Capítulo 11 - Tecnologias de
Processamento de Materiais
• Como se fabricam os materiais?
– Metálicos
– Cerâmicos
– Poliméricos
– Compósitos
Processos de fabrico de Metais
• Forjagem • Laminagem • Extrusão • Trefilagem • EstampagemENFORMAÇÃO
FUNDIÇÃO
UNIÃO
OUTROS
• Fundição em areia • Fundição a cera perdida • Fundição injectada • Vazamento contínuo • Soldadura • Adesão • Pulverometalurgia
Processos de fabrico de Metais - I
ENFORMAÇÃO
FUNDIÇÃO
UNIÃO
OUTROS
Ao Ad
força
matriz
bloco
força
•
Forjagem
(martelagem; em prensa)(ferramentas, árvores de cames)
rolo
Ao Ad
rolo
•
Laminagem
(a quente ou a frio)(perfis, carris, chapa & placa)
ENFORMAÇÃO
FUNDIÇÃO
UNIÃO
OUTROS
êmbolo bilete contentor contentor força matriz Ao Ad extrudido
•
Extrusão
(varão, tubo, perfis)
Metais ducteis, ex. Cu, Al (quente)
força tracção Ao Ad matriz matriz
•
Trefilagem
(fio, varão)matriz limpa e bem lubrificada
ENFORMAÇÃO
FUNDIÇÃO
UNIÃO
OUTROS
•
Estampagem ou embutição
(chapa)
ENFORMAÇÃO
FUNDIÇÃO
UNIÃO
OUTROS
• Fundição
- vazamento de metal líquido em molde
– metal fundido em forno, com eventual adição de
elementos de liga. Depois é
vazado
num molde
– método barato
– produção rápida de formas complexas
– produtos com defeitos internos
– boa opção para materiais frágeis
Processos de fabrico de Metais - II
•
Fundição em areia
(peças grandes, ex:
blocos de motor)
• Metais com Tf > 1600ºC
• Areia => barata e fácil de moldar
• areia compactada em torno do modelo para formar a cavidade do molde
• Superfície rugosa => operações de acabamento
Areia Areia
Metal líquido
Processos de fabrico de Metais - II
Molde gesso
em torno do modelo em cera
•
Fundição a cera perdida
(peças pequenas, formas
complexas e de precisão,
muito bom acabamento
superficial; ex: joalharia, pás
de turbina)
Operações
• modelo da peça em cera
• molde em gesso em torno do modelo
• funde-se a cera ficando a cavidade no molde de gesso • zazamento do metal líquido
cera
Processos de fabrico de Metais - II
•
Fundição injectada
(peças grandes, ligas com T
fbaixa, grandes séries, elevada
precisão e acabamento)
Processos de fabrico de Metais - II
•
Vazamento contínuo
(biletes simples para posterior
enformação)
líquido
sólido
Processos de fabrico de Metais - II
Processos de fabrico de Metais - III
ENFORMAÇÃO
FUNDIÇÃO
UNIÃO
OUTROS
•
Soldadura
• zona termicamente afectada:
(região afectada pelo aquecimento, não funde, mas a microestrutura é alterada).
peça 1 peça 2
Metal de adição
metal base
Não afectada
Não afectada
Zona termicamente afectada
•
Adesão
•
Pulverometalurgia
(materiais com baixa ductilidade, peças muito pequenas, elevada precisão, sem acabamento) pressão calor pontos contacto a T baixa densificação por difusão a T elevada área contacto densificação
Processos de fabrico de Metais - II
ENFORMAÇÃO
FUNDIÇÃO
UNIÃO
OUTROS
pós
Operações
• compactação do pó em molde • densificação por sinterização (temperatura e pressão)
Capítulo 11 - Tecnologias de
Processamento de Materiais
• Como se fabricam os materiais?
– Metálicos
– Cerâmicos
– Poliméricos
– Compósitos
Materiais Cerâmicos
VIDROS
CERÂMICOS
TRADICIONAIS
CERÂMICOS
TÉCNICOS
• Prensagem
• Sopragem
• Fabrico de fibra
• Fabrico de chapa
• Prensagem a frio e
sinterização
• Prensagem a
quente
Baseados em
componentes puros
Si
3N
4, SiC, & ZrO
2Baseados em argila,
sílica e feldspato
• Extrusão
• Vazamento de
suspensões
V
ia húmida
V
ia seca
• Prensagem a frio
e sinterização
• Prensagem a
quente
•
Volume específico
(1/ρ) vs Temperatura (T):
•
Vidros
:
- não cristalizam
- variação da inclinação da curva à
temperatura de transição vítrea
,
T
g- transparentes
não há cristais para dispersar a luz
•
Materiais cristalinos
:
- cristalizam à
T
f- transição abrupta de volume
específico a T
fPropriedades do Vidro
T V olume espec ífico Líquido sobrearrefecido sólido Tf Líquido (desordenado) Cristalino (ordenado) Tg Vidro (sólido amorfo)V
iscosidade
[Pa
⋅
s]
1
10
2
10
6
10
10
10
14
200
600
1000
1400
1800
T(°C)
T amolecim : suficientemente macio
para ser enformado ou “trabalhado”
T
fPonto deformação
• Viscosidade diminui com T
• Impurezas diminuem
T
amolecimentoViscosidade do vidro vs. T e impurezas
• silica fundida: > 99.5 wt% SiO2
• vidro sódico-cálcico: 70% SiO2 bal. Na2O & CaO
• Vycor: 96% SiO2, 4% B2O3
• borosilicato (Pyrex): 81% SiO2
• Prensagem:
VIDROS
preformamolde
Prensagem
• Sopragem:
preformasuspensa
Ar comprimido
• Produção fibras:
bobineCERÂMICOS
TRADICIONAIS
CERÂMICOS
TÉCNICOS
• Chapa de vidro
–
processo contínuo de “flutuação” (processo float)Banda de vidro sai do forno e passa por rolos de laminagem sendo transportada por flutuação sobre banho de estanho fundido, onde vai arrefecendo. No final passa num forno de recozimento para relaxação de tensões
• Moagem e crivagem dos pós
• Mistura partículas com água: produz ”pasta” • Formação de componente ”verde”
êmbolo bilete força matriz Ao Ad extrudido
• Extrusão:
Fabrico de Cerâmicos – II (via húmida)
VIDROS
CERÂMICOS
TRADICIONAIS
CERÂMICOS
TÉCNICOS
• Vazamento de suspensões:
Vazar suspensão no molde drenagemdo molde “cerâmico verde” Vazar
suspensão
no molde água absorvida pelo molde “cerâmico verde”
•
Secagem
:
Secagem e cozedura
Pasta húmida
Parcialmente seca
Cerâmica
“verde
”
• Cozedura
:
- aquecimento a 900-1400°C
-
vitrificação
: vidro liquido forma-se e flui em torno das partículas de SiO
2Si02 (quartz) vidro formado em torno de partícula porcelana
Fabrico de Cerâmicos – III (via seca)
VIDROS
CERÂMICOS
TRADICIONAIS
CERÂMICOS
TÉCNICOS
• Prensagem a frio e sinterização:
Prensagem Uniaxial
–
pó
compactado numa única direcção
Isostática
–
aplicação de
pressão
• Sinterização
- após prensagem do pó a cápsula é colocada no forno
- a T elevada para reduzir poros (densificar)
15µm
Fabrico de Cerâmicos – III (via seca)
VIDROS
CERÂMICOS
TRADICIONAIS
CERÂMICOS
TÉCNICOS
Fabrico de Cerâmicos – III (via seca)
VIDROS
CERÂMICOS
TRADICIONAIS
CERÂMICOS
TÉCNICOS
• Prensagem a quente:
(compactação e sinterização realizadas em simultâneo)
Uniaxial
–
pó compactado
numa única direcção a quente
Isostática
–
aplicação de
Pressão e Temperatura
Capítulo 11 - Tecnologias de
Processamento de Materiais
• Como se fabricam os materiais?
– Metálicos
– Cerâmicos
– Poliméricos
Polímero
parcialmente cristalino
Polímeros
• Termoplásticos
– Enformados por aquecimento
– Podem ser reversívelmente aquecidos e
arrefecidos, i.e. reciclados
– ex: polietileno, polipropileno, poliestireno, etc.
• Termoendurecíveis
–
formam-se por reacção química (cura)
–
degradam-se quando reaquecidos
– ex: poliuretano, resina epoxídica
• Elastómeros
Processos de fabrico de Polímeros
• Extrusão
• Moldagem por sopro • Termoenformação
• Moldagem por Injecção
TERMOPLÁSTICOS TERMOENDURECÍVEIS
• Moldagem por Compressão • Moldagem por Transferência • Moldagem por InjecçãoELASTÓMEROS
• Extrusão • Moldagem por Compressão • Moldagem por Transferência • Moldagem por Injecção•
Extrusão
(formas contínuas: perfis, tubo, varão, folha, filme)
Processos de
fabrico de polímeros
•
Moldagem por sopro
(garrafas, reservatórios diversos, brinquedos, barcos pequenos)
Processos de
fabrico de polímeros
•
Termoenformação
(embalagens, ferramentas, brinquedos, etc)
Processos de
fabrico de polímeros
•
Moldagem por Injecção
(peças elevada qualidade, formas complexas, processo muito rápido)
Processos de
fabrico de polímeros
• Moldagem por Compressão
(resina introduzida na cavidade do molde quente e comprimida. O
molde é aberto após cura da resina; peças grandes mas de formas
simples, necessário cortas rebarbas)
Processos de fabrico de polímeros
Processos de fabrico de polímeros
• Moldagem por Transferência
(resina quente é introduzida numa precâmara e depois injectada na cavidade do molde fechado. O molde é aberto após cura; peças pequenas e de formas
complexas, sem rebarbas)
•
Moldagem por Injecção
(peças elevada qualidade, formas complexas, processo relativamente
rápido)
Processos de fabrico de polímeros
Capítulo 11 - Tecnologias de
Processamento de Materiais
• Como se fabricam os materiais?
– Metálicos
– Cerâmicos
– Poliméricos
Materiais Compósitos
Partículas grandes Endurecidos por Dispersão Reforçados com partículas Contínuas (alinhadas) Alinhadas Aleatórias Descontínuas (curtas) Reforçados com fibrasLaminados Painéis Sandwich Estruturais
Compósitos
Compósitos
Compósitos: Partículas
• Exemplos:
- Aço
esferoidizado
matriz: ferrite (α) (dúctil) partículas: cementite (Fe3C) (frágil) 60µm- WC/Co
carbonetos
matriz: cobalto (dúctil) partículas: WC (duras, frágeis) Vm: 10-15 vol% 600µm- Pneus
automóvel
matrix: borracha (tenaz) Partículas C (rígidas)• Fibras
– Whiskers
– pequenos monocristais – razão comprimento/diâmetro
elevada
• grafite, SiN, SiC
• Muito resistentes
• Muito caras
– Fibras
• policristalinas ou amorfas
• geralmente polímeros ou cerâmicos
• Ex: Al
2O
3, Aramida, E-vidro, Boro, UHMWPE
– Fios
• Metal – aço, Mo, W
Reforçados com partículas
Reforçados com fibras
Estruturais
•
Fibras contínuas
alinhadas
Exemplos:
-
Metal
: γ'(Ni
3Al)-α(Mo)
por solidificação eutéctica
matriz:
α
(Mo) (dúctil)
fibras:
γ
’ (Ni
3Al) (frágil)
2µm
-
Cerâmico
: Vidro com fibras de SiC
em supensão
Reforçados com partículas
Reforçados com fibras
Estruturais
Compósitos: Fibras - II
superfície de fractura
• Fibras descontínuas, aleatórias
Exemplo: Carbono-Carbono
- usos: travões de disco,
exaustão em turbinas de gas,
cones de nariz de avião
fibras no plano
plano
C fibras: Muito rígidas e resistentes C matriz: Menos rígida Menos resistenteReforçados com partículas
Reforçados com fibras
Estruturais
Processos de fabrico de compósitos
Matriz metálica
• Enformação (Forjagem, laminagem, extrusão, etc)
• Fundição
• Pulverometalurgia (prensagem e sinterização)
Matriz cerâmica
• Prensagem a frio e sinterização • Prensagem a quente
Matriz polimérica
Reforçados com fibras
Estruturais
• Deposição manual • Pulverização
• Embalagem em vácuo
• Moldagem por compressão • Moldagem por injecção
• Moldagem por transferência • Termoenformação
• Pultrusão
• Deposição manual
Deposição manual num molde de
camadas de tecido ou manta de fibras e de resina, comprimem-se as camadas com rolos e cura à T ambiente.
Aplicações: cascos de barcos, depósitos, painéis e coberturas de construção
• Pulverização
Deposição simultânea por pulverização num molde de resina e de fibras
cortadas, comprimem-se as camadas com rolos e cura à T ambiente ou a T moderada. Aplicações: cascos de
Fabrico de compósitos de matriz polimérica
reforçados com fibras
• Embalagem em vácuo
Deposição manual no molde de folhas de compósito pré-impregnado (resina e fibras de carbono) formando um laminado com as fibras em direcções
distintas, depois o laminado é fechado numa embalagem em vácuo e submetido a cura em autoclave (P e T elevados).
Aplicações aeronáuticas e aeroespaciais.
Fabrico de compósitos de matriz polimérica
reforçados com fibras
• Pultrusão
Fibras contínuas passam através de banho de impregnação em
resina, sendo o compósito depois prensado e curado em forno.
Produtos contínuos: perfis, varão, chapa
Fabrico de compósitos de matriz polimérica
reforçados com fibras
• Enrolamento filamentar
Fibras contínuas impregnadas em resina são enroladas em torno de
um madril e depois o compósito curado em estufa Ex: reservatórios de pressão, tubos
Fabrico de compósitos de matriz polimérica
reforçados com fibras
• Processo SMC (sheet moulding compound)
Produção de folha compósita por colaminagem em contínuo de uma
camada de fibras entre 2 camadas de resina. Os rolos de folha compósita são curados e depois usados em moldagem por termoenformação.
Fabrico de compósitos de matriz polimérica
reforçados com fibras
• Laminados
Placas reforçadas com fibras, empilhadas e coladas - sequência de empilhamento: ex: 0º/90º
- anisotópico, elevada rigidez
Reforçados com fibras
Estruturais
• Painés Sandwich
- baixa densidade, interior em favo de mel - baixo peso, elevada rigidez à flexão