DEPARTAMENTO
DE
ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO
E
SISTEMAS
PROGRAMA
DE
PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ENG.
DE
PRODUÇÃO
AVALIAÇÃO
Dos
PADRÕES
DE ÇOMPETITIVIDADE
À
LUZ
DO
DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAVEL
zO
CASO
DA
INDUSTRIA
TROMBINI
PAPEL
E
EMBALAGENS
s/A
EM
sANTA
CATARINA-
BRASIL
DoUTORANDOz PEDRO CARLOS
scHEN1N1
II
PEDRO CARLOS
SCHENINI
›AVALIAÇÃO DOS PADRÕES
DE
ÇOMPETITWTDADE À LUZ
DO
DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAVEL
zO
CASO
DA
1NDUSTRIA
TROMBINI PAPEL E
EMBALAGENS
S/A
EM
SANTA
CATARINA
-
BRAS1L
TESE
APRESENTADA
AO
PROGRAMA
DE
PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA
DE
PRODUÇÃO
DA
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE
SANTA
CATARINA
PARA
OBTENÇÃO DO GRAU
DE
DOUTOR
EM
ENGENHARIA.
PEDRO CARLOS
SCHENINI
AVALIAÇÃQ
nos
PADRÕES
DE ÇOMPETITIVIDADE
À
Luz
Do
1›EsENvoLv1MENTo SUSTENTAVEL
zo
cAso DA
INDUSTRIA
TRoMB1N1 PAPEL
E
EMBALAGENS
s/A
EM
SANTA CATARJNA
_BRASIL
Esta tese foi julgada adequada para obtenção
do
título de"Doutor",
Especialidadeem
Engenharia de Produção, e aprovada
em
suaforma
final peloPrograma
de Pós-Graduação
em
Engenharia deProd
ção. Prof.
PhD
Ricardã
ira a BárciaCoord
ador(34
Ó»
'
Prof. Dr. Carlos
Loch
o `
ntador '
ÕÍ/%e/QQÁÊ
LO«wtf
Prof. Dr. Nelson
Col
ssioderador l
E
,
Prof. Dr.
Paulo Cesar
da
Cun
ya
membro
aaêšlz
Prof. Dra.
Beate
Frank
membro
extemo
JÁ;
.//awfi
Prof. Dr.
Lu'
FelipeNascimento
membro
extemo
IV
DEDICO
ESTE
TRABALHO
AOS
MEUS
AVÓS MATERNOS,
CELIDÔNIO E
MARIA IRACEMA
GONZALES,
QUE
ME
PROPICIARAM
CONHECER
A
GRANDIOSIDADE
DA
AGRADECHVIENTOS
Um
trabalho desta natureza, exige esforçosque
muitas vezesvão
além daspossibilidades
do
autor. Nessas horas é queaparecem
indivíduos,que
de formadesprendida e desinteressada,
vem
dar sua colaboraçãoou
auxílio.A
essas pessoas,nesse
momento,
prestamos nossahomenagem
e agradecimento.Cumpre
destacarum
reconhecimento especial ao Prof. Dr. Carlos Loch,meu
orientador, que
sempre
esteve disponível e interessado,em
dirimir dúvidas e dar apoio aeste orientando.
Agradeço também:
- ao prof.
Gérson
Rizatti, por sua colaboraçãona
revisão metodológica,.- à empresa
Trombini
que abriu suas portasao
pesquisadorsem
restrições epossibilitou a oportunidade de realizar esta pesquisa.
- à colaboradora
de
todas as horas, sra.Angela
Fontoura, que incansavelmenteapoiou a procura de bibliografias estrangeiras.
- ao prof Maurício F. Pereira pelo incentivo
em
enfrentar esse desafio.- ao prof. Vicente
De
Bona
Sartor pela suaboa
vontade e capacidade técnicana
VI
sUMÁR1o
Lista de Figuras ... .. IX
Lista de
Tabelas
... ..X
'Lista deQuadros
... .. XILista de Siglas ... .XII
Lista de
Anexos
... ..XV
Resumo
... ..XVI
Abstract ... ..XVII 1 _1NTRoDUÇÃo
1.1 -PROBLEMA
E
TEMA
... .. 01 1.2 _oBJET1vos
DA
PESQUISA
... .. 04 1.3 -RELEVÂNCIA
Do
EsTUDo
... .. 04 1.4 _NÃo
TRIVIALIDADE
... .. os 1.5 -ORIGINALIDADE
... .. os 1.6 -LIMITAÇOES
... .. 062 -
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICO
-EMPÍRICA
2.1 -EFEITOS
DAS
ATIVIDADES EMPRESARIAIS
... _.O8
2.1.1 -As
limitações espaciais ... _. 08 2.1.2-Impactos
das atividades empresariaisno meio
ambiente ... ..09
2.1.3 - Análise
do
Ciclo deVida
Ecológico dos produtos ... _. 11 2.1.4 - Responsabilidade pela poluição ambiental... ... _. 15 2.1.5 - Poluição atmosférica ... ._ 19 2.1.6 - Proteçãodo
solo e controle de resíduos sólidos ... _.20
2.1.7 - Despejos industriais ... ..242.2 -
DS-DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO
... ..302.2.1 - Conceitos básicos ... .. 30
2.2.2 - Cultura organizacional sustentável ... .. 37
2.2.3 - Tecnologias limpas ... ..
39
2.2.5 -
Ações
Empresariais para obtenção doDS
... ._49
2.3 -
PADRÕES DE CONCORRÊNCIA
E
COMPETITIVIDADE
... ._ 512.3.1 - Sobrevivência das
empresas
... _. 512.3.2 - Fatores determinantes
da
competitividade ... _. 582.3.3 -
Campos
e annas da competição ... ... ._ 652.3.4 - Padrões
de
competitividade nas indústrias de papel e celulose ... _.66
2.4 -
CARACTERÍSTICAS
DA
FABRICAÇÃO
DO
PAPEL
... _.67
2.4.1 - Caracteristicas dos papéis ... _.
67
2.4.2 - Processos
de
fabricaçãode
celulose e papel ... __ 722.4.3 -
Suprimento
de matérias-primas ... _. 782.4.4 - Suprimentos de insumos e aditivos químicos ... _. 80
2.4.5
-Impactos
ambientais das indústrias papeleiras ... ._ 822.4.6 - Gestão
dos
residuos ... _.882.5 -
INDÚSTRIAS
DE CELULOSE
E
PAPEL
NO
BRASIL
... ._92
2.5.1 - Caracterização do setor
de
papel e celulose ... ._92
2.5.2 -
Evolução
produtivado
setorno
Brasil ... ._ 10.02.5.3 - Identificação e localização das indústrias ... _. 107
3 -
METODOLOGLA
... ._ 1103.1 _
CARACTERIZAÇÃO
DA
PESQUISA
... _. 11o3.1.1 -
Abordagem
qualitativa... ... _.. ... _. 1113.1.2 - Perspectivas
do
estudo ... _. 1 123.2 -
TIPO
DE
PESQUISA.
... _. 1123.2.1
-Meios
... ..1123.2.2-Fins __________________________________________________________________________________________________________________ _.114
_
rEc1׶cA
DE
coLErA
DE DADos
______________________________________________________________ ._ 1 153.3.1 -Tipos
de
dados ________________________________________________________________________________________________ ._ 1153.3.2 -Instrumentos de coleta
de
dados _____________________________________________________________________ _. 1163.4 _
TECNICAS
DE
ANÁLISE
Dos
DADOS
________________________________________________________ __ 1193.4.1 -
Tratamento
qualitativo ... ._ 1193.4.2 - Avaliação dos dados ... ._ 120
VIII
4 -
ANÁLISE
DOS RESULTADOS
OBTIDOS
NA
PESQUISA
... ._ 1224.1 -
CARACTERIZAÇÃO
DA
EMPRESA
... _. 1224.1.1 -
Dados
históricos e administrativos ... ._ 1224.1.2 -
Dados
operacionais e dedesempenho
... ._ 1244.1.3 -
Dados
ambientais operacionais ... ._ 1284.2 -
EVOLUÇÃO
NO
PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO
DA
TPE
S/A
... ._ 1344.3 -
A
EXPERIÊNCIA
DA
TPE-FRAIBURGO
COM
O
DS
... ._ 1364.3.1 -
Razões
para aTPE
buscar melhorias ambientais ... _. 1364.3.2 - Avaliação
do
SGA-
Sistema de Gestão Ambiental ... _. 1414.3.3 -
Dificuldades
naadoção do
DS.. ... ._ 1464.4 -
AVALIAÇÃO
DA
COMPETITIVIDADE
DA
TPE
FRAIBURGO
... _. 1474.4.1 - Identificação das estratégias competitivas ... ._ 148
4.4.2 - Avaliação das estratégias estruturais ... _, ... ._ 149
4.4.3 - Avaliação das estratégias concorrenciais de posicionamento ... _. 155
4.5 -
INFLUÊNCIA
DO
DS
NO
FUNCIONAMENTO
DA
TPE
FRAIBURGO___..
1564.5.1 - Identificação do Ciclo de
Vida
ambientalmente competitivo ... ._ 1564.5.2 - Influência
do
DS
nas estratégias competitivas ... _. 1584.5.3 - Influência
do
DS
nas diversas atividades daempresa
... _. 1595 -
CQNSIDERACÕES
FINAIS
... ... _. 1745.1 - Análise e discussão dos dados:
um
relato da experiência da Trombini ... ._ 1745.2
Recomendaçoes
... _. 1846 -
REFERÊNCIA
BIBLIQGRÁFICA
... ..1sóFigura 1 - Ciclo de
Vida
Ecológico dos Produtos ... ..Figura 2 - Elementos
da
Análisedo
Ciclo de Vida... ... ..Figura 3 -
Normas
ISO-14000
... ..Figura 4 - Sobrevivência das
Empresas
... ..LISTA
DE
TABELAS
Tabela 1 - Concentrações
máximas
permitidas ... ._Tabela 2 - Reciclagem de papel
no
mundo
... ..Tabela 3 -
Volumes
de
madeira para lADTB
... ..Tabela
4
- Emissões atmosféricas-
celulose sulfato ... ..Tabela 5 - Efluentes líquidos mistos
~
celulose sulfato branqueada ... ._Tabela 6 - Riocell- Investimentos
em
proteção domeio
ambiente ... _.Tabela 7 - Balança comercial
do
setor de celulose e papel- 90/97 ... ..Tabela 8 - Brasil
x
Mercosul- 90/97 Balança Comercial celulose, pastas e papel.Tabela 9 -
Programa
de investimentosem
papel e celulose 95/2007 ... ..Tabela 10 - Brasil- produção de celulose e papel 1950/73 ... ._
Tabela 11 -
Apoio do
BNDES
ao
setor de papel e celulose 74/80 ... ..Tabela 12 - Brasil- produção de papel e celulose 74/80 ... ..
Tabela 13 -
Dados
sócio-economicosdo
setor ... _.Tabela 14 - Brasil produçao de celulose e papel 80/93 ... ._
Tabela 15 - Principais empresas
na produção
de papel e mercados1992
... ..Tabela 16 - Principais produtores
de
celulose e papelno
Brasil 1992 ... ..Tabela 17 -
TPE
S/A
-Desempenho
no Mercado
Nacional ... ..LISTA
DE
QUADROS
Quadro
1 - Identificação das Fontes, Resíduos e Impactos ... ._ 18Quadro
2 - Hierarquia na Gestão dos Resíduos ... _. 23Quadro
3 - Princípios de ecodesenvolvimento ... __34
Quadro
4 -TQC-
Total Quality Control ... .. 54Quadro
5 -Resumo
das forças competitivas de Porter ... ._ 63Quadro
6 -Métodos
debranqueamento
de celulose ... .. 76Quadro
7 -Nomenclatura
e seqüênciado branqueamento
... _.77
Quadro
8 - Tipos de aditivos na fabricaçãodo
papel ... .. 82Quadro
9 - Identificação dos resíduos ... _.84
Quadro
10 -Evolução
Históricada
TPE
S/A
... .. 125Quadro
11 -TPE
Fraiburgo - Parâmetros deMonitoramento
... ._ 132Quadro
12 -TPE
Fraiburgo -Geração
de Resíduos Sólidos ... _. 133Quadro
13 -Razões
'Extemas para aTPE
buscar melhorias ambientais ... ._ 137Quadro
14 -Motivos
Internosna
busca de Melhorias Ambientais ... ._ 140Quadro
15 - Estratégiasdo
Setorde
Celulose ... ._ 150Quadro
16 - Estratégiasdo
Setor de Papel ... _. 151Quadro
17 - Atividades àMontante
da Fábrica ... ._ 161Quadro
18 - Atividades de Fabricação de Celulose e Papel ... .. 163Quadro
19 - Atividades deApoio
Gerencial ... .. 166XII
LISTA
DE
SIGLAS
ABNT
- Associação Brasileira deNomas
TécnicasACV
- Análisedo
Ciclo deVida
ADI
- Acceptable Daily IntakeADTB
-uma
tonelada de celulose branqueada e seca ao arAG-21
- Principios Sustentáveis de Gestão PúblicaANFPC
- Associação Nacional dos Fabricantes de Papel e CeluloseAOX
- HalogêniosBC
SD
- Business Council for Sustainable Development, Conselho empresarial paraDS
BNDES
-Banco
Nacional deDesenvolvimento Econômico
e SocialBRACELPA
- Associação Brasileira de Produtores de Celulose e PapelCCQ
- Círculos de Controle de Qualidade .CEPAL
-Comissão Econômica
para aAmérica
Latina e CaribeCIID
- Centro Internacional de Investigações para o DesenvolvimentoCIPA
-Comissão
Interna de Prevençãode
AcidentesCME
- ConcentraçãoMáxima
deEmissão
CMI
- ConcentraçãoMáxima
de ImissãoCMT
- ConcentraçãoMáxima
no
Local de TrabalhoCMMAD
-Comissão Mundial
deMeio Ambiente
e DesenvolvimentoCNI
-Conselho
Nacional de IndústriasCONAMA
- Conselho Nacional deMeio
Ambiente.CO2
-Dióxido
deCarbono
CTCP/IPT
- Centro Técnico de Celulose e Papel do Instituto de Pesquisas TecnológicasDBO5
-Demanda
Bioquímica de OxigênioDQO
-Demanda
Química
de OxigênioDRE
- Demonstrativodo
Resultado do ExercicioDS
-Desenvolvimento
Sustentado ou Sustentável ou AutosustentadoECF
- Elemental Chloríne Free - Produtos livres de CloroEMBRAPA
-Empresa
Brasileira de Pesquisas AgropecuáriasEPA
- Environmental Protection Agency,Agência
americana de proteção ambientalERP
- Envz`ronmentalb1 responsible product, Produtocom
responsabilidade ambientalET
- Environmental technologies, tecnologias ambientaisETA
- Estação de Tratamento deÁgua
.ETE
Estaçao de Tratamento de Esgotos.II
PND
-Segundo
Plano Nacional deDesenvolvimento
Econômico
.FATMA
-Fundação
deAmparo
Técnico aoMeio Ambiente
.FIESC
- Federação das Indústrias de Santa CatarinaGAN
A
-Grupo
deApoio
à Normalização AmbientalGMC
-Grupo
doMercado
Comum
Europeu
GO
- Gases Odoríferos.He - Hectare
IA
- Impacto AmbientalINAISE
- Associação Intemacional dos Investidoresna
Economia
SocialISO
14.000 -Normas
internacionais para gestão ambientalISO
9.000 -Normas
e padrões para garantia da qualidade -ISO
18.000 -Normas
internacionais para medicina e segurança do trabalhoIPT
- Instituto de Pesquisas Tecnológicasdo
Estadode
São
PauloLC
- L}ƒe Cícle, ciclode
vidaMCF
-Molecular
chlorineƒreeMERCOSUL
-Mercado
Comum
do
SulMIC/CACEX
- Ministério da Indústria e Comércio/ Carteira de comércio ExteriorMP's
- Materiais Particulados1\/[P
-
Matérias-primasNBR
-Normas
Técnicas Brasileiras daABNT
Nox
-Óxidos
de NitrogênioOMS
- OrganizaçãoMundial da Saúde
ONG'S
- OrganizaçõesNão
GovernamentaisPIB
- Produto Interno Brutoph
- Nível de acidezi
RH
- RecursosHumanos
RI\/[P - Processo
mecânico
dedesfibramento
SAGE
- Strategic advísolygroup on
environmentalSHE
- safety, health, environmental - segurança saúde emeio
ambienteSIG
- Sistema de Informações GeográficasSIGA
- Sistema de Informações Gerenciais AmbientaisSGA
- Sistema de Gestão AmbientalSox
-Óxido
de EnxofreSRO's
- SubstânciasRemovedoras
do Ozônio
SS
- Sólidosem
suspensãoT
- Temperaturat - Tonelada
TC
207
-
Comitê
de Trabalho daISO
TCF
- Total chlorineƒreeTPE
S/A
-Trombini
Papel eEmbalagens S/A
TPE-Fraiburgo
- unidade daempresa
TPE
localizadana
cidade de Fraiburgo-SCTQC
- Total Quality Control, Controle da qualidade totalUNCED
- Conferência dasNações Unidas
sobre oDesenvolvimento
eM.Ambiente
UNICAMP
- Universidade Federal deCampinas
VVBCCSD
-World
Business Council SustainableDevelopment
WHO
-World
health organization.4R's - redução, reciclagem, reutilização e reclassificação
.II
PNI)
- II Plano Nacional deDesenvolvimento
LISTA
DE
ANEXOS
Anexo
A
- Roteiro-Dados
do
setor papeleiro ... _. 197Anexo
B
- Roteiro-Dados
empresariais ... .. 198Anexo
B1
- Formulário Estratégiasdo
Setor Industrialdo
Papel ... .. 199Anexo
B2
- Formulário Estratégiasdo
Setor Industrial da Celulose ... ._200
Anexo B3
- Formulário- Influênciado
DS
no Padrão
de Competitividade Próprio.... 201Anexo
B4
- FormulárioA
experiência daTPE-
Fraiburgocom
oDS
... ..202
Anexo
C
- Roteiro-Dados
do
Processo Produtivo e Pontos de IA...- ... ..203
Anexo
D
- Roteiro-Dados
do
Sistema deGerenciamento
Ambiental ... ..204
Anexo
E
- Roteiro- Influênciado
DS
nas diversas atividades da empresa... ... .. 205Anexo F
- Roteiro - Gerenciamentodo
Aprendizado Ambiental ... _.206
Anexo
G
- Formulário Matérias Primas Utilizadas ... ._207
Anexo
H
- Formulário Produtos Auxiliares na produção ... ..208Anexo
I - Formulário Produtos Finais e Subprodutos ... ..209
Anexo
J - Formulário Abastecimento deÁgua
... _.210
Anexo
K
- FormulárioDemanda
deÁgua
... 211Anexo
L
- FormulárioVazão
dosEfluentes
Líquidos ... ..212
Anexo
L1
- Formulário Tratamento dosEfluentes
Líquidos - Processo Produtivo... 213Anexo L2
- Formulário Tratamento dosEfluentes
Líquidos -Esgoto
Sanitário ... ._215
Anexo L3
- Formulário Tratamento dosEfluentes
Líquidos -Água
Resfriamento...217
Anexo L4
- Formulário Tratamento dosEfluentes
Líquidos -Aguas
Pluviais ... ..218
Anexo
M
- Formulário Resíduos Sólidos ... ..219
Anexo
M1
- Formulário Tratamento e Disposição Final dos Resíduos Sólidos ... ..220
Anexo
N
- Formulário - Emissões Atmosféricas ... .. 221Anexo
O
- Formulário - Emissões Sonoras ... ..222
XVI
RESUMO
Este estudo
tem
como
objetivo, conhecer naempresa
estudada, o seucomportamento
edesempenho
em
relação aoDS
-Desenvolvimento
Sustentável,como
estratégia competitiva e de excelência empresarial.
Para tanto, avalia a
forma
como
0DS
afeta os padrões de competitividade daTPE-
Trombini
Papel eEmbalagens S/A
ao agregar variáveis sustentáveis aosprincipais
componentes
de seu padrão de concorrência.O
estudo identifica e descreve os padrões de competitividadeque
são afetados,mostrando ainda
como
ofenômeno
influencia desde o planejamentocom
as estratégiassustentáveis, até as metas e procedimentos operacionais e gerenciais
da
empresa.O
assumir formal deuma
ética ambiental pressupõe a descobertaou
reforço devalores organizacionais e gerenciais voltados para a preservação ecológica, para a busca
da
melhoria contínua e ao desenvolvimento dos seres humanos.A
gestão ambiental formalizada dentroda
empresaTPE
ocorreem
cincodimensões,
que
são a ético-cultural, a pedagógica, a operacional, a gerencial e asABSTRACT
The
objectiveof
this stuay isknowing
the analyzed organization, its behaviorand
development
related toDS
- SustainableDevelopment
asa
competitiveand
enterprise excellence strategy.
For
this purpose, the study assess theway
DS
has
affected the competitivepatterns
of TPE-Trombini Papel
eEmbalagens
S/Awhen
the organization addssustainables variables to the
main components of
its competition pattern.The
study identifiesand
describes the competitive patterns that are aflected, stillshowing
how
thephenomenon
influences front the planning activity until the goalsand
operationalprocedures of
the organization, taking into account the sustainablesstrategies.
The
formal
establishmentof an
environmental ethic supposes the discovery or reinforcementof
organizationand management
values, directed for the ecological preservation, the search for continuousimprovement
and
human
being development.The
formal
management
of
the environment in the organizationTPE
occurs infive dimensions, that are: the ethic-cultural, the pedagogic, the operational, the
1 -
INTRODUÇÃO
1.1
_
PROBLEMA
E
TEMA
O
problema desta pesquisa é relacionar os principais padrões de concorrência ecompetitividade preconizados por Porter (1980, 1985, 1989, 1995, 1997) cientista e
professor de administração de empresas,
no
que se refere à concorrência, clientes,fornecedores,
ameaças de
novos produtos e concorrentes ao conceito doDS-
Desenvolvimento Sustentável.
O
tema
escolhido caracterizao
conteúdo daGestão
Sustentávelnos
processosindustriais de fabricação
de
celulose e papel diante da conjuntura mundial. Neste caso,entende-se que estes padrões precisam passar por
uma
revisãoem
seus conceitosem
termos
do novo paradigma
de desenvolvimento e crescimento econômico,que
levaem
conta o
DS.
Assim
sendo, essaabordagem
contribui para a formaçãode
estratégiascompetitivas nas
empresas
industriais de celulose e papel etambém
permite a inserçãoda variável ambiental nas análises e definições de padrões para o setor.
O
ambiente empresarial enfrenta modificações constantes na conjuntura e faz daadaptação de suas organizações frente a esses desafios o fator primordial de
sobrevivência e
também
do
sucesso.O
que significa dizer que a dinamicidadedo
mercado
e a concorrência acirrada,colocam
em
risco as empresasque não
revisaremconstantemente seus
paradigmas
gerenciais.As
adaptaçõesque
se fazem necessárias,podem
ser exemplificadascomo
as queocorrem nos processos produtivos, nas habilidades da
mão
de obra e nos equipamentoscom
inovações tecnológicas.Preocupam-se
também
os administradores,com
os clientese fornecedores que cada
vezmais
exigem
e valorizam os produtos e empresasecologicamente corretas.
,
Os
desastres ambientaiscomo
o da
indústria química que explodiuem
Bhopal
na
Índia,
matando
e ferindo centenas de pessoas,ou
como
a usina atômica que sedesintegrou
em
Chernobyl
na Rússia, ajudaram a desencadear o crescimento dapetróleo
no
acidentedo
navioExxon
Valdez,provocou
forte reação popular nos EstadosUnidos
edo
Canadá.É
interessante salientarque
os maleficios causados por esses acidentes maisconhecidos, são apenas a parcela menor, pois os danos provocados por inúmeros
poluentes
que
são gerados dentrode
limites aceitáveis pelas legislações dos diversospaíses,
tem
efeito cumulativo junto à natureza e aos sereshumanos.
_A
percepção dadimensão
ambiental, agregadas às práticas administrativas eempresariais, transformaram as organizações.
Até
a década de 80, a proteção ambientalera tida
como
uma
atividade marginal, custosa, indesejável e que deveria ser evitadapara não
comprometer
odesempenho
competitivo.A
partirda
décadade
80,em
funçãoda
movimentação
das instituiçõescomo
aONU-Organização
dasNações
Unidashouve
a difusão rápida da consciência de
que
os danos cotidianos ao ambiente poderiam serresolvidos através de práticas de negócios ecologicamente corretos.
Desde
então, osgastos
com
proteção ambiental,passaram
a ser vistosnão
maiscomo
despesas,mas
simcomo
investimentos para o futuro, e contraditoriamente, para amanutenção da
competitividade das empresas.
Para desenvolver este trabalho escolheu-se o setor industrial
de
papéis, paraaveriguar
como
funciona na prática, a adoção dessa tendência mundialde
gerenciamento
com
consciência ecológica nesse ramo. Pela multiplicidade de usos emercados, o papel ainda representa
o meio
fundamental decomunicação
entre aspessoas, empresas e especialmente
na
área educacional,com
os papéis de imprensanewsprint e papéis de imprimir e escrever.
Não
menos
importantes, encontram-se,ainda, os papéis para usos comerciais,
como
embalagens
de papelou
papelão e ospapéis para usos sanitários tissue.
Para mostrar a magnitude
do
setor, basta dizerque
a produçãoem
1990, atingiu238
milhões de toneladas, o que significa dizer que a indústria papeleira é responsávelpor
2%
do
comércio mundial. Independente de sua posição comercial, a indústriado
papel
tem
sido bastante criticadapor
grupos de consumidores e ambientalistas, por suaprodução
poluidora e inadequaçãode manejo
de florestas.Algumas
dessas acusaçõestêm
fiindamento, enquanto outras, pordesconhecimento
ou
por falta de divulgação, não são merecidas. Entretanto todos3
inesgotáveis), reconhecendo
que
cada parcela da sociedade, incluindo as indústrias,deverão se transformar. “
Para
o
WBCSD
(1998) -World
Business Council for SustainableDevelopment
que
publicouo Towards
a
sustainable:paper
cycle, as indústrias de celulose e papelaparentemente
têm
um
perfil sustentável, pois' sua matéria-prima éum
recursorenovável e seus produtos são recicláveis. Porém, por outro lado, a indústria papeleira
demanda
um
consumo
elevado de energia para suas operações epode
provocar, ainda,poluição
do meio
ambiente. Isto fazcom
que as indústrias de papel e celulose sejamcandidatas naturais para
um
estudocomo
este, pois consolida competitividadecom
DS
emeio
ambiente.Conscientes e predispostos, os dirigentes industriais
têm
procurado encontrarnovas formas para melhorar ainda
mais
suas atividades, pois agora éem
nível global aspressões dos governos, ambientalistas e grupos
de
consumidores.Os
métodos que
deverão ser escolhidos deverão ser viáveis financeiramente, desejáveis socialmente e
sustentáveis ecologicamente. Percebe-se, portanto, que as empresas
em
geral e asindústrias papeleiras de Santa Catarina
em
particular, passaram a ficar sob o foco deobservação crescente e rigoroso,
sem
chances para desconsiderar os aspectosrelacionados
com
omeio
ambiente.Dessa
forma,como
ocorre noutros setores daeconomia que
também
necessitam se adaptar à atual conjuntura globalizada, as indústrias do setorde
papel deverão seadaptar às
mudanças
necessárias para controlar a poluiçãoem
seus processos produtivose
com
isso agregar maisum
importante diferencial competitivocom
relação aos seusconcorrentes e clientes.
O
aumento
do interesse por essas questões ambientais,tem
levado as empresas ausarem
tecnologias limpasem
seus processos e dotarem-se de sistemas de informaçãoque
permitam apresentar deforma
sistêmica e documental os registros necessários paraplanejar e controlar todos os eventos
da
empresa nessa área.Como
ainda existe muito espaço para melhorias competitivas autosustentáveisno ramo
papeleiro, essas características fazemcom
que
a indústriaTrombini
da cidadede Fraiburgo, interior de Santa Catarina, seja
uma
candidata natural para ser efetuado oestudo, pois essa organização foi recentemente premiada
em
nivel estadual por seuNesse
sentido, o estudo desenvolvido permitiu conhecer a realidadeda
empresa,ao tentar responder
ao
questionamento de pesquisa:“como
oDS
afeta acompetitividade
da
empresa
e suas atividade operacionais e gerenciais,na
adoção
de
fatores e estratégias concorrenciais sustentáveis ? ”.As
tentativas para responder a esse questionamento eque deram origem
aosobjetivos e aos desdobramentos metodológicos da pesquisa realizada.
1.2 -
OBJETIVOS
DA
PESQUISA
Como
fundamento
básico para desenvolvimento da pesquisa, se faz necessárioque preliminarmente, se esclareça e seja
definido
claramente quais são os objetivos aserem alcançados. São eles: '
QÊLI
Avaliar a
forma
como
oDS
-Desenvolvimento
Sustentável afeta os padrões decompetitividade
da
Indústria Trombini Papel eEmbalagens
S/A, unidadede
Fraiburgo,ao agregar variáveis sustentáveis aos principais
componentes do
seu padrão de,` . COI1COl'I`CnCl3,.
Específicos
a) Identificar os padrões
de DS;
b) Identificar os padrões de competitividade; e
e) Descrever de que
forma
oDS
se relacionacom
a gestão daempresa
e suacompetitividade.
1.3 -
RELEVÂNCIA
Do
ESTUDO
No
desenvolvimento deste trabalho, teve-se o cuidado preliminar de identificar eapresentar as suas contribuições,
bem como
a relevância que o estudo encerra.A
seguir são listados alguns desses aspectos relevantesdo
estudo:5
dessa indústria de papel e o
meio
ambiente;b) disponibilizar os pontos de impacto ambiental
no
processo produtivo dessaorganização e seus efeitos
na
natureza ena
comunidade;c) contribuir na formulação de estratégias competitivas para empresas
de
papel;d) permitir
que na
definição de padrões de concorrência, se utilizeuma
abordagem
bastante atualizada, pela inserção de variáveis associadas aomeio
ambiente;e) oferecer
uma
perspectiva histórica para avaliaçãodo comportamento
organizacional frente aos desafios ecológicos
do
terceiro milênio, eÍ) buscar maior competitividade, através da adoção de novos
modelos de
gestão.Neste caso, a contribuição científica aparece através das análises que
demonstrem
o quanto omodelo
proposto acrescentará ã aqueles já disponíveis.1.4-
Não
Trivialidadea) apresentar
uma
pesquisa que traga aminha
experiência acumulada,de
anos detrabalho gerencial
na
área de celulose e papel,com
a inserção dosmodelos
da engenharia para esta questão, eb) mostrar que a maioria das empresas não são competitivas, pois
além de
poluírem,
não
cumprem
com
a Legislação pertinente,como
forma de alcançarem a sobrevivência.1.5 - Originalidade
Os
conhecimentos e experiências acumuladosno
desenvolvimentode
anos detrabalho
mostram
deforma
original a contribuiçãocom
as empresas ecom
omeio
acadêmico ao:
a) descrever
o
processo de adaptação das organizaçõesnum
novo
contexto derecursos finitos da matéria-prima e insumos;
b) propiciar material para criação de modelos para estudos e aperfeiçoamento da
gestao das variáveis sustentáveis sob o ponto de vista concorrencial e competitivo entre
c) associar a questão técnica
da adoção do
DS
nas atividades empresariaisconcorrenciais,
com
a sua aplicaçãonum
ambiente real brasileiro que se apresentacom
peculiaridades únicas.1.6- Limitaçoes
As
limitaçõesque
surgiram ao longo deste trabalho foram tanto deordem
pessoal
como
também
de
caráter institucional,podendo
estas serem resumidascomo
segue:a) dificuldade
no
acesso auma
bibliografiaampla
e atualizada,que
trate davariável ambiental
com
seus impactos.b) dificuldades pessoais para enfrentar as traduções e
compreender
os mais de800
textos consultadosem
inglês, espanhol e francês, ec) dificuldades na obtençao das informaçoes
na empresa
TPE-
Fraiburgo, devidoà excessiva formalização
ou
receio destasem
fomecer
informações confidenciais.2 -
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICO EMPÍRICA
A
partidado
problema de pesquisa, decomo
oDS-Desenvolvimento
Sustentávelafeta a
empresa
e suas atividades operacionais e gerenciais, naadoção
de fatores eestratégias competitivas, construiu-se
um
marco
teórico para dar sustentação àspesquisas e seu relato.
Inicialmente, descreve-se os efeitos das atividades empresariais
no
contextodo
meio
ambiente, mostrando as fontes e tipos de resíduos gerados, os tratamentos e seusimpactos na natureza e nos seres
humanos.
Frente a essa realidade de depleção dosrecursos naturais, que permite realizar
um
diagnóstico da situação vivida pelas empresas e pela comunidade, é que realizamos a fundamentaçãodo novo paradigma denominado
DS.
Essanova forma
de trabalhar,vem
como
uma
solução altemativa mais justa eperfeita, ao apresentar origens, conceitos e princípios, funções de gestão e as dimensões
em
que
é possível a obtençãodo DS.
Na
seqüência, desenvolveu-se otema
padrões de concorrência e competitividade,que
permite mostrar os fatores determinantesda
competitividade e suaestrutura estratégica de acordo
com
aabordagem
de Porter.De
posse desses conteúdos teóricos, já seria possível efetuar-se estudos e ilações,entretanto para efeito de melhoria
na
qualidade das análises, buscou-secomplementar
aliteratura através
do
desenvolvimento de mais dois subcapítulos,que
tratam dasoperações e evolução
do
funcionamento das indústrias de celulose e papelno
Brasil.Decorrente da complexidade e da diversidade de atores e de cenários, o assunto
DS
requereu diversas abordagensna
revisão bibliográfica. Entretanto, espera-seque
2.1 -
EFEITOS
DAS
ATIVIDADES
EMPRESARIAIS
2.1 .l -
As
Limitações EspaciaisAs
viagens espaciais propiciaram à humanidade, inúmeras contribuiçõestecnológicas e econômicas.
Alem
desses fatores, acrescentaramtambém
outros deordem
social e psicológica, dentre os quais destaca-se a consciência do caráter finito denosso planeta.
Em
função dessas limitações, cabe realizar a seguinte pergunta:Qual a capacidade das sociedades
em
fazer a terra sustentar suas populações?Embora sem
uma
resposta direta e objetiva para esse questionamento surgiramao longo
do
tempo
várias proposições para daruma
solução a essas limitações.De
acordocom
Campos
eGodinho
(1987, p.20), o princípio estabelecido porJustus
Von
Liebig ficou conhecidocomo
a “Leido Mínimo”. Essa
lei estabelece,em
sua essência,
que
a densidade demográfica deuma
regiãoou
a vida individual, serálimitada pelo
que
vier a faltar mais entre os vários requisitos essenciais à vida.Como
aspopulaçoes
continuam aumentando
num
ritmo crescente e desordenado, aindanao
ficouevidente qual desses requisitos é
ou
será 0 fator limitante à evolução. Dentre os fatoresmais usuais
ou
conhecidos, pode-se elencar:o
espaço, calor, energia disponível,recursos não renováveis, água e alimentos.
Os
avanços tecnológicos e as novas descobertas industriaistêm
permitidoaperfeiçoar
métodos
e incrementar a exploração dos recursos naturais, agrícolas,pastoris, de
origem
fóssil e as fontes de energia térmica e hidráulica.Em
decorrência,verifica-se
que
a melhoriado
podereconômico
de algunspovos
tem
permitido alcançarmelhorias nos padrões de vida,
com
maior
consumo
dos produtos manufaturados,energia elétrica e alimentos.
Os
efeitos mais graves desse desenvolvimento são a explosão populacional aindafora de controle, a exaustão dos recursos naturais não renováveis, a perturbação da
natureza e a introdução de elementos poluidores
no meio
ambiente.A
discussão sobre avida na terra, sob os parâmetros ambientalistas,
começou
quando
os efeitos ecológicossobre a
economia tomaram-se
visíveis e caros.Há
muitos obstáculos na construção deuma
economia
global sustentável,porém há
também
diversas tendências e fatores9
Atendendo
as condições de sustentabilidade, quer seja pelas tentativas dereversão nos
desmatamentos do
planeta, transformando aeconomia do
“usa e joga fora”para
uma
de
reciclagem e reutilização,ou
ainda de estabilização na poluiçãodo
ar, todasessas
medidas vão
requerernovos
investimentos.De
acordocom Brown
(1996, p.ll),no
nível governamental, o instrumentoindividual
mais
indicado para a conversão deuma
economia
mundial insustentável, parauma
sustentável,pode
seruma
adequada politica fiscal. Para isso, existem poucaspropostas
como:
a eliminação dos subsídios às atividadesnão
sustentáveis; a instituiçãode
uma
“Taxa
Carbono”, e substituir taxas e impostos sobre rendimentos, por impostosambientais.
As
informações, tecnologia e cultura paraque
isso funcione já existem.Na
atualidade, a população tem-se conscientizado dos efeitos financeiros, sociaise políticos
que
traz a ecologia, poiscomo
Simonis etWeizsäcker
(1996, p.40) diz, apósa crise financeira mundial,
que
demonstrou a dependência entre as nações de formaevidente, a crise ambiental mostra hoje a conexão ecológica entre as nações.
E
interdependências
econômicas
e ecológicas provavelmente continuarão a serdemonstradas
em
nível local, nacional e global, assimcomo
a consciência dessasrelações.
A
estreita ligação entre seus participantes dentro deum
mesmo
contextodemonstra claramente os limites
do
planeta Terra.2.1.2 -
Impacto
das Atividades Empresariaisno
Meio
Ambiente
O
marco
mais representativo da evoluçao das atividades empresariaiscom
seusrespectivos residuos e danos é a Revolução Industrial,
que
trouxeem
escala crescente adestruição
dos
recursos naturais, pela depleção e contaminação dos recursos hídricos,do
solo e a da atmosfera.
Os
grandes feitosda
tão celebradaRevolução
Industrial estãocomeçando
a
ser seriamente questionados, sobretudoporque
na
épocanão
se levouem
contao meio
ambiente. Achava-seque o
céu era tãovasto e claro que
nada jamais mudaria sua
cor;que
os rioseram
tãograndes e suas
águas
tão abundantesque as
atividadeshumanas
jamais
lhes alterariam
a
qualidade; e que as arvores e florestaseram
tantas queTriste ilusão imaginar que os- recursos naturais são infindáveis.
Devido
aocaráter finito das matérias primas e pela industrialização desenfreada
na
atualidade, osetor industrial é
amplamente
reconhecidocomo
o fator preponderantena
degradaçãoambiental
do
planeta.O
jomal
Gazeta Mercantil, publicou diversas matérias sobremeio
ambiente, sendo
que
uma
delas nos mostracom
clareza o grau de impacto edeterioraçao que
pode
acontecer.No
finalda
última década,o
setor industrialnos
países desenvolvidos foiresponsável
por
50%
do
efeito estufa,por
40
a
50%
das
emissões deóxidos de nitrogênio.
As
conseqüênciasquanto
à
poluiçãoda
água
são,da
mesma
forma, preocupantes.A
indústria contribui,na
mesma
época,com
60%
da
demanda
bioquímicade
oxigênio ede
materialem
suspensão e
com
90%
dos resíduos tóxicosna
água.Além
de terdespejado
75%
do
lixo orgânico (Gazeta Mercantil, 1996, p.47:B-O3).No
estudo da relação das empresascom
omeio
ambiente, Martine sugereque
dois elementos principais
devem
ser destacados:a)
A
depleção dos recursos naturais.A
utilização de recursos naturais (renováveis enão
renováveis) atravésde processos degradantes
como a
mineração,a produção
de carvãovegetal,
a
produção
agrícola de matérias-primas industriais,a
produção
de energia, etc..., tem impacto diversos sobreo meio
ambientefísico e biótico,
a
qualidadeda
água
edo
ar; eb)
A
poluição atmosférica, hídrica edo
solo.As
industrias são responsáveispor
diferentes emissõesde
poluentesno
ar,
na água
eno armazenamento
de detritos e lixo tóxico (Martine, 1996,p.47).
A
degradação ambientalno
Brasil iniciou-se deforma
mais marcante,com
oprocesso
de
industrialização na década de20
e estendeu-se nas décadas seguintes.(...)
após 1950
as estratégias de desenvolvimento adotadasperpetuaram
a
exploração exaustivade
nossos recursos naturaisao
permitir queo
crescimento
econômico
de curtoprazo
fosse feito atravésda
modernização maciça
e acelerada dosmeios
deprodução
(Donaire, 1996, p.44).As
diversas atividades industriais presentesno mercado
têm, cadauma
delas,suas características e peculiaridades
no
seu funcionamento e o conseqüente impactono
meio
ambiente.A
necessidade deste estudoem
modelar
um
sistema gerencialque
ll
contemple as preocupações
com
a competitividade concomitantecom
os aspectosambientais, induz a conhecer
melhor
as atividades empresariaiscom
seus parâmetrosatravés da Analise
do
Ciclo deVida
dos produtos.2.1.3 - Análise
do
Ciclo deVida
Ecológico dos ProdutosO
primeiro passo paraadoção
da ecologia industrial éque
os fabricantespratiquem
um
produto stewardship (planejado),com
o desenho, construção,manutenção
e produtos recicláveis semelhantesno caminho que impõe mínimos
impactos à natureza.
O
planejamento integrado deverá sermelhor
analisado, paracontemplar
alem
das tarefas fabristambém
os serviços, os quais deverão ser executadoscom
um
mínimo
de
impacto aomeio
ambiente.As
etapas dessas operaçõespodem
serexaminados
atravésdo
processo de avaliaçãodenominado
ACV-
Análise do Ciclode
Vida,
que
possibilita oexame
de materiais, serviços, produtos, processos e tecnologias,durante toda sua vida.
'
A ACV
éuma
abordagem
holística que analisa o sistemacomo
um
todo,em
torno de
um
produto específico.Fava
(1990, p.20) define aACV,
ao
esclarecer que essa considera a extração,o
processamento da matéria-prima, a manufatura, o transporte edistribuição; uso e reuso, manutenção, reciclagem e o gerenciamento de resíduos.
Hunter
(1990, p_2l) completa o raciocínio aoafirmar
que aACV
também
analisa osfatores que influem
na
sua produção e o efeito de seu uso. Dessa forma, atravésdo
ciclode vida completo
de
um
produto sobo
ponto de vista ecológico,conforme
está expostoa seguir, pode-se mostrar todos os envolvimentos que existem
ao
longo de suamanufatura,
do
nascimento até omomento
de utilização pelos clientes e posterior descarte.As
avaliações do Ciclo deVida
Ecológico dos produtospodem
sermelhor
entendidas na Figura l proposta por Graedel (1995, p.lO3) e
que
incluium
estudocompleto de todas as atividades de extração e processamento
de
matérias-primas,manufatura, transporte e distribuição, uso, reutilização, manutenção, reciclagem; e disposição final.
RECICLAGEM
I "r""---r--- I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I MATERIAIS ABSOLETOS USOO
D TOACAB
-›
FABRICAÇAO\
, coMPoNEN'rEs COMPONÊNTESACAB
S ADIcIoNA1sMODELAGEM
MATERIAIS ACAB SPIIEP
çAo
I=Islco QUIMICA MATERIAIS ROCESSADOS SEP
O
REFIN MATERIAIS ONCENTRADOA
A
MATERIAIS _ VIRGENS DIsI>osIÇAo ___Y_-_____--_____-___Y --__-_--__-_.V______-_-___1____Fonte: GRAEDEL, 'I`.E. et ALLEMBY, B.R. Industrial Ecology, 1995, p. 103
ELLNVIOIIÍHIAIOI) `¿IO‹I 0(IV'I0)l.I.NOI) ”IVRI.I.SílGNI '¿IO‹I O(IV'IOlI.I.NOC) VI'\II`Il‹I'VI}If;IJ.VW SIG `IIO(IEIDÍ:IN1¶0.>I H0‹I O(IV"IO8.I.N0O
13
Na
análisedo
Ciclo de Vida,em
primeiro lugar está a definiçao dos objetivos,após são realizados os inventários e diagnósticos
que
darão origem aum
Rerp-Rating:Environmentally Responsible Product, ou seja,
uma
classificação dos produtoscom
responsabilidade ambiental.
A
avaliação daACV,
de
acordocom
a definiçãoda
EPA-
Environmental Protection
Agency
(EPA/600/2-90/048, 1991) envolve 0 controle dedescarga
no meio
ambiente e os impactos deum
produto especifico, desde a matéria-prima
com
seus fomecedores, passando por suaprodução
até o descarte final.A
partir dessas avaliações' é que seguiam
as análises de potenciaismelhoramentos, e
de
liberação dos produtos ambientalmente corretos para a fabricação.Jovane et all (l993,p.654), do Instituto Politécnico di
Milano
Italia, équem
nosafirma
que o aparecimento da legislação ambiental é esperada para
impor
atividades dereciclagem nos produtos de
consumo
ou
matérias-primas dos manufaturados eque
nadispersão dos produtos usados é necessário
ordenamento
para fazer reciclagem viáveleconomicamente,
no
atual estado da arte da tecnologia de reprocessamento, evitandodessa maneira
no
futuro, custos elevados de disposição.Mostra também,
como
oconceito emergente
de
ciclo de vidapode
ser devidamente explorado para desenvolver,com
informações concernentes à proteção ambiental e otimização dos recursos, oscaminhos
apropriados para negociar.Com
o auxilio da Figura 2 exposta a seguir, identifica-se perfeitamente oselementos
que
participamdo
processo da Análisedo
Ciclo de Vida.Uma
análise dessanatureza é
um
esforço longo e complexo, existindo ainda muitas variações possiveispara serem seguidas. Neste caso,
como
propõem
Graedel (1995, p. 1 12) preliminarmenteas informações
podem
ser estruturadasnum
ACV
de três estágios:a) levantamentos, inventários;
b) diagnósticos (análises dos impactos), e
c) sugestão
de
melhorias.Em
relação ao assuntoACV,
o estudo de normatização através daISO-14040,
virá trazer conceitos mais atualizados e adequados,
o
que permitirá avaliarmelhor
osFIGURA
2 IELEMENTOS DA
ANALISE
DO
CICLO
DE
VIDA
sAíDAs
ENTRADAS
AQUISICAO IDE
MATERIAISI ¡ ‹‹ »
PRODUTOS
FORMULAÇAO
PROCESSAMENTO EMANUFATURA
MATERIAIS
SUB-PRODUTOS
DISTRIBUICAO DOS
PRODUTOS
ENERGIA
EELUENTES
LÍQUIDOS
USO DOS
PRODUTOS
ÁGUA
EMIssOEs
AÉREAS
~ RECICLAGEM PRODUTOS COMPONF N I FS
AR
RESÍDUOS
sÓL1DOs
ADMINISTRAÇAO DE RESÍDUOSOUTRAS
INTERAÇOES
AMBIENTAIS
Fonte: GRAEDEL. T.E. et ALLEMBY, B.R. Industrial Ecology, 1995, p.102
Adaptado do “Society of environmental toxicology and Chemistry. Atechnical
Framework for Life-Cycle Assessment. Washington.
DC
: SETAC. 1991”.Valle (1995, p. 107) reforça
O
conhecimento sobreO tema
ao afirmar sernecessário considerar ainda:
a) o
consumo
deMP
e seus processos de extração e produção;b) os processos de produção dos materiais intermediários
utilizados na fabricação
do
produto;O c) O processamento de todos ao materiais até chegar-se ao
produto final;
d) a utilização
do
produto durante toda a sua vida útil; ee) a reciclagem, tratamento e disposiçao dos materiais
resultantes
do
produto descartado, ao final de sua vida útil .Na
atualidade os projetista e os desenhistaspodem
avaliar anova
eletrônicaou
desenho
mecânico
em
serviço, pelos seus efeitosno meio
ambiente, saúde e segurança.15
International
Symposium
on
Eletronics&
the Environment,que no
modo
on-line,sistemas fortemente acessíveis calculam os rateios ambientais quantitativos,
com
os propósitos erecomendações
de altemativas de melhoramentos.O
sistema é usadodurante o projeto de desenho pelos grupos de desenho e para consultas posteriores
em
tempo
real.Segundo
seusargumentos
depreende-se que a essência da contribuição daACV
é a avaliação da relevância ambiental,econômica
e implicações tecnológicas demateriais, processos
ou
produtos, na geração de resíduos ao longo da duração de toda asua vida.
Os
beneficios advindos de tal forma de análise permite que os produtos sejaminvestigados desde sua
origem
como
matéria-prima, até suamorte ou
desaparecimento.2.1.4 - Responsabilidade pela Poluição Ambiental
A
- ConceitosAs
tentativas de entender o que ocorre efetivamenteem
termos de danosambientais e preservação
do meio
ambiente, nosconduz
ao conceitode
poluição ambientalcomo
o seguinte:A
idéia de poluição ambientalabrange
uma
série de aspectos,que vão
desde
a
contaminação do
ar, das águas edo
solo,a
desƒiguraçãoda
paisagem, erosão de
monumentos
e construções atéa contaminação da
carne de aves
com
hormônios
(Fellemberg, 1980, p.Ol).Entre as causas desses fenômenos, pode-se encontrar todos os processos de
industrialização, de utilização dos recursos naturais e
do
contínuoaumento
populacional,
que
forçauma
crescente produção de alimentos.A
Legislaçao Federal vigenteno
Brasil coloca deforma
clara e abrangente o quesão impactos ambientais.
A
ResoluçãoCONAMA
-
001,de
23 de janeiro de 1986,define
IA
como
sendo:(..) qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas
no
meio
ambiente, causadaspor
qualquerforma
de matériaou
energiaresultante
das
atividadeshumanas
que, diretaou
indiretamente, afetam:a)
à
saúde, segurança e obem
estar social; b) as atividades sociais eambiente; e e)
à
qualidadedos
recursos ambientais (Antunes, 1990,p.327).
O
enfoque adotado na criação dessa resolução está vinculada à idéia deonde
ou
em
quem
ocorre o impacto ambiental. Análises dos principais fatores de poluiçãoindicaram
que
além dos fatores antropogênicos de contaminação, (feito pelos sereshumanos)
também
devem
ser considerados os fatores naturais taiscomo
pó, pólen, osesporos, os terpenos, os microorganismos, os vulcões e os gêisers..
Em
geral, os poluentes são soltosno meio
ambiente sob aforma
de gases,particulados
ou
substâncias dissolvidasno meio
líquido.Ultimamente
os poluentesalcançam 0
meio
ambiente aquático através de diversas formas, incluindo a atmosfera eo próprio solo.
B
-Fonnas
de OcorrênciaSob
outro enfoque, Magrini (1990, p.86) apresenta as classificações dosimpactos ambientais,
com
uma
abordagem
voltada para a formacomo
ocorrem osimpactos das poluições:
a) diretos e indiretos,
b) de curto e longo prazo;
c) cumulativos e sinergeticos, e
d) reversíveis e irreversíveis.
Os
impactos diretos consistem na alteração de determinado aspecto ambientalpor ação direta
do
homem
e os indiretos são as alterações decorrentes dessesfenômenos.
Os
de curto prazo,como
ruídos por exemplo,aparecem no
inícioou
duranteum
projeto etendem
a desaparecer logo. Já os impactos de longo prazo,como
esgotamento de
uma
jazida,ou
mudança
no
leito deum
rio,têm
resultados que seprolongarão para sempre. Outra
forma
de acontecer os impactos, são os resultantesda
soma
de todos os efeitos deum
projeto sobre omeio
eque
sãodenominados
cumulativos.
'
Quanto
à possibilidade de voltar à condição original de antesde
acontecer oimpacto,
ou
seja reverter a situação, a realidadecomprova que
mesmo
tomando
medidasamenizadoras
ou
corretivas, nunca mais serácomo
antes.17
Algumas
regiõesdo
paístêm demonstrado
acelerado processo deindustrialização, aliado a
uma
forte expansão demográfica, trazendocom
estecrescimento
aumento da
riqueza,do
bem-estar social etambém
o agravamento dosproblemas ambientais
com
conseqüências bastante sérias.Os
resíduos são geradosno
meio
rural eno meio
urbano.No
meio
rural a exploração da pecuária e da agricultura,em
níveis de produção cada vezmais
elevados, criamuma
dependência massiva aosagrotóxicos, hormônios e outros venenos, para alcançarem produtividade
em
suasatividades.
A
política de produçãode
alimentos equivocada, aliada ao desconhecimentocultural, nos
pune
com
a destruiçãoda
Biota ecom
a introdução dos mutantes genéticosna cadeia alimentar.
Norris (1980, p.3) afirma
que numerosas
são as empresas de processos químicos quepoluem
omeio
ambiente e dentre essas pode-se citarcomo
exemplo
asque
produzem
produtos carboquímicos, gases combustíveis, gases industriais, carvãoindustrial, cerâmicas, cimentos, vidros, cloreto de sódio, cloro, barrilha, soda,
eletrolíticas, fósforo, potássio, nitrogênio, enxofre, ácido sulfúrico, reatores nucleares,
explosivos, produtos fotográficos, tintas, alimentos, agroquímicas, perfiimes, óleos sabões, açúcar, celulose e papel, plásticos, borracha, refinação de petróleo e indústria
farmacêutica.
Embora
gerando resíduosmenos
perigosos, as indústrias de processosnão
químicos,
também
poluem.Exemplos
bem
marcantes são as indústrias da construçãocivil, madereira, confecções, de
móveis ou
metal mecânica.Os
estabelecimentos comerciais e de serviços, tipicamente urbanos, são osresponsáveis pelo restante dos residuos que são gerados pelas empresas.
Como
exemplo
temos: lojas, bazares, restaurantes, bares, serviços de manutenção, shopping centers,magazines
e hotéis.Como
se não bastasse oenvenenamento
geralno meio
rural,também
o ambienteurbano
colabora para a destruiçãodo
planeta.O
Quadro
1 a seguir possibilitauma
melhor
visualização dos impactos.MEIO
ATIVIDADES
11\/IPACTOS
OU
RESÍDUOS
Rural
Pecuária
e AgrícolaUrbana
DomiciliaresComerciais
Serv. Particulares Serv. Públicos Industriais.Resíduos Sólidos: lixo e rec
.Hormônios
.Produtos veterinários
.Destruiçao
da
BiotaAgrotóxicos na Cadeia
Alim
.Destruiçao dos solos: deserti
Intoxicação
Humana
.Destruição cênica: paisagens
Assoreamento
dos rios.Esgotos .Ocupação
Desordenada
entarficação
e florestas iclaveis.Resíduos sólidos: papel, papelao, caixas
.Descaracterizaçao
Urbana
.Resíduos Sólidos.Contaminações
.Ocupação desordenada da cidade
.Execucao de serviços
sem
sincronia.Alterações paisagisticas
.Descaso
com
PatrimônioHi
.Resíduos Sólidos.Efluentes Líquidos .Emanações Aéreas
.Contaminaçoes das Pessoas
.Doenças Ocupacionais