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CONTROLE NEURO-FUZZY COM TREINAMENTO EM TEMPO REAL APLICADO A UM SISTEMA BALL AND BEAM

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Academic year: 2021

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CONTROLENEURO-FUZZYCOMTREINAMENTOEMTEMPOREALAPLICADOAUM SISTEMABALLANDBEAM

MARCONI C. RODRIGUES*, ANDRÉ L. MAITELLI, FÁBIO M. U. ARAÚJO*

Depto. de Eng. de Computação e Automação , Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN-CD-DCA, Campus Universitário, 59072-970, NATAL-RN/BRASIL

*Beneficiário de auxílio financeiro da CAPES-Brasil

E-mails: marconicamara@yahoo.com.br, maitelli@dca.ufrn.br,

meneghet@dca.ufrn.br

Abstract A neuro-fuzzy controller, which links characteristics of the artificial neural networks (ANNs) as well as of fuzzy controllers, was projected based on the NEFCON model and applied in the control of a system of the kind ball and beam. Practi-cal experiences were accomplished to obtain an adjustment in real time of the parameters of the controller. The methodology em-ployed is not only efficient in such adjustment, but also is effortless for parametric identification or mathematical modeling of the system to be controlled.

Keywords Neuro-fuzzy, Fuzzy, Nefcon, Anfis, Mandami, Ball-Beam, Learning.

Resumo Um controlador neuro-fuzzy, que une características das redes neurais artificiais (RNAs) e de controladores nebulo-sos, foi projetado com base no modelo NEFCON e aplicado no controle de um sistema do tipo ball and beam. Experiências práti-cas foram realizadas para a obtenção de um ajuste em tempo real dos parâmetros do controlador. A metodologia empregada além de se mostrar eficiente em tal ajuste, dispensa esforços para identificação paramétrica ou modelagem matemática do sistema a ser controlado.

Palavras-chave Neuro-fuzzy, Fuzzy, Nefcon, Anfis, Mandami, Trave-Bola, Aprendizagem.

1 Introdução

A necessidade de controladores cada vez mais efici-entes vem contribuindo para o desenvolvimento de controladores com base na combinação de técnicas já bem estabelecidas. Neste sentido, uma possibilidade que tem recebido grande atenção dos pesquisadores em todo o mundo, é o uso dos chamados controlado-res híbridos. O projeto de tais controladocontrolado-res, objetiva a absorção, por parte do controlador projetado, de determinadas características presentes em cada uma das técnicas utilizadas no projeto.

Controladores híbridos, baseados em Redes Neurais Artificiais (RNA’s) e sistemas nebulosos (“fuzzy”) têm sido vastamente pesquisados (J. M. F. Calado et alii, 2002; A. Saafan et alii. 2002; Alexan-dre R. Rentería et alii, 2002) e começam a ser bem aceitos na indústria (V. Palade et alii, 2002; F. J. Uppal et alii, 2002; Alexandre & Claudio, 2003). Apesar das características de generalização e apren-dizado que possibilitam aos controladores baseados em RNA’s se ajustarem a condições de operação diversas, de forma automática e em tempo real, a maneira como o conhecimento é codificado nestes tipos de controladores, configura-se, em muitos ca-sos, como principal restrição à sua utilização. No caso de controladores fuzzy, a codificação do conhe-cimento é simples e de fácil compreensão, porém, o processo de ajuste dos parâmetros do controlador é extremamente trabalhoso podendo consumir muito tempo. O trabalho torna-se ainda maior conforme aumenta a complexidade da estrutura fuzzy utilizada.

Além disso, os sistemas fuzzy não contemplam, em sua concepção inicial, a possibilidade do ajuste au-tomático destes parâmetros, o que além de reduzir o trabalho do projetista, viabilizaria o aprendizado e a adaptação em tempo real dos controladores fuzzy. Diante de tais fatos, a combinação destas técnicas mostra-se como um caminho natural para a criação de uma nova metodologia de projeto para controla-dores inteligentes.

Os controladores neuro-fuzzy vêm sendo am-plamente estudados nos últimos anos. Em uma das possíveis abordagens, toda a estrutura de um contro-lador fuzzy é distribuída em camadas interconectadas, tal qual uma RNA, desta forma, os parâmetros do controlador fuzzy podem ser ajustados alterando-se os valores associados a cada uma das conexões. As-sim, um controlador neuro-fuzzy aproveita a estrutura básica de um sistema fuzzy e a capacidade de apren-dizado das RNA’s. O modelo NEFCON, utilizado neste trabalho, usa um controlador fuzzy como base e algoritmos adaptativos similares aos de aprendiza-gem das redes neurais (Nürnberger et alii, 1999).

Para comprovar a eficácia do controlador obtido foi utilizada uma planta do tipo Ball and Beam. Este tipo de sistema é bastante usado em pesquisas, tanto em simulação quanto em experimentos práticos. Nes-te último, sob condições reais, a planta está sujeita a ruídos nos sensores de leitura, além de variações promovidas pelo desgaste das peças. Até mesmo, agentes da natureza como vento e temperatura influ-enciam consideravelmente na resposta final, atribu-indo à tarefa de controle todas as dificuldades ineren-tes ao controle de processos reais.

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2 Controladores Neuro-fuzzy

2.1 Redes Neurais Artificiais

As Redes Neurais Artificiais (figura 1) se baseiam na forma de armazenar conhecimento e aprender do cérebro humano e são formadas por estruturas sim-ples de processamento, chamadas neurônios, que são organizados em camadas e conectados entre si. Atra-vés destas conexões, denominadas sinapses os sinais passam de um neurônio para o outro. A cada cone-xão é associado um peso, chamado peso sináptico. Um neurônio artificial pode receber sinais de um grande número de outros neurônios conectados a ele, sendo cada sinal multiplicado pelo peso da ligação correspondente e todos serão então somados. A esta soma pode ainda ser acrescido um valor de bias. Ca-da neurônio tem uma única saíCa-da que é função Ca-da soma das entradas e do bias. Esta função, que rela-ciona as entradas do neurônio com sua saída, é cha-mada de função de ativação.

Figura 1: Rede Neural Artificial com uma camada de entrada, uma camada de saída e uma camada intermediária (escondida).

Uma vez que o conhecimento armazenado em uma RNA é codificado através dos seus pesos sináp-ticos, o processo de aprendizado (ou treinamento) consiste basicamente na alteração destes pesos. Para tanto, existem diversas metodologias que costumam ser classificadas em função do nível de interferência de um elemento supervisor (tutor ou professor).

2.2 Sistemas Fuzzy

Segundo Sandri & Correa (1999), apesar das muitas variações propostas na literatura, a representação da estrutura básica de um sistema fuzzy proposta por C. C. Lee (1990) (figura 2) é um modelo geral o e sufi-ciente para identificação dos módulos que compõem tal sistema, fornecendo assim uma idéia do fluxo das informações dentro do mesmo.

En tr ad as Base de Conhecimento En tr ad as Ne bu lo sa s Sa íd as Sa íd as Ne bu lo sa s “Fuzzyficação” Inferência Base de Dados Base de Regras “Defuzzyficação

Figura 2: Estrutura básica de um sistema fuzzy.

Acompanhando o fluxo da informação em um sistema fuzzy, desde a entrada até a saída, podem-se constatar três etapas básicas: a “fuzzyficação”, a infe-rência e a “defuzzyficação”. Na etapa de

“fuzzyfica-ção”, empregando-se conjuntos de funções de

perti-nência, convertem-se as variáveis de entrada, oriun-das do meio externo, em variáveis fuzzy. As variáveis

fuzzy são submetidas a um processo de inferência

com base em regras do tipo “SE – ENTÃO” gerando as saídas fuzzy. Na etapa de “defuzzyficação” as saí-das fuzzy, que não tem qualquer sentido físico no meio externo, são convertidas em variáveis de saída com algum sentido físico.

Pode-se então afirmar que variação dos parâme-tros das funções de pertinência de entrada e de saída, bem como a variação da base de regras são os prin-cipais componentes a serem alterados nos sistemas

fuzzy para variar a relação entre as entradas e saídas

destes sistemas.

2.3 O Modelo NEFCON

O NEFCON é um modelo de controlador neuro-fuzzy baseado na arquitetura genérica de uma RNA, mais especificamente de uma rede perceptron de três ca-madas.

Fazendo-se um paralelo entre as redes

percep-tron de três camadas, e os sistemas fuzzy, temos que:

a camada de entrada recebe os valores de entrada e está conectada à segunda camada através de sinapses que contém pesos. Estes pesos estão relacionados com os parâmetros das funções de pertinência das entradas gerando assim como entrada da segunda camada valores correspondentes às entradas fuzzy (ver figura 2). Na segunda camada (camada escondi-da) está representada, através da base de regras, o processo de inferência, onde os neurônios usam co-mo ativação uma t-norma. Os pesos sinápticos entre a segunda e a terceira camada equivalem às funções de pertinência de saída, de forma que a terceira ca-mada encerra o processo de “defuzificação” (figura 3).

Y E2

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Figura 3: Paralelo entre controlador fuzzy e redes neurais O algoritmo de aprendizagem do NEFCON é baseado no backpropagation (Nauck e Kruse, 1994). O treinamento pode ser dividido em duas partes in-dependentes: uma parte de geração e otimização de regras e outra de otimização de funções de pertinên-cia.

Na primeira parte, o algoritmo recebe uma base de regras vazia e a partir das entradas, verifica qual a melhor saída criando uma regra equivalente. Se uma regra já existir, o algoritmo verifica se essa é a me-lhor opção, podendo modificá-la se achar necessário. Na segunda parte, atua-se nas funções de perti-nência, de modo que o aprendizado ocorra de forma similar ao que acontece com as redes neurais. Uma saída é formada, se uma mudança acarretou na redu-ção o erro, ela é recompensada. Caso contrário ela é penalizada (Nürnberger et alii, 1999).

Se o projetista quiser introduzir na base de re-gras qualquer conhecimento prévio, ele pode sim-plesmente partir de uma base de regras inicial não vazia e daí utilizar o algoritmo apenas para uma pos-sível otimização da base inicial. Isso poderá fazer com que o aprendizado seja mais rápido e, até mes-mo, mais eficiente.

Algumas mudanças com relação à proposta ori-ginal do modelo NEFCON (Nürnberger et alii, 1999) foram introduzidas com o objetivo de satisfazer ne-cessidades específicas deste trabalho. Na seção a seguir, na medida em que detalhes da implementação são apresentados, são destacadas as principais dife-renças.

3 Projeto do Controlador Neuro-fuzzy As partes, já mencionadas para o processo de apren-dizado, são detalhadas separadamente a seguir.

3.1 Geração e Otimização de Regras

Como condição inicial para esta fase, é fornecido ao controlador um intervalo de atuação para cada uma das variáveis de entrada. Este intervalo de atuação servirá como referência para possibilitar a compara-ção entre variáveis de grandezas diferentes.

As variáveis de entrada do controlador são en-contradas e a regra ativada com maior intensidade (maior µ) é criada. Esta regra tenderá a diminuir o valor da entrada que tiver maior erro. O erro entre as variáveis de entrada poderá ser encontrado ao se normalizar os intervalos de atuação de cada variável de entrada.

Diferente do sugerido pelo algoritmo base (Nürnberger et alii, 1999), uma regra criada anteri-ormente pode ser modificada a qualquer instante se uma regra diferente for encontrada para a ocasião. Não há necessidade de modificação na estrutura das funções de pertinência já que estas irão ser tratadas em uma fase posterior.

3.2 Otimização de funções de pertinência

Após as principais regras serem criadas, determina-se o sinal de controle, aplicando-o na planta para obter um novo estado. O erro fuzzy E é encontrado de acordo com esse novo estado. Então, estima-se a contribuição tr de cada regra Rr para a saída e calcu-la-se o erro Er para cada unidade de regra de acordo com a seguinte equação:

( )

tr E Er=µ∗ ∗sgn onde:

( )

tr = sgn Sinal de tr.

Com posse desses dados e baseado na figura 4, pode-se representar as modificações nos conseqüen-tes por:

E bi = ∗ ∗

∆ α µ

e as modificações para os antecedentes por:

( )

(

( ) ( )i

)

j i j i j Er b a a =− ∗ ∗ − ∆ α ( )

(

( ) ( )i

)

j i j i j Er c b c = ∗ ∗ − ∆ α onde: = α Coeficiente de aprendizagem = c b

a ,, Vértices das funções de pertinência

Figura 4: Representação dos vértices das funções de pertinência É fácil observar que o algoritmo não altera a po-sição da função de pertinência dos antecedentes. O que é feito é apenas aumentar ou diminuir sua base de forma proporcional para ambos os lados. Algumas restrições foram inseridas para evitar sobreposição de mais de duas funções de pertinência e para evitar o surgimento de lacunas entre estas. Para isso, deve-se garantir uma sobreposição de zero a 50%, ou deve-seja, os vértices de um triângulo devem estar contidos no intervalo correspondente a meia base dos triângulos vizinhos. µ(x) 1 a b c x ∆e e R1 R4 R3 R2 s (1) (2) (3) (4)

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3.3 Características do controlador

O controlador projetado apresenta as seguintes carac-terísticas gerais:

• Existem duas entradas, com seus intervalos divididos entre as 5 funções de pertinência existentes para cada uma.

• Para a única saída, o intervalo foi dividido por 7 funções de pertinência.

• As funções de pertinência da entrada são sempre triangulares, com sobreposição de 50% das retas, e simetricamente divididas dentro de seu intervalo de atuação.

• Como conseqüência do número de funções de pertinência para cada entrada, a base de regras pode ter um máximo de 25 regras ati-vas.

• O coeficiente de aprendizagem que é utili-zado na fase de otimização das funções de pertinência, assim como os intervalos de atu-ação das variáveis de entrada, têm que ser in-seridos manualmente pelo operador.

• A estratégia utilizada para a defuzzyficação foi a do centro dos máximos, como proposto pelo algoritmo NEFCON.

4 Resultados Experimentais

O algoritmo de controle foi implementado em lin-guagem C e executado a partir de um microcomputa-dor do tipo PC dotado de uma placa MultiQ-3 da Quanser Consulting para aquisição de dados e con-trole, sendo responsável pela comunicação entre o PC e a planta experimental ball and beam, também da Quanser Consulting.

4.1 O Sistema Ball and Beam

O sistema ball and beam é composto basicamente por um sistema trave-bola, um servo-motor com uma caixa redutora e uma régua com bola de referência. Existem três sensores, um para medir a posição da bola de referência, outro para a posição da bola a ser controlada e um para medir a posição angular do servo-motor.

Figura 5: Sistema ball and beam

O objetivo é fazer com que a bola colocada so-bre a trave siga a trajetória especificada pela bola de referência. Para tanto, é projetado um sistema de controle que envia um sinal em forma de tensão para o servo-motor que ao mover-se levanta ou abaixa uma das extremidades da trave, fazendo assim com que a bola se mova.

4.2 O Sistema de Controle

O sistema de controle encontra-se dividido em duas malhas (figura 6): uma externa, onde um controlador

neuro-fuzzy fica responsável por receber o erro e a

variação do erro da posição da bola e, a partir daí, fornecer o ângulo de referência para a segunda ma-lha, onde um controlador PID gera um sinal de con-trole necessário para que o servo-motor posicione-se de acordo com o ângulo de referência fornecido pelo primeiro controlador.

Figura 6: Malhas de controle do ball and beam

As duas entradas do sistema fuzzy são o erro de posição da bola e sua variação. A faixa de excursão utilizada para estas variáveis foi de -40 a 40 cm e de -5 a 5 cm/s, respectivamente. Com relação a variável de saída, o ângulo de referência pode variar de -45 a 45 graus.

Para esta planta, foi utilizado o algoritmo de ge-ração de regras em conjunto com o de otimização de funções de pertinência. A base de regras inicial é nula, exceto pelo elemento central que assume o va-lor de saída equivalente a zero graus.

Inicialmente o algoritmo, em sua etapa de gera-ção e otimizagera-ção de regras, determina uma base de regras ótima, depois de aproximadamente 30 segun-dos o algoritmo passa para sua segunda etapa, fazen-do um ajuste fino das funções de pertinência para as regras criadas.

O tempo de discretização usado foi de 0.02 se-gundos e a constante de aprendizado foi 0.001. Tam-bém se fez necessário a utilização de um filtro para amenizar os efeitos de ruídos de medidas sobre os sinais captados pelos sensores e usados pelo contro-lador.

4.3Resultados Obtidos com um Controlador Fuzzy

Ao ser aplicado à planta um controlador fuzzy con-vencional, ajustado empiricamente, com a base de regras apresentada na tabela 1, obteve-se uma res-posta bastante oscilatória (figura 7).

 Ânngguulloorreeff N Neeuurroo - -F Fuuzzzzyy V Voollttss P PIIDD  Ânngguulloo B Boollaa R Reeffeerreenncciiaa B Baallll --BBeeaamm

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Tabela 1: Base de regras determinada empiricamente para um controlador fuzzy. Variação do erro NG NE ZE PO PG NG NE NE NE ZE NP NE NP PP ZE PO PP ZE NE NP ZE PP PO PO NP NE PP NP PO Erro PG ZE PP PO PO PO 0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50 Referencia Bola

Figura 7: Resultado obtido com um controlador fuzzy com ajuste empírico.

4.4Resultados Obtidos com um Controlador Fuzzy

Após o período de treinamento o controlador neuro-fuzzy apresentou uma base regras otimizada, que é apresentada na tabela 2.

Tabela 2: Base de regras otimizada. Variação do erro NG NE ZE PO PG NG X X X X X NE X NP ZE X X ZE ZE NP ZE PP PG PO X X PP X X Erro PG X X X X X

Tabela 3: Base de regras otimizada.

Erro A B C Var Erro A B C -5000 -40 -20 -5000 -5 -2,5 -37,6 -20 -2,3 -4,98 -2,5 -0,02 -18,8 0 18,8 -2,22 0 2,22 0 20 40 0.74 2.5 4.26 20 40 5000 2,5 5 5000

Tabela 4: Base de regras otimizada.

SAÍDAS NG NE NP ZE PP PO PG -45 -30 -14 0,36 15,3 30 45 As tabelas 3 e 4 apresentam os parâmetros das funções de pertinência de entrada e de saída, respec-tivamente, após o treinamento.

A figura 8 mostra a resposta do sistema com o controlador neuro-fuzzy. Quando comparada com a resposta apresentada na figura 7, a figura 8 mostra uma resposta bem melhor onde a instabilidade cessa e o erro de regime existente apresenta uma tendência de diminuição. 0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50 Referencia Bola

Figura 8: Resultado obtido com um controlador neuro-fuzzy.

5 Conclusão

Os controladores neuro-fuzzy se mostram como uma boa opção no controle de plantas complexas e até mesmo instáveis, onde o ajuste manual de controla-dores representa uma tarefa difícil, demandando as-sim muito tempo e esforço do projetista.

Os resultados obtidos demonstram que a estraté-gia adotada, com a geração e otimização da base de regras e posterior otimização das funções de perti-nência, é eficiente do ponto de vista prático, conse-guindo com a utilização de um controlador neuro-fuzzy, em pouco tempo de treinamento, um resultado bem melhor que aquele obtido com um controlador fuzzy convencional de estrutura semelhante, mesmo após grande esforço para um ajuste empírico.

Em etapas seguintes desta pesquisa pretende-se a substituição do controlador PID da malha interna (figura 6) por outro controlador neuro-fuzzy e, poste-riormente, examinar a possibilidade de um único controlador neuro-fuzzy substituir as duas malhas de controle.

Agradecimentos

Agradeço a todos aqueles que suportaram sem re-clamar os distúrbios causados pelas experiências, sendo eles os grandes responsáveis pelos ótimos re-sultados obtidos. Agradeço a Deus e aos amigos pe-las condições e inspiração para colocar em prática todos os dados teóricos obtidos.

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