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Aplicação de AIB em estacas caulinares com folhas de pequizeiro / Application of AIB in caulinary piles with pequizeiro leaves

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.33175-33179 jun. 2020. ISSN 2525-8761

Aplicação de AIB em estacas caulinares com folhas de pequizeiro

Application of AIB in caulinary piles with pequizeiro leaves

DOI:10.34117/bjdv6n6-029

Recebimento dos originais:08/05/2020 Aceitação para publicação:01/06/2020

Welma Faria Carvalho Estudante de Iniciação Científica

Instotuição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Ceres-GO.

E-mail: welmacarvalho2010@hotmail.com Flavio Henrique Martins Ribeiro

Instotuição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Ceres-GO.

Cleiton Mateus Sousa Orientador

Instituto: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Ceres - GO. E-mail: cleiton.sousa@ifgoiano.edu.br

RESUMO

O pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.) é uma espécie frutífera arbórea nativa do cerrado e se destaca pelo valor nutricional, diversidade de uso e potencial econômico. A propagação vegetativa é uma alternativa para a produção de mudas em escala comercial e garante as características da planta matriz. As auxinas são utilizadas para induzir a formação de raízes adventícias em estacas caulinares. Diante disso, propõe-se estudar a aplicação de ácido indolbutírico (AIB) em diferentes tipos de estacas de pequizeiro. Foi implantado experimento em arranjo fatorial 2 x 4, sendo dois tipos de estacas (com duas folhas e sem folha) e quatro concentrações de AIB (0; 1500; 3000 e 6000 mg L-1). O experimento foi implantado em três épocas de coleta (outubro/2015, fevereiro/2016, maio/2016). Semanalmente avaliou a brotação, enraizamento, formação de calos e perda das estacas. A sobrevivência das estacas não foi influenciada pelos tratamentos. Aos 37 dias de sobrevivência após implantação do experimento já havia 100% de perdas/morte das estacas. Os tratamentos utilizados, nas condições de realização do estudo não foram capazes de garantir a sobrevivência das estacas para a formação de raízes adventícias, porém permitiu a formação de calos.

Palavras-chave: Propagação vegetativa. Auxina. Caryocar brasiliense.

ABSTRACT

The pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.) Is a fruit tree species native to the cerrado and stands out for its nutritional value, diversity of use and economic potential. Vegetative

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.33175-33179 jun. 2020. ISSN 2525-8761 propagation is an alternative for the production of seedlings on a commercial scale and guarantees the characteristics of the matrix plant. Auxins are used to induce adventitious root formation in stem cuttings. Therefore, it is proposed to study the application of indolbutyric acid (IBA) in different types of pequizeiro cuttings. An experiment was implemented in a 2 x 4 factorial arrangement, with two types of cuttings (with two leaves and without leaves) and four concentrations of IBA (0; 1500; 3000 and 6000 mg L-1). The experiment was implemented in three collection periods (October / 2015, February / 2016, May / 2016). Weekly evaluated the sprouting, rooting, callus formation and loss of cuttings. Stake survival was not influenced by treatments. At 37 days of survival after implantation of the experiment, there was already 100% loss / death of the cuttings. The treatments used, under the conditions of the study, were not able to guarantee the survival of cuttings for the formation of adventitious roots, but allowed the formation of calluses.

Keywords: Vegetative propagation. It helps. Caryocar brasiliense.

1 INTRODUÇÃO

O pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.) é uma espécie arbórea, nativa do cerrado pertencente à família Caryocaceae (SANTOS et al., 2006).

A propagação vegetativa é possível devido a duas propriedades fundamentais das células vegetais, a totipotência e a desdiferenciação (HARTMANN et al., 2002).

As auxinas são os reguladores vegetais com maior efetividade na promoção do enraizamento, cujo principal efeito está ligado à sua ação sobre a iniciação dos primórdios radiciais em estacas caulinares (HARTMANN et al., 2002).

A presença de folhas favorece o enraizamento de estacas pela síntese de carboidratos, de auxina e cofatores que induzem a formação de raízes adventícias (FACHINELLO et al., .2005; ARAÚJO et al., 2004). Sousa et al. (2014) verificaram que a presença de folhas favoreceu a formação de raízes adventícias em estacas caulinares de maracujá-doce, assim como em estacas de Ixora (SILVA et al., 2015).

Tendo em vista tais fatores, se faz necessário estudos a respeito da aplicação de auxina em estacas com folhas. Assim objetivou-se avaliar a aplicação de auxina na indução de formação de raízes adventícias em estacas caulinares de pequizeiro com folhas, com intuito de contribuir com a definição de metodologias para a propagação vegetativa da espécie.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.33175-33179 jun. 2020. ISSN 2525-8761 2 MATERIAL E MÉTODOS

As estacas foram coletadas de uma planta matriz adulta localizada na região do Vale de São Patrício-GO, no município de Rianápolis-GO. O experimento foi implantado três épocas de coleta (outubro/2015, fevereiro/2016, maio/2016), no período matutino.

As estacas foram coletadas e mantidas em caixa de isopor forrada com gelo e papel úmido. O local de implantação foi no canteiro de propagação, situado no setor experimental do IF Goiano – Campus Ceres, localizado na Rodovia GO 154, km 03, Zona Rural, Ceres, GO.

Foram preparados dois tipos de estacas: sem folha e com duas folhas, padronizadas com tamanho entre 10-15 cm e no mínimo três gemas. Após o preparo das estacas, um terço da mesma foi imerso em solução de auxina nas concentrações propostas no estudo, durante cinco segundos e imediatamente inseridas em canteiro de propagação, contendo areia como substrato. Foi implantado experimento do tipo fatorial 2x4, sendo dois tipos de estacas (com duas folhas e sem folha), quatro concentrações de ácido indolbutírico (0; 1500; 3000 e 6000 mg L-1). O experimento foi implantado no delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições e dez estacas em cada unidade experimental. A distribuição dos blocos e dos tratamentos dentro de cada bloco foi através de sorteio.

Semanalmente foi avaliada a percentagem de brotação, de enraizamento, formação de calos e perda das estacas.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A queda das folhas das estacas caulinares de pequizeiro foi observada aos primeiros dias após implantação dos experimentos. Aos 17 dias, cerca de 60% das folhas já haviam entrado em senescência.

Após 24 dias de implantação dos experimentos, foi observado início de desenvolvimento vegetativo das gemas das estacas (Figura 1) tanto com presença quanto com ausência de folhas em todos os tratamentos aplicados.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.33175-33179 jun. 2020. ISSN 2525-8761 Figure 1 - Início do desenvolvimento de gemas vegetativas em estacas caulinares de pequizeiro.

Na planta, existe uma interação entre auxinas e citocininas. A alta interação auxina/citocinina favorece o enraizamento. Já a alta relação citocinina/auxina favorece a formação de brotações. Quando existe um alto nível de ambos hormônios, a formação de calos é favorecida (Hartmann et al., 2002). O pequizeiro possui facilidade na formação de brotos após o corte da planta ou poda de galhos. Assim, provavelmente, possui balanço endógeno favorável às citocininas em relação à auxina, comprometendo o enraizamento adventício. Independente dos tratamentos utilizados, verificou a formação de calo na base das estacas (Figura 2).

Figura 2 – Formação de calos em estacas caulinares de pequizeiro.

A presença de calos na base das estacas indica a possibilidade de estímulo natural de enraizamento que pode ser potencializada com a utilização de reguladores de crescimento.

Estacas com e sem folhas apresentaram 37 dias de sobrevivência. Verificou-se o início do desenvolvimento de gemas vegetativas, porém a morte das estacas impossibilitou a formação de brotos, por conseguinte de raízes adventícias de estacas caulinares de pequizeiro. Entretanto, estacas com folha e as concentrações de AIB não promoveram a indução de formação de raízes adventícias em estacas de pequizeiro.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.33175-33179 jun. 2020. ISSN 2525-8761 4 CONCLUSÃO

As concentrações de auxina e os tipos de estaca não garantiram a sobrevivência das estacas, logo, não foram capazes de induzir formação de raízes adventícias em estacas caulinares de pequizeiro.

Houve formação de calos em estacas caulinares de pequizeiro com e sem folha.

REFERÊNCIAS

ARAUJO, J. P. C.; SCARPARE FILHO, J. A.; RODRIGUES, A. Alporquia em Lichia: épocas e concentrações de carboidratos solúveis em ramos. In: Anais do XVIII Congresso Brasileiro de Fruticultura. Florianópolis, 2004.

FACHINELLO, J. C.; HOFFMANN, A.; NACHTIGAL, J. C. Propagação vegetativa por estaquia. Pelotas: Embrapa Informações Tecnológicas, 2005. p.69-109.

HARTMANN, H.T. et al. Plant propagation: principles and pratices. 7.ed. New Jersey: Prentice-Hall, 2002. 880p.

SANTOS, B. R.; PAIVA, R.; NOGUEIRA, R. C.; OLIVEIRA, L. M.; SILVA, D. P. C.; MARTINOTTO, C.; SOARES, F. P.; PAIVA, P. D. O. Micropropagação de pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.). Revista Brasileira de Fruticultura. Jaboticabal - SP, v. 28, n. 2, p. 293-296, 2006.

SILVA, A. de S.; REGES, N. P. R.; MELO, J. K. de; SANTOS, M. P. dos; SOUSA, C. M. Enraizamento de estacas caulinares de ixora. Advances in ornamental horticulture and landscaping, v. 21, n. 2, p.201-208.

SOUSA, C.M; SANTOS, M.P; CARVALHO, B.M. Enraizamento de estacas de maracujazeiro-doce (Passiflora alata Curtis). Científica, Jaboticabal, v.42, n.1, p.68-73, 2014.

Imagem

Figure 1 - Início do desenvolvimento de gemas vegetativas em estacas caulinares de pequizeiro

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