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Desenvolvimento de páginas web dinâmicas : ensino e aprendizagem com recurso a um jogo

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE DE LISBOA. Desenvolvimento de páginas web dinâmicas: Ensino e aprendizagem com recurso a um jogo. Nelson Alexandre Fernandes Garcia Barra. Mestrado em Ensino de Informática. Relatório da Prática de Ensino Supervisionada orientado pelos Professores Doutores João Filipe Matos e Pedro Lopes da Silva Mariano. 2016.

(2) Este Relatório foi desenvolvido no âmbito do Projeto Technology Enhanced Learning @ Future Teacher Education Lab financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia com a referência PTDC/MHC-CED/0588/2014.

(3) UNIVERSIDADE DE LISBOA. Desenvolvimento de páginas web dinâmicas: Ensino e aprendizagem com recurso a um jogo. Nelson Alexandre Fernandes Garcia Barra. Mestrado em Ensino de Informática. Relatório da Prática de Ensino Supervisionada orientado pelos Professores Doutores João Filipe Matos e Pedro Lopes da Silva Mariano. 2016.

(4) iv.

(5) Agradecimentos. Este espaço dedico-o antes de mais aos meus pais que perante as adversidades da vida sempre me apoiaram incondicionalmente nos meus projetos pessoais dando-me força e suporte para que conseguisse concluir com sucesso o mestrado em ensino de informática. As batalhas que eu e eles suportamos foram épicas e sinto-me extremamente feliz por ambos termos conseguido superar com sucesso os desafios da vida.. Um agradecimento especial também para a minha amiga Ana Rita por me ter ajudado na escrita deste relatório dando-me o apoio necessário para levasse a “bom porto” este meu projeto de ser professor. Um bem-haja para ti e que nossa amizade resista à força do tempo.. À minha irmã por ter tido a paciência de rever as páginas deste relatório e ao meu colega Sérgio Ferreira pelo dialogo e desabafos que tivemos ao longo dos momentos críticos do curso.. Agradeço também aos meus orientadores Professor Doutor João Filipe Matos e Professor Doutor Pedro Lopes da Silva Mariano pelo apoio prestado na preparação da minha intervenção pedagógica e posterior produção deste relatório. A orientação de ambos fez-me crescer profissionalmente fundindo numa só as dimensões educativas e técnicas tal qual como deverá ser a função do professor de informática. Um obrigado a ambos por ter concluído o curso mais rico.. À minha professora cooperante Professora Vera Rio Maior pela disponibilidade e apoio prestado ao longo das diferentes etapas do curso que me permitiram ter contacto com a realidade de uma escola. Agradeço o seu cuidado e atenção estando grato por ter conhecido a Escola Secundária de Gago Coutinho que ficou de certa forma no meu coração.. Termino, por fim, com um agradecimento genérico à minha restante família e amigos que nestes últimos dois anos se viram diminuídos da minha presença e apoio e para os quais endereço este meu último comentário de agradecimento para com a compreensão destes.. v.

(6) vi.

(7) Resumo. O desenvolvimento de páginas web dinâmicas revela-se componente essencial a qualquer currículo de formação na área de informática. Ensinar os princípios da programação web a alunos de ensino secundário constitui um desafio que carece de devida preparação por parte do professor. Este relatório da prática de ensino supervisionada visa apresentar uma abordagem pedagógica onde os alunos são levados a aprender com recurso à programação de um jogo. Adotando uma metodologia de ensino de Project-Based Learning conjugada com uma estratégia de trabalho de Pair Programming, descreve-se como se poderá levar os alunos a adquirir competências na área da programação. O processo de ensino-aprendizagem que se centrou na noção de ausência de estado associada ao protocolo HTTP, procurou demonstrar aos alunos como estes poderão contornar este constrangimento tecnológico recorrendo aos conceitos de sessões e cookies implementadas na linguagem de programação PHP. Os conteúdos programáticos visados pela intervenção pedagógica que esteve na origem da produção deste relatório terminaram com o tratamento estruturado de erros, levando os alunos a ficar cientes do conceito de programação defensiva. A partir da prática de ensino supervisionada procurou-se por fim com este relatório, fazer um estudo exploratório no que concerne à eficácia educativa da abordagem pedagógica empregue pelo professor. Os resultados obtidos com o estudo permitem afirmar que os alunos têm bom desempenho académico caso programem aplicações de raiz, adotando como estratégia de trabalho o Pair Programming.. Palavras-chave: Cookies, Pair Programming, PHP, Project-Based Learning, Sessões, Tratamento Estruturado de Erros. vii.

(8) Abstract. The development of dynamic web pages is an essential component to any training curriculum in computer science. Teaching the principles of web programming to high school students is a challenge that needs proper preparation by the teacher. This report of supervised teaching practice aims to present a pedagogical approach where students are made to learn coding a game. Taking a Project-Based Learning teaching methodology combined with a Pair Programming work strategy, this report describes how it can be possible to lead students acquire skills in the area of programming. The teaching and learning process which focused on the lack of state associated with the HTTP protocol, intended to show students how they can get around this technological constraint using the concepts of sessions and cookies implemented in the PHP programming language. The contents covered by the pedagogical intervention that led to the production of this report ended with structured error handling, leading students to become aware of the concept of defensive programming. From the supervised teaching practice, it was finally made an exploratory study in relation to the educational effectiveness of the pedagogical approach employed by the teacher. The results obtained from the study allow to state that students have good academic performance case program root applications, adopting as working strategy the Pair Programming.. Keywords: Cookies, Pair Programming, PHP, Project-Based Learning, Sessions, Structured Error Handling. viii.

(9) Índice. Agradecimentos ------------------------------------------------------------------------------------------------ v Resumo --------------------------------------------------------------------------------------------------------- vii Abstract ------------------------------------------------------------------------------------------------------- viii Índice de Quadros -------------------------------------------------------------------------------------------- xii Índice de Gráficos ------------------------------------------------------------------------------------------- xiv Índice de Figuras --------------------------------------------------------------------------------------------- xv Lista de Abreviaturas --------------------------------------------------------------------------------------- xvi 1. Introdução -------------------------------------------------------------------------------------------------- 19 2. Contexto da Intervenção --------------------------------------------------------------------------------- 21 2.1. A cidade de Alverca do Ribatejo ----------------------------------------------------- 21 2.2. A Escola ----------------------------------------------------------------------------------- 22 2.2.1. Instalações ------------------------------------------------------------------- 23 2.2.2. Salas de Informática ------------------------------------------------------- 25 2.2.3. População Escolar ---------------------------------------------------------- 25 2.2.4. Oferta Educativa ------------------------------------------------------------ 27 2.2.5. Parcerias e Protocolos ----------------------------------------------------- 28 2.3. A Turma ----------------------------------------------------------------------------------- 29 2.3.1. Caraterização da Turma --------------------------------------------------- 29 2.3.2. Observação de Aulas ------------------------------------------------------ 32 3. Enquadramento Curricular da Intervenção ----------------------------------------------------------- 34 3.1. Cursos Profissionais --------------------------------------------------------------------- 34 3.2. Curso profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos ------------------------------------------------------------------------------------ 36 3.3. Disciplina de Redes de Comunicação------------------------------------------------ 38 3.4. Módulo – Desenvolvimento de Páginas Web Dinâmicas ------------------------ 40 4. Enquadramento Científico da Intervenção ----------------------------------------------------------- 42 4.1. Identificação da Temática -------------------------------------------------------------- 42 ix.

(10) 4.2. Conceitos Científicos --------------------------------------------------------------------43 4.2.1. Mapa Conceptual -----------------------------------------------------------44 4.2.2. Protocolo HTTP (Hypertext Transfer Protocol) ----------------------45 4.2.3. PHP (PHP: Hypertext Preprocessor) -----------------------------------46 4.2.4. Sessões ------------------------------------------------------------------------49 4.2.5. Cookies -----------------------------------------------------------------------51 4.2.6. Tratamentos de Erros ------------------------------------------------------54 4.3. Constrangimentos ao ensino da temática --------------------------------------------59 5. Enquadramento Didático da Intervenção -------------------------------------------------------------64 5.1. Metodologias e Estratégias de Ensino ------------------------------------------------64 5.1.1. Aprendizagem Baseada em Projetos (Project-Based Learning)---64 5.1.2. Programação em Pares (Pair Programming) --------------------------66 5.2. Papel do Professor e Papel dos Alunos ----------------------------------------------68 5.3. Opções Metodológicas e Constrangimentos ----------------------------------------69 5.4. Jogo “Quem quer aprender a programar em PHP” --------------------------------71 5.4.1. Descrição e Propósito ------------------------------------------------------71 5.4.2. Diagrama Entidade-Relacionamento e Modelo de Dados ----------73 5.4.3. Requisitos de Hardware e Software-------------------------------------75 6. Intervenção Pedagógica ----------------------------------------------------------------------------------76 6.1. Projeto de Intervenção-------------------------------------------------------------------76 6.1.1. Cenário de Aprendizagem ------------------------------------------------78 6.1.2. Recursos ----------------------------------------------------------------------79 6.1.3. Plano de Intervenção -------------------------------------------------------80 6.2. Concretização da Intervenção Pedagógica ------------------------------------------85 6.2.1. Primeira Aula – 18 de fevereiro de 2016 -------------------------------85 6.2.2. Segunda Aula – 22 de fevereiro de 2016 -------------------------------86 6.2.3. Terceira Aula – 23 de fevereiro de 2016 -------------------------------87 6.2.4. Quarta Aula – 25 de fevereiro de 2016 ---------------------------------88. x.

(11) 6.2.5. Quinta Aula – 29 de fevereiro de 2016 -------------------------------- 89 6.2.6. Sexta Aula – 1 de março de 2016 --------------------------------------- 90 6.2.7. Sétima Aula – 3 de março de 2016 ------------------------------------- 91 6.3. Avaliação das Aprendizagens --------------------------------------------------------- 93 6.3.1. Métodos e Critérios de Avaliação --------------------------------------- 93 6.3.2. Avaliação Diagnóstica ---------------------------------------------------- 94 6.3.3. Avaliação Contínua -------------------------------------------------------- 96 6.3.4. Avaliação Sumativa -------------------------------------------------------- 99 6.3.5. Heteroavaliação ------------------------------------------------------------102 6.3.6. Avaliação Final ------------------------------------------------------------103 7. Avaliação da Intervenção -------------------------------------------------------------------------------106 7.1. Abordagem Metodológica-------------------------------------------------------------106 7.2. Contexto e Caraterização dos Participantes----------------------------------------107 7.3. Instrumentos e Procedimentos de Recolha de Dados ----------------------------107 7.4. Análise dos Dados e Apresentação dos Resultados ------------------------------109 8. Balanço Reflexivo ---------------------------------------------------------------------------------------119 Referências Bibliográficas---------------------------------------------------------------------------------123 Anexos---------------------------------------------------------------------------------------------------------125. xi.

(12) Índice de Quadros. Quadro 1 Vínculo contratual associado aos professores de informática da ESGC --------------------------26 Quadro 2 Retenções escolares por ciclo de ensino -----------------------------------------------------------------31 Quadro 3 Retenções escolares por número de alunos--------------------------------------------------------------32 Quadro 4 Plano de estudos e carga horária dos cursos profissionais de nível secundário ----------------35 Quadro 5 Elenco modular da disciplina de Redes de Comunicação --------------------------------------------38 Quadro 6 Plano de Intervenção ----------------------------------------------------------------------------------------81 Quadro 7 Critérios de avaliação da intervenção pedagógica ----------------------------------------------------94 Quadro 8 Classificações médias obtidas com a atividade de diagnóstico de perguntas-respostas PHP 96 Quadro 9 Classificações médias obtidas pelos alunos com o desenvolvimento técnico do projeto de jogo “Quem quer aprender a programar em PHP” ---------------------------------------------------------97 Quadro 10 Classificações médias obtidas pelos alunos com o envolvimento destes nas atividades e desafios da aula ----------------------------------------------------------------------------------------------------------98 Quadro 11 Classificações médias obtidas pelos alunos com a programação do jogo associado à intervenção pedagógica ----------------------------------------------------------------------------------- 100 Quadro 12 Classificações médias obtidas com as apresentações dos alunos --------------------------------- 101. xii.

(13) Quadro 13 Classificações obtidas com a heteroavaliação dos alunos ------------------------------------------103 Quadro 14 Quadro síntese das classificações atribuídas aos alunos com a intervenção pedagógica ----105. xiii.

(14) Índice de Gráficos. Gráfico 1. Proporção dos diferentes tipos de vínculos contratuais para a globalidade do corpo docente da ESGC ---------------------------------------------------------------------------------------------26 Gráfico 2. Sucesso escolar dos alunos da turma alvo de intervenção pedagógica ---------------30 Gráfico 3. Distribuição de idades dos alunos da turma alvo de intervenção pedagógica -------31 Gráfico 4. Índice de sucesso face à ficha de avaliação diagnóstica ---------------------------------95 Gráfico 5. Distribuição percentual das respostas dos alunos alvo de intervenção pedagógica perante a questão se o Pair Programming os ajudou a aumentar a qualidade do software produzido por estes ----------------------------------------------------------------------------------------- 111 Gráfico 6. Principais dificuldades sentidas pelos alunos com a programação de novas funcionalidades numa aplicação ------------------------------------------------------------------------- 112 Gráfico 7. Qualidade da relação que se desenvolveu entre os colegas de grupo --------------- 115 Gráfico 8. Avaliação dos alunos às sete aulas de intervenção pedagógica ---------------------- 117. xiv.

(15) Índice de Figuras. Figura 1. Brasão de armas da cidade de Alverca do Ribatejo --------------------------------------- 21 Figura 2. Logótipo da Escola Secundária de Gago Coutinho --------------------------------------- 22 Figura 3. Bandeira da Escola Secundária de Gago Coutinho --------------------------------------- 23 Figura 4. Escola Secundária de Gago Coutinho ------------------------------------------------------- 23 Figura 5. Planta da Escola Secundária de Gago Coutinho ------------------------------------------- 24 Figura 6. Sala de Informática E14 (Escola Secundária de Gago Coutinho) ---------------------- 25 Figura 7. Plano de estudos do curso profissional de nível secundário de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos (TGPSI) ------------------------------------------------------ 37 Figura 8. Esquema de funcionamento do modelo de arquitetura cliente-servidor -------------- 45 Figura 9. Esquema de funcionamento referente à linguagem de programação PHP (retirado de Serrão & Marques (2009))---------------------------------------------------------------------------------- 47 Figura 10. Fluxograma referente ao tratamento de erros no contexto de uma determinada aplicação ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 55 Figura 11. Esquema referente ao tratamento estruturado de erros com recurso a blocos Try, Catch------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 55 Figura 12. Diagrama funcional do jogo “Quem quer aprender a programar em PHP” -------- 72 Figura 13. Diagrama entidade-relacionamento do jogo “Quem quer aprender a programar em PHP” ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 73 Figura 14. Modelo de dados do jogo “Quem quer aprender a programar em PHP” ------------ 74. xv.

(16) Lista de Abreviaturas. São utilizadas as seguintes abreviaturas e/ou siglas neste documento:. ASP - Active Server Pages CGI - Common Gateway Interface CONT - Professores Contratados DER - Diagrama Entidade-Relacionamento DGFV - Direção-Geral de Formação Vocacional EFA - Educação e Formação de Adultos ESGC - Escola Secundária de Gago Coutinho HTML - Linguagem de Marcação de Hipertexto (Hypertext Markup Language) HTTP - Protocolo de Transferência de Hipertexto (Hypertext Transfer Protocol) HTTPS - Protocolo de Transferência de Hipertexto Seguro (Hypertext Transfer Protocol Secure) IP - Protocolo de Internet (Internet Protocol) IIS - Servidor web do universo Microsoft (Internet Information Services) NEE - Necessidades Educativas Especiais OGMA - Oficinas Gerais de Material Aeronáutico OSI - Interconexão de Sistemas Abertos (Open Systems Interconnection) PAP - Prova de Aptidão Profissional PDCT - Projeto de Desenvolvimento Curricular da Turma PEE - Projeto Educativo de Escola PHDA - Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção PHP - PHP: Hypertext Preprocessor PjBL - Aprendizagem Baseada em Projetos (Project-Based Learning) QE - Quadro de Escola QNQ - Quadro Nacional de Qualificações QZP - Quadro de Zona Pedagógica RIE - Regulamento Interno de Escola SASE - Serviços de Ação Social Escolar SPO - Serviço de Psicologia e Orientação SSL/TLS - Protocolo de segurança (Secure Sockets Layer/Transport Layer Security) TCP - Protocolo de Controlo de Transmissão (Transmission Control Protocol) TGPSI - Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos xvi.

(17) TIC - Tecnologias de Informação e Comunicação UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) URL - Localizador Padrão de Recursos (Uniform Resource Locator) WWW - World Wide Web XML - Linguagem Extensível de Marcação Genérica (eXtensible Markup Language). xvii.

(18) "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção" (Paulo Freire, 1996, p.47) xviii.

(19) 1. Introdução. O presente relatório surge no âmbito da unidade curricular de Iniciação à Prática Profissional IV do Mestrado em Ensino de Informática e visa descrever a prática de ensino supervisionada que ocorreu com vista à obtenção do grau de mestre em Ensino de Informática pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. A intervenção pedagógica que se deu no ano letivo de 2015/2016 na Escola Secundária de Gago Coutinho (ESGC) teve como propósito lecionar a disciplina de Redes de Comunicação de uma das duas turmas de 11ºano do curso profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos (TGPSI). O módulo da disciplina intervencionado foi o de “Desenvolvimento de Páginas Web Dinâmicas”, procurando introduzir os alunos ao nível da programação web. A prática de ensino supervisionada teve assim como objetivo ensinar aos alunos os conceitos de sessões, cookies e tratamento de erros, enquadrando-os face ao contexto de um jogo desenvolvido para o efeito. Jogo este que se encontrava parcialmente codificado, cujo o propósito final era levar os alunos a concluí-lo. A conclusão do jogo tomou a forma de um projeto, tendo sido adotada a metodologia de ensino de Project-Based Learning (PjBL). Ao PjBL foi acrescentada a estratégia de trabalho do Pair Programming, levando os alunos a programar em pares. A conjugação de Project-Based Learning com Pair Programming levou a que se procurasse determinar das vantagens pedagógicas associadas à aplicação deste método de ensino, tendo sido aplicados aos alunos uma série de questionários. Questionários estes que visavam apurar a satisfação dos alunos com aplicação deste método de trabalho, tendo sido feita à posteriori uma análise aos seus principais resultados. O relatório que agora se apresenta é composto por um total de oito capítulos onde se faz a introdução, contextualização, enquadramento, descrição e apresentação dos principais resultados obtidos com a intervenção pedagógica. Intervenção esta que decorreu entre os dias 18 de fevereiro e 3 de março de 2016 e que encerrou as atividades letivas associadas ao desenvolvimento de páginas web dinâmicas. O presente capítulo faz uma apresentação da intervenção pedagógica que esteve por detrás da produção deste relatório, fazendo uma breve descrição dos seus capítulos e apresentando a formatação associada ao mesmo. A contextualização da intervenção surge no segundo capítulo deste relatório, onde se apresenta a cidade de Alverca do Ribatejo e se descreve a escola e turma onde esta ocorreu. A ESGC é descrita ao nível das suas instalações, população escolar, oferta educativa e parcerias e protocolos estabelecidos para com entidades externas. Terminando o capítulo, com uma caraterização dos alunos da turma alvo de intervenção pedagógica. O relatório faz, de seguida, 19.

(20) um enquadramento curricular do curso de TGPSI, descrevendo-o e integrando-o no contexto da oferta formativa associada aos cursos profissionais. O terceiro capítulo deste relatório engloba ainda a apresentação da disciplina envolvida com a prática de ensino supervisionada, terminando com a descrição do módulo onde esta teve lugar. Os conceitos científicos por detrás da instrução do professor são apresentados no quarto capítulo deste relatório. Este identifica a temática e descreve os conceitos de sessões, cookies e tratamento de erros como os conteúdos programáticos de referência das aulas de intervenção. O capítulo termina com a enumeração dos principais constrangimentos associados ao ensino da programação e identificação das principais cautelas a ser tomadas por parte dos professores. O enquadramento didático da intervenção surge logo de seguida, identificando as estratégias e metodologias de ensino empregues pelo professor. No quinto capítulo deste relatório é assim feita uma justificação das opções metodológicas utilizadas e identificação dos principais constrangimentos associados a estas, terminando o capítulo com uma descrição do jogo que serviu de mote às aprendizagens dos alunos. A descrição da intervenção pedagógica dá-se no sexto capítulo deste relatório onde se começa por apresentar o projeto de intervenção que serviu de suporte a esta, faz-se o relato da prática de ensino supervisionada e se concluiu o capítulo com a enumeração dos diferentes critérios utilizados na avaliação dos alunos. O cenário de aprendizagem utilizado nas aulas de intervenção pedagógica surge neste capítulo bem como se apresentam os principais tipos de avaliação associados às aprendizagens dos alunos. Este capítulo procura assim fazer uma súmula da prática letiva do professor incidindo sobre o planeamento, execução e avaliação desta. À avaliação dos alunos segue-se a avaliação da intervenção que no sétimo capítulo deste relatório apresenta os principais resultados obtidos com a intervenção pedagógica, procurando tecer as principais conjeturas que servirão de suporte ao balanço reflexivo da intervenção. Balanço este que no oitavo capítulo deste relatório procura refletir sobre o ensino de informática, demonstrando como a prática letiva é fundamental para o desenvolvimento profissional do professor. O balanço reflexivo encerra a estrutura de capítulos do relatório, apresentando este por fim, as referências bibliográficas e anexos que serviram de base à elaboração do mesmo. Antes de concluir, resta ainda referir que o presente relatório foi redigido tendo em conta a 6ª. edição das normas de referenciação APA e formatado segundo o documento “Orientações para o desenvolvimento e elaboração do relatório da prática de ensino supervisionada” do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. A estas regras ainda se acrescenta o estilo de letra a Itálico para os estrangeirismos, o tipo de letra Courier New para as expressões de código e o tamanho de letra 10 para as legendas e notas de rodapé do documento. 20.

(21) 2. Contexto da Intervenção. O presente capítulo faz a descrição do espaço geográfico, local e turma onde decorreu a intervenção pedagógica, providenciando um retrato da comunidade escolar envolvente.. 2.1. A cidade de Alverca do Ribatejo. Alverca do Ribatejo é a cidade mais populosa do concelho de Vila Franca de Xira com um total de 31070 habitantes (censos de 2011) e onze freguesias, destaca-se por ser um grande ponto de passagem para todos aqueles que se deslocam de carro ou de comboio. Para além disso, é uma das cidades limítrofes da zona da “Grande Lisboa” o que a potencia e lhe confere um dinamismo e crescimento em contraciclo com as restantes partes do país. O crescimento da cidade reflete-se ainda num acentuar da pressão demográfica e no incremento da população estudantil e das suas respetivas necessidades. Tendo como principais atividades económicas a indústria e os serviços destaca-se por ser considerada a “cidade verde” dado possuir um elevado número de espaços verdes e ruas arborizadas. Estando indissociavelmente ligada à génese e história da aviação foi nesta que se instalou o primeiro aeródromo militar e as oficinas de material aeronáutico do país (OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal) que até à data de hoje perduram. Foi também nesta cidade que se criou o primeiro aeroporto internacional do país, denominado “Campo Internacional de Aterragem”, que serviu a cidade de Lisboa até à inauguração do Aeroporto da Portela em 1940 (rebatizado de Aeroporto Humberto Delgado no decorrer do ano de 2016). Alverca do Ribatejo é assim uma cidade com um passado, presente e muito provavelmente futuro ligados à história da aviação portuguesa que a faz sobressair face à proximidade geográfica e centralidade da capital. Perante tudo isto, a escola onde se deu a intervenção pedagógica adotou um nome, símbolo e lema coincidentes com a história e vocação aeronáutica da cidade que se encontra espelhada no seu nome Escola Secundária de Gago Coutinho e na metáfora pedagógica que assiste ao seu símbolo e lema.. Figura 1. Brasão de armas da cidade de Alverca do Ribatejo. 21.

(22) 2.2. A Escola. A Escola Secundária de Gago Coutinho (ESCG), adotou antes de mais o nome de Gago Coutinho, em honra ao navegador e oficial da marinha Carlos Viegas Gago Coutinho que juntamente com Sacadura Cabral efetuaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul rumo ao Brasil. A escola, que começou por ser uma secção da Escola Industrial e Comercial de Vila Franca de Xira no ano letivo de 1969/1970, representa nos dias de hoje uma verdadeira escola de ensino secundário com uma população estudantil abrangida e uma gama de oferta educativa disponibilizada vasta e variada. Passou ainda a ser, no decorrer do ano letivo 2008/2009, a única escola secundária da cidade com o encerramento da Escola Secundária Infante D. Pedro e inclusão do respetivo universo estudantil nesta escola. Como resultado deste processo de fusão, o centro de formação de professores da escola adotou o nome de Centro de Formação Infante D. Pedro. A ESGC é assim uma instituição de ensino público de nível secundário não agrupada e com contrato de autonomia para com o Ministério da Educação. A missão desta escola não agrupada e autónoma centra-se assim em formar os futuros cidadãos do século XXI apetrechando-os de um repertório de competências que vão desde o âmbito literário até às competências de cariz social e de interação de uns para com os outros. Assim, promove-se a construção e valorização dos chamados quatro pilares da educação que integram o relatório para a UNESCO da Comissão Internacional para a Educação para o século XXI1: Aprender a conhecer, Aprender a fazer, Aprender a conviver e Aprender a ser. Decorrente desta missão e da vocação aeronáutica da cidade de Alverca do Ribatejo, a escola adotou como lema: “Sempre a voar para o futuro”. E os seguintes símbolos:. Figura 2. Logótipo da Escola Secundária de Gago Coutinho. 1. Disponível em, http://ftp.infoeuropa.eurocid.pt/database/000046001-000047000/000046258.pdf.. 22.

(23) Figura 3. Bandeira da Escola Secundária de Gago Coutinho. Figura 4. Escola Secundária de Gago Coutinho. 2.2.1. Instalações. A Escola Secundária de Gago Coutinho (ESGC), datada da década de 80 do século passado, segundo o próprio PEE (ESGC 2014) obedece a uma conceção modular, de linhas retas, sendo composta por três blocos de três pisos, um bloco central, um pavilhão gimnodesportivo e um bloco de mecânica que foi acrescentado à escola posteriormente. Cada um destes edifícios encontra-se identificado por uma letra tendo existido a preocupação de os dispor espacialmente de forma funcional. Assim, o bloco central, designado de bloco A, concentra os serviços, a componente administrativa da escola e os espaços de convívio de alunos e professores. Neste bloco, com acesso direto ao exterior, podem-se encontrar os serviços administrativos (Secretaria e Direção), a reprografia, a sala de professores, o bar, o refeitório, os Serviços de Ação Social Escolar (SASE) e o espaço multiusos reservado aos alunos. Os blocos B, C, E e M, dispostos em redor do bloco central da escola, concentram as salas de aula, salas dos grupos de recrutamento, anfiteatro, biblioteca, laboratórios, oficinas, Centro de Formação de Professores Infante D. Pedro, Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) e outras valências da escola. Por fim, o pavilhão gimnodesportivo, identificado com a letra D, assume-se como o edifício dissonante deste modelo, divergindo em distância e pendendo para o extremo superior esquerdo. 23.

(24) desta planta. Facto ao qual não é alheio o seu propósito de trabalhar a componente física de alunos e comunidade escolar envolvente. O redor dos edifícios é constituído maioritariamente por espaços asfaltados utilizados para comunicação e atividades desportivas, de lazer e de convívio, existindo alguns espaços verdes em volta da escola. Muito recentemente, no espaço entre os blocos A e E, foi instalado o primeiro Robotarium do mundo. Tendo sido inicialmente implantando num dos jardins da cidade, foi reinstalado no espaço da escola por questões de vandalismo e de um provável melhor uso didático, reconhecendo e valorizando a ESGC como local de dinamização e disseminação do conhecimento tecnológico. Esta estrutura, que foi inicialmente concebida para um jardim público, é constituída por uma estrutura metálica de ferro e acrílico, contendo quarenta e cinco robôs autónomos alimentados por energia fotovoltaica. Misturando arte com ciência, esta estrutura visa agora estimular e envolver os alunos na cultura científica da observação e experimentação envolvendo disciplinas tão díspares como a biologia, sociologia, tecnologias de informação e comunicação, matemática, etc... Parece pertinente ainda revelar que, esta escola integrou o projeto da “Parque Escolar” para modernização da infraestrutura educativa sendo alvo de obras de intervenção que face à situação político-financeira do país ficaram até à data por concluir. Tal situação, que de temporária cada vez mais vai assumindo um caráter permanente, tem reflexos na degradação dos espaços escolares, o que condiciona em muito o trabalho desenvolvido pela comunidade educativa.. Figura 5. Planta da Escola Secundária de Gago Coutinho. 24.

(25) 2.2.2. Salas de Informática. As salas de informática encontram-se localizadas no bloco E da escola. Foi neste bloco que decorreu grande parte da intervenção pedagógica e se encontram localizados os laboratórios de eletricidade, o Centro de Formação de Professores Infante D. Pedro, o Clube de Informática, Inovação e Programação da escola e as salas dos grupos de recrutamento de Português, Francês, Inglês e Informática. A escola, no bloco mencionado anteriormente, dispõe de um total de oito salas de informática equipadas cada uma com um total de 14 computadores, um vídeo projetor e respetiva tela de projeção e, por fim, um quadro branco. No total a escola dispõe de 130 computadores, nove quadros interativos e 38 vídeo projetores. A intervenção pedagógica, que teve lugar na sala base da disciplina de Redes de Comunicação, sala E14, dispõe de um total de 14 computadores, um vídeo projetor e respetiva tela de projeção, um quadro branco e 15 mesas para os alunos desenvolverem atividades de cariz teórico-prático (Ver Anexo V). O rácio de computadores por aluno igualou o de um computador por aluno dado a turma alvo de intervenção pedagógica ser reduzida, constituída por um total de 14 elementos2.. Figura 6. Sala de Informática E14 (Escola Secundária de Gago Coutinho). 2.2.3. População Escolar. A Escola Secundária de Gago Coutinho (ESGC) possui um corpo de professores e funcionários bastante estável contando no início do ano letivo de 2015/2016 com um total de 134 professores e 38 funcionários. Dos 134 professores, com os quais a escola contava no arranque do ano letivo de 2015/2016, apenas 21 são contratados pertencendo os restantes professores aos quadros de zona pedagógica (15). 2. À data da intervenção pedagógica a turma era frequentada por 13 elementos.. 25.

(26) ou de escola (98). Com uma percentagem de professores contratados igual a 16% (ver Gráfico 1), esta escola pode gabar-se de possuir um corpo docente estável que em muito abona na eficácia das práticas educativas e que se reflete no resultado sempre discutível de fazer figurar a escola na 191º posição do ranking de escolas para o ano de 2015 com uma média de notas positivas de 11,1 valores3. Salienta-se ainda o facto de que destes 134 professores apenas oito deles representam o grupo de recrutamento de informática (550), constituindo o grupo de recrutamento da escola onde existe uma maior percentagem de professores contratados (50%).. Quadro 1 Vínculo contratual associado aos professores de informática da ESGC. Grupo 550 – Informática Vínculo Contratual. Número. Quadro de Escola (QE). 4. Contratados (CONT). 4. Total Professores. 8. Vínculo Contratual 16%. 11%. Quadro Zona Pedagógica (QZP) Quadro de Escola (QE). 73%. Contratados (CONT). Gráfico 1. Proporção dos diferentes tipos de vínculos contratuais para a globalidade do corpo docente da ESGC. 3. Informação retirada do sítio de internet, http://www.jn.pt/infografias/970/interior/saiba-aqui-quais-saoas-melhores-escolas-do-seu-concelho-4925994.html.. 26.

(27) Os funcionários ou pessoal não docente da escola perfazem um total de 38 elementos agrupados em duas categorias profissionais, assistentes operacionais e assistentes técnicos. Assim, desta maneira, existiam até à data da intervenção um total de 29 assistentes operacionais e nove assistentes técnicos na escola. Para além disso, a escola conta com um corpo discente que perfazia no arranque do ano letivo de 2015/2016 um total de 1515 alunos distribuídos pelas três principais categorias da oferta formativa da escola e que se centra nos cursos Científico-Humanísticos (856 alunos), Profissionais (539 alunos) e de Educação e Formação de Adultos (EFA) (120 alunos). A escola à data da intervenção pedagógica era assim composta por 12 turmas do 10ºano, 12 turmas do 11ºano, nove turmas do 12ºano, 21 turmas dos cursos profissionais e quatro turmas dos cursos EFA. Funcionando em regime diurno como também noturno para os cursos EFA, segundo o próprio RIE (ESGC 2015), o período de funcionamento desta estende-se por dois turnos, respetivamente, o turno do dia com início das atividades letivas às 8.15h e o turno da noite com início das atividades letivas às 19.00h, encerrando definitivamente às 23.30h. A ESGC procura-se assim posicionar como uma das escolas secundárias de referência da região no que concerne à gama de oferta educativa disponibilizada, procurando ir ao encontro das necessidades de formação da população em geral. População esta que mesmo em idade adulta necessita de uma instituição de ensino que a apoie face às exigências do mundo moderno e que encontra na figura desta escola uma potencial resposta.. 2.2.4. Oferta Educativa. A oferta educativa existente na Escola Secundária de Gago Coutinho pretende ser diversificada e abrangente face às necessidades das comunidades local e regional. Tendo de igual forma como referência as áreas e cursos para os quais a escola se encontra melhor preparada e apetrechada, esta subdivide-se em três categorias principais de cursos. Assim, a oferta de cursos da escola incide sobre os cursos de cariz científico-humanístico, profissional e de educação e formação de adultos, apresentando-se, de seguida, uma síntese da oferta formativa disponibilizada pela escola para o ano letivo de 2015/2016:. 27.

(28)  Cursos Científico-Humanísticos: Curso de Artes Visuais; Curso de Ciências Socioeconómicas; Curso de Ciências e Tecnologias e Curso de Línguas e Humanidades.  Cursos Profissionais: Técnico de Apoio à Gestão Desportiva; Técnico de Apoio Psicossocial; Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos; Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores; Técnico de Manutenção de Aeronaves; Técnico de Mecatrónica Automóvel e Técnico de Turismo.  Cursos de Educação e Formação de Adultos: EFA escolares de equivalência ao 9.º ou 12.ºanos de escolaridade.. 2.2.5. Parcerias e Protocolos. A ligação das instituições de ensino à comunidade e aos tecidos económicoempresariais afigura-se ser cada vez mais vital na afirmação das escolas e na criação de pontes entre os mundos académico e profissional beneficiando professores e alunos. A Escola Secundária de Gago Coutinho não é alheia a este facto encontrando-se localizada numa posição estratégica ideal para o estabelecimento de parcerias e protocolos com empresas e indústrias da região da “Grande Lisboa”. A escola tem vindo assim a firmar ao longo dos tempos uma série de parcerias e protocolos que procuram integrar os alunos provenientes dos cursos profissionais desta nas empresas e instituições da região. O acolhimento destes alunos para estágio e eventual integração nos quadros das empresas e instituições encontra-se previsto em PEE (ESGC 2014) que prevê, a “(…) constituição de parcerias e/ou protocolos com empresas da freguesia e do concelho que assegurem, … a realização de formação em contexto de trabalho nos cursos profissionais e nos cursos de educação e formação de adultos” (p. 20). Encontram-se, desta forma, firmadas parcerias com empresas e instituições nas áreas do Apoio Psicossocial, Informática, Marketing, Eletricidade, Desporto, Turismo, Saúde e Manutenção de Aeronaves. Ao nível dos cursos profissionais de informática, as parcerias e protocolos encontram-se estabelecidos com as seguintes empresas: (a) CR Systems; (b) GSystem4; (c) Sermicro5; e (d) OGMA. 4 5. Sítio de internet da empresa GSystem: http://www.gsystem.pt/. Sítio de internet da empresa Sermicro: http://www.sermicro.com/PT.. 28.

(29) 2.3. A Turma. A intervenção pedagógica ocorreu numa das duas turmas de 11ºano do curso profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos da Escola Secundária de Gago Coutinho. Resultando de um desdobramento que se fez à única turma do curso no ano letivo anterior (2014/2015), esta turma era composta por um total de 14 elementos6, todos eles do sexo masculino, de nacionalidade portuguesa e residentes na cidade de Alverca do Ribatejo e freguesias adjacentes integradas nos concelhos de Vila Franca de Xira e Loures. Isenta de alunos repetentes, em que a média de idades destes rondava os 16 anos, contemplava uma quota não desprezável de alunos que eram detentores de carências sociais e ainda um aluno com necessidades educativas especiais (NEE). Embora alguns dos alunos proviessem de contextos sociais desfavorecidos, grande parte deles expressavam a vontade de prosseguirem estudos superiores e abraçarem uma carreira profissional ligada à informática (Ver Anexo B). Procura-se assim, nos próximos dois pontos deste capítulo, caracterizar os alunos e ilustrar da melhor forma possível as interações que estes tinham para com toda a envolvência que rodeia as suas aprendizagens em ambiente escolar.. 2.3.1. Caraterização da Turma. A turma do curso profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos onde se deu a intervenção pedagógica era inicialmente constituída por 14 alunos, contudo desde de muito cedo passou a contar apenas com 13 elementos por anulação de matrícula de um dos alunos (Ver Anexo A). Constituída na íntegra por alunos de nacionalidade portuguesa com uma média de idades a rondar os 15,8 anos, era composta por alunos naturais da cidade de Alverca do Ribatejo e das suas freguesias limítrofes. A proximidade geográfica à escola e o número reduzido de elementos na turma constituíam fatores coadjuvantes ao desempenho e sucesso académico destes alunos. Os alunos caracterizavam-se por serem muito conversadores e agitados (Ver Anexo C), condicionando o trabalho dos professores e de todo o processo de ensino-aprendizagem. Tal fator tinha reflexos no desempenho académico dos alunos, que se caracterizava por ser na globalidade apenas e só satisfatório. Mais, a presença de um aluno com necessidades educativas especiais (NEE) ao nível da. 6. À data da intervenção pedagógica a turma era frequentada por 13 elementos.. 29.

(30) Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA), acrescida do facto de que sensivelmente metade dos alunos da turma eram detentores de carências sociais (seis alunos), não impedia que grande parte dos alunos da turma (69%) tivesse um percurso escolar repleto de sucesso, tal como se pode constatar no gráfico que se apresenta em baixo:. Sucesso Escolar 31% 69%. Reprovou pelo menos uma vez. Transitou Sempre. Gráfico 2. Sucesso escolar dos alunos da turma alvo de intervenção pedagógica. Como marca de identidade desta turma parece ainda ser pertinente referenciar os hábitos de estudo destes alunos (Ver Anexo B), que tendiam a assumir um carácter não permanente muito centrado nos momentos de avaliação sumativa pelos quais passavam, em que apenas uma minoria destes expressava o hábito de estudar diariamente (três alunos). Não dispondo a esmagadora maioria deles (11 alunos) de explicadores que os ajudassem a estudar e consolidar os seus conhecimentos, poderse-á especular que a motivação para as aprendizagens é influenciada pelas influências familiares. Estas, com base na informação obtida (Ver Anexo B), expressavam-se na preocupação e predisposição dos pais (todos os alunos viviam com pelo menos um dos progenitores) para falarem com os seus educandos sobre a escola e estudos em geral e nas próprias habilitações literárias destes. Assim, verificou-se mais uma vez que, a maioria dos alunos raramente (sete alunos) ou nunca (um aluno) falava em casa sobre a escola ou estudos, apesar da larga maioria deles (10 alunos) afirmar que o local de eleição para estudar era em casa. As habilitações literárias dos pais podem também exercer um efeito sobre a motivação destes para aprender, constatando-se que a maioria dos pais era detentora de diplomas do ensino secundário (13 pais) e apenas duas das mães eram licenciadas. Perera (2014) afirma que, “(…) more educated parents who have higher science competence would be more willing and able to help 30.

(31) their children in their science homework, take them to the museum or buy science books” (p. 3026). Na perspetiva destes alunos, os principais fatores que condicionavam as suas aprendizagens e se traduziam em insucesso escolar advinham do desinteresse destes por uma dada disciplina (cinco alunos), acrescidos de uma falta de atenção/concentração nas aulas (dois alunos) à qual se somavam dificuldades em compreender o professor (dois alunos). O processo de ensino-aprendizagem é assim em grande parte dele influenciado por fatores externos com os quais o professor deverá contar na sua prática pedagógica estimulando e motivando os alunos para as aprendizagens. A análise das motivações e do processo dos alunos deve assim anteceder a prática pedagógica do professor, que se traduziu, neste caso em concreto, numa turma de alunos onde a totalidade dos seus elementos transitaram do 1º para o 2º ano do curso com módulos em atraso, o que condicionará o seu futuro sucesso académico (Ver Anexo D). Apresenta-se por fim, em baixo, um gráfico com a distribuição de idades dos alunos da turma alvo de intervenção pedagógica e dois quadros que procuram fazer referência ao seu percurso escolar:. Distribuição de idades 6 4 2 0 Idade. 17 anos 3. 16 anos 6. 15 anos 5. Gráfico 3. Distribuição de idades dos alunos da turma alvo de intervenção pedagógica. Quadro 2 Retenções escolares por ciclo de ensino. Retenções. Número de. escolares. alunos. 1ºCiclo. 0. 2ºCiclo. 2. 3ºCiclo. 2. Total. 4 31.

(32) Quadro 3 Retenções escolares por número de alunos. Retenções. Número de. escolares. alunos. 1 Retenção. 3. 2 Retenções. 1. Total. 4. 2.3.2. Observação de Aulas. Para saber ensinar é preciso aprender. A observação de aulas constituí um momento de aprendizagem com inúmeras vantagens para os professores estagiários e em início de carreira. Vantagens essas que, segundo o Gabinete de Apoio ao Tutorado (2014), são treinar o reconhecimento e identificação de fenómenos de aprendizagem, aprender relações sequenciais e causais no contexto de sala de aula, aumentar a sua sensibilidade às reações dos alunos, treinar o questionamento face a situações de aprendizagem e o teste de soluções em situações de ensino. O professor tem ainda a oportunidade de se situar criticamente face aos modelos existentes, estabelecendo um contraste entre a teoria e a prática, analisando a organização da sala de aula e da forma como pode influenciar a atenção e o envolvimento dos alunos. A observação poderá assim diminuir a ansiedade e a incerteza de um professor que se encontra em início de carreira e que se irá confrontar com um público que muito provavelmente desconhece, cujas estratégias e metodologias de ensino a adotar teriam que ser trabalhadas no contexto da própria prática letiva do professor. A observação de aulas que antecedeu a intervenção pedagógica (Ver Anexo C) decorreu no primeiro período do ano letivo 2015/20167, na Escola Secundária de Gago Coutinho, numa das duas turmas do curso profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos. Assumindo, na maioria das vezes, uma posição de observador participante, o foco da ação residia em depreender as metodologias e estratégias de ensino utilizadas pela professora cooperante ao mesmo tempo em que analisava e me procurava envolver com as interações que se geravam em sala de aula (professores – alunos e alunos – alunos). A professora cooperante. 7. Disponível em, https://dre.pt/application/file/67626929 (Despacho n.º 7104-A/2015 de 26 de junho).. 32.

(33) levando muitas das vezes os alunos a aprender por descoberta, tentava fomentar nestes uma dinâmica e foco que os motivasse e concentrasse para as aprendizagens. Tal devia-se ao facto de que a turma alvo de intervenção pedagógica era considerada por parte do corpo docente como agitada, desatenta e desconcentrada para com todo o processo de ensino-aprendizagem (Ver Anexo C). A adoção de métodos de ensino construtivistas constituía assim uma das estratégias pedagógicas veiculadas pela professora cooperante ao qual se somava uma relação afável mas disciplinadora com os seus alunos que lhe permitia consumar com eficácia o processo de ensinoaprendizagem. Os alunos da turma, não sendo indisciplinados, tendo na maioria dos casos uma boa relação para com os seus professores, tendiam a perder a atenção/foco muito facilmente fosse através da interação de uns para com os outros ou pela simples utilização indevida do computador. A professora cooperante assumia assim, um papel pró-ativo no desenrolar pedagógico das tarefas associadas ao processo de aprendizagem, estimulando e conferindo ritmo aos seus alunos. Alunos esses que ainda se caracterizavam pelos seus conhecimentos de base informática serem pouco consistentes e de difícil inter-relação para com novos conteúdos programáticos.. 33.

(34) 3. Enquadramento Curricular da Intervenção. Este capítulo procura dar a conhecer o enquadramento educativo-legal associado aos cursos profissionais de nível secundário, tomando como foco as características e especificidades associadas ao curso profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos. O capítulo termina com a descrição da disciplina (Redes de Comunicação) e módulo (Desenvolvimento de Páginas Web Dinâmicas) onde se desenvolveu a prática de ensino supervisionada.. 3.1. Cursos Profissionais. Os cursos profissionais enquadram-se na categoria de oferta formativa especializada de nível secundário do sistema educativo português. Os cursos constituídos deverão ter à partida uma forte ligação com os mundos profissional e empresarial, procurando formar alunos que estejam habilitados a exercer uma atividade profissional com base no perfil de competências desenvolvidas por estes. Posicionam-se desta maneira como cursos que procuram fundir as vertentes académica e profissional proporcionando uma sólida formação técnica aos seus alunos que consoante as suas futuras opções pessoais, podem levar estes alunos a ingressar de imediato no mercado de trabalho ou a prosseguirem estudos de nível superior. Estes cursos contribuem assim para o aprimoramento das competências pessoais e profissionais dos alunos com vista ao exercício de uma determinada profissão que deverá, à partida, estar relacionada com as necessidades veiculadas pelo tecido económico-empresarial da região onde se encontra implantada a escola. Assumindo uma estrutura curricular organizada por módulos, visam uma maior flexibilidade e respeito pelos ritmos individuais de aprendizagem dos alunos, incorporando obrigatoriamente nos seus respetivos planos de estudos três componentes de formação: sociocultural, científica e técnica. Esta última envolve uma componente de formação em contexto de trabalho que deverá ocorrer em organizações e empresas da área de influência do curso profissional. O modelo seguido por estes cursos, com uma duração prevista de três anos, leva a que, os alunos sejam sujeitos a uma prova/projeto final de certificação que toma a designação de Prova de Aptidão Profissional (PAP) e que visa mobilizar as competências e conhecimentos adquiridos por estes ao longo do curso. A conclusão, com aproveitamento, deste tipo de cursos confere aos alunos uma dupla certificação consubstanciada num diploma do ensino secundário ao qual se junta um certificado de qualificação profissional 34.

(35) de nível IV, segundo a Portaria n.º782/2009 de 23 de julho8, tomando como referência o Decreto-Lei n.º 74/2004 de 26 de março9. Apresenta-se por fim, em baixo, um quadro genérico dos planos de estudos e carga horária associada aos cursos profissionais de nível secundário:. Quadro 4 Plano de estudos e carga horária dos cursos profissionais de nível secundário. Componentes de Formação. Sociocultural. Disciplinas. Total de Horas (h)a). Português. 320h. Língua Estrangeira I, II ou IIIb). 220h. Área de Integração. 220h. Tecnologias de Informação e Comunicação. Cientifica. Técnica. 100h. Educação Física. 140h. 2 a 3 Disciplinasc). 500h. 3 a 4 Disciplinasd). 1180h. Formação em Contexto de Trabalho. Carga horária total/Curso. 420h 3100h. Legenda:. a) Carga horária global não compartimentada pelos três anos do ciclo de formação, a gerir pela escola, no âmbito da sua autonomia pedagógica, acautelando o equilíbrio da carga horária anual. b) O aluno escolhe uma língua estrangeira. Se tiver estudado apenas uma língua estrangeira no ensino básico, iniciará obrigatoriamente uma segunda língua no ensino secundário. c) Disciplinas científicas de base a fixar em regulamentação própria, em função das qualificações profissionais a adquirir. d) Disciplinas de natureza tecnológica, técnica e práticas estruturantes da qualificação profissional visada.. 8. Disponível em, http://www.dges.mctes.pt/NR/rdonlyres/90DBE647-5CB6-4846-B88F101180D9E425/5044/P782_2009.pdf (Portaria n.º 782/2009 de 23 de julho). 9 Disponível em, http://www.ipleiria.pt/wp-content/uploads/2015/01/373_74_2004.pdf (Decreto-Lei n.º74/2004 de 26 de março).. 35.

(36) 3.2. Curso profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos. O curso profissional de nível secundário de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos tem uma carga horária total de 3100 horas, das quais 420 se processam em contexto de trabalho. Tendo uma duração letiva de três anos, confere aos alunos após conclusão do curso, com aproveitamento, uma dupla certificação, ou seja, um diploma de ensino de secundário acrescido de um certificado de qualificação profissional de nível IV com base no Quadro Nacional de Qualificações (Ver Anexo E). Instituído, legalmente, pela Portaria n.º 916/2005 de 26 de setembro10 e alterado pelo Decreto-Lei n.º 139/2012 de 5 de julho11, visa formar técnicos com competências nas áreas da implementação e manutenção de sistemas informáticos e análise e programação de sistemas de informação. Os alunos formados por este curso deverão assim ser capazes de desempenhar as seguintes tarefas:. a) Instalar, configurar e efetuar a manutenção de computadores, sistemas operativos, redes e servidores para a internet; b) Analisar sistemas de informação; c) Implementar e efetuar a manutenção de bases de dados; d) Desenvolver aplicações e sistemas para a web.. Importa desde já referenciar que do conjunto de tarefas expostas em cima aquela na qual este relatório se irá focar e descrever a prática de ensino supervisionada se irá basear na capacidade destes técnicos de desenvolverem aplicações e sistemas para a web (Ver alínea d)). Os alunos que normalmente se inscrevem neste tipo de cursos procuram assim um ensino mais prático e voltado para o mercado de trabalho, podendo-se ler na portaria (Portaria n.º 916/2005 de 26 de setembro) que institucionaliza o curso que, “(…) os cursos profissionais vocacionados para a qualificação inicial dos alunos, privilegiam a sua inserção no mundo do trabalho permitindo também o prosseguimento de estudos” (p. 5810). Quando concluem este curso de nível secundário de formação profissional os alunos estão assim aptos para poderem trabalharem nas mais diversas áreas das Tecnologias de Informação e Comunicação, podendo estes desempenhar funções de analistas-. 10. Disponível em, https://dre.pt/application/file/147708 (Portaria n.º 916/2005 de 26 de setembro). Disponível em, http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Legislacao/dl_139_2012.pdf (Decreto-Lei n.º 139/2012 de 5 de julho). 11. 36.

(37) programadores, técnicos de redes, técnicos de hardware e software, administradores de sistemas e redes, vendedores de produtos informáticos, entre outras possibilidades. O curso que apresenta como pré-requisito único os seus candidatos serem detentores do 9.º ano de escolaridade ou equivalente, apresenta como plano de estudos as disciplinas que se apresentam em baixo:. Figura 7. Plano de estudos do curso profissional de nível secundário de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos (TGPSI). 37.

(38) 3.3. Disciplina de Redes de Comunicação. A disciplina de Redes de Comunicação integrando a componente de formação técnica do curso profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos (TGPSI) afirma-se como uma das disciplinas estruturantes do curso profissional, pautada por uma prática pedagógica que se quer essencialmente prática. A DGFV (2005) refere assim que, “(…) a disciplina tem um caráter predominantemente prático, embora nalguns módulos seja necessário abordar alguns conceitos teóricos” (p. 5). Estando afetas a esta certa de 252 horas de formação, recomenda-se que estas horas se repartam pelos três anos de duração do curso, variando estas conforme o módulo lecionado pelo professor que se encontra autorizado, tal como se pode constatar no programa oficial da disciplina (DGFV, 2005), a realizar os reajustes necessários às cargas horárias dos respetivos módulos. Envolvendo um elenco modular constituído por oito módulos, dos quais dois são opcionais, a selecionar de um universo de quatro, procura-se levar os alunos a consolidarem os seus conhecimentos e competências de forma natural, recorrendo a metodologias e práticas que despertem o interesse destes e que os envolvam no próprio processo de ensino (resolução de problemas, trabalhos práticos ou de pesquisa, simulações, projetos, testes teórico-práticos, etc…). Apresenta-se desta forma, em baixo, o elenco modular preconizado para a disciplina de Redes de Comunicação, parte integrante da componente de formação técnica do curso profissional de TGPSI: Quadro 5 Elenco modular da disciplina de Redes de Comunicação. Número. Designação. Duração (horas). 1. Comunicação de Dados. 30. 2. Redes de Computadores. 36. 3. Redes de Computadores Avançado. 36. 4. Desenvolvimento de Páginas Web Estáticas. 30. 5. Desenvolvimento de Páginas Web Dinâmicas. 30. 6. Programação de Sistemas de Comunicação. 30. 7(1). Tema Opcional. 30. 8(1). Tema Opcional. 30. (1) - Os temas destes módulos deverão ser selecionados de entre os quatro módulos opcionais apresentados no quadro seguinte.. 38.

(39) Número. Designação. Duração (horas). Op1. Acesso a Base de Dados via Web. 30. Op2. Arquiteturas Cliente-Servidor. 30. Op3. Serviços de Redes. 30. Op4. Servidores de Correio Eletrónico. 30. (adaptado de DGFV, 2005). O programa da disciplina12 (DGFV, 2005) procura ainda dar relevo ao facto de que, “(…) a introdução/exploração dos temas deve ser realizada com auxílio de apresentações eletrónicas ou outro meio audiovisual, de forma a lecionar conceitos que, por vezes, têm um elevado grau de abstração” (p. 5). Propõe de igual forma que sempre que se considere oportuno, se incorpore software na abordagem pedagógica aos conteúdos em estudo, utilizando-se a internet como fonte de investigação/pesquisa sobre os temas tratados. O construtivismo subjacente a este programa leva-o assim a propor que se desenvolvam com os alunos atividades práticas, projetos, simulações da realidade que têm como objetivo último aproximar a prática letiva da profissional. A disciplina de Redes de Comunicação visa, desta maneira, providenciar aos seus alunos competências de âmbito técnico baseadas em duas grandes áreas:. a) Instalação, configuração e manutenção de estruturas de rede; b) Desenvolvimento, configuração e monitorização de sistemas de informação.. A primeira centrada na componente de hardware da disciplina (Ver alínea a)) com a qual se pretende que os alunos sejam capazes de criar, manter e interconectar redes de computadores e sistemas de servidores e a segunda (Ver alínea b)) envolvendo software nomeadamente ao nível da criação e manutenção de páginas web que envolvam ou não a ligação a bases de dados. São estas as competências base de uma disciplina que poder-seá dizer que tem duas vertentes ou propósitos de formação fundamentadas nas áreas primas mas não similares das redes de computadores e do desenvolvimento integrado de sistemas de informação. O programa da disciplina (DGFV, 2005) procura ainda fazer referência à forma como se deverá processar a avaliação, sugerindo-se a adoção de um modelo híbrido de. 12. Disponível em, http://media.wix.com/ugd/f8e3cb_b7662610cdf24a2ebffffa3591c7cb75.pdf.. 39.

(40) avaliação fundamentado numa avaliação contínua de grupo e numa avaliação sumativa individual. A consolidação de conhecimentos e correspondente avaliação contínua baseada em trabalhos/projetos de grupo e a avaliação sumativa baseada em fichas de avaliação teórico-práticas ou só práticas individuais. 3.4. Módulo – Desenvolvimento de Páginas Web Dinâmicas. O módulo de Desenvolvimento de Páginas Web Dinâmicas visa fazer uma primeira introdução dos alunos à programação web. Este surge no seguimento do módulo de Desenvolvimento de Páginas Web Estáticas, que teve como principal propósito introduzir os alunos na codificação HTML (Hypertext Markup Language) associada às páginas de internet. A evolução natural decorrente das aprendizagens e do conhecimento dos alunos no que respeita ao entendimento do significado do que são sistemas web, é levar os alunos a desenvolverem scripts13 que permitam adicionar estado e dinamismo às páginas de internet. Assim, este módulo tem como principais objetivos de aprendizagem, segundo o próprio programa da disciplina de Redes de Comunicação14 (DGFV, 2005), conduzir os alunos a:. a) Compreender a construção do HTML numa página dinâmica; b) Distinguir entre código server-side e client-side; c) Construir páginas com recurso a uma linguagem de scripting server-side; d) Utilizar as estruturas de controlo de execução de uma linguagem de scripting; e) Conhecer e manipular os objetos mais comuns disponibilizados; f) Determinar a construção dinâmica da página em função de parâmetros; g) Manipular sessões de ligação ao servidor e cookies; h) Estabelecer um adequado tratamento dos erros de execução em páginas dinâmicas. (adaptado de DGFV, 2005). 13 14. Consultar de Matos (2009). Disponível em, http://media.wix.com/ugd/f8e3cb_b7662610cdf24a2ebffffa3591c7cb75.pdf.. 40.

(41) O programa da disciplina não faz ainda referência à linguagem de programação a ser adotada pelo professor, ficando ao critério deste o processo de decisão sobre a mesma. Decisão esta que deverá ser tomada com base nas necessidades do mercado de trabalho, conhecimentos e destreza técnica demonstradas pelos alunos e domínio do professor para com a própria linguagem de programação. Este módulo afirma-se assim como vital às aprendizagens e conhecimentos dos alunos no que concerne ao uso e manipulação de sistemas web, devendo ser dada uma atenção especial à forma como é lecionado. Apresentam-se, de seguida, os conteúdos programáticos associados a este módulo:. 1. Introdução à programação web; 2. Scripting do lado do servidor e do lado do cliente; 3. Técnicas básicas de escrita de páginas dinâmicas; 4. Variáveis e estruturas de controlo de execução; 5. Objetos disponibilizados pela linguagem; 6. Métodos, propriedades e eventos dos principais objetos; 7. Objetos dinâmicos de escrita e pedidos de dados; 8. Noção de sessão e cookies; 9. Tratamentos de erros. (adaptado de DGFV, 2005). Os conteúdos apresentados em cima procuram dar uma referência de como operacionalizar o processo de ensino-aprendizagem deste módulo em particular, não existindo a obrigatoriedade expressa de os abordar a todos. A própria intervenção pedagógica que esteve na origem da produção deste relatório focou-se apenas nos últimos dois pontos (Ver pontos 8 e 9) desta lista de conteúdos, ficando mais uma vez ao critério do professor a forma como estes conteúdos são implementados e interrelacionados em sala de aula.. 41.

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Figura 1. Brasão de armas da cidade de Alverca do Ribatejo
Figura 4. Escola Secundária de Gago Coutinho
Figura 5. Planta da Escola Secundária de Gago Coutinho
Figura 6. Sala de Informática E14 (Escola Secundária de Gago Coutinho)
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