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I JORNADAS DE TURISMO. Turismo no Século XXI

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Academic year: 2021

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I JORNADAS DE TURISMO

Turismo no Século XXI

Novas Tendências da Procura Turística - O Turismo de Habitação

Aproximando-nos do segundo milénio, consideramos duas coisas como certas:

O cenário mundial do Turismo está mais consciente do Ambiente e caminhamos para um turismo sustentável que surge na linha do conceito de desenvolvimento sustentável, respeitador do ambiente, do Partimónio Cultural, da tradição.

As tendências e motivações actuais no contexto da procura turística são mutáveis como a moda.

Estamos alertados para a tendência do mundo que se redesenha com novos realinhamentos na economia mundial cada vez mais globalizada, cuja ferocidade exige novos conhecimentos, a especialização na diferença, o compromisso na qualidade, o profissionalismo, a inovação, a preparação e adaptabilidade da oferta às novas realidades dos mercados mundiais.

Temos consciência da tendência geral que o Turismo começa a adquirir características de um fenómeno de massas e será difícil no futuro propôr aos consumidores produtos que não correspondam a critérios de qualidade ambiental.

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Neste contexto insere-se o Turismo de Habitação, Produto Turístico de excelência que nasce em Portugal na década de oitenta na defesa de um espírito de preservação do Património Histórico, Cultural e Natural, conjugando a solução alternativa e complementar do desenvolvimento sustentável das zonas rurais.

A Nova Legislação1, em vigor desde 5 de Dezembro de 1995, regulamenta o Turismo de Habitação com o seguinte teor:

Noção - São casas de turismo da habitação as casas particulares que, servindo de

residência a quem as explora, possam, pelas suas características e dimensões, ser destinadas ao exercício de uma actividade turística de alojamento com carácter familiar.

Modalidades

1 - O turismo de habitação deve exercer-se em casas antigas, casas rústicas ou em quintas e herdades.

....

a) Casas Antigas, os imóveis classificados como de valor nacional, regional ou local e, em geral, aquelas que pela sua antiguidade ou valor arquitectónico, histórico ou artístico, sejam representativas de determinada época;

b) Casa rústicas, as que, pela sua traça, materiais de construção, cores e demais características, se integrem na arquitectura típica regional;

c) Quintas e herdades, as explorações agrícolas que integram uma ou mais casas de habitação, praticando uma forma de acolhimento em que se mantém a autenticidade do seu carácter especificamente rural.

Animação Rural

Consideram-se formas de animação rural as actividades complemantares do turismo de habitação caracterizadas por integrarem iniciativas com uma forte ligação aos espaço natural envolvente, como o agro-turismo, o ciclo-turismo, o turismo cultural ou o turismo natureza ou por promover modos de participação dos turistas nos trabalhos ou funcionamento de explorações de carácter agrícola ou próprios de um ambiente rural.

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A dialéctica do conceito de Turismo de Habitação ao longo de década e meia, evoluiu para uma nomenclatura de Turismo no Espaço Rural (TER), restituindo agora as origens do Turismo de Habitação que assentam no acolhimento familiar e na Recuperação e Rentabilização da Herança Arquitectónica.

Relembrado o Decreto-Lei 251/84 de 25 de Julho, que regulamentara a tentativa de definição de Turismo de Habitação - "expressão que designa uma fórmula de actividade turística ainda de natureza experimental no nosso país e que compreende, como elemento fundamental, a exploração de interesse turístico de uma casa de habitação pelo seu proprietário ou representante"- o dono da casa.

Saliente-se que, não se considera Turismo de Habitação a mera actividade económica da exploração de alojamento de hóspedes em casa particular, nem a locação ou sublocação de quartos. Os quartos destinados à exploração não poderão exceder o número de dez no edifício principal, sendo obrigatório o serviço de pequeno almoço.

Em 1986, o fomento do Turismo Rural e o incremento do Turismo de Habitação nas zonas rurais enquadraram-se nas perspectivas novas do Turismo em Portugal à luz do estabelecido no Plano Oficial de Turismo a que se aludem no preâmbulo do Decreto-Lei 256/86 de 27 de Agosto (cujo preâmbulo a estrutura, à luz da experiência adquirida, a disciplina do Turismo de Habitação e a definição de novas formas de Turismo no Espaço Rural), vai ser com a publicação do Decreto Regulamentar nº5/87 de 14 de Janeiro que se define, concretamente, o que é Turismo de Habitação, Turismo Rural e Agro Turismo.

A Associação do Turismo de Habitação - TURIHAB - sediada em Ponte de Lima, hoje, conta com 93 associados, defendendo a genuinidade do Produto Turístico "Turismo de Habitação", promovendo acções integradas no sentido da valorização e animação do espaço rural e identidade Solares de Portugal.

A TURIHAB notabilizou-se pela organização do produto e promoção internacional do Turismo de Habitação de Portugal e de apoio ao desenvolvimento sustentável local e regional com um potencial gerador pela junção das potencialidades e atractividades turísticas. Um esforço comum desenvolvido, centrado na valorização da imagem de Portugal e dos produtos Casas Antigas, Quintas e Herdades e Casas Rústicas.

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O produto Turismo de Habitação, considera sempre a imagem do país como um factor influenciador da decisão de escolha por parte daqueles a cujo mercado se dirige a TURIHAB. Esta é a razão de esforço da Associação que tem desenvolvido no sentido de influenciar favoravelmente as percepções de públicos específicos em mercados igualmente determinados.

Abraçar o mundo na sua globalidade seria impraticável, tratando o conceito de Solares de Portugal como uma marca, mas limitar a promoção de uma imagem Solares de Portugal seria limitado.

Há, assim, uma necessidade de dar apoio às instituições locais, continuadoras potenciais situadas nessa esfera de interface do nosso mundo. Contudo, a abordagem por um país no estado de desenvolvimento do nosso, e integrado numa zona de livre circulação como a união europeia, não pode mais estar centrada na promoção no sentido clássico e passivo do termo.

As preocupações implícitas na divulgação do Turismo de Habitação traduzem a estratégia diferenciada e integradora da TURIHAB:

- Diversificação para novos segmentos de mercado; - Aposta no que é único;

- Criação e implementação da imagem de marca Solares de Portugal no mercado externo e interno;

- Cooperação internacional;

- Animação rural e infraestruturas de apoio - Comunicação e informação/imagem

- Promoção e marketing/Central de Reservas

A TURIHAB defende um desenvolvimento turístico sustentado. Nesta dinâmica assume responsabilidades como promotora de acções de desenvolvimento, oferecendo um turismo que prima um acolhimento personalizado de qualidade, proporcionando todo um legado histórico e paisagístico que urge preservar e promover. Nessa linha enfocamos um produto dinamizador de iniciativas que vêm ao encontro das novas tendências do virar do segundo milénio.

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A TURIHAB apadrinha hoje infraestruturas irradiadoras de desenvolvimento, referimo-nos aos projectos: Golfe de Ponte de Lima, Hipódromo e Campo de Caça.

Desempenhando acções concertadas de marketing e promoção, argumentando em defesa dos interesses dos associados a TURIHAB impõe-se junto de organismos oficiais, quer junto dos operadores procurando transmitir de uma forma objectiva e consistente a noção daquilo que Portugal é hoje capaz em termos de qualidade de oferta de alojamento familiar, competência técnica, fiabilidade, segurança, estilo e capacidade intelectual.

Promovemos iniciativas, participações e Feiras de Turismo Nacionais e Internacionais, Colóquios, Conferências, visitas educacionais, consecução de Protocolos com organizações que primam ao Desenvolvimento Regional, e ainda, Protocolos que indiciam fértil cooperação internacional.

O Turismo de Habitação transformar-se-á no Produto Turístico do final do Século XX, contribuindo para o reforço da imagem de Portugal, garantindo a salvaguarda da nossa cultura e tradição.

É necessário ser capaz, hoje, de diferenciar a oferta da concorrência, por forma a competir com outros factores que não apenas o preço; há que ter conhecimento dos mercados não somente em termos genéricos mas com específica compreensão dos padrões de comportamento e dos gostos dos consumidores; há que saber articular uma estratégia logística de distribuição e desenvolver uma política de Marketing, não deixando a terceiros essa tarefa; há que construir uma política de credibilidade junto dos segmentos de mercado, do nível de qualidade previamente contratado e da sistemática prestação de informação e de apoio ao consumidor/hóspede.

Este tem sido o desafio nos últimos anos na sua vertente de coordenação promocional interna e externa das potencialidades do produto Solares de Portugal.

A TURIHAB tem adoptado uma estratégia diferenciada e integradora e voluntarista destinada a estimular nova orientação de desnvolvimento sustentável do turismo de Portugal.

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Exploraram-se novos mercados, nomeadamente, nos Estados Unidos da América, Europa do Norte e Ásia, a organização de missões empresariais, a promover sectores de actividade e a apoiar instituições na presença em feiras nacionais e no estrangeiro e nos seus esforços de comunicação e marketing.

Digno de relevância, a cumplicidade inovadora da TURIHAB e dos Solares de Portugal, que não se circunscrevem às áreas de apoio à exportação do produto Turismo de Habitação e sua internacionalização, mas igualmente se desenvolveu nos domínios do investimento, do turismo e do ambiente, sempre na dualidade do apoio específico do tecido empresarial local e regional e da construção de uma imagem global para o país.

Apresentamos os Solares de Portugal como um Produto Turístico português do Século XXI, um convite ao descobrir do Portugal genuino no seio de uma família tradicional, um convite personalizado da hospitalidade portuguesa.

Para terminar, e fazendo minhas as palavras do Presidente da TURIHAB - Engº Francisco de Calheiros, trabalhamos na salvaguarda do nosso passado, preservando os valores de Portugal no futuro.

Porto, 7 de Dezembro de 1995

Cristina de Lima

Referências

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