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Farmacologia. Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo -Introdução: V e t e r i n a r i a n D o c s

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(1)

V e t e r i n a r i a n D o c s

www.veterinariandocs.com.br

Farmacologia

Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo

-

Introdução:

(2)

-Neurotransmissor ≠ Neuropeptídeo:

-Neurotransmissor: necessita de substrato

-Neuropeptídeo: é produzido no corpo celular (auto-produção) Ex.: encefalinas, substância P e neurotransmissor Y -Critérios que definem um neurotransmissor:

-Possui mecanismo de síntese e armazenamento -É liberado por exocitose

-Interage com receptores

-Possui mecanismo para sua inativação -Etapas da Neurotransmissão Química:

-Captação do precursor -Síntese do neurotransmissor -Armazenamento em vesículas -Degradação do excesso

-Despolarização (por um potencial de ação por um estímulo)

-Influxo de Cálcio e ativação de proteínas contráteis que deslocam as vesículas com neurotransmissores para a membrana, para liberação.

-Liberação do Neurotransmissor (exocitose) -Difusão para a pós-sinápse

-Interação com receptores na pós-sinapse na pré-sinapse -Inativação do neurotransmissor

(3)

-Características Gerais:

-Sistema Nervoso Simpático

-O efluxo simpático abandona o SNC nas raízes medulares torácicas e lombares -Os gânglios simpáticos formam duas cadeias para-vertebrais, além de alguns gânglios na linha média

-Regra Geral: neurônio pré-ganglionar curto e colinérgico (acetilcolina); neurônio pós-ganglionar longo e noradrenérgico (noradrenalina)

*Exceção: Adrenal é inervada diretamente por nervo simpático pré-ganglionar, libera ACh via receptor nicotínico, estimulando a liberação de Adrenalina. Não tem fibra pós-ganglionar.

Sistema Nervoso

Sistema Nervoso Periférico Sistema Nervoso Central

Sistema Nervoso Autônomo Sistema Nervoso Somático

Encéfalo Medula Espinhal

Simpático

Parassimpático

(4)

-Sistema Nervoso Parassimpático

-Padrão bineuronal: neurônio pré-ganglionar (longo) com corpo celular no SNC e neurônio pós-ganglionar (curto) com corpo celular no gânglio autonômico.

-Sistema parassimpático está conectado ao SNC através de:

-Efluxo dos pares cranianos: III (ocular), VII (facial), IX (glossofaríngeo) e X (vago).

-Efluxo sacral

-Neurotransmissores: pré e pós-ganglionarar  colinérgica – Acetilcolina

-SNA:

-Controla:

-musculatura lisa (visceral e vascular) -secreções exócrinas e algumas endócrinas -a freqüência cardíaca

-alguns processos metabólicos (utilização de glicose)

-As ações do simpático e parassimpático são opostas em algumas situações como no controle da freqüência cardíaca e no controle das musculatura lisa gastrointestinal. E alguns controles não são opostos como no caso da inervação de órgãos sexuais masculinos e na glândula salivar.

-A atividade simpática aumenta no estresse (comportamento de ‘luta ou fuga’) -A atividade parassimpática predomina durante a saciedade e repouso

-Ambos os sistemas exercem um controle fisiológico contínuo de órgãos específicos em condições normais

(5)

-Sistema Nervoso Parassimpático: -Diminui freqüência cardíaca -Diminui a pressão arterial

-Aumenta as funções gastrointestinais -Diminui a utilização de glicose e gordura -Miose (constrição da pupila)

-Sistema Nervoso Simpático:

-Aumenta freqüência cardíaca -Aumenta a pressão arterial -Diminui funções gastrointestinais

-Aumenta a utilização de glicose e gordura -Midríase (dilatação da pupila)

(6)

Parassimpático:

*Veias não tem inervação direta, mas possuem receptores para ACh (receptor muscarínico M3) Fonte: Spinosa, 2006

(7)

Parassimpático

Receptores para Acetilcolina (ACh) 1-Receptores Nicotínicos:

-Aumentam a permeabilidade ao sódio -Estimulação de todos os gânglios autônomos -Estimulação de músculos voluntários

-Secreção de adrenalina pela medula da adrenal. A adrenalina é produzida pela estimulação de receptores nicotínicos na adrenal.

-São bloqueados pela Curarina (curare)

-Mecanismo de ação: são canais iônicos controlados por ligante e sua ativação causa rápido aumento da permeabilidade celular ao Na+ e K+, despolarização e excitação -Estrutura: Os receptores nicotínicos são proteínas pentaméricas. Os receptores nicotínicos estão presentes na periferia e na junção neuromuscular e na sinapse ganglionar.

N1: são os presentesno músculo. Provocam despolarização da membrana

pós-sináptica. Bloqueados pela tubocurarina.

N2: são os presentes nos gânglios. Bloqueados pelo trimetafan.

2- Receptores Muscarínicos:

1-M1 (neural): aumentam as concentrações de IP3 e DAG intracelular

-Estão envolvidos na excitação do SNC (memória) -São bloqueados pela pirenzepina

-Mecanismo de ação: mediam os efeitos excitatórios da ACh. Esta excitação é produzida por redução na condutância ao K+ que causa despolarização da membrana. A ação é mediada por proteína G (Gq/11), levando um aumento do turnover do

fosfatidilinositol intracelular. Pela ativação da PLC, há a formação de dois segundos mensageiros DAG e IP3 a partir do PIP2 da membrana. O DAG ativa a proteína cinase C

(juntamente com o Ca++), enquanto o IP3 promove a liberação de Ca++ intracelular

armazenado no retículo endoplasmático.

2-M2 (cardíaco): diminuem as concentrações de AMPc / ativam canais de Potássio

-Diminuem a freqüência e força de contração (efeitos cronotrópico e inotrópico negativos)

(8)

-Bloqueados pela galamina

*A inervação parassimpática é mais intensa no átrio

-Mecanismo de ação: parecem exercer funções inibitórias, principalmente através do aumento da condutância ao K+ pela inibição de canais de cálcio. Há a interação com um grupo distinto de proteínas G (Gi e Go), com conseqüente inibição da Adenilato Ciclase,

ativação dos canais de K+ operados por receptor e inibição da atividade dos canais de Ca++ voltagem dependente. Assim há efeitos cronotrópicos e inotrópicos negativos da ACh.

3-M3 (glandular/muscular liso): aumentam as concentrações de IP3 e DAG

intracelular

-Estimulação das secreções glandulares (salivares e brônquicas) -Contração da musculatura lisa visceral

-Vasodilatação (via óxido nítrico): -Bloqueados pelo Ipatrópio

*Todos receptores muscarínicos são bloqueados pela Atropina

-Mecanismo de ação: Os receptores muscarínicos (M3) atuam como mediadores do

relaxamento vascular da musculatura lisa, que resulta da liberação de óxido nítrico das células endoteliais adjacentes. Os receptores M3 estão associados à proteína Gq/11 que,

por sua vez, ativa a fosfolipase C, responsável pela formação do segundo mensageiro, inositol trifosfato (IP3). O IP3é um mediador hidrossolúvel, liberado no citossol e que

atua sobre um receptor específico (o receptor de IP3 – um canal de cálcio regulador por

ligante existente na membrana do retículo endoplasmático) e tem como função controlar a liberação de Ca++ das reservas intracelulares. O aumento de Ca++ inicia vários eventos, incluindo a contração, secreção e ativação de enzimas.

-Vasodilatação via Óxido Nítrico: Agora no citoplasma, com a elevada concentração de Ca++ pela ação primária da acetilcolina, terá um conseqüente aumento na Ca++ -Calmodulina que ativa a enzima Oxido Nítrico Sintase que é responsável pela transformação da L-Arginina em Óxido Nítrico (NO) e Citrulina. O NO atua como um mensageiro neuronal e é um gás e não é armazenado como outros neurotransmissores, a sua liberação ocorre lentamente por difusão e ativa a guanilato ciclase que converte GMP em GMPc. Este, por sua vez afeta proteína quinase G que fosforila proteínas ligadas a canais de Ca++, bloqueando-os, fazendo o relaxamento da musculatura lisa dos vasos sanguíneos. A via endotelial de arginina/NO é tonicamente ativa nos vasos de resistência, diminuindo a resistência vascular periférica e, portanto, a pressão arterial sistêmica.

(9)

Agonistas e Antagonistas

1-Fármacos de ação direta: agem como antagonista (muscarínico e nicotínico) e como agonistas (muscarínico e nicotínico)

2-Fármacos de ação indireta: agem na enzima AChE

-Agonistas Nicotínicos: Despolarizantes

1- Ganglionar: nicotina e lobelina 2- Muscular:

-Suxametônio: causa bloqueio muscular, pois promove a despolarização contínua. Primeiramente ocorre a fasciculação do músculo e depois o relaxamento.

-Decametônio

-Antagonistas Nicotínicos: Não despolarizantes 1- Ganglionar: hexametônio, trimetafan 2- Muscular:

Tubocurarina: bloqueio muscular

Galamina, pancurônio, atracúrio, vecurônio

-Anticolinesterásicos: bloqueiam a ação da acetilcolinesterase (AChE)

1- Reversível (carbamatos): fisostigmina, neostigmina, edrofônio

-Mecanismo de ação: se ligam tanto no sítio aniônico como no esterásico da AChE. Se comportam como substrato, promovendo a carbamilação da serina. A descarbamilação ocorre muito mais lentamente do que a desacetilação (por acetilcolina).

2- Irreversível: DFP (diisopropil fluorofosfato) e paration (pesticida)

-Mecanismo de ação: inibem a AChE através de ligação covalente (fosforilação) com o grupo hidroxil da serina.

-Tratamento da Intoxicação: podem ser controlados com doses adequadas de agentes antimuscarínicos como a atropina. Nas intoxicações por organofosforados podem-se utilizar reativadores da AChE como as Oximas (não são eficazes contra intoxicações de carbamatos)

(10)

1-Junção neuromuscular: aumentam a contração muscular, pois após a inibição da AChE na sinapse, o tempo de permanência da ACh aumenta, permitindo a religação do neurotransmissor aos múltiplos receptores colinérgicos nicotínicos.

2-Trato gastrointestinal: promovem o aumento das secreções gastrointestinais, contração da musculatura lisa e relaxamento dos esfíncteres.

3-Sistema Respiratório: observa-se broncoconstrição e aumento das secreções, conduzindo a dispnéia e respiração ruidosa.

4-Sistema Cardiovascular: braquicardia e vasodilatação, porém, em conseqüência de mecanismos compensatórios, podem ocorrer episódios de taquicardia e vasoconstrição. Aliado a isto, a ACh liberada na adrenal promove a liberação de noradrenalina/adrenalina, responsáveis pelo predomínio do tônus do SNA simpático. 5-Olho: causam hiperemia da conjuntiva, contração do músculo esfíncter pupilar (miose). A pressão intra-ocular quando elevada, costuma cair em decorrência da facilitação da drenagem do humor aquoso.

*Acetilcolinesterase:cataliza a hidrólise do neurotransmissor acetilcolina restante que está presente no espaço sináptico em colina e ácido acético, reação necessária para permitir que o neurônio colinérgico retorne a seu estado de repouso após a ativação, evitando assim uma transmissão excessiva de acetilcolina, que produziria uma sobre estimulação do músculo e, como conseqüência, debilidade e cansaço.

*Anticolinesterásicos: é um inibidor da colinesterase. Devido à sua função essencial, os

elementos químicos que interferem com a ação da colinesterase são

potentes neurotoxinas, causando excessiva salivação e olhos lacrimejantes em baixas doses, seguido por espasmos musculares e finalmente a morte. São utilizados em anestesia ou no tratamento da miastenia gravis, glaucoma e doença de Alzheimer. *Miastenia Gravis: doença auto imune que age nos receptores nicotínicos da junção neuromuscular.

Tratamento: imunossupressão (Ex.: azatioprina) + piridostigmina Normalmente:

ACh + AChE =

ácido acético e colina (transportada ativamente para a terminação nervosa, onde será reutilizada)

Com Carbamatos ou Organofosforados:

(11)

ACh + AChE = AChE fosforilada

-Agonistas Muscarínicos: Colinomiméticos ou Parassimpaticomiméticos

-Ésteres de colina (acetilcolina, carbacol, betanecol)  utilizados para hipotonia de bexiga e do trato gastrointestinal, pois aumentam o tônus da bexiga e aumentam a motilidade e secreções do trato gastrointestinal.

-Alcalóides (muscarina, pilocarpina, oxotremorina e arecolina)  utilizados para Glaucoma, pois fazem a constrição da íris (miose) e isto aumenta a passagem de humor vítreo para o canal de Shlem

-Ação no(a):

1-Músculo liso: promovem o aumento da contração da musculatura lisa e relaxamento dos esfíncteres de todo o organismo do animal. Aumento do tônus, da motilidade e das secreções gastrointestinais. No trato urinário observa-se contração da vesícula urinária e ureteres. Causam broncoconstrição e aumento da secreção das glândulas traqueobrônquicas.

*Pilocarpina: quando aplicada no olho, causa constrição pupilar e elevação da pressão intra-ocular, seguida de redução mais persistente.

2-Glândula: produzem estímulo da secreção de glândulas sudoríparas, lacrimais, brônquicas, salivares e de todo o TGI.

3-Sistema Cardiovascular: a ACh produz 4 efeitos principais: vasodilatação, redução da freqüência cardíaca, diminuição da taxa de condução nos tecidos especializados dos nodos sinoatrial e atrioventricular e redução da força de contração. Os ésteres de ACh produzem dilatação em quase todos os leitos vasculares devido as suas ações em receptores muscarínicos, principalmente do subtipo M3.

Constrição da musculatura ciliar, fazendo com que haja

a constrição da íris Causa a abertura dos

poros e aumento da drenagem

(12)

-Antagonistas Muscarínicos: Parassimpaticolíticos

-Ipatrópio

-Tropicamida: causa midríase

-Pirenzepina: M1 seletivo  inibe a secreção gástrica (anti-úlcera)

-Atropina -Hioscina

*Atropina: utilizada na bradicardia. Em baixas doses há a diminuição da frequência cardíaca, pois o efluxo eferente vagal é ativado, bloqueado o M1 nos neurônios inibitórios pré-juncionais, permitindo a liberação de acetilcolina. Já em altas doses a atropina bloqueia os receptores M2 no nódulo sinoatrial e a frequência cardíaca aumenta.

-Fármacos em que o alvo são carreadores

*Hemicolinium: impede que a colina entre na célula para servir de substrato para a nova formação de ACh

*Vesamicol: impede ACh de retornar a vesícula

*Toxina Botulínica: bloqueia a exocitose de ACh. Impede a contração muscular.

Simpático

-Neurotransmissão Noradrenégica: -Biossíntese de Catecolaminas:

Precursor: aminoácido L-tirosina

Este aminoácido é transportado para dentro dos neurônios noradrenérgicos e também para as células cromafins da medula adrenal.

Etapas:

1- L-tirosina é convertida em L-DOPA (diidroxifenilalanina) pela enzima ‘Tirosina-hidroxilase’. Esta enzima está sujeita a inibição por feedback pelo produto final.

2- A L-DOPA é um substrato para outra enzima, a dopa-descarboxilase que resulta na síntese de Dopamina

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3- E então a Dopamina é convertida à L-noradrenalina no interior das vesículas sob a ação da ‘dopamina-β-descarboxilase.

4- Na medula da adrenal, a noradrenalina é metilada no citoplasma da célula para formar o hormônio adrenalina, esta reação é catalisada pela enzima ‘feniletanolamina-N-metil tranferase’. A velocidade da síntese de adrenalina, a partir da noradrenalina nas células cromafins, é dependente dos níveis de glicocortcóides secretados pelo córtex da adrenal.

-Degradação e Metabólitos:

-As ações da noradrenalina e adrenalina são interrompidas por:

1- Recaptação pelas terminações nervosas (é o mecanismo mais importante na cessação da ação da noradrenalina liberada)

2- Diluição por difusão para fora da fenda sináptica e captação em locais extraneuronais 3- Transformação metabólica

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-Duas enzimas são responsáveis pela degradação das catecolaminas: a MAO (monoamino-oxidase) localizada na membrana de mitocôndrias no terminal pré-sináptico e a COMT (catecol-O-metiltransferase) localizada em tecidos neuronais e não neuronais.

-MAO: faz a desaminação da noradrenalina no citoplasma no neurônio, formando o ácido Dihidroximandélico, que ainda pode formar o ácido Vanililmandélico pela COMT.

-COMT: faz a metilação da noradrenalina na fenda sináptica, formando a Normetaepinefrina e conseqüentemente formando o ácido Vanililmandélico pela MAO.

-As catecolaminas (noradrenalina, adrenalina, dopamina, isoproterenol) compartilham o grupo Catecol:

Catecol

*A inervação simpática no coração se dá tanto no átrio como no ventrículo. -Receptores Adrenérgicos

1:

-localização pós-sináptica

-acoplados a Proteína Gq / PLC

(15)

Efeitos:

-Vasoconstrição

-Aumento da resistência periférica -Aumento da pressão arterial -Midríase

-Mecanismo de ação: Os receptores α1 leva à estimulação da enzima de membrana

Fosfolipase C via proteína Gq/11. A ativação da fosfolipase C resulta na hidrólise do

bifosfato de fosfotidilinositol (PIP2) que produz os segundos mensageiros trifosfato de

inositol (IP3) e diacilglicerol (DAG). O DAG ativa a proteína quinase C (PKC), em

parte por sensibilizá-la ao Ca2+, que leva a fosforilação de uma série de proteínas intracelulares e canais iônicos. O IP3 atua liberando Ca2+ intracelular para o citoplasma,

causando contração muscular.

-α2:

-localização pós-sináptica e pré-sináptica (auto-receptor) -acoplados à Proteína Gi / Adenilato Ciclase

-promovem a retroalimentação inibitória Efeitos:

-Vasoconstrição

-Constrição de esfíncteres -Reduz a liberação de NA

-Mecanismo de ação: estes receptores atuam na regulação da atividade do sistema nervoso simpático, tanto ao nível autonômico como central. Pois inibem a adenilciclase através de interação com proteínas G denominadas Gi (inibitórias), assim as

concentrações de AMPc são reduzidas e o estado de ativação da proteína cinase dependente de AMPc é reduzido. Os receptores α2 podem ativar também canais de K+

controlados por proteínas G, resultando em hiperpolarização da membrana e também são capazes de inibir canais de Ca++ voltagem-dependentes e este efeito é mediado por proteína G0.

*Ioimbina: antagonista específico para receptores α2. Estes receptores quando ativados

não promovem a formação de AMPc, mas ao ligar-se a um antagonista a adenilatociclase não é inativada e dessa forma, ocorre síntese de AMPc, que por fim ocorrerá a fosforilação da quinase de cadeia leve de miosina, inativando-a e não

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-β1:

-localização pós-sináptica

-acoplados à Proteína Gs / Adenilato Ciclase

-predominam no coração Efeitos:

-aumento da força e freqüência contrátil (inotrópico e cronotrópico positivo) -Mecanismo de ação: O complexo agonista-receptor se liga a proteína Gs, deslocando o

GDP pelo GTP na subunidade α da proteína G. o complexo entre a proteína G e o GTP interage com a adenilciclase, promovendo a conversão de AMP para AMPc. O AMPc ativa uma enzima intracelular dependente de AMPc, que ativa uma seqüência de fosforilações que amplifica o sinal, desencadeando uma resposta. A estimulação dos receptores β produz aumento da concentração intracelular de AMPc, resultando nos efeitos inotrópicoss e cronotrópicos positivos (aumento da força e freqüência).

-β2:

-localização pré-sináptico e pós-sináptico -acoplados a Proteínas Gs / Adenilato Ciclase

-predomina nos vasos coronarianos e do músculo esquelético Efeitos:

-vasodilatação -broncodilatação -secreção de renina -relaxamento do útero

-Mecanismo de ação: no sistema vascular a vasodilatação mediada por β2, que provoca

aumento de AMPc que é responsável pela abertura de canais de Ca++, a elevada concentração de Ca++ pela ação primária da acetilcolina, terá um conseqüente aumento na Ca++-Calmodulina que ativa a enzima Oxido Nítrico Sintase que é responsável pela transformação da L-Arginina em Óxido Nítrico (NO) e Citrulina.

-Fármacos Simpáticomiméticos

1-De ação direta: agonistas seletivos de adrenorreceptores α1, α2, β1 e β2.

2-De ação indireta: promovem o aumento da concentração de noradrenalina e adrenalina na fenda sináptica

(17)

3-De ação mista: agem dos dois modos Ex.: Efedrina

-Simpaticomiméticos diretos

-Agonistas Seletivos de adrenorreceptores α1, α2:

-Noradrenalina e Adrenalina  α1 e α2 não seletivos

-Fenilefrina e Metoxamina  α1 seletivos

Usos terapêuticos: agentes anti-hemorrágicos em cirurgias (vasoconstrição), estados hipotensivos (são hipertensivos), descongestionantes nasais, midríacos (dilatação da pupila), coadjuvantes de anestésicos locais (vasocontritor).

-Xilazina  α2 seletivos (é um agonista, mas é simpaticolítico). Relaxante e

analgésico

Usos terapêuticos: analgésicos de ação central -Agonistas seletivos de adrenorreceptores β1 e β2:

-Adrenalina e Isoprenalina: β1 e β2 não seletivos

-Dobutamina e Prenalterol: β1 seletivos

Usos terapêuticos: parada cardíaca, bloqueio cardíaco e choque -Salbutamol, Terbutalina e Orciprenalina: β2 seletivos

Salbutamol provocou uma diminuição na pressão sanguínea, pois é um agonista seletivo β2-adrenérgico. O complexo agonista-receptor se liga a proteína Gs, deslocando

o GDP pelo GTP na subunidade α da proteína G. o complexo entre a proteína G e o GTP interage com a adenilciclase, promovendo a conversão de AMP para AMPc. O AMPc ativa uma enzima intracelular dependente de AMPc, que ativa uma seqüência de fosforilações que amplifica o sinal, desencadeando uma resposta.Na musculatura lisa a ativação de receptores β2 leva a fosforilação da miosina cinase de cadeia leve,

resultando num relaxamento vascular.

Usos terapêuticos: asma brônquica e prevenção de parto prematuro (promovem relaxamento).

Simpaticomiméticos indiretos

-Fármacos que atuam principalmente facilitando a liberação de noradrenalina ou bloqueando a captação desta.

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-Inibidores: cocaína, antidepressivos, anfetamina  pressão arterial aumenta, relaxamento bronquiolar, produz supressão da ingestão alimentar.

2-Recaptação Não-neural:

-Inibidores: hormônios esteróides e progesterona

*Estes inibidores fazem com que a noradrenalina não seja recaptada, assim promovendo maior contato agonista-receptores.

3-Indutores da liberação de catecolaminas:

-Inibidores: anfetamina  penetra na terminação nervosa através do carreador de noradrenalina e penetra nas vesículas sinápticas no citossol através do carreador de monoamina vesicular em troca de noradrenalina, que se acumula no citossol. Parte é degradada pela MAO na terminação nervosa, enquanto outra parte escapa (exocitose) em troca de anfetamina pelo carreador de noradrenalina. A anfetamina também bloqueia a recaptação de noradrenalina.

4- Inibidores da MAO (monoamina oxigenase): Inibidores: iproniazida e anfetamina.

5-Inibidores da COMT (catecol-O-metiltransferase): Inibidores: pirogalol

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Simpaticomiméticos de ação mista

-Ação direta nos receptores α e β e ação indireta induzindo a liberação de noradrenalina e impedindo sua recaptação.

Ex.: Efedrina, efeito parecido com os da anfetamina (indiretamente)

-Fármacos Simpaticolíticos

-Antagonistas dos receptores adrenérgicos

-Substâncias que afetam a síntese, liberação ou transporte de noradrenalina para a vesícula

1-Antagonistas α-adrenérgicos: -Fentolamina (não seletivo)

-Parazocina (α1-seletivo)  utilizada para hipertensão

-Ioimbina (α2-seletivo)

Ioimbina provoca uma diminuição da pressão sanguínea, pois é um antagonista seletivo de receptores α2-adrenérgicos e estes receptores atuam na regulação da

atividade do sistema nervoso simpático, tanto ao nível autonômico como central. Pois inibem a adenilciclase através de interação com proteínas G denominadas Gi

(inibitórias), assim as concentrações de AMPc são reduzidas e o estado de ativação da proteína cinase dependente de AMPc é reduzido.

-Fenoxibenzamina (não seletivo e irreversível)  utilizada para feocromocitoma (neoplasia de adrenal)

Efeitos: diminuição do tônus vasomotor, hipotensão e taquicardia (reflexa) 2-Antagonistas β-adrenérgicos:

-Propranolol e alprenolol (não seletivos)

O Propranolol provoca uma diminuição na pressão sanguínea, pois é um antagonista não seletivo para receptores β-adrenérgicos. Bloqueando tanto β1 que está

situado principalmente no miocárdio e β2 que estão presentes no coração (onde

participam da contração) e em músculos lisos dos vasos e outros tecidos (onde promovem a dilatação). Neste caso, sua atuação principal é sobre os receptores β1,

reduzindo a freqüência cardíaca, a condução cardíaca, débito cardíaco assim chegando a um resultado final de diminuição da pressão sanguínea

-Metoprolol e atenolol (β1-seletivo)  reduz efeitos inotrópicos e cronotrópicos do

(20)

-Butoxamina: (β2-seletivo)  broncoconstrição e aumento da contração uterina e

também inibição da lipólise e glicogenólise (β3 também)

Usos terapêuticos: arritmias, angina, feocromocitoma e hipertensão (efeito renal > efeito cardíaco)

3-Substâncias que afetam a liberação

Diminuem a liberação de noradrenalina na fenda sináptica. -Guanitidina

-Bretílio

Substâncias utilizadas no Glaucoma

1- Parassimpaticomiméticos:

-Pilocarpina (agonista muscarínico): causa constrição pupilar pelo músculo esfincteriano da íris (miose)

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-Ectiofato (anticolinesterásico): disponibiliza mais ACh na fenda sináptica

2- Simpatiolíticos:

-Antagonistas alfa-adrenérgicos: impedem a contração do músculo radial da íris, impedindo a midríase.

-Agonistas alfa2-adrenérgigos: diminui a liberação de adrenérgicos 3- Diuréticos

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Referências Bibliográficas

SPINOSA, Helenice de Souza, et al. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

Referências

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