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EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO DE COLINA EM VACAS E NOVILHAS LEITEIRAS DURANTE PERÍODO DE TRANSIÇÃO, SOBRE A COMPOSIÇÃO E PRODUÇÃO DE LEITE

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde

Departamento de Medicina Veterinária Curso de Medicina Veterinária em Betim

Thiago Avelar Torres

EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO DE COLINA EM VACAS E NOVILHAS LEITEIRAS DURANTE PERÍODO DE TRANSIÇÃO, SOBRE A COMPOSIÇÃO E

PRODUÇÃO DE LEITE

Betim 2013

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Thiago Avelar Torres

EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO DE COLINA EM VACAS E NOVILHAS LEITEIRAS DURANTE PERÍODO DE TRANSIÇÃO, SOBRE A COMPOSIÇÃO E

PRODUÇÃO DE LEITE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Medicina Veterinária em Betim da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Medicina Veterinária.

Orientador: Rogério Carvalho de Souza Co-orientador: Rafahel Carvalho de Souza

Betim 2013

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Thiago Avelar Torres

EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO DE COLINA EM VACAS E NOVILHAS LEITEIRAS DURANTE PERÍODO DE TRANSIÇÃO, SOBRE A COMPOSIÇÃO E

PRODUÇÃO DE LEITE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Medicina Veterinária em Betim da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Medicina Veterinária.

____________________________________________ Rogério Carvalho de Souza – PUC Minas

____________________________________________ Rafahel Carvalho de Souza – PUC Minas

____________________________________________ Hudson Nunes da Costa – PUC Minas

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Dedico este trabalho de conclusão da graduação

aos meus pais, irmão, namorada, amigos, companheiros de república, professores, que de muitas formas me incentivaram e ajudaram para que fosse possível sua concretização, em especial ao Romulo de Araujo Abrantes pelo companheirismo, dedicação para a realização deste trabalho.

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AGRADECIMENTOS

À Deus em primeiro lugar, que me deu saúde e sabedoria, iluminando o meu caminho durante esta caminhada.

À minha família que de forma especial e carinhosa me deu força e coragem, apoiando em todos os momentos.

Aos orientadores Prof. “Rogério Carvalho de Souza”, Prof. “Rafahel Carvalho de Souza”, pela colaboração, paciência e pelos conhecimentos repassados.

À Empresa “Nutrifarma” por ter confiado no trabalho, fornecendo parte do material necessário para a realização do experimento e por ter apostado na busca constante pelo saber como forma de melhoria contínua profissional.

Ao Sr. “Maninho” por permitir a realização do experimento em sua propriedade, “Fazenda Quebra Cuia”, e aos seus funcionários, dando total apoio necessário.

À empresa Nutrifarma pela doação do produto.

A amiga e colega de trabalho Raquel Cota Figueiredo pela contribuição na coleta de dados durante o experimento e elaboração deste trabalho.

Ao amigo e colega Rômulo de Araujo Abrantes que infelizmente precisou deixar cedo este mundo terreno, nunca esquecerei cada participação sua nesse trabalho e em nossas vidas. Aos colegas, professores do Curso de Medicina Veterinária e funcionários da Puc-Betim que, de alguma maneira, contribuíram para a realização deste trabalho.

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RESUMO

O período de transição em vacas leiteiras compreende as três últimas semanas pré-parto e as três primeiras semanas de lactação. Algumas estratégias podem reduzir os efeitos nocivos do balanço energético negativo que ocorre nesta fase. Entre estas, a colina surge então como estratégia para otimizar o metabolismo de gorduras. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a suplementação de colina protegida da degradação ruminal em vacas leiteiras no período de transição quanto ao desempenho produtivo nesta fase. Foram utilizados 32 animais da raça girolando, sendo 16 vacas e 16 primíparas. Estas foram alocadas em dois grupos, sendo 16 por grupo, 8 vacas e 8 primíparas. Os tratamentos foram dieta controle e dieta suplementada com 60g/dia de colina durante os 42 dias dentro do período de transição. Avaliou-se a composição e produção leiteira. Os resultados demonstraram que a suplementação de colina na dieta de vacas aumentou a produção de leite em 2,22 kg/dia. Em contrapartida, não houve efeito nas primíparas. A produção média de gordura das primíparas foi de 1,17 x 0,88 kg/dia; e nas vacas os valores encontrados foram 1,17 x 1,02 kg/dia; respectivamente para animais suplementados e não, todavia, não houve efeito da suplementação sobre a produção de proteína no leite. Vacas suplementadas apresentaram menor contagem de células somáticas, sendo seu valor de 258,88 céls/ml x 103, enquanto das vacas não suplementadas de 401,20 céls/ml x 103. Fato, este não observado nas primíparas.

Palavras-chave: Colina protegida, composição de leite, período de transição, produção de leite.

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ABSTRACT

The transition period in dairy cows comprises the last three weeks pre-calving and the first three weeks of lactation. Some strategies can reduce the harmful effects of negative energy balance that occurs at this stage. Among these, then the protected choline appears as a strategy to optimize fat metabolism. The objective of this study was to evaluate the supplementation of rumen protected choline in dairy cows during the transition period as the productive performance at this stage. We used 32 animals Girolando, 16 cows and 16 heifers. These were divided into two groups, 16 per group, eight cows and eight heifers. The treatments were control diet or diet supplemented with 60 g/day of choline for 42 days within the period of transition. We evaluated the composition, and milk production. The results demonstrate that supplementing choline to the diet of cows milk production increased by 2.22 kg / day. In contrast, there was no effect in gilts. The average production of fat from heifers was 1.17 x 0.88 kg / day and cows in the values were 1.17 x 1.02 kg / day, respectively for animals and not supplemented, however, no effect supplementation on the production of milk protein. Supplemented cows had lower somatic cell count, and its value to 258.88 cells / ml x 103, while the unsupplemented cows to 401.20 cells / ml x 103. Indeed, this was not observed in heifers.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AGV – Ácidos graxos voláteis

AGNE – Ácidos graxos não esterificados BEN – Balanço energético negativo BHB- Beta-hidroxibutirato

CCS – Contagem de células somáticas IMS – Ingestão de Matéria Seca MS – Matéria seca

PNDR – Proteína não degradável no rúmen VLDL – Lipoproteínas de densidade muito baixa

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 10

2 REVISÃO DA LITERATURA ... 11

2.1 Colina ... 11

2.1.1 Característica ... 11

2.1.2 Fontes naturais de Colina ... 11

2.1.3 Metabolismo da colina em ruminantes ... 12

2.1.4 Mecanismo de ação ... 13

2.1.5 Dose de suplementação ... 15

2.2 Alterações metabólicas durante o período de transiçao ... 15

2.3 Produção de leite ... 17

2.4 Composição do leite ... 20

2.4.1 Gordura ... 20

2.4.2 Proteína ... 21

2.4.3 Contagem de células somáticas ... 22

3 MATERIAL E MÉTODOS ... 22

3.1 Descrição do experimento ... 22

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 26

4.1 Produção e composição do leite ... 26

5. CONCLUSÃO ... 30

6. REFERÊNCIAS ... 31 ANEXOS . Artigo: Efeito da suplementação de colina em vacas e novilhas

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1 INTRODUÇÃO

O período de transição de vacas compreende as três semanas antes até três semanas depois do parto. Este período é o mais crítico na lactação, pois ocorre varias alterações, como de consumo, hormonal, imunossupressão e adaptação da microbiota ruminal (SOUZA, 2003).

Ainda durante o período de transição, principalmente, no início do pós- parto, a vaca se encontra em balanço energético negativo, pois a necessidade de energia para a produção de colostro, leite e mantença, supera a quantidade de energia fornecida pela ingestão de matéria seca. Em função disso, diversos eventos homeostáticos ocorrem com o intuito de manter o aporte metabólico para a lactação, de forma a garantir o fornecimento de energia necessária para a produção de leite como, por exemplo, a mobilização de gordura corpórea (SOUZA, 2003; PIRES, GRUMMER, 2008).

As doenças metabólicas causam grandes perdas econômicas, pois diminuem a produção de leite e também a fertilidade do rebanho (GEISHAUSER, 2001). Nesse contexto, a suplementação de colina surge como uma medida complementar de manejo para evitar os distúrbios metabólicos, pois ela está envolvida no metabolismo de gorduras. Esse composto pode aumentar a síntese de VLDL e, consequentemente, otimizar o metabolismo das gorduras como fonte energética, melhorando a produção e composição do leite (LIMA, 2007; PIRES, GRUMMER, 2008).

Além disso, (LIMA, 2007) a colina é componente dos fosfolipídios das membranas celulares (fosfatidilcolina), componente do neurotransmissor acetilcolina e, também, é doadora de metila em reações de metilação.

Os efeitos da suplementação de vacas leiteiras com colina e sua interação com outros compostos ainda não estão claramente compreendidos. Esse fato justifica a necessidade de novas pesquisas para se compreender melhor os mecanismos pelos quais a colina pode contribuir para melhoria na saúde dos animais e maior produção de leite.

Portanto, este estudo teve como objetivo avaliar o efeito da suplementação de colina em dietas de vacas leiteiras no período de transição, sobre a produção e composição do leite.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Colina

2.1.1 Características

A colina está presente em diversos componentes biológicos, como na acetilcolina e em fosfolipídios. Geralmente ela é classificada como uma das vitaminas do complexo B, mas não satisfaz completamente a definição padrão de uma vitamina.

A colina é sintetizada endogenamente e não há evidências de que haja um cofator enzimático presente em sua síntese. Além disso, ao contrário de outras vitaminas hidrossolúveis, é difícil identificar uma síndrome de deficiência de colina em mamíferos saudáveis devido à sua inter-relação com metionina. A colina e a metionina interagem entre si em relação á doação de radicais metil (PINOTTI et al, 2002; HARTWELL et al, 2000; PIRES, GRUMMER , 2008).

A colina foi descoberta por Andreas Strecker em 1862, mas só foi reconhecida como um nutriente essencial para os seres humanos em 1998. Ela é um componente chave para a síntese de duas moléculas importantes: a fosfatidilcolina e acetilcolina (SANTOS, 2009).

Esse composto faz parte da estrutura da membrana celular, sinalização celular e síntese de lipoproteínas (ENGEL; EASTRIDGE; RIBEIRO, 2006).

O segundo composto sintetizado a partir da colina é a acetilcolina. A acetilcolina é um neurotransmissor presente no sistema nervoso central e periférico que possuem função importante nas contrações musculares (SANTOS, 2009).

A colina, além de ser um componente essencial para a síntese de fosfolipídios e neurotransmissores, é também uma importante fonte de grupos metila, via betaína para as vias de metilação (SANTOS, 2009).

2.1.2 Fontes naturais de colina

A colina livre, a acetilcolina e a colina contendo fosfolipídios são amplamente distribuídas em plantas, tecidos animais e alimentos de origem animal, sendo em sua maioria, presente como fosfatidilcolina (lecitina) (COOKE et al, 2007).

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Do ponto de vista da nutrição animal, fontes relativamente ricas em colina são: a soja, o farelo de soja, o farelo de canola, a farinha de peixe e levedura. No entanto, a biodisponibilidade de colina na dieta é considerada moderada (PINOTTI et al, 2002).

2.1.3 Metabolismo da colina em ruminantes

A colina é altamente degrada no rúmen, sendo a degradabilidade maior em bovinos de leite que em bovinos de corte (SANTOS, 2009). Apenas quantidade mínima atinge o trato digestivo inferior e pode ser absorvida (PINOTTI et al, 2002). Devido a essa alta degradabilidade ruminal, a colina precisa ser protegida.

Diferenças nas respostas à colina protegida também podem estar relacionadas à qualidade do produto e método de proteção utilizado (SANTOS, 2009). A microencapsulação é o processo mais comumente utilizado para proteger uma substância da degradação ruminal. Microcápsulas podem ser formuladas para permitir liberação controlada do suplemento em um local desejado, como no intestino, melhorando assim a sua eficácia e ação (PINOTTI et al, 2002).

A maioria da colina exigida por vacas leiteiras é sintetizada endogenamente através da metilação sequencial de fosfatildiletanolamina, sendo os grupamentos metila fornecidos pela S-adenosil-L-metionina (LIMA et al, 2007). A colina chega ao intestino delgado na forma de fosfatidilcolina através da ação de micro-organismos ruminais, principalmente os protozoários. Dietas ricas em concentrados podem reduzir o número de protozoários, o que poderia limitar o fornecimento de colina para vacas. John et al. (1979) avaliou fluxo de colina para o duodeno em ovinos, e mostrou que protozoários podem ser os únicos transportadores de colina para o trato gastrointestinal. A população de protozoários tendem a diminuir quando diminui o pH do rúmen, e é possível que o fluxo de colina para a absorção no duodeno também é reduzida. Contudo, desconhece-se se a colina é absorvida diretamente pela parede ruminal. Condições do rúmen que causam declínio na porcentagem de gordura do leite, tais como pH reduzido e mudanças na proporção propionato: acetato, também pode estar associada com declínio do fluxo de colina se protozoários são os transportadores primários. Com redução da colina, o transporte de triglicérides do fígado podem ser bloqueados, assim como para as vacas em cetose.

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2.1.4 Mecanismo de ação

A colina é usada para a síntese de fosfatidilcolina, um dos principais fosfolipídios necessários para a manutenção e replicação celular. A fosfatidilcolina também pode ser sintetizada a partir de trans-metilação de fosfatidiletanolamina por doadores de radicais metil, tais como a metionina (LIMA et al, 2007), e a colina pode funcionar como doadora de radicais metil quando a oferta de aminoácidos é insuficiente. Por ser a colina um componente da fosfatidilcolina, ela torna-se um componente essencial para o metabolismo lipídico (SANTOS, 2009).

A fosfatidilcolina é necessária para a síntese de lipoproteínas de baixa densidade (VLDL), que, por sua vez, são responsáveis pela exportação de triacilglicerol dos hepatócitos. No início da lactação, vacas leiteiras tem mobilização de lipídios dos tecidos corporais para suportar a síntese de leite e requisitos metabólicos (LIMA et al, 2007). Isso representa risco para o acúmulo de gordura no fígado, porque neste caso a taxa de absorção de ácidos graxos pelos hepatócitos supera a capacidade de oxidação nas mitocôndrias ou peroxissomos e exportação como VLDL. Além disso, os ruminantes têm baixa taxa de secreção de VLDL em comparação com os outros mamíferos (PINOTTI et al, 2002). O acúmulo excessivo de gordura no fígado tem sido associado com alterações nos parâmetros bioquímicos sanguíneos e redução do desempenho (SANTOS, 2009).

Em bovinos o VLDL é essencial como a principal fonte de gorduras para os tecidos extra-hepáticos, principalmente durante a lactação. Os ácidos graxos de cadeia longa presentes no leite são obtidos a partir dos triacilgliceróis de VLDL, que, por sua vez, surgem a partir de gordura absorvida ou endogenamente por meio da mobilização de depósitos de gordura no tecido adiposo. A exigência de aumentar a lipólise é mais crítica durante a primeira fase da lactação, o que justificaria a suplementação de colina neste período como forma de aumentar a síntese de VLDL (COOKE et al, 2007).

Durante o início da lactação, associado ao balanço energético negativo (BEN), a maior mobilização de gordura leva a aumento nos níveis sanguíneos de ácidos graxos não esterificados (AGNE) que, no fígado, são oxidados a corpos cetônicos, dióxido de carbono ou esterificados a triacilgliceróis (COOKE et al, 2007). Aumento repentino e excessivo da concentração de AGNE plasmática pode não ser adequadamente processado pelo fígado em ruminantes. A incapacidade de aumentar rapidamente a produção de VLDL pode ser devido à

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síntese deficiente de componentes essenciais, colesterol, fosfolipídios ou apolipoproteínas (PINOTTI et al, 2002).

Portanto, considerando o estágio de lactação, a maior demanda por colina deve ocorrer no início da lactação, assumindo que a oferta de colina está limitada neste período. É também nessa fase, que a disponibilidade de outros nutrientes relacionados com colina (metionina e vitamina B12) é frequentemente baixa (PINOTTI et al, 2002). Além disso, a colina é um fator lipotrófico, o que pode ser benéfico neste momento, tendo em vista a mobilização de tecido adiposo (AGNE) e alterações do metabolismo animal, principalmente no metabolismo hepático, que ocorrem durante a transição o final da gestação para início da lactação (COOKE et al, 2007).

A colina é responsável pela síntese de fosfolipídios, entre eles a fosfadilcolina, componente dos sais biliares, que desempenha papel importante na absorção intestinal de lipídios da dieta e na absorção de nutrientes lipossolúveis. A fosfatidilcolina representa cerca de 80% de lipídios totais da bile e, uma vez que a síntese da fosfatidilcolina é prejudicada em deficiência de colina, o resultado é uma diminuição da secreção de sais biliares e digestibilidade de lipídios (PINOTTI et al, 2002).

Além de ser importante na síntese de fosfatidilcolina, a colina está envolvida em outro aspecto da absorção de gordura: a estimulação do processamento de lipídios dentro dos enterócitos, necessários para a síntese e liberação de quilomícrons e VLDL (PINOTTI et al, 2002).

A colina também é capaz de aumentar a ingestão de MS no pós-parto, justamente no período de BEN, quando a ingestão é reduzida (LIMA et al, 2007). O mecanismo pelo qual a colina influência a ingestão de MS ainda não é conhecido, mas é possível que seja um efeito indireto devido à melhoria da saúde dos animais no pós-parto. Se a colina tem um impacto direto sobre a redução do risco de cetose e fígado gordo, então espera-se que o apetite seja melhorado em vacas suplementadas com colina (SANTOS, 2009).

Em ruminantes de alta produção leiteira, principalmente, no período de transição e BEN, existe menor disponibilidade de grupamentos metila. Sendo assim, a suplementação de colina poderia ser essencial para a otimização da produção. Além de funcionar como um doador de radicais metil também pelo seu papel no metabolismo lipídico (PINOTTI et al, 2002), a colina age como doador de radicais metil na síntese de carnitina, que é essencial para a oxidação de ácidos graxos, o que pode levar a redução de até 30% nas concentrações plasmáticas de β-hidroxibutirato (PINOTTI; BALDI, 2006).

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A administração de colina leva, ainda, a aumento dos níveis plasmáticos de vitamina E (alfa-tocoferol), através da promoção de uma melhor absorção intestinal do mesmo (PINOTTI; BALDI, 2006). Este fato pode ser devido, pelo menos em parte, a melhoria na absorção de gorduras e melhoria no transporte de lipídios (VLDL). Embora o mecanismos pelos quais a colina mantém as concentrações plasmáticas de vitamina E no peri-parto ainda não ser bem compreendidos, este efeito é mais um benefício da suplementação de colina na dieta (PINOTTI et al, 2002).

2.1.5 Dose de suplementação

Em relação à dose, respostas positivas foram obtidas com 12-20g/dia de colina protegida. Já outros estudos sugerem que a adição de 30 a 50g/dia de colina adicionados à dieta podem promover resultados benéficos (PINOTTI et al, 2002).

A quantidade necessária de colina é muito maior em comparação com quantidade necessária das vitaminas hidrossolúveis nas dietas dos mamíferos (PINOTTI; BALDI, 2006). Apesar disso, o nível ótimo de suplementação ainda não foi estabelecido e mais estudos são necessários para determinar a exigência de colina sobre diferentes condições de alimentação, idade e fase do ciclo produtivo. Maior conhecimento da interação de colina com vitaminas e outros nutrientes essenciais também se faz necessário, justificando a necessidade de mais pesquisas (PINOTTI,2002).

2.2 Alterações metabólicas durante o período de transição

O período chamado de período periparturiente é a fase mais difícil do ciclo de lactação. Drackley (1999), assim como Grummer (1995), define este período como as últimas 3 semanas antes do parto à 3 semanas após o parto. A maioria das doenças infecciosas e desordens metabólicas ocorrem nesta fase, comprometendo a saúde animal que pode interferir na produção e composição do leite. Desta forma, esse período é decisivo e estratégico na lactação da vaca, pois cerca de 70% das enfermidades ocorrem, ou têm seu início, no decorrer dessa fase (ORTOLANI, 2009).

Durante o período de transição, vacas leiteiras sofrem grandes adaptações metabólicas da glicose, ácidos graxos e metabolismo de minerais em apoio à lactação e

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também para evitar disfunções metabólicas. O objetivo prático do manejo nutricional durante esse período é o apoio para estas adaptações metabólicas (OVERTON e WALDRON, 2004).

As exigências energéticas das vacas leiteiras, no período de transição, aumentam em até 30%, e no início da lactação este aumento pode chegar a 75%, o que eleva muito a demanda nutricional. Neste período também ocorre maior crescimento fetal e aumento da pressão interna nos órgãos digestivos, diminuindo o espaço disponível para os alimentos. Tal fator, juntamente com a alta variação hormonal no período pré-parto, leva à aumento nas concentrações de estrógeno e corticóides e redução nas concentrações de progesterona. Segundo Santos et al.(2003), a alterações hormonais contribuem para a redução do consumo de matéria seca (MS), predispondo o animal a um balanço energético negativo. Desta maneira, como mecanismo compensatório, o animal aumenta o catabolismo de gorduras elevando as concentrações de ácidos graxos não esterificados (AGNE) em duas ou três vezes na circulação (SANTOS et al.2003).

Ácidos graxos liberados do tecido adiposo circulam como AGNE, sendo a principal fonte de energia para a vaca durante esse período. A concentração de AGNE no sangue reflete a magnitude da mobilização do tecido adiposo (PULLEN et al. 1989), portanto com o aumento do balanço energético negativo, mais AGNE é liberado do tecido adiposo, aumentando a sua concentração no sangue.

Com o aumento da concentração de AGNE no sangue ao redor do parto ou no início de lactação, mais AGNE chega ao fígado (EMERY et al., 1992; REYNOLDS et al., 2003). No fígado, os AGNE podem ser: 1) completamente oxidados a dióxido de carbono para fornecimento de energia para o fígado, 2) parcialmente oxidados para produção de corpos cetônicos que são liberados no sangue e servem com fontes de energia para outros tecidos ou exportados 3) reconvertidos para TG.

A ocorrência de distúrbios de saúde durante a transição resulta na perda de produção de leite, tempo e doença, muitas vezes em toda a lactação (DRACKLEY, 1999).

Após o parto, com o início da síntese do leite e o aumento rápido na produção de leite, há grande aumento na demanda de glicose para a síntese da lactose do leite, em um período em que ainda não há o máximo CMS. Em razão da maioria dos carboidratos provenientes da dieta ser fermentados no rúmen, pouca glicose é absorvida diretamente do trato digestivo. As vacas leiteiras, portanto dependem muito da gliconeogenese hepática para atender a grande demanda sistêmica de glicose. Em função da queda no consumo, a produção de propionato, pode não ser suficiente para atender as demandas sistêmicas de glicose (DRACKLEY et al. 2001). Neste caso, o aminoácido da dieta, principalmente proteína

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microbiana e oriunda da mobilização de músculos esqueléticos, assim como o glicerol oriundo da mobilização de gordura corporal supre o déficit da glicose necessária para produção de lactose (REYNOLDS et al. 2003).

Precursores gliconeogênicos são as principais fontes de grupos metila em ruminantes. Dependendo do balanço energético e do estado fisiológico dos animais, tais precursores podem não apresentar concentrações suficientes. Em situações de desequilíbrio da glicose, por exemplo, no período de transição, a colina pode se tornar um nutriente limitante para a produção de leite, devido à demanda extra de grupamentos metila. Além disso, os grupamentos metila também são importantes para a manutenção da saúde animal, evitando a ocorrência de doenças (PINOTTI et al, 2002; HARTWELL et al, 2000).

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2.3 Produção de leite

A composição do leite, proposta por Fleischmann (1924) é de 87,5% de água e 12,5% de matéria seca total. A matéria seca do leite é composta por 3,6% de gordura, 3,0% de caseína, 0,6% de albumina, 4,6% de lactose e 0,7% de minerais.

A nutrição é o principal fator que determina o sucesso no desempenho das vacas leiteiras, ou seja, afeta a produção de leite, a reprodução e a saúde dos animais (SANTOS et al., 2001). O manejo e alimentação adequada utilizadas nas últimas semanas de gestação influenciam a incidência de enfermidades, como hipocalcemia, retenção de placenta, deslocamento de abomaso no inicio do período de lactação (SANTOS et al., 2003). As doenças metabólicas como cetose e fígado gordo são inter-relacionadas, associadas ao balanço energético negativo (BEN) e a carência de precursores de glicose, do período de transição de vacas de alta produção leiteira (SOUZA, 2003). Tais patologias tem grande impacto econômico na pecuária leiteira pela diminuição da fertilidade, perda de escore corporal e também queda na produção de leite (ENJALBERT, 2001).

Estudos têm evidenciado o efeito das condições ambientais sobre o comportamento alimentar, em que animais submetidos a estresse térmico reduziram: o número de refeições diárias, a duração das refeições e a taxa de consumo de matéria seca por refeição. Como conseqüência, há redução no consumo diário de matéria seca, queda na eficiência de utilização do alimento consumido e diminuição na produção de leite (GRANT & ALBRIGHT, 1995).

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Segundo Pires e Grummer (2009) compararam 16 estudos, no qual já foi avaliado o efeito da suplementação de colina protegida, sendo que em seis houve aumento significativo na produção de leite (P<0,05), e em um houve tendência em aumentar a produção de leite (P<0,15). No entanto, não houve relação entre melhor resposta obtida e vacas de produções muito elevadas, de forma que as maiores respostas foram obtidas em vacas com produções médias de 30 a 35 kg de leite por dia.

Elek et al. (2008) avaliaram o efeito da suplementação com colina protegida sobre a condição corporal, produção de leite e produção de colina no leite. As vacas foram divididas em dois grupos, um recebendo 100 g de colina protegida durante o pré parto e 200 g de colina protegida no pós parto, e o outro grupo controle que não recebeu colina na dieta. Os animais foram suplementados desde os 21 dias anteriores à previsão do parto até os 60 dias em lactação. Os autores observaram que a condição corporal não foi afetada pela suplementação com colina, assim como a ingestão de matéria seca. Entretanto, a suplementação com colina aumentou a produção de leite em 4,4 kg por dia (41,6 vs 37,2) (P<0,001), e também aumentou a produção de leite corrigido para 4% de gordura em 2,5 kg (35,8 vs 38,3) (P<0,001). O teor de gordura do leite não foi alterado pela suplementação com colina, porém, devido a maior produção de leite, houve maior produção de gordura por dia (P<0,05). Outro fator importante a ser considerado, foi o aumento na concentração de colina no leite (3,71 vs 5,54 g por dia) (P<0,001), confirmando o efeito da proteção da colina contra a degradação ruminal. Segundo os autores, essa maior produção de leite comparada com outros estudos ocorreu devido a maior condição corporal das vacas no pré parto.

Zahra et al. (2006) avaliaram os efeitos da suplementação com monensina ou colina sobre o metabolismo de lipídeos de vacas leiteiras. Para isso, vacas leiteiras, durante três semanas anteriores a data prevista para o parto até 28 dias em lactação, foram divididas em quatro grupos, sendo um suplementado com 56 g de colina protegida, um recebendo monensina em capsula de liberação controlada, outro grupo recebendo os dois tratamentos anteriores, e um grupo controle que não recebeu nenhum dos tratamentos. Os autores observaram que vacas que receberam apenas colina protegida produziram 1,2 kg de leite por dia a mais durante os 60 dias em lactação em relação ao grupo controle, 32,0 vs 30,8 kg de leite por dia, respectivamente. Porém esse efeito foi atribuído a maior produção de leite (4,4kg) das vacas que apresentavam escore de condição corporal maiores que quatro, na terceira semana que antecede ao parto 31,4 vs 27,0 kg de leite por dia, já que para as vacas que apresentavam condição corporal menor que quatro não houve diferença na produção de

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leite 32,0 vs 32,0 kg de leite por dia. Sendo assim, Zahra et al., (2006) sugeriram que a maior produção de leite para as vacas que apresentaram condição corporal maior que quatro pode ter sido devido ao maior consumo de alimentos desse grupo, já que não foi evidenciado nenhum outro mecanismo de ação nos metabólitos avaliados.

Janovick Guretzky et al. (2006), avaliando o efeito da suplementação de vacas Jersey e Holândes com 60 g de colina protegida, não observaram diferença na produção de leite, embora a produção de leite para o grupo suplementado tenha sido 2,3 kg de leite por dia maior.

Piepenbrink e Overton (2003), ao suplementarem vacas Holândes com 0, 45, 60 e 75 g de colina protegida nos 21 dias prévios a data de parto esperada até os 63 dias em lactação, não observaram diferença na produção de leite entre os grupos avaliados, embora as vacas suplementadas com colina protegida tenham apresentado tendência em produzir mais leite e também mais leite corrigido para 3,5% de gordura. As vacas suplementadas com colina protegida apresentaram menor capacidade em acumular ácidos graxos não esterificados e também maiores conteúdo de glicogênio no fígado, o que pode explicar a maior tendência em produzir leite das vacas suplementadas com colina protegida.

Os mecanismos pelos quais ocorrem aumento de produção ou variabilidade nas respostas ainda são incertos, mas eles podem estar relacionados com o “status” de outros doadores de radicais metila como a metionina ou com outros co-fatores associados aos mesmos (PIRES e GRUMMER, 2009). Vacas leiteiras multíparas foram suplementadas com colina protegida a produção de leite foi aumentada quando comparada com a produção de leite de vacas suplementadas com metionina protegida da degradação ruminal, sugerindo que a colina apresenta funções adicionais além de poupar a metionina (DAVIDSON et al., 2006).

Aumentar a oferta intestinal de colina também pode melhorar a produção de leite em vacas em lactação em aproximadamente 7% (PINOTTI; BALDI, 2006). A melhoria no desempenho da lactação após a suplementação de colina pode ser atribuída a um efeito poupador de doadores de radicais metil, como também devido a um efeito direto da colina sobre a lactação. Também é possível que os aumentos de rendimento do leite possam ser resultado de melhorias da saúde no pós-parto, porque a colina reduz o risco de ocorrência de desordens metabólicas, como cetose e fígado gordo, e até mesmo reduzindo a morbidade geral dos animais (LIMA et al, 2007), assim como o efeito sobre o consumo de MS.

Segundo Cota et al., (2013) os animais suplementados com colina tiveram menor incidência de retenção de placenta. A colina é essencial na metabolização de lipídeos, pois

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atua no fígado como exportador de gordura na forma de VLDL e, com isto, pode prevenir doenças metabólicas, como fígado gordo, que pode comprometer o status imune do animal e, consequentemente, favorecer a ocorrência de retenção de placenta. Desta maneira, a suplementação de colina pode favorecer positivamente o metabolismo hepático, possibilitando melhor eficiência na utilização de vitamina E que é essencial para a integridade celular e resposta imune prevenindo a retenção de placenta.

2.4 Composição do leite

2.4.1 Gordura

A alimentação pode influenciar a composição do leite, pois o aporte de nutrientes que chega à glândula mamária através do sangue tem papel fundamental na composição do leite. Isto significa que a curva de gordura é inversamente proporcional à produção de leite, uma vez que a produção de leite cresce até o pico e diminui durante a lactação, enquanto que próximo ao pico o teor de gordura atinge valores mínimos (BEHMER, 1987). Os teores de gordura também sofrem modificações de acordo com o tempo da ordenha e com o período do dia, assim, segundo esse mesmo autor, há tendência de que as vacas produzam leite com menor teor de gordura no período da manhã.

Os precursores da síntese de gordura do leite são derivados das reservas de tecido adiposo ou dos triglicerídeos presentes na corrente sanguínea, que são produzidos a partir dos ácidos graxos voláteis (AGVs) sintetizados no rúmen. Os AGVs considerados como principais precursores destes triglicerídeos são o ácido acético (acetato) e o ácido butírico (butirato).

Fonseca et al., (2000) observaram que cerca de 17 a 45% da gordura do leite tem origem do acetato, e 8 a 25% tem origem do butirato. O propionato é o terceiro ácido graxo produzido no rúmen e é utilizado para a produção de lactose, porém precisa ser transformado em glicose no fígado. Para manter a produção adequada de AGVs e a proporção proprionato:acetato também adequada para altas proporções de gordura no leite é preciso que a dieta seja balanceada com forragens e grãos. A fermentação das forragens, pelos micro-organismos ruminais, é responsável pela maior produção de acetato. O abaixamento do pH ruminal, devido às altas proporções de grão ou açúcares da dieta, afeta a digestão das forragens, abaixa a produção de acetato e, consequentemente, diminui o teor de gordura no leite.

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A fosfatidilcolina é a principal substância responsável pela absorção e transporte de lipídios. A colina pode ainda a aumentar a porcentagem de gordura no leite porque ela é utilizada para a síntese de fosfolipídios. A suplementação com colina pode facilitar a absorção e transporte dos lipídeos e a síntese de gorduras, favorecendo o aumento dos níveis de gordura no leite (SANTOS, 2009).

2.4.2 Proteína

Segundo Fonseca et al., (2000), as proteínas correspondem a 95% da matéria nitrogenada do leite, sendo 5% restantes compostos não protéicos (amônia, uréia, creatina, ácido úrico, vitaminas e fosfolípideos). Destas proteínas do leite, 80% é caseína e 20% são proteínas do soro, representadas principalmente pelas lactoalbuminas, soroalbuminas e imunoglobulinas. Mais de 60% de alguns dos aminoácidos essenciais, notadamente os sulfurados, são removidos do sangue, quando este passa pela glândula mamária. Schwab (1996) sugeriu que a metionina e a lisina são os aminoácidos mais limitantes para a produção de leite.

Vacas leiteiras dispõem de duas fontes de proteína, a não degradável do rúmen (PNDR) e a proteína microbiana, sendo que, a proteína microbiana é a responsável pelo fornecimento da maior parte dos aminoácidos e que normalmente o perfil de aminoácidos essenciais da proteína microbiana é semelhante ao do leite e dos tecidos. A variação que ocorre no perfil de aminoácidos para a absorção é função dos aminoácidos da PNDR e a suplementação com aminoácidos protegidos da degradação ruminal como a metionina e a lisina, pode servir como um recurso positivo para aumentar os níveis de aminoácidos, no intestino, para absorção (SCHWAB et al., 1992).

A colina é ativamente secretada no leite de mamíferos, mas é difícil quantificar com precisão o total de colina no leite bovino. Os níveis de secreção de colina no leite são geralmente mantidos, mesmo quando há diminuição da disponibilidade de colina e seus metabólitos. Enquanto a metionina pode estimular a produção de gordura do leite através da síntese de lipoproteínas melhorando a gliconeogênese, e fornecendo grupos metil para a síntese de fosfolipídios no fígado, a colina é necessária para a síntese de novos fosfolipídios na glândula mamária e como um doador de radicais metil (PINOTTI et al, 2002 CHUNG et al, 2009).

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2.4.3 Contagem de células somáticas

A contagem de células somáticas (CCS) tem se considerado como um dos indicadores de qualidade do leite. Através da sua determinação pode ser monitorado indiretamente o estado de saúde da glândula mamária (SANTOS, 2005).

Vários fatores podem influenciar a variação de CCS de vacas em lactação, como idade, ordem de parto, período de lactação, mês e estação do ano, entre outros, porém, a infecção por microorganismos é o principal fator responsável pela variação da CCS (HARMON, 1994).

Durante o período de transição, o aumento da suscetibilidade das vacas a infecções intramamárias ocorre em função da baixa viabilidade dos neutrófilos (MEHRZAD et al., 2002; SANDER et al., 2011). As vacas nesse período, por estarem imunosuprimidas, são susceptíveis principalmente às bactérias ambientais (PYORALA, 2008).

No pós-parto, a vaca entra em BEN e, por conseqüência, em lipólise, o que aumenta no sangue as quantidades de corpo cetônicos, principalmente beta-hidroxibutirato, que podem diminuir a viabilidade leucocitária (SANDER et al., 2011). De acordo com, Rezamand et al. (2007), vacas no período de transição com alta condição corporal e reduzida proteína plasmática, β-caroteno e a α-tocoferol sanguíneos tiveram maior risco de desenvolver novas infecções intramamárias durante o periparto.

Segundo Pinotti e Baldi (2006) a administração de colina leva, a aumento dos níveis plasmáticos de vitamina E, através da promoção de melhor absorção intestinal do mesmo.

Também, de acordo com Pinotti et al. (2002) a diminuição da contagem de células somáticas pode estar relacionada, a melhoria na absorção de gorduras e melhoria no transporte de lipídios (VLDL).

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Descrição do experimento

O experimento foi conduzido nas instalações da Fazenda Quebra Cuia, localizada no município de Alvinópolis, Minas Gerais - Brasil.

Foram utilizados 32 animais da raça Girolando, sendo 16 vacas e 16 primíparas. As vacas estavam entre segunda e quarta lactação, com produção média de 7.834 Kg de leite na

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lactação anterior. Já as novilhas compreenderam os animais que pariram no período de realização do experimento.

No período de transição, os animais foram alojados, em piquete tipo maternidade 21dias antes da data prevista de parto. Após o parto, foram alojados em sistema tipo “Free Stall” até o 70º dia de lactação. A fase experimental de suplementação e coleta ocorreu no período de fevereiro a junho de 2012.

Os animais foram separados em dois grupos no pré-parto e pós-parto, sendo 16 animais por grupo, 8 vacas e 8 primíparas de forma que a homogeneidade e o balanceamento, por ordem de lactação, previsão de parto e produção de leite na lactação anterior, entre os grupos foram mantidos. Os tratamentos foram dieta sem suplementação de colina (SC) e dietas suplementadas com 60g/dia de colina protegida (CC).

A colina foi oferecida duas vezes ao dia, pela manhã e tarde misturada ao concentrado. O período de suplementação ocorreu durante todo o período de transição, -21 dias pré-parto e 21 dias pós-parto.

As dietas utilizadas possuiram composição bromatólogica semelhantes, sendo que a diferença entre elas constituiram apenas da inclusão de 60g de Toplac Transição (Nutrifarma) para o grupo de animais suplementados. As dietas foram balanceadas segundo as exigências nutricionais do NRC (2001).

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Tabela 1: Ingredientes e Composição bromatólogica das dietas utilizada no pré-parto, suplementadas ou não com colina.

Ingredientes, kg/MS Sem Colina Com Colina

Silagem de Milho 8,25 8,25

Farelo de soja 1,60 1,60

Milho Moido 0,50 0,50

Bovimaster Pré - Parto 500 0,40 0,40

Colina 0,00 0,60

Composição Bromatólogica, % MS Sem Colina Com Colina

Proteína Bruta 14,75 13,95

Fibra Insolúvel em Detergente Neutro 42,58 43,24

Fibra Insolúvel em Detergente Ácido 20,50 21,25

Extrato Etéreo 4,62 4,20

Matéria Mineral 7,32 7,45

Cálcio 0,44 0,57

Fósforo 0,44 0,43

Bovimaster Pré – Parto 500: Metionina 0,34mcal/Kg; Lisina 1,56mcal/kg; Ca 5,70 mcal/Kg; P 1,84 mcal/Kg; Mg 2,20mcal/Kg; S 4,00 mcal/Kg; Na 3,00 mcal/Kg; Cl 3,60 mg/Kg; Cu 290,00 mg/Kg; Mn 744,00 mg/Kg; Zn 900,00 mg/Kg; Se 7,00mg/Kg; Biotina 40,00 mg/Kg.

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Tabela 2: Ingredientes e Composição bromatólogica das dietas utilizada no pós-parto, suplementadas ou não com colina

Ingredientes, kg/MS Sem Colina Com Colina

Silagem de Milho 9,15 9,15 Caroço de algodão 1,61 1,61 Farelo de soja 5,67 5,67 Milho Moído 7,91 7,91 Ureia 0,15 0,15 Lacmaster TM 32 0,66 0,66 Colina 0,00 0,60

Composição Bromatólogica, % MS Sem Colina Com Colina

Proteína Bruta 18,00 18,56

Fibra Insolúvel em Detergente Neutro 30,29 30,97

Fibra Insolúvel em Detergente Ácido 15,66 15,86

Extrato Etéreo 5,00 5,53

Matéria Mineral 7,91 7,89

Cálcio 0,60 0,73

Fósforo 0,46 0,37

Lacmaster TM 32 Ca mcal/Kg; P 3,20 mcal/Kg; Mg 5,20 mcal/kg; K 2,0 mcal/Kg; S 1,20 mcal/Kg; Na 10,60 mcal/Kg; Cl 5,73 mcal/Kg; Co 10,00 mg/Kg; Cu 500,00 mg/Kg; Mn 1.000 mg/Kg; Zn 1.900 mg/Kg; Se 13.00 mg/Kg; I 25.00 mg/Kg; Biotina 33,00 mg/Kg; Rumensin 500,00 mg/Kg.

A produção e a composição do leite foram determinadas semanalmente considerando os resultados obtidos em ordenhas consecutivas, manhã (4:30), tarde (12:00) e noite (18:00), sendo que as coletas foram feitas nos dias 7, 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56, 63 e 70 pós-parto. Amostras de leite foram coletadas semanalmente e acrescidas de bromopol (2-bromo 2-nitropropano 1,3-diol), na relação de 10 mg de bromopol para 50 ml de leite. Após coletadas, as amostras de leite foram (refrigeradas a 4oC), e enviadas para posterior determinação das porcentagens de extrato seco total e desengordurado, proteína total, gordura, lactose e a contagem de células somáticas. As análises laboratoriais foram processadas em até 7 dias após a coleta pelo Laboratório de Análise da Qualidade do Leite da Universidade

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Federal de Minas Gerais, credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Para análises da composição do leite foi utilizado o método de raios infravermelhos proximais, utilizando o aparelho Bentley 2000 (Bentley Instruments, Chaska, MN, United States), sendo realizadas análises de contagem de células somáticas, determinação dos teores de gordura e proteína.

O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente casualizado em parcelas subdivididas. Os tratamentos no pós-parto seguiram o arranjo fatorial 2 x 2.

A análise estatística constou de programa Excel (2003) para organização do banco de dados e analise estatística dos dados, em teste T para amostras independentes com variáveis de distribuiçao normal. As médias da variável produção de leite, gordura, proteína e contagem de células somaticas foram comparadas pelo Teste de Tukey (P < 0,05), para comparação entre as médias.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Produção e composição de leite

A produção média de leite durante os 70 dias pós-parto avaliados, ou seja, foi significativamente (P<0,05) superior para as vacas suplementadas com colina em relação às vacas sem colina (Tabela-3). A produção de leite no tratamento de vacas suplementadas com colina foi 34,40 kg/dia e sem colina 32,18 kg/dia. A produção das vacas suplementadas foi maior em 2,22 kg/dia de leite do que no tratamento de vacas sem suplementação.

Os dados encontrados para produção de leite estão de acordo com Zahra et al. (2006) e Elek et al. (2008) que observaram maior produção de leite para vacas que foram suplementados com colina, mesmo aditivo utilizado nesse experimento. Segundo Piepenbrink e Overton (2003) vacas suplementadas com colina apresentaram menor capacidade de acumular ácidos graxos não esterificados e também maiores conteúdo de glicogênio no fígado, o que pode explicar a maior produção de leite em animais suplementados com colina.

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Tabela 3: Produção média de leite em vacas e primíparas girolando com e sem suplementação de colina durante o período de transição

Vaca Primíparas

Com Colina Sem Colina Com Colina Sem Colina

Produção de leite (kg/dia) DP1 Produção de leite (kg/dia) DP Produção de leite (kg/dia) DP Produção de leite (kg/dia) DP 34,40a 7,05 32,18b 6,90 28,20 7,68 28,10 7,47 a

Letras minúsculas na mesma linha indicam valores significativamente diferentes pelo Teste de Tukey (P<0,05); 1DP = Desvio Padrão.

A colina pode aumentar a síntese de VLDL e reduzir a concentração de triacilglicerol no tecido hepático (COOKE et al, 2007 HARTWELL et al, 2000). Desta forma, este suplemento pode contribuir para reduzir a ocorrência de cetose subclínica e fígado gorduroso e, consequentemente, aumentar a produção de leite

Apesar de não ter avaliado, outro fator que pode ter contribuído é a IMS. Segundo Lima et al. (2007) e Santos (2009) a colina também é capaz de aumentar a ingestão de MS no pós-parto, justamente no período de BEN, quando a ingestão é reduzida. O mecanismo pelo qual a colina influência a ingestão de MS ainda não é bem conhecido, mas é possível que seja um efeito indireto devido à melhoria da saúde dos animais no pós-parto.

No grupo das primíparas suplementadas com colina ou sem colina, não se observou variação em relação à produção de leite (P< 0,05) (Tabela-3). Segundo Oliveira (2007) e Mota et al. (2006), tal comportamento das novilhas pode ser explicado devido ao efeito da imaturidade fisiológica por causa da idade e pela dificuldade de socialização de ambientalização quando do primeiro parto. As primíparas se estressam mais facilmente com o parto que as vacas porque ainda não estão adaptadas ao manejo nutricional e ambiental. Estes resultados sugerem que as novilhas podem ter tido comprometimento maior em se adaptar ao período transição, pela falta de adaptação destes animais ao sistema de produção desta propriedade, ainda no pré parto.

Os valores médios da produção de gordura no leite foram influenciados pela suplementação com colina tanto na de primíparas quanto vacas (P<0,05) (Tabela-4). A produção média de gordura das novil foi de 1,17 x 0,88 kg/dia; e nas vacas os valores encontrados foram 1,17 x 1,02 kg/dia; respectivamente para animais suplementados e não.

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Considerando apenas a categoria de primíparas, a produção de gordura foi maior 0,29 kg/dia a mais nos animais suplementados e já as vacas suplementadas apresentaram 0,15 kg/dia de gordura a mais comparado às vacas sem suplementação de colina.

Tabela 4: Produção média de gordura em vacas e primíparas girolando com e sem suplementação de colina durante o período de transição

Primíparas Vaca

Com Colina Sem Colina Com Colina Sem Colina

Gordura (kg/dia) DP1 Gordura (kg/dia) DP Gordura (kg/dia) DP Gordura (kg/dia) DP 1,17a 0,29 0,88b 0,33 1,17c 0,63 1,02d 0,42 a

Letras minúsculas na mesma linha indicam valores significativamente diferentes pelo Teste de Tukey (P<0,05); 1DP = Desvio Padrão.

Pode-se explicar o aumento da produção de gordura do leite dos animais suplementados com colina nesse experimento correlacionando as hipóteses sugeridas por Santos (2009). Segundo esse autor, a colina pode aumentar a porcentagem de gordura no leite porque é utilizada para a síntese de fosfolipídios e VLDL, que assim, facilita a absorção e transporte dos lipídeos e a síntese de gorduras e, consequentemente favorecer o aumento da concentração de gordura no leite.

De acordo com Cooke (2007), em bovinos, o VLDL é essencial, pois é a principal fonte de gorduras para os tecidos extra-hepáticos, principalmente durante a lactação. Também, segundo esse autor os ácidos graxos de cadeia longa presentes no leite são obtidos a partir dos triacilgliceróis de VLDL, que por sua vez surgem a partir de gordura absorvida ou endogenamente por meio da mobilização de depósitos de gordura no tecido adiposo, contribuindo assim para aumento da produção de gordura no leite.

As médias observadas na produção de proteína no leite de vacas e primíparas com e sem suplementação de colina foram semelhantes (P>0,05) (Tabela-5). Segundo Schwab et al. (1992) a concentração da proteína no leite é influenciada principalmente pela variação que ocorre no perfil de aminoácidos para a absorção, a qualidadade de aminoácidos da PNDR e a suplementação com aminoácidos protegidos da degradação ruminal como a metionina e a lisina podem servir como um recurso positivo para aumentar os níveis de aminoácidos, no

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intestino, para absorção, mas a magnitude dessas mudanças é menor que a observada para o produção de gordura do leite, fato esse observado no presente experimento, uma vez que houve aumento da gordura e nenhuma alteração da proteína.

Tabela 5: Produção média de proteína em vacas e primíparas girolando com e sem suplementação de colina durante o período de transição

Primíparas Vaca

Com Colina Sem Colina Com Colina Sem Colina

Proteína (kg/dia) DP1 Proteína (kg/dia) DP Proteína (kg/dia) DP Proteína (kg/dia) DP 0,84 0,22 0,82 0,20 1,03 0,22 0,97 0,23 a

Letras minúsculas na mesma linha indicam valores significativamente diferentes pelo Teste de Tukey (P<0,05); 1DP = Desvio Padrão.

A contagem de células somáticas observada nas vacas suplementadas com colina obteve valores significativamente diferentes (P<0,05) (Tabela-6), sendo seu valor de 258,88 céls/ml x 103, enquanto das vacas não suplementadas de 401,20 céls/ml x 103. Os resultados sugerem. Segundo Ardalan et al (2010) a capacidade da colina em reduzir os níveis de AGNE circulantes, e consequentemente reduzir a oxidação incompleta dos mesmos, formando menos corpos cetônicos, podem reduzir a ocorrência de doenças como cetose, e assim, melhorar o status geral de saúde dos animais e, consequentemente melhorar defesa imune. Tal fato pode ter efeito positivo sobre a contagem de células somáticas.

Tabela 6: Contagem de células somáticas em vacas e primíparas girolando com e sem suplementação de colina durante o período de transição

Primíparas Vaca

Com Colina Sem Colina Com Colina Sem Colina

CCS (céls/ml x 103) DP1 CCS (céls/ml x 103) DP CCS (céls/ml x 103) DP CCS (céls/ml x 103) DP 93,85 124,73 133,81 165,80 258,86a 373,06 401,20b 356,72 a

Letras minúsculas na mesma linha indicam valores significativamente diferentes pelo Teste de Tukey (P<0,05); 1DP = Desvio Padrão.

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No período pré parto, ocorre acentuada diminuição da concentração plasmática vitamina E. A deficiência desta vitamina está associada à reduzida atividade dos neutrófilos. Estas células são consideradas o primeiro mecanismo de defesa do organismo contra infecções e sua atividade afeta a incidência e a severidade dos sinais clínicos associados à mastite. Segundo Pinotti e Baldi (2006) a administração de colina leva, a aumento dos níveis plasmáticos de vitamina E, através da promoção de melhor absorção intestinal do mesmo, tal fato, pode ter contribuido para diminuição da contagem de células somáticas nas vacas suplementadas.

5 CONCLUSÃO

A suplementação de colina protegida nas dietas de vacas, durante o período de transição, aumentou a produção de leite. Em contrapartida não houve efeito para categoria de primíparas.

A produção de gordura foi maior tanto nas vacas quanto nas primíparas suplementadas. Todavia, não houve efeito da suplementação de colina sobre a produção de proteína.

Vacas suplementadas com colina apresentaram menor contagem de células somáticas. Fato este, não observado nas primíparas.

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Referências

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