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Setembro, 174
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desta revista, a que vimos da11do nossa d
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satisfação do dever bem cumprido, mas o incentivo
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nascida sob o a
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cioso bafejo dos inspectores esc
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Federal, e por um esforçado grupo delles orga
-nizada e dirigida, foi uma tentativa que vingou,
devemos reconhecer, graças
á
dedicação s
~
m par
desse primeiro f!rupo de mentores, que merece
."
por
,
fodos os titulos ser hoje aqui recordado. Jt1sto
é,
precipuamente, qc1e nesta hora relembremos o
noine de nossa esforçadissima collega Esther de
Me/lo, alma desta iniciativa, e por lar
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o tempo
stra principal orientadora. Cercada de az,xiliares
que lhe eram pessoaln1
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dedicad
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sacri-ficio, poc1dP. distribu
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Francisco Cabrita, co,npanheiro de
collaboração as.'iidua desde o 1zosso prim
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cido do mundo obje
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columnas merecidas pala
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m prestado setL inestimavel
con-curso ao desenvolvimento d
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orgão da escola primaria brasil
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apresenta-mos os mais sinceros a
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tempo que com elles nos con
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levarmos para deante empre
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1n11ni-c.ipal deste Districto.
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A
1-IDEAS E PACT0S
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Menores
LIVROS DE LEITURA
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A
Escola Pri,naria
cumpre nestaslinhas o sagrado e agradabillissimo de- Si ha cousa difficil 110 Brasil, é a ver de manifestar seu applauso á insti- escolha dum bom livro de leitura para a tuição do
juízo de Menores,granc!e
passo infancia.que acaba de ser executado na recente E' que são raros-os livros que offe-reforma judiciariã, já em vigor, 1 reçam todas as condições desejaveis
Não nos cabe, é evidente, analysar numa obra destinada, ao mesmo tempo, tão importante reforma, mas pode - a attrahir a attenção dos alumnos em
mos assegurar que ainda que desappa- idade escolar, a instrui-los, a educa-los e reçam todas as innovações com ella tra- a preparar-lhes a intelligencia para leitu-zidas ao apparelho da justiça, definitiva ras especiaes : didacticas, scientificas, li-será ess·a conquista, que veio afinal terarias ou outras.
realizar velha aspiração de uma pleiade Os requisitos dum bom livro de lei-de jurisconsultos e sociologos brilhantes. tura são varios e parecem inattingiveis.
Orgão legitimo do professora.do na- Mas talvez se pudesse resumir em cional, isto é, daquelles que mais de quatro ·ou cinco qualidades geraes tudo perto conhecem a infancia,
A Escola
quanto deva conter, para prl:!encher essesPri1naria
envia ao snr. Ministro da Jus- requisitos, um meio de educação e ensi-tiça os mais effusivos cumprimentos, e no como o de que tratamos.não só pela institt1ição que sabian1ente Antes de tudo, un1 livro de leitura trouxe a·o apparelhamento judiciaria do I para a infancia deve ser ATTRAHENTE.
Districto federal, mas tambem pela acer-. Para satisfazer este predicado, o autor tada escolha do illustre homem de bem, 1 tem qt1e attender não só ao conteúdo do de ct1ltura e de coração, que acaba de / livro, mas ainda á forma da exposição. ser ·i11v_estido da alti i:osin1a ft1ncção de juiz E' claro qt:.e a forma externa, a
es-de menores, o Dr. José Candido es-de AI- tructura material do volume, a execução buquerque Mello Mattos. Eximio cultor typograpl1ica . e o mesmo aspecto exte- ,
das Sciencias jurídicas . e soci2es, advo- rior e i"nterior deite devem ser zelosa-gado, promotor publico, deputado fe- mente pro<:t1rados e realisados pelo
edi-. deral,
leader
da Camara, professor e di- tor, sob as vistas do autor.rector do Collegio Pedro 11, professor da Outra qualidade indispensavel é que fact1ldade de Direito, director do l11sti- a obra encerre ASSUMPTO UTIL á educação
tuto Benjamin Constant, o dr. Mello e á instrucção da creança. Não basta Mattos por toda ;parte tem dado brilho que se tratem objectos agradaveis ao e5.· aos cargos a que é chamado, ao 111esmo pirita infantil. E' mister qt1e o livro mi-tem)JO qt1e pela cordura, serenidade, nistre, á maneira que seja lido, idéas e
l)1q,neza e justiça vae alargando e1n todos senti111entos capazes de formar e aper- .
elles o 1éirct1lo dos qt1e o respeitam e feiçoar a mente e o coração do pequeno
amam. leitor. De cada lição de leitura devem
Por um e por outro motivo está o rest1ltar: u1n certo numero de noções que governo de parabens. , ampliem o ambito dos conhecimentos do
<<
A Esc0la Pr~maria
>>
.
J)e cc,11t·,,r111idi1cJe eo111 o Jlee. 11. 47!):J lle 7 cle Ja11eiro cio ec'•rre11te a11110, t,odc,s os ·,1ireet<•1·es de est-,1baleci111e11tos cle e11sino pA"J1na1•io e p1•c•t·tssi(,11i1J, 111a11ticlos 011 s11bve11• cio11aclos pelo (;over110 Feder,1.I, recel•e1•ão, grat11ita111e11te, 11111 exe1111>la1.• ele eacla1. 11111r1c1•«> cl''',.\. J~scc•la1 P1•i111a1.1•ial'', o •1ua.1l deve•
ri\o cc•11se1•va1r 1111 ''Bibliotlaeca Escola,r'', co1110 1»roprie1lade cloN estabeleci1ne11tos q11e tli1·i~e1r1. .
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.A. ESCOLA PRIMARIA
•
alumno ; e u11s ta11tos ensinamentos mo- 1 idéas e conceitos que separam a sua
epo-raes e sàciaes, que lhe façan1 ver pouco a ca da nossa) ; do
Coração,
de E<;l_. De pot1co as affinidades qúe o prendem ao Amicis ; daViagenz Atravez
·
(i.o B
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rasil,
grt1po h11mano : á fan1ilia, á escola, á de Bila e e B0mfim,- p2ra não citar senão communa, á nação, ao Estado, á socie- os que n1e agora occorrem- serãoselll·
dade em geral, á humanidade, emfim. pre recommendaveis, comtantp que· não
· E, para que a
utilidade do assu11z1;to
se se afasten1 dos multifJlos fins que devem r~véle integralmente e tommedidamente, ser alca11çados por obras de tal natureza. é preciso que, ao lado do aperfeiçoamen- Outro reqttisito é a VERACIDADE das.to intellectual e do progresso na organi- i~eas emittidas. O livro todo pode zação do entendimento, se inocule a
ver-
constar duma ficção, dum assumpto dedadeira significação do progresso
huma- imaginação : mas as figuras, as acções, no, e se faça comprehender : que a sei- os factos devem ser verosimeis; a de-encia não faz milagres, que o poder hu- senvolução do entrecho deve ser natural;mano é contingente e limitado, que toda as situações e as soluções,-verdadeiras conquista é filha do esforço e do traba- e humanas. A intervenção da Divindade, lho e que o 1nais bel lo dos direitos é o de -que não de fadas, gigantes, genios e cumprir o dever. seres maravill10sos,- deve figurar como
Terceiro attributo que desejáramos consequencia logica ~a virtude, do. _es-ver concretizado em cada livro de leitura forço, das nobres qualidades do esp1r1to, escolar seria o da
u1zidade
no pensamen- mas de modo que a5 creanças se compe-ta oriencompe-tador da obra. . netrem qu_e, sem fazer de s_ua parte, oNão queremos exprimir com isso que o livro tenha de obedecer
sempre
a um entrecho seguido como si fôra um romance. Certo, melhc,r seria houvesse umfio vern1ellzo
a pre11der os assumptos, por mais variados que fossem, que cons-tituissem o livrinho infantil.E' evidente que interessa grande-mente ás creanças, de qualquer idade que sejam e até ás pessoas grandes, uma obra em que se lhes apresentam personagens, reaes ou fictícios, cujas aventuras ot1, simplesmente, cujos dialo-gas e observações vão desde o principio até o fim do volume.
Mas nem semtJre, talvez, será muito exequível a elaboração dum livro de lei-tura n1oldado em trama artistico-literaria.
Especialmente para uso da classe que deixou a cartilha, e á qual se tem de en-tregar um livro de leitura corrente, é dif-ficil bordar muitas materias na tela uni-forme dun,a narração subordinada a cer-to entrecho. ,
«Difficil »-dizemos, mas não « im-possível ». Será necessaria, da parte do autor, maior ou menor riqueza de
imagi-nação, e principalmente mt1ito se11so de proporção afim de não pretender exigir do cerebro infantil que destrince com-plexas meadas e enredos extravagantes.
Livros nos moldes do velho
Simão
de Nantua
(guardadas as distancias de•
homem nao merece a protecçao de Deus. E, ainda, não é conv~niente semear prodigamente nos primeiros livros que a infancia tem de manusear esses casos de sancção religiosa, inaccessiveis, na sua verdadeira significação, a cerebros mal formados. Degenéra em superstição o abuso q11e se faça da religião ; e a cre,
ança é naturalmente inclinada á crendice, ao feitici!-mo. Deixemos a creança pairar
mais alto e não façamos da Justiça Divi-na instrumento do.s nossos interesses.
Um livro de leitura deve ser, alem disso, irreprehensivelmente MORAL,
devi-damente PROPORCIONADO ao gráo de
de-·senvolvimento dos alumnos, segundo a
idad
e
e ascondições progressa,s
da clas-se para que é feito e segundo o111eio
so-cial
em que laborao
educando.-Todos os assumptos de ordem me-ramente scientifica, ou technica, ou artis-tica devem ser banidos dum livro de lei-tura.
As questões politicas, as discussões religiosas, os assumptos tragicos, as des-cripções das chagas sociaes, dos vicias, das fraquezas, das guerras, das dissen-ções entre os homens têm de ser, em these, evitadas. Accidentalmente
-por-que nem tudo se pode occultar aos olhos da infancia - certas 111azellas humanas terão de ser exhibidas. Mas convem que o autor as apresente num rapido esboço, fazendo-as logo succeder de exemplos ,
'
' • • • •• • • 4 :·~ E.SCOLA PRI1'1'lARIA • •
edificantes,
·
que
sirvam
de remedio e
Mas aii,da aqtii, ctimpre que
se
correctivo
~quellas
miserias.
proceda co1n muito criterio e demorado
E'
excusado
·
dizer qt1e um livro de apuro : ha que realizar du1Jlo trabalho
leitura,
-
côrrio qualquer obra didactica-, em tal caso: o de
selecção
dos vocabulos
deve
ser
~scripto
no n1ais puro VERNA- que se devam en1preg·ar segundo uma
CULO.
escala dos mais vulgares para os menos
Todos estão accordes em adn,ittir communs
.
; e o da
dosagenz
dos vocabt1-
·
eAsta a.s~erção. Mas, infelizmente, poucos los des~onhecidos 11a proporção do
de-tem sido no Brasil os aLitores de livros senvolv1mento da classe e da
extenção
ta
es que se possam
d'
1zer i1n1Jeccaveis
do volume.
nesse particular.
rHa termo~ fan,iliares ás pessoas
Temos visto livros de leitura con- adulta~s de n1ed1ana ct1ltura, mas
estra-tendo grosseiros erros de syntaxe, bar- 11hos as creanç~s .de qualquer idade;
ou-barismos de toda
éspecie
~
principal-
·
tros ha do dom1n10 .de menor circulo de
mente regionaes,
-
constru~ções obscu- pessoas ; outros ainda, só intelligiveis
ras
~menos legitimas e, ainda, instlpJJOr- para _os doutos; e term
.
os, emf(m1 do
co-tave1s
termos de gíria.
nhec1mento somente dos prof1ss10 11 aes.
E
' a (Jropos1 o es es re aros cum-
·t d t
.
Accresce11te-se que certas
·
·
·
expressões
re-.
Um. livro d1dact1co deve conservar obsoletas,como, por exemplo,
feudalismo
Justo me1~ entre. a extren1a vulgaridade
servo da gleba, anaclzoreta
etc.,
_
certo~
e a ele_:'açao d_
a l1ngt1agem e do estylo. neologismos indisJJensaveis e varias
ou-~em tao
_vttlgar:que degenére em infan-
.
tras formas de linguagen1 poáem
occor-t1l, nem tao subido que dê em empolado, rer nos livros didaclicos e fog·ó nos de
tal será o molde symbolico em que seja lei~u~a. Que
·
tacto não s~ dev~, pois,
vasado o !Jensamento do autor.
ex1g1r do fautor de taes livros, (Jara q
·
ue
~lem de correcta. a linguagem deve semelha11tes express~es não venhan1 a
ser.:
simples,
-
sem descerá chatice e, f~rmar floresta 111extr1cavel para o
peque-muito menos, sem transigir com O máo nino explorador?
gosto da mt1ltidão no uso de termos il-
Decididamente, é tarefa difficil a
legitimas e de modismos dezautorizados; elaboração dum livro de leitura.
e, alem disso, clara, natural e sonora.
O
uso de vocabulos novos pa;a os
alurnnos é necessario em éada livro de
leitura, pois que o pllincipal fim de
qual-quer obra didactica é a,npliar os co11he-
1
cimentos a c1uem a1Jrende.
11
Perfumaria
•
Rio, l 3
-
fevereiro-924.
·
CARLOS PORTO CARREIRO
•
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•
A
perfu111aria
LAMBERT
tenz a lzo,zra de convidar as dig,zas /Jrofessoras
1 • •
11zunici1;aes a fazerenz tz11za visita ao sett
estabeleci11ze11to,
recentenzente inaugttrado,
verificando a qualidade de seus /Jrodttcfos, cttjo p;eços 1zão admitte;n co1zf ro1zto.
Rua 7 de Setembro, 92
(entre Avenida
.
e Gonçalves Dias)
Telephone
5055Central
-
RIO DE JANEIRO
' • • • • • , • • • • ' • • • ' • • • ' 1 ' • ' ' A ES,COLA PRIMARIA • l ' ' • 5 • •
EDU
-
CAR OU INSTRUIR?
gariar
pela ansia de transmittir
fJroselitos, que muita
suas
vezidéas
·
1he
e
são
an-ouvidos, desvia11do-se do bom caminl10
da ordem e do trabalho productivo.
•
•
-Le choix d'un systeme d'édu-catio11 a plus d'importance pour un
peuple que celui de son
gouverne-ment.
Por isto
sempre
demos á Escola
uma importancia maior como
togar de
-
editcação
que como
casa
de instrztcção.
Jnstruire n'est pas éduquer.
Infelizmente, talvez por natural
ten-L'instruction e11·ricl1it la mé111oire.
dencia de nossa raça, os nossos estab
·
e-L'éd11cation crée chez l'hon1me deslecimentos de
ensino
revestem um
cara-réflexes 11tiles et l11i apprend ã t d ·
t
t · t t'dominer•les réflexes i1uisibles.
c er pre om1nan
emen
e tns ruc ivo
e
os
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professores accentuam o <;eu papel de
GusTAVE
LE BoNministradores de conhecimentos Jiterario
Apl1orismes du Temps présent. l
scie11tificos
,em
detri1nento do de
educa-dores, de forn1adores do caracter ctos
Tantas
e
tão notaveis mentalidades
Ialumnos ·
do
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nosso paiz se em1Jenham na campa-
Nã? :vae nisto o des~jo de dimi~ttir
nha contra O
analphabetismo
que, em- as qu~l1?ades, !econhec1damente .boas,
bora desde muito tivessenios
em
pen
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a-
~a ma1or1a, senao mesmo da quast
tota-mento
o
que procttrámos concretisl!r nes- l1dade, do o.osso ~rofessorado, 1:1as_
o
te artio-o terniamos
escreve-lo
·
pois jul- facto se
ex1Jl1ca
facilmente. Em pr1me1ro
O'ávan;o-'nos
inevitavelmente
e,;,
erro.
Si
I
Iogar tetT]OS que recordar o
argumento,
:rro
ha, fJOrérn, que ao menos venha
elle acin,a
.
referido,. da tendencJa de nossa
á luz para,
si
merecer
este escripto atten.
ra~a para o
e11s1no
f)re.do'lltnanten:~nte
ção
de
alguem
que lhe traga contradita,
«
livresco», para o deseJ~ de
«mob1l1~r
»
conve 11cer111o-nos do nosso desacerto
os
cerebros com conhec1n1e11tos muita
•
,
.
. .
· vez incornpativeis
com
as necessidades
E
qt1e
JL~lgan,os
ser
n1a1s ~mportan- futtiras de quem os recebe.
·
te que
a
questa~ do analphabct1stno a da
Depois,
os
progran,n,as de
ensino
fal~a de
edttcaçao
do /J.ovo,
de que aguei· primario, por demais extensos
e
conten-laA
e
a1Jenas parte contingente.
Anosso do tambem
grande
CÓ(Jia
de
conhecimen-ver
tomou-se,ª parte pelo_ todo, deslo- tos inuteis, na
vidapratica,
.
áquelles
qtte
cando-se o foco da questao
~ª?ando-
constituen,
a grande
maioria dos que tJor
nando-se (J011tos outros muito
_
impor-
elles
devemai)render conduzem
fatal-tantes ·
mente a este resttltadd.
·
Realmente, menos mal causa á so-
Outro importante fac:tor de que ps
ciedade
o
·
anal1Jl1abeto
edt1cado (natu-
mestres
sejan1
n1ais
«
instructores
»
que
ralme11te
com
t1ma
educação
compativel
«
edt1cadores
»
é
a
sobrecarga
de
discifJU-com
o setr analphabetisrno
)
, respeitador los com que,
em geral,
têm que arcar.
dos principias basicos da moral,
e
da
so-
Havendo necessidade de n1inistrar
em
ciedade, mt1ito
en1bora
tenl1an1-ll1e
sido espaço
de tempo limitado uma certa dóse
este
.::
JJrincipios
ensi11ados
como
dogmas
:
de conhecimentos de cuja aquisição
i
êm
qtte
elle
não discute, 11ão analysa, mas
·
os
alum11os
qtte dar conta
em
exames e
acata
e
respeita, qt1e aquelle
outro
indi-
'
sendo a classe nurnerosa, a JJarte da
viduo possuidor de t1ma rttdimentar ins
-
edt1cação,
de que
se
não peden1 provas
trucção mal orie11tada
e
qt1e, como soe periodicas, ficará
sacrific
ó
da á da
i1zsfrlt-acontecer
e111 geral,
se a
,
tira preferente-
cção,
pois o inst1cesso
-
nos
exames
das
mente
áleitt1ra de publicações inspiradas n1aterias dos progran,mas trará desgosto
em
idéas
subversivas
':la ordem
social e
aos alumnos e suas familias e din,inuirá
aos foll1etos
·
de literatt1ra barata,immoral, o renome
e
o 1nerito do professor.
e qtte, destitt1ido de
senso
critico, por
Í
felizmente, na administração actt1al,
falta de
educa
·
ção,
se
vaeembebendo
de o Sr. Dr. Director da lr1strucção Publica,
theorias más, vae pervertendo (Jrogressi-
1a
(Jar de simplificações no progra111ma
vamente o
seu
caracter, até tornar-se um
i
das escolas primarias, distribuiu as
ma-e;1te perigoso ou, na mell1or l1yp0tl1ese,
:
terias por sete ann
·
os, em vez de
·
cinco,
t1n1 in1portt1no, por
seu
·
1atente espirita
'
que de tantos constava anteriormente o
de revolta injustificada, e incommodo, curso.
•
•
• • • • • . ó A ES COLA PRIMARIA
E' claro que, si o problema do anal- jornaes, que lhe não interessam, para
phabetismo
éde difficil s~lt1~ão, o ~a proseguir expontaneamente no habito da
falta de educação popt1lar e ainda ma1s leitura, e esquece-a. A desnecessidade,
comple,ço e de mai
s
p
·
enósa re~oluçã?, decorrente de sua meninice, de servir-
s
e
por isto mesmo que
·
demanda muito ma1s dos conhecimentos arithmeticos
apre11di-tempo e maior pe
s
soal, e, conseqttente- dos na escola, faz-lhe tambem olvida-los.
mente, n1aior despeza.
Mas o que mais rapidamente de
s
-A providencia, sugerida por muitos apparece de
s
ua lembrança são os bons
para acabar com o analphabetismo (ou módos adquiridos com a escolaridade,
pelo n1enos di1ninui-lo), da restricção do quer pelo convívio com outras crianças
tempo de éscolaridade a dois anno~, com oriundas de meio socíal mai
s
elevado;
frequencia obrigatoria para as crianças possuidoras, portanto, de maneiras mais
em edade escolar, será contraproducente polidas e distinctas, quer pelos conselhos
no ponto de vista educativo· Só um lon- dos mestres; são o
s
princípios de ,nora!
go período de submissão ás regras da e honra que a escola lhes tinha
transmi-disciplina pedagogica, tendo os profes- tido.
sores tempo bastante para observar os
_
.
·
1
· · Ih
s defe·itos ,noraes
Para que a educaçao fosse perfe1ta
a umnos, corr1g1r-
es o
,
.
·
1 ·d d
contrariar-lhes as tendencias más, incen- era tprecisodqdue ª esco ~ri d~ e cdom~çafsse
.
tivar-lhes as bôas, favorece11do o set1 e!11 enra e
ª
e, nos
«
Jar ins
e 111
a~-d
1 ·
t
,
de formar ca- eia
»
, nas classes maternaes annexa as
esenvo vimen
°,
e capaz
.
escolas primarias· que continuasse
nes-ractere
s
qtte garantam no ft1tt1ro c1da
.
.
.
,
dã
0t · ' P tria ou mães de familias tas , . q~e ~e prolongas
s
e até as esc~las
~
u ei
s
,ª
.ª
d
á ra a
prof1ss1onaes e os
cursos de adaptaçao
dpreciosas a soc,eda e. e
ç ·
.
vida pratica ;
era rnister que a educação
O
peqt1eno per1odo de es~olarida- moral e civica
·
absorvesse lima grande
~e annulla complet.amente o effe1t? bene- parte dos programmas ; era neccssario
fico da. permanenc1a 110 estabelecimento que o mestre, liberto da sobrecarga do
de ens1n
q
. Naturalmente estes. proble- ensino predominant
e
mente literario e da
rnas int~ress~1n 110 pont? de vista das preoccupação de
«
preparar os all1mno
s
class~s 111fe.r~ores, da ~oc,edade, em que para exames
»
, reassumisse o prestigio, a
o meio fam1l1~r, e mao qtier no ,ponto grandeza 111oral que o
·
deve caracterisa
r
,
de vista m
.
at
e
r,al, qtter moral· Sai da da tornando-se aos olhos dos alumno
s
uma
·
escolà com rt1dJmt11tos de l~itura ,e de personalidade cujos conselho
s
fo;sem
arJthrl'!etica, a criança o.u é atirada.ª .pro- seguidos a ri
g
or; ct1jos preceitos moraes
m1scu1dade das fabricas e. officin~s, se gravassem indelevelmente na
merno-onde o
s
exemplos de. amor~lidade. sao ria dos di
s
cípulo
s
, de tal sorte que no
frequente~ e detestave1~, ou fica ma1~ ou futt1ro, quand
o
já adultos, est
e
s ainda
.
menos ociosa nas hab:tações collectivas os venera
s
s
e
m e
·
temessem
tra11sgredi-ot1 a
gg
lornerados . de casehfes em qtie los, enver
g
o11hando-se, se o fizes~ em,
!11ºrªn:' o~ pae
s
. Ah 1, 11ão são .melhores os perante
s
i me
s
mo
s.
.
incentivo
s
ao seu caracter, ainda em for-
F
1
.
á
d
d · d'
.
e rz
s
er o povo e que ca a 1n
1-mação ·
.
1vi duo tenl1a a 11
o
ção da propria r
e
spon-Me
s
mo quanto ao ensino qt1e rece
-'
sabilidade e qu
e
jul
g
t1e severamente,
bera,~, e.st~ abandono precoc
_
e da e
s
cola perante a propria consciencia, ma
s
t1ma
é
pre1ud1c1al. Por ob
s
ervaçao pe
s
soal consciencia bem formada be1n
orienta-podemo
s
affirrna-lo : no avaliarmos o da os seu
s
act
ó
s.
'
des
e
nvolvim
e
11to intellectual do
s
alumnos
'
.
que examinan,os, terno
s
fr
e
qt1entemente
Aos me
s
tre
s
cabe criar e
s
te povo.
verificado e
s
ta retro
g
radação ao analpha-
·
beti
s
rno mais ot1 m
e
nos completo.
E
é
facil a explicação :
s
aindp da e
s
cola
ape-nas com rt1dimentos de in
s
trucç
ã
o, vof.
vendo a um lar de pa
e
s
e
m geral
anal-phabeto
s
e de
s
l
e
ixado
s
, a criança, por
natural tend
e
ncia
ábrincadeira e
áva-diação, não tomará livros, nem mesmo
PIR
E
S F
E
RRÃO
Nota da Redacçdo. - 0 autor escr eve
to-dos os seus trabalhos 11a orthographia o fficial
portu gueza. Perrnitti11, porém, que o presente
arti go fosse publicado 11a orthog raphia us~al,
afim de não quebrar a nor111a, lta n1u1to seguida
por esta revista.
• •
..
• -A ESCOL-A PRIM-ARI-A 7 •11.
A ESCOLA
..
' ·· -•O PRONOME •SE> E A
PREDICAÇÃO VERBAL
a szzbj
e
ctividad
e
do
SE
, que, como
noita-liano
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.
No Cap.
XXIda sua admiravel
D
e
la immor
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lidad al alt
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t
o.
»c1t.
Jntroducção
á
Oraç
ã
o da Cor
ô
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de D
E
- p
o
r CE
R
VAN, Es,
D.Quij
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t
e
,
parte
2ªc
a
p.
Mos
·
rtt
E
NES, o con
s
pícuo e fini
s
simo es-
VI)tambem no
s
apparec
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, clara e forte,
criptor lusitano LATINO C
OE
LHO exara n
o
vernaculo (E'
cuidar qu
e s
e ganha
e
,
n
un1
,
período que se expr
e
s
s
a pelas
s
e-
s
e
p
e
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e
r.
CA
M
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S,
son
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gui11tes palavras:
«
Emquanto qu
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Esta partícula, diz
e
m, não pod
e
s
e
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muitos povos ori
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nta
e
s. c
o
mo os H
e
br
e
u
s
,
0on
francês; e as
s
im t
a
n
1
bem n
ã
o
ai-s
e
passa d
e
u,n r
e
gi11z
e
.
s
e
11
ii
o popular
,
ao
cança
e
qt1ival
e
r ao
zzom
italiano, nem ao
m
e
nrs oliuarchico,
á11zo11arcl
z
ia th
ec>
cra
.
s
e
ca
s
t
e
lhano nem ao
1na1z
allem
ã
o ou
tica, na Ôr
e
cia as dynastias,. · d
e
ixa11
z
dina1n
a
rqt1
ê
s,
1nen, ao
on
e
ou
man
in
g
lê
s
,
vauo o s
e
u l
o
uur á livr
e
d
e
11z
o
cracia
•
·
nem
a
o
honz
e
!Jz
indefinido,
·
indetermin
a
do
º
Eis um trecho em qu
e
, cor11 p
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rdão do nosso velho portu
g
u
ê
s, como nos
se-de mui illustres gramm
a
ticos, o rapido
g
tiintes versos:
N
e
m lia ,nais c
e
rto n
~
or-escrevedor desta 11ota, anal
y
s.ando a pri-
r
e
r
i
que t
e
111
e
r honz
e
ni
çz
nzo,t
e
»
B
ER
NA
R
-meira oração, teria de achar-lhe em S
E
, DIM RIB
E
I
R
O,
Eclogas,
1
ª)ou ,n
,
esm? em
vocabulo portt1guês, que não l~ti_no,
0escriptores contemporaneos
:
E nzais
/a-indicio da indeterminação do
szz1
e
:to
do
cil cortar
J
undo nos outros, do qu
e
arra-verbo
/Jassar.
,,har ho111
e
1n enz si proprio
»
.
(CASTILHO,
Argumentos em contrario derra- nas
N
o
tas
ao set1
Fausto);
«
Na v
e
rdad
e
mam.se a mo11tes em os
s
abedores da
játtzais hom
e
11z /za visto
I
cousa na t
e
rra
lingua e ... do latin,
_
Ma
s
entre ell
e
s
s
e
nz
e
lhant
e
a
isto
»
.
(MA
C
H. DE A
s
sis,
co11tendem de tal jeito as divt r
g
encias
Po
e
sias
1901,p.
302).quanto ao S
E
, diffict1ltando a boa e si~-
Pleno accordo; o nosso SE n
ã
o é,
pies e logica e vernacula compreensao nem pode ser o
on
francês. O no
s
so se
analytica da pl1rase, que o
s
estudantes
éa fórma reflexa do pronome pessoal da
topam nisso um tremendo escólho e os terceira pe
s
sôa;
éa mesma fórma
,
que
mestres se apércebem de largo appare- assumiu a faculdade de concorrer a
for-lhamento de provas para fazer aceitar mação synthetica da voz passiva. Não
éque o SE não
éstij
e
ito. . .
11eni coisa
Oon
francês ; mas representa, de
s
de o
nenhuma, ~li.
. seculo
XVIe em certos casos, um
verda-.0
dissidio tem começo 11~ p
A
ropr1a cieiro symbolo suppletorio do substantivo
irreductibilidad
e
com que um so ve o SE ausente referente ao ser humano, e que
apassivador,
outro unicamente _e SE
sub-
seria 0
1sujeito
da acção expressa _pelo
j
e
ctivo,
outro apenas o
e
xJJletivo
.
;
co1n verbo.
p
e
la carencia d
e
tal substantzvo, o
qtie
·
este, arrin1ado ao l~tim, revo.ga _o SE
si1,ppr
e
-lhe a funcção.
Eis que
~temos
uso do ver11aculo
e
de l1ngt1as co-rrmas destarte identificado ao
on
frances, mas
(traballza-
se
, nzorr
e
-s
e
;
s
i va, si vi
e
n; se
só neste caso, qt1e
s
e reduz, afinal~ á sua
onda, s
e
viv
e
; s
e
vin
e
,
e.te.) e derroca
?
id
e
ntificação ao
h
o
m
e
m
portug~es. ~.
facto actual e vivo da l1ngt1a com o
vi-
núamente
éincontestavel que sao
eqt11-vit11r,
o
statur,
o
ittzr,
o
dicitur,
remotas valentes ~o sentido as orações:
ho111e1n
fórm
a
s d
e
t1ma lingt1a 1norta; com que
vive do trabalho, a gent
e
vive do trabalh~,
estot1tro, afinal, gritando o
on
fra11cês,
vive-s
e
do tr1zbalho.
Eliminado o.
pred1-põe embargos ao S
E
, qu~nd~ ~ste se )he cada, restam como sujeito respec
,
t1vo d~
assemelha 11a funcção. Ja o d1z1a o épico cada uma:
/zom
e
m, a gente
e
se.
Isto
eimm ortal:
.
facto da lingua portugueia, evidente e
«que sen1pre l1ouve entre muitos differenças• .
constante, o mais é theoria latina,
a que.
O
epitheto
abstirdo
é o de que mais não fugiu JuLIO ~IB.EIRO, confessando,
obriga to, iamente grammaticos provectos entretanto, lia ma,s de 9uarenta hannos,
lançam mão, para corn elle anathematizar
.
que o assumpto «tem servido de
t
ema a
•
•
•