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Reconhecimento de gestos manuais em tempo real utilizando dados de eletromiografia de superfície

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia Programa de P´os-Gradua¸c˜ao em Engenharia Mecatrˆonica. Reconhecimento de Gestos Manuais em Tempo Real Utilizando Dados de Eletromiografia de Superf´ıcie. Felipe de Souza Pinheiro. Orientador: Prof. Dr. Allan de Medeiros Martins. Disserta¸c˜ ao de Mestrado apresentada ao Programa de P´os-Gradua¸ca˜o em Engenharia Mecatrˆonica da UFRN como parte dos requisitos para obten¸ca˜o do t´ıtulo de Mestre em Ciˆencias.. N´ umero de ordem PEM: M012 Natal, RN, janeiro de 2018.

(2) Divis˜ao de Servi¸cos T´ecnicos Cataloga¸ca˜o da publica¸ca˜o na fonte. UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede Pinheiro, Felipe de Souza. Reconhecimento de Gestos Manuais em Tempo Real Utilizando Dados de Eletromiografia de Superf´ıcie/ Felipe de Souza Pinheiro - Natal, RN, 2017 23 p. Orientador: Allan de Medeiros Martins Tese (mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Tecnologia. Programa de P´os-Gradua¸ca˜o em Engenharia Mecatrˆonica.. RN/UF/BCZM. CDU 004.932(043.2).

(3) Reconhecimento de Gestos Manuais em Tempo Real Utilizando Dados de Eletromiografia de Superf´ıcie. Felipe de Souza Pinheiro. Disserta¸ca˜o de Mestrado aprovada em 31 de janeiro de 2018 pela banca examinadora composta pelos seguintes membros:. Prof. Dr. Allan de Medeiros Martins (orientador) . . . . . . . . . . DEE/UFRN. Prof. Dr. Joilson Batista de Almeida Rˆego . . . . . . . . . . . . . . . . . ECT/UFRN. Prof. Dr. Luiz Felipe de Queiroz Silveira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . DCA/UFRN. Prof. Dr. Alu´ısio Igor Rˆego Fontes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IFRN.

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(5) Aos meus familiares, pela paciˆencia e apoio durante a realiza¸c˜ao deste trabalho..

(6) Agradecimentos Ao meu orientador, professor Allan, sou grato pela orienta¸ca˜o. ` Alessandra que auxiliou em todas etapas do trabalho. A ` minha fam´ılia pelo apoio durante esta jornada. A ` CAPES, pelo apoio financeiro. A.

(7) Resumo O controle de pr´oteses, o´rteses e outros mecanismos baseando-se na resposta el´etrica da musculatura de alguma regi˜ao em espec´ıfico, representa a integra¸ca˜o autom´atica entre usu´ario e aplica¸ca˜o. Nesse trabalho, s˜ao apresentados os resultados de trˆes t´ecnicas promissoras para extra¸c˜ao de caracter´ısticas, assim como suas propostas de implementa¸c˜ao, com a inten¸ca˜o de identificar diferentes gestos realizados com a m˜ao direita baseando-se em sinais de eletromiografia de superf´ıcie da musculatura do antebra¸co. Essas t´ecnicas analisam os dados em duas vertentes: an´alise estat´ıstica e modelagem por processos auto regressivos. Dentro da an´alise estat´ıstica foi utilizada a An´alise de Componentes Principais (PCA) para extrair informa¸co˜es sobre a covariˆancia dos dados e assim classific´a-los de acordo com a posi¸co˜es propostas. A modelagem por processos auto regressivos foi feita utilizando o Estimador de M´ınimos Quadrados em duas abordagens: estima¸ca˜o em batelada (EMQ) e estima¸ca˜o recursiva (EMQR). Os resultados encontrados na etapa de simula¸c˜oes mostraram que a modelagem por processos auto regressivos, em suas duas abordagens, obteve melhor desempenho que a an´alise estat´ıstica. Tamb´em ser´a apresentado o resultado da implementa¸ca˜o final em hardware utilizando as t´ecnicas EMQ e EMQR em que a abordagem cujo processamento ´e feito em batelada obteve sucesso com uma taxa de acertos de aproximadamente 95% para as posi¸c˜oes propostas. Esse trabalho apresenta resultados extra´ıdos de implementa¸c˜ao final utilizando uma alternativa para se trabalhar com sinais mioel´etricos utilizando um hardware de baixo custo, divergindo dos trabalhos j´a apresentados na literatura em que, comumente, se utiliza aparelhos comerciais para a coleta de dados e os resultados s˜ao encontrados offline. Palavras-chave: Eletromiografia, classifica¸ca˜o, gestos..

(8) Abstract The control of prostheses, orthoses and other mechanisms based on the electrical response of a specific region’s musculature represents the integrations between user and application. This work presents the results of three promising techniques for feature extraction, and its implementation as well, with the intention of identifying different gestures performed by the right hand based on surface electromyography signals from de forearm’s musculature. Those techniques analyze the data from two points of view: statistical analysis and autoregressive modeling. The statistical analysis utilizes the Principal Component Analysis (PCA) to extract covariance information from the data and so classify according to the proposed positions. The autoregressive modeling utilized the Minimum Square Estimator in two approaches: batch processing (EMQ) and recursive processing (EMQR). The results found at simulation stage shows that modeling as an autoregressive process, in both approaches, has better performance than the statistical analysis. Also will be presented the results of the final implementation of the hardware using EMQ and EMQR wherein the technique with batch processing has approximately 95% of success rate. This work presents data extracted from the final implementation using a low-cost electromyography signal processing alternative, diverging from the works known in the literature which usually does the data collecting using commercial equipment and the results are found offline Keywords: Electromyography, classification, gesture..

(9) Sum´ ario Sum´ ario. i. Lista de Figuras. iii. Lista de Tabelas. v. Lista de S´ımbolos e Abreviaturas. vii. 1 Introdu¸c˜ ao 1.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.2 Estrutura do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Teoria 2.1 Eletromiografia . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1.1 Eletromiografia de profundidade . . . 2.1.2 Eletromiografia de superf´ıcie . . . . . 2.2 An´alise de Componentes Principais . . . . . 2.3 Estimador de M´ınimos Quadrados . . . . . . 2.4 Estimador de M´ınimos Quadrados Recursivo 3 Metodologia 3.1 Posi¸co˜es . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2 Aquisi¸ca˜o de dados . . . . . . . . . . . . 3.3 Simula¸c˜ao das t´ecnicas . . . . . . . . . . 3.4 Resultados simulados . . . . . . . . . . . 3.4.1 Simula¸ca˜o da PCA . . . . . . . . 3.4.2 Simula¸ca˜o da EMQ . . . . . . . . 3.4.3 Simula¸ca˜o EMQR . . . . . . . . . 3.4.4 An´alise comparativa . . . . . . . 3.5 Implementa¸ca˜o . . . . . . . . . . . . . . 3.5.1 Hardware . . . . . . . . . . . . . 3.5.2 Estimador de M´ınimos Quadrados 3.5.3 Estimador de M´ınimos Quadrados 3.5.4 Calibra¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . i. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Recursivo . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . .. 1 3 3. . . . . . .. 5 . 5 . 6 . 6 . 7 . 8 . 10. . . . . . . . . . . . . .. 13 13 14 16 19 19 20 20 21 21 22 23 27 29. . . . . . . . . . . . . ..

(10) 4 Experimentos e Resultados 32 4.1 Resultados do EMQ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 4.2 Resultados EMQR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 5 Conclus˜ ao 36 5.1 Trabalhos futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 Referˆ encias bibliogr´ aficas. 37. A Informa¸co ˜es adicionais 40 A.1 Demonstra¸ca˜o EMQ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 A.2 Lema da invers˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 A.3 Especifica¸co˜es t´ecnicas do Arduino Pro Mini . . . . . . . . . . . . . . 42.

(11) Lista de Figuras 2.1 2.2. Eletrodo de agulha para EMG de profundidade . . . . . . . . . . . . Eletrodo usado em t´ecnicas n˜ao invasivas . . . . . . . . . . . . . . .. 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.7 3.8 3.9 3.10 3.11. Posi¸co˜es propostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . Execu¸ca˜o do movimento de m˜ao espalmada . . . . . Trechos do sinal de EMG no dom´ınio da frequˆencia Diagrama de blocos padr˜ao para as simula¸c˜oes . . . Datasheet do CI INA128 . . . . . . . . . . . . . . . Ponte sim´etrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Esquema de montagem do hardware . . . . . . . . . Diagrama de blocos do EMQ . . . . . . . . . . . . . Diagrama de Blocos do EMQR . . . . . . . . . . . Diagrama de Blocos da calibra¸c˜ao do EMQ . . . . . Diagrama de Blocos da calibra¸c˜ao do EMQR . . . .. iii. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .. 6 7 14 15 16 18 22 22 23 26 28 30 31.

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(13) Lista de Tabelas 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.7 3.8 3.9. Defin¸ca˜o num´erica das posi¸co˜es . . . Estrutura do banco de dados . . . . . Parˆametros de referˆencia para EMQ e Parˆametros de referˆencia para PCA . Nova estrutura do banco de dados . . Matriz de confus˜ao para simula¸c˜ao da Matriz de confus˜ao para simula¸c˜ao do Matriz de confus˜ao para simula¸c˜ao do Percentual de acerto das simula¸co˜es .. . . . . . . . . . . EMQR . . . . . . . . . . PCA . EMQ . EMQR . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. 14 15 17 18 19 20 20 21 21. 4.1 4.2 4.3. Parˆametros de referˆencia obtidos ap´os a calibra¸c˜ao . . . . . . . . . . . 33 Rela¸ca˜o entre os parˆametros de referˆencia . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Resultados do EMQ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34. A.1 Especifica¸co˜es t´ecnicas do Arduino Pro Mini . . . . . . . . . . . . . . 42. v.

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(15) Lista de S´ımbolos e Abreviaturas JM Q :. Fun¸c˜ao de custo. Pi :. Posi¸ca˜o executada no instante i. Rg :. Resistor que define o ganho do amplificador. Vji :. Tens˜ao medida no sensor j no instante i. ΣX :. Matriz de covariˆancia de X. ˆ θ:. Vetor de parˆametros estimados. θˆc :. Vetor de parˆametros estimados concatenados. θˆk :. Vetor de parˆametros estimados no instante k. λ:. Fator de esquecimento. Kk :. Ganho de Kalman no instante k. X:. Matriz de observa¸c˜oes. Y:. Vetor de resultados. w:. Vetor de rota¸c˜ao. wri :. Vetor de rota¸ca˜o de referˆencia da posi¸ca˜o i. xi :. Vari´avel aleat´oria observada. x:. Vetor de observa¸c˜oes. µ:. M´edia. ψk :. Vetor de regressores no instante k.. σ:. Desvio padr˜ao. θ:. Vetor de parˆametros corretos. θri :. Vetor de parˆametros de referˆencia para a posi¸ca˜o i vii.

(16) ε:. Funcional. ξ:. Erro de estima¸c˜ao. ai :. Peso da combina¸ca˜o linear dos valores anteriores de yk. aij :. Coeficientes do processo auto regressivo. wi :. Peso aplicado `a combina¸ca˜o linear. yi :. Amostra no instante i. yk :. Valor no instante k. AD:. Anal´ogico Digital. CI:. Circuito integrado. DC:. Do inglˆes Direct Current. EEG:. Eletroencefalografia. EMG:. Eletromiografia. EMQ:. Estimador de M´ınimos Quadrados. EMQR: Estimador de M´ınimos Quadrados Recursivo FFT:. Do inglˆes Fast Fourier Transform. IMU:. Do inglˆes Inertial Measurement Unit.. PCA:. Do inglˆes Principal Component Analysis.

(17) Cap´ıtulo 1 Introdu¸ c˜ ao A eletromiografia (EMG) ´e um m´etodo de registro da resposta el´etrica da musculatura ativa e a interpreta¸c˜ao desse registro carrega a chave para a integra¸ca˜o entre usu´ario e aplica¸ca˜o. Utilizar os sinais bioel´etricos para acionamento e controle de aplica¸co˜es como drones, cadeiras de rodas motorizadas entre outros mecanismos controlados remotamente j´a ´e uma realidade ao se coletar esses sinais, envi´a-los para uma unidade de processamento e essa unidade comandar o equipamento. Tratar os sinais de EMG tamb´em expande os horizontes da tecnologia assistiva, que visa auxiliar pessoas com limita¸co˜es f´ısicas em suas atividades laborais ou cotidianas promovendo um aumento da qualidade de vida do indiv´ıduo. Utilizando sinais bioel´etricos ´e poss´ıvel projetar pr´oteses e o´rteses controladas por comandos el´etricos desencadeados por processos naturais do usu´ario, tornando o processo de aprendizagem de como utiliz´a-las mais r´apido. O estudo da atividade muscular atrav´es de sua resposta el´etrica n˜ao ´e uma novidade, em 1929 o m´edico Edgar Adrian juntamente com Detlev Bronk utilizaram eletrodos de agulha para aferir sinais de EMG, em seguida amplificaram e reproduziram em caixas de som [34]. Atualmente, os trabalhos relacionados ao estudo de EMG utilizam equipamentos comerciais como em [2-5]. A tecnologia aplicada nessa a´rea de estudo j´a foi bastante desenvolvida para que a aquisi¸ca˜o dos sinais seja feita de forma n˜ao invasiva, utilizando eletrodos postos sobre a pele. Com rela¸ca˜o a aquisi¸c˜ao dos sinais de EMG do antebra¸co, foram estudados alguns trabalhos que utilizam dispositivos comerciais com quantidade de sinais diferentes de acordo com cada equipamento. Por exemplo, o MYO, utilizado em [4, 32], ´e uma pulseira posicionada no antebra¸co, pr´oximo ao cotovelo, que apresenta oito sensores de EMG para reconhecer os movimentos da m˜ao. Al´em dos sensores de EMG, o MYO utiliza uma Unidade de Medi¸ca˜o Inercial (IMU), que reporta os movimentos linear e angular, al´em de rota¸ca˜o em trˆes eixos, para identificar os movimentos do bra¸co. Esse aparelho, apesar de mostrar bons resultados, ´e mais complexo do que o desejado para esse trabalho, al´em de adicionar um custo indesejado ao projeto. Outro tipo de sensor foi visto em [2], o DE-2.1 sensor, ´e um eletrodo bipolar espec´ıfico para EMG em que o circuito respons´avel pela aquisi¸ca˜o do sinal (amplificador de instrumenta¸c˜ao de ganho 10 e CMRR >80dB) ´e implementado em uma caixa.

(18) 2. ˜ CAP´ITULO 1. INTRODUC ¸ AO. de dimens˜oes 41x20x5mm que ´e posta sobre a pele para aferir o sinal de EMG da musculatura da regi˜ao. Entretanto, o fabricante do produto s´o garante que o sensor atinja as especifica¸c˜oes caso todo o equipamento utilizado seja da mesma marca. Dessa forma, esse sensor n˜ao foi utilizado, j´a que n˜ao seria poss´ıvel realizar quaisquer ajustes que fossem necess´arios, como ganho do amplificador por exemplo, sem prejudicar o desempenho do produto. Analisando [18], descobriu-se o CI INA128 desenvolvido pela Texas Instruments que implementa um amplificador de instrumenta¸c˜ao utilizando trˆes amplificadores operacionais e um resistor externo para definir seu ganho. Devido a flexibilidade das condi¸c˜oes de opera¸c˜ao e custo reduzido, o INA128 foi escolhido para implementar o circuito de EMG desse trabalho. Na busca por trabalhos cujos objetivos envolvessem classifica¸ca˜o de sinais utilizando t´ecnicas de extra¸ca˜o de caracter´ısticas, as t´ecnicas que modelam os sinais como processos auto regressivos s˜ao bastante utilizadas como alternativa tanto na a´rea de biotecnologia para sinais cerebrais [14, 25], card´ıacos [28] ou miogr´aficos [30, 31] quanto para outras a´reas como comunica¸co˜es digitais [16], an´alise estrutural [24] ou detec¸c˜ao de part´ıculas no ar [27]. Logo, por ser aplicado com sucesso em diversas a´reas para classificar sinais, modelar os sinais de EMG como processos auto regressivos foi uma das t´ecnicas aplicadas nesse trabalho, utilizando o m´etodo em duas vertentes: estima¸c˜ao em batelada (Estimador de m´ınimos Quadrados) e recursiva (Estimador de m´ınimos Quadrados Recursivo). Como as caracter´ısticas do sinal de EMG variam de acordo com a contra¸ca˜o da musculatura, o sinal analisado ´e claramente variante no tempo, portanto, optou-se por testar uma t´ecnica que pondere a relevˆancia dos dados coletados de acordo com o qu˜ao recente esse dado ´e. Essas duas vertentes objetivam estimar o vetor de coeficientes que melhor caracteriza um conjunto de dados, as duas foram consideradas como aplic´aveis ao problema, pois ao se implementar t´ecnicas em sistemas embarcados a quantidade de mem´oria ´e um quesito que deve ser levado em considera¸ca˜o e o n´ umero de amostras que precisam ser armazenadas nos dois casos ´e consideravelmente diferente. Analisando trabalhos relacionados a` sinais bioel´etricos como por exemplo os provenientes da eletroencefalografia (EEG) destacou-se, tamb´em, o trabalho [33]. Nele ´e feita uma an´alise da atividade cerebral em que um dos m´etodos utilizados para a extra¸ca˜o de caracter´ısticas do sinal ´e a PCA, do inglˆes, Principal Component Analysis. Essa t´ecnica realiza uma transforma¸ca˜o linear para que o conjunto de dados trabalhado se torne linearmente descorrelacionado. Aplicando-a para sinais variantes no tempo, como os de EMG, essa transforma¸c˜ao linear ´e diferente para cada novo conjunto de dados, obedecendo os padr˜oes de cada movimento realizado. Em [33], esse m´etodo ´e utilizado para remover caracter´ısticas irrelevantes sejam elas redundantes ou que degradem o desempenho do classificador de sinal. Dentre os m´etodos utilizados, a PCA n˜ao obteve o melhor resultado, no entanto, apresentou um bom resultado quanto ao tempo de treinamento, fator desej´avel para a aplica¸ca˜o nessa disserta¸ca˜o. A PCA tamb´em ´e utilizada como recurso de redu¸ca˜o de dimensionalidade [19, 29], mas esse recurso n˜ao ´e aplicado ao trabalho, j´a que o foco foi a extra¸c˜ao de caracter´ısticas visando a identifica¸c˜ao dos movimentos da m˜ao. Diante da an´alise dos trabalhos relacionados a` aquisi¸ca˜o e processamento de.

(19) 1.1. OBJETIVO. 3. sinais bioel´etricos, notou-se que a maioria dos trabalhos utilizou dispositivos comerciais para aferir os sinais de EMG, tornando o custo total de desenvolvimento da pesquisa elevado comparando com o custo de desenvolvimento utilizando componentes de prateleira. Ainda sobre esses trabalhos, percebeu-se que os m´etodos estudados n˜ao foram implementados para an´alise de desempenho em situa¸co˜es reais. Diante dos resultados j´a encontrados na literatura, esse trabalho prop´os adaptar t´ecnicas j´a conhecidas da literatura para implement´a-las em um hardware de baixo custo, tornando essa tecnologia financeiramente mais acess´ıvel. Assim, essa disserta¸c˜ao propˆos implementar uma maneira de identificar em tempo real movimentos realizados com a m˜ao baseando-se em quatros sinais de EMG da musculatura do antebra¸co. Para fazˆe-lo realizou-se um estudo simulado aplicando trˆes t´ecnicas, j´a conhecidas na literatura, em um banco de dados e seus desempenhos apontaram quais delas atenderiam o objetivo de identifica¸c˜ao dos movimentos em tempo real. Os crit´erios para selecionar os m´etodos est˜ao relacionados com sua simplicidade e eficiˆencia, j´a que ao final do trabalho os m´etodos com melhor desempenho foram implementados em hardware realizando a fun¸ca˜o desejada.. 1.1. Objetivo. O objetivo principal desse trabalho ´e desenvolver e testar um sistema de classifica¸ca˜o de sinais bioel´etricos para determina¸ca˜o de movimentos que seja de simples implementa¸ca˜o e capaz de identificar movimentos espec´ıficos realizados pela m˜ao, utilizando um hardware acess´ıvel que possa ser utilizado em diversas aplica¸co˜es, como o controle de pr´oteses e o´rtese eletromecˆanicas como em [2,8]. Para alcan¸car o objetivo, aplicou-se t´ecnicas de an´alise de dados j´a conhecidas na literatura em uma abordagem de classifica¸c˜ao de sinais. A fim de atingir o objetivo foram realizadas as seguintes etapas: • Adaptar um circuito para aferir e coletar os sinais de EMG; • Formar um banco de dados a partir dos sinais coletados para testar, via simula¸ca˜o, as t´ecnicas propostas; • Analisar os resultados simulados mensurando quantitativa e qualitativamente o desempenho de cada t´ecnica; • Adaptar o c´odigo das t´ecnicas com melhores resultados nas simula¸co˜es para a aplica¸c˜ao em tempo real; • Analisar o desempenho pr´atico de cada t´ecnica.. 1.2. Estrutura do trabalho. O conte´ udo desse trabalho est´a dividido em cinco cap´ıtulos. No Cap´ıtulo 2 ´e mostrada a teoria sobre os sinais de EMG e as t´ecnicas utilizadas para extra¸c˜ao de caracter´ısticas e classifica¸ca˜o da posi¸c˜ao atual da m˜ao s˜ao formalizadas matematicamente, em 3 ´e apresentada a metodologia aplicada, descrevendo as etapas do.

(20) 4. ˜ CAP´ITULO 1. INTRODUC ¸ AO. trabalho desde a defini¸ca˜o das posi¸co˜es desejadas `a implementa¸ca˜o em hardware, no Cap´ıtulo 4 os resultados da implementa¸ca˜o das t´ecnicas com melhor desempenho na etapa de simula¸ca˜o s˜ao apresentados e discutidos. Por fim, o Cap´ıtulo 5 exp˜oe as conclus˜oes sobre o trabalho..

(21) Cap´ıtulo 2 Teoria Como foi dito no Cap´ıtulo 1, a eletromiografia ´e a resposta el´etrica da atividade muscular. Na Se¸ca˜o 2.1 ´e explicado como ocorre essa atividade e como ´e poss´ıvel medi-la. No que diz respeito a`s t´ecnicas utilizadas nessa disserta¸ca˜o para extra¸ca˜o de caracter´ısticas de sinais, como mencionado no Cap´ıtulo 1, foram a PCA e duas estrat´egias para modelar os dados como processos auto regressivos: Estimador de M´ınimos Quadrados (EMQ) e o Estimador de M´ınimos Quadrados Recursivo (EMQR).. 2.1. Eletromiografia. Para melhor entender como funciona a aquisi¸c˜ao dos sinais mioel´etricos, ´e necess´ario entender as repercuss˜oes biol´ogicas da contra¸c˜ao e relaxamento dos m´ usculos. A contra¸ca˜o muscular acontece basicamente em seis etapas: 1. O impulso nervoso trafega ao longo de um nervo motor at´e suas termina¸c˜oes localizadas nas fibras musculares; 2. Uma substˆancia neurotransmissora ´e secretada nessas termina¸co˜es, a acetilcolina; 3. A acetilcolina atua nas fibras musculares, abrindo canais acetilcolina-dependentes nos filamentos proteicos; 4. A abertura destes canais permite o fluxo de ´ıons de s´odio para dentro das fibras musculares, desencadeando um potencial de a¸ca˜o que faz com que o ret´ıculo sarcoplasm´atico libere uma grande quantidade de ´ıons de c´alcio; 5. Os ´ıons de c´alcio provocam forte intera¸c˜ao entre os filamentos actina e miosina, fazendo com que deslizem entre si, constituindo uma contra¸ca˜o muscular; 6. Os ´ıons de c´alcio retornam para o ret´ıculo sarcoplasm´atico e d˜ao fim a` contra¸ca˜o muscular. Os sinais mioel´etricos existem devido a entrada e sa´ıda de ´ıons das fibras musculares no ato da contra¸c˜ao. Esse movimento de ´ıons resulta em uma diferen¸ca de potencial que ser´a usada para extrair caracter´ısticas da atividade muscular..

(22) CAP´ITULO 2. TEORIA. 6. O sinal de EMG resultante da diferen¸ca de potencial no processo de entrada e sa´ıda dos ´ıons no processo de contra¸ca˜o e relaxamento da musculatura pode ser aferido de duas maneiras: eletromiografia de profundidade e eletromiografia de superf´ıcie.. 2.1.1. Eletromiografia de profundidade. A eletromiografia de profundidade foi a primeira t´ecnica desenvolvida para se aferir sinais de EMG. Essa t´ecnica consiste na inser¸ca˜o de agulhas diretamente na musculatura de interesse para analisar a atividade muscular [34]. Com o avan¸co da tecnologia as agulhas passaram a ser concˆentricas como mostrado na Figura 2.2.. Figura 2.1: Eletrodo de agulha para EMG de profundidade. A Figura 2.1 mostra os diferentes tamanhos dos eletrodos de agulha e sua estrutura interna. Essa abordagem para aquisi¸c˜ao dos sinais de EMG ´e utilizada quando existe a necessidade de an´alise de um m´ usculo em espec´ıfico, j´a que a agulha colhe o sinal diretamente da membrana muscular diminuindo a influˆencia de outros sinais bioel´etricos que possam poluir o sinal desejado. Em contrapartida, essa ´e uma t´ecnica invasiva utilizada para fins de diagn´ostico de patologias a partir da an´alise do sinal de EMG. 2.1.2. Eletromiografia de superf´ıcie. Outra abordagem para a aquisi¸ca˜o dos dados de EMG ´e a eletromiografia de superf´ıcie que utiliza eletrodos postos sobre a pele para aferir, de forma n˜ao invasiva, a diferen¸ca de potencial de determinada regi˜ao..

(23) ´ 2.2. ANALISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS. 7. Figura 2.2: Eletrodo usado em t´ecnicas n˜ao invasivas. Utilizando eletrodos como o da Figura 2.2, o sinal captado n˜ao ´e limitado pela resposta de um u ´nica musculatura, uma vez que o eletrodo n˜ao tem acesso direto a`s membranas musculares. Desa forma, a eletromiografia de superf´ıcie capta a soma alg´ebrica de todas as regi˜oes pr´oximas ao eletrodo [34].. 2.2. An´ alise de Componentes Principais. A An´alise de Componentes Principais (do inglˆes, Principal Component Analysis, PCA) ´e uma t´ecnica de an´alise estat´ıstica que por meio de combina¸co˜es lineares encontra um novo conjunto de dados linearmente descorrelacionados comumente aplicada para a redu¸ca˜o de dimensionalidade como em [17,19], mas tamb´em aplicada como estrat´egia para extra¸c˜ao de caracter´ısticas como em [26]. Essa ferramenta encontra proje¸co˜es lineares de um banco de dados X = {x1 , x2 , ..., xN }(xi ∈ Rn ) para que cada vari´avel projetada tenha a variˆancia de sua proje¸ca˜o maximizada. A condi¸ca˜o que deve ser cumprida ´e que a esperan¸ca do banco de dados seja nula (E{X} = 0) e, mantendo a norma finita (2.2), maximiza-se a variˆancia do dado projetado (2.1). Deve-se encontrar um novo conjunto de valores projetados yi = wt xi para que: w = argmaxVar{wt X}. (2.1). ||w||2 = 1. (2.2). Para fazˆe-lo, maximiza-se o funcional: ε = Var{wt X} + λ(||w||2 − 1) ε=. N 1 X t 2 (w xi ) + λ(||w||2 − 1) N i=1. (2.3).

(24) CAP´ITULO 2. TEORIA. 8 E derivando a equa¸c˜ao (2.3), tem-se: N ∂ε 2 X t = (w xi xti ) + 2λwt ∂w N i=1. ∂ε = ||w||2 − 1 (2.4) ∂λ A segunda equa¸c˜ao em (2.4) representa a pr´opria restri¸ca˜o. Igualando a primeira equa¸ca˜o a zero, temos que: wt. N 1 X xi xti = −λwt N i=1. (2.5). O somat´orio apresentado no lado esquerdo da equa¸ca˜o (2.5) representa a matriz de covariˆancia do banco de dados X (ΣX ). Assim, ´e poss´ıvel escrever a mesma equa¸ca˜o em um formato mais compacto: wt ΣX = λwt. (2.6). A equa¸ca˜o (2.6) define os autovalores e autovetores da matriz ΣX . O vetor que maximiza a variˆancia dos dados X ´e o autovetor correspondente ao maior autovalor da matriz de covariˆancia ΣX .. 2.3. Estimador de M´ınimos Quadrados. Modelar s´eries temporais como processos auto regressivos ´e uma estrat´egia amplamente utilizada para a extra¸ca˜o de caracter´ısticas sendo utilizada dentro da comunica¸ca˜o digital [16], detec¸c˜ao de alvos m´oveis [15] e ao se trabalhar com sinais bioel´etricos [2,25,29]. O Estimador de M´ınimos Quadrados (EMQ), como o pr´oprio nome sugere, ´e utilizado para estimar os melhores parˆametros de uma s´erie temporal de acordo com um conjunto de dados previamente coletados e considerando um modelo auto regressivo de ordem n arbitr´aria. Esse modelo pode ser escrito como em (2.7) ou de maneira mais compacta em (2.8): yk =. n X. −ai yk−i. (2.7). i=1. Em que yk , valor no instante k, ´e uma combina¸ca˜o do seus valores passados, yk−i , ponderados por pesos ai . Tamb´em podendo ser representada na forma matricial: yk = xθ. (2.8). Em que x ´e o vetor que representa as realiza¸co˜es anteriores do modelo, x ∈ R1×n.

(25) 2.3. ESTIMADOR DE M´INIMOS QUADRADOS (2.9), e θ ´e o vetor com os coeficientes do sistema, assim θ ∈ Rn×1 (2.10).   x = −yk−1 −yk−2 . . . −yk−n   a1  a2    θ =  ..  . an. 9. (2.9). (2.10). Para estimar os valores dos parˆametros encontrados em θ ´e necess´ario conhecer m realiza¸c˜oes desse evento (2.11), com a limita¸ca˜o que m ≥ 2n, resultando em (2.12)   y0  y1    dados =  ..  (2.11)  .  ym−1 Y = Xθ. (2.12). Em que Y representa o vetor com as m − n realiza¸c˜oes mais recentes, resultando em Y ∈ R(m−n)×1 (2.14), X deixa de ser um vetor de regressores e passa a ser uma matriz de dimens˜ao R(m−n)×n (2.13) e devido a ordem do sistema n˜ao mudar com a inclus˜ao de novas oberva¸co˜es, o vetor θ permanece representando os parˆametros do sistema sendo θ ∈ Rn×1 .   yn−1 yn−2 . . . y0  yn yn−1 . . . y1    X =  .. (2.13) .. ..  . .  . . . .  ym−2 ym−3 . . . ym−n−1; .  yn  yn+1    Y =  ..   . . (2.14). ym−1 Para o caso limite, em que m = 2n, matriz de regressores torna-se quadrada e a resolu¸ca˜o do problema ´e resumida a` invers˜ao da matriz X para calcular a estimativa θˆ dos parˆametros θ do sistema: θˆ = X−1 Y Para sistemas sobrederteminados, ou seja, com m > 2n, a matriz de regressores n˜ao ´e quadrada, logo n˜ao invers´ıvel, o que torna necess´ario realizar manipula¸co˜es alg´ebricas para encontrar uma solu¸c˜ao para o sistema: θˆ = (XT X)−1 XT Y. (2.15).

(26) CAP´ITULO 2. TEORIA. 10. A equa¸ca˜o (2.15) ´e conhecida como pseudo-inversa e apresenta uma das infinitas poss´ıveis solu¸c˜oes para o sistema. Entretanto, prova-se que ´e a solu¸c˜ao que melhor ˆ do vetor de parˆametros corretos, θ, aproxima o vetor de parˆametros estimados, θ, minimizando a fun¸c˜ao de custo como mostrado na se¸ca˜o A.1 desse texto.. 2.4. Estimador de M´ınimos Quadrados Recursivo. O m´etodo formalizado anteriormente na Se¸c˜ao 2.3 mostra a situa¸ca˜o em que toda a massa de dados ´e previamente coletada e seu processamento ´e realizado em batelada para utilizar a informa¸ca˜o encontrada a posteriori [11]. Outra situa¸ca˜o, comum em casos pr´aticos, acontece quando os dados s˜ao disponibilizados sequencialmente e se deseja extrair a informa¸c˜ao desses dados a cada nova amostra coletada. Para fazˆe-lo, utiliza-se a estima¸ca˜o recursiva de parˆametros [11]. Para continuar com a defini¸ca˜o matem´atica do m´etodo recursivo, toma-se a equa¸ca˜o (2.16), presente em [11], que considera pesos w para cada amostra para estimar os coeficientes presentes em θˆ no instante k: " θˆk =. k X. #−1 wi (k) ψ (i − 1). i=1. k X i=1. wi (k) ψ (i − 1) y (i). (2.16). = Pk Fk A equa¸ca˜o (2.16) ´e uma maneira de representar a estimativa atual dos coeficientes ˆ θk , considerando uma combina¸ca˜o do vetor de regressores ψ(i) (2.17), o valor atual, y(i), e dos pesos, wi (k). Para simplificar a nota¸ca˜o de (2.16) utiliza-se Pk e Fk .   y(i − 1)  y(i − 2)    ψ(i) =  (2.17)  ..   . y(i − n) Em se tratando de processamento em batelada, o tamanho do conjunto de dados ´e fixo. Assim, cada peso ´e constante e associado `a sua respectiva amostra (o peso w14 ´e associado a` d´ecima quarta amostra). No caso recursivo, o valor dos pesos deve variar de acordo com a chegada de novos dados. Portanto, al´em do ´ındice, ser´a usado o argumento para identificar os pesos, assim, wi (k) ´e o valor do i-´esimo peso da k-´esima itera¸c˜ao, considerando k ≥ i. Dessa forma, a sequˆencia de pesos deve seguir a seguinte restri¸ca˜o: ( wk (k) = 1 (2.18) wi (k) = λwi (k − 1) , i < k Essa restri¸ca˜o mostra que o maior peso ´e unit´ario e corresponde ao u ´ltimo valor recebido. Sempre que um novo dado ´e recebido os pesos s˜ao multiplicados pelo fator.

(27) 2.4. ESTIMADOR DE M´INIMOS QUADRADOS RECURSIVO. 11. de esquecimento λ que, de maneira geral, est´a no intervalo 0, 95 ≤ λ < 1. N˜ao existe um c´alculo que determine qual o valor de λ, a equa¸ca˜o (2.19) fornece uma sugest˜ao de valor baseado em quantas amostras s˜ao levadas em considera¸ca˜o. λ=1−. 1 N´ umero de amostras. (2.19). A partir da equa¸c˜ao (2.16) e utilizando a restri¸c˜ao de (2.18) escreve-se P−1 k como: P−1 k = =. k−1 X i=1 k−1 X. wi (k)ψ(i − 1)ψ T (i − 1) + wk (k)ψ(k − 1)ψ T (k − 1) λwi (k − 1)ψ(i − 1)ψ T (i − 1) + ψ(k − 1)ψ T (k − 1). i=1 T = λP−1 k−1 + ψ(k − 1)ψ (k − 1). (2.20). Equacionando Fk de (2.16) da mesma maneira, tem-se: Fk =. k−1 X. wi (k)ψ(i − 1)y(i) + wk (k)ψ(k − 1)y(k). i=1. = λFk−1 + ψ(k − 1)y(k). (2.21). Reescrevendo (2.16) a partir de (2.20) e (2.21), encontra-se: θˆk = Pk Fk = Pk [λFk−1 + ψ(k − 1)y(k)] h i ˆk−1 + ψ(k − 1)y(k) = Pk λP−1 θ k−1   −1 Pk − ψ(k − 1)ψ T (k − 1) ˆ θk−1 + ψ(k − 1)y(k) = Pk λ λ h i T ˆ ˆ = θk−1 + Pk ψ(k − 1) y(k) − ψ (k − 1)θk−1. (2.22). Aplicando o Lema da invers˜ao, mostrado na se¸ca˜o A.2, na equa¸ca˜o (2.20) com T A = λP−1 k−1 , B = D = ψ(k − 1) e C = 1, conclui-se:  −1 λψ T (k − 1)Pk−1 Pk−1 Pk−1 − ψ(k − 1) ψ T (k − 1)Pk−1 ψ(k − 1) λ λ λ  1 Pk−1 ψ(k − 1)ψ T (k − 1)Pk−1 = Pk−1 − T (2.23) λ ψ (k − 1)Pk−1 ψ(k − 1) + λ. Pk =. Na equa¸ca˜o (2.22) o ganho de adapta¸ca˜o do vetor estimado, tamb´em chamado de.

(28) 12. CAP´ITULO 2. TEORIA. ganho de Kalman, ´e Kk = Pk ψ(k − 1) e aplicando (2.23) nesse ganho, encontra-se: Kk = Pk ψ(k − 1)   Pk−1 ψ(k − 1)ψ T (k − 1)Pk−1 ψ(k − 1) 1 Pk−1 ψ(k − 1) − = λ ψ T (k − 1)Pk−1 ψ(k − 1) + λ Pk−1 ψ(k − 1) = T ψ (k − 1)PK−1 ψ(k − 1) + λ. (2.24). Por fim, organiza-se as equa¸c˜oes (2.22), (2.23) e (2.24) para encontrar o estimador de m´ınimos quadrados recursivo com fator de esquecimento λ:  Pk−1 ψk   Kk = T   ψk Pk−1 ψk + λ   h i  θˆk = θˆk−1 + Kk y(k) − ψkT θˆk−1 (2.25)       1 Pk−1 ψk ψkT Pk−1   Pk−1 − T  Pk = λ ψk Pk−1 ψk + λ Em que ψ(i − 1) ´e representado por ψk descrito por (2.26).   yk−1  yk−2    ψk =  ..   .  yk−n. (2.26). Nota-se que apesar de se tratar do instante k, o vetor ψk apresenta informa¸co˜es a partir do instante k − 1. Isso ´e importante para que no c´alculo de atualiza¸ca˜o de θˆk , segunda equa¸c˜ao em (2.25), seja utilizado o erro de estima¸c˜ao j´a que yˆk = ψkT θk ..

(29) Cap´ıtulo 3 Metodologia Visando o sucesso do trabalho, foi fundamental elaborar um algoritmo para identificar os movimentos realizados pela m˜ao direita, que ser˜ao discutidos na subse¸ca˜o 3.1. Esse algoritmo deveria levar em considera¸c˜ao a eficiˆencia computacional e a quantidade de mem´oria m´ınima necess´aria, pois a implementa¸ca˜o desse algoritmo seria feita em um sistema embarcado. A proposta ´e que esse algoritmo fosse implementado em Arduino para atender o crit´erio de tornar o projeto financeiramente acess´ıvel, apesar de ser uma ferramenta geralmente aplicada para fins did´aticos e de prototipagem. A fim de atingir a meta mencionada anteriormente, a metodologia aplicada dividiu esse trabalho em cinco etapas envolvendo aquisi¸c˜ao de dados, simula¸ca˜o e implementa¸ca˜o em hardware. Essas etapas foram: • • • • •. 3.1. Aquisi¸ca˜o de dados; Simula¸co˜es das t´ecnicas; An´alise dos resultados simulados; Implementa¸ca˜o em hardware; An´alise dos resultados finais.. Posi¸c˜ oes. Para assegurar uma boa caracteriza¸c˜ao do sinal obtido, optou-se por posi¸c˜oes marcantes evitando diferen¸cas sutis entre cada repeti¸c˜ao. Dessa forma as posi¸co˜es escolhidas s˜ao as mesmas usadas pelo dispositivo comercial MYO: punho fechado, m˜ao espalmada, m˜ao flexionada para a esquerda e m˜ao flexionada para a direita, como mostrado na Figura 3.1. Vale salientar que somente a m˜ao realizou movimento, n˜ao existindo varia¸ca˜o de posi¸ca˜o do bra¸co e do antebra¸co. Dessa forma minimiza-se a interferˆencia de sinais de EMG de outros grupos musculares. Ainda sobre as posi¸co˜es escolhidas, ´e importante lembrar que existe uma quinta posi¸ca˜o a ser identificada: m˜ao relaxada ou ausˆencia de movimento. Essa posi¸ca˜o deve ser levada em considera¸ca˜o, pois t˜ao importante quanto identificar quando e.

(30) CAP´ITULO 3. METODOLOGIA. 14. Figura 3.1: Posi¸c˜oes propostas. qual a¸ca˜o est´a sendo executada ´e identificar quando nenhuma das posi¸co˜es est´a sendo praticada. Para facilitar a nomenclatura de cada posi¸c˜ao, foram atribu´ıdos n´ umeros para cada posi¸c˜ao de acordo com a Tabela 3.1. Posi¸c˜ ao executada M˜ao relaxada M˜ao espalmada Punho fechado Flexionada para esquerda Flexionada para direita. N´ umero correspondente 0 1 2 3 4. Tabela 3.1: Defin¸ca˜o num´erica das posi¸c˜oes. 3.2. Aquisi¸c˜ ao de dados. O hardware utilizado durante a etapa de aquisi¸c˜ao de dados est´a descrito na subse¸ca˜o 3.5.1, onde s˜ao analisados os aspectos t´ecnicos dos componentes e ´e apresentada a montagem do equipamento. Para formar o banco de dados foi necess´ario estabelecer uma rotina implementada em Arduino, em que os valores obtidos pelo conversor AD do Arduino foram ajustados, de acordo com Equa¸c˜ao (3.1) para que as leituras estivessem em seus valores reais, e enviados sequencialmente para o computador mantendo-os em uma mesma linha, a leitura seguinte dos sensores foi posta na linha seguinte e assim por diante. Dessa forma trabalhou-se com os dados com seus valores originais sem adicionar outras dinˆamicas provenientes de processos de filtragem. 5 Ld − 2, 5 (3.1) 1023 A Equa¸c˜ao (3.1) converte a leitura digital do Arduino, Ld ∈ Z / 0 ≤ Ld ≤ 1023, para o respectivo valor, V ∈ R/ − 2, 5 ≤ V ≤ 2, 5, em Volts do sinal original. A rotina de aquisi¸ca˜o de dados atingiu um per´ıodo de amostragem de 2, 4ms e o banco de dados formado obedeceu o formato mostrado na Tabela 3.2 em que cada V =.

(31) ˜ DE DADOS 3.2. AQUISIC ¸ AO. 15. coluna da tabela representa a s´erie temporal de cada sensor.. i=1 i=2 .. .. Sensor 1 V11 V12 .. .. Sensor 2 V21 V22 .. .. Sensor 3 V31 V32 .. .. Sensor 4 V41 V42 .. .. i=n. V1n. V2n. V3n. V4n. Tabela 3.2: Estrutura do banco de dados Ao final do processo de aquisi¸ca˜o de dados, foi formado um banco de dados com 10 arquivos de texto para cada posi¸c˜ao ativa. Todos os arquivos se iniciam na posi¸ca˜o relaxada, o movimento ´e executado por aproximadamente 10 segundos e em seguida retorna ao relaxamento. Em se tratando de s´eries temporais ´e poss´ıvel visualiz´a-las graficamente como apresentado na Figura 3.2. Essa imagem apresenta a execu¸c˜ao completa do movimento de punho fechado.. Figura 3.2: Execu¸ca˜o do movimento de m˜ao espalmada. Ao analisar a Figura 3.2 percebe-se que existe uma grande diferen¸ca entre os momentos de execu¸ca˜o de movimentos e os de relaxamento e que uma simples detec¸c˜ao de envolt´oria seria o suficiente para classificar o estado da musculatura como contra´ıda ou relaxada, mas n˜ao seria capaz de distinguir as diferentes possibilidades de movimentos da m˜ao..

(32) CAP´ITULO 3. METODOLOGIA. 16. Os dados coletados tamb´em foram analisados no dom´ınio da frequˆencia para definir se seria necess´ario utilizar algum processo de filtragem para obter apenas as informa¸c˜oes oriundas do sinal de EMG, como mostrado na Figura 3.3.. Figura 3.3: Trechos do sinal de EMG no dom´ınio da frequˆencia. A Figura 3.3 mostra o mesmo sinal em duas situa¸co˜es diferentes no dom´ınio da frequˆencia utilizando a Transformada R´apida de Fourier (FFT, do inglˆes Fast Fourier Transform). O primeiro gr´afico da Figura 3.3 mostra que nos instantes em que n˜ao h´a execu¸c˜ao de movimentos todas as frequˆencias apresentam aproximadamente a mesma relevˆancia sobre o sinal, mostrando que a informa¸ca˜o presente no sinal de EMG aferido n˜ao est´a polu´ıda por ru´ıdo. O segundo gr´afico da Figura 3.3 apresenta a situa¸c˜ao de execu¸c˜ao do movimento, nota-se que o sinal ´e composto em sua maioria por componentes de frequˆencia mais elevada. A an´alise do sinal no dom´ınio da frequˆencia mostrou que seria poss´ıvel aplicar um filtro passa-alta para extrair somente a informa¸c˜ao das frequˆencias mais elevadas. Entretanto, optou-se por n˜ao fazˆe-lo, pois ao utilizar um filtro, sua dinˆamica a incorporada ao sinal tornando necess´ario elevar a ordem dos processos auto regressivos nos m´etodos EMQ e EMQR para extrair a informa¸c˜ao dos sinais de EMG e do filtro aplicado.. 3.3. Simula¸c˜ ao das t´ ecnicas. Nessa etapa foram testadas as trˆes t´ecnicas mencionadas no Cap´ıtulo 2 e estipulados os parˆametros que serviriam de referˆencia para classificar os sinais de acordo com as cinco posi¸co˜es propostas. Para a PCA utilizou-se o vetor w, vetor de rota¸c˜ao obtido a partir da matriz de covariˆancia dos dados ΣX , como parˆametro de compara¸ca˜o. Para o EMQ e EMQR os sinais foram modelados como processos de quarta ordem, como nos trabalhos que aplicam modelos auto regressivos em sinais de EMG [1,2,8], resultando em quatro vetores θˆ com quatro coeficientes cada, esses.

(33) ˜ DAS TECNICAS ´ 3.3. SIMULAC ¸ AO. 17. vetores foram concatenados formando um u ´nico vetor θˆc ∈ R16×1 , como mostrado em (3.2), que serviu como parˆametro de compara¸c˜ao. Em (3.2), θˆi com i ∈ [1; 2; 3; 4] representa o vetor de estima¸ca˜o para o sinal i.   θˆ1 ˆ  θ  θˆc =  ˆ2  (3.2) θ3  θˆ4 Todas as t´ecnicas foram submetidas a` etapa de treinamento para definir os valores dos parˆametros de referˆencia. O banco de dados foi dividido em duas partes iguais, uma para a etapa de treinamento e a outra para valida¸c˜ao dos resultados. A etapa de treinamento foi feita aplicando as t´ecnicas separadamente em cada se¸ca˜o do banco de dados de acordo com movimento executado. Assim, foram extra´ıdos os valores m´edios para o vetor de coeficientes θˆc (EMQ e EMQR) e do vetor de rota¸ca˜o w (PCA). As rotinas computacionais desenvolvidas para as simula¸c˜oes foram programadas em MATLAB, visando agilizar o processo de an´alise de dados e facilitar os c´alculos necess´arios para implementar e validar os m´etodos. Os parˆametros de referˆencia extra´ıdos do treinamento est˜ao expostos nas Tabelas 3.3 e 3.4.. a11 a21 a31 a41 a12 a22 a32 a42 a13 a23 a33 a43 a14 a24 a34 a44. Posi¸ca˜o 0 -0,2184 -0,1482 -0,1440 -0,1326 -0,1954 -0,1546 -0,1700 -0,1737 -0,3302 -0,0258 -0,1244 -0,1607 -0,2626 -0,0384 -0,1062 -0,1248. Posi¸ca˜o 1 -0,1526 0,0826 -0,0944 -0,0553 -0,1891 0,2332 -0,0044 0,0621 0,1087 0,3416 0,1449 0,1513 0,1082 0,3321 0,1016 0,1271. Posi¸ca˜o 2 0,1891 0,1606 0,0231 -0,0111 -0,1422 0,4172 0,0321 0,1458 0,0919 0,2877 0,1194 0,1195 0,0122 0,2578 0,0080 0,0392. Posi¸ca˜o 3 0,2495 0,1941 0,1077 0,0695 0,1441 0,2090 0,1307 0,0986 -0,1315 0,3568 0,0984 0,1170 -0,2272 0,1074 0,0530 -0,0415. Posi¸ca˜o 4 -0,1307 -0,0331 -0,0966 -0,1221 -0,0878 -0,0180 -0,0621 -0,0898 0,3818 0,2762 0,1635 0,0992 0,3992 0,2945 0,1845 0,1148. Tabela 3.3: Parˆametros de referˆencia para EMQ e EMQR Na Tabela 3.3 est˜ao descritos os coeficientes aij da posi¸c˜ao i do vetor θˆc referente ao sensor j. Para as estrat´egias EMQ e EMQR que possuem a mesma finalidade, estimar os coeficientes de um processo auto regressivo, os parˆametros de referˆencia foram.

(34) CAP´ITULO 3. METODOLOGIA. 18. aproximadamente iguais, de maneira que foram utilizados os mesmos parˆametros de referˆencia para ambas as t´ecnicas. wr0 0,2822 -0,3081 0,4838 0,0432. wr1 0,8571 -0,5151 0,0062 -0,0006. wr2 0,2210 -0,2186 0,0804 0,9471. wr3 0,0053 0,0103 0,2426 0,9700. wr4 0,5290 -0,8485 0,0096 -0,0034. Tabela 3.4: Parˆametros de referˆencia para PCA As colunas da Tabela 3.4 apresentam os vetores de rota¸c˜ao de referˆencia para cada posi¸ca˜o. O vetor de rota¸ca˜o w, calculado a partir de (2.6), tem dimens˜ao quatro devido ao projeto usar quatros sinais de EMG. Para as Tabelas 3.3 e 3.4 as colunas representam os parˆametros de referˆencia que s˜ao comparados com os parˆametros atuais para determinar qual posi¸c˜ao est´a sendo executada. No caso da PCA o parˆametro de referˆencia ser´a denominado wri e para EMQ e EMQR θri em que i ∈ [0; 1; 2; 3; 4] determina a qual posi¸ca˜o est´a sendo feita a referˆencia, de acordo com a Tabela 3.1. As trˆes t´ecnicas simuladas seguiram o mesmo modelo de implementa¸c˜ao descrito no diagrama de blocos da Figura 3.4.. Figura 3.4: Diagrama de blocos padr˜ao para as simula¸co˜es. O bloco “Arranjo das amostras” armazena as amostras e as organiza em matrizes de acordo com as necessidades de cada m´etodo. O bloco “Contador de amostras”, como o pr´oprio nome sugere, conta quantas amostras j´a foram coletadas, de maneira que a informa¸c˜ao ´e passada para o bloco seguinte, habilitando o in´ıcio dos c´alculos. ˆ respectivamente, a cada cem amosPara os m´etodos EMQ e PCA que estimam w e θ, tras coletadas, o bloco contador ´e fundamental para um desempenho satisfat´orio, por outro lado o EMQR atualiza os parˆametros de θˆk a cada nova amostra coletada, assim o contador ´e necess´ario para que as caracter´ısticas sejam passadas tamb´em.

(35) 3.4. RESULTADOS SIMULADOS. 19. a cada cem amostras para que seja tomada de decis˜ao. O bloco “M´etodo” aplica o m´etodo em quest˜ao de acordo com suas entradas (matrizes e contador). Por fim, o bloco “Comparador” representa a compara¸c˜ao por distˆancia euclidiana entre as caracter´ısticas atuais e os parˆametros de referˆencia previamente calculados, em que a posi¸c˜ao cujos parˆametros de referˆencia apresentarem a menor distˆancia para os parˆametros atuais ser´a a posi¸c˜ao estimada.. 3.4. Resultados simulados. Afim de analisar o resultado das simula¸c˜oes de maneira quantitativa em erros e acertos foi necess´ario adicionar manualmente uma quinta coluna ao banco de dados representando qual posi¸ca˜o est´a sendo executada no instante i. Assim, o banco de dados ficou estruturado como na Tabela 3.5. i=1 i=2 .. .. Sensor 1 V11 V12 .. .. Sensor 2 V21 V22 .. .. Sensor 3 V31 V32 .. .. Sensor 4 V41 V42 .. .. Posi¸ca˜o P1 P2 .. .. i=n. V1n. V2n. V3n. V4n. Pn. Tabela 3.5: Nova estrutura do banco de dados Em que Pi ∈ [0, 1, 2, 3, 4] de acordo com as defini¸c˜oes da Tabela 3.1. A quinta coluna adicionada foi importante para definir se a classifica¸ca˜o obteve sucesso e assim determinar quais t´ecnicas seriam adequadas para a identifica¸c˜ao dos movimentos. Os resultados das estima¸c˜oes ser˜ao apresentados no formato de matrizes de confus˜ao, onde ´e poss´ıvel analisar de forma mais detalhada os erros e acertos para cada m´etodo em cada posi¸ca˜o. A matriz de confus˜ao ´e uma matriz quadrada em que cada linha representa as instˆancias de uma classe prevista, enquanto as colunas representam os casos de uma classe real e ´e constru´ıda com base nos erros e acertos de cada posi¸ca˜o. A matriz ideal teria nos seus elementos da diagonal principal o total de vezes que cada posi¸ca˜o deveria ter sido estimada e os demais elementos nulos.. 3.4.1. Simula¸ c˜ ao da PCA. Utilizando o m´etodo definido matematicamente na Se¸ca˜o 2.2 sobre o banco de dados, encontrou-se a matriz de confus˜ao apresentada Tabela 3.6 contendo o resultado da simula¸c˜ao da PCA. Analisando a tabela 3.6, percebe-se que aplicar a PCA para estimar a posi¸c˜ao da m˜ao atinge bons resultados ao estimar a posi¸c˜ao 3 atingindo 96, 7% de acerto. Em contrapartida, ao estimar a posi¸ca˜o 2, somente 8, 9% das estimativas obtiveram sucesso..

(36) CAP´ITULO 3. METODOLOGIA. 20. Posi¸ca˜o 0 Posi¸ca˜o 1 Posi¸ca˜o 2 Posi¸ca˜o 3 Posi¸ca˜o 4 M´edia. Posi¸ca˜o 0 653 47 19 71 88 74,37%. Posi¸ca˜o 1 30 195 0 22 30 70,40%. Posi¸ca˜o 2 41 59 19 52 42 8,92%. Posi¸ca˜o 3 2 0 6 237 0 96,73%. Posi¸ca˜o 4 12 0 0 38 190 79,17%. Tabela 3.6: Matriz de confus˜ao para simula¸ca˜o da PCA. 3.4.2. Simula¸ c˜ ao da EMQ. O Estimador de M´ınimos Quadrados definido na Se¸ca˜o 2.3 foi aplicado sobre o banco de dados obtendo os resultados apresentados na matriz de confus˜ao da Tabela 3.7. Posi¸ca˜o 0 Posi¸ca˜o 1 Posi¸ca˜o 2 Posi¸ca˜o 3 Posi¸ca˜o 4 M´edia. Posi¸ca˜o 0 841 9 0 18 10 95,79%. Posi¸ca˜o 1 1 269 3 0 4 97,11%. Posi¸ca˜o 2 5 27 177 4 0 83,10%. Posi¸ca˜o 3 4 0 3 238 0 97,14%. Posi¸ca˜o 4 0 15 0 0 225 93,75%. Tabela 3.7: Matriz de confus˜ao para simula¸ca˜o do EMQ Ao analisar a tabela 3.7, percebe-se que o m´etodo obt´em pior desempenho ao identificar a posi¸ca˜o 2 com 83,1% de taxa de acerto e a posi¸ca˜o com melhor taxa de acertos foi a posi¸ca˜o 1 com 97,11% de identifica¸co˜es bem sucedidas.. 3.4.3. Simula¸ c˜ ao EMQR. O m´etodo recursivo definido na Se¸ca˜o 2.4 utilizou banco de dados de forma sequencial para estimar a posi¸ca˜o atual encontrando os resultados apresentados na matriz de confus˜ao da Tabela 3.8: A Tabela 3.8 mostra que para todas as posi¸c˜oes a quantidade de acertos ´e maior que a quantidade de erros, atingindo melhor desempenho ao estimar a posi¸ca˜o 0 com 95,67% de sucesso nas estima¸co˜es e no pior dos casos estimou corretamente 76,52% a posi¸c˜ao 2..

(37) ˜ 3.5. IMPLEMENTAC ¸ AO. Posi¸ca˜o 0 Posi¸ca˜o 1 Posi¸ca˜o 2 Posi¸ca˜o 3 Posi¸ca˜o 4 M´edia. Posi¸ca˜o 0 840 12 0 19 7 95,67%. 21 Posi¸ca˜o 1 1 251 6 0 19 90,61%. Posi¸ca˜o 2 7 34 163 9 0 76,52%. Posi¸ca˜o 3 3 0 10 232 0 94,67%. Posi¸ca˜o 4 0 25 1 0 214 89,17%. Tabela 3.8: Matriz de confus˜ao para simula¸ca˜o do EMQR. 3.4.4. An´ alise comparativa. Com a informa¸ca˜o do resultado das simula¸c˜oes mostrados nas Tabelas 3.6, 3.7 e 3.8, extraiu-se a m´edia de acertos para cada estrat´egia como apresentado na Tabela 3.9.. PCA EMQ EMQR. µ 65,99% 93,38% 89,33%. σ 33,41 5,91 7,66. Tabela 3.9: Percentual de acerto das simula¸co˜es A Tabela 3.9 mostra que as t´ecnicas que modelam os sinais como processos auto regressivos tˆem m´edia de acerto pr´oximas de 90%, enquanto a PCA pode chegar a ter mais estima¸c˜oes erradas que corretas. O motivo da PCA n˜ao obter ˆexito na identifica¸ca˜o das posi¸co˜es pode ser devido ao n´ umero reduzido de sensores utilizados, o que torna os sinais previamente descorrelacionados. Outro fator para o insucesso da PCA ´e que os sinais para a posi¸c˜ao relaxada j´a est˜ao descorrelacionados, pois n˜ao h´a atividade muscular diferenciada para os sensores. Ainda sobre a Tabela 3.9, nota-se que o estimador n˜ao recursivo apresenta melhor desempenho quando comparado os estimador recursivo. Isso acontece pois o EMQ utiliza toda a informa¸ca˜o presente no banco de dado para encontrar os parˆametros de θˆ de acordo com a Equa¸ca˜o (2.15), enquanto o m´etodo recursivo utiliza apenas as n amostras mais recentes para atualizar θˆk de acordo com a Equa¸ca˜o (2.25).. 3.5. Implementa¸c˜ ao. Nessa se¸c˜ao ser´a apresentada a parte sistˆemica da resolu¸c˜ao do problema partindo da montagem do hardware, seguindo para a implementa¸ca˜o dos m´etodos validados pelas simula¸c˜oes e as modifica¸co˜es necess´arias para que o funcionamento utilizando uma linguagem de menor n´ıvel de abstra¸c˜ao que na etapa de simula¸co˜es..

(38) CAP´ITULO 3. METODOLOGIA. 22. 3.5.1. Hardware. O circuito utilizado para aquisi¸ca˜o dos sinais de EMG ´e composto por amplificadores de instrumenta¸ca˜o, esses amplificadores s˜ao implementados pelo circuito integrado (CI) INA 128 cujo datasheet est´a apresentado na figura 3.5. Figura 3.5: Datasheet do CI INA128. Analisando o datasheet do CI apresentado na Figura 3.5, vˆe-se a necessidade de definir dois parˆametros fundamentais para o funcionamento do circuito: a alimenta¸c˜ao do circuito e a resistˆencia referente ao ganho do amplificador. O resistor RG que define o ganho do amplificador foi definido como 120Ω resultando em um ganho de aproximadamente 418 tornando a amplitude do sinal suficiente para a leitura dos conversores AD do Arduino. Com rela¸c˜ao a alimenta¸ca˜o do circuito, a proposta foi que o mesmo fosse alimentado pelo pr´oprio Arduino, que por sua vez oferece a tens˜ao de 5V como op¸c˜ao de alimenta¸c˜ao. Entretanto, o CI necessita de uma alimenta¸ca˜o sim´etrica, logo foi necess´ario dividir a alimenta¸ca˜o simples de 5V oferecida pelo Arduino em uma alimenta¸ca˜o sim´etrica de ±2, 5V, suficiente para alimentar o CI em quest˜ao. Para isso, foi utilizada uma ponte sim´etrica como mostrado na Figura 3.6.. Figura 3.6: Ponte sim´etrica.

(39) ˜ 3.5. IMPLEMENTAC ¸ AO. 23. O amplificador operacional utilizado na ponte sim´etrica foi o TL082CN, os resistores que implementam o divisor de tens˜ao foram de 47kΩ cada, resultando em uma corrente de aproximadamente 53µA, n˜ao influenciando no desempenho do Arduino, e os capacitores apresentam capacitˆancia de 100µF. Assim, o hardware utilizado pode ser representado pelo diagrama de blocos da Figura 3.7. Figura 3.7: Esquema de montagem do hardware O bloco “Bra¸co” representa a se¸ca˜o do antebra¸co em que os eletrodos s˜ao aplicados e o cotovelo, que tamb´em recebe um eletrodo. As sa´ıdas pdi/1 e pdi/2, com i ∈ [1, 2, 3, 4], representam os pares diferenciais usados pelos amplificadores de instrumenta¸c˜ao e a entrada descrita como “gnd” representa o eletrodo de referˆencia, este deve ser ligado ao eletrodo posto no cotovelo e a` referˆencia do circuito para que as diferen¸cas de potencial apresentem n´ıvel DC nulo. Os pares diferenciais foram postos de maneira semelhante ao MYO, mantendo-os alinhados ao redor do antebra¸co na regi˜ao pr´oxima ao cotovelo, evitando superf´ıcies o´sseas para que n˜ao haja perda de informa¸c˜ao dos sinais de EMG. O modelo do Arduino utilizado para coleta e processamento dos dados foi o Arduino Pro Mini cujas especifica¸co˜es est˜ao apresentadas na Se¸c˜ao A.3. Essa vers˜ao do Arduino disponibiliza 30720 bytes para armazenar programas e 2048 bytes para a mem´oria dinˆamica.. 3.5.2. Estimador de M´ınimos Quadrados. Nesse m´etodo, os dados foram armazenados em ordem de acordo com sua aquisi¸c˜ao formando um vetor para cada sensor como mostrado em (2.11)..

(40) CAP´ITULO 3. METODOLOGIA. 24. A amostra mais recente ´e apresentada com ´ındice 0 e a u ´ltima m − 1, logo o n´ umero total de amostras ´e igual a m. Assim como na etapa de simula¸ca˜o, o n´ umero de amostras utilizadas ser´a m = 100. Como validado nas simula¸c˜oes, a ordem adotada para o processo auto regressivo foi n = 4. Por fim, foi necess´ario dividir a Equa¸ca˜o (2.15) em quatro etapas devido a` simplicidade do Arduino. Essas etapas foram: 1. XT X  m−1 m−1 X X (yk−1 )2 yk−1 yk−2   k=n  k=n m−1  m−1 X X   y y (yk−2 )2 k−2 k−1 T  X X =  k=n k=n  . .. .  . m−1 . m−1 X X  yk−n yk−2 yk−n yk−1. . yk−1 yk−n   k=n  m−1  X  ··· yk−2 yk−n    k=n  .. ...  .  m−1  X (yk−n )2  ··· k=n. (3.3). n×n. −1 XT X. 3. XT Y. ···. k=n. k=n. 2. XT X. m−1 X. −1. =.  1 adj XT X T det (X X).  m−1  X yk yk−1      k=n   m−1  X    yk yk−2  T  X Y=  k=n    . ..   m−1  X   y y . (3.4). (3.5). k k−n. k=n. n×1. 4. Multiplica¸ca˜o de (3.4) por (3.5). ˆ foi estabelecido Depois de formalizados os passos necess´arios para o c´alculo de θ, o Algoritmo 1 para fazˆe-lo:.

(41) ˜ 3.5. IMPLEMENTAC ¸ AO. 25. Algoritmo 1: Estima¸ca˜o dos parˆametros θˆ de acordo com (2.15). Entrada: m = n´ umero de amostras utilizadas; n = ordem do processo auto regressivo. ˆ Vetor de parˆametros estimados. Sa´ıda:θ:  m−1 m−1 m−1 X X X (yk−1 )2 yk−1 yk−2 · · · yk−1 yk−n     k=n k=n  k=n  m−1 m−1  m−1  X X X   2  yk−2 yk−1 (yk−2 ) ··· yk−2 yk−n   ; 1 m1 ←  k=n  k=n k=n   . . . . . . . .   . . . . m−1  m−1 m−1 X  X X 2   yk−n yk−1 yk−n yk−2 · · · (yk−n ) k=n 2. 3. k=n. k=n. 1 adj(m1); m2 ← det(m1)  m−1 X yk yk−1      k=n  m−1 X     yk yk−2  ; v1 ←   k=n    ..   . m−1  X   yk yk−n  k=n. 4 5. θˆ ← (m2)(v1); retorna θˆ. Analisando o Algoritmo 1, nota-se que n˜ao ´e necess´ario definir a matriz X nem o vetor Y. Os mesmos s˜ao usados para obter a rela¸c˜ao entre os valores do banco de dados. Como definido anteriormente, a ordem do sistema ´e n = 4. Logo, a vari´avel m1 que implementa (3.3) tem dimens˜ao R4×4 , assim como m2, que por meio de (3.4) realiza a invers˜ao de m1. A vari´avel v1 ´e o vetor que recebe o resultado de (3.5) tendo dimens˜ao R4×1 . Por fim, o algoritmo 1 retorna θˆ estimado pela multiplica¸c˜ao de m2 por v1, como apresentado na quarta etapa de c´alculo de (2.15). Armazenamento dos dados Para implementar o EMQ em uma linguagem de n´ıvel de abstra¸ca˜o mais baixo que na etapa de simula¸c˜oes, foi necess´ario analisar as dimens˜oes das matrizes e vetores utilizados para efetuar suas opera¸c˜oes da maneira mais eficiente poss´ıvel para n˜ao comprometer o desempenho do m´etodo. Ao utilizar dispositivos com mem´oria limitada, analisar o tipo de vari´avel que ser´a utilizada ´e de fundamental importˆancia, pois nessa proposta de implementa¸ca˜o do.

(42) 26. CAP´ITULO 3. METODOLOGIA. EMQ ´e necess´ario armazenar cem amostras para cada um dos quatro sensores. Logo, somente para armazenar as amostras ´e necess´ario criar uma matriz de dimens˜ao cem linhas por quatro colunas. Usando vari´aveis do tipo float para armazenar os dados, 78% da mem´oria dinˆamica do dispositivo seria dedicada somente para armazenar as amostras coletadas, tornando o restante da mem´oria insuficiente para as demais vari´aveis. Ao armazenar as leituras sem fazer a convers˜ao de grandezas ´e poss´ıvel armazenar as vari´aveis como int consumindo somente 39% da mem´oria dinˆamica, metade do espa¸co utilizado no caso de usar float. Algumas vari´aveis, por serem usadas em mais de uma fun¸ca˜o, foram declaradas como globais. S˜ao elas: • v100×4 do tipo int que armazena os dados para o c´alculo dos θˆc ; • coef1×16 do tipo float que armazena os valores θˆc atuais; • ref5×16 do tipo float com os vetores de referˆencia θri para cada posi¸ca˜o (i ∈ [0; 1; 2; 3; 4]). Essas vari´aveis consomem 58% da mem´oria dinˆamica do dispositivo, permitindo o desenvolvimento do algoritmo utilizando vari´aveis locais. Estrutura do processo de reconhecimento com EMQ O diagrama de blocos da Figura 3.8 ilustra a sequˆencia l´ogica da estima¸c˜ao dos parˆametros do EMQ.. Figura 3.8: Diagrama de blocos do EMQ O bloco “EMG” representa o sinal anal´ogico obtido pelo amplificador de instrumenta¸ca˜o e sua sa´ıda ´e enviada para o bloco “Conversor AD” que representa um dos pinos do Arduino, onde o sinal de EMG ´e digitalizado como um valor inteiro dentro do intervalo [0 1023]. Essas amostras s˜ao enviadas para o bloco “Leitura dos dados”, nesse bloco as amostras s˜ao estruturadas de acordo com a Equa¸c˜ao (2.11) armazenando esses vetores nas colunas da vari´avel v, em que s˜ao salvas as 100 amostras.

(43) ˜ 3.5. IMPLEMENTAC ¸ AO. 27. mais recentes sem que sejam feitas convers˜oes. Depois de organizado em vetores, esse banco de dados ´e enviado para o bloco “EMQ” que utiliza a sequˆencia l´ogica do Algoritmo 1 para estimar os valores dos parˆametros presentes em θˆi . Os valores de θˆi de cada sinal s˜ao passados para o bloco “Concatenar” para que seja gerado o vetor de parˆametros atuais θˆc como mostrado em (3.2). Esse vetor de parˆametros atuais, juntamente com os parˆametros de referˆencia, armazenados no bloco “Referˆencia”, s˜ao comparados pelo bloco “Comparador” que por meio da distˆancia euclidiana compara o vetor de parˆametros atuais com cada vetor de referˆencia, estimando a posi¸ca˜o atual de acordo com o vetor de referˆencia que apresentar a menor distˆancia euclidiana ao vetor de parˆametros atuais θˆc .. 3.5.3. Estimador de M´ınimos Quadrados Recursivo. A codifica¸ca˜o do m´etodo recursivo deixa de lado uma preocupa¸ca˜o com rela¸c˜ao ao m´etodo n˜ao recursivo: quantidade de mem´oria m´ınima requerida. Por outro lado, a quantidade m´ınima de c´alculos para uma estima¸c˜ao ´e maior, pois os parˆametros s˜ao atualizados a cada amostra coletada. O primeiro vetor a ser atualizado ´e o vetor de regressores, ψk , com n observa¸c˜oes do processo auto regressivo de acordo com (2.26). Os demais parˆametros presentes em (2.25) s˜ao atualizados seguindo o Algoritmo 2. Algoritmo 2: Estima¸ca˜o dos parˆametros θˆk de acordo com (2.25). Entrada: yk = observa¸c˜ao mais recente do processo. Sa´ıda: θˆk : Vetor de parˆametros estimados. Pk−1 ψk ; 1 Kk ← T ψk Pk−1 ψ k +λ  Tˆ ˆ ˆ 2 θk ← θk−1 + Kk yk − ψk θk−1 ;   1 Pk−1 ψk ψkT Pk−1 3 Pk ← Pk−1 − T ; λ ψk Pk−1 ψk + λ ˆk 4 retorna θ Devido a carga computacional exigida pelo m´etodo recursivo, os c´alculos foram implementados de forma anal´ıtica, n˜ao sendo necess´arios passos intermedi´arios para as Equa¸c˜oes em (2.25). Armazenamento dos dados Pelo fato de n˜ao ser necess´ario armazenar um grande n´ umero de observa¸co˜es para realizar os c´alculos, o m´etodo recursivo permite que todas as vari´aveis globais sejam do tipo float, diminuindo o erro num´erico atrelado `a poss´ıveis arredondamentos. Como as vari´aveis nas Equa¸c˜oes em (2.25) s˜ao vetores e matrizes, as vari´aveis phi, p e k usadas para implementar o m´etodo foram declaradas com uma dimens˜ao a.

(44) CAP´ITULO 3. METODOLOGIA. 28. mais para comportar as informa¸c˜oes dos quatro sensores. Assim as vari´aveis globais declaradas foram: • • • • • • •. phi4×4 → valores de ψk para cada sensor; p4×4×4 → matriz Pk de cada sensor; k4×4 → vetor de ganhos Kk de cada sensor; ref5×16 → parˆametros de referˆencia θri para cada posi¸c˜ao (i ∈ [0; 1; 2; 3; 4]); coef1×16 → vetor contendo os valores atualizados de θˆc ; y1×4 → leitura mais recente de cada sensor; lbd → fator de esquecimento λ.. N˜ao ´e necess´ario adicionar mais uma dimens˜ao na vari´avel lbd, pois o fator de esquecimento ser´a o mesmo para os quatro sensores. Logo, todos usam a mesma vari´avel. O valor de λ ´e calculado de acordo com a Equa¸ca˜o (2.19) considerando que s˜ao utilizadas 100 amostras. λ=1−. 1 = 0, 99 100. Estrutura do processo de reconhecimento com EMQR. Figura 3.9: Diagrama de Blocos do EMQR. Analisando a Figura 3.9 referente ao processo de identifica¸c˜ao dos movimentos da m˜ao utilizando o m´etodo recursivo, percebe-se que a sequˆencia l´ogica adotada ´e semelhante a` utilizada no m´etodo n˜ao recursivo, apresentada na se¸ca˜o 3.5.2. O que torna esses processos diferentes s˜ao os blocos “Leitura” e “EMQR”, os demais blocos tem a mesma fun¸ca˜o e implementa¸c˜ao nas duas vers˜oes do Estimador de M´ınimos Quadrados. O bloco “Leitura” faz a atualiza¸c˜ao do vetor ψk baseado no valor fornecido pelo bloco “Conversor AD” mantendo-se sempre no formato da Equa¸ca˜o (2.26), enquanto no modelo n˜ao recursivo esse bloco ret´em as 100 amostras mais recentes.

Referências

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