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Impacto agroambiental: perspectivas, problemas e prioridades. - Portal Embrapa

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Academic year: 2021

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Perspectivas Problem as Prioridades

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Nota sobre os autores

Tarcízio Rego Quirino, Sociólogo (Ph.D.) e Historiador (Bach. e Lic.), é Pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna, São Paulo. Foi Coordenador de Estudos Estratégicos e Pesquisador do Departamento de Recursos Humanos da Embrapa, em Brasília, DF. Trabalhou no ISNAR (International Service for National Agricultural Research,Haia,Holanda) em conexão com o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária do Senegal. Exerceu atividades docentes em nível de pós-graduação nas Universidades Federais de Pernambuco, Minas Gerais e na Universidade de Brasília.Tem publicado sobre Sociologia Ambiental, Recursos Humanos, Planejamento e Administração de C&T, Organizações e Ocupações.

Luiz José Maria Irias, Economista Agrícola (Ph.D.) e Engenheiro Agrônomo (Grad.), é Pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna, São Paulo. Foi pesquisador do Departamento de Estudos e Pesquisas da Embrapa, Brasília. Coordenou o Programa de Pesquisa da Embrapa com o IFPRI (International Food Policy Research Institute, Washington, D.C., EUA) sobre modernização tecnológica na agricultura brasileira. Foi coordenador e pesquisador em economia agrícola no CEA (Centro de Estudos Agrícolas da Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro) e na ABCAR (Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural, Brasília). Tem publicado sobre Economia Agrícola, Avaliação de C&T, Prospecção e Gestão Ambientais.

James Terence Coulter Wright, Doutor em Administração de Empresas, é Professor da Universidade de São Paulo (USP), pesquisador do Programa de Estudos do. Futuro da Fundação Instituto de Administração e Diretor Financeiro da mesma Fundação. É Professor de Política dos Negócios do Departamento de Administração da Faculdade de Economia e Administração, onde implantou e coordena o Programa MBA-Executivo Internacional. Tem publicações nas áreas de Metodologia de Previsão Tecnológica, Tomada de Decisão e Planejamento em Grupo com o Apoio de Computador. Participou do Projeto FLORAM (Florest and Environment), tendo recebido por ele a Medalha de Ouro Thomas Kuhn da International Union of Air Pollution Prevention and Environmental Protection Associations e da International

Academy of Science.

“Este livro tem o mérito de ser duplamente um diagnóstico e uma plataforma de medidas viáveis. Não se trata, como tão freqüente nesta esfera de análise, de mera problematização da realidade. Aqui se encontra um verdadeiro plano mestre para, entre outros avanços, reverter a imagem do Brasil no exterior como vilão ambiental.

Seria de grande proveito que a obra Impacto Agroambiental ultrapassasse a sua função de sensibilizar os estudiosos da questão abordada e chegasse às áreas definitivamente reponsáveis por nossas grandes linhas estratégicas. A conscientização aqui proposta não deve esgotar-se no circuito produtor rural/técnicos/cidadãos. Esperamos que al­ cance, mais além dessa escala, os núcleos que decidem as nossas políticas agrárias e fixam as suas prioridades.”

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F U N D A Ç Ã O I N S T I T U T O D € A D M I N I S T R A Ç Ã O

F I A - f 6 A / U S P

EDITORA EDGARD BLÜCHER

l t d a.

ISBN 85-212-0173-7

(3)

© 1999 Tarcízio R. Qiiirino

Luiz. J. M. Irias James T. C. Wright

1- edição -1999

E proibida a reprodução total ou parcial po r quaisquer meios sem autorização escrita da editora

EDITORA EDGARD BLÜCHER LTD A. Ruci Pedroso Alvarenga, 1245 - cj. 22 04531-012 - S. Paulo - S P - Brasil Fax: (011) 852-2707 e-mail: eblucher@internetcom.com. br

Impresso no Brasil Printed in Brazil

^ O o iR c rrO ^

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M a ria J o s é B e tâ n ia e R ic a rd o T a rc íz io Jr. V a lq u íria ; R e g in a A n a C la u d ia A n a C ristin a R o d rig o L e o n a rd o ; A n a M a ria V iv ia n n e W illia m R o b e rt d e d ic a m o s .

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A Lei de Direito A utoral (Lei li0 9.610 de 19/2/98) no Título VII, Capítulo II diz — Das Sanções Civis:

A rt. 102 O titular cuja obra seja fraudulentamente reproduzida, divulgada ou de qualquer forma utilizada, poderá requerer a apreensão dos exemplares reproduzidos ou a suspensão da divulgação, sem preju­ ízo da indenização cabível.

A rt. 103 Quem editar obra literária, artística ou científica, sem autorização do titular, perderá para este os exemplares que se apreenderem e pagar-lhe-á o preço dos que tiver vendido.

Parágrafo único. Não se conhecendo o número de exeijiplares que constituem a edição fraudulenta, pagará o transgressor o valor de três mil exemplares, além dos apreendidos.

A rt. 104 Quem vender, expuser à venda, ocultar, adquirir, distribuir, tiver em depósito ou utilizar a obra ou fonograma reproduzidos com frau­ de, com a finalidade de vender, obter ganho, vantagem, proveito, lucro direto ou indireto, para si ou para outrem, será solidariamente responsável com o contrafator, nos termos dos artigos precedentes, respondendo como contrafatores o importador e o distribuidor em caso de reprodução no exterior.

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Tarcízio R. Q uirino Luiz J. M . Irias Jam es T . C . W right

Com Geraldo Stachetti Rodrigues, Isis Rodrigues, Francisco Miguel Corrales, Elaine C. Dias, Alfredo]. B. Luiz e Isabela Passos Cavalcanti

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A imagem do Brasil

na mídia

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1 - A reversão de uma imagem negativa

Em se admitindo que a agropecuária brasileira tem obtido avanços em relação à con­

servação ambiental, é justificável que se procure reverter a imagem que a imprensa preco­

niza, de um Brasil onde descaso para com a natureza é a regra (Siqueira, 1992; Oliveira,

1996). A importância desse objetivo eleva-se quando se considera que, se a imagem for de

austeridade e seriedade para com a causa ecológica, mais atraente ao produtor rural será

aderir, e mais temeroso será transgredir. Nesse sentido é importante observar-se que, com

o controle do discurso, a mídia tem o poder de manipular opiniões e moldar o comporta­

mento humano (Gamson e Modigliani, 1989; Ramos, 1996).

Para examinar este tema, foi incluida na segunda rodada do questionário Delphi a

guestão sobre “Que estratégias poderian ser usadas para reverter esta imagem [de vilão

ambiental].

A indagação foi feita nas mesmas condições metodológicas descritas no incío do capí­

tulo 7. Cinco respondentes (8%, Tabela 8.1) discordam da afirmação de que o Brasil é tido

na mídia como um vilão ambiental, por ter adotado medidas de controle ambiental sufici­

entes para reverter essa imagem, como reforma agrária e programas de produção susten­

tável na Amazônia. Para esses respondentes, o Brasil vem investindo e se adequando a pa­

drões aceitáveis, e o problema é mais político que tecnológico.

"É um pouco exagerado, pois a maior parte do mundo nem sabe onde fica o

Brasil." "Essa visão é aparente. As pessoas mais esclarecidas conhecem a reali­

dade."

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Sessenta respondentes (91% ) concordam que o Brasil é apresentado como vilão am ­ biental. Dois desses pensam não ser possível evitar ou reverter esse quadro d iante da atual política in tern a e pressão internacional. Por outro lado, 58 respondentes (88% do total, Tabela 8.1) propõem alternativas para reverter essa imagem. Por ser um a vitrine do Brasil para o m undo, a Am azônia m erece especial atenção de alguns respondentes. Propõe-se um controle rigoroso das queim adas por meio de sensoriam ento rem oto, e punição severa dos eventuais infratores; e restrição à expansão da fronteira agrícola, com um a interessante idéia de prem iar com crédito o aum ento da produtividade, evitando a incorporação de no ­ vas áreas à atividade produtiva.

Tabela 8.1 - P osição d efin id a p elo s resp on d en tes do q u estion ário D elphi a r es­ p eito da im agem difundida na m ídia, de um Brasil caracterizad o com o vilã o am biental.

Concordam que a mídia difunde a imagem de vilão am biental Discordam que a mídia difunde a imagem de vilão ambiental

Abstenção Total Geral

60 5 1 66

Concordam que a mídia difunde a imagem de vilão ambiental Não crêem ser possível reverter essa imagem

devido à política interna e pressão internacional

Propõem estratégias para reverter essa

imagem

Total

2 58 60

Que estratégias poderiam ser recom endadas para rev erter a im agem na im prensa de um Brasil que age com descaso p ara com o meio am biente?

Três estratégias podem ser discernidas entre as sugestões dos painelistas. A prim eira reconhece que o Brasil tem feito esforços para m elhorar as práticas am bientalm ente noci­ vas e concentra as sugestões nos aspectos de percepção d a situação pelo público internaci­ onal ("um bom trabalho de m arketing", "maior espaço n a m ídia brasileira"). Exemplos de sugestões:

''Não é tan to assim. O Brasil vem dando sinais positivos p ara m u d ar sua im a­ gem. Tem im portantes participações em eventos técnicos internacionais, e as em presas'vêm se adeq u an d o ao gerenciam ento am biental e obtendo certifica­ ções am bientais."

"Através de propagandas m ostrar que temos nos preocupado com a preserva­ ção do m eio am biente."

"M ostrar que os desm atam entos no norte do país já foram contidos."

"Convênios com organism os internacionais financiadores e realizadores de pesquisas [...] que com provem o contrário e sua po sterio r divulgação in te rn a ­ cional."

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A segunda estratégia procura revidar e diluir a culpa do Brasil, com arg u m en to s como:

"Quem não é vilão neste planeta? De onde vêm as tecnologias aqui utiliza­ d as?1'

"O Brasil não é tão m enos vilão que os Estados Unidos, ou outros países, por exem plo. A única forma de acabar com essa im agem é através de propagan­ da."

"Maior divulgação do fato de que en quanto houver m ercado no Prim eiro M un­ do p ara m adeira, peles, anim ais silvestres, será difícil co n tro lar a devastação aqui."

"...ataque aos acusadores, pois estes ainda são os que mais poluem ."

A terceira estratégia, a dom inante entre os painelistas, assum e abertam ente (com o na citação a seguir) ou de form a velada (como na m aioria dos com entários) a culpa p a ra o Brasil:

"Não h á com o rev erter um a imagem negativa quando esta se aproxim a m uito d a realidade. É o caso do trabalho escravo, do trabalho infantil, do m assacre em E ldorado dos Carajás, que retratam o lado m ais cruel das desigualdades sociais que, por su a vez, confundem -se com os problem as am bientais. A e stra­ tégia m ais concreta é com eçar a fazer prevalecer, neste país, o estado de direi­ to, não o dos poderosos."

A p artir daí, sugere atacar problem as que têm servido de fu n d am en to p ara a indese­ jável im agem : As queim adas na Am azônia precisam ser controladas com a ajuda de técni­ cas de sensoriam ento rem oto e podem ser aliviadas com a im plantação de reform a agrária que conte com program as de produção sustentável. A expansão de fronteiras agropecuári­ as deve ser desen co rajad a ou proibida com m aior investim ento em program as de educação am biental. A política agrícola deve estar voltada p ara o p ro d u to r fam iliar e o desenvolvi­ m ento ru ral participativo. A criação de "tradings" estaduais p a ra p ro d u to s "verdes" será um apoio de grande u tilidade p ara tal organização da produção rural.

"No que concerne às atividades extrativistas, um a cooperação internacional que possibilite o m anejo adequado dos recursos natu rais e tam b ém um a au d i­ toria in ternacional no m anejo pecuário."

A educação é sugerida como meio de conseguir capacitação e qualificação dos dife­ rentes segm entos da produção agropecuária, realizada como program a governam ental, e tam bém como educação agroam biental e conscientização d a população.

A m udança n a im agem pode ainda ser aju d ad a com leis que incentivem a conserva­ ção dos recursos, ou:

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" Através de legislação sim ples, racional e inteligente. Deve-se fazer valer esta legislação" com o "aum ento de fiscalização de parques", "com a punição severa de infratores", com "créditos vantajosos para investim entos em aum ento de produtividade", "incentivos fiscais e isenção de impostos" ou "conscientização dos produtores, lim itação do acesso ao crédito rural, fiscalização e aplicação da lei", especificam ente "cum prim ento da legislação ambiental". "O problem a é mais político e ju d icial que tecnológico."

Algumas das sugestões são abrangentes, transcendem a agricultura, o ru ral e o ecoló­ gico, tornando-se, assim, program as políticos nacionais:

[Adotar] "a estratég ia de redistribuição de renda, oportunidades e cidadania, a fim de o p o rtu n izar o desenvolvim ento integrado da sociedade pelo d esen ­ volvim ento integral de cada indivíduo." "Investir mais no social, acabar com a m iséria, as favelas, a te n d e r os sem -terra." "Educação, desenvolvim ento econô­ mico, m elhoria d a qualidade de vida da população."

O utras identificam aspectos esquecidos ou pouco considerados ("reparação d e áreas degradadas e reciclagem do lixo"), inclusive os indispensáveis aspectos organizacionais e de suporte econôm ico a program as e atividades, tais como reestruturação e investim ento para m odernização de instituições fiscalizadoras, de desenvolvim entp, e d e ensino e pes­ quisa, assim como fiscalização às áreas indígenas, divulgação de experiências bem sucedi­ das e trabalhos de extensão rural.

Finalm ente, foram sugeridos meios concretos de atingir e controlar a q ualidade nas organizações de produção, tais como "aplicação sistemática das ISOs por p arte das em p re­ sas brasileiras" e tam bém no país, com "melhores políticas ambientais" e o

"desenvolvim ento e aplicação de um a política agrícola adequada ao atu al q u a­ dro do Brasil, ou seja, considerando as limitações dos recursos existentes, identificação, aplicação e divulgação dos indicadores."

"É preciso colocar indicadores objetivos n a negociação política e identificar a origem do "capital" poluidor. Esse é sobretudo um problem a de econom ia polí­ tica."

Uma visão m enos otim ista sim plesm ente não põe fé na possibilidade da solução abrangente

"Essa situação só p o d eria ser revertida se o governo brasileiro tivesse algum a preocupação m ais c o n tu n d en te nessa área, m as isso não ocorre porque ele sem pre se preocupa [apenas] com os problem as internos, que já são muitos."

ou, por acreditar que a situação tem um a lógica própria de desenvolvim ento, acha que este dificilmente poderá ser afetado antes de sua hora, ainda mais quando n ad a se faz p a ra tal:

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"À m edida que o Brasil tiver que en fren tar a concorrência internacional pela procura por produtos diversificados e na linha de p rodutos saudáveis e n a tu ­ rais e, adem ais, à m edida que a produção tenha que se aju star a um m odelo "just in time", diferente do fordism o, acho que as estratégias brasileiras virão do segm ento exportador d e n tro dos atuais limites de acum ulação. Não vejo perspectivas, hoje, de u m a alteração, p o r exem plo, d a e stru tu ra fundiária e do aum ento de pequenos agricultores produzindo altern ativ am en te p a ra o m er­ cado m undial. E ntretanto, n ão h á políticas p ara tan to no m om ento."

De forma mais sintética, com relação ao território nacional como um todo, propõe-se o desenvolvimento de certos program as que m elhorem a imagem do Brasil p ara com a c a u ­ sa am biental, como segue:

• Incentivos à produção fam iliar e orgânica. • Program as de agricultura sustentável.

• Cooperação, capacitação e qualificação dos produtores.

• Program as para o desenvolvim ento de pesquisas que investiguem o estado da conservação am biental no Brasil, e divulgação dos resultados.

• Program as de educação am biental em todos os níveis, que agreguem práticas de conservação am biental.

• Divulgação e im plem entação d as norm as ISO 14000.

• Maior inserção de program as educativos na mídia, p ara a divulgação de avan­ ços na conservação e restau ração am biental no Brasil. Essa m ed id a perm itiria a ampliação dessas iniciativas, e p o d eria prom over novos investim entos para m udança das práticas agropecuárias que possam estar geran d o essa im agem.

Acentuou-se que, p ara a reversão d a im agem em relação ao m eio am biente, há que se instituir um verdadeiro estado de direito no país, com dem ocratização, distribuição de re n ­ da, oportunidades de cidadania, e prom over o "desenvolvim ento in teg rad o d a sociedade pelo desenvolvim ento integral d e cad a indivíduo."

2 - 0 t ema m eio a m b ien te n a im prensa b rasileira

Para aferir a aderência e n tre a percepção expressada pelos resp o n d en tes do q uestio­ nário Delphi sobre a tendência d e m udanças favoráveis no Brasil em relação às práticas am bientais, e quanto à im agem de vilão am biental construída pela m ídia, procedeu-se a um levantam ento das referências ao tem a m eio am biente em um jo rn a l d e g ran d e circula­ ção no país. De acordo com o período de realização da pesquisa Delphi, foram seleciona­ dos os anos 1994 e 1996 p ara esse levan tam en to . Deve-se ressaltar que esse período é ain ­ da favorável por excluir as influências d a Eco 92 na im prensa nacional, já que àquele tem ­ po as notícias sobre m eio am biente foram excepcionalm ente m ais a b u n d an tes (Siqueira, 1992; Ramos, 1996). Como a im agem provavelm ente decorre do tra ta m e n to do tem a em geral, não se fez distinção en tre im pacto d a agropecuária e o utros tipos d e impacto.

O jornal "Folha de São Paulo" foi escolhido por ser o único a oferecer um sistem a efi­ ciente de busca eletrônica em seu tex to com pleto, p ara os anos em consideração, à época em que o levantam ento foi realizado. Dessa form a, o texto com pleto d e to d as as notícias

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publicadas pelo jorn al Folha de São Paulo, no período considerado, e onde ocorriam os vo­ cábulos "meio" e "ambiente" foram resgatados e conform ados em um arquivo único para cada ano. Em seguida cada notícia foi classificada segundo um conjunto de tem as compos­ to pela leitura do conteúdo de todos os textos.

Os tem as compostos, que perm itiram ag ru p ar todas as notícias resgatadas, são os se­ guintes:

a) Educação am biental: notícias referentes a cursos, oficinas, congressos e encontros, pesquisas e publicações para educação e trein am en to em tem as relativos ao meio am biente. Notícias informativas sobre questões am bientais, de cunho educativo. Notícias que retratam ação social e formação de consciência ecológica.

b) D enúncia e polícia: notícias sobre agressões ao meio am biente, agrupadas separadam ente com o positivas quando o desfecho apresenta solução para o problem a noticiado ou m ed id a repressiva ou coercitiva ao agressor; ou negativas quando não se apresenta solução ao problem a noticiado.

c) Iniciativas d e conservação: notícias sobre m edidas de conservação do am biente; liberação de recursos p ara implantação, dem arcação e recuperação d e áreas; iniciativas com unitárias e institucionais p ara conservação am biental; im plem entação de regulam entos para conservação am biental.

d) Avaliação de impacto am biental: notícias sobre relatórios e estudos para avaliação de im pactos am bientais de projetos; notícias sobre m edidas de controle da poluição, como rodízio de veículos, disposição de resíduos, controle d e ruídos.

e) R egulam entação de recursos naturais: notícias sobre novas leis, regulam entos, planos, licenças e códigos para a conservação dos recursos n aturais.

f) Tecnologia e negócios: notícias sobre tecnologia de interesse am biental p ara m anejo, controle, e produção; notícias sobre investim entos, serviços, franquias de produtos e m arcas de interesse am biental; turismo.

g) Relações internacionais: notícias sobre política externa, tratad o s internacionais, con­ venções m undiais e declarações universais com relação a questões am bientais.

h) Irrelevante: notícias sem interesse para questões am bientais; notícias de política par­ tid ária; personalidades; notícias em que "meio" e "ambiente" aparecem fora do contexto pesquisado.

F inalm ente, cada tem a foi quantificado q uanto ao n ú m ero to tal de notícias e núm ero d e palavras, p ara a análise da ocorrência de m udanças q uantitativas, sejam favoráveis ou não (análise qualitativa), em cada tem a (Kerlinger, 1973). A Tabela 8.2 apresenta o resul­ tad o dessa análise de conteúdo.

Com exceção do tem a Tecnologia e Negócios, ocorreu um a dim inuição no núm ero de notícias em todos os temas, em 1996. E ntretanto, houve aum ento absoluto no núm ero to ­ tal de palavras; bem como, proporcionalm ente ao (m enor) núm ero de notícias, houve um a u m en to relativo no núm ero de palavras para todos os tem as. Isso indica que cada vez que u m a notícia sobre m eio am biente era publicada em 1996, m ais espaço lhe era dedicado, d en o tan d o aum ento de importância do tem a em geral.

A m aio r m udança de conteúdo e n tre os anos d e 1 9 9 4 e 1996 ocorreu no tem a Tec­ no lo g ia e Negócios am bientais. Em term os absolutos, o co rreu um a u m en to superior a 120% no n ú m ero de notícias, en quanto o n ú m ero de p alav ras a u m en to u em mais de

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180%, fazendo desse o tem a m ais relevante em 1996. Isso indica um aum ento im p o rtan te em investim entos p ara m elhoria d a q ualidade am biental, em especial com relação a av an ­ ços tecnológicos e investim entos p a ra tratam en to de resíduos, reciclagem , com postagem e destinação final, usos eficientes d e energia, e de exploração de recursos n aturais, com m enções específicas a tecnologias m elhoradas p ara m anejo agropecuário (café, ca­ na-de-açúcar, p ecuária), m anejo florestal e m adeireiro, e exploração m ineral. Houve m en ­ ção a investim entos em presariais p ara certificação e obtenção de selos am bientais. O utro aspecto relev an te foi o turism o, com investim entos e recolhim ento de taxas p ara m an u te n ­ ção /recu p eração de áreas para esse fim. Esse tem a havia tam b ém prevalecido em um le­ van tam en to sem elhante realizado à época d a Eco-92 (Ramos, 1996).

Tabela 8.2 - R esu ltad o da an á lise de con teú d o das n o tíc ia s so b re m eio am b ien ­ te, pu blicad as no jo rn a l Folha de São P aulo, n o s a n o s 19 9 4 e 1996. 1994 1996 Temas N.° de notícias %• N.° de palavras % N.° de notícias % N.° de palavras % Educação am biental 94 26,9 14359 22,6 64 26,0 20460 25,6 Denúncia e polícia (positivas) 79 22,6 15307 24,1 40 16,3 12589 15,7 Denúncia e polícia (negativas) 15 4,3 2065 3,3 12 4,9 4840 6,1 Iniciativas de conservação 63 18,1 9391 14,8 28 11,4 5483 6,9 Avaliação de impacto am biental 42 12,0 6844 10,8 19 7,7 5346 6,7 Regulamentação de recursos naturais 13 3,7 1225 1,9 9 3,7 2612 3,3 Tecnologia e negócios 29 8,3 8468 13,3 64 26,0 24308 30,4 Relações internacionais 14 4,0 5797 9,1 10 4,1 4352 5,4 Irrelevantes 23 14051 23 14331 TOTAL 372 100 7 7 5 0 7 100 2 6 9 100 9 4 3 2 1 100

(*) As proporções expressas foram calculadas sobre os totais excluídos os valores p a ra o tem a irrelevante.

O tem a Educação Am biental foi o m ais im portante em am bos os anos pesquisados quando se to m a em consideração o núm ero de notícias. Isso se deve ao um expressivo n ú ­ m ero de notícias curtas que sim plesm ente notificavam congressos, en contros e outros eventos. Já em relação ao núm ero de palavras, houve um au m e n to significativo no ano

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1996, den o tan d o um a am pliação em notícias explanativas sobre m eio am biente, prom o­ vendo ensinam entos sobre a im portância da preservação/conservação am biental e idéias sobre limites am bientais e desenvolvim ento sustentável. Em um levantam ento anterior­ m ente realizado, Ramos (1996) avaliou que aproxim adam ente m etade das m atérias seleci­ onadas era com posta po r textos que tratavam a questão am biental de m aneira superficial, relegando o discurso sobre desenvolvim ento sustentável e m odelos alternativos e mais fa­ voráveis de desenvolvim ento. A p arte diferenças subjetivas de avaliação en tre autores, es­ sas alterações observadas nas m atérias envolvendo o tem a educação am biental indicam um a evolução positiva n a mídia.

O tem a D enúncia/Polícia, um a vez dividido em aspectos positivos e negativos, indi­ cou a grande im portância depositada na m ídia sobre problem as e danos am bientais, e que m uito se faz p ara o encam inham ento de propostas e soluções. Esse tem a foi o segundo e terceiro m ais relevante (em núm ero de notícias) nos anos 1994 e 1996, respectivam ente. A freqüência de publicação na m ídia de notícias-denúncias de cunho positivo no ano de 1994 era m uito m aior (86,5% ) que a de notícias de cunho negativo, com parativam ente ao ano 1996 (61,5% positivo) indicando um a possível dim inuição na efetividade das ações coercitivas entre esses anos. Porém , nota-se que o debate sobre D enúncia/Polícia é m anti­ do nesse últim o ano, em bora com um núm ero de notícias-denúncias drasticam ente dim i­ nuído. Contudo, o núm ero d e palavras perm anece quase o m esmo, den o tan d o um incre­ m ento relativo na im portância de cada notícia (tom ada em term os de espaço dedicado). Esses resultados apontam p ara um a tendência a se publicarem notícias mais explicativas e inform ativas, nas quais se discutem os problem as em m aior detalhe.

Houve um a significativa redução de notícias sobre o tem a Iniciativas de Conservação no ano de 1996, seja em núm ero de notícias, seja em núm ero de palavras. Isso de deveu principalm ente a um grande núm ero de notícias curtas, que com punham 67% das notícias no ano 1994. Essas tratav am de um a grande diversidade de assuntos, como reintrodução de anim ais silvestres no ecossistem a, estabelecim ento e proteção de áreas verdes, controle da pesca, reflorestam ento de m anguezais, program as de saneam ento, entre outros. Já para o ano de 1996, notícias curtas com punham apenas 36% d a am ostra, indicando um a ten ­ dência a aum ento relativo n a im portância das notícias sobre tais tem as, em bora o núm ero total fosse m aior em 1994. O utro motivo para esse resultado foi um a ênfase, no ano 1996, no estabelecim ento ou dem arcação de áreas indígenas ou destinadas a com unidades trad i­ cionais, um assunto que norm alm ente envolve certa polêm ica e conflito de interesses, d e­ m andando mais espaço.

O tem a Avaliação de Im pacto Ambiental tam bém teve dim inuição de dedicação de 1994 para 19.96, em especial considerando-se o núm ero de notícias (redução de 61% ), já que em term os de núm ero de palavras esta diminuição não ten h a sido tão im portante (re­ dução de 22% ). Contudo, no ano de 1996 houve ênfase considerável em notícias que e n ­ volviam a introdução do rodízio de veículos na cidade de São Paulo. Em 1994 a ênfase se dava em notícias que implicavam im pactos da poluição atm osférica, especialm ente por ve­ ículos. Isso de certa form a indica a tendência p ara algum a resolução, que então apareceu em 1996 com o m encionado rodízio. Ademais, grande núm ero de m enções ocorreu em 1994 sobre os estudos de im pacto am biental, com especial referência ao projeto de tran s­ posição das águas do Rio São Francisco, que à época era um tópico im portante.

Embora tenha sido um tem a de m enor importância no conjunto, por sua característica própria de envolver m udanças tipicam ente lentas na legislação, as notícias sobre Regula­ m entação de Recursos Naturais dim inuíram de 1994 para 1996, mas houve um significativo

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aum ento no núm ero d e palavras (113% ). As notícias em 1994 envolviam em sua m aioria o controle e regulam entação da pesca (5 de 13) e havia uma m aior proporção de notícias curtas com parativam ente a 1996. J á nesse últim o ano, a atenção se acen tu o u em políticas, definindo-se estratégias p ara a p ro m o ção do desenvolvim ento sustentável, salv ag u ard ad a por licenciam entos e fiscalização, citando-se textualm ente m ultas e incentivos, com o isen ­ ção d e impostos, p ara cuidados com o m eio am biente.

O tem a Relações Internacionais sofreu um a pequena redução de dedicação d e 1994 p ara 1996, e foi um tem a de pouca im portância no conjunto. T ipicam ente esse tem a e n ­ volveu notícias longas, na form a de com entários sobre as implicações d a form ação d e b lo ­ cos econôm icos sobre as políticas d e m eio am biente no Brasil e no m undo.

Finalm ente, as notícias definidas com o irrelevantes ocorreram de form a essencial­ m ente igual nos dois anos pesquisados, indicando que o erro ou tendenciosidade n a re cu ­ p eração de notícias com o uso das palavras-chave de busca, "meio" e "am biente," p a ra os dois anos em estudo foi sem elhante.

3 - Aderência do cen á rio e x p r e sso p elo s e sp e cia lista s

e o tem a m eio a m b ien te na m ídia brasileira

É im portante salien tar que o cen ário de referência com posto com base nas im p re s­ sões dos especialistas resp o n d en tes do questionário Delphi é essencialm ente relativo a questões que envolvem m eio am b ien te e o desenvolvim ento das atividades agropecuários no Brasil, enquanto que o lev an tam en to de notícias agrupou todas as questões sobre m eio am biente nos anos estudados. P ara o interesse dessa discussão, contudo, essa in co n g ru ên ­ cia de universos não se configura um problem a, um a vez que se p ro cu ra av erig u ar se h á aderência entre as tendências expressas pelo cenário de referência e o que ocorre n a re a li­ d ad e do país.

Um aspecto principal enfatizado no cenário de referência foi que h á um a ten d ê n cia de aum ento na im portância d ep o sitad a pela população em geral, e pelos p ro d u to res a g ro ­ pecuários em especial, p ara questões relativas à conservação da qualidade a m b ien tal no Brasil. Isso foi confirm ado na análise d a ocorrência do tem a meio am biente n a m ídia, u m a vez que houve um increm ento significativo, n a am ostra estudada, no espaço d ed icad o a esse tem a geral entre os anos 1994 e 1996, período a que se refere a aplicação dos q u e sti­ onários. Cabe ressaltar que essa sim ples tendência quantitativa não implica, n e cessaria­ m ente, um a m elhoria qualitativa do m eio am biente no país, senão sim plesm ente, um a u ­ m ento de interesse pelo tem a.

A avaliação da direção dessa tendência de m udança se fez pela com paração de ocor­ rência de notícias contendo denúncias, sejam essas de cunho positivo ou negativo. Ficou evi­ dente que a m aioria dessas notícias ap o n tav a p ara a resolução ou para a to m ad a de m edidas no sentido de prom over a conservação am biental, quer dizer, ao m esmo tem po que se n o ti­ ciava a degradação do meio am biente, encam inhava-se uma solução para o problem a.

O utro ponto essencial do cenário de referência se relaciona às perspectivas d e m u ­ dança no padrão tecnológico e de m an ejo agropecuário no Brasil, favoráveis à conservação am biental. Essa tendência foi claram en te corroborada pelo expressivo au m en to n a d e d ic a ­ ção de espaço a notícias sobre o tem a tecnologias e negócios relativos a m eio am b ien te nos anos 1994 e 1996. Esse au m en to im plica o fornecim ento de m eios p ara o desenvolvi­ m ento de práticas e form as de realização de negócios, inclusive agropecuários, que c o n d u ­ zam a um a mais efetiva conservação d a q ualidade am biental. In teressan tem en te, essa foi

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um a das principais alternativas apontadas pelos respondentes do questionário como con­ ducente a alteração favorável do cenário.

O utra alternativa indicada pela grande m aioria dos respondentes como essencial para a condução de m udanças favoráveis no meio am biente relaciona-se à educação ambiental. Nesse sentido, ressalte-se que esse foi o tem a m ais im portante na am ostra estudada da m í­ dia nos dois anos, e que esse tem a englobava vários aspectos implicados no cenário, quais sejam, difusão de práticas sustentáveis de m anejo am biental, conscientização da sociedade e o papel das instituições no desenvolvim ento de pesquisas para conservação am biental.

Praticam ente todas as alternativas indicadas pelos respondentes como im portantes para o avanço e a m elhoria das práticas p ara conservação am biental no Brasil apareceram espelhadas pela própria ocorrência de tem as identificados como im portantes na am ostra de notícias pesquisada. Isso indica que a percepção dos respondentes do questionário Delphi, de que existe no país um processo de m udança favorável à conservação am biental, parece estar confirm ada, pela form a como o tem a m eio am biente foi tratado na am ostra da m ídia nacional pesquisada.

4 - C onsiderações finais

A presente avaliação é m uito dep en d en te d a leitura que se fez das notícias resgata­ das, e sua classificação conform e o conteúdo. Os tem as foram compostos na tentativa de delinear a impressão da questão am biental que a m ídia aparentava querer retratar, procu­ rando evitar qualquer juízo sobre a im agem veiculada. Uma vez classificadas todas as n o tí­ cias segundo os tem as compostos, percebeu-se a validade de separar o tem a denún- cia-polícia entre notícias de cunho positivo ou negativo. Se esse tem a ficasse considerado sim plesm ente como um a expressão desfavorável à conservação am biental, por essencial­ m ente sem pre envolver um problem a, a conclusão que h á um a tendência favorável de m u­ dança, de acordo com a percepção dos respondentes, não procederia. Esse, contudo, é um aspecto im portante do caráter desse tipo de notícia, já que a veiculação de denúncias ju n ­ tam en te com a notícia de um a solução (seja coerção, ou resolução do problem a mesmo) representa um im portante form ador de opinião, ponto inclusive salientado entre as respos­ tas do questionário.

Dessa forma, a imagem de um Brasil tido como "vilão ambiental" não se configurou na presente avaliação. Isso em p arte se deve a essa citada separação entre denúncias posi­ tivas e negativas, bem como possivelm ente à am ostra estudada, um a vez que a im prensa internacional não foi retratada. A eventual introdução de sistemas de busca eletrônica, em textos completos, ein veículos de grande circulação internacional, poderá perm itir que um tal levantam ento seja realizado, trazen d o im portantes contribuições para a presente dis­ cussão.

A avaliação das respostas do questionário e d a ocorrência de notícias relativas a meio am biente no período estudado indica que h á um processo em m archa de alteração n a for­ m a como se percebe a problem ática am biental no Brasil, e que essa m udança é favorável. A m udança aparentem ente vem ocorrendo, tan to no sentido de implicar um m aior grau de im portância dedicada ao tem a, quanto no esforço p ara que avanços tecnológicos, inves­ tim entos, políticas e a iniciativa institucional perm itam a efetiva m elhoria das práticas p ara que as atividades produtivas sejam exercidas de form a sustentável, conservando o am biente e os recursos naturais.

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Tecnologias: a agenda

da pesquisa

1 - T ecn o lo g ia s críticas, lin h as d e p e sq u isa e p rosp ecção

0 m u n d o em que vivemos e, mais ainda, o que deixarem os a nossos filhos, re ú n e c a ­ racterísticas paradoxais. Por um lado, a globalização põe em com petição fornecedores de to d o tipo de produtos (industrializados, m atérias-prim as, serviços - e até estilos de vida, ideais e crenças) em um a intensidade e ab ran g ên cia geográfica como nunca antes a c o n te ­ ceu. Novos p rodutos, novas idéias, novas tecnologias devem e star no m ercado satisfazendo "nossa" p o tencial clientela, antes que a concorrência atra ia p a ra "seu lado" o p oder de co m ­ p ra, a disponibilidade de concordância ou a ad esão de fé que poderiam ser "nossos". Isso g era um am b ien te socioeconômico instável, nervoso, m u tan te, inconseqüente e superficial.

Por o u tro lado, a inovação de produtos, fu n d a m e n to m aior d a fase de com petição fle­ xível em que o m undo ingressou a partir d a d écad a dos 70 (Piore e Sabei, 1985), exige a aplicação crescente do conhecim ento e da invenção como estratégia de hegem onia e m e s ­ m o de sim ples sobrevivência. Devido à crescente com petição, cada vez mais o uso d a ciên ­ cia e tecnologia, em form a de informação, faz p a rte d a solução e até da própria c ap acid a­ de de en u n ciar os problem as. Os conhecim entos básicos sobre o funcionam ento da n a tu r e ­ za se to rn am a fonte m aior de poder, de m odo que a com petição se exerce p rincipalm ente pela cap acid ad e de aplicar tais conhecim entos p a ra c o n stru ir novos produtos, p ro d u zir n o ­ vas ou m elhores m atérias-prim as, oferecer serviços inusitados e ap resen tar explicações, n orm as estéticas e códigos de éticas que co nquistem e m an ten h am a heterogênea, glo b ali­ z ad a e d isp ersa clientela.

Devido à crescente competição, a eficiência e a eficácia no uso da ciência e tecnologia são essenciais p ara m anter vantagens que re d u n d em em inovações bem sucedidas. Isso não pode aco n tecer sem um am biente socioeconôm ico de seriedade, de reflexão, de d e d i­ cação à construção do conhecim ento científico e à sua aplicação criativa. É preciso, p o rta n ­ to, prever, do m odo m ais acurado que seja possível, o que vai ser com petitivo no m ercad o

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