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(1)13. comunicação mergulhavam no mesmo banho semântico, no mesmo contexto, no mesmo fluxo vivo de interação (LÉVY, 1997, s/r).. A escrita abriu um espaço de comunicação desconhecido pelas sociedades orais. Ou seja, os atores da comunicação não partilhavam necessariamente o mesmo espaço, não estavam mais em interação direta e expressavam-se por distâncias culturais ou sociais diferentes (LÉVY, 1997 s/r) Em sua perspectiva, Recuero (2000 s/r) enumera três grandes revoluções na História: a primeira grande revolução aconteceu quando o homem desenvolveu a linguagem, como tentativa de comunicar-se com seus semelhantes e sucesso na luta pela sobrevivência. A linguagem permitiu que a humanidade conseguisse transmitir o conhecimento adquirido, aperfeiçoando a forma de apreender o mundo pelas primeiras comunidades. Alguns séculos mais tarde, a linguagem teve seus sons codificados em símbolos ,1 e posteriormente em alfabetos. Com a criação desta nova convenção, teve início a civilização, como a conhecemos hoje. A escrita permitiu que o conhecimento ultrapassasse a barreira do tempo e que a mensagem pudesse existir independente de um emissor, podendo ser recebida, a qualquer momento, por alguém que soubesse decifrar o código. Permitiu também a organização linear do pensamento, base da inteligência e cultura dos séculos seguintes.. Com o mesmo contexto, Felici (2008, p, 21-22) estabelece que a humanidade passou, historicamente, por três grandes revoluções comunicativas, que evidenciaram a introdução de novas formas de sentir o mundo e de definir a realidade. A primeira revolução foi estabelecida com a substituição da cultura oral para a escrita, considerando, para isso, as primeiras inscrições em hieróglifos, no terceiro milênio a.C., no antigo Egito. A segunda, no século XV, na Europa, quando da invenção dos caracteres móveis e pelo surgimento da imprensa. Por último, na época da Revolução Industrial, no Ocidente, caracterizada pela cultura de massa e pela difusão de mensagens veiculadas pelos meios de comunicação eletrônicos. Pode-se falar em uma quarta possibilidade, a revolução “desse eterno mar de informações que é a web”. O mercado de internet, no Brasil, é composto por cerca de 43 milhões de pessoas, segundo dados do Ibope Nielsen Online, podendo alcançar os 50 milhões de internautas neste ano. O número leva em consideração apenas usuários acima de 16 anos. 1. Os primeiros símbolos descobertos foram os dos sumérios, datados do quarto milênio a.C., na região entre os rios Tibre e Eufrates, na Mesopotâmia..

(2) 14. De acordo com a pesquisa, a grande responsável pelo bom desempenho do setor é a entrada cada vez maior das classes C e D na rede. 2 Sabe-se que a mediação do mundo digital nos processos comunicativos desencadeia um conjunto de mudanças. Transformações em setores diversos se estabelecem em um ritmo acelerado. “A internet encerra um potencial extraordinário para a expressão dos direitos dos cidadãos e a comunicação de valores humanos [...]. Coloca as pessoas em contato com uma ágora pública, para expressar suas inquietações e partilhar suas esperanças” (CASTELLS, 2005. p. 135). Dessa forma, a aquisição de conhecimento é definida como “conjunto de declarações organizadas sobre fatos e ideias [...]” (CASTELLS, 2005, p. 64) e constitui o eixo principal do desenvolvimento das sociedades e organizações. No sentido de que a informação, em seu sentido mais amplo, é comunicação de conhecimento, e, portanto, ponto crucial a todas as sociedades. Como em qualquer segmento, fatores sociais, políticos, econômicos e culturais podem interferir no processo de absorção do conhecimento nessas áreas. Vistos por um lado, “os processos de comunicação delineados pelas transformações culturais moldam o pensamento e a sensibilidade dos seres humanos e propicia o surgimento de novos canais e ambientes socioculturais, em especial na hipermídia (LEMOS, 2008). Como diz o papa Bento XVI (2008), “novas tecnologias, novas relações – de cultura do respeito, de diálogo, de amizade.”. 3. Na contemporaneidade, o maior acesso ao conhecimento, a adoção gradativa das novas mídias, a produção e visibilização das informações são fatores que influenciam esse novo cenário. E “como a informação é parte integral de toda atividade, todos os processos da existência individual e coletiva são diretamente moldados pelo novo meio tecnológico” (CASTELLS, 2005, p. 108). Thompson sustenta que o desenvolvimento da mídia transformou a constituição da sociedade, criando novas formas de ação e interação e novos tipos de relacionamento social. Segundo o sociólogo Castells (2005, p. 69), as novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) possibilitam que todos estejam interconectados e integrados a um sistema que reafirma o valor e o poder da informação e do conhecimento.. 2. Cf. dados em: <http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&nome= home_materia&db=caldb&docid=DF1CAE890B4D16F88325746D00604588>. 3 Este é o tema escolhido pelo Papa para o 43º Dia Mundial das Comunicações Sociais, em 2009. Cf. em: <http://www.h2onews.org/_page_videoview.php?id_news=1189&lang=pt>..

(3) 15. Em outra visão, “as TICs não abrem caminho para a felicidade humana que imaginam os ciberotimistas, mas facilitam um salto na qualidade de vida nos países em desenvolvimento e uma reversão dos padecimentos que sofrem as nações periféricas” (KATZ, 2001 s/r). Em clima de avanços acelerados e a realidade mais compreensível para os indivíduos, cresce, também, o interesse acerca daquilo que sucede no âmbito da ciência e sobre a promoção e fomento para se adotar e mant er estilos de vida saudável. À respeito da divulgação científica no século XXI, a coordenadora de pesquisa da Cátedra UNESCO, Kreinz (2008 s/r) questiona: “Será que houve acréscimo na discussão do saber e da sociedade em benefício do ser humano com os ava nços da informática?” “O que se esconde por trás da aparente eficiência performática dos donos do poder representados por técnicos que dominam a sociedade informatizada?” A busca da vida plena e, por consequência, da saúde e da doença também fazem parte do desenvolvimento e da cultura dos povos. A doença é uma antiga e persistente acompanhante da espécie humana, que se pode constatar pelo exame de restos arqueológicos. E, ao pensar a saúde – de uma forma abrangente - “está se lidando com algo tão amplo como a própria noção de vida” (CZERESNIA, 2003. p. 46). Na agenda contemporânea, a comunicação em saúde é fundamental, diante de índices, divulgações e pesquisas que apontam para uma saúde sem educação e prevenção eficazes. Por meio de estratégias diversas e por diferentes mediações, busca-se responder à crescente necessidade que os indivíduos têm para melhor se informarem sobre patologias que os afetam diretamente e/ou compreender que o Estado tem o dever de promover melhores condições de vida e saúde. Embora em cada ato de comunicação de mensagens sobre a saúde há muito mais do que a absorção, ou não, de informações. Há complexos processos sociais de instituição de imaginários, de trocas de significados, de usos, de ressignificações, a partir dos quais a saúde e a doença adquirem sentido, se legitimam e se colocam em questão atores (médicos), temas, procedimentos e instituições para tratar delas (NATANSOHN, 2008. s/r).. Mas se diversas são as práticas comunicacionais, no que diz respeito ao campo da saúde a diversidade delas que procuram promover, manter ou recuperar a saúde tem estreita relação com as formações sociais e econômicas, os significados atribuídos e o conhecimento disponível em cada época..

(4) 16. Nos últimos tempos tem ocorrido uma verdadeira explosão no número de sites médicos, de divulgação e informação de ciência e promoção de saúde. Acredita-se, assim, que a incorporação de novas tecnologias no setor C& T, pode agregar o conceito de cidadania. Pensando no sentido de “aldeia global”, divulgar ciência na internet é divulgar conhecimento científico para todos os países - proporciona o intercâmbio entre este campo e a sociedade. Parece evidente, que, ao falar dessa amplitude, se considera que parte dos indivíduos não é atingida, já que o acesso livre é só uma possibilidade (aqueles que não têm acesso às novas tecnologias, por motivos diversos). Sabbatini ([R.], 2000) 4 pondera que, se por um prisma, a internet proporciona mudança radical de paradigmas a todos os aspectos da sociedade, por outro, tem um efeito de aumentar a consciência da comunidade médica e de outras instituições sobre o valor do acesso à informação. Do ponto de vista de quem produz as informações do campo científico e médico, se procura “traduzir”5 e contextualizar conhecimentos específicos e se tem por objetivo educar, orientar e informar o grande público sobre assuntos referentes ao temas de saúde. Como dizem especialistas, “informar sobre saúde - coletiva e pessoal - tem a ver com educação e sabedoria de vida”. Alguns estudos sugerem que existe uma relação significativa entre adoecimento e busca de informações sobre saúde (BERGER; WAGNER; BAKER, 2005 apud GARBIN et al, 2008.), isto é, indivíduos - ou familiares destes - atingidos por alguma enfermidade estariam mais propícios a buscar informações sobre determinada doença na rede. Mas, de uma maneira geral, de acordo especialistas, na atualidade houve um acréscimo por busca desse tipo de conhecimento. 6 Se a divulgação científica pela internet é uma nova força de divulgar ciência e saúde, percebe-se a presença do discurso da verdade nesses discursos. Naqueles que tratam de saúde, entende-se estes tanto nas formas tradicionais de transmissão de cultura científica, quanto àqueles que promovem a saúde. E promover saúde contribui para a integralidade dos indivíduos. Araújo e Cardoso (2007 apud SADALA, 2008. p. 1195) definem o campo comunicação e saúde como “espaço social e discursivo de natureza simbólica, permanentemente atualizado por contextos específicos e formados por teorias, modelos e metodologias [...], agentes, instituições, políticas, discursos, práticas, instâncias de formação, 4. Sabbatini é professor e diretor associado do Núcleo de Informática Biomédica da Universidade Estadual de Campinas (UINICAMP), colunista de ciência do Correio Popular e colunista de informática do Caderno Cosmo. 5 O termo é aqui empregado no sentido de um discurso novo, para que a mensagem seja melhor entendida. 6 Cf. em SABBATINI [R.]. Revista Informática Médica. Vol. 1, nº 3 – mai./jun de1998..

(5) 17. lutas e negociações”. A comunicação da saúde é eficaz quando utiliza mecanismos distintos em sua divulgação, ora voltando-se aos pares, ora ao público leigo em assuntos de ciência. Em outra abordagem, Beltrán (1995, p. 34 - tradução da autora) diz consistir comunicação para a saúde uma [...] aplicação planejada e sistemática dos meios de comunicação para mudança de comportamentos ativos da comunidade, compatíveis com as aspirações expressadas em políticas, estratégias e planos de saúde pública. Vista como processo social, é um mecanismo de intervenção para gerar, em escala múltipla, influência social que proporcione conhecimentos, forje atitudes e provoque práticas favoráveis ao cuidado com a saúde pública. Como exercício profissional, a Comunicação para a Saúde é o emprego sistemático dos meios de comunicação individuais, de grupo, de massa e mistos, assim como tradicionais e modernos como ferramentas de apoio à mudança de comportamentos coletivos funcionais , ao cumprimento de objetivos dos programas de saúde pública.. Nesse sentido, as mensagens podem ser vistas sob a luz do paradigma de difusão de inovações. Para Rogers (1983, p. 5-11), difusão é o processo pelo qual uma inovação é comunicada através de certos canais por meio de um período entre membros de um sistema social. [...] É um tipo de mudança social, definida como um processo pelo qual as alterações acontecem na estrutura e função de um sistema social. Quando novas ideias são inventadas, difundidas e adotadas ou rejeitadas causando certas consequências, a mudança social acontece.. Podem ser alterados, então, [...] o comportamento humano e os fatores ambientais relacionados com aqueles que, direta ou indiretamente, promovam a saúde, previnam enfermidades ou protejam os indivíduos de algum dano. E agrega o que se trata de um processo de apresentar e evoluir informação educativa, persuasiva, interessante e atraente, que resultam comportamentos individuais e sociais sãos (PINTOS, 2001, p. 123 - tradução da autora)..

(6) 18. Ou como também o ratificam, com propriedade, Marques de Melo (2005) e Natansohn (2008), que a difusão de inovações é uma das raízes da linha de pesquisa da comunicação para a saúde. 7 COE (1998, p. 27 apud PESSONI, 2005 s/r – tradução do autor) alega que “os elementos chave para um programa de comunicação para a saúde são o uso da teoria da persuasão, a investigação e a segmentação da audiência e um processo sistemático de desenvolvimento de programas”. Alerta-se que, embora interessante e importante, este viés não é centro de atenção neste estudo. Garbin (et al, 2008, s/r) reconhece um outro aspecto: o acesso à informação técnica e científica, aliado ao aumento do nível educacional das populações, tem feito surgir um paciente que busca informações sobre seu diagnóstico, doença, sintoma, medicamento, custo de internação e tratamento: “o paciente expert” – em uma espécie de empowerment (empoderamento).8. “Esta categoria corporifica a razão de ser da promoção à saúde, enquanto um processo que procura possibilitar que indivíduos e coletivos aumentem o controle sobre os determinantes da saúde para, desta maneira, ter uma melhor saúde” (WORLD HEALTH ORGANIZATION - Glossary of Health Promotion Terms, 1998). Sob outra perspectiva, também, pode-se falar em “e-health”. De acordo com a vicediretora da European Health Management Association (um rede européia de organizações de saúde), Petra Wilson, o termo caracteriza o desenvolvimento tecnoló gico na área da saúde e promete maior acesso ao cuidado, qualidade do cuidado, eficiência e produtividade. “E-health é uma maneira de pensar, é uma atitude diante da rede de informação em saúde”, resume (2004). 7. Natansohn desenvolve um trabalho interessante (UFBA), relatado no último ALAIC, sobre a experiência em análise de situação em comunicação comunitária e institucional, em planejamentos flexíveis e não normativos em comunicação e saúde comunitária. 8 O termo “empowerment” é um conceito complexo que toma emprestado noções de distintos campos de conhecimento. É uma ideia que tem raízes nas lutas pelos direitos civis, no movimento feminista e na ideologia da “ação social”, presentes nas sociedades dos países desenvolvidos, na segunda metade do século XX. Nos anos 1970, este conceito é influenciado pelos movimentos de autoajuda, e nos de 1980 pela psicologia comunitária. Na década de 90, recebe o influxo de movimentos que buscam afirmar o direito da cidadania sobre distintas esferas da vida social, entre as quais a prática médica, a educação em saúde e o ambiente físico. Informações em: CARVALHO, Sérgio R. Os múltiplos sentidos da categoria “empowerment” no projeto de Promoção à Saúde..

(7) 19. Há de se atentar que a maior parte das informações na área de medicina e ciência disponibilizadas na web ainda é dirigida para o público especializado. Mas, de qualquer forma, elas estão se multiplicando e leigos têm, cada vez mais, acesso a elas - o que pode colaborar para a prevenção de doenças e compreensão de assuntos pertinentes a essa área de interesse. E, por ser acessada individualmente, pode responder a dúvidas específicas, oferecendo a informação sobre medida, com o grau de profundidade que o usuário procura. “Estudos mostram que nos Estados Unidos há uma tendência dos sites de saúde crescerem em número muito mais rapidamente do que o uso geral da rede web” (SOARES, 2004 s/r). Quanto ao uso dessas informações, as sondagens trazem números expressivos. Relata Soares (2004, s/r), que uma pesquisa do Cyber-Dialogue/Internet Health Day 9 (1998) revelou que cerca de 52% dos usuários buscaram informação sobre doenças específicas ou condição médica. O restante dos indivíduos busca em áreas afins, tais como saúde da criança, dieta e nutrição, produtos farmacêuticos, forma física, etc. A Fundação Health on Net (HON). 10. , em. um estudo de 1998, revelou que nas buscas por temas de saúde o número de usuários do sexo feminino superou os do sexo masculino. Em outra análise, a partir de uma amostra telefônica, também nos EUA, com 800 usuários de internet e realizada em 1997, 73% dos que responderam ter acessado a internet em busca de informação de saúde disseram ter discutido a informação com outras pessoas, sendo que, desses, 50% o fizeram com médicos e outros profissionais de saúde. A maioria dos entrevistados acredita no valor desse tipo de informação, considerando-as “altamente valiosas”. De acordo com estudos de Soares (2004 s/r), ainda não se dispõe pesquisas consistentes sobre a realidade brasileira nesse tipo de busca, embora apareçam algumas delas. Este é um lado da questão. Em um país como o Brasil, a aplicação da internet à saúde enfrenta algumas limitações. E, quando se pensa na realização de campanhas de saúde, é preciso levar em conta que pode haver compartilhamento de informações. Os sites, individualmente, têm uma dificuldade relativa de se destacar na economia desse tipo de informação. “Na internet, como há um número astronômicos de sites, a comunicação acaba ficando em estado virtual, dependendo de que o usuário a solicite. Os provedores, sabedores desse 9. O Cyber-Dialogue é um instituto norte-americano responsável por pesquisas em áreas diversas, com ênfase na internet. Informações em: <http://findarticles.com/ p/articles/mi_m0EIN/is_2001_May_22/ai_74866702>. 10 A Health On the Net é uma fundação sem fins lucrativos, sediada em Genebra, e que tem como objetivos a implementação de projetos na internet, telemedicina, etc., que beneficiem o campo de saúde. Informações em: <http://www.informaticamedica.org.br/intermedic/n0101/site/hon_p.htm>..

(8) 20. fato, procuram destacar-se oferecendo “Portais”, com diversas atrações, de modo a garantir os acessos” (SOARES, 2004 s/r). Mittman e Cain (2001 apud SOARES, 2004 s/r) também relacionam como uma das dificuldades a qualidade variável da informação. Eles afirmam que as preocupações com a qualidade da informação, em certos aspectos, não é diferente em outros meios ou fontes, como conselhos de amigos e parentes, provavelmente as fontes mais comuns de informação de saúde. O que exacerba os problemas de qualidade da informação na internet são propriedades desse meio que a popularizaram: baixo custo e facilidade de publicação, que permitem a pessoas não habilitadas divulgarem ideias; anonimato; rapidez das mudanças nos sites, dispensando, muitas vezes cuidados com a confirmação das informações. Há, também, a possibilidade de ações fraudulentas internacionais, burlando as legislações nacionais.. Em outra perspectiva, em caráter mais amplo,. declarações de princípios contra a iniquidade social, a favor de uma sociedade saudável e socialmente justa, e que preconizam o “empowerment” de indivíduos e coletivos podem transformar-se em discursos vazios no momento em que não se discute as raízes dos problemas, nem se busca apontar alternativas ao status quo. Por meio desses artifícios, governos e instituições conservadoras podem legitimar suas práticas neutralizando, de passagem, proposições que questionam a ordem social (CARVALHO, 2004 s/r).. Neste contexto e tendo como referência Carvalho (2004 s/r), retoma-se a questão do “empowerment”, que “pode dar-se tanto em nível do coletivo quanto da relação intersubjetiva, podendo ocorrer em distintos espaços da ação sanitária, sejam eles o de promoção, de prevenção, de cura e/ou de reabilitação” (CARVALHO, 2004 s/r). Ele sublinha que o processo de ressignificação e repolitização do sentido do “empowerment” demanda uma postura ativa de enfrentamento das determinações macro e microssociais da iniquidade social, colocando em questão diferenciais de poder, porventura existentes na relação entre especialistas e não especialistas, entre populações de países ricos e desenvolvidos e de países pobres, entre homens e mulheres [...]..

(9) 21. Visto sob o âmbito desta pesquisa, o “e-paciente” é o ind ivíduo que busca apoio do profissional, mas antes procura saber sobre sua saúde na web, aqui vista como veículo de informação e com discurso especializado – “a ciência traduzida”. Há, portanto, um deslocamento da legitimação do discurso de poder do profissional (que tem competência técnica para prevenir e curar), para a interação verbal e o diálogo - em que participam o especialista e o principal envolvido, o sujeito/paciente - que deve entender (ter a exata representação), e se envolver com o processo saúde/doença.. Algumas abordagens do conceito saúde. “Até ao século XIX, quando se desconheciam as causas de muitas patologias ou os médicos dispunham de meios limitados para curar as doenças ou, mesmo, para combater o sofrimento, o conceito da saúde/doença se dava em função de uma atitude fatalista” (MENDES, 2008 s/r). Os serviços de saúde, públicos e privados, estavam estruturados para atender os doentes e responder às necessidades da população em termos de doença. “Saúde”, então, era entendida como “ausência de doença” e a prioridade era o controle da evolução de uma determinada patologia, quando ela existia. Já no início do século XX, “foi possível identificar novos agentes causais de doenças, fazer melhores diagnósticos, utilizar novos medicamentos e usar técnicas cirúrgicas mais seguras e com melhores níveis de recuperação” da saúde dos indivíduos (MENDES, 2008 s/r). Mas, na atualidade, os discursos são outros. Acredita-se que diversos são os discursos e os sentidos que se constroem sobre esta questão. “Em um discurso sobre saúde, múltiplos discursos são ordenados, não só pelas regras inerentes à prática jornalística, mas também segundo condições dadas pelo exercício do poder e pela ideologia que permeiam as relações sociais” (FERRARETTO, 2005, s/r). Na perspectiva da Organização Mundial da Saúde (OMS, Constituição de 1948), “saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não meramente a ausência de doenças”. É, portanto, “o recurso que permite às pessoas manter uma vida, individual, social e economicamente produtiva” (WHO, 1998. p. 1). Para que as pessoas possam viver com as suas necessidades satisfeitas, é necessário alertá-las, ensiná- las e, principalmente, inseri- las nos conceitos básicos da prevenção. Além das possíveis patologias que podem afetá- las, as pessoas também devem ser informadas sobre.

(10) 22. a melhor forma de tratá- las, para que possam perceber e sentir bem estar e ter “dignidade de vida”. A saúde, sendo uma esfera da vida de homens e mulheres em toda sua diversidade e singularidade, também foi beneficiada. É dever de todos e do Estado, cuidar da vida, de modo que se reduza a vulnerabilidade ao adoecer e as chances de que seja produtor de incapacidade, de sofrimento crônico e de morte prematura de indivíduos e da população, em geral (ANEXO 1 – Política Nacional de Promoção da Saúde, p. 5).. Para Mendes (2008, s/r), de um ponto de vista mais realista e dinâmico, a saúde não é uma condição, mas sim uma adaptação. Não é um estado, mas um processo que adapta o indivíduo ao meio ambiente físico e social, apesar das limitações pessoais, inerentes a alguma patologia ou à idade (declínio da vida). Mas saúde, antes de mais nada, é uma experiência individual. As formas como as pessoas percebem sua saúde e os meios como cuidam dela, são tão diversas quanto as diferentes formas de significar e experimentar a vida (RADLEY, 1994). Para determinados grupos sociais, as concepções de saúde se encontram em cinco categorias principais, a saber: Figura 1. Fonte: DUARTE, 1998. Ano de acesso: 2008.. Aqui pode ser citado estudo de Borges e Japur, no contexto do Programa de Saúde da Família (PSF). Em discussões de grupos comunitários coordenados por pesquisadoras,.

(11) 23. realizadas em 2002, foi introduzida ativamente três temas: 1) o que é estar com saúde; 2) o que é estar doente; 3) o que é cuidar da saúde. Algumas pessoas acreditam que “promover e estar com saúde tem significado de propiciar o estar de bem com a vida” - e “ter bons hábitos de vida contribui para se estar com saúde”. Já para outras, “uma boa alimentação e uma boa qualidade de vida corrobora para a promoção de saúde” (BORGES & JAPUR, 2005). A pesquisa foi delineada buscando favorecer uma aproximação ao cotidiano de uma comunidade alvo de um PSF, com uma área de abrangência de 1.300 famílias de um bairro de classe média baixa, de uma cidade de grande porte no interior do Estado de São Paulo. As discussões foram realizadas com cinco grupos comunitários, bastante heterogêneos com relação às características sociais e demográficas (BORGES & JAPUR, 2005.). “O que se entende hoje por saúde e doença foi surgindo do nada inicial, isto é, da incompreensão do homem primitivo dos fenômenos que o envolviam, suas causas e seus efeitos” (MENDES, 2008 s/r). De acordo com a Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) “saúde é a relação harmônica do individuo consigo mesmo, com a natureza e com os demais, na busca de uma tranq uilidade espiritual” (OPAS, 1º Seminário Municipal de Promoção da Saúde, abr. 2006). Acredita-se que muitos dos fatores que fragilizam a juventude, a maturidade e a velhice podem ser controlados e enfrentados com disposição, alegria e saúde. No entender de Fayard (2001), promover saúde é “a condição harmoniosa de equilíbrio funcional, físico e psíquico do indivíduo, integrado dinamicamente no seu ambiente natural e social”. Em suma, “a saúde tem múltiplas dimensões. Ela não é propriedade do indivíduo, mas o reflexo da interação do homem com o seu ambiente, e constitui parte do processo da sua vida do dia-a-dia” (SOUTELO, 1987 s/r). O 9º Congresso Mundial de Informação em Saúde (ICML 9, 2005) 11 , já alertara que “o Ministério da Saúde do Brasil tem o compromisso de, com equidade, promover saúde”. Partese do princípio que somente pela informação e conhecimento é que se aumenta a qualidade de saúde humana. Os congressistas recomendaram que essas informações devem ser de livre acesso a todos. Nesse sentido, as ações vão desde políticas de governos em prol do compartilhamento de informação, passam por tecnologias que possibilitem o acesso, e. 11. Cf. em: <http://www.icml9.org>..

(12) 24. envolvem mudanças de paradigmas na relação da sociedade com a sua saúde e seu conhecimento sobre saúde. O ano de 1996 foi um marco na consolidação dessa área de comunicação, quando o primeiro número do “Journal of Health Communication” definiu comunicação em saúde como um campo de especialização dos estudos comunicacionais. Inclui, ainda, os processos do “agenda setting”. 12. para os assuntos de saúde: o envolvimento dos meios massivos com a. saúde; a comunicação científica entre profissionais da biomedicina; a comunicação médico/paciente; e, particularmente, o planejamento e a avaliação de campanhas de comunicação para a prevenção da saúde (ROGERS, 1996). 13 As diversas concepções de saúde e doença que presidem as Políticas de Saúde assentam no paradigma positivista da medicina ocidental (modelo biomédico de saúde e doença). Para alguns analistas, tais como Santos (1987, s/r), “no universo cultural da medicina moderna”, a saúde constitui um elo para a conformidade social. Quanto ao termo doença, fundamentam-se paradigmas, tais como disfunção do corpo humano ou alterações físicas e/ou psíquicas dos indivíduos. Tendo como base essas abordagens, estabelecem-se, a seguir, a perspectiva e o foco de pesquisa, apresentados na figura 2.. Figura 2 – Perspectiva e foco da pesquisa. Internet. Web sites PNSCS. Prevenção de doenças e promoção de saúde?. PSCS - Portais Nacionais das Sociedades Científicas de Saúde Cardiol e Diabetes. 12. Agenda setting significa a fixação ou estabelecimento de agenda, ou seja, a agenda da mídia é formada pelo conjunto de temas que estão nos meios de comunicação em determinado período. 13 ROGERS, Everett. The field of health communication today: an up-to-date report. In: Journal of health communication - nº 1, fev. de 1996..

(13) 25. O olhar de pesquisadora, somado ao contato com o campo científico, apontaram alguns aspectos da análise que levaram à proposição das seguintes questões norteadoras da investigação, no contexto da comunicação em saúde: 1) Nos discursos de saúde na web, em especial nos Portais Nacionais das Sociedades Científicas CARDIOL e DIABETES, há prevenção de doenças e promoção de saúde, em sentido amplo? 2) Aparecem outros aspectos que possam configurar prevenção de doenças e promoção de saúde? 3) Ao escolher por questões consideradas relevantes para o público em geral, as informações são influenciadas ou podem influenciar a agenda das Políticas Públicas?. Partindo de uma concepção ampla do processo saúde/doença e de seus determinantes, entende-se promoção da saúde como “a articulação de saberes técnicos e populares e a mobilização de recursos institucionais e comunitários, públicos e privados para seu enfrentamento e resolução” (BUSS, 2000 s/r). A escolha dos sites se deu a partir dos critérios que diferenciam a produção das informações por cientistas e jornalistas – as do Portal do CARDIOL são elaboradas por especialistas, e o do DIABETES por uma equipe que desenvolve informações no âmbito da saúde, mas que tem os profissionais e Congressos da área como fonte. O recorte temporal de análise centrou-se no período de 1º de setembro a 1º de dezembro de 2008. O cotidiano da produção das informações foi escolhido aleatoriamente e, de maneira especial, nos dias comemorativos que privilegiaram a saúde cardiovascular e a dos diabéticos. A pesquisa foi pautada nos seguintes objetivos: GERAL: entender e refletir sobre aspectos dos novos recursos tecnológicos aplicados nas informações de saúde. Isto é, como os informativos disponibilizados pelos Portais das Sociedades Científicas de Saúde, na rede web, veiculam e tratam este tipo de informação. De maneira especial, procurar verificar como essa tecnologia propicia ou exige a criação de um novo discurso. ESPECÍFICOS: Conhecer as principais características dos Portais Nacionais das Sociedades Científicas CARDIOL e DIABETES - e o trabalho em termos de tratamento da informação desenvolvida por elas. Verificar como esses sites têm sido meio para a difusão do conhecimento científico e sobre prevenção de doenças e promoção de saúde, tanto em seu aspecto técnico, como no que diz respeito ao conteúdo das informações..

(14) 26. COMO METODOLOGIA - Para conhecer melhor a realidade dos Portais Nacionais de Saúde CARDIOL e DIABETES, optou-se, pela análise qualitativa. Os conceitos foram fundamentados. em. pesquisa. bibliográfica. de. publicações. pertinentes. ao. campo. comunicacional e que abordam as novas tecno logias da informação empregadas no sentido de promover e/ou divulgar saúde. COMO PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS - Verificação de algumas matérias informativas veiculadas nos sites CARDIOL e DIABETES. Esta abordagem tem o objetivo de caracterizar a estrutura, os recursos empregados em algumas matérias que compõe o corpora deste estudo. Como técnica para uma estratégia interpretativa foi utilizada a ANÁLISE DE DISCURSO FRANCESA (AD). Com a teoria e a metodologia da AD, pensada principalmente por Pêcheux, busca-se compreender as produções desse objeto de pesquisa em diferentes regiões discursivas, dent re elas os diferentes sentidos de saúde. Bem como a compreensão de marcas (indicadores) e de uma possível tecnologia da linguagem, e que pode funcionar discursivamente, no ambiente das TICs. Orlandi (2003) argumenta que por trás do discurso aparente, simbólico e polissêmico esconde-se um sentido que convém desvelar. Explica-se que sob o ponto de vista da QUALIDADE DA INFORMAÇÃO EM SAÚDE NA WEB, consideram-se “características intrínsecas, tais como responsabilidade, confiabilidade, objetividade, abrangência, precisão, capacidade de ser transmitida, suporte material” (CASANOVA, 1990. p. 42 apud NEHMY & PAIM, 1998, s/r). As pesquisadoras em Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Nehmy e Paim (1998, s/r), apontam que “o discurso da modernidade tem questionado a certeza do conhecimento”. Daí a possibilidade de “se utilizarem parâmetros permane ntes para o julgamento de qualquer proposição, seja ela de origem científica ou prática” (NEHMY & PAIM, 1998, s/r.). O tema da competência remete diretamente à certeza da qualidade da informação/conhecimento, na medida em que a própria palavra traz em si uma conotação de julgamento de valor. A ideia de valor equivale à qualidade. De qualquer forma, “é o usuário, quer individual quer coletivo, quem faz o julgamento da qualidade ou valor da informação” (WAGNER, 1990. p. 70 apud NEHMY & PAIM, 1998, s/r). Isto é, em última instância, o valor da informação depende do usuário e do contexto em que ela é vista. A ideia, então, é a identificação de filtros ou critérios relacionados com as categorias apresentadas pela organização norte-americana “Agency for Health Care Policy and.

(15) 27. Research” (AHCPR) 14 , por intermédio do “Health Information Technology Institute’ (HITI)15 e do Health Summit Working Group (HSWG) 16 e outras instituições. No Brasil, o Conselho Federal de Medicina, os Conselhos Médicos regionais e a Associação Médica Brasileira tentam efetivar condutas que regulamentem as informações do campo medicina/saúde divulgadas na web. O Conselho Re gional de Medicina de São Paulo (CREMESP) também estabeleceu alguns princípios éticos 17 e diz que:. a informação de saúde apresentada na internet deve ser exata, atualizada, de fácil entendimento, em linguagem objetiva e cientificamente fundamentada. Da mesma forma, produtos e serviços devem ser apresentados e descritos com exatidão e clareza. Dicas e aconselhamentos em saúde devem ser prestados por profissionais qualificados, com base em estudos, pesquisas, protocolos, consensos e prática clínica. Os sites com objetivo educativo ou científico devem garantir autonomia e independência de sua política editorial e de suas práticas, sem vínculo ou interferência de eventuais patrocinadores. Deve estar visível a data da publicação ou da revisão da informação, para que o usuário tenha certeza da atualidade do site. Devem citar todas as fontes utilizadas para as informações, o critério de seleção de conteúdo e a política editorial, com destaque para nome e contato com os responsáveis (CREMESP, 2000).. E, mesmo que estes critérios ainda não sejam adotados como padrão no país, a preocupação deste Conselho fica bem evidenciada pelos pontos principais mencionados. O advento da tecnologia da informação, aplicada ao processo de publicação/divulgação de trabalhos científicos, proporcionou maiores facilidades para a revisão e a validação de textos por meios eletrônicos de forma mais dinâmica. Embora deva manter os mesmos “Princípios Reguladores de Qualidade dos Trabalhos Científicos” a serem divulgados. Sob outro aspecto, no entanto, “o sentido da palavra ‘publicação’, em termos eletrônicos, tem atualmente um novo significado, possibilitando, a qualquer pessoa com acesso à rede, a exposição dos seus trabalhos, com escasso ou nulo controle profissional sobre o que se está apresentando” (LOPES, 2004 s/r). Nesse contexto, os argumentos apresentados. 14. Agência do PUBLIC HEALTH SERVICE, estabelecida em 1990, para prover indexação, resumo, tradução, publicação e outros serviços que resultem na disseminação mais rápida e eficiente de informação sobre pesquisa, projetos de demonstração e avaliações referentes à assistência à saúde para indivíduos e entidades (públicas e privadas) envolvidos na melhoria da divulgação da assistência à saúde. 15 O HITI foi criado em 1996 pelo Mitretek Systems, Inc. e é uma organização que opera em prol do interesse público. Cf. em: <http://www.infolit.org/members/hiti.htm>. 16 Grupo de trabalho que tem por missão promover a qualidade e proteger contra fraudes das informações de saúde na internet. Cf. em: <www.bases.bireme.br/bvs/reuniao/dec02/rodbard/sld007.html>. 17 Cf. em: <http://www.saudeinformacoes.com.br/institucional_cremesp.asp>..

(16) 28. pelos Portais podem representar “fonte segura” (qualidade) de informações, pois provém das Sociedades Científicas de Saúde – cardiovascular e do diabético. A pesquisadora Lopes (2004, s/r) explica que os conteúdos das páginas institucionais (ou de quaisquer documentos) que são disponibilizados na rede web necessitam de filtros, para minimizar o excesso de informação tornada disponível. “Mas como determinar a qualidade dessa informação - descentralizada e flutuante?” Especialistas em informação têm apresentado, de forma independente, desde 1995, critérios ou filtros de qualidade para avaliação das páginas da rede web. No contexto da tecnologia eletrônica, Olaisen (1990 apud NEHMY & PAIM, 1998, s/r) propõe privilegiar o caráter qualitativo da avaliação da informação segundo um modelo onde aspectos usuais da qualidade são agrupados em quatro categorias: qualidade cognitiva, qualidade do desenho da informação, fatores referentes ao produto da informação e fatores relativos à qualidade da transmissão. A “qualidade cognitiva” é dependente de como a fonte é valorizada pelo usuário. As pesquisadoras Nehmy e Paim explicam que nessa categoria incluem-se os seguintes aspectos: credibilidade, relevância, confiança, validade e significado no tempo. A qualidade do desenho da informação incorpora fatores referentes à forma, flexibilidade e seletividade. Os fatores referentes ao produto da informação são: valor real e abrangência. Finalmente, os fatores relativos à qualidade da transmissão são definidos pelo critério da acessibilidade. O conjunto dos fatores e a relação entre eles configuram o que Olaisen (1990 apud NEHMY & PAIM, 1998, s/r) denomina de “processo de qualidade da informação”. Para a área da saúde, foram, também, definidas as seguintes categorias: credibilidade, conteúdo, apresentação formal do site, design (projeto estético), operacionalidade dos links, (operacionalidade e eficiência de uso), interatividade (controle do usuário), presença ou não de anúncios, seguindo princípios apresentados por Dias (2001) e no quadro de Lopes (2004):.

(17) 29. .. Figura 3. Fonte: LOPES, 2004. Assim, - para a determinação da credibilidade da informação são observados os seguintes atributos: a fonte de informação médica, com a visualização do logotipo e do nome da instituição e do responsável pela informação, bem como seu nome e titulação. Devem ser considerados, também, a atualidade da informação, relevância e revisão dos textos disponibilizados; - quanto ao conteúdo, a avaliação leva em conta a precisão e acurácia da informação, hierarquia de evidência, quadros de avisos com descrição das limitações, objetivos, cobertura, autoridade e atualidade da informação. São necessárias, também, a precisão das fontes e a completude da informação – isto é, os lados negativos registrados e declarações sobre os assuntos. - quanto aos links, os indicadores de qualidade são: seleção, arquitetura, conteúdo e links de retorno; - no critério design, os critérios são: acessibilidade, navegabilidade e mecanismos de busca internos; - quanto à interatividade, devem ser avaliados os mecanismos de retorno da informação, fórum de discussão e explicitação de algoritmos;.

(18) 30. - na categoria anúncio, os critérios de observação são os alertas. 18. À medida que o estudo for se desenvolvendo, vão sendo observadas algumas dessas categorias. Considera-se que outros aspectos configuram sobreposição de uso e avaliação de objetivação. da. base. de. julgamento. dos. dois. termos:. qualidade. e. valor. de. informação/conhecimento. Atenta-se para o fato de que à avaliação ainda podem ser agregadas outras dimensões (enfoques), tais como medida do uso e os efeitos da informação, mas para o momento, não é interesse da pesquisadora este viés. ANÁLISE DESCRITIVA - tem o objetivo de caracterizar a estrutura, os recursos empregados e o conteúdo de algumas das matérias que devem compor o corpora deste estudo, a partir da seleção de alguns critérios. Esta análise leva em conta os recursos verbais e não verbais das mensagens, uma vez que o meio internet também veicula uma linguagem especial – a da hipermídia. No entender de Motter, “a comunicação, ao por em ação a linguagem e seus produtos - os discursos -, refrata o ser e o parecer dos homens e as relações que estes estabelecem com o mundo, com os outros homens e consigo mesmo” (MOTTER, 2001. p. 12). Este tópico aborda três procedimentos: 1. CATEGORIAS DESCRITIVAS - leva em conta determinadas normas, a partir das quais foram elaboradas as categorias, com base nas definições dos autores: LAGE (2002) e MARCUSHI (2002). Devem ser selecionadas as posições discursivas ocupadas pelos autores dos artigos e notícias presentes nos sites (cientistas fontes, cientistas jornalistas, comentaristas, etc.), conteúdo, imagens e elementos não verbais. 2. GÊNEROS DIGITAIS EMERGENTES - a reflexão se dará a partir dos estudos do linguista Marcushi. De uma maneira geral, gêneros virtuais é o nome dado às novas modalidades de gêneros textuais surgidas com o advento da internet, dentro do hipertexto ele os chama de “gêneros virtuais emergentes”. Eles possibilitam, dentre outras coisas, a comunicação entre duas ou mais pessoas mediadas pelo computador (CMC). Neste contexto, esta forma de intercâmbio caracteriza-se basicamente pela centralidade da escrita e pela multiplicidade de semioses: imagens, sons, texto escrito (MARCUSCHI, 2002 s/r). No discurso eletrônico, podem ser observados, então: o propósito comunicativo do discurso; a natureza da comunidade discursiva; as regularidades de forma e conteúdo da. 18. HSWG - Human Subjects Working Group..

(19) 31. comunicação, expectativas subjacentes e convenções; as propriedades das situações recorrentes em que o gênero é empregado - incluindo as forças institucionais, tecnológicas e sociais que dão origem às regularidades do discurso. Os gêneros digitais emergentes, de acordo com Marcushi (2005, p. 13) são: ema il, bate papo virtual em aberto, bate papo virtual reservado, bate papo agendado, bate papo virtual em salas privadas, entrevista com convidado/s, aula virtual, bate papo educacional, vídeo conferência interativa, lista de discussão, endereço eletrônico, weblog (ou, simplesmente, blog). Aplicada à noção de comunidade virtual, a noção de gênero desloca o foco de questões como a natureza e o grau do relacionamento entre os “membros da comunidade”, para o propósito da comunicação. Marcushi (MARCUSHI, 2002 p. 14) considera três aspectos importantes na análise dos gêneros digitais emergentes: •. seu franco desenvolvimento e um uso cada vez mais generalizado;. •. suas peculiaridades formais e funcionais, não obstante terem eles contrapartes em gêneros prévios;. •. a possibilidade que oferecem de se rever conceitos tradicionais, permitindo repensar nossa relação com a oralidade e a escrita.. Com isso, fala ele, “o discurso eletrônico’ constitui um bom momento para se analisar o efeito de novas tecnologias na linguagem e o papel da linguagem nessas tecnologias” (MARCUSHI, 2002. p. 14). Neste estudo incorporam-se alguns termos que são específicos do campo de trabalho da informática e da web, a serem explicados conforme a necessidade. No que concerne aos blogs, claro está que eles ganham cada vez mais relevância no meio internet. As opiniões neles contidas influenciam dezenas, centenas ou até milhares de leitores. Mas isso varia de acordo com o conteúdo e o público que se propõe atingir. Nos discursos digitais que dizem respeito à saúde, eles agregam o valor de atuarem como interconexões necessárias, podem articular comunicação pública da ciência/saúde, cultura (muitos saberes) e acredita-se pode promover a cidadania ativa. 3. POSIÇÕES DISCURSIVAS DOS AUTORES (FONTES) DOS ARTIGOS - De acordo com Lage (2001), trata-se do lugar ocupado e da função dos discursos das fontes nesse estudo, dos artigos e notícias. •. Fontes - Devem seguir a classificação deste autor:.

(20) 32. 1) oficiais - mantidas pelo Estado, por instituições que preservam algum poder (juntas comerciais, cartórios de ofício) e por empresas e organizações (sindicatos, associações, fundações, etc. São as que têm, também, o conceito de representatividade. Pertencem a esta categoria, também, os cientistas, pesquisadores e técnicos cujos discursos representam as instituições governamentais de que fazem parte. 2) oficiosas: “são as reconhecidamente ligadas a uma entidade ou indivíduo, mas não estão autorizadas a falarem em nome dela ou dele” (LAGE, 2001. p. 63). a) independentes: “são as desvinculadas de uma relação de poder ou interesse específico em cada caso” (LAGE, 2001. p. 63.) b) primárias e secundárias - “primárias são aquelas em que o jornalista se baseia para colher o essencial de uma matéria e fornecem fatos, versões e números” (LAGE, 2001. p. 65-66). As secundárias são base de consulta para a produção de pauta. c) testemunhas e especialistas – as primeiras são as pessoas que viram, vivenciaram ou sentiram o fato. Já na categoria de especialistas estão os cientistas, pesquisadores, inventores e técnicos. •. Origem da pesquisa: local em que a pesquisa é desenvolvida. A origem pode ser nacional, internacional, nacional e internacional (desenvolvida em conjunto por pesquisadores nacionais e de outros países).. •. Origem institucional da fonte - definição da procedência do cientista/pesquisador. Isto pode conferir predominância dos trabalhos de determinadas assessorias de imprensa de instituições: Institutos Públicos e/ou Privados de Pesquisas, universidades, indústrias, ONGs, entidades de classe, agências de fomento e outras fontes não mencionadas nos artigos e/ou matérias.. •. De onde fala o cientista - trata-se de identificar onde o cientista está inserido, isto é, em qual ambiente de produção o cientista/pesquisador está (evento/congresso, local de trabalho, etc.).. •. Posição discursiva ocupada pelo especialista/cientista na matéria: identificação da função ocupada pela(s) fonte(s) da área, em relação às demais fontes.. •. Forças discursivas dos cientistas-fontes - O objetivo é comparar e analisar a relação dos conceitos e pontos de vista anunciados pela fonte especializada e pelo jornalista. Podem ser analisadas em dois aspectos: 1) se a informação do cientista corrobora a informação dos jornalistas; 2) se a info rmação do cientista contrapõe-se à informação dos jornalistas..

(21) 33. •. Papel discursivo - “Trata-se das posições que ocupam os participantes de uma determinada interação dialógica. É na interação que são construídos/negociados os papéis dos sujeitos”. O conceito é atribuído a duas concepções: 1) papel discursivo ocasional – refere-se à posição ocupada e à função desempenhada pelos participantes do diálogo; 2) papel institucional – refere-se aos papéis institucionalizados e estão em íntima relação com o status socia l dos participantes do processo dialógico.. Considera-se que “a seleção das fontes de informação se enriquece através da pluralidade de vozes e, ao mesmo tempo, da qualificação humanizadora dos possíveis entrevistados” (MEDINA, 2000, p. 37 – grifo da autora). Como já explicado, as reflexões agregam as considerações e os conceitos-chave da ANÁLISE DO DISCURSO DE LINHA FRANCESA (AD) – fundamental para a condução do processo analítico da pesquisa em destaque. “A expressão ‘Análise do Discurso’ aparece no início da década de 50, com o livro do norte-americano Zelig Harris, em que o autor aplica as categorias de análise da palavra à frase, em nível da cadeia de enunciado, que ele chama de discurso” (BACCEGA, 1998. p. 82). A nascente francesa da “Análise do Discurso” surge na década de 60 em que o contexto cultural é dominado pelo estruturalismo, que sofre o conflito de ter deixado sem resposta o estudo do sujeito e do sentido. Firma-se nos anos 70 do século XX, no seio de uma conjuntura intelectual que procurava refletir criticamente as relações entre lógica, filosofia e linguagem, para alicerçar os fundamentos da AD no materialismo histórico e propor uma perspectiva materialista das práticas da linguagem, em especial da formação dos processos discursivos. Os principais autores dessa corrente são Michel Pêcheux e Jean Dubois.. Percurso da dissertação. Este estudo foi desenvolvido em quatro partes, com enfoques reflexivos que buscam esclarecer qual o sentido (prevenção e promoção) das informações sobre saúde dos indivíduos no que tange o coração e os distúrbios metabólicos que apresentam, em comum, a hiperglicemia. O primeiro capítulo, intitulado A COMUNICAÇÃO NAS SOCIEDADES VIRTUAIS, aborda como se estabelece o processo comunicativo nos espaços de comunicação nos dias atuais. As novas tecnologias são focalizadas como uma ruptura nos modelos organizacionais e da valorização dos processos produtivos relacionados com o ser.

(22) 34. humano. Como enfoque central, a reflexão de quais e como são as formas de comunicação disponíveis na formação das sociedades virtuais. São abordados, também, os principais gêneros emergentes no meio digital, bem como o papel do discurso nos weblogs ou, simplesmente, blogs. No segundo capítulo, DIVULGAÇÃO DA CIÊNCIA E O JORNALISMO CIENTÍFICO NO SÉCULO XXI apresentam-se os desafios e tendências da divulgação de ciência, na modalidade de jornalismo científico. As abordagens contemplam tópicos que falam dos trabalhos dos cientistas para o grande público, para que uma melhor informação em saúde se estabeleça. Reflete-se sobre os desafios e tendências do jornalismo científico na atualidade, bem como se abordam as novas possibilidades que se abrem com a internet para a divulgação de ciência, tais como utilização de infográficos, blogs e outros recursos da web 2.0. Apresenta, também, aspectos da divulgação de ciência que podem impossibilitar a compreensão desse assunto - daí a importância de se considerar as questões e marcas linguísticas envolvidas no processo comunicacional. A perspectiva teórica que fundamenta a abordagem do terceiro capítulo, POLÍTICAS PÚBLICAS EM PROMOÇÃO DE SAÚDE NO BRASIL postula que a área está organizada dentro de parâmetros que consideram a prevenção de doenças e a promoção de saúde. Mas a realidade que se apresenta é diversa da intenção. O âmbito da saúde nem sempre ocupou lugar de destaque no governo, ficando, na maioria das vezes, em plano secundário. Crises no setor vêm de longa data e continua presente no dia-a-dia da sociedade, independente do regime de governo vigente. Há escassez de recursos financeiros, materiais e humanos, para manter os serviços de saúde operando com eficiência e equidade para os envolvidos. Nesse sentido, é premente que a agenda de Políticas Públicas privilegie a área, recuperando, reorganizando, descentralizando e modernizando a capacidade operativa do sistema. Além disso, lançar estratégias que possam envolver a participação de todos os segmentos da sociedade. Já. no. quaro. capítulo,. CARDIOL. E. DIABETES:. PANORAMA. DAS. ESTRUTURAS E DISCURSOS INSTAURADOS, a análise apresenta-se em etapas que identificam as construções discursivas que lidam com a temática de prevenção de doenças e promoção de saúde. Aponta os posicionamentos que as pessoas envolvidas ocupam dentro da estrutura de direitos e deveres propostos; a forma em que a relação entre construção discursiva e posicionamentos envolvidos abrem ou fecham possibilidades de ação (silêncios) e de certos tipos de práticas em detrimento de outras. E identifica a relação entre posicionamentos e formas de subjetivação que estes podem gerar entre os participantes..

(23) 35. Contextualização sobre os fatores que contribuem para a saúde do coração e sobre o diabetes mellitus. Em todo o mundo, segundo o diretor do setor de pesquisas da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), Dr. Álvaro Avezum, 19 são aceitos seis fatores que contribuem para os riscos de DOENÇAS CARDIOVASCULARES, a saber, na ordem: 1) alteração do colesterol – LDL alto, chamado de colesterol ruim, e o HDL baixo, chamado de colesterol bom; 2) cigarro; 3) diabetes; 4) pressão alta; 5) obesidade abdominal; 6) estresse e/ou depressão. Os fatores protetores a elas são: atividade física regular (no mínimo três vezes por semana durante uma hora) e comer verduras e legumes diariamente. Em classificação da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), os fatores de risco são divididos em fatores de risco modificáveis (comportamentais e ambientais): tabagismo, hipertensão arterial, diabetes mellitus, inatividade física, obesidade, estresse, nível elevado de colesterol; e os não modificáveis (genéticos e biológicos): idade, sexo e hereditariedade.. Figura 4. Impacto Econômico das Doen Doençç as Cardiovasculares no Brasil-1998. ü 65% do total de óbitos na população adulta (30-69 anos). ü40% das aposentadorias precoces têm como causa estas doenças, segundo o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). ü14% das internações na faixa etária de 30-69 anos (1.150.000/ano). 12. Fonte: III Fó rum Global para Prevenção e Controle de Doenças não Transmissíveis (nov. de 2003).. 19. Cf. em: FOLHA online, 23 set. 2008.

(24) 36. Aspectos da pesquisa “Corações do Brasil”, desenvolvida pela SBC em 2005, constatam que “a saúde do brasileiro não anda nada bem”. Segundo um dos membros da SBC, Raimundo Marques do Nascimento Neto, o diabetes é um dos fatores de risco mais preocupantes, pois está diretamente relacionado ao aumento da mortalidade ocasionada por eventos cardiovasculares. Ele acredita que os resultados do estudo sejam fundamentais para a definição de Políticas Públicas para a Saúde 20 . Os dados mostram que 13% da população fazem uso diário de bebida alcoólica (a região sudeste tem o maior percentual do país), 83% dos brasileiros são sedentários (no nordeste este índice chega a 93%), 25% fumam e 14% das pessoas apresentaram níveis de triglicérides acima do considerado normal. “São constatações alarmantes que comprovam por que o Brasil tem tantas mortes por doenças cardiovasculares - cerca de 300 mil por ano”, explica Nascimento Neto. Outro aspecto importante diz respeito ao sedentarismo, e embora os Estados do sul tenham o melhor índice do Brasil, onde 83% da população não se exercitam 77,4% dos gaúchos, catarinenses e paranaenses reconhecem que não praticam atividade física. Os números, portanto, indicam uma urgente necessidade de mudança nas Políticas de Saúde Pública, de assistência social, de projetos educacionais e de todo o processo administrativo social do país. Além disso, ele diz que o debate sobre a fome do Brasil tem que ser muito ampliado. “Sabemos que existe uma grande parcela da população brasileira que passa fome, outra que, mesmo alimentada terá por um erro alimentar um aumento percentual muito elevado no futuro próximo da incidência das doenças cardiovasculares”. O grupo que coordenou o “Corações do Brasil” fez uma proposta ao Ministério do Desenvolvimento Social, que cuida do programa “Fome Zero”, para que seja construído “Fome Zero, Coração dez”. Já o DIABETES MELLITUS (DM) não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam, em comum, a hiperglicemia. Es ta, é o resultado de defeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambos. “O Censo Brasileiro de Diabetes (1988) mostrou uma prevalência de 7.6% de pessoas com diabetes na população brasileira de 30 a 69 anos. Destes, cerca de 50% não sabem que têm diabetes” (SBD, 2005). A pesquisa foi feita no período de 1986 a 1988, em nove capitais brasileiras (Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Recife, João Pessoa,. 20. Cf. em: <http://prevencao.cardiol.br/noticias/default.asp?sessao=8&noticia=80>..

(25) 37. Fortaleza e Belém), através de medidas diretas de glicemias realizadas em domicílios sorteados ao acaso. De acordo com pesquisa do IBGE, de 2007, estima-se que cerca de 6% da população brasileira são portadores de diabetes. Dados mais completos estão na seguinte tabela: Figura 5. Fonte: IBGE. Avalia-se que o número de indivíduos diabéticos está aumentando devido ao crescimento e ao envelhecimento populacional, à maior urbanização, à crescente prevalência de obesidade e sedentarismo, bem como à maior sobrevida dos pacientes com DM (DIRETRIZES SBD, 2007. p. 8). Os grupos de risco com fortes probabilidades de se tornarem diabéticos são: • pessoas com familiares diretos com diabetes; • homens e mulheres obesos; • homens e mulheres com tensão arterial alta ou níveis elevados de colesterol no sangue; • mulheres que contraíram diabetes gestacional na gravidez; • crianças com peso igual ou superior a quatro quilogramas à nascença; • doentes com problemas no pâncreas ou com doenças endócrinas.. Estabelecem-se prevenções importantes: praticar exercício com regularidade, não fumar; não engordar; controlar a tensão arterial, manter os níveis de colesterol e triglicérides controlados e dentro dos parâmetros aconselhado pelos médicos..

(26) 38. REFERÊNCIAS. AMOSSY, Ruth (org.). Imagens de si no discurso: a construção do ethos. (Trad. de Dílson F. da Cruz; Fabiana Komesu e Sírio Possenti). São Paulo: Editora Contexto, 2008. ANOTAÇÕES elaboradas a partir do “Curso de Extensão de Análise do Discurso” ministrado pelo Prof. Dr. Dominique Maigueneau. Salvador, agosto de 2008. ARAÚJO, Inesita Soares de. Mercado simbólico: interlocução, luta, poder: um modelo de comunicação para Políticas Públicas. Rio de Janeiro; 2002.. Tese [Doutorado em. Comunicação e Cultura] – Escola de Comunição/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). ASSESSING the Quality of Internet Health Information. Summary. Disponível em: <http://www.ahrq.gov/data/infoqual.htm>. Data de acesso em: 04 de janeiro de 2009, às 20h25. AUTHIER-REVUZ, Jaqueline. Dialogismo e divulgação científica. In: RUA - Revista do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade . Unicamp – Nudecri. Campinas, SP, nº 5, março de 1999. AYRES, J.R.C.M., FRANÇA JUNIOR I; CALAZANS, G.J., SALETTI FILHO, H.C. O conceito de vulnerabilidade e as práticas de saúde: novas perspectivas e desafios. In: Czeresnia D., FREITAS, C.M. (orgs.). Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003. BAKHTIN, M. M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1997. BELTRAN, Luis Ramiro. Salud pública y comunicación social. Revista Chasqui, julio de 1995. p. 33-37. BENVENISTE, Émile. Problemas de lingüística geral. São Paulo: Editora Nacional, 1996. BORGES, C. C & JAPUR, M. Promover e recuperar saúde: sentidos produzidos em grupos comunitários no contexto do Programa de Saúde da Família. Revista InterfaceComunicação, Saúde e Educação. Vol. 9, nº 18, 2005. p. 507- 519. BRANDÃO, Helena N. Introdução à análise do discurso. 8 ed. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2000. BUSS, Paulo Marchiori. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciência & Saúde Coletiva, vol.5 nº 1. Rio de Janeiro, 2000. p. 163-177. CARVALHO, Sérgio R. Os múltiplos sentidos da categoria “empowerment” no projeto de Promoção à Saúde. In: Cad. Saúde Pública, vol. 20, nº 4 Rio de Janeiro, july/ag. 2004. Disponível em:.

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