UNTvERSTDADE
DE
Évona
Departamento
de
História
I"o.
Curso
de
Mestrado
em Ciências
Documentais
- Biblioteconomia
-Á
BIBLIOTECA
DI
TTÁL
DO
PÁTHI,tiórurO
AJLTURÁL
DE
ÉVONN
EstrotégÍo
de
optimizaçõo
do
Nrúcleode
Documentoçõo
e
rnformoçõo
do
Cômoro
rtÂunÍcípotde
Évoro
Maria Ludovina Bareiros Grilo
Outubro
de 2005ORIENTADOR:
Professorl)outor
Filipe Themudo Barata
CO-ORIENTADOR: Dr.
Paulo
Leitiio
Á
BTBEOTECA
DIGITÁL
DO
PÁTRrâÂóNro
cULTURÁL
DE
Évone
Estrotégio de
optimízoçõo
do
Núcleo
de
Documentoção
e
rnformaçtío
do
Câmoro lÂunícipot
de
Évoro
Maria
Ludovina Bameiros
Grilo
ORIENTADOR:
ProfessorI)outor
X'ilipeThemudo Barata
CO-ORIENTADOR: Dr.
PauloLeitão
v
U
fe
,/çY
á
S.l
Resumo:
O
presente estudo refere-seao
projecto
de
constituiçãoda
Biblioteca
Digitat
doPahimónio
Cultural
de
Évora, nomeadamente,no
que respeitaà
definição da
suacolecção,
a
sua
organizaçãoe
recuperaçãoda
informação atravésda
Web.
Nesteâmbito, são mencionados os
principais
conceitose
tecnologas da informaçãoe
dacomunicação
que
lhe
estâio subjacentes.É
desenvolvidoa
partir
do
Núcleo
deDocumentação e Informação da Câmara
Municipal
de Évora (centro de documentaçãoe
informação
com
catrálogoaúomatizado disponível
apenasem rede local).
O resultadofinal
correspondea
um modelo de biblioteca híbrida, onde se conjugam osrecursos
clíssicos
(tradição)e
os
Íecursosdigitais
(inovaçÍio),permitindo
oferecermais informação, acesso mais
fácil
e abrangendo mais utilizaclores (forçamotriz
detodo o processo).
Abstract:
The
Digitat
Library
of theCultural Patrimonial
ofÉvora
The presented study project
of
constitutionof
aDigital
Library is
aboutthe
Cultrual Patrimonyof
Évora,
namely,on what
concernsthe
explanationof its
collection,
its organizatioa and the recover ofúe
information through the Web. Here are mentionedthe main concqlts
and
technologiesof
information and
communication
that
areThe
Municipality of
Évora's Nucleusof
Documentation and Information developedit
(documentation andinformation
cente with
automaÍized catalogue availableonly
in
local net). The
final
result agreeswith
a modelof
an hybridlibrary,
where the classic resources(tuadition) are
gatheredwith
digrtal
resouÍces(innovation),
allowing
anoffer
of
more
informatioq an
easer accessand
embracingmore
usiers(the
main stengthof
all the process).Íxorcn
Agradecimcntos
...p.
4Introduçáo
...p.
5Parte
I
-
O
Núcleo
de
I)ocumentação
eInformação
da
Câmara
Municipal
de
Évora
...p. 9
Capítulo
1.Breve contextualizaçío
"".p. 9l.
A CâmaraMunicipal
de Évora ...p.
92.
OsCentos
de Documentação e Informação em Évora ...p.
13Capíúulo 2. O Núcleo de l)ocumenúação e
Infomação/CME
...p.
211.
Ohistorial
...p.21
2.
As instalações fisicas, o mobilirário e o equipamento ....p.
233.
Os objectivos e as firnções...p.
274.
Os utilizadores ....p.
285.
Os firndos documentais ...p.
j4
5.1.
A
ão .."p. 345"2. O circuito documental: da entrada à difusão ...
p.
356.
Os serviços e osprodúos
bibliotecrários ...p.
417.
Os recursos financeiros, materiais e humanos ...p.
4i
Paúe
II
-
A
Bibtioteca
Digitat
do
Património Cultural
de
Évora
".p.47
Capítulo
1.A
Sociedade daInformação
e do Conhecimento...p.
47Capítulo
2. AsTic's
e aBiblioteconomia ...p.
SI
capítulo
3.a
Biblioteca
Digital
doPatrimónio
cultural
deÉvora
...p.
651.
Considerações ...p.
651.1"
A
definição...p.
651.2. Os objectivos e as firnções...
p.
661.3. As vantagens e os problemas associados ...
p.
682.
os
conteúdos: a apresentação e a representação da inforinação ...p.
T02.1. Ainformação
digtal
...p.70
2.1.L.
Os documentos nascidosdigitais
...p.
722.1.2. A
digitalização...p.
742.2.
Acolecçãodigtal
doPatimónio
Cultural de Évora...p.B0
3.
A
organização dos conteúdos e arecuperação dainformação...p.
g3 3.1.A
interoperabiüdade: )0\dL, metadados:"Dublin
Core,, eRDF
"..p.g4
3.2.O
Protocolo239.50...p.
903.3. Os sistemas de pesquisa "..
p.
933.4. Asegurança
...p.
944.
A
arquitectura do sistema ...p.
955.
Os recursos humanos, materiais e financeiros ... p. 976.
O Servigo de Informação do Património Cultural de Évora...p.
ga7.
OCento
de Doctrmentação e Informaçãotlíbrido
...p.
II0
7.1. O modelo híbrido ...p.
1107.2.
Ainterface gnáfica ...p.
116Conclusão...p.
121Fontes
eBibliografia
...p.
128Índice
de tr'igurasIig*
1-
organigrama dos serviços da câmara Municipar de Évora"..p.
12 Figura2-O
NDVCME:
situagão anterior a2003...p.
25Figura 2
-
Planta doedificio
dos Paços do Concelho: instalagões doNDVCME
...p.26
Figura 4
-
Instatações actuais do NDVCME.2004
...p.
44fiSum
5-
Proposta de estnrtura organizacional AoNOyCNfg
...p.
Il4
Figura 6-
Modelo de Bibliotecallíbrida
...p.
I 15Figura
t-PágtnaWeb
doNDyCME ...p.
120Índice
de QuadrosQuadro no.
I
-
As Bibliotecas em portugal. 1985-2001 ...p.
t4
Quadro no. 2
-No.
deutilizadores
anuais doNDVCME.
iggg-zoo3 ...p.
29Quadro no. 3
-
Carasteizaqáio dos Utilizadores doNDVCNtr
...p.
32Quadro no. 4
-
Caracterização dos Utilizadores doNDVCME.
Grupos Etários ...p.
32 Quadro no. 5-
caructenzaqão dos uülizadores rnternos do NDVGIT4E ...p.
33Quadro no. 6
-
carasteizago
dosutilizadores
Extemos doNDVCME
"..
p.
33Quadro n"-'1
-Assuntos
solicitados pelosutilizadores
doNDVCME
Á.rea geogrráfi ca .. "
p.'
j
4Índice
deGníficos
Agradecimentos
A
nossa dissertação apenas setornou
possívelpela ajuda
e
incenüvo
que recebemosao
longo da
sua elaboragão,pelo
que
gostaríamosde
dirigir
algumas palanras de agradecimento a todos os que colaboraram epermitiram
a realização do presente esfudo.Em
primeiro
lugar, ao Senhor ProfessorDoutor Filipe
Themudo Barata e aoSeúor
Dr.
Paulo
Leitão,
orientador
e
co-orientador,
respectivamente, desta dissertação, pelos conselhos, sugestões s simFatia que sempre manifestaram.A
todos os informantes que amavelmente participaram nasentevistas
e nos questioniârios.Aos
colegas
da
câmara
Municipal
de
É*rq
que
sempre
estiveram disponíveis para atender as minhas solicitações.INTRODUÇÃO
A
dissertação
de
meshado
que
apresentamos
sobre
o
Núcleo
deDocumentação e Informação da Câmara
Municipal
de Évora e a constituição de umabiblioteca
digtat
do Patimónio
Cultural
de Évor4
enquadra-seno âmbito
do
1o.Curso de
Mesfrado
em
Ciências Documentais
-
Biblioteconomi4
realizado
no Departamento de História da Universidade deÉvora
O
seuobjectivo é
contibuir
parao
coúecimento
de uma realidade social,educativa
e
cultural
e
apresentarrrm
projecto
inserido
nas novÍtstecnologias
dainformação
e
da
comunicryfu,
nomeadamenteno
que
conceÍneà
expansão dasbibliotecas
digitais.
ONúcleo
de Documentação e Informação da CâmaraMunicipal
de Évora deve
participar
naorganização e tansmissão de informação e conhecimento,evoluir ao mesmo
rimo
que a tecnologia e adequar-se às necessidades e às exigências da sua missão. Esta é a principat questão, emtorno
da qual sera desenvolvido o nosso estudo, 1»is, como refere EdgarMorin
na sua obraLa
Tête bien Faite, a questão hojeé a de saber organirar o saber.l
Como estrá organizado o Núcleo de DocumentaçEio e Informação da CâmaÍa
Mrmicipal
de Évora? Quem são os seu utilizadores? Comopoderá
os seuÍrserviços na Sociedade da Informação e do Conhecimento?
A
pesquisa
foi
estnrturadapara obter
resultados
com
úilidade
pdra
ainstituição na
qual
oNúcleo
de Documentação e Informação esüá inserido, sendo osúilizadores
a sua real forçamotiz.
Na
elaboração da nossa dissertaçãoforam
considerados essencialmente dois conceitos: bibliotecatadicional
e bibliotecadigital,
ainda que muitos outros estejamenvolvidos, como
patimónio
cultural do concelho deEvor4
sistemas de informação,ciências
da
informação, biblioteca
híbridq
sociedade
da
informação
e
docoúecimento,
novas tecnologias da informação e da comunicação, entre outros.I
Cf. Helena Yaz da Silva-
"O
papel da cultura na Europa do futuro"n
Revista dos CenffosEstes conceitos conduziram-nos no sentido de trma procura
bibliognífica muito
vastq
de forma
a
adquirimros
um
conhecimento sobre estas temáücas,não só
em termos nacionais, mas também internacionais.Foi
valioso o acesso a informaçáoon-line,
o
que demonstraa
importáncia
destaforma de
difirsão,permitindo
aceder aestudos ingleses, espanhóis, brasileiros, mexicanos,
americanos,
e
também portugueses, mas que nos comprova que Portugal se enconfua ainda nuÍna fase muitoinicial
sobre a real utilização e difusãoatavés
das novas tecnologias da informação edacomunicação.2
As
firnções
tadicionais das
bibliotecas
e
dos
centros
de
documentação (aquisição, conservação e acesso), mantém-se vigentes com as novas tecnologias da informação e da comunicaqáo,mas os seus alcances aumentaram e os métodos para assatisfazer
multiplicaram-se,
favorecendoo
acesso nápidoà
informação interna
eextemq formal
e
informal,
prevenindo
as
duplicaçõesde
informação,
obtendo omáximo
rendimento
da
informação existente
e
evitando
a
tenitorialidade
informacional.
As
bibliotecasdigitais
são uma importante e decisiva aplicação destas novÍrs tecnologias, pois§o
capares de fornecer runa resposta às crescentes necessidades de informação e decoúecimento
do mundo contemporâneo.3No
entanto, ooThevirtual
'Nos
nossos dias, a aquisição de informação e conhecimento está muito afrstada das realidades de orúora, como aquela Erc é desoita por Umberto Eco oo§ei que dos monges quevivem ente vós muitos vêm de ouhas úadias disposas por todo o mundo: uns por pouco tempo, para copiarem manuscritos
imFossíveis de encontrar noutros lugares e para os levarem depois para as suas próprias sedes, não sem
vos terem trazido em troca algum outo manuscrito que vós copiareis e inserireis no vosso tesouro; e
outros por longo tempo, para aqú ficarem por vezes até à morte, porque só aqui podem encontrar as
obras que iluminam a sua pesquisa''Cf. Umberto Ecn
-
O name da rosa.Porto: Público ComunicaçãoSocia! 't du.,2OO2(Mil Folhas), p.37.
3
Como refere Joaquín Pinto Escribano "El mensaje se há valido de diferentes canales paá encontar
un interlocutor: oral, simMlico, escrito. Estos canales han ido apareciendo conforme el hombre
constituyó su relación com otros hombres en un hecho fimdamental: del clan a la tribq de la Eibu a la polis, de ésta a la nación y de la nación al urbe. La relación de esta aldea global necesita de una rápida
tansmisión informativ4
a
la
vez
que se hace necesaria una capacidadde
almacenamiento incommensurúle, el reto ya está conseguido, la transmisión y almacenamiento en sopoúe electrónico puede cumplir estas condicionesn asI pues a paúir de ella como la sociedad del futuro se comunique.Estas nuevas formas de difundir el pensamiento modificaú la esüuctura informática actualmente
library is a dream that many shore, something many have imagined but none has seen.
The main features of this
vision
are a vasÇideally
universal collectionof
information
and
instantaneous Írccessto
that information
urhereverit
physically
resides.'/
O modelo que existe nos nossos dias corresponde à biblioteca híbrida, entendida como ainstituigão
quejrmta
ÍLos seusiÍectnsos
cliássicos,os
recursoselectrónicos
sobre suporte, assim como recursos acessíveis sobre a Web, e que geretudo
numa mesmapolítica documental.
Neste âmbito, pretendemos apresentar
um
modelo para o desenvolvimento deum cento
de
documentaçãohíbrido, com uma
vertente debiblioteca
tadicional
euma vertente de
biblioteca
digital
especializada nopatimónio
cultural
de Évora, noqual
sejuntem os
conceitos básicos de uma biblioteca tradicional especializada, de uma bibliotecadigital
e as facilidades das tecnologtas de informação.O nosso estudo pretende ser, também,
um contibuto
parao
conhecimento doPatimónio
Culhral
de Evora-A
informação e a documentagão são firndamentais para ocoúecimento
dopatimónio culttral,
permitindo a suaprotecção e conservaçElo, e o desenvolvimento de uma gestãointegrada
São um factor muito importante que deveestar presente no
início,
em todo o processo e no seufim,
porque não se pode protegernem conservaÍ, sem investigar; são uma medida de prevenção dos perigos dos bens
culturais,
um
insEumento
parÍaa
tomada
de
decisões,utrr
meio
ao
serviço
dostécnicos, investigadores
e
profissionais que
actuame
estudamo
pafuimónioe
um
instnrmento para devolver à sociedade o legado cultural. Assim, a informação sobre o
patimónio
cultural
deve terum
carácter de integraçãoe
coordenaçÍioe
consideradocomo
um
sistemade
relações.Mas para
que
tal
seja possívelé
necessáriocriar
insfrumentos
e
medidas
que
permitam
o
acesso
à
informação como
factorfundamental de uma
política
eficazdos Bens Culturais.A
nossa dissertação estádividida
em duas partes: na primeira, é apresentada acontextualização e a análise sincrónica do Núcleo de Documentação e Informação da
CME,
e, na
segrrnd4
os
factores
fundamentaisque
conduzemà
mudança
e
àapresentação do projecto sobre a
Biblioteca Digitat
doPatimónio Cultural
de Evora,tecnologÍas de
la
información. Proyeto TECA" in Ás tecnologias de informaçtío nas bibliotecas públicas. Ltwo de acÍas. Setúbal: AMDS, 1997, p. 115.a
Cf. James J.
O'
Donnelt-
The virtual library:st
idea whose time has passed. Disponível em:enquanto estatégia de optim2ação organizacional. Neste âmbito, considenámos que a
úordagem
mais adequada pararealaar o nosso estudo serianumaduplaperspectiva
Na primeira
parte,
utilizámos métodos qualitativos, quantitativos, descritivose interpretativos.
A
úordagem
qualitativa e quanütativa permitiu-nos a descrição e ainterpretação
das
realidades
apresentadas, nomeadamente
dos
Centros
deDocumentação e Informação existentes em Évora e com maior incidência, do Núcleo
de
Documentaçãoe
Informação
da
CâmaraMunicipal de
Evorq
com
especial destaque paÍa os dadose
as várias fontes deinformação,
como as entrevistase
osinquéritos pessoais.
O
corpu.s docr:mental
foi
recolhido,
sobretudo,
em
2003,
e
consistiu especificamenteem:
entrevistas semi-elaboradasa
firncionráriose
Íesponsríveis decentros de documentação
e
inquéritos autilizadores
do Núcleo de Documentação eInformação
da
Câmara
Municipal
de Évora
Foram
também
úilizados
dados existerúesno NDVCME,
relativos
ao
seu fimcionamento,relatórios
e
registos
deutilizadores.
Os colectivos ir»estigados foram: Cenaos de Documentação e Informação da
Adminisfração
úUti"u
Regional eLocal
emÉvora
(11), dos quais dois pertencem aCentros
de
Investigaçãoda
Universidadede
Évora
Os
critérios
de
selecção dasinstituições
e
dos
inquiridos
foi
com
base numa
amostra
não
probabilística, intencional, com o objectivo de adquirir elementos puraasua análise global.Na
segundaparte,
apresentamoso
projecto
referente
à
biblioteca
digltal
especializada
em
pafrimónio cultural do
concelho
de
Evory
a
especializaçãofoi
determinadapelos utilizadores
do Núcleo de
Documentaçãoe
Informação. Nestaconformidade, apresentamos a
sru
colecçãodigtal
e as tecnologias da informação ecomunicação que
lhe
estão subjacentes, deforma a
permitirem
a
sua constituição,armazenamento e recuperação.
No final,
outilizador
tem acesso à informação atravésdapágnaWeb
doNDVCME,
e, passa a dispor de dois espaços: odigital
e ofisico.
Á
E
um projecto aberto, que deverá contaÍ, querno
seu desenvolvimento, querParte
I
-
O
Núcleo
de
Documentação
e
Informação
da
Câmara
Municipal
de
Évora
Capítulo
1.Breve
contextu
aliz,a'çáo
1. A
Câmara
Municipal
deÉvora
A
CâmaraMunicipal de
Évora
localiza-sena
Praçade
Sertório,no
antigoPalácio
dos Condesde
Sortelhae Vila Nova,
o
qual
sofreu obras substanciais noprincípio
do
secúo
)O(,
nomeadamente,no
que
respeitaà
constução
do
corpo superior, e também na década de setenta, com a construção doedificio
anexo @ua deD. Isabel e Rua de Olivença) geminado com o co{po principal.
A
missão fimdamental
de
uma
autarquia
é
ooservir"os
serul munícipes, independentemente de missões parcelares, de objectivos específicos,dishibúdos
no espaço e no tempo, com maior ou menor incidência no todo ou em parte da população do concelho.As suas
atibúções
e competências estão definidas naLei
f
.1.69199, de 18 deSetembro (Quadro de competências e regime
jurídico
de firncionamento dos órgEiosdos municípios e das freguesias). Não tem autonomia legislativa, mas pode elaborar regulamentos.
A
actual representaçãoformal
da estnrtura da CâmaraMunicipal
de Évorafoi
publicada
no Diário
da República,
tr
Série,de
5
deNovembro
de
2004.No
seupreâmbuto
é referido
que
'oa presenteestruturq
sendoo
resultadode
ponderada análise conjuntural, nalo é um ponto de chegada mas, antes, um ponto de partida parauma
esEutura
mode,l:ra enquadradorade
uma
gestão participada
e
dinâmica,nomeadamente
de
acordo
com
a
Lei f.2D004,
de
15 de
Janeiro,
adaptada àsaúarquias locais pelo
Deco"Lei
no. 93D004,de
20
deAbril.
Foi tido
em
conta o regimejurídico
de organização e o fi:ncionamento dos serviços dasautarquiú
locais-Dec.Lei no.ll6l84,
de 6 deAbril,
alterado pelas Leis nos. 44185, 96199 e 169199, de 13de
Setembro,17 de Julhoe
18 de Setembro, respectivamente,e
aindapelo
Dec.Leino.l98/91,
de29 deMaio.'s
5
Câmara Mrmicipal de Évora
-
Regulanento interno dos Serviços da Cômoa Municipal de livora.O Núcleo
de Documentaçãoe
Informação éuma
das ráreas que compõem aDivisão
de
Assrmtos Culturais,
inserida
no
Departamentodo
Centro
Histórico, Património e Cultura (Fie. 1).Não é possível apresentar uma análise organizacional da Câmara
Municipal
deÉvora, pois
tal
daria origem aum profirndo
estudo que não cabeno
âmbito da nossa dissertação,pelo
queiremos
apenasmencionar
alguns aspectosque
consideramos mais relevantes.Ao
longo dos anos assistiu-se a algum esforço de modernização e de mudanç4com
acções pontuais, mascom a
ausência deum plano
integrado de modemizaçãoadministrativa
e
de
gestlio
pela
qualidade
total.
Considera-seque deverirm
serestúelecidos objectivos
eshatégicose
medidas,e
o
enfoquede
actuação deveriacentrar-se
nas
áreas relacionadasoom
a
informação'e
a
aplicação
das
novas tecnologias da informação e da comunicação.A
adesão do poder local à Sociedade da InformaçÍío e do Conhecimento é hoje um factor findamental para a modemização adminismação e o aprofirndamento da suarelação
com
o
cidadiío. Conceitoscomo cidadaniq
participação, desburocratização,descentalização, qualidade do servigo, entre outros, são hoje indissociáveis das
Tic's.
As
expectativas dos cidadãos em relação aos serviços públicos não se circunscrevem aopróprio
acesso ao serviço oferecido e à recepção duquilo que se considera brfuicona
sua prestação,é
necessárioum novo
modelo
que
satisfaçaos
cidadãos com elementos que determinam a qualidade do serviço.Para que o pÍocesso de modernização da Câmara
Municipal
de Évora avance, deverá haver umadirectiva
eficaz dos eleitos, paÍa que os dirigentes dos respectivos serviços Íeperxiem a melhor forma de a levar a efeito e reavaliem o seu pessoal, e parao concretizar não se podem "esquecet'' da representação dos sistemas de informação, nem das tecnologias da informação. Por outro lado, todos os dados em circulação não sÍío exclusivos de
um
serviço, mas detoda
a Câmara, sendo necessário habalhar emeqúpq pois 'Já
1ávai o
tempo em que
cada sector se orgulhavado
seu trabalhoindividual."6
Assim, todos os semiços devem estar interligados eter
como objectivosatisfazer as necessidades colocadas
pelos
munícipes. Devení haver melhoramentos dosprocedimentot.
mslsnalizagão dos recursos físicos e humanos.6
Há
duas
aplicaçõesmúto
importantes
na
autarqúa,
relacionadascom
aqualidade dos serviços:
a
gestão documental quepermite
a hamitação detodos
osprocessos pela organização e
o
SIG
(sistema de informação geogláfica) que permitettma grande interacção entre o município e os munícipes e
outos
parceiros sociaisA
área
da
informatização
foi
desenvolvida
em todos
os
senriços
e
éindispensável
para tomar os
processosmais
eficientes
e
eficazes,permitindo
a circulação de dados (não confidenciais) em toda a Câmara e a ligação ao munícipe, a entidades como jrmtas de freguesia, escolas, entre ouhas ('CidadeDigital)7.
Deveráser
um
contibuto
par:a a melhoria dos procedimentoss
msisnalização dos Íecursos fisicos e humanos.A
redeimplantada
caracteriza-se,em termos
muito
genéricos,da
seguinteforma: é uma rede estrúurada, com eqúpamentos hubs, switches,
routers,
aligação
enl:re osvários edifícios é feita atavés
defibra
óptica
efimne relay;
a plataformaafrliz-ada
nos
servidoresé
baseada, sobrefudo,no
sistemaoperativo
Windows; hársistemas de salvaguarda de informação como bach,ps e redundância
Todavia,
não
se
pode
esquecerque
os
recursos humanossão
o
elementoprimordial
das organizações e o ser humano deve ser encarado como o centro de todosos processos. O
funcionário
desempenha um papel decisivo, querno
que respeita aoatendimento,
Í[üü no
seguimentoe
resolução
dos
processos,de
forma rápida
transparente, personalizada,
pelo
que deve contarcom
basesde
dados coerentes efidedignos, Infuanet e
Interne!
correio electrónicointemo
eexteílo,
mas actualmente alEnas cerca de metade dos fimcionários da autarqúa têm acesso directo a estes dois últimos.Em 2003, a Câmara
tinha
859 habalhadores: 582 homens (68Yr) e 277 mulheresQ2yo),
distibúdos por nove
gruposprofissionais,
nos
quais,as
mulheressó
sãomaioritrárias em três deles: o adminisfrativo, o técnico e o técnico superior. Os maiores
gnrpos
profissionais são
o
grupo
de
pessoalauxiliar
e
o
grupo dos
openários, correspondentes a 213 dototal
de habalhadores. Existem 3 firncionrários com formaçãode biblioteconomia: um técnico superior e dois tecnicos profissionais.
7
No sire da Câmara Municipal de Évora
-
www.cm-evora.pt. poderá ter acesso a diversas informações,como eventos, trânsito, senriços da câmara, actas, itinerários históricos, mapas, arqueologia, liuaria
CME AME Gabinate dc AFoio á Reddad!r Vareafro Ftrsídam6ntc Exlem Gâbhete A$omôhh Mwddpst or FÍÊquâd€! Sar@ Munldpal rtc PÍorêcÉo Civí oopatanofto dc ComniEéo c ReraçÚcs úm Oopaíãnub dt Áuditoíia c Flsthagáo OÊpslamnto da Apoio Julde a NolaÍíado DapaÍtânàfilo do lnl@üÉo Sodal. EducsÉo ' Oudldado ocpaísm€Í|lo do
ArÍbimtâ o Pmirdor OqgaÍtãmülo dc
dr ObÉ PaÍdelãG3 oepanânÍnto da Ordmemroto ! Gcltâo do ÍsrttóÍio OcpaÍtãfrantod. oaprÍülnüto do Godào c AdíüirúãÉo DcFrytarrdb d. OcrcmÍunala E@iniÉa OM!ào do OÍgardzaçáo ê
Godáo lrt'omdüe Oivbáo dc CclpoÍto
d. Âfob oíLão do ccsrào Fh&@: OMráo dâ Flslb.çào do Obro Ohrbilo d! ^cção Sodal Âlrodsúvim c JuguüIda OMdo d! Errsc VqdG c Ouidad. Afilionüat Oltíbào drO!6s PEÍlkularls Diitâo dr Pl$e&llmto â PEJsÍfB Mudcjpals otubâo dt Aldrtándã c
Mmtênçáo oM!áo d.Âpoio àrÁrdlridrd6 Ê m Dccnvdrônm E6ÍúÍnbo OM!ã! dr Gê3táo e Eqlban6to dr AcÉo Eduenve OMsáo tfaÁ$Es c
Srnasmab otulsâo d. O!ru on Zona Clssüedát OMdods MobIUsd. o Équlpananto UrOao OMráo dr pEmoçáo ftIltdc. Dtulsâodc Obru Muüpsfr DMgáo do Hhluc o lrnprra púbnre oiylsâo ô GaÉo do PeülnúúMulldPrt aÂPlloYldonffib ,i i. d. Olvbào do GôrÉo da R!@r!ât Htmôr §rcÉo d! Vcndnraot c . ADorct
2. Os Centros de Documentação e
Informação
emEvora
A
Ciência
da
Informação @iblioteconomia,
Documentaçãoe
Arqúvística)
nasce nos
EUA,
a
ãsua primeira definição surge nas conferências realizadas em 1961e
Lg6Z,no
Instituto de
Tecnologla
da
Georgia.
Foi
definida
como
uma
ciênciainterdisciplinar,
que investiga as propriedades eo
comportamento da informação, asforças que
governamo
fluxo
e o
uso da
informação
e
as
técnicasdo
processoinformativo para um maior arrnazenamento, recuperação e disseminação.
O conceito de biblioteca vem desde os tempos mais antigos, ainda que se lsnha modificado ao longo dos séculos.
A
documentação surgiu como resposta a uma sériede
mudançasno
séculoXDÇ
o
aumentoda
produçãociçntífica
e
o
interesse doscientistas
pela
produção recenteconduziu
à
constiüriçãode
técnicase
proce§sos específicos e próprios desta nova disciplina. Destaca-se, como noüdade qualitativa, omovimento docqmental: formulação do conceito geral do documento como suporte de
informação, a demonstação de que
o
üabatho neste campo necessita de cooperaçãointernacional
e
os inícios
do
estudo científico-social
da
produçãoe
consumodfl
informação científi.c4
Nos
anos oitenta
do
séc.
)O(
surge
uma nova disciplina
-
a
gestElo dainformação (information
mctnagement),{u€
apesarde
ter
elementos comuns com ouüas disciplinas, não pode conflmdir-se com nenhrma de1as.Achralmente, a
tipologta
das bibtiotecas éfeita
com base em vários critérios, como oprúlico-alvo,
a tecnologiautilizadq
etc.No
entanto, atipologia
mais comumreconhece basicamente
quaffo:
nacionais, públicas,
académicase
especializadas(como
sãoos
centos
de
documentaçãoe
informação); todaviar nas estatísticas doInstituto Nacional de
Estatística8 são apresentados seis génerosprincipais
(Quadrono.1).e
t As definiçôes de bibliotecas apresentadas pelo Instituto Nacional de Estatfutica estão contidas na obra
Estatísticas da Culturü, Desporto e Recreio. Lisboa: INE, 2003
,pp.123-124-,
Cf. Eduardo de Freitas-
Á.s bibltotecas em Portugal: elementos para um uttaliação (na última década).Lisboa: Observatório das Actividades Culturais, 1998 (OBS Pesquisffi,2), pp. 17-18"ClassiÍi-cação Âno Nacio-nars Especiali-zadas Abertas ao público Espec. Outras trmp. Não Especial. Públicas Ens"
Supe-rior
Escola-Res TOTAL 1985 3 2U2 63 139 24 148 157 686 t?:20 1990 1 xl,g 51 178 11 167 204 675t2vt
1995 1 314 l?:2 192 11 191 232 865t6t4
2001 1 317 129 183 11 304 366 923 1917Quadro no.l: As Bibliotecas em Portugal. 1985-2001
Fonte.' Estatísticas da Cukura, Desporto e Recreio. Lisboa: Instituto Nacional de EstatÍstica,
2001, p. 52 e Eduardo de Freitas
-
As bibliotecas em Portugal: elementosptra
uma waliação(na última década). Lisboa: OBS, 1998, p. 14.
As
bibliotecas
especializadasou
cenfuos de documentaçãoe informação
sãounidades documentais que têm por objectivo a descrição de conteúdos de documentos
e
a
suadifusão,
indicaçãoda
infonnação
e
suasfontes
e
responderàs
consultas concretas,utilizando
a informação disponível"Os elementos connrns que se
identificam
são os seguintes: têm colecções ricas sobre uma fuea específica, com uma maior variedade e núilrero de documentos da suaespecialidade;
o
seu objectivo é recolher, organizar e disponibiliz*rr a informação e oconhecimento, seja através
de
lirros,
seja affavés dos novos meioselectónicos.
As suas colecções são formadaspor
documentosde
diferente naturezae pelo
que
seconhece como
"literatura
cinzenta" (não editados), de alto valor e difusão res;frita, quenão
é
possível obter pelos
canais comerciais; também
conta
com
publicações periódicas, comunicações apresentadas em congressos e oferece a facilidade de acesso a bases de dados, quer próprias, quer exterras"Têm como finalidade prover de produtos e/ou seroiços de informação as suas
organizagões (geralmente estêio integrados numa instituição), determinados cplectivos
ou
a sociedade em geral. Estes seruiços diferenciam-se na qualidade e/ou quantidadede
valor
acrescentadopelo
documentalistaà
informação,
para que se
ajuste
àsnecessidades
do utilizador.
Este valor pode consistir na garantia defiabiblidade
e naexaustividade
das fontes
de
informaçãoutilizadas
ou
facilitadas
ao utilizador,
naprontidEio,
agilidade
e
utilidade
do
senriço,
etc.
e
podem versar
tanto
sobre
Linformação
intema
como externa-Encontam-se
geralmente ligados a instihrições desector privado e est2lo orientadas paÍa actividades tecnológicas, de investigação ou de senriços. Aquelas que estilo inseridas em instituições académicas apoiam programas
de investigação e de docência.
São constituídas por especialistas em informação e documentação que têm por objecto a recolha, a análise e o üatamento da informação gerada
por
fontes internase/ou externas
à
organiz.açáo; pilratal,
emprega meios pessoais, Íecursos técnicos eeconómicos,
com
o
fim
de
submeter
a
informação
a"nm
tratamento
técnicodocumental que cria
utilidade
(económica e social) para os utilizadores que pretende satisfazer.l0 Contam com pessoal especializado, que deve adiantar-se as procuras dos utilizadores, para lhes oferecer de imediato a informação sotricitada Esta característicamarca
uma
clara diferença
com oufios
senriços
bibliotecários existentes,
queoferecem
à
posterior
a
solicitaçâo
do
utilizador.
Os
serviçosde
pesquisa
e
a disseminação selectiva da infonnação são indispensáveis nestes serviços, sobretudo, com as tecnologias da informação e da comunicação.Em
Portugal,o
desenvolvimento das Ciênciasda
Informação, sobretudo,dfl
biblioteconomia, ocorreu a partir dos anos oitenta do sécúo )O(, quer no que respeita
as bibliotecas,
quer
no
que
respeitaaos centros
de
docrunentaçãoe
infomração.Apesar de terem
objectivos e
missões diferenciadas,a
sua gestão biblioteconómica tem os mesmos pilares,pelo
que iremosreferir
alguns momentos que consideramos fundamentais e que tiveram reflexo nos centros de documentação e informação.O Relatório apresentado nos anos oitenta sobre
a
situaçâo das bibliotesas emPorhrgal continha resultados
pouso
animadores,pelo
que,em
L987,foi
criado
oProjecto da Rede
Nacional de Bibliotecas Fúblicas.
O
seuobjectivo
erainstalar
edesenvolver bibliotecas municipais
em
cada concelhodo
país, através decontratos-programas,
com
o
apoio técnico
e
financeiro
do Ministério da
Culfura.
Devemossalientar
o
papel
desempenhadopelo IPLB
-
Instituto
Porhrguêsdo
Livro
e
daBiblioteca em todo este processo.
O desenvolvimento desta rede
permitiu
aumentar significativamente o nrimero de bibliotecas em Portugal, nosúltimos vinte
anos (Quadro oo. 1),o
quefoi
possível com a evolução organizacional a três níveis:político,
técnico e cultural. Esta evolução'o Sobre este assunto veja-se
o
estudo de FERNÁNOEZ-CABRERÂ, Jesús Gómez e MAESSOL0PBz,Inmaculada
-
"Centrosy
senricios de informacióny
documentación en la administración aúonómica de Andalucía" in PH Boletín del Instituto Andaluz del Patrimonio Histórico, Ano [V, No.não se verificou
apenasnas
bibliotecas
públicas
municipais,
mas
também
nasescolares, universitárias e especializadas e o nrimero de profissionais a trabalhar neste
sector
tambémregistou
um
acréscimo.Em
simultâneo,talnbém
severificou
llJrrarrmento dos recursos financeiros e documentais (em papel, audiovisual,
digital,
etc.).Foi
tambémnos
anosoitenta que
se registaram alteraçõessignificativas
nagestão biblioteconómica:
-
Norm aliz,açáoda
documentação",
da
qual
salientamos,em
1984,
a publicação das Normas Porhrguesas de Catalogação e, em 1989, a criação do ProjectoCLIP
-
Compatibilização de Linguagens de Indexação em Porhrguês"-
Automatização
do
processamentobibliográfrco
e
dos
catalogos;
esteprocesso
foi
iniciado de
acordocom
o
formato
MARC,"
**
o
uso da rede
era basicamentelocal
e utilizava-se para consultar catálogos de outras bibliotecas eligar
algrrns entre si, verificando-se uma fraca adesão à
úilização
de redes de transmissãode
dados.De
1986
a
1991, registou-seum
aurnentosiguificativo do
voh:me
deinformação
bibliográfica
automatizada,a
banalização de novas tecnologias de acessoà informaçáo, avalorização dos novos resursos humanos e a atenção
política
sobre o sector das bibliotecas com atguns indícios de coordenação a nível nacional, como, por exemplo, o lançamento pela Biblioteca Nacional doPORBASE.
A
Base Nacional deDados
Bibliográficos
(1986),
estridisponível
desdeMaio de
1988,
foi
concebidainicialmente como catiílogo informatizado da Bibliotêca Nacional e catiilogo colectivo
das bibliotecas
portuguesas,é a
maior
babede
dados
bibliogrráficosdo
país
eactualmente é
uma "biblioteca
virtual".
Nesta conformidade, as bibliotecas ficaram com registosem
fomato nomalizado: o "UNIIvIARC",
baseado nas exigências danoflna
ISO
2709,e
nasISBD's,
facilitando
a
migraçãodo
caÍalogo para qualquer1l
A
normalizaçâoda
documentação reflecte naturalneuteo
impacto resultantedo
armentoexponencial do volume da informação; exige-se que a tansferência da informação se processe de uma forma coerente, uniforme, cómoda e facilmente detectável. As normas são revistas periodicamente, tendo em consideração as modificações verificadas nos suportes fisicos, apresentação, fiatamento catalográfico, tipologia dos documentos, reprodução e aplicação das novas tecnologias. Neste sentido, referimos os documentos ISBD's, emitidos pela IFLA, QUo determinaram alterações profimdas nos
princípios adoptados para a paúe descritiva da ficha bibliográfica.
p
O formato MARC (Machtne Readable Cataloging) apareceu em 1968, para representação e troca de
informação bibliográfica; em 1973 surgiu o standard ISO 2709, como representação informática desse
formato IúARC,
o
que possibilitoua
rápida conversão dos catálogos em papel, e,m catálogossistema
de
gestão
integrada
de
biblioteca,
logo
c1ueas
bibliotecas
tivessem possibilidades financeiras, humanas e técnicas para tal.As
novas tecnologias obrigaram auma
organizaçãodo
sistemadocumetrd,
com vista à, realização de um
nível
mais elevado de prestação de serviços, permitindouma melhor gestElo, a obtenção de vantagens competitivas e o aumento da qualidade,
sobrefudo,
com
a
expansão daWeb,
quepermitiu
um
crescimentodo volume e
dadiversidade de informação electrónica acessível em rede e ao constante aumento de
utilizado."s.l'
Como refere JoséAntónio Calixto "As
tecnologias invadiram o nossoquotidiano profissional
e
pessoal,
e
hoje não
há
dúvidas
de
que
enÍriâmosdefinitivamente na Soçiedade da Informação
[...]
Passamos das rotinas aos serviços edo carrpo
de simples intermediários de informação ao papel bem mais complexo deprodutores de conteúdos
digitais
[...]:
infra-estnrhra
técnica, formaçãoprofissional
ecriação de conteúdor.rrl4 Hoje há um novo paradigma tecnológlco e informacional.
*
Todaviq a
dinâmicareferida
nasbiblioteças
nãoé
extensivaa
todo
o
país,como é o caso de Évora, onde continua a não
existir
uma bibliotecamunicipal
com asvalências que
lhe
são inerentes.A
Biblioteca
Pública de Évotu, apesar de constantes alertase
esforços, continuacom
os mesmos problemas dehá
décadas;nos
ultimostempos,
e
por
acção
do
novo
director,
registou-se algr:ma
dinâmica, como
adisposição dos espaços
fisicos
ea
organização de exposições, conferências e oufros eventos.E
qual éa
situação relativamente aos cenfios de documentação e infonnação existentesna
cidade?
Em
virtude de não
poszuirmos
elementosque
permitam compreendera
situagãoachral
destasunidades
docr:mentaisem Évorals
e
paÍa13
A
apariçãoe a
rápida difusão da Intemet, especificamente da Web, permitiu uma mudançaqualitativa nas bibliotecas, especiaLnente na consulta dos catálogos. A maior parte dos fiúricantes de
softurare de gestÊio de bibliotecas adaptaram a consulta do catálogo, chamado OPAC (Online Public
Acess Catalog), dando o novo aspecto e a simplicidade do serviço, um maior uso do reflIrso.
J4 Cit. José António Calixto
-
«Editorial: as bibliotecas públicas portuguesas face aos desafios dasociedade da informação » in Liberpolis: Raista das bibtiotecas públicas, no.2, 1999, p.1" Disponível
em: http://urur,w. liberpolis.pt/:çüsta/revista-1 .htm
"
Or elementos disponíveis no Instituto Nacional de Estatística e em diversos estudos são insuficientes. Citamos, por exemplo o inquérito lançado em 1990, pelo INCITE, que visava coúecer e analisar osrecwsos de informaçáo, nomeadamente, a sua identificação, fimdos documentais
-
informações depossibilitar o
enquadramento doNúcleo
de Documentação e Informação da CâmaraMunicipal
deÉvora (objecto do
nosso estudo), considenámos relevante proceder aoesfudo destas ruridades documentais.
Neste ârrbito, decidimos
elaborar
um
Suião para uma
entrevista
semi-estnrturada
(Anexo N".1), que
foi
aplicado
em 11
Cenüos
de
Docrmentação
eInformação, pertencentes
à Administação
Pública:
1 da
adminismaçãolosal,
9
de seroiços regionais daadministação
central e 2 centros de investigação universitários,e que envolveu 20 fimcioniários.
A
comparação ea
análise dos dados extraídos das nossas entrevistas (AnexoNo.l),
permitiu-nos chegar às seguintes conclusões relativas ao seuperfil
descritivo:Os
Centrosde
Documentaçãoe
lnformação
da
AdministraçãoPública
emÉvora localizam-se no Centro
Histórico
deÉvorq
o que confirma a grande ocupação deste espaçopor
serviços da administraçãopública
Est2io integrados em divisões ou departamentos,não constifuindo
neúun
serviçopróprio
na
estrutura orgânica dainstituiçáo a que pertence, o que demonsta a sua pouca expressão.
A
década de oitentado
século)O(
constituiu o período em que foram criadosmais
serviçoscom
estas característicase
estElo aodispor
deúilizadores
intenros eexternos.
O
horário praticado
é
o
que
se registana
firnçãopública (9-12h
e
14-17,30h), não respeitando
o
estipulado para os serviçoscom
atendimentopúblico,
o qual deverá serfeito
sem intemrpção.No
entanto, há casos em que o atendimento dosutilizadores externos é
feito
apenas num períodomuito
resffito, comopor
exemplo,um dia por semana e até uma tarde por semana.
São todos unidades especiahzadas
de
acordocom
as áreas das instituiçõesonde
estE[o inseridas,como
ambiente, ordenamentodo
território,
história de
arte,permitiu concluir que existiam reflexos de alguma dinâmica no sector, comprovada pela informafizaçáo
recente de grande nrimero de Serviços de Informação e Documentação, a qual compreendia,,na maioria
das vezes, a criação das respectivas bases de dados. Esta dinâmica não se fez acompanhar, no entanto,
da necessária
liúa
orientadora ou política de enquadramento. Verificou-se alguma dispersão edescoordenação, que se reflecte em especial na criaçÍio de bases de dados de peçena e média
dimensão, cobrindo sectores comuns da informação científica e técnic4 e sem qualquer ligação entre
si. Registou-se lm.a fraca adesão à utilização de grandes sistemas de bancos de dados, como DIALOG,
BLAI§E, QUESTEL, etc.
-
Sobre este inquérito (metodologiq resultados, etc.), veja-se Ana MariaMartinho
-
"Recursos de informação científica e técnica. Contribuição para um estudo de situação" inpatrimónio arquitectónico, agricultura, estatística, etc. Alguns têm também funções de
esfudo e de apoio técnico em areas temáticas concretas, pelo que muitas vezes geram
e
úilizam
informação e documentaçâo próprias.Todos
têm
serviço
de
leitura
presencial,
uns com
boas
condições
deacolhimento e outros com redruidas e más condições. O empréstimo é verificado em
metade dos serviços,
com a
condiçãode
deixaremum
cartÍlode
identificação (porexemplo, bilhete de identidade, cartEio de estudante, etc.) e nenhum serviço tem cartÊÍo
de
leitor.
Também não existem regulamentos,guia
doutilizador,
carta da qualidade ououho
documento normativo.Em
termos gerais,o
espaçofisico
e
o
ambiente paÍa atendimentoe
sala deleitura
é adequado.No
entanto, devemosreferir
que encontámos algumas situações"caricatas",
comono
casode
um
serviço,cujo edificio
onde estrí instalado sofreuobras
de
remodelação recentemente,não tem
sala
própri4
sendoa
consulta
dedocumentos realizada no auditório, o que significa que quando são realizadas reuniões
é impossíve1 ter acesso ao espaço e aos documentos; estes firncionam, êffi parte, como
*decoração" do auditório.
Nouto
serviço, a sala de consulta tem dimensões exíguas, existe apenas uma mesa de dimensões muito reduzidas e uma cadeira.O nrimero de fimcionários
por
serviço é redr:zido, sendo o mais expressivo oserviço que tem quatro firncionários, que corresponde também aquele que tem maior nrhnero de utilizadores
(interros
e externos);todaviq
também existem dois serviços que não dispõem de funcioniário a tempo inteiro.O
grupo profissional
mais
representativo
é
dos
técnicos
profissionais,possuindo apenas cerca de metade formação específica ÍML
irea
da biblioteconomia.Há, pois, a rcalização de tarefas documentais por pessoas cuja preparação não é a do
profissional da
documentaçãoe
que
ocupamum
posto
defiabalho cujo
perfil
não pertence à sua átea"Realizam todos atendimento personalizado
O
rnunero de utilizadores anuais não émuito
elevado, verificando-se apenasnum
serviço ser superior amil
e
em
quatro serviçoso
seu número não chegar aoscem.
O
número
de
utilizadores extemos
é
superior
ao interno
e
são,
sobretudo,estudantes
do
ensino
secundário
e
universitrárioe
investigadores.Face
a
estapanorâmica" consideramos que em cada uma das instituições deveria ser realizado um estudo,
iniciado
por
um inquérito
aos fimcionários
de
várias
categorias,para
seCenüo
de
Documentação
e
Informação.
Os
centros
de
documentação devem responder, emprimeiro
lugar, às necessidades dos utilizadores intemos.A
informattzaçáoé
uma
realidade.A
maioria
dos
serviçostem
catalogo§bibliograficos
automatizados, apesar de apenasdois
disponibilizarema
sua base de dados pela Internet.No
entanto, todos os senriços têm acesso à[Úernet
mas poucos são aqueles que participa:n em redes.A
aplicação informática de gestão documental ebibliogrrífica mais
utilizada
éo
Porba-se, nomeadamente,Pil&
o registo, catalogação,classificação
e
indexação
dos
docuurentos.
Estes
são
praticamente
apenasimonografias e
periódicos,
não tendo osoutos
documentos, comovisuais
gníficos, audiovisgais, etc., qualquer tratamento. Seguem as regras portuguesas de catalogação,a
CDU-ClassificaçãoDecimal
Universal,utilizam,
sobretudo,"tesauflis"
especfficos (temáticos), e os analíticos são, praticamente, inexistentes.Assim,
consideramos
que
deve
ser
implementada
uma nova
culturaorganizacional
e
contemplados
os
objectivos
preconizados
pela
modernizaçãoadministrativa
e
prática deuma
gestElode
qualidadetotal.
No
entanto, devemos terpresente que
"a
gestiioda
qr:alidade nas bibliotecas portuguesas estrí directamente relacionada com a história da qualidade na Administração Prú1ica".16As
bibliotecas
(centrosde
documentação)da
AdministraçãoPública
foramalvo
de duas investigações sobrea
GestEioda
Qualidadeem
1998e
1999, as quaispermitiram concluir
quea
sua aplicaçãofoi
insigniflcante. Apesar deterem
sofridouma mudança tecnológica
exigindo
umamaior
especialização,o
seu desempenho, a sua diferenciação organizacional ea
sua gestEio de processospor
inovação não sãoconsiderados
prioritarios.
São geralmente organizações reactivas e defensivas"Não há uma institucionalização de
centos
de documentação e informação ouqualquer norrna reguladora comum a todos eles. Consideramos que deve ser instituído
o
Sistema de Informaçãoe
Documentação (coqiunto de redes coordenadas) a nível regionall7, {luÊ conjugue todos oscentos
de documentação e infonnação, permitindouma verdadeira política de informação.
ru Cf.
Paula Ochôa e Leonor Gaspar Pinto
-
'oA avaliação na gestão da qualidade"in
Gestão da Qualidade na Administração Púbtica. Contributos do Centro de Docamentação. Lisboa: Ministério daEducação. Secretaria-Geral, 2000, p. 3 " 17 A tipologia
das redes é variad4 podendo estabelecer-se com critérios territoriais (locais, regionais,
nacionais), com critérios de especializaçáo temática, com base nas fontes documentais, em firnção do tipo de utilizadores, etc., mas podem também coqiugar-se vários destes critérios.
CAPÍTULO
2
"O Núcleo
de
Documentação
efnformação/CME
1.
Ohistorial
O
Núcleo
de Documentação e Informação da CâmaraMunicipat
de Évorafoi
criado em 1987 e integrado naDivisão
de Informação, Documentação e Atendimento,com
um
duplo
o§ectivo:
reunir as
espéciesbibliográficas,
sobretudo monografias, propriedade da autarqúa, que se encontravam dispersas por vários serviços, e prestar apoio à comunicação social.Estes objectivos foram rapidamente atingidos e devido à grande afluência de
utilizadores
extenrosna
procura
de
informação patrimonial
de
ârrrbitolocal
e/ouregional e pela formação académica e interesse pessoal dos firncionários, este serviço
foi-se definindo,
sobretudo, nesta perspectiva"O
nrirnero deúilizadores
externos à autarquia toma-se signifi cativo.Em
Evor4
alémdas bibliotecas escolares, existe a BibliotecaPúlica,
fimdadaem
1805por
Frei Manuel
do
CenáculoVilas
Boas, entiloArcebispo
desta cidade, dependente do Govemo e abrangidapelo depósito legal desde 1931, que se encontraafi:ncionar
muito mal
-
catalogaçãoatasad4
quadro
de
pessoalinsuficiente,
compouca
animaçÍíode
leittra
sem
empréstimo
domiciliário, entre
outros
factores"Provavelmente,
o
péssimo fimcionamento
destabiblioteca
çonÍribúu
para que
oNDVCME tivesse
uma
procura
muito
significativa
poÍ
parte
de
estudantes, professores, investigadores,ente
oufios. Não houve dirnrlgação por parte da Câmara, sendo esta feita essencialmente por 'f,lassa palarma".Em
1991, estabelece-se que o Núcleo de Doçumentação e Informação tem três vertentes fundamentais:reunir
os documentose
informação sobreÉvora e
a regiãoAlentejo,
seleccionare
tratar
a
documentaçãorecebida diariamente
na
Câmara(ofertas
e
permutas),prestar apoio aos
serviços
da
autarquia,
incluindo
o
deinvestigação histórica e
cultr:ral,
s â todos osúilizadores
externos.No
seu acervo documental integrou também estudos e processos prodr:zidos pela e para a CâmaraMunicipal
(ex: Plano Director, Plano de Urbanização, Plano deCirculação e Transportes, Metodologra de Recuperação do Centro Histórico, etc.).
Existem
espécies bibliográficas oferecidas, compradas (técnicas)
oudoações:
Dr.
MrárioChicó,
Sindicato dos Trabalhadoresdo
Comércio. Delegação deÉvorq Dr.
Carlos
Serrae
Dr.
Pires Gonçalves, as quais também contribuíram paraaunentar e enriquecer o seu acervo documental.
Em
1997 tifrhano
seu catáIogo manual:7.82I
monografias, 1.918tífirlos
deperiódicos,2I2
dossiers temáticos de recortes dejornais.
A
partir
desse ano, e porfatta
de espaço, tomou-se impossível continuara
realiz,ar o tratamento documental, sendoo
material
guaÍdadoem
caixas,que
seforam
amontoandoem vários
locais, como corredores e axrecadações.Com
o
decorrerdos
anose
a
recepção diráriade
documentos, apesarde
seproceder
à
selecção,o
espaçofisico
foi-se
tomando insuficiente
e
inadequado,dispondo apenas de uma sala onde todas as tarefas eram realizadas e com o miáximo
de
6
lugares paraleitura
presenciale
urna pequena sala onde estavam depositadosperiódicos e documentação para futuro tratamento.
AIém
desta situação decorrente daexiguidade
de
espaçofisico,
existiam
tarrbém oufios
gravesproblemas, como
a instalaçãoeléctric4
a concentração de poeiras e outras matérias, a desmotivação dosfi:ncionários
e
a
péssima im4gem
transmitida
aos utilizadores
num
serviço
de atendimentoprúlico.
Foram enviadas frequentes informações para os dirigentes alertando para esta
sifuação,
ffiffi
não foram
tomadas quaisquer medidas.
Atingiu-se uma
situaçãoverdadeiramente
cútica
(Fig.
2),
que levou
a
vários
protestos
de
utilizadoresexternos, inclusivamente na imprensa local.
A
reorganização e automatização do catálogo:O
Núcleo
de Documentação e Informação está, desde Setembro de 2003? a seralvo
de urna reorganizaçâo, quer em termos documentais, {luer em tennos espaciais,com
especial relevância
para
a.definição
de
critérios
de
selecção documental, automatizaçáo do catálogo e aumento do espaço fisico.Era
necessáriae
desejada amudanç4
a
qual pode não sera
ideal," masé
a possível em termos financeiros, estnrturais e administrativos. Todavia, é de referir quea
mudançaregistadq
sófoi
possívelporque existiu
'tontade" e
sensibilização dos dirigentes.Um
serviço documentalé um
organismo que recebee recolhe
informação, analisa-a e põe à disposição dos utilizadores, segrrndo as suas necessidades e da formaque entende mais correcta. Nesta consonância, tivemos em consideração a inserção do
equiparnentos
e
aplicações
infonnáticas,
a
definição dos produtos
e
serviços documentais e as necessidades dos utilizadores.Foi
necessário determinar os seus objectivos,o
conhecimento de técnicas de processamento e de aplicação deuna
metodologia para a execução das suas funções,as linhas do serviço: enüadas, saídas, tratamentos e circuitos. Também se considerou
a forma de
selecçãoe
aquisiçãode
documentose
informação,o
ordenamento dasespécies,
o
sistema de classiÍicação e o "lhesaurus" adoptado e as formas de difusão aplicadas, e elaborados regulamentos de firncionamento do senriço.No
entanto, esta reorgani zaçãoé
apenasa primeira
fasede
mudança neste senriço, pois pretende-se alargar o campo de acção, que corresponderá a uma segunda fase e terá por base a mudança organizacional apresentada na ParteII
deste trabalho.2. ^ds instalações frsicas, o
mobiliário
e oequipamento
O
espaçofisico é
fundamental paraa
organizaçãoe
fimcionamentode
um serviçocom
as característicasdo Núcleo
de Documentaçãoe
Informação,pelo
quetivemos
em
consideraçãoa
existênciade
diferentes
espaços destinadosa
sala
deconsult4
sala(s) de depósito,gúinetes
para os técnicos de-tatamento documental epara o responsiivel do serviço.
O Núcleo de Docunentação e Informação estiâ instalado no
edificio
dos Paçosdo Concelho, na Praça de Sertório.
A
sua localiração acfual não é a ideal, em virtudede estar num
ortremo
doedificio
da CâmaraMunicipal,
no entanto, com a abertura da porta da Rua de Olivença, esta situação fica resolvida (Fig.3).O
espaço
para
os
utilizadores
é
adequado
e
os
fiurcionários
dispõemactualmente
de uma
situação
mais
confortiável.
Foi
adquirido
mobiliário
eequipamentos, como secretárias, cadeiras para os leitores, fotocopiadora, impressora, etc.
A
iluminação também nãofoi
descruada, rondando os 500 hur.Na sala de leitrna é
feito
o atendimento dos utilizadores, com duas mesas e 12lugares; poszui estantes metálicas onde são colocados os documentos que pertencem às classes
0
e9
daCDU,
porque consideramos que são dos mais solicitados, e dois postos de trabalho.A
colecção de referência actual é composta por uma enciclopédia,dicionários,
bibliografias,
acesso à Internet,ente
ouüas, e localiza-se na denominada"Salade