UNIVERSIDADE
FEDERAL DE
UBERLÂNDIA FACULDADEDEMEDICINAVETERINÁRIAANDRESSAAFONSOBORGES
INVESTIGAÇÃODEChlamydia
psittaci EM
AVESDE
ESTIMAÇÃODA
CIDADEDE
UBERLÂNDIAUBERLÂNDIA
2018
ANDRESSAAFONSOBORGES
INVESTIGAÇÃODEChlamydia
psittaci EM
AVESDE
ESTIMAÇÃODA
CIDADEDE
UBERLÂNDIATrabalho
de Conclusão deCurso
apresentadoà
Faculdadede
Medicina Veterinária da UniversidadeFederal
de Uberlândiacomo
requisito
parcialpara
a obtençãodo título de
graduaçãoemMedicinaVeterinária.Orientadora: Prof
3. Dr3.Karinne
Spirandelli CarvalhoNaves.
Co-orientadora:
Ana
Carolina de Andrade
Mello Cintra deAmorin
Alves.UBERLÂNDIA
2018
INVESTIGAÇÃODEChlamydia
psittaci EM
AVESDE
ESTIMAÇÃODA
CIDADEDE
UBERLÂNDIATrabalho
deConclusãodeCurso
aprovadoparaa
obtenção
dotítulo
de graduação em Medicina Veterinária na UniversidadeFederal
de Uberlândiapela banca examinadora
formada
por:
Uberlândia,11de
dezembro
de2018.Prof
3.Dr3
. KarinneSpirandelli
CarvalhoNavesProf
3.Dr3.
AnnaMonteiro CorreiaLimaAGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço
a
Deus
pormais
essa
conquista,que não
se trata
apenasde
mais uma
etapacumprida
emminha
vida,mas
deum
sonhorealizado: tornar-me
médica-veterinária.Sem
Ele,eunada
seriaou poderia.
Agradeçoa
meus
paispela confiança,
ocarinho,
oinvestimento, a
motivaçãoetudo o
que
meproporcionaram
paraque
eupudessechegaratéaqui.Agradeçoàminhairmã,aos
meus
familiarese às
minhasamigas
porsempreterem
me ouvidoemeapoiadodurante o curso.
Agradeço ao meu namorado, Daniel, por
todo o
companheirismo,os
conselhos, asideias,
apaciênciapara
meouvir e
porpartilharcomigooamorpelaMedicinaVeterinária.Agradeço
à Profa.
KarinneSpirandelli
porteracreditado nestetrabalho
e,
assim,tê-lo
tornado possível
com a suaorientação,
e à médica-veterináriaAna
Carolina
por ter me auxiliadona
execução
da parteprática
dapesquisa
e por ter meensinado
tanto sobrea
medicinadeanimaissilvestres
eexóticos,que
éa minhagrandepaixão.Agradeço aoscriadores etutoresque,gentilmente,
cederam
suasaves e
umpouco
do
seu
tempopara que
estapesquisa se
concretizasse.Por fim, agradeço
atodososmeusprofessores,
desdeosprimeirosanosdaescolaaté a
universidade,
porquederam,cadaumda sua
forma,
umacontribuiçãopara a
minhaformação comopessoa e profissional.
“
Comecefazendoo que
énecessário,depois
oque
épossível,
ederepente você estará
fazendooimpossível”.
RESUMO
A clamidiose
éuma
zoonose
deimportânciana
saúde pública,
esuatransmissãopara
humanos ocorre,principalmente,
por meio docontato
com aves
deestimação.
Esses animaisocupam
o segundo lugarno
rankingdeanimaisdeestimaçãono
Brasil,
onde
aocorrência
da clamidiose é subestimada, apesarde
estudos indicaremque
a doença é endêmicano
país.Diante
disso,
o presentetrabalho
tevecomo
objetivoinvestigar
aocorrência
de Chlamydiapsittaci
em68aves
deestimação
da espéciecalopsita
(Nymphicus hollandicus)da cidade de Uberlândia-MG. Foramcoletadas
amostrasdecoana, cloaca e
amostras fecais frescas para adetecção
da bactéria por meio doteste
da PCR. Aocorrência
encontrada
foi nula.Este
trabalhoconclui que a
conscientizaçãodos
tutores e criadores
quanto
àadoção
demedidas
para a prevenção e controledessa doença é importante,
e
que
a orientaçãodestes
quanto aos
riscos
douso indiscriminado
deantimicrobianosé uma questão
desaúdepública.
ABSTRACT
Chlamydiosis
is
apublic health
importantzoonosis, and its
transmission
tohumans
occurs
mainlythroughcontact
withpetbirds.These
animalsrank
thesecondposition
inmost popularpets in Brazil,
where theoccurrence
of chlamydiosisis
underestimated, althoughstudies indicate
thatthe diseaseis
endemicinthecountry. Therefore,thepresentwork
aimed
to
investigate the occurrence of Chlamydia psittaci in68
cockatielchicks (
Nymphicus hollandicus)of
thecity of
Uberlandia,Minas
Gerais, Brazil. Samplesof
choana, cloaca,and
freshfecal
sampleswere collected
for the detection of the bacteria by PCRtest. The
occurrencefound
wasnull. This
workconcludesthat itis
importantto raise
the awarenessof
ownersand
breeders
aboutmeasures
toprevent and
controlthis
disease,
and
that orientating them abouttherisks
ofoverusingantibiotics is
apublic
healthissue.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
--- 08
2 REVISÃODELITERATURA 2.1 CiclobiológicodaChlamydia
psittaci --- 10
2.2 Clamidioseaviária
--- 10
2.3
Tratamento, controle e profilaxia
daclamidiose---
11
2.4 Detecçãode
C. psittaci
emaves --- 12
2.5 Clamidiosehumana
--- 13
3 MATERIALE
MÉTODOS --- 14
4 RESULTADOS
E
DISCUSSÃO--- 15
5 CONCLUSÃO
--- 21
8
1
INTRODUÇÃO
A
clamidiose,também
conhecida como psitacose ouornitose
(MOSCHIONIet
al.,2001),
é uma das principaiszoonoses
transmitidas
poraves
silvestres, e a maioria doscasos
emhumanosdecorredo
contato
com aves
de estimação (RASO, 2014). Opatógeno
causador
da doençaé
a bactéria Chlamydiapsittaci
(AHMEDet
al., 2017). Atualmente,C.
psittaci
ouanticorpos contra a
bactériaforamdetectados
empelomenos 469
espéciesdeaves
selvagens oudecompanhia pertencentes
a30ordens(KALETA; TADAY,
2003).O
termo “psitacose”
(dapalavra latina psittacus, que
significa “papagaio
”) data de1895, quando
Morange
descreveuumagente
infecciosotransmitido
porpapagaios que
causa, emhumanos, sintomassemelhantes
aosdagripe
(VANROMPAY et al.,1995). Entretanto,
o
termo
“ornitose
” descreve com maior exatidão opotencial
devárias
espécies deaves como
transmissoras
dadoença
(MOSCHIONIet
al., 2001). Atualmente, sabe-seque
esse
patógeno
é
endêmico em várias indústrias avícolas eque
podecausar
pneumoniaatípica grave
em humanos(BURNARD;POLKINGHORNE,2016).
Os animais
selvagens podem atuarcomo
reservatórios
de Chlamydiapsittaci,
e o
contato
com esses animaispode
ser umfator
de risco paraa
transmissãodessa zoonose. A
bactériajá
foirelatadaemaves,
anfíbios, répteise mamíferos, sendoasaves
consideradasos
principaisreservatórios(BURNARD;
POLKINGHORNE,2016).
Psitaciformesde estimação,
pombos-correio e pombos de vidalivre
são asprincipais
aves que
atuam como
reservatórios dapsitacose(BEECKMAN;VANROMPAY,2009).Os
humanosadquirem
a
doença
pormeio
dainalação de C.psittaci
emaerossóis deurina,
fezes
secas, secreçõesoculares e respiratórias
deaves infectadas.
Ocontato
boca-bico,
bicadase
omanuseio
depenas e tecidos
dessasaves também
representamrisco zoonótico
(BEECKMAN; VANROMPAY, 2009). Alimpeza de comedouros e
ocontato
diretocom
material fecal são fatores
deriscoimportantesparaa transmissão dessa zoonose (BURNARD;
POLKINGHORNE,2016).9
Nesse
contexto,
devido ao contato mais próximo com esses animais,funcionários de
zoológicos, veterinários, biólogos e proprietários deaves são
grupos derisco
para a clamidiose(RASO,2014).
Amaioria das
espécies deaves
emque
foi detectadaapresença
deC.
psittaci ou anticorpos contra
abactéria
pertence à ordemdos
Psittaciformes(KALETA;
TADAY, 2003), representadapor
espéciesde
papagaios,araras, maritacas, periquitos
(FEITOSA,2014)eoutras.
A clamidiose
aviária
consta nalista
de doenças animais notificáveisda
Organização Mundial para aSaúde
Animal (OIE,2017). Em
diversospaíses,
como nos
Estados
Unidos,essa
doença
éde
notificação obrigatória(PROENÇA;
FAGLIARI; RASO,2011). No
Brasil,
entretanto,
anotificação
é obrigatória
apenas nos
casos declamidiose
humana
(RASO,2014). A prevalência deC.
psittacino
paísé subestimada
(PROENÇA;
FAGLIARI; RASO, 2011), apesar deas pesquisas
realizadas atéo momento
indicaremque
adoençaéendêmica no
Brasil (RASO,2014).De
acordo
com oIBGE (2013), o
número
de aves deestimação no
Brasilchega
a37,9milhões,
ocupando o segundolugar no
ranking
deanimais
de estimação, perdendolugar
apenas
para os cães. Tendo emvista
a
grande popularidadedas
aves como animais de estimaçãono Brasil,
aimportância da
clamidiose na saúde pública e a subestimaçãoda
real
situação epidemiológica
da
doençano
país,faz-se
necessárioo
conhecimento da
prevalênciada colonização
porC. psittaci
emdiferentes
espécies deaves tidas
comopets,
principalmente
quando
se consideraque
esses animais podemser portadores assintomáticos
domicro
organismoepotenciais
transmissoresdessa
zoonoseparahumanos.
Diante disso, o
presente
trabalho propôs
olevantamento da
ocorrência de Chlamydiapsittaci
em aves deestimação da
espéciecalopsita
(Nymphicus hollandicus),que
pertenceà
ordemdos
Psittaciformes, ecujos
indivíduos
são bastante
populares comoanimais
deestimação.
Oobjetivo destetrabalho
foideterminar
aocorrência
de Chlamydiapsittaci emum grupo de 68calopsitas da
cidade
deUberlândia,
provenientes detutores
e criadorescomerciais, por
meio
dotesteda
PCR(reação
em cadeiada
polimerase),realizada
apartir
de
10
2 REVISÃODE
LITERATURA2.1 Ciclobiológicoda
Chlamydia
psittaciC.
psittaci
é umcocobacilo
Gram-negativo eintracelular obrigatório
(PROENÇA;FAGLIARI;
RASO, 2011)que
apresenta
duas
formas
emseu ciclo
biológico:
corposelementares (CEs), que são
infecciosos,
ecorpos
reticulares(CRs), que
possuem potencial reprodutivo. OsCEs (0,2-0,3
pm) são metabolicamente inativos
e garantem a sobrevivênciaextracelular
da
bactéria
e a infecçãoda
célulahospedeira,
enquantoos
CRs(0,6-1,5 pm) são
metabolicamente
ativos eresponsáveis
pela replicaçãointracelular
e geraçãoda
bactéria
infecciosa(RASO,2014).
O ciclo de desenvolvimento de
C. psittaci
tem duração de48h,
e inicia-se com aendocitose dos CEs
pela célulahospedeira.
Posteriormente,
osCEs
convertem-se em CRs, queparasitam
as mitocôndrias
paraextrair
aenergia necessária para seu crescimento
emultiplicação (parasitos energéticos
obrigatórios), já que nãosão
capazes
deproduzir
fosfatos
de alta energia.A multiplicação
por divisão bináriaorigina os
corpúsculos de inclusãoou
corpos
deLevintal-Collie-Lilie,
quesão
microcolônias compostaspor 100
a500 micro
organismos
por célula. Após amaturação,os
CRs diferenciam-se em CEs, quesão liberados
apartir da
liseda célula hospedeira.
Célulasinfectadas podem
transmitir asbactérias
para ascélulas-filhas
duranteseu
processo dedivisão,
perpetuando
ainfecção (RASO, 2014).2.2
Clamidiose aviária
Chlamydia
psittaci pode
causar doença sistêmica clínica em várias espécies deaves,
mamíferos,répteis
e anfíbios (KALETA; TADAY, 2003).Apesar
deserem
suscetíveis àinfecção,
osruminantes
domésticos
eos
répteissão raramente
associadosà
transmissãopara
humanos,
enquantoas
aves são
frequentemente
envolvidasnos
relatos de clamidiosehumana
(TELFERet
al., 2005). Casos detransmissão
entrehumanos
já
foramsugeridos, porém
nãoforam confirmados
(HARKINEZHAD
et
al., 2009).A
clamidiose aviária pode
se apresentar deforma
aguda,
subaguda,crônica
ou inaparente, dependendoda
espécie edo
estado
imunológico
daave,
da patogenicidade do micro-organismo, dograu
de exposição à bactéria,da porta
deentrada
e dedoenças
11
concomitantes
(GERLACH, 1994; ANDERSEN;
VANROMPAY,2003).
C.psittaci penetra
no organismo
pelotrato
respiratório superior e
dissemina-se
pela
correntesanguínea,
podendo serencontradano
parênquimapulmonar e
nascélulas retículo-endoteliais
dobaço
e
dofígado
(KALETA;TADAY,
2003).Os
sinais clínicos
dadoença
nasaves são variáveis
e
inespecíficos, comoanorexia,
emaciação, desidratação, letargia, plumagem eriçada, blefarite,secreção nasal,
dispneia, diarreia, infertilidade,urato
amarelo-esverdeado, tremores, convulsões eóbito.
Dentre
asalterações
anatomopatológicasmais
encontradas, destacam-se: conjuntivite, sinusite, aerossaculite, pneumonia, pericardite,hepatomegalia,
esplenomegaliae
enterite(RASO,
2014).A
forma
inaparenteda doença, frequente emaves adultas expostas a
cepasdebaixa
e
média virulência,caracteriza-se
pela
ausência
de sinaisclínicos
evidentes, representandoum
desafio para
o diagnóstico,e essas aves
podem eliminarC. psittaci
de forma intermitente (ANDERSEN;VANROMPAY,2003). Aeliminaçãofecal pode
serativada
sobcondiçõesde
estresse relacionadas a
manejo,superpopulação,
deficiências nutricionais,transporte
prolongado,frio,
reproduçãoe
postura (HARKINEZHAD etal.,2009).
2.3 Tratamento,
controle e
profilaxiadaclamidiose
O
tratamento
da clamidioseaviária é
preconizado por 45 dias.As
tetraciclinas são
osantimicrobianos mais efetivos, sendo
adoxiciclinaofármacodeeleição.
Entretanto,oscorpos elementaresnão são
suscetíveisà antibioticoterapia,pois
não
apresentam metabolismo
ativo, oque
torna
o
tratamento dadoença
difícil
e
nem sempre
eficaz.
Medidas de limpezae
desinfecçãoambiental
são fundamentaisparaevitar
a reinfecção
do pacientee
a infecçãode
outrasaves (RASO,
2014).Os corpos
elementares podempermanecer viáveis
porlongo período
emexcreções
secas
ou porvários
dias em água àtemperatura
ambiente,mas são
poucoresistentes
a12
desinfetantes comuns, como o hipoclorito (RASO,2014),
o etanol a 70%e
compostosde
amôniaquaternária,assim como
ao caloreàluzsolar
(ANDERSEN;VANROMPAY,2003).Para prevenir e controlar a clamidiose, é
recomendável
alimpeza
degaiolas,
bebedouros e comedouros
diariamente,bemcomo
alimpeza
edesinfecçãodestes após
asaída
e antes
da entrada deoutras aves.
Descartarmateriais que não
possam ser adequadamentedesinfectados, como
madeira,também
éimportante. Além disso,
deve-seevitar
misturaraves
de diferentesfontes,
fazer
umperíodo
dequarentena
depelo menos30diaspara
avesrecém-
adquiridase
isolarasavesdoentes
(BALSAMOet
al.,2017).2.4 Detecçãode
C. psittaci
emavesDe
acordo
com
Raso(2014),
o isolamento da bactériaéoneroso,
demoradoe
requermeio
detransporte
específico. Atualmente,no
Brasil,
estão
disponíveiscomercialmente
a
PCR
(reação
emcadeia da polimerase)e testes
sorológicospara o diagnóstico
de clamidiose emaves.
Segundo Proença,Fagliari
e Raso (2011),
a
detecção desequênciasespecíficas
de DNApara
identificaçãodo
agenteetiológico, pormeio
daPCR,
apresenta altas
sensibilidadee especificidade.
Já os
testessorológicostêm
desvantagens como a
ocorrênciadereações cruzadas
com outrasbactérias e falha na
detecção dosanticorpos eminfecçãorecente
ouapós
antibioticoterapia (GERLACH, 1994).
A confirmação do
diagnóstico de clamidiose aviária pormeio deteste sorológico requer
umaumento de
pelomenos
quatro
vezes no título
de anticorpos emduas
amostras
de soro coletadas comum
intervalomínimo
deduassemanasetestadas no
mesmo
laboratório(RASO,2014).
Segundo
Vasconcelos (2013), o
tempopós-exposição ao
agenteparece alterar
osítio
decoleta
maisconfiável para
a
sua detecção, umavez
que
sua eliminaçãopelas fezes
ocorre
após
areplicaçãoprimáriano trato
respiratóriosuperior e bacteremia. Os
swabs
deorofaringee
coanasão
mais consistentes em estágios iniciais deinfecção
(RASO, 2014),enquanto
em
estágios
maisavançados, as
amostras
cloacais e fecais são mais confiáveis (VASCONCELOS, 2013). A coleta de amostras dediferentes
locais aumenta
aschances
de13
2.5
Clamidiose
humanaA
clamidiosehumana
éconsiderada rara,
porém potencialmente
severa eque oferece risco
àvida.Caracterizada inicialmente por
sintomassemelhantes
aos
da gripe
-
comodor de
cabeça,
febre,
letargia
e anorexia-,
ao fimda
primeira semana após oinício dos sintomas, tosse
seca eoutros
sinais
de pneumoniaatípica
aparecem(GAEDE et
al.,2008).
Àmedida
emque
a infecçãoprogride, o
sistemacardiovascular
pode ser
afetado (GAEDEet
al., 2008),assim como o
trato gastrointestinal
e o sistemanervoso
(MOSCHIONIet al.,2001).
Em
maisda
metade dos
casos, são
relatados calafrios,mialgia, hepatomegalia
eesplenomegalia
(MOSCHIONIet
al.,2001). Outros sintomas
descritos
são
vômitos,diarreia
edor
abdominal(SENN;
GREUB,2008). Em casos
raros,pode haver complicações
como endocardite
e encefalite(RODOLAKIS;
MOHAMAD, 2010),icterícia (SAMRA
et
al.,1991)
efalência múltipla
deórgãos
(HEDDEMAet
al.,2006).
Pessoas que trabalham com
aves
indivíduos
imunossuprimidos,idosos
ou
comproblema
respiratório crônicotêm
maior riscode
desenvolver a
doença(RASO, 2014).
Casos
fatais
declamidiose humana
ocorrem ematé
25% dos pacientes
não tratados e emmenos
de 1%dos tratados corretamente
(PROENÇA;FAGLIARI;
RASO, 2011).
Odiagnóstico e
tratamentoprecoces são fundamentais
parao
prognóstico,devido
àboa
resposta terapêutica, sendo
importanteconsiderar
aclamidiose como
diagnóstico
diferencialnos casos
depneumonia
comunitária que
nãoresponde
à antibioticoterapia convencional e cujaepidemiologia
épositiva
paraa exposição
às aves(MOSCHIONIet
al., 2001).14
3 MATERIALE
MÉTODOSEste
trabalho foiaprovadopela
Comissão de Éticana Utilização
deAnimais(CEUA)da Universidade
Federalde Uberlândia
sobo
protocolo
n°084/17.
Para adetecção de
Chlamydia
psittaci
por meio doteste da
PCR,foram
coletadasamostras
decoana,
cloacae
fezes
frescas
de 68 calopsitas (Nymphicus hollandicus
),conforme recomendação de coleta deamostras
demais
deumlocaldo corpo
da
ave(RASO,2014).
As aves foram provenientes de tutores e
criadores
comerciaisda
cidade de Uberlândia, e não apresentavamsintomatologia
clínica,
comexceção
dequatro aves que
demostraramruído respiratório
durantea
coleta.As
coletas foram
realizadaspor
meiode kit
específico enviadopelo
laboratório SãoCamilo,
emMaringá-PR,
onde
as amostras foramprocessadas
eos
exames realizados.
As
amostras
clínicas
foramobtidasnas
estruturas
físicasdos
tutores e criadores. Após a contençãofísica das
aves, foramcoletadas amostras
decoana
ecloaca com
swabs
estéreisda
linha ABSORVE (fabricanteCRAL),
fornecidospelo
laboratório.
O swab decloaca foi
realizado
introduzindo-se
umswab
fino de hastemetálica(de
tamanho adequadoà
cloacadas
aves emquestão)
e raspandoa parede
doórgãocom movimentos
circulares.O
swab decoana
foi obtido
por meioda
fricção da
fendada
coana, situadano
palato,com
um swab dehaste
plástica.As
amostras
de fezesfrescas
foramcoletadasem papel filtro, também
fornecidopelo
laboratório,logo
apósdefecação
espontânea.As
amostras
biológicas foramacondicionadas
emcaixa
deisopor
eenviadas
aMaringá-PR
portransporte
rápido, conformerecomendações
do laboratório.No laboratório,
os
equipamentos
utilizados
e oprotocolo
parao
processamento das
amostras
erealização
daPCR seguem
a padronização Green eSambrook (2012).
Asamostras
foram
processadas
empool
.Os
dadosobtidos
nestetrabalho foram
analisadospor
meio defrequência absoluta
e frequência relativa.A
ocorrência
(%) de Chlamydiapsittaci nas aves
de estimaçãoque
participaramda
pesquisafoi
calculada pela
seguintefórmula:
Número
deaves
infectadasNúmero
deaves
amostradas15
4 RESULTADOSE
DISCUSSÃONo
período de 6 a 30 dejunho
de2018,
foramcoletadosswabs de coanae
cloaca e amostrasfecais de68
calopsitas detutores e criadores
dacidade
de Uberlândia.As
amostras biológicas decada ave foram guardadas
emenvelopes individuais
e acondicionadas emumacaixa
de isopor,que
foi
enviada para olaboratório
SãoCamilo, onde
foramanalisadaspor
meio
daPCR.
Das 68aves
que participaram
doestudo,
13(19,0
%) eramprovenientes
de
tutores e
55(80,9%)decriadores.Os exames
dePCR não detectaram
apresençade Chlamydiapsittaciemnenhuma
das avesavaliadas. A
proveniênciadasaves
eosresultadosdosexamesestão descritos na Tabela
1.De
acordocom
o laboratório,os
resultados
não
excluema
possibilidadede
presença da
bactérianos animais,
porém indicam que
a carga
bacteriana podeestarabaixo
dolimiar
de sensibilidadedo
métodoutilizado,que é
de50
cópias/mLdaamostra.
Tabela 1. Distribuição das amostras em relação à proveniência dos animais incluídos no estudo. Amostra Tutor / Criador
N° de calopsitas
Resultados da PCR
1 Tutor 1 1 Não detectável*
2 Tutor 2 2 Não detectável
3 Tutor 3 2 Não detectável
4 Tutor 4 2 Não detectável
5 Tutor 5 2 Não detectável
6 Tutor 6 4 Não detectável
7 Criador 1 10 Não detectável
8 Criador 2 15 Não detectável
9 Criador 3 15 Não detectável
10 Criador 4 15 Não detectável
Total 68 Não detectável
Indica carga bacteriana abaixo do limiar de sensibilidade (50 cópias/mL) do método utilizado.
As
calopsitas dasamostras
1, 3e
6
praticamentenão têm contato
com outras
avesde
estimação, domésticas ou silvestres. Já ascalopsitas
dasamostras 2,
4 e5
16
convivem com
outras
espécies de avesno
mesmo ambiente.
Nas instalações detodos
os criadores,há
barreirasfísicas que
impedema entradade avessilvestres. Ostipos
derecinto
e
oscontactantesdas calopsitas estão
descritosna Tabela
2eesquematizadosna
Figura1.Em
um
estudo
com aves
de companhiano
Distrito
Federal,realizado
porProença etal. (2010),
38%(35/92)
dascalopsitas avaliadas
forampositivas
paraChlamydia
psittaci.
Todasas
avesque
participaram da
pesquisapossuíam
histórico e sinais clínicoscompatíveis comclamidioseouforampositivas
emexames
dePCR
derotinapara
C.
psittaci, mesmo
sem sinaisclínicos
aparentes.Foram coletadas duas amostras
defezes
decada
indivíduo
emdias alternadose
omaterialfoi
analisadopormeiodaPCR.
Já Silva (2013)
detectou Chlamydiapsittaci
em 1,2% (1/85) das calopsitas provenientes decriadores
e em nenhuma das 21aves
deproprietários
do DistritoFederal.
Foramcoletados
swabs
oraisde 71calopsitas
e
cloacaisde todasasaves
(106)avaliadas no
estudo. As amostras
biológicas foramanalisadas
por meio daPCR. Segundo Silva
(2013),
uma das possíveisexplicações para a
baixa ocorrênciaencontrada
deC.
psittaci
em comparaçãocomoutros
trabalhosfoi
a
formadeamostragem
utilizada.A
amostragem
aleatória evita
umaamostraviciosa
(SILVA,2013),oque pode ocorrer
quando as
aves são provenientesdeuma clínica
ouhospital
veterinário,onde os
animaissão
levados, geralmente,por
apresentaremalgum sinal clínico notado pelotutor e,
porisso,
têm maior chance deter
alguma doença.Proença
etal. (2010)
utilizaramdados
deanimais
atendidos emuma clínica
veterinária eselecionaram aves que possuíam
histórico e sinais clínicoscompatíveiscomclamidioseouresultado
positivo paraa
doençaemexames de
PCR de rotina.Portanto, as chances
dedetecção
deaves
positivaseram maiores.
Já opresente
estudo
utilizouuma
formadeamostragem semelhante
adeSilva(2013),
umavez que as aves
são decriadores e
tutoresque aceitaram
contribuir
para a pesquisa,e não
provenientesda
casuísticadeanimaisatendidos
emalguma clínica
ouhospital
veterinário.
As diferentes
metodologias de coletatambém
podem ter influenciadonas
diferenças entre osresultados
encontrados. Considerando a eliminação intermitente deC. psittaci
eos
diferentes
sítios
de detecção conformeo
estágio
da doença,Raso
(2014)
recomendaa coleta
seriada de mais deuma
amostra clínica
daave
emumperíodo
de 3a
5 dias
e/ou
a
coletade
amostras
de diferentes locaisdo corpodo
animal.
Neste
trabalho,optou-sepelacoletadetrêstipos
deamostras
(swabs de coanae
cloaca
e amostra
fecal)e, de forma
semelhante,
Silva(2013) coletou
amostras dedois locais
(cloaca e cavidade oral).Já Proença
etal.
(2010)17
Tabela 2. Descrição dos
tipos de recinto e contato comoutras espécies aviárias.
Amostra Tutor/Criador N° decalopsitas Tiposderecintoecontactantes
1 Tutor 1 1 Gaiola, semcontatocomasgalinhasque vivem noquintaldacasa
Não tem contatocomoutrasaves de estimação, domésticas ousilvestres
2 Tutor 2 2
Gaiola nomesmocômodoqueoutrasgaiolascomperiquitosaustralianos
(Melopsittacus undulatus),agapórnis(Agapornis sp.) ecanários (Serinus canaria)
Contatocomoutrasavesdeestimação, masnão silvestres
3 Tutor 3 2 Ficamsoltas dentro de casa,nãoháoutrasaves
Não tem contatocomoutrasaves de estimação, domésticas ou silvestres 4 Tutor 4 2 Gaiola nomesmocômodoqueoutragaiolacomperiquitosaustralianos
Contatocomoutrasavesdeestimação, masnão silvestres
5 Tutor 5 2
Viveiro,emconvíviocomperiquitosaustralianos, galinhas epintinhos, separado
poruma tela de um viveirodeagapórnis
Contatocomaves de estimaçãoedomésticas, masnão silvestres 6 Tutor 6 4 Parte do diaemgaiolaeparteem viveiro, nãoháoutrasaves
Não tem contatocomoutrasaves de estimação, domésticas ou silvestres 7 Criador 1 10 Gaiolas,semcontatocomospatosque vivem noquintaldacasa
Não tem contatocomoutrasaves de estimação, domésticas ousilvestres 8 Criador2 15 Viveiro,emconvíviocomperiquitosaustralianos
Contatocomoutrasavesdeestimação, masnão silvestres
9 Criador 3 15
Gaiolasnomesmocômodoqueoutrasgaiolascomagapórnis, periquitos australianos,canários,mandarins (Taeniopygia guttata),diamantes-de-gould
(Erythrura gouldiae)e outras
Contatocomoutrasavesdeestimação, masnão silvestres
10 Criador4 15
Gaiolasaolado de um viveirocomagapónis, codornaschinesas (Coturnix adansonii)euma pomba (Columba livia)
18
68
calopsitas
Tutores Criadores
Amostra 1 I
Amostra 2 Amostra 3 Amostra 4
1 1 1 Amostra 5 I Amostra 6 I Amostra 7
n
Amostra SI
Amostra 9 Amostra 10I 4Tutor 1 Tutor 2 Tutor 3 n i ♦ Tutor 4 Tutor 5 l Tutor6 n l Cnador 1 1 Criador 2
n
Cnador 3 Cnador 4n
n
I 1 ave I i i 2 aves 2 aves I l 2 aves I 1 2 aves I l 4 aves I 10 aves Il
15 aves n 15aves n 15 naves X Não ▼ -1 Sim Não l Sim Sim l Não lNão Sim
l
Sim SimCONTATO COM OUTRAS ESPÉCIES DE AVES
Figura 1. Distribuição esquematizada dos animais incluídos no estudo.
No
presenteestudo,
era esperadoque as calopsitas
que
convivemcomoutras
espécies aviárias,principalmente
agapórnis e periquitos australianos,que
são psitaciformes,
apresentariammaior
detecção de C.
psittaci, tendo
emvista que a bactéria
ou anticorpos foramdetectados
emmais
de 30ordens
deaves, especialmente Psittaciformes (KALETA;
TADAY,2003).
Proençaet al.(2010)
constataramque
85%das avespositivas apresentavam
histórico decontactantes
recentes, ou seja,foram
adquiridashá
menos de ummês
ouestiveram
emcontato
com outrasaves
de vidalivre
ou cativeirohá
ummês
ou períodoinferior.
Entretanto,a
relação entremaior
detecção
econtactantes
não
foi verificada no presentetrabalho,oque pode
serdevido
àocorrência
encontrada.Outro
resultadoesperado erao
deque
algumascalopsitas
daamostra
7apresentassem
resultadopositivo na PCR, tendo
emvista
que,durante
a
coleta
demateriais, notou-se que
quatro
avesapresentavam
ruído
respiratório,que se exacerbava no
momento dacontenção
física. Entretanto, apesar
deC. psittaci
serumasuspeita
emcasos
deafecções
respiratóriasem aves,abactérianão
foidetectada nos exames.
Seria necessáriaa
realização deoutrosexames
para
realizar
o
diagnósticodiferencial
deoutras
possíveisdoenças
infecciosasque
afetam
o
trato respiratório das aves, como aspergilosee micoplasmose
(MARIETTO-GONÇALVES, 2016).O
Criador
3relatouque já
teveumsurto declamidiosenas
calopsitas doplantel
após adquiriraves
de umcriador
desconhecido.Paracontrolar
a doença,foram adotadas
medidas como a desinfecção de bebedouros,comedouros
egrades
dofundo
das gaiolas por imersão emágua
sanitária ou amôniaquaternária
a cada 15 dias.Além
disso, três
vezes
por semana19
os
jornais
sãotrocados
e
é
feito
ouso
de desinfetantesà base decompostos
quaternáriosde
amônia em spray nasgaiolas. À época
do surto, o tratamento das aves foirealizado
com doxiciclinana água
debebida.O Criador
4também
relatouque
játeveaves positivas para
Chlamydiapsittaci. Entre
asmedidas adotadas,
ocriadormencionouacolocação
deumatelaparaimpedir a
entradade
aves silvestresno
cômodo emque
ascalopsitas
vivem. Otratamento
dasaves foi
feito
com
doxiciclina por 45dias e
tilosina
por 14dias,
e é
repetidouma
vez
por ano. A limpezado
fundo dasgaiolas
é
feita
acada
doisdias,
e alavagem
comágua
sanitária
ocorremensalmente.
O uso
deágua sanitária
ecompostos quaternários
deamôniapelosCriadores
3e4
está deacordocom
o
preconizadoporBalsamo et
al.(2017). Segundo
essesautores,adesinfecção
com esses compostos é eficaz contra C. psittaci, que é sensível
a soluções de1:1000
de amôniaquaternáriae1:32
deágua sanitária.
O
tratamento das
aves com doxiciclina por 45dias
éeficaz,
considerandoa
negativação deculturas
deamostrasfecais para
C.psittaci(GRESPAN,
2009).Entretanto,
oscorpos elementares, por
serem metabolicamenteinativos, não são suscetíveis
à antibioticoterapia, de formaque
aave
pode continuarcomo portadora
mesmo
após
o
tratamento
(RASO,2014). Além
disso, como o agentetem
característica de eliminação intermitente (ANDERSEN; VANROMPAY,2003), a negativação
deculturas
não
é
garantia
desua completa
eliminaçãodo organismo
daave.
A repetição anual do tratamento
peloCriador
4,
entretanto,não
está de acordocoma
literatura.
Segundo Eccoet
al.(2009),
proprietários deaves utilizam
tetraciclinas
para qualquerdoença
oumesmo
deforma
profilática,sendo necessáriofazer
umalerta quantoao
uso
indiscriminado desses antimicrobianos, devido ao risco dosurgimento
de cepasresistentes
econsiderando
a importância dessaclasse
deantimicrobianos no tratamento da
clamidioseem pessoas.Tratamentos
prolongados
com doxiciclinatambém
negativam
amostras fecais paraculturas
de bactérias damicrobiota
intestinal
dasaves,
sugerindo umimpacto
negativo20
considerável,
devido àredução
da capacidade
de exclusãocompetitiva
de agentes patogênicos(GRESPAN, 2009). Logo,
o
uso
indiscriminado
deantimicrobianos
por criadoresnão
constituiuma
questão
de saúde públicaapenas
por contribuirpara a resistência bacteriana a antimicrobianos, mas por tornar asaves
mais susceptíveis a outras doenças, inclusive zoonóticas.As
amostras
9 e 10(criadores
3
e 4) totalizam 30 de 68 aves.Portanto, 44%
das
avesque
participaram
da
pesquisasão
provenientes
decriadores que
realizammedidas
decontrole
de clamidiose noplantel, o que
pode ter influenciado na não detecção de C.psittaci neste
trabalho.Outro
fator que
pode
terinfluenciado
é
o
fato deque
não foramcoletadas
amostras de aves emreprodução, período
depostura
ou
criação
de filhotes, por opçãodos
criadores,
a fim deevitar o
estresse dessesanimais.
Esses períodossão
bastante
estressantes
para as aves,podendo
afetar osistema
imune eativar
aeliminação
deC. psittaci
.Segundo Harkinezhad
et
al.
(2009),a
eliminaçãofecal da bactéria
podeser
ativada emcondições
estressantesrelacionadas
areprodução
epostura,
entreoutras.Não
foi possívelcoletar
amostras
fecais de duas avesda
amostra 7 e três avesda
amostra8,
provavelmente
devido aoestresse da
contençãofísica
paraarealização
dos
swabs.Inicialmente,
osswabs eram
coletados
e as aves eram colocadas emgaiolas
ou
caixas forradas por papel alumínio para a defecaçãoespontânea
ea
coletadas
fezes. Algumas
avesdemoraram
muitoou
nãodefecaram
mesmoapós mais de uma
hora deespera. Após
a inversãoda ordem
de coleta, começando pela defecaçãoespontânea e,
posteriormente,realizando-se os
swabs,a
coletadas
trêsamostras
de cadaave
foi mais rápida e foi possível colherfezes
detodas ascalopsitas.
21
5 CONCLUSÃO
Não
foi
verificada a presençade Chlamydiapsittacinas
avesestudadas.
Estetrabalhomostra que
aconscientização dos
tutores ecriadores quanto
à adoção demedidas
para a prevenção e controledessa
doençaé
importante,mas
é
umaquestão
de saúdepública
alertá-los quanto
aouso indiscriminado
de antimicrobianos.22
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