavam realizados até aos festejos de fim do ano, convertendo para uma manifestação do ponto de vista online com formato televisivo, ou radiofónico, a contratação já efetuada. Fizemos, aliás, no mesmo período o lançamento de fundos de emergência no valor de 1,4 milhões de euros para apoiar novas produções e para apoiar a atividade de um sector tão importante e tão fustigado na atual pandemia.--- --- Recordo aqui também, a importante decisão que tomámos relativamente às moratórias do pagamento de rendas habitacionais, tão importantes para assegurar a tranquilidade de dezenas, milhares de famílias, que são inquilinas em casa do município, e o trabalho que se iniciou, então, em fazermos a adequação, a avaliação da condição de rendimento de cada agregado para podermos ajustar as rendas ao valor que as famílias podem, efetivamente, pagar em função da nova situação social que enfrentam. --- --- Recordo também aqui, a decisão conjunta que tomámos com as Juntas de Freguesia relativamente à promoção da atividade económica e ao apoio do sector de restauração o que fizemos ao nível das esplanadas, ao nível do espaço público, onde fomos capaz de assegurar condições de segurança para quem pretende utilizar restaurantes e quem pretende usar serviços de restauração, fornecendo um bem essencial que foi o espaço público para que a atividade se mantivesse, para que o emprego se mantivesse, para que as pessoas pudessem continuar a usufruir dos seus espaços de restauração. --- --- O impacto destas medidas do ponto de vista do emprego e do ponto de vista da coesão, são incomensuráveis. --- --- Registamos hoje pela cidade tantas e tantas unidades que nos dizem ‘foi a esplanada que me permitiu não fechar’, salvar empregos, ultrapassar a fase difícil e ter uma esperança maior no futuro. --- --- Continuamos a apoiar, do ponto de vista social, os estratos mais desfavorecidos, mas também apoiar a manutenção do músculo económico da cidade, com os apoios especiais na cultura, às casas de fado, o que agora estamos a fazer e a negociar com as livrarias da cidade, com o reforço do fundo de aquisições para quatrocentos mil euros a concretizar nos próximos meses. O diálogo que iniciámos com as casas artísticas e com apoios à programação para as casas artísticas e seguiremos um conjunto significativo de apoios na medida de preservarmos o núcleo fundamental do músculo económico e social da cidade de Lisboa. --- --- Quero, igualmente, sublinhar que não pouparemos esforços, não pouparemos agregações, não pouparemos parcerias porque a contenção da pandemia, proteger os mais desfavorecidos e proteger o músculo económico fundamental da cidade é nossa obrigação. E não teremos, neste momento, nenhuma hesitação, de receio, de

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prostração, pelo contrário, teremos neste momento a capacidade, o engenho e a imaginação de irmos encontrando as respostas que a cada momento se impõem. As respostas só têm que passar um teste é o teste da verdade, da eficácia. Têm de ser eficazes na contenção da pandemia, têm de ser eficazes na resposta à crise, têm de ser eficazes em apoiar a preservação do músculo económico e social da cidade de Lisboa. --- E é neste sentido, que começámos há poucos dias, numa parceria com as Juntas de Freguesia, com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com o Ministério da Saúde, um importante plano de aceleração da vacinação dos mais velhos relativamente à gripe. Fizemo-lo porque esta era uma medida de extrema importância. Porque sabemos que neste período em que estamos, os dois factores adicionais de risco na expansão da pandemia estão na abertura do ano letivo e estão na época da gripe. E o facto de, aliás, de se poderem acumular os sintomas, ou confundir os sintomas, ou fragilizar a saúde daqueles que são mais idosos e mais vulneráveis. Por isso, não hesitamos e socorremo-nos de todos os meios para montar no terreno uma parceria que contava até ao dia de ontem com mais de doze mil inscritos que foram, e estão a ser, vacinados contra a gripe, ao longo das próximas duas semanas, instituições de proximidade nos territórios, nas Juntas de Freguesia, até mesmos em bibliotecas, através de unidades móveis, através de todos os serviços que nós conseguimos montar que assegurem que conseguimos vacinar mais rápido, mas que vacinamos, também, numa lógica de proximidade com mais segurança para todos. ---- --- E quero deixar aqui uma palavra muito especial reafirmando que continuam a trabalhar em operação as equipas multidisciplinares que criámos há uns meses atrás, que juntam saúde, Segurança Social, Santa Casa da Misericórdia, Proteção Civil Municipal, para podermos junto de cada escola, de cada lar, fazer a verificação dos planos de contingência, fazermos a verificação da dotação de equipamentos de proteção individual, fazermos a verificação dos planos de adaptação a qualquer circunstância, procurando assim, e conseguindo assim, a redução importante do risco de contaminação em cada uma destas unidades. É um trabalho que não faz, muitas vezes, a notícia, é um trabalho que não faz nenhum título em particular, mas é um trabalho da maior importância para todos para que possamos ter a consciência de termos a certeza de que em cada unidade estamos a fazer o melhor que é possível fazer dadas as condições que temos para reduzir o risco da propagação desta pandemia. --- --- Destaco em particular, Senhores Deputados, e peço o vosso reconhecimento para um trabalho que é verdadeiramente notável e que é feito por uma parte destas equipas e que é a verificação ao domicílio das condições reais de possibilidade de confinamento das pessoas que estão infetadas. --- --- Há uns meses atrás foi visível para o país a situação mais débil e frágil com que muitas famílias na Área Metropolitana de Lisboa enfrentavam a pandemia. Como resposta encontrámos uma resposta coletiva ao nível da Área Metropolitana de Lisboa e com expressão também em Lisboa, uma resposta que poucas sociedades têm e que não foram capazes de desenvolver, mas que nós fomos capazes de desenvolver e que

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nós temos aplicado que é a capacidade de verificar caso a caso, as necessidades reais para que cada um cumpra o seu confinamento. --- --- Há necessidade de habitação alternativa? Há necessidade de apoio alimentar? Há necessidade de apoio ao cuidado de filhos ou de familiares? Há qualquer necessidade que se possa cobrir? Se há, as instituições do Município de Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, Juntas de Freguesia, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em parceria, Polícia Municipal, Serviços de Proteção Civil em parceria com os serviços do Estado, têm encontrado, caso a caso, circunstância a circunstância, as melhores respostas que são adequadas. --- --- E nesta fase em que estamos a suprir reais necessidades básicas, que asseguramos à sociedade a necessidade do cumprimento do confinamento de todos, mas que o asseguramos porque estamos a assegurar a cada cidadão as reais condições para os seus confinamentos estamos, neste momento a realizar mais de cem visitas domiciliarias diárias, procurando assim minorar os riscos de expansão da pandemia. É isso que temos feito, com enorme dedicação de centenas de profissionais que eu queria, uma vez mais, aqui saudar e elogiar. --- --- Neste momento, estamos em vésperas de apresentação do orçamento do município e queria assegurar que nós continuaremos no próximo ano de 2021, neste esforço de apoio aos mais necessitados, às famílias com maior necessidade. Continuaremos este esforço de apoio ao músculo económico da cidade de Lisboa num momento tão difícil e tão exigente. --- --- Queria pois, anunciar aqui a criação de uma medida da maior importância para todo o sector da restauração que é o facto de irmos propor às Juntas de Freguesia que possamos chegar a um entendimento até ao orçamento da cidade para 2021, que assegure três aspetos fundamentais: --- --- Em primeiro lugar, o licenciamento de todas as esplanadas em espaço público até ao final de 2021, para que todos possam saber com aquilo com que vão contar, durante o próximo ano, para que todos possam ter a segurança para poder realizar os investimentos que muitas vezes significam a sua sobrevivência. --- --- Em segundo lugar, vamos encetar esse diálogo com as Juntas tendo em vista a isenção completa de todas as taxas municipais durante o ano de 2021, prolongando um esforço significativo que a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia fizeram no ano de 2020. Iniciaremos esse diálogo com a compreensão clara de que a Câmara tem mecanismos de financiamento que as Juntas de Freguesia não dispõem, mas com a convicção de que Câmara e Juntas de Freguesia, nesta partilha de responsabilidades que têm, saberão chegar a esta solução que é a solução que melhor apoia o músculo económico da cidade e tão importante que vai ser na manutenção de muitos postos de trabalho que é a isenção completa de taxas durante todo o ano de 2021, e adicionaremos a este um apoio de uma bolsa de cerca de cem mil euros para todos aqueles que pretendam adaptar as suas esplanadas ao funcionamento durante todo o ano. --- --- Como é conhecido, em Lisboa a utilização do espaço para esplanada é hoje, felizmente, uma realidade conhecida, efetiva, durante a primavera, durante o verão.

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Menos durante o outono e, ainda, manos durante o inverno. E a razão para assim ser é o facto de muitas ainda não disporem das condições para que isso possa acontecer. Ora, o que nós queremos é criar as condições para que isso aconteça. E permitam-me que estamos a falar aqui, não estamos a falar de um aspeto menor, ou de um aspeto parcelar, nós estamos a falar de um aspeto que reveste uma nuclear importância para a vida de cada cidadão poder sair à rua, poder ir a um espaço de restauração e poder fazê-lo em segurança. E estamos a falar de uma medida de manutenção de milhares de postos de trabalho. --- --- Todos conhecem os casos concretos em todas as freguesias e em cada território. E todos conhecem bem a diferença que perante um sentimento de insegurança perceptível, claro, compreensível em tantas famílias, como tantas vezes ouvimos, de que foi a esplanada que salvou os seus negócios. Porque algo que parece tão simples e tão prosaico, tem uma importância central na vida da cidade, na vida de quem utiliza, mas também na vida de quem é responsável por manter uma atividade a funcionar, mantê-la a funcionar não como desejaria, mas mantendo-a a funcionar assegurando os postos de trabalho. --- --- Esta é uma linha de fundo que vamos ter no orçamento para 2021, que quero aqui no Debate sobre o Estado da Cidade que não se destina apenas a discutir o balanço daquilo que fizemos e da situação que enfrentamos, mas também a perspectivar aquilo que faremos no futuro. E o que vamos continuar a fazer sem nenhuma margem de dúvida e sem nenhuma hesitação, é apoiar aqueles que têm mais necessidade, apoiar os mais desfavorecidos, os mais atingidos nesta pandemia, mas também a proteger o mais que conseguirmos o músculo económico desta cidade como forma de proteção do emprego, como forma de proteção de todos aqueles que dependem do seu salário para a sua vida, mas também assegurar que a cidade vai dispor na altura da recuperação, das forças fundamentais para que a cidade possa recuperar a sua trajetória de crescimento. --- --- Quero sublinhar aqui que daremos especial atenção a vários sectores que têm sido particularmente, atingidos nesta pandemia. Já referi o sector da cultura, onde continuaremos a cobrir os sectores e subsectores mais atingidos e dos quais ainda não têm a resposta que é necessário ter. Refiro-me às livrarias com as quais temos dialogado e já encontramos a solução num fundo de aquisições, na antecipação do fundo de aquisições do município no valor de quatrocentos mil euros, e o trabalho que hoje já estamos a realizar com as várias casas que recebem atuações ao vivo que não podendo abrir portas no seu regime normal, que não têm viabilidade económica no seu regime normal, mas compreendemos todos que neste momento de pandemia não é possível que abram no seu regime normal. Agora, é verdade que essas casas desempenham um papel essencial no aparecimento de novos artistas, na vida cultural da cidade, na vida e na dinâmica económica da cidade de Lisboa, e que essas casas têm de ser apoiadas e preservadas, também, para a recuperação económica da cidade de Lisboa. --- --- Teremos em poucas semanas, uma iniciativa de resposta a esta necessidade porque é uma necessidade central do nosso presente e, também, do nosso futuro. ---

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--- E assim continuaremos nas Lojas com História e em todos os sectores da nossa vida económica e social que seja necessário, e esteja nas mãos do município, naturalmente, os instrumentos para lhe dar resposta. --- --- Este é também o tempo de não perdermos os olhos no futuro. --- --- Nós não escolhemos esta pandemia, nós não escolhemos este vírus, nós não escolhemos este momento, mas vai depender muito das nossas decisões a forma como vamos sair deste momento em que vivemos. --- --- E o que nós não podemos fazer é desistir de pensarmos no futuro e de continuarmos a investir nos elementos centrais desse futuro. --- --- É por isso, que temos desenvolvido na Câmara de Lisboa um imenso trabalho de não deixar cair aquilo que é absolutamente estratégico na nossa visão do futuro de Lisboa. Aliás, de podermos antecipar, de podermos promover, de podermos progredir no que são os elementos fundamentais do nosso plano estratégico. E temos aproveitado as circunstâncias para no âmbito do momento que estamos a viver, negociarmos os instrumentos financeiros que possam fazer a diferença. Quero destacar aqui três áreas estratégicas: --- --- A primeira área é a área da habitação. --- --- Este mandato está a ser marcado por um fortíssimo investimento em habitação destinada aos estratos mais carenciados, habitação destinada às famílias de classe média e é já hoje possível dizer que a atribuição de mais de duas mil casas que já foram concretizadas durante este mandato farão, e estamos a falar um ano antes deste mandato, certamente o maior mandato de atribuição de casas municipais desde o programa de erradicação de barracas na cidade de Lisboa. --- --- Mas temos consciência de que este esforço necessita ser ampliado, precisa de ser acelerado. E por isso, negociámos e conseguimos que ficasse incluído no Plano de Recuperação e Resiliência que o Governo apresentou em Bruxelas, pela primeira vez, em muitas décadas, uma linha específica para investimento na habitação, em particular, na habitação social. Esta linha de investimento que tantas vezes, aqui, foi identificada como uma necessidade para muitos, esbarrou sempre nas impossibilidades da regulamentação comunitária que impedia os fundos comunitários de investir em habitação e que impedia os fundos comunitários no investimento na área de Lisboa. Ora, essa barreira foi agora quebrada. No Plano de Recuperação e Resiliência uma das prioridades centrais está a construção acessível que irá ser delegada na Área Metropolitana de Lisboa, nos municípios, e onde o Município de Lisboa terá aqui uma palavra fundamental. --- --- Quero, em segundo lugar, destacar os investimentos na área da saúde, onde estão incluídos com verba destacada no Plano de Recuperação e Resiliência, e sublinho, porque são verbas de investimento aos quais o Município de Lisboa se vai poder socorrer para a realização do seu programa. Falo de um programa que é conhecido, que implica a reabilitação de catorze centros de saúde e a sua construção nova, e também unidades de cuidados continuados. Neste momento, sete centros de saúde estão em obra com conclusão para breve. Um deles encontra-se a aguardar visto do Tribunal de Contas, e os outros encontram-se em fase de lançamento nos próximos

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meses. Ora, este programa vai poder ganhar outro fôlego com o financiamento assegurado na área da saúde, para a área de Lisboa poder desenvolver estes investimentos. --- --- Por último, quero-vos dar nota de uma das notícias mais marcantes e mais simbólicas do Plano de Recuperação e Resiliência, e digo marcante e simbólica pelo seu significado real mas também pelo seu significado do ponto de vista da agenda política, que a inscrição no Plano de Recuperação e Resiliência do financiamento para a ampliação, para a expansão da linha vermelha do Metropolitano de Lisboa até à zona ocidental. --- --- Sublinho isto aqui porque se trata de uma enorme conquista de todos aqueles que acreditam no transporte coletivo como um instrumento fundamental do futuro, do futuro da política ambiental, do futuro da política económica, do futuro da sustentabilidade do nosso território e da nossa comunidade. --- --- Destaco isto aqui porque o Metropolitano da linha vermelha para o ocidente, foi uma ambição de muitos dos meus antecessores, e foi uma ambição de muitos dos antecessores dos Senhores Vereadores e dos Senhores Deputados que aqui estão nesta Assembleia. E que foi a luta, a perseverança ao longo de muito tempo, que foi possível, pela primeira vez, que tivéssemos uma decisão e uma inscrição das verbas para esse fim. A linha vermelha até Alcântara vai ser uma realidade e, aliás, pelas próprias regras em que ela está inscrita, vai ser uma realidade que vai ser bastante mais cedo do que mais tarde, porque são essas as regras que nos ditam, são essas as exigências que são colocadas no Plano de Recuperação e Resiliência. --- --- Quero destacar, também, que em complemento e em articulação com esta expansão com a linha vermelha do Metropolitano para a zona ocidental, cobrindo a zona das Amoreiras, a zona de Campo de Ourique, Estrela e Alcântara, que terá ligação com um projeto que já aqui falei, da maior importância e que estamos em negociação para a sua inscrição para financiamento, que é a linha do metro de superfície que, precisamente, ligará Alcântara, passará pelo alto das Freguesias de Alcântara e da Ajuda, entrará no Município de Oeiras, através da zona do Hospital São Francisco Xavier, cobrindo Miraflores, Linda-a-Velha, Cruz Quebrada e fazendo uma verdadeira ligação que tem e que cobre múltiplas ligações. Uma dimensão de sustentabilidade, de promoção do transporte coletivo mas uma importante ligação de coesão. --- --- Todos os munícipes da zona ocidental de Lisboa vão ficar servidos por transporte coletivo pesado, a poucas centenas de metros, num raio de poucas centenas de metros da sua residência, e vamos conseguir fazê-lo ao mesmo tempo que asseguramos as medidas de sustentabilidade na cidade de Lisboa, pela redução de veículos o que significa a utilização do transporte coletivo a partir de Oeiras. --- --- Por último, quero terminar, sublinhando o que temos feito em matéria de investimento na requalificação do património e do nosso espaço público, em particular, com a promoção dos espaços verdes. --- --- A obra de que tanto nos orgulhamos no Palácio da Ajuda está a decorrer, em bom ritmo, para abrirmos no início de 2021, esperando que possamos saudar a feliz

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coincidência de terminar uma obra com duzentos anos ao mesmo tempo que nos livramos desta pandemia. --- --- As obras da Frente Ribeirinha permitem-nos já ter o orgulho da recuperação do Muro das Namoradeiras que desapareceu e foi retirado daquele local quando o acidente do metro há tantos anos atrás. Quem hoje por lá passar já não vê o aterro do metro que durante tanto tempo retirou assimetria da Praça do Comércio, e dentro de poucos meses podemos reabrir toda a frente que vai do Terreiro do Paço até ao Terminal de Cruzeiros e à Estação de Santa Apolónia. --- --- Refiro, ainda, o bom andamento dos trabalhos e a conclusão a breve prazo da importantíssima obra da Praça de Espanha. --- --- A Praça de Espanha era há um tempo atrás vista como uma obra impossível. Mas dentro daquela obra impossível foi a visão e foi a determinação que permitiu que se acabasse com o mercado que continuava como provisório desde o tempo do Presidente Cruz Abecassis, que se resolvesse um diferendo relativamente à entrega de terrenos que tinham sido transacionados no tempo do Presidente João Soares, com o Montepio e a Lusitânia, em plena Praça de Espanha, que se desenvolvesse um concurso internacional em parceria com um Caderno de Encargos que seria uma nova visão do futuro para uma Praça de Espanha mais pedonal, mais ciclável, mais verde, que se lançou um concurso internacional de projetos para esse fim que estabeleceu as parcerias com a Fundação Gulbenkian para a projeção natural e a ligação do Museu de Arte Moderna entre a Fundação Gulbenkian e o novo Jardim da Praça de Espanha, e que terá também o início neste mandato das obras de requalificação do Largo de São Sebastião da Pedreira. --- --- Quero sublinhar aqui, a importância central desta obra, uma obra verdadeiramente transformadora e verdadeiramente emblemática de um projeto e de uma visão política. Aquilo que eram uns metros quadrados de alcatrão, de betão, de uma zona inacessível aos cidadãos, dentro de poucos meses vai-se transformar num verdadeiro exemplo do que é uma cidade virada para o futuro.--- --- Aqueles que conhecem a zona, o que será um Largo de São Sebastião da Pedreira requalificado, o que será um Palácio de Vilalva com possibilidade de circulação e de atravessamento através de um acordo com o exército português. Um espaço público recuperado no largo fronteiro na Marquês da Fronteira com o alargamento do espaço público e a dignificação daquela zona. A entrada do que será o novo espaço da Fundação Gulbenkian e do seu Museu de Arte Contemporânea. A fruição pública do espaço hoje da Fundação Eugénio de Almeida. O atravessamento por uma ponte pedonal para a nova Praça de Espanha. A fruição de um jardim com mais de cinco hectares na Praça de Espanha, o seu prolongamento pela Eduardo Malta. E comparemos isto tudo ao que era a realidade de há três, quatro anos atrás em que nada disto era possível e se fosse afirmado e dito que o iríamos concretizar, certamente seriam mais os cépticos do que aqueles que verdadeiramente confiariam neste programa. --- --- Ora, este programa não só está em execução como irá ser concluído neste mandato. ---

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--- Transmitindo uma mensagem muito clara a todos os lisboetas, estamos numa fase difícil e exigente, mas vamos fazer o melhor, juntos, para ultrapassarmos esta fase da pandemia. Mas vamos fazê-lo com sentido de comunidade que é o sentido de não perdermos ninguém neste percurso, apoiando aqueles que mais necessitam, não perdendo aqueles que fazem parte e que são o músculo económico, social, vital da nossa cidade. E, acima de tudo, nunca perder os olhos de que Lisboa e de que todos nós temos muito mais vida do que estes meses de pandemia, temos que continuar com determinação, com vontade e com alegria, a construir o futuro da cidade de Lisboa, um futuro mais verde, mais amigável, mais sustentável para todos nós e para as gerações que se vão seguir. --- --- Muito obrigado a todos.” --- --- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “Portanto, recordando as regras desta sessão, agora vão intervir os diferentes grupos municipais, ou por videoconferência, ou presencialmente, que estão inscritos, e o Senhor Presidente falará no fim das intervenções.” --- --- A Senhora Primeira Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra anunciou o seguinte: --- --- “Tem a palavra o Senhor Deputado Sobreda Antunes do PEV, por videoconferência.” --- --- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV), no uso da palavra fez a seguinte intervenção: --- --- “De acordo com o art. 41º do Regimento em vigor, anualmente esta AML promove um debate sobre o ‘Estado da Cidade’, sendo o de hoje o último do atual mandato autárquico. --- --- Constata-se, porém, que algumas das questões elencadas em anos anteriores persistem nos dias de hoje, quando seria expectável que a autarquia priorizasse uma inequívoca defesa dos factores com maior relevância para os seus munícipes, bem como a melhoria dos indicadores de qualidade de vida das famílias que aqui vivem e trabalham, o que nem sempre vem acontecendo. --- --- Bem sabemos que o ano de 2020 tem sido caracterizado como um período anómalo, mas onde a pandemia que atravessamos não pode servir de desculpa branqueadora para alguma da inação do Município, para além deste nem ser o 1º mandato do atual executivo. --- --- No entanto, após uma década, Lisboa tem hoje menos habitantes, embora com mais jovens, poderá ter mais empresas, mas com um salário médio quase estagnado, mais museus, mas muito menos ecrãs de cinema, mais casamentos, mas menos agências bancárias, menos caixas automáticas de Multibanco, menos postos dos CTT e claras dificuldades dos munícipes no acesso à habitação. --- --- De acordo com os dados da Pordata, contendo uma análise estatística comparativa de Lisboa entre 2010 e 2018, e atualizada em (8 de) Outubro de 2020, saltam à vista alterações significativas a nível demográfico, da habitação, do ambiente ou do sector social, entre muitos outros.---

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--- Vejamos um breve retrato da capital, anterior à fase pandémica. --- --- Primeiro, o que a ninguém passa despercebido é o aumento flagrante dos estrangeiros com autorização de residência, onde, entre 2008 e 2019, a população estrangeira com estatuto legal de moradora (em % da população residente em Lisboa), disparou de 7,7% para 19,3%. Só no 1º semestre de 2020 foram vendidos a estrangeiros 700 imóveis no centro histórico de Lisboa por mais de 350 milhões €. Curiosamente, municípios vizinhos como Amadora, Odivelas e Oeiras viram a sua população crescer, fruto da provável expulsão de residentes na capital. --- --- Na Habitação, o valor médio de avaliação bancária do m2 das casas em Lisboa atingiu os 2.300€ em 2018, quando em 2010 não ia além dos 2.030€. Donde, o fosso tornou-se ainda maior para o resto do País, cuja média baixara de 1.233€ para 1.192€. - --- Talvez o aumento daquele valor da habitação até não seja negativo para a CML, que acabará, por exemplo, por cobrar mais IMI, mas já não o será para os candidatos a residentes e jovens famílias. Em contraciclo, o número de alojamentos turísticos, entre 2010 e 2018, disparou de 193 para 576. --- --- Em 2018, estimava-se que Portugal tivesse mais de 8 mil Pessoas em Situação de Sem Abrigo, tendo-se constatado que o número total na capital seria de 2.328. E, de acordo com a CML, estariam na condição de sem casa 19.677 pessoas e sem tecto 361 pessoas. São números que se suspeita que a pandemia terá elevado, pelo simples facto de os centros para sem-abrigo terem passado a acolher pessoas que, em Março, se encontravam a trabalhar. --- --- Já na Educação, o ensino não superior perdeu quase 10.000 alunos, tendo-se a CML precipitado ao aceitar transferência de competências nesta área, sem previamente salvaguardar a qualidade dos equipamentos escolares, os quais deixam muito a desejar. --- --- Segundo a Pordata, na área das despesas, a CML reduziu percentualmente o seu investimento em Cultura e Desporto, no período analisado. Já a não decisão da concentração dos Arquivos Municipais num único edifício continua, inexplicavelmente, por solucionar, e os técnicos desta área profissional desesperam. --- --- Ainda de acordo com os dados da Pordata, a % de investimento em Ambiente, sobre o total de despesas do Município, foi reduzida no período entre 2001 e 2018. Quanto aos resíduos urbanos, por total e tipo, ou seja, de recolha de lixo de forma indiferenciada ou seletiva, regista-se uma diminuição de cerca de 20 toneladas, o que só vem confirmar os repetidos alertas das associações ambientalistas de se estar ainda bem longe de serem cumpridas as metas anunciadas para o cumprimento das taxas de reciclagem. --- --- Na Saúde, para o mesmo período, diminuíram tanto o número de hospitais como o de farmácias, tendo o Município perdido 5 hospitais e 26 farmácias. Também os 14 novos Centros de Saúde, prometidos no Programa ‘Lisboa, SNS Mais Próximo’, que deveriam estar prontos até 2020, continuam a arrastar-se no tempo. --- --- Aprofundemos então agora o tema da Saúde. ---

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--- Como todos estaremos recordados, em 14/3/2017 foi rubricado um acordo de colaboração entre a ARSLVT (Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo) e o Município de Lisboa, denominado Programa ‘Lisboa, SNS Mais Próximo’. -- --- Nos termos deste acordo, a sua cláusula 1ª estipulava - e vou citar - ter “por objecto estabelecer as condições de cooperação entre a ARSLVT e o Município, com vista à construção e requalificação global das Infraestruturas e Equipamentos de Cuidados de Saúde Primários do Concelho de Lisboa até ao ano 2020”, sublinho até 2020. --- --- Lisboa iria ter 14 novos centros de saúde, 11 em espaços construídos de raiz e outros 3 em edifícios reabilitados para o efeito, como forma de acabar com a prestação de serviços de saúde em prédios de habitação, sem espaços adequados para os cuidados médicos e de enfermagem, e por vezes sem condições de acessibilidade. -- --- Aquando do seu anúncio, afirmou o Sr. Presidente da CML que este protocolo seria o programa mais ambicioso em décadas para o reforço dos cuidados primários de saúde na capital, ganhando novos serviços, mais meios complementares de diagnóstico e nova capacidade para um atendimento de qualidade, para que estes 14 novos centros de saúde pudessem servir mais de 305 mil utentes, num investimento superior a 30 milhões € assegurado por um empréstimo do BEI. E o jeito que eles dariam já em 2020 no apoio ao combate à pandemia! --- --- Porém, os munícipes continuam a aceder a centros de saúde a funcionar em edifícios há muito deficientemente adaptados a essa função. Dos 14 novos, apenas foi lançada a 1ª pedra em 4 (Alta de Lisboa, Alto dos Moinhos, Marvila e Benfica - Fonte Nova), 2 deles há menos de um mês (23/9), e vários estão ainda em fase de projeto ou revisão de projeto. Poderá até dizer-se que já foi aberta uma Unidade de Saúde Familiar na Av. Afonso Costa. Pois sim, mas o edifício dos Serviços Sociais não é novo, já existia. --- --- E em Março do corrente ano, acabámos por saber que o executivo se propunha revogar os concursos públicos para construção de centros de saúde, a fim de reponderar a fixação dos preços base, pois a CML ter-se-ia deparado com “um número significativo de concursos públicos de empreitada desertos”.--- --- Depois de conferirmos as Informações Escritas do Sr. Presidente, constatámos que os serviços vêm arrastando a fase de “processo de análise e regularização (do cadastro) patrimonial dos terrenos onde serão implementados os novos centros de saúde”. --- --- A dedução óbvia é que os preços já derraparam, estando os prazos anunciados a serem remetidos para as ‘calendas gregas’, perante o desespero dos profissionais de saúde e dos utentes dos serviços. Plantas e croquis fotogénicos já vimos alguns. Porém, entrados no último trimestre de 2020, dos previstos novos Centros de Saúde nem um único de raiz conseguiu ainda ver a luz do dia. --- --- E não é por falta de contributos e atempadas sugestões por parte de Os Verdes. Eis alguns exemplos. --- --- Em 2008, o edifício do Dispensário de Alcântara passou a integrar a Carta Municipal do Património e em 2012 os Anexos II e III do Regulamento do PDM. ---

Referências

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