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PREVALÊNCIA DE CÃES ATENDIDOS COM DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL EM HOSPITAL VETERINÁRIO DA GRANDE FLORIANÓPOLIS

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA LUCAS ALBERTO ZUNINO

PREVALÊNCIA DE CÃES ATENDIDOS COM DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL EM HOSPITAL VETERINÁRIO DA GRANDE

FLORIANÓPOLIS

TUBARÃO 2020

(2)

LUCAS ALBERTO ZUNINO

PREVALÊNCIA DE CÃES ATENDIDOS COM DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL EM HOSPITAL VETERINÁRIO DA GRANDE

FLORIANÓPOLIS

Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Medicina Veterinária, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II.

Orientador: Prof. Jairo Nunes Balsini

Tubarão 2020

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RESUMO

Neste estudo foi analisado a ocorrência de cães com diagnóstico clínico de Doença do Disco intervertebral, atendidos no Hospital veterinário Darabas entre o período de janeiro a dezembro de 2018 e obtido informações a respeito de idade, raça, local da lesão, e correlacionando os fatores ambientais com a patologia. Foi realizada a coleta de dados a partir dos prontuários do hospital, onde foram avaliadas 72 fichas com diagnóstico de DDIV. As raças mais frequentes foram os SRD, Shih Tzu e Bulldog Francês. A faixa etária dos animais foi maior nos jovens e a região anatômica da coluna vertebral onde se teve maior acometimento foi a Toracolombar. Pode-se perceber que alguns fatores ambientais predispõem a doença, sendo que a maioria dos animais, viviam dentro de casa ou em apartamento.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

C3 – Terceira Vertebra Cervical C5 – Quinta Vertebra Cervical

DDIV – Doença do Disco Intervertebral HVD – Hospital Veterinário Darabas L3 – Terceira Vertebra Lombar LCS – Líquido Cerebroespinhal NMS – Neurônio motor superior RM – Ressonância Magnética SC – Santa Catarina

T3 – Terceira Vertebra Torácia TC – Tomografia Computadorizada

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Medula espinhal. A, Núcleo pulposo. B, anel fibroso C, Vértebra típica D...9 Figura 2 - representação de como ocorre a degeneração de disco Hansen tipo I (extrusão de disco intervertebral)...10 Figura 3 - representação de como ocorre a degeneração de disco Hansen tipo II (Protusão de disco intervertebral)...11 Figura 4 - O reflexo do bíceps é induzido batendo-se levemente o plexímetro sobre o dedo do examinador que está posicionado no tendão de inserção do bíceps, na porção imediatamente proximal ao cotovelo...12 Figura 5 - O reflexo patelar é induzido percutindo-se o ligamento patelar entre a patela e a tuberosidade tibial com o joelho em algum grau de flexão...12 Figura 6 - O reflexo gastrocnêmio é induzido percutindo-se o tendão gastrocnêmio na porção imediatamente proximal ao calcâneo com o joelho estendido e o tarso flexionado...13 Figura 7 – Teste proprioceptivo, paciente sustendado em estação, a superfície dorsal da pata é colocada sobre o solo, o paciente deve imediatamente retornar a pata para a posição normal...15 Figura 8 – Teste de Saltitamento. O paciente é segurado de uma forma que maior parte do peso seja sustentado por um membro, sendo movido lateralmente...15 Figura 9 – Mielografia lombar com elevação da coluna de contraste (seta preta) entre a primeira (L1) e segunda (L2) vértebras lombares e desaparecimento da coluna de contraste (seta vermelha) entre a décima segunda (T12) e décima terceira (T13) vértebras torácicas, que evidencia a lateralização da lesão em um cão com protrusão e extrusão do disco intervertebral, respectivamente...16 Figura 10 - Imagem de ressonância magnética médio sagital ponderada em T2 de um cão com uma extrusão de disco intervertebral cervical...17 Figura 11 – Imagem de tomografia computadorizada (TC) reconstrução sagital e axial de um cão com uma extrusão de disco intervertebral cervical...17

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LISTA DE TABELAS

Tabela - 1... 28

Tabela - 2... 29

Tabela - 3...29

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 7

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 9

2.1 ANATOMIA DISCAL ... 9

2.2 DOENÇA DO DISCO INTERVERTREBAL ... 10

2.3 SINAIS CLÍNICOS ... 11 2.4 DIAGNÓSTICO ... 14 2.5 TRATAMENTO ... 18 3 MATERIAIS E MÉTODOS ... 20 3.1 ASPECTOS ÉTICOS...20 3.2 LOCAL DE EXECUÇÃO...20 3.3 ANIMAIS...20 3.4 ANÁLISE E ESTASTISTICAS...20 4 RESULTADOS...21 5 ARTIGO...22 6 CONCLUSÃO...31 REFERÊNCIAS...32 ANEXO...35

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1 INTRODUÇÃO

Os discos intervertebrais são estruturas localizadas em toda a coluna espinhal, entre cada corpo vertebral, com exceção das vertebras sacrais e da primeira e segunda vertebras cervicais. São compostos principalmente por núcleo pulposo, anel fibroso, placas terminais e zona de transição, que permite flexibilidade e absorção de choques para coluna vertebral (BAUMHARDT,RAQUEL, 2015).

Ao longo da vida dos cães, vários fatores podem acarretar em Doença do Disco intervertebral (DDIV), essa patologia pode acometer tanto as vertebras da região cervical (C3-C5) como a da região toracolombar (T3-L3), onde o acometimento costuma ser mais frequente (LORENZ; KORNEGAY, 2004).

A prevalência da DDIV em cães de raças condrodistróficas é consideravelmente maior, quando comparada a outras raças devido a características genéticas, onde ocorre rápida degeneração dos discos intervertebrais no início da vida, predispondo a extrusão do núcleo pulposo. Em raças não condrodistróficas, esta degeneração do disco intervertebral é menos frequente, porém pode haver acometimento de alguns discos intervertebrais de animais senis (BAUMHARDT,RAQUEL, 2015)

A Doença do Disco intervertebral, é caracterizada pelo deslocamento do disco intervertebral de seu posicionamento anatômico habitual, com exceção dos casos de traumatismo (MOSCHEN, 2017).

Podem ocorrer dois tipos de herniação de disco intervertebral, a Hansen tipo I, onde ocorre degeneração e ruptura do ânulo fibroso, levando a extrusão do núcleo pulposo para o canal medular, e a Hansen tipo II, com protusão do disco, que caracteriza-se por abaulamento do disco intervertebral, não ocorrendo ruptura completa do ânulo fibroso (ETTINGER; FELDMAN, 2008). Contudo, identificou-se recentemente uma terceira forma de herniação de disco, a Hansen tipo III, ocorrendo uma extrusão explosiva (DEWEY; COSTA, 2017).

Há uma grande variação dos sinais clínicos dependendo da localização da lesão na medula espinhal, da velocidade em que o material é ejetado no canal vertebral e do volume de material no interior do canal. (ETTINGER; FELDMAN, 2008). Na DDIV cervical, o sinal clinico predominante é a dor cervical aparente, podendo causar paresia e ataxia dos membros, eventualmente causando tetraplegia

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ou hemiplegia, já na toracolombar pode haver muita dor a manipulação, além de sinais de hiperestasia, paresia ou paralisia, essas alterações ocorrem nos quatro membros, ou dependendo da região pode predominar em posteriores ou anteriores. (LORENZ; KORNEGAY, 2004).

O Diagnóstico da doença, é realizado a partir da avaliação dos sinais clínicos, conhecimento do envolvimento típico da raça, semiologia neurológica e pode ser complementado através de exames de imagem. A radiografia simples dificilmente é diagnóstica para DDIV, seria necessário técnicas como a mielografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética para identificar a natureza e a localização compressiva do disco em questão. (LORENZ; KORNEGAY, 2004).

O tratamento para DDIV pode ser tanto clínico, como cirúrgico, as decisões em relação a forma de tratamento a ser realizada são tomadas a partir dos sinais clínicos e na gravidade do problema (LORENZ; KORNEGAY, 2004). Em geral, o tratamento clínico é indicado para cães com hiperestesia ou com pouco déficit neurológico, e o tratamento cirúrgico é a opção indicada para pacientes com déficits neurológicos moderados a severos, em casos de recidiva e animais refratários ao tratamento clínico. (SCHWAB, 2019).

A doença do disco intervertebral é a enfermidade que mais acomete a medula espinhal em cães, representando aproximadamente 45% de todos os casos neurológicos atendidos no Brasil, e é a responsável pela maioria dos casos de paralisia nesses animais. (CHAVES et al, 2014).

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2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA

2.1 ANATOMIA

Os discos intervertebrais são estruturas localizadas em toda a coluna espinhal, entre cada corpo vertebral, com exceção das vertebras sacrais e da primeira e segunda vertebra cervical. São compostos principalmente por núcleo pulposo, anel fibroso, placas terminais e zona de transição, que permitem flexibilidade e absorção de choques para a coluna vertebral. (BAUMHARDT,RAQUEL, 2015).

O núcleo pulposo, trata-se de uma estrutura em um formato ovoide, translúcida e mucoide, formado basicamente por água e localiza-se no centro do disco intervertebral. O anel fibroso localiza-se envolta do núcleo pulposo, composto por tecido fibroso, sua porção dorsal é menos espessa que a ventral, na região mais central do anel fibroso, torna-se mais cartilaginoso (Figura1). (KÖNIG e LIEBICH, 2011).

Figura 2 - Medula espinhal. A, Núcleo pulposo. B, anel fibroso C, Vértebra típica D

Fonte: Sharp; Wheeler, 2005.

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2.2 DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL

A Doença do Disco Intervertebral é o problema de coluna mais comum em cães, responsável por aproximadamente 45% dos casos neurológicos atendidos no Brasil, em gatos, se trata de um distúrbio clínico relativamente raro. (CHAVES et al, 2014).

Há dois tipos básicos de degeneração do Disco Intervertebral, a chamada Hansen tipo I (figura 2), que se trata de uma degeneração condroide, onde o conteúdo do núcleo pulposo anormal sofre extrusão para dentro do canal vertebral, e a Hansen tipo II (figura 3), que se trata de uma degeneração fibroide, onde envolve espessamento do anel fibroso dorsalmente, o que protrui para o interior do canal vertebral.

Essas degenerações podem ocorrer ao mesmo tempo, chamado de fenômeno da ruptura “crônica ou aguda”, ocorrendo ocasionalmente, onde um cão com sinais crônicos de uma possível hasen tipo II piora seu quadro ao súbito processo de hansen tipo I, com extrusão do núcleo pulposo no canal vertebral. (FOSSUM, 2014).

Recentemente, foi relatado um terceiro tipo se herniação do disco intervertebral, chamada de Hansen tipo III, trata-se de um pequeno volume com alta velocidade de hérnia de natureza não compressiva. Em alguns casos extremos, pode ocorrer penetração na medula espinhal do material herniado, sendo que este tipo de hérnia ocorre com maior frequência em raças condrodistróficas com idade senil, porém, também se pode observa-la em outras raças. (DEWEY; COSTA, 2017).

Figura 2- representação de como ocorre a degeneração de disco Hansen tipo I (extrusão de disco intervertebral).

(FONTE: FOSSUM, 2015) Extrusão

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Figura 3 - representação de como ocorre a degeneração de disco Hansen tipo II (Protusão de disco intervertebral).

(FONTE: FOSSUM, 2015)

A prevalência da DDIV em cães de raças condrodistróficas é consideravelmente maior, devido a características genéticas, onde ocorre rápida degeneração dos discos intervertebrais no início da vida e além disso, a calcificação de disco é comum, predispondo a extrusão do núcleo pulposo, sendo que os sinais clínicos são apresentados quando o animal tem entre 3 a 6 anos. (LORENZ; KORNEGAY, 2004).

Em raças não condrodistróficas, esta degeneração do disco intervertebral desenvolve-se em proporção lenta e menos frequente, porém pode haver acometimento de alguns discos intervertebrais de animais com idade senil. (BAUMHARDT, 2015).

2.3 SINAIS CLÍNICOS

Há uma grande variação dos sinais clínicos, dependendo principalmente da localização da lesão na medula espinhal, da velocidade e do volume do material ejetado no canal vertebral, com disfunção neurológica variando desde hiperestesia espinhal até paraplegia com ausência de dor profunda. (SANTOS et al, 2012).

Os reflexos espinhais devem ser utilizados para avaliar a integridade dos componentes motores e sensitivos de um reflexo em particular, podendo estar aumentados ou normais quando a lesão ocorre em Neurônio motor superior (NMS) e

Anel fibroso Núcleo pulposo

ProtusãoP rotrusão

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diminuídos ou ausentes quando ocorre lesão em Neurônio motor inferior (NMI). (FOSSUM, 2014).

Em membros Torácicos, os reflexos rotineiramente testados são o de retirada e reflexo do bíceps (Figura 4). Enquanto nos membros pélvicos são os reflexos de retirada, patelar (Figura 5) e gastrocnêmico (Figura 6). (FOSSUM, 2014).

Figura 4 - O reflexo do bíceps é induzido batendo-se levemente o plexímetro sobre o dedo do examinador que está posicionado no tendão de inserção do bíceps, na porção imediatamente proximal ao cotovelo.

(FONTE: FOSSUM, 2014)

Figura 5 - O reflexo patelar é induzido percutindo-se o ligamento patelar entre a patela e a tuberosidade tibial com o joelho em algum grau de flexão.

(FONTE: FOSSUM, 2014)

Figura 6 - O reflexo gastrocnêmio é induzido percutindo-se o tendão gastrocnêmio na porção imediatamente proximal ao calcâneo com o joelho

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(FONTE: FOSSUM, 2014)

Extrusões de disco intervertebral, Hansen tipo I, geralmente seus sinais são de rápida evolução (minutos/dias). Na região cervical, os animais geralmente permanecem com a cabeça baixa e o pescoço rigidamente estendido, e casualmente, comprimem a medula suficientemente para causar paresia e ataxia dos membros torácicos e pélvicos, porém cães com extrusões de disco laterais apresentam claudicação de um membro torácico pela compressão da raiz nervosa. Em geral, os sinais nesta região são menos graves que os decorrentes na região toracolombar, pelo maior diâmetro do canal medular. (ETTINGER; FELDMAN, 2008).

Os déficits neurológicos são mais evidentes nos membros pélvicos do que nos membros torácicos em casos de lesões na região cervical da medula espinhal, em geral é observado ataxia e paresia de todos os quatro membros. Na região toracolombar, normalmente não causam alterações nos membros torácicos e causam um misto de sinais de NMS e déficits proprioceptivos gerais nos membros pélvicos (MOSCHEN, 2017).

Nas protusões de disco intervertebral, Hansen tipo II, geralmente observa-se sinais clínicos de evolução crônica, podendo ir de semanas, meses e até anos, geralmente, causando paresia lentamente progressiva (DEWEY; COSTA, 2017).

2.4 DIAGNÓSTICO

O Diagnóstico da doença, é realizado a partir da avaliação dos sinais clínicos, predisposição racial, semiologia neurológica e exames auxiliares de diagnóstico como: análise de líquido cerebroespinhal (LCS) e exames de imagem, como

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radiografia, mielografia, tomografia e ressonância magnética, sendo que nesses casos os animais devem ser submetidos à anestesia geral (DEWEY e COSTA, 2017).

O exame neurológico, pode ser dividido em algumas partes: observação, palpação, exame das reações posturais, reflexos espinhais, avaliação dos pares de nervos cranianos e avaliação sensorial. (LORENZ; KORNEGAY, 2004).

Na observação, deve-se considerar o estado mental do animal, postura e movimento. O estado mental do animal pode ser classificado como em alerta, deprimido, estupor e coma, de acordo com seu grau de consciência. A postura do animal deve ser observada avaliando se possui anormalidades enquanto o animal está livre para se movimentar, observando se há inclinação de cabeça ou torção para o lado, e avaliar também o tronco e membros, se possuem postura anormal de membros como posicionamento inadequado e tônus extensor aumentado ou diminuído. Na movimentação do animal observa-se a presença de claudicação, ataxia, paresia/paralisia ou movimentos anormais. (LORENZ; KORNEGAY, 2004).

As reações posturais avaliam os sistemas proprioceptivo e motor, afim de detectar déficits sutis ou assimetrias discretas que podem ser despercebidas durante a observação da movimentação, realizando os testes de posicionamento proprioceptivo (Figura 7) e saltitamento (Figura 8). Já com a avaliação dos pares de nervos cranianos, é possível indicar se realmente se trata de uma lesão medular ou de uma lesão cerebral (DEWEY; COSTA, 2017).

No teste proprioceptivo, o posicionamento do animal consiste em manter o paciente em estação e fazer o posicionamento de uma extremidade do membro de cada vez sobre sua face dorsal, na reação normal, o animal faz o rápido reposicionamento do membro a sua posição normal. No teste de saltitamento, é realizado segurando-se o animal de forma que a maior parte de seu peso esteja concentrada ao membro que está sendo avaliado, movendo o paciente lateralmente, quando a uma reação normal, se tem uma viva movimentação em saltos para o lado que o paciente está sendo conduzido.

Figura 7 – Teste proprioceptivo, paciente sustendado em estação, a superfície dorsal da pata é colocada sobre o solo, o paciente deve imediatamente

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(FONTE: FOSSUM, 2014)

Figura 8 – Teste de Saltitamento. O paciente é segurado de uma forma que maior parte do peso seja sustentado por um membro, sendo movido

lateralmente

(FONTE: FOSSUM, 2014)

Nos reflexos espinhais avalia-se a integridade dos componentes motores e sensoriais do arco reflexo e a influência das vias motoras descendente do NMS, sendo classificados como ausentes, diminuídos, normais, exagerados e Clonia. Realiza-se então os reflexos patelar, de retirada, perineal e cutâneo do tronco além de tônus muscular, desta forma, a localização da lesão, pode ser obtida (DEWEY; COSTA, 2017).

O exame sensorial irá auxiliar com informações referentes a localização e gravidade da lesão, com o objetivo de identificar as áreas que apresentam sensação aumentada, chamada de hiperestesia, identificar áreas com sensibilidade diminuída, chamada de hipoestesia, e assegurar que o animal perceba um estimulo nocivo (ETTINGER; FELDMAN, 2008).

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Os exames de imagem utilizados para avaliar a medula espinhal de animais com suspeita da DDIV consistem em radiografia simples, e após, realização do exame de mielografia (figura 9), sendo que a radiografia simples, pode indicar alterações sugestivas de DDIV e descartar possíveis diagnósticos diferenciais, porém dificilmente é diagnóstica para esta doença (LORENZ; KORNEGAY, 2004).

Figura 9 – Mielografia lombar com elevação da coluna de contraste (seta preta) entre a primeira (L1) e segunda (L2) vértebras lombares e desaparecimento da coluna de contraste (seta vermelha) entre a décima segunda (T12) e décima terceira (T13) vértebras torácicas, que evidencia a

lateralização da lesão em um cão com protrusão e extrusão do disco intervertebral, respectivamente:

Fonte: (MARINHO et al., 2014)

A Ressonância magnética (figura 10) e Tomografia computadorizada (Figura 11), são exames de imagem considerados uteis no diagnóstico da doença, sendo que a RM está se tornando a modalidade de primeira eleição, pois fornece imagem superiores quando comparada com a mielografia e TC, (FOSSUM, 2014) permitindo a visualização clara da doença do disco intervertebral, e da medula espinhal, podendo avaliar assim o parênquima da medula espinhal e identificar alterações de sinal na medula (DEWEY; COSTA, 2017).

Figura 10 - Imagem de ressonância magnética médio sagital ponderada em T2 de um cão com uma extrusão de disco intervertebral cervical.

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(FONTE: FOSSUM, 2015)

Figura 11 – Imagem de tomografia computadorizada (TC) reconstrução sagital e axial de um cão com uma extrusão de disco intervertebral cervical.

(FONTE: FOSSUM, 2015)

A análise do líquido cerebroespinhal (LSC), é indicada para qualquer tipo de lesão que ocorra na coluna vertebral, ou mielopatia, onde ocorra dificuldade para o diagnóstico por exames de imagem, porém sua colheita deve ser realizada antes da mielografia, pois pode ocorrer alterações que modificarão a natureza do LCS. (DEWEY; COSTA, 2017).

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2.5 TRATAMENTO

O tratamento para a doença do disco intervertebral pode ser tanto clínico, como cirúrgico, as decisões em relação a forma de tratamento a ser realizada são tomadas a partir dos sinais clínicos e na gravidade do problema. (LORENZ; KORNEGAY, 2004).

Os pacientes que apresentarem quadros com suspeita de extrusões de disco cervical ou toracolombar tipo I, seu tratamento geralmente é bem-sucedido quando realizado de forma clínica e os animais exibirem déficits neurológicos leves a nulos, além de não exibirem quadros repetitivos de dor. (DEWEY; COSTA, 2017).

Quando os animais com DDIV tipo I exibirem déficits neurológicos como paresia ou paralisia com percepção de dor profunda integra, com quadros repetitivos de dor aparente nas costas ou no pescoço, que não responderem a terapia médica, deve se realizar a intervenção cirúrgica (ETTINGER; FELDMAN, 2008).

No que se refere ao tratamento em animais com protrusão de disco do tipo II, apresentando sinais precoces e moderados em geral respondem temporariamente a terapia clínica, porém, os sinais retornam de maneira rápida e progressivamente pioram. Animais que apresentam apenas dor como sinal clínico, podem ser tratados de forma clínica, porém a cirurgia para descompressão com remoção do disco ressaltado tem um prognóstico mais favorável, sendo que a cirurgia descompressiva é indicada para os casos de pacientes com ataxia e paresia. (LORENZ; KORNEGAY, 2004).

Geralmente, a terapia clínica consiste na administração ou não de agentes inflamatórios e analgésicos, além de confinamento restrito em gaiola ou caixa por um período de 3 a 4 semanas, e realizar atividades somente em passeios curtos para urinar/defecar. (DEWEY; COSTA, 2017).

Sempre que administrar agentes antiinflamatórios a um paciente que apresente sinais de extrusão de disco intervertebral, deve-se submete-lo ao confinamento, para que os animais não fiquem ativos, pois o anti-inflamatório alivia a dor. Caso não se observe melhora no paciente, deve-se pensar no tratamento cirúrgico (DEWEY; COSTA, 2017).

Quando houver necessidade de realizar a intervenção cirúrgica é indicado que se realize exames de imagem da coluna vertebral e análise de LCS (FOSSUM, 2014).

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Após devem ser submetidos a realização da descompressão cirúrgica da medula espinhal com retirada de material de disco do canal medular, o mais cedo possível para que não ocorra maiores danos a medula (ETTINGER; FELDMAN, 2008).

O tratamento cirúrgico para a DDIV é indicado para os pacientes quando não se obtiver resultados com o tratamento clínico, os déficits neurológicos estarem marcantes e progressivos e também houver hiperestasia cervical evidente. (SANTINI et al, 2010).

As técnicas cirúrgicas que permitem descompressão da medula espinhal e remoção do material de disco do canal vertebral, são as técnicas de fenda ventral, hemilamiectomia, laminectomia dorsal, pediculectomia, corpectomia (DEWEY; COSTA, 2017).

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 ASPECTOS ÉTICOS

Este projeto foi submetido à Comissão de Ética de Uso de Animais (CEUA) da Universidade do Sul de Santa Catarina, respeitando todas as normativas e conceitos éticos durante sua execução.

3.2 LOCAL DE EXECUÇÃO

O estudo foi realizado a partir da avaliação dos arquivos disponíveis do Hospital Veterinário Darabas – HVD, na cidade de Palhoça – SC, sob a orientação do Professor Jairo Nunes Balsini

3.3 ANIMAIS

Foram analisadas as fichas do banco de dados do Hospital Veterinário Darabas e selecionadas as dos cães que foram diagnosticados com a Doença do Disco intervertebral entre o período de Janeiro a Dezembro de 2018, os animais que fizeram parte do N amostral são somente cães que apresentaram dados que apresentem o diagnóstico definitivo da doença, podendo incluir, anamnese, sinais, histórico clínico geral, exame clínico neurológico e exames complementares, as fichas que apresentarem somente diagnóstico presuntivo serão desconsideradas.

3.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados obtidos, foram distribuídos em planilhas do Microsoft Excel®, na plataforma Windows 10, sendo construído tabelas para correlação dos resultados e avaliação da ocorrência da doença.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados e discussão serão apresentados em forma de artigo científico formatado de acordo com as normas da revista Ulbra (ANEXO).

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5 ARTIGO CIENTÍFICO

PREVALÊNCIA DE CÃES ATENDIDOS COM DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL EM HOSPITAL VETERINÁRIO DA GRANDE FLORIANÓPOLIS

Lucas Alberto Zunino¹ Jairo Nunes Balsini²

¹Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, SC, Brasil, E-mail: azunino.lucas@gmail.com

² Orientador - Professor do Curso de Medicina Veterinária da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, SC, Brasil, E-mail: jairo.balsini@gmail.com

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RESUMO

Neste estudo foi analisado a ocorrência de cães com diagnóstico clínico de Doença do Disco intervertebral, atendidos no Hospital veterinário Darabas entre o período de janeiro a dezembro de 2018 e obtido informações a respeito de idade, raça, local da lesão, e correlacionando os fatores ambientais com a patologia. Foi realizada a coleta de dados a partir dos prontuários do hospital, onde foram avaliadas 72 fichas com diagnóstico de DDIV (doença do disco intervertebral). As raças mais frequentes foram os SRD (sem raça definida), Shih Tzu e Bulldog Francês. A faixa etária dos animais foi maior nos jovens e a região anatômica da coluna vertebral com acometimento foi a Toracolombar. Pode-se perceber que alguns fatores ambientais predispõem a doença, sendo que a maioria dos animais, viviam dentro de casa ou em apartamento.

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ABSTRACT

In this study, the occurrence of dogs with clinical diagnosis of Intervertebral Disc Disease, attended at the Veterinary Hospital Darabas between the period of January to December 2018, was analyzed and information was obtained regarding age, breed, injury site, and correlating environmental factors with the pathology. Data collection was carried out from the hospital's medical records, where 72 records with diagnosis of DDIV were evaluated. The most frequent breeds were the SRD, Shih Tzu and French Bulldog. The age of the animals was higher in young people and the anatomical region of the spine where the most affected was the thoracolumbar. It can be seen that some environmental factors predispose the disease, being that most of the animals, lived inside the house or in an apartment.

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INTRODUÇÃO E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Os discos intervertebrais são estruturas localizadas em toda a coluna espinhal, entre cada corpo vertebral, com exceção das vertebras sacrais e da primeira e segunda vertebras cervicais. São compostos principalmente por núcleo pulposo, anel fibroso, placas terminais e zona de transição, que permitem flexibilidade e absorção de choques para a coluna vertebral (BAUMHARDT,RAQUEL, 2015).

Ao longo da vida dos cães, vários fatores podem acarretar em Doença do Disco intervertebral (DDIV), essa patologia pode acometer tanto as vertebras da região cervical (C3-C5) como a da região toracolombar (T3-L3), onde o acometimento costuma ser mais frequente (LORENZ; KORNEGAY, 2004).

A prevalência da DDIV em cães de raças condrodistróficas é consideravelmente maior, quando comparada a outras raças devido a características genéticas, onde ocorre rápida degeneração dos discos intervertebrais no início da vida, predispondo a extrusão do núcleo pulposo. Em raças não condrodistróficas, esta degeneração do disco intervertebral é menos frequente, porém pode haver acometimento de alguns discos intervertebrais de animais senis (BAUMHARDT,RAQUEL, 2015)

A Doença do Disco intervertebral, é caracterizada pelo deslocamento do disco intervertebral de seu posicionamento anatômico habitual, com exceção dos casos de traumatismo (MOSCHEN, 2017).

Podem ocorrer dois tipos de herniação de disco intervertebral, a Hansen tipo I, onde ocorre degeneração e ruptura do ânulo fibroso, levando a extrusão do núcleo pulposo para o canal medular, e a Hansen tipo II, com protusão do disco, que caracteriza-se por abaulamento do disco intervertebral, não ocorrendo ruptura completa do ânulo fibroso (ETTINGER; FELDMAN, 2008). Contudo, identificou-se recentemente uma terceira forma de herniação de disco, a Hansen tipo III, ocorrendo uma extrusão explosiva (DEWEY; COSTA, 2017).

Há uma grande variação dos sinais clínicos dependendo da localização da lesão na medula espinhal, da velocidade em que o material é ejetado no canal vertebral e do volume de material no interior do canal. (ETTINGER; FELDMAN, 2008). Na DDIV cervical, o sinal clinico predominante é a dor cervical aparente, podendo causar paresia e ataxia dos membros, eventualmente causando tetraplegia ou hemiplegia, já na toracolombar pode haver muita dor a manipulação, além de sinais

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de hiperestasia, paresia ou paralisia, essas alterações ocorrem nos quatro membros, ou dependendo da região pode predominar em posteriores ou anteriores. (LORENZ; KORNEGAY, 2004).

O Diagnóstico da doença, é realizado a partir da avaliação dos sinais clínicos, conhecimento do envolvimento típico da raça, semiologia neurológica e pode ser complementado através de exames de imagem. A radiografia simples dificilmente é diagnóstica para DDIV, seria necessário técnicas como a mielografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética para identificar a natureza e a localização compressiva do disco em questão. (LORENZ; KORNEGAY, 2004).

O tratamento para DDIV pode ser tanto clínico, como cirúrgico, as decisões em relação a forma de tratamento a ser realizada são tomadas a partir dos sinais clínicos e na gravidade do problema (LORENZ; KORNEGAY, 2004). Em geral, o tratamento clínico é indicado para cães com hiperestesia ou com pouco déficit neurológico, e o tratamento cirúrgico é a opção indicada para pacientes com déficits neurológicos moderados a severos, em casos de recidiva e animais refratários ao tratamento clínico. (SCHWAB, 2019).

A doença do disco intervertebral é a enfermidade que mais acomete a medula espinhal em cães, representando aproximadamente 45% de todos os casos neurológicos atendidos no Brasil, e é a responsável pela maioria dos casos de paralisia nesses animais. (CHAVES et al, 2014).

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Material e métodos

Este projeto foi submetido à Comissão de Ética de Uso de Animais (CEUA) da Universidade do Sul de Santa Catarina, respeitando todas as normativas e conceitos éticos durante sua execução.

Foi realizado a partir da avaliação dos arquivos disponíveis do Hospital Veterinário Darabas – HVD, na cidade de Palhoça – SC, sob a orientação do Professor Jairo Nunes Balsini.

Foram analisadas as fichas do banco de dados do Hospital Veterinário Darabas e selecionadas as dos cães que foram diagnosticados com a Doença do Disco intervertebral entre o período de Janeiro a Dezembro de 2018, sabendo que os animais que farão parte do N amostral serão somente cães que apresentaram dados que apresentem o diagnóstico definitivo da doença, podendo incluir, anamnese, sinais, histórico clínico geral, exame clínico neurológico e exames complementares, as fichas que apresentarem somente diagnóstico presuntivo serão desconsideradas.

Os dados obtidos, foram distribuídos em planilhas do Microsoft Excel®, na plataforma Windows 10, sendo construídos e tabelas para correlação dos resultados e avaliação da ocorrência da doença.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

O presente estudo teve uma alta prevalência da doença do disco intervertebral, sendo identificados um total de 72 casos de cães com diagnóstico definitivo da doença, entre 161 casos neurológicos registrados no Hospital Veterinário Darabas durante o período de janeiro a dezembro de 2018, representando 44,7% dos casos neurológicos, muito próximo da pesquisa realizada por Raquel Bau;mhardt no Hospital veterinário da Universidade Federal de Santa Maria, onde a doença representou 45,8% dos casos neurológicos.

O segmento onde ocorreu a lesão mais encontrado neste estudo (Tabela 3) foi o segmento III (Toracolombar T3-L3) com 61% (44 animais) dos casos, após o seguimento IV intumescência (lombosagrada L4-S3) com 22.1% (17 animais), seguido do seguimento I (Cervical C1-C5) com 22% dos casos (16 animais), e por último o seguimento II (intumescência cervicotorácica C6-T2) com 4% dos casos (3 animais). Sendo que alguns dos animais presentes no estudo, foram identificados mais de uma localização com herniação de disco. O segmento que teve maior índice foi o toracolombar T3-L3 similar ao estudo de Brisson (2010).

Tabela 1: Resultados da frequência segmentos mais encontrados no Hospital Veterinário Darabas, no período de 1 de Janeiro à 31 de Dezembro de 2018.

Segmento Número Frequência

I 16 22%

II 3 4%

III 44 61%

IV 17 22%

No presente estudo a prevalência da DDIV em cães de raças condrodistróficas foi consideravelmente menor, quando comparada a outras raças, apresentando um total de 30 animais condrodistróficos, contrariando o estudo de Raquel Baumhardt. Entre estes estão o Daschshund, Pequinês, Beagle, Poodle (mini e toy), Cocker, Shih-tzu e Lhasa-apso.

A população estudada foi representada (Tabela 4): raça SRD (sem raça definida) 22% (n=16), outras raças incluiram com da raça Shih Tzu 18% (n=13), Bulldog Francês 17% (n=12), Lhasa apso 10% (n=7), Dachshund 7% (n=5), Yorkshire 5% (n=4),

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Pinscher e Poodle 4% (3 animais cada), e outras raças como Labrador, Golden Retriever, Cocker, Beagle, Bulldog Ingles, Pequines, Boxer, Boston Terrier e Schnauzer com um animal de cada. Destes 38% (n=27) eram raças condrodistróficas. Este estudo se opôs também ao estudo de Brisson (2010) que diz que há maior prevalência em raças condrodistróficas, neste caso não houve prevalência de raças.

Tabela 2: Resultado da frequência de animais com relação as raças mais acometidas no Hospital Veterinário Darabas, no período de 1 de Janeiro à 31 de Dezembro de 2018..

Raça/ Número Frequência

SRD 16 22% Shih Tzu 13 18% Bulldog Francês 12 17% Lhasa Apso 7 10% Dachshund 5 7% Yorkshire 4 5% Pinscher 3 4% Poodle 3 4% Labrador, Cocker

Golden Retriver, Beagle, Bulldos Inglês, Pêquines, Boxer, Boston Terrier, Schnauzer

1 13%

Em relação a idade, não houve contradição ao estudo de Brisson (2010), neste estudo (tabela 5) 59% dos animais (n=42) eram consideráveis jovens, pois tinham sete anos ou menos, e 41% dos animais (n=30) tinham oito anos ou mais, considerados idosos.

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Tabela 3: Resultados da frequência de animais com relação a idade dos pacientes no Hospital Veterinário Darabas, no período de 1 de Janeiro à 31 de Dezembro de 2018..

Idade Número Frequência

0 a 7 anos 42 59%

8 a 15 anos 30 41%

Com relação aos fatores relacionados ao ambiente em que os animais viviam (Tabela 6), 43% dos cães (n=31) viviam somente dentro de caso ou apartamento, apenas 3% destes animais (n=2) viviam no quintal da casa, e outros 54 % dos animais (n=37), não possuíam esta informação ou foram encaminhados para o diagnóstico no hospital. Demonstrando assim que o cão vivendo dentro de casa ou apartamento, começa a conviver em condições a qual não está adaptado, como piso liso, subir e descer de escadas, sofás, camas e etc. favorecendo a ocorrência da Doença do disco intervertebral.

Tabela 4: Resultados da frequência de animais com relação a fatores ambientais mais encontrados no Hospital Veterinário Darabas, no período de 1 de Janeiro à 31 de Dezembro de 2018..

Fatores ambientais Número Frequência

Destro de casa ou apartamento

31 43%

Quintal 2 3%

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6 CONCLUSÃO

A Doença do Disco Intervertebral é uma enfermidade comumente encontrada na rotina clínica veterinária, o que torna o estudo importante, para o maior conhecimento sobre a patologia e facilitar seu diagnóstico. Neste estudo concluiu-se que a uma alta prevalência da doença entre as patologias neurológicas encontradas neste Hospital Veterinario e através da análise das fichas dos pacientes foi observado que a localização anatômica frequentemente afetada entre as vertebras foi a região toracolombar, com um grande número de casos a mais que as outras regiões anatômicas, as raças mais atingidas, não obteve uma diferença significativa entre animais condrodistroficos ou não e em relação a idade pode-se observar que cães mais jovens tiveram a doença, podendo se deduzir que o tipo de DDIV que mais acometeu os animais foi a Hansen tipo I, por ser a qual mais acomete animais jovens. Concluiu-se também que a respeito dos fatores ambientais, o fato dos animais viverem dentro de casa ou apartamento, submetem os animais a atividades a qual predispõem estes a patologia, observando que em sua grande maioria viviam sobre estas condições.

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7 REFERÊNCIAS

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CHAVES, R.O; BECKMANN, D,V; SANTOS, R.P; AIELLO, G; ANDRADES, A.O; BAUMHARDT, R; SILVERA, L.B; MAZZANTI, A, et al. Doenças neurológicas em cães atendidos no Hospital Veterinário da universidade federal de Santa Maria, RS: 1.184 casos (2006-2013). Pesquisa Veterinária Brasileira, v.34, n.10, p.996-1001, 2014.

DEWEY, C. W.; COSTA, R. C. da. Neurologia canina e felina: guia prático. São Paulo: Editora Guará, 2017.

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INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS. Domicílio com algum cachorro, total, percentual e coeficiente de variação, por situação a domicílio: pesquisa nacional de saúde. Brasil, 2013. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/4930#resultado.

JUNQUEIRA, Ana Nira Nunes; Características da população de cães e gatos domiciliados no Brasil. Dissertação de Mestrado em Ciências Naturais Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina veterinária, Brasília, DF, 2017.

J.ETTINGER, Stephen; C.FELDMAN, Edward; Tratado de medicina interna veterinária: Doenças do cão e do gato. 5.ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2008. V.1.

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KÖNIG, H. E.; LIEBICH, H. Anatomia dos animais domésticos: texto e atlas colorido. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.

MOSCHEN, Laíse, Doença do Disco Intervertebral Cervical e Toracolombar em pequenos animais, 2017, 76 folhas, Universidade Federal do Rio Grande Do Sul Faculdade Veterinária, Porto Alegre, 2017.

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SANTINI, G. et al. Doença do disco intervertebral cervical em cães: 28 casos (2003-2008). Pesquisa Veterinária Brasileira, 30(8):659-664, 2010.

SANTOS, R.P., et al. Recuperação funcional de cães paraplégicos com doença do disco intervertebral toracolombar sem percepção à dor profunda submetidos ao tratamento cirúrgico: 15 casos (2006-2010). Pesquisa Veterinária Brasileira, 32(3):243-246, 2012.

SCHWAB, Marcelo Luís, Contribuições no diagnóstico e no tratamento cirúrgico de cães com doença do disco intervertebral cervical, 2019, Dissertação de Mestrado, Universidade Federal De Santa Maria, Santa Maria, 2019.

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Universidade Estadual de Londrina. http://dx.doi.org/10.5433/1679-0359.2014v35n4p1871

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ANEXO – Normas para publicação de artigo na revista Ulbra.

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE TRABALHOS

A Revista de Iniciação Científica editada pela Universidade Luterana do Brasil publica artigos de Iniciação Científica selecionados durante o Salão de Iniciação Científica da ULBRA que ocorre anualmente. Segue abaixo as normas para publicação desses artigos:

1) O artigo de iniciação científica deve ser enviados através da plataforma eletrônica pelo link submissão em formato DOC

2) O trabalho completo deverá ser digitado em espaço 1,5, fonte arial 12, em um número máximo de 15 laudas A4 incluindo tabelas, quadros e figuras.

3) O artigo deverá conter os seguinte tópicos: Título (em caixa alta, negrito e alinhado à direita); Nomes dos Autores (iniciando pelos alunos de iniciação científica); Resumo (no máximo 10 linhas); Palavras-chave (no máximo cinco); Abstract; Key words; Introdução (com revisão bibliográfica e objetivos); Material e Métodos (descrição da metodologia utilizada para a execução da pesquisa);

Resultados e/ou Discussão; Conclusões e/ou Considerações Finais; Agradecimentos (quando houver) e Referências (conforme indicado nos itens 7 e 8).

4) Para artigos de revisão bibliográfica, não é necessário as subdivisões citadas no item anterior, mas no artigo, obrigatoriamente, deverá conter: Título, Nomes dos Autores, Resumo, Palavras-chave, Abstract e Key words.

5) Os nomes dos autores deverão ser colocados por extenso, alinhados à direita, um embaixo do outro, iniciando-se pelo(s) aluno(s) de iniciação científica, seguidos de índice numérico, que será repetido no rodapé, onde deve constar:

5.1) se o autor for aluno (Ex: Acadêmico do curso de Medicina Veterinária/ULBRA – Bolsista PROICT/ULBRA;

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5.2) se o autor for professor participante da pesquisa (Ex: Professor do curso de Medicina Veterinária/ULBRA;

5.3) se o autor for de outra instituição deverá constar a profissão e a Instituição (Aluno de Pós-Graduação e Anestesiologista da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre)

5.4) se o autor for professor – orientador(Ex: Professor – Orientador do Curso de Engenharia Ambiental/ULBRA (inserir o e-mail do orientador para correspondência)

6) O significado das siglas e abreviações deverá estar explicito na primeira vez que aparecerem no texto.

7) Quanto às citações bibliográficas no texto, a ordem vai depender se o(s) autor(es) está(ão) sendo citado(s) como parte integrante da frase, nesse caso, somente o ano da publicação deve vir entre parênteses, por exemplo: Coelho (2005). Se no final da frase ou parágrafo, o(s) autor(es) será(ão) citado(s) juntamente com o ano da

publicação, somente entre parêntese, por exemplo: (COELHO, 2005) : a) quando a citação for de um autor: Santos (2001) ou (SANTOS, 2001);

b) quando for com dois autores: Keep e Corrigan (2000) ou (KEEP; CORRIGAN, 2000);

c) quando for com três autores: Sanches, Pull e Reeve (2003) ou (SANCHES; PULL; REEVE, 2003);

d) quando for com mais de três autores: Rename et al. (1997) ou (RENAME et al., 1997).

e) quando houver, no mesmo ano, mais de um artigo de mesma autoria, acrescentar letras minúsculas, após o ano (BACK et al., 1996a, 1996b).

(38)

f) quando, dentro de um mesmo parêntese, houver mais de uma citação, estas devem ser colocadas em ordem cronológica de publicação (KLEIN, 1983; CARVALHO, 1994; MARTINELLO et al., 1999)

8) Segue-se a ABNT 6023 quanto à citação dos autores em caixa alta ou caixa baixa de acordo com a indicação dos mesmos ou fazendo parte do texto ou somente referenciando-o no final do parágrafo.

9) A citação das referências no final do artigo deverá ser por ordem alfabética de autores e sequência cronológica crescente, seguindo a ABNT 6023.

10) Os gráficos, fotos e desenhos, com enunciado na porção inferior, devem ser citados como figuras numeradas com algarismos arábicos em ordem crescente e corrida, conforme citadas no texto. As tabelas e quadros, com enunciados na parte superior, devem ter sequência numérica corrida indicada com algarismos arábicos e de acordo com a sua indicação no texto. O texto de legenda deve ser em fonte 10 justificado no tamanha da imagem/tabela, com as palavras gráfico e/ou tabela em negrito. Ex: Gráfico 1: Vista aérea da região. Tabela 2: Informações dos

pesquisados.

11) O trabalho será analisado pelos consultores da Comissão Editorial da Revista.

12) Os textos apresentados são de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es), inclusive de digitação.

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