CENÁRIOS INTEGRADOS DE MITIGAÇÃO DE
EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA DO
SISTEMA ENERGÉTICO DO BRASIL ATÉ 2050
Prof. Roberto Schaeffer, COPPE/UFRJ
Brasília, 7 de junho de 2017
Cenários integrados de mitigação de emissões de gases de efeito estufa para o Brasil até 2050
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) tem a satisfação de convidá-lo(a) a participar do evento “Cenários integrados de mitigação de emissões de gases de efeito estufa para o Brasil até 2050", que abordará as opções de redução de emissões de gases de efeito estufa, em uma perspectiva integrada dos setores energo-intensivos da economia brasileira.
Programação
Data: 27 de junho de 2016
Local: Auditório do 10º andar / Edifício Ventura (FINEP)
Endereço: Avenida República do Chile, 330 – Centro / Rio de Janeiro
14h00min às 14h15min – Abertura
Jaílson Bittencourt (Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento/MCTIC)
14h15min às 14h30min
Objetivos, escopo, construção e integração de cenários de Opções de Mitigação de Emissões de GEE em Setores-Chave no Brasil
Regis Rathmann (Coordenador Técnico do Projeto Opções de Mitigação – CGMC/MCTIC)
14h30min às 16h00min
Cenários integrados de mitigação de emissões de GEE do sistema energético
Roberto Schaeffer e Alexandre Szklo (COPPE/UFRJ)
16h00min às 17h00min
Cenários integrados de mitigação de emissões de GEE para o setor de agricultura, florestas e outros usos do solo (AFOLU)
Britaldo Silveira Soares Filho (CSR/UFMG)
17h00min às 17h45min – Debate 17h45min às 18h00min – Encerramento
Régis Rathmann (Coordenador Técnico do Projeto Opções de Mitigação – CGMC/MCTIC) Moema Corrêa (Diretora Nacional do Projeto Opções de Mitigação – CGMC/MCTIC)
Linha de Base (LB): “passado ajudando a explicar o futuro”
Menor influência de premissas
Menor esforço técnico para elaboração Geralmente conservadora
Mitigação / Baixo Carbono (BC): cenários com esforços de redução de emissões de GEE
Representam os cenários alternativos (Baixo Carbono e Baixo Carbono com Inovação)
Modelo Energético de Otimização
Resultado ótimo: encontra a “melhor” solução
Identifica soluções que maximizem ou minimizem uma função objetivo, sujeitas a restrições
Soluções de mínimo custo para o sistema energético Alocação eficiente dos recursos
Restrição principal: atender demanda
Restrições adicionais podem representar limitações físicas, tecnológicas, econômicas ou de mercado
Restrições também servem para tornar o espaço de soluções possíveis mais realista
Desvantagens:
Soluções de canto, e falta de detecção de falhas de mercado
Cerca de 8.000 tecnologias (> 300 tecnologias de BC) Horizonte de análise: 2010 – 2050 Intervalos de 5 anos Sazonalidade: 12 meses
Curva de carga diária: 24 horas
6 regiões
(transporte de eletricidade e gás)
Otimização: Restrições
Restrições sobre capacidade instalada
Restrições sobre capacidades em construção Restrição sobre uso de uma tecnologia
Restrições de balanço e de participação:
30% de energia renovável
Restrições informativas:
Utilizar ou não tecnologias com CCS
Restrições ambientais
Integração de resultados setoriais ao
Integração de Modelos
Procedimento iterativo de modelagem considerado no projeto
EFES Sectoral Models (Demand) Sectoral Models to MESSAGE MESSAGE Agricultural Sector OTIMIZAGRO $0/tCO2 $25/tCO2 $50/tCO2 $100/tCO2 $0/tCO2 $25/tCO2 $50/tCO2 $100/tCO2 $0/tCO2 $25/tCO2 $50/tCO2 $100/tCO2 $0/tCO2 $25/tCO2 $50/tCO2 $100/tCO2 Added Value
for every carbon cost scenario
Energy Service demand for every carbon cost scenario
Energy and Carbon intensities for every carbon cost scenario
Premissas:
Expansão a mínimo custo Tecnologias disponíveis Sem políticas de mitigação
Ótica setorial domina a modelagem
Restrições garantem trajetória BAU no curto prazo
Consumo de Energia Primária (GWa)
Emissões setoriais de GEE (MtCO2e)
Resultados – Linha de base
Combustion emissions, waste treatment, processes (energy and industrial facilities) and fugitive emissions of CH4. Not including emissions associated
with land use.
585 789 (+35%) 870 (+49%) 1.162 (+99%)
Legend: Tra = Transport; Ind = Industry; Ene = Energy; EE= Electricity; Agr = Agriculture; Build = Buildings; Proc = Industrial Processes; Waste = Waste; Non-CO2 = Non-CO2 emissions.
Geração Elétrica (TWh)
Premissas para Baixo Carbono (BCx):
Melhores tecnologias disponíveis
Diversas medidas de eficiência energética e processos produtivos de baixo carbono ( 400 tecnologias de baixo carbono)
Menos restrições em relação a perfil tecnológico Modelo possui maior liberdade de otimização BC0 =Sem valor de carbono
Opções que seriam potencialmente econômicas, mas não são implementadas devido a barreiras de mercado.
Conjunto de opções de “não arrependimento”
Energia Primária (GWa)
Resultados – BC
0 • Aumento da cana de açúcar • Diminuição do carvãoRedução das emissões: 22% em 2050
Emissões setoriais
Resultados – BC
0Legenda: LB: Cenário de Linha de Base; BC = Cenário de Baixo Carbono; Tra = Transportes; Ind = Indústria; Ene = Energia; EE = Eletricidade; Agr = Agricultura; Edif = Edificações; Proc = Processos Industriais; TratR = Resíduos; NCO2 = Emissões não CO2.
BC
0– Industrial - Cimento
Eficiência Energética (ex: Calor)
BC
0– Industrial - Química
Eficiência Energética: vapor
Ganhos de eficiência elétrica em edificações e indústria menor necessidade de expansão de plantas termelétricas a carvão e a gás natural
Ganhos de eficiência na conversão de energia térmica na indústria e refino:
Medidas de custo fixo praticamente nulo, como controle adequado de queima
Medidas de custo fixo baixo, ainda mais quando se considera a reposição de equipamentos em final da vida útil
A partir de 2030, participação maior de VEH na frota de veículos leves, o mesmo ocorrendo para veículos PHEV e BEV a partir de 2040
Mitigação por setor
BC
0– Síntese
Resíduos: aterro controlado, recuperação de
metano no aterro, compostagem, biodigestão e incineração eficiente.
Eletricidade: repotenciação de hidrelétricas, cogeração de cana-de-açúcar e menor geração a carvão.
Energia: eficiência energética, especialmente no
E&P
Indústria: substituição de combustíveis, eficiência em
vapor e calor. Principais segmentos: siderurgia, químico e cimento.
Transporte: mudança de modal.
Passageiros: aviões, motos e carros são substituídos por ônibus e comerciais leves.
Carga: transporte rodoviário é substituído por hidroviário.
Serviços: substituição do GLP por gás natural para
BCx:
Mesmo grau de liberdade tecnológica do BC0
Onde “x” representa a faixa de custo das medidas de baixo carbono (não se trata de uma taxa de carbono)
Ou seja, BC25 (representa o conjunto de medidas com custo de abatimento negativos, nulos e até US$ 25/tCO2)
Foram elaborados cenários com custos de redução de emissões até US$ 200/tCO2
Energia Primária (Mtoe)
Resultados BC
xBC50 BC
100
Crescimento consistente da cana de açúcar, diante dos limites de uso do solo e produtividade
Resultados BC
x– Emissões de GEE
BC10
BC50 BC100
Resultados BC
xaté 2050
Aba teme n t Cos t (M tC O2eq)Resultados BC
50– rodada 2015
Notar expansão de GD/FV
Geração Elétrica: CCS entra a partir de 40 US$/tCO2
CCS fóssil
Considerações finais
6/7/2017 34
Considerações finais
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Disponibilidade tecnológica, ou não, de CCS bastante relevante para cenários de alto valor de CO2.
Em 2030, no cenário de referência, emissões chegam a 870
MtCO2eq. No cenário BC0, emissões chegam a 770 MtCO2eq
Considerações finais
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NDC Brasileira (sem AFOLU)
2025: 757 MtCO2e 2030: 850 MtCO2e
A recente crise economia brasileira implica que o país provavelmente conseguirá alcançar sua NDC no cenário de referência ou com pouco esforço adicional (BC10). O desafio virá depois… MtCO2 Base 0 5 10 30 50 100 2010 590.4 585.2 585.2 585.2 585.2 585.2 585.2 2015 672.2 681.7 681.7 681.7 681.7 681.5 680.8 2020 686.6 636.8 599.1 597.6 585.4 573.7 540.8 2025 789.2 728.9 628.7 608.7 593.8 573.0 533.9 2030 869.9 769.5 678.0 658.6 634.5 594.3 530.4 2035 955.0 811.1 720.6 701.3 661.3 610.0 532.6 2040 1025.1 841.8 749.3 728.7 678.2 599.2 508.8 2045 1106.3 892.7 782.9 759.7 701.6 610.4 504.8 2050 1162.6 916.8 790.5 791.1 708.4 610.9 483.2 MtCO2 Base 0 5 10 30 50 100 2010 590.4 585.0 585.0 585.0 585.0 585.0 585.0 2015 672.2 675.2 675.2 675.2 675.2 675.0 674.6 2020 686.6 639.6 605.0 601.7 593.2 589.7 572.4 2025 789.2 722.5 652.8 612.2 601.2 591.3 569.5 2030 869.9 761.4 704.7 662.5 644.1 624.2 577.6 2035 955.0 795.5 731.9 708.7 675.9 644.6 588.2 2040 1025.1 837.1 771.9 745.6 701.3 658.0 594.7 2045 1106.3 877.8 808.4 777.4 723.3 678.8 602.6 2050 1162.6 916.9 822.1 811.2 732.2 686.1 597.1 MtCO2 Base 0 5 10 30 50 100 2010 585.2 584.9 584.9 584.9 584.9 584.9 584.9 2015 699.8 701.7 701.8 701.9 702.0 701.8 701.9 2020 765.0 738.9 737.7 735.2 723.8 716.9 702.5 2025 865.4 796.4 796.3 772.8 762.8 754.5 741.7 2030 1015.6 884.7 875.7 846.3 825.1 803.4 770.9 2035 1096.5 941.6 927.1 899.9 859.7 824.7 793.2 2040 1192.2 965.4 948.9 922.7 891.6 847.8 795.8 2045 1316.5 1043.4 1017.2 988.9 954.8 875.6 806.9 2050 1431.8 1116.0 1045.1 1037.0 977.1 888.4 801.2 N o vo C en ár io (I te ra çã o 1 ) N o vo C en ár io (I te ra çã o 0 ) Ro d ad a 20 15 (A n te s d as A n ál is es d e Se n si b ili d ad e) US$/tCO2e REF