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D O S S I Ê T É C N I C O

Técnicas e Processos de Reflorestamento de

Matas Ciliares

Nilva Chaves

Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico

da Universidade de Brasília – CDT/UnB

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1

DOSSIÊ TÉCNICO

Sumário 1 Introdução...2 2 Objetivo...2 3 Conceitos...3 4 Código Florestal...4 5 Tipos de regeneração...5

6 Principais funções das matas ciliares...7

7 Grupo ecológico...7

8 Modelos de revegetação ...8

9 Enriquecimento de florestas secundárias...11

10 Processo de implantação de Matas Ciliares...12

10.1 Produção de mudas...12

10.1.1 Sementes...12

10.1.2 Embalagem e substrato...12

10.2 Sistema de plantio ...13

10.2.1 Isolamento da área ...13

10.2.2 Controle de plantas invasoras e pragas ...13

10.2.3 Técnicas de plantio...13

10.2.3.1 Preparo das mudas ...13

10.2.3.2 Espaçamento...14

10.2.3.3 Distribuição de Plantio ...15

10.3 Tratos culturais ...15

11 Espécies nativas potenciais de uso...15

12 Manutenção ...20

Conclusões e Recomendações ...20

Referências...21

Anexos...22

1 Legislação ...22

2 Instituições/sites relacionadas ao tema ...23

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DOSSIÊ TÉCNICO

Título

Técnicas e Processos de Reflorestamento de Matas Ciliares Assunto

Meio ambiente, reciclagem e tratamento de resíduos Resumo

São apresentadas a importância das Matas Ciliares, a necessidade da recuperação dessas áreas já degradadas, a função que elas desempenham no ecossistema, modelos e etapas de revegetação e indicação de espécies nativas potenciais de uso na sua recuperação. Palavras chave

Mata ciliar; floresta ripária; mata de galeria; revegetação, reflorestamento; regeneração; floresta degradada; área degradada; grupo ecológico; técnicas de plantio; espécies nativas Conteúdo

1 Introdução

As Universidades, os órgãos de pesquisa e organizações não governamentais e as empresas ligadas ao setor ambiental têm dispensado esforços em conduzir e divulgar pesquisas em desenvolvimento de tecnologias de implantação e manejo de florestas de espécies nativas brasileiras, motivados pela grande preocupação com a preservação das florestas naturais e a recomposição das áreas ciliares degradadas ou perturbadas. Verifica-se, portanto, cada vez mais a necessidade de conservação da vegetação ao longo dos cursos d´água, que se encontram poluídos e com vazões que causam enchentes, ou são insuficientes causando a seca de alguns corpos d´água.

Na literatura sobre manejo dos recursos naturais degradados costuma-se observar o uso de vários termos como recuperação, reabilitação, restauração, regeneração, revegetação, recomposição, entre outros, cujos métodos estendem-se ao manejo e conservação de solos degradados, áreas afetadas por mineração, florestas, pastagens, áreas abandonadas, recursos hídricos e outros (LIMA, 1994).

A recuperação e a preservação das matas ciliares, aliadas às práticas de conservação e ao manejo adequado do solo, garantem a proteção deste importante recurso natural. A

conseqüência de maior gravidade é a perda da biodiversidade da flora e da fauna.

Para a implantação de processos de recuperação de áreas ciliares é importante avaliar as causas da degradação, as características do local e o conhecimento dos aspectos

hidrológicos da área. Com base nessas necessidades, esse estudo busca fornecer respostas às questões básicas para recomposição de matas ciliares.

2 Objetivo

Apoiar iniciativas e ações de recomposição de áreas ciliares degradadas, fornecendo respostas a questões básicas sobre técnicas de plantio e as espécies mais adequadas.

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3 3 Conceitos

Mata Ciliar - é a formação vegetal do tipo arbustiva ou florestal, localizada nas margens dos corpos d’água, também conhecida como vegetação ripária, mata de galeria ou mata de várzea. Protegem estas margens da erosão e do ressecamento dos barrancos, evitando o estreitamento de seus leitos e facilitando a infiltração da água da chuva, que chega com maior facilidade ao lençol freático. Além disso, as matas ciliares ajudam a estabilizar a temperatura das águas e são ricas em variedade de plantas e animais silvestres, por isso são consideradas áreas de preservação permanente pelo Código Florestal (Lei Federal 4.771 de 15/09/1965). Essas matas têm um papel estratégico na conservação da

biodiversidade, na preservação da qualidade da água e para a formação de corredores entre as poucas reservas de matas primárias.

FIG 1 Vale do Salto do Pântano

Fonte: http://www.apadescalvado.cnpm.embrapa.br/ciliar.html

Sucessão secundária - é o mecanismo pelo qual as florestas tropicais se auto-renovam, por meio da recomposição de locais perturbados que ocorrem a cada momento em

diferentes pontos, onde grupos de espécies adaptadas a condições de maior luminosidade colonizam as áreas abertas, e crescem rapidamente, fornecendo o sombreamento

necessário para o estabelecimento de espécies mais tardias na sucessão. Depende de uma série de fatores como a presença de vegetação remanescente, o banco de sementes no solo, a rebrota de espécies arbustivo-arbóreas, a proximidade de fontes de sementes, a intensidade e a duração do distúrbio. Assim, cada área degradada apresentará uma

dinâmica sucessional específica. Em áreas onde a degradação não foi intensa, e o banco de sementes é próximo, a regeneração natural pode ser suficiente para a restauração florestal. Nestes casos, torna-se imprescindível eliminar o fator de degradação, ou seja, isolar a área e não praticar qualquer atividade de cultivo.

As florestas são formadas por meio desse processo de sucessão, onde grupos de espécies adaptadas a condições de maior luminosidade colonizam as áreas abertas e crescem rapidamente, fornecendo o sombreamento necessário para o estabelecimento de espécies mais tardias na sucessão. Portanto, a combinação de espécies de diferentes grupos ecológicos ou categorias sucessionais é extremamente importante nos projetos de recuperação.

Florestais naturais primárias - são aquelas que pouco sofreram com a ação do homem, conservando suas características de alta diversidade e auto-regeneração.

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Florestas perturbadas – são aquelas que sofreram intervenção do homem, mas ainda tem possibilidades de voltar à sua condição original, antes da perturbação.

Florestas degradadas - são as que perderam sua capacidade de se auto-recuperação, necessitando para tanto, trabalho de revegetação e/ou enriquecimento. KAGEYAMA et al (1994), consideram área/floresta degradada aquela que, após distúrbio, teve eliminado os seus meios de regeneração natural, não sendo, portanto, capaz de se regenerar sem a interferência antrópica.

Molion (1985) afirma que com a remoção da cobertura vegetal, o impacto mecânico das gotas de chuva desagrega a estrutura superficial do solo. As pequenas partículas

resultantes selam os poros, diminuindo a infiltração. Ao mesmo tempo, a precipitação que era interceptada pela folhagem, passa a atingir diretamente o solo, provocando o aumento do escorrimento superficial e, consequentemente, da erosão.

Corredores Ecológicos - são áreas que unem os remanescentes florestais, possibilitando o livre trânsito de animais e a dispersão de sementes das espécies vegetais. Isso permite o fluxo gênico entre as espécies da fauna e flora e a conservação da biodiversidade. Também garante a conservação dos recursos hídricos e do solo, além de contribuir para o equilíbrio do clima e da paisagem. Os corredores podem unir Unidades de Conservação, Reservas Particulares, Reservas Legais, Áreas de Preservação Permanente ou quaisquer outras áreas de florestas naturais.

FIG 2 Corredor ecológico

Fonte: NAPPO, GOMES e CHAVES, 1999.

4 Código Florestal

De acordo com Código Florestal (Lei Federal 4.771 de 15/09/1965) toda vegetação natural (arbórea ou não) presente ao longo das margens dos rios e ao redor de nascentes e de reservatórios, deve ser preservada. Estabelece que a largura da faixa de mata ciliar a ser preservada está relacionada com a largura do curso d'água, como segue:

O Artigo 2º do Código Florestal considera de preservação permanente, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas:

a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal, cuja largura mínima seja:

de 30m para os cursos d'água com menos de 10m de largura; de 50m para os cursos d'água que tenham de 10 a 50m de largura; de 100m para os cursos d'água que tenham de 50 a 200m de largura; de 200m para os cursos d'água que tenham de 200 a 600m de largura; de 500m para os cursos d'água que tenham mais de 600m de largura.

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5 b) b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais;

c) c) nas nascentes, ainda que intermitentes, e nos chamados “olhos-d’água”, seja qual for a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50m de largura.

5 Tipos de regeneração

Regeneração natural - é a forma mais antiga e natural de renovação de uma floresta. Todas as espécies arbóreas possuem mecanismos que permitem sua perpetuação no sistema natural. A regeneração natural é elemento importante na evolução de uma espécie arbórea, e está intimamente correlacionada com o ambiente em que a espécie se

desenvolveu, assim como com a biocenose em que evoluiu (SEITZ & JANKOVSKI, 1998). Para YOUNG (1991); EDWARDS (1987); e Duryea & Dougherty, citados por SEITZ & JANKOVSKI (1998), o êxito na regeneração natural de uma espécie varia grandemente pelas seguintes razões:

a) Adequada produção anual de sementes. Nos anos que ocorre baixa produção de sementes não temos uma boa regeneração natural;

b) A germinação das sementes e a sobrevivência das plântulas são influenciadas

diretamente pelo clima do local. Poderá ocorrer regeneração inadequada, inclusive, em anos de boa produção de sementes, quando o clima não for favorável no período; c) O microclima da floresta tem que ser favorável para que ocorra uma boa regeneração

natural. Algumas espécies requerem condições abertas e ensolaradas para sua germinação, enquanto que as plântulas de outras espécies requerem sombra parcial e podem ser extintas pelas altas temperaturas;

d) O estado da superfície do terreno é de importância primordial para a regeneração natural. O piso florestal está coberto com uma espessa camada de folhas e de matéria orgânica parcialmente decomposta. A germinação das sementes e a sobrevivência das plântulas podem ser adequadas quando a manta orgânica se mantém sombreada e úmida. Quando exposta ao sol, depois do corte da floresta, a manta seca facilmente,

convertendo-se em uma forte barreira para o estabelecimento das plântulas. Em tais casos, pode ser necessária a eliminação da manta mediante a escarificação mecânica ou queima que podem eliminar a maior parte da regeneração antecipada;

e) Os predadores das sementes e das plântulas são, parcialmente ou em grande parte, responsáveis pelos fracassos da regeneração natural.

Na avaliação de uma regeneração natural, deve-se atentar para várias características, tais como a densidade e a distribuição das plantas, suas dimensões e condições de

desenvolvimento. Essas características podem ser ótimas, porém a concentração das plantas jovens em determinadas áreas de uma floresta em regeneração faz necessária a aplicação de tratos silviculturais em tal floresta, no sentido de garantir a regeneração em toda a área (SEITZ, 1980).

Para Seitz, 1996 e Davide et al., 2000 a eficiência da regeneração natural nos programas de revegetação depende da disponibilidade de sementes das espécies de interesse, dos

agentes de dispersão e das condições do ambiente. O conhecimento dos fatores bióticos e abióticos que afetam a dinâmica do banco de sementes do solo, assim como o

desenvolvimento das plantas em regeneração é fundamental em tais estudos. Em geral, as espécies que formam banco de sementes do solo como estratégia de estabelecimento, apresentam produção abundante, dormência e longevidade elevada das sementes, bem como mecanismos de dispersão eficientes (Budowski, 1965 e Piña-Rodrigues et al., 1992). De acordo com os autores, estas síndromes são comumente observadas nas espécies pioneiras, enquanto as espécies clímax tendem a formar bancos de plântulas, além de apresentarem maior velocidade de germinação das sementes e de crescimento e tamanho de suas plântulas.

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No banco de sementes do solo é possível encontrar espécies que apresentam diferentes períodos de longevidade e porcentagens de viabilidade. Neste sentido, Simpson et al. (1989) classificaram os bancos de sementes em transitório, quando as sementes germinam num período de até um ano após a dispersão e, persistente quando as sementes

permanecem viáveis por um período superior a um ano.

Através da regeneração natural, as florestas apresentam capacidade de se recuperarem de distúrbios naturais ou antrópicos. Quando uma determinada área de floresta sofre um distúrbio como a abertura natural de uma clareira, um desmatamento ou um incêndio, a sucessão secundária se encarrega de promover a colonização da área aberta e conduzir a vegetação através de uma série de estádios sucessionais, caracterizados por grupos de plantas que vão se substituindo ao longo do tempo, modificando as condições ecológicas locais até chegar a uma comunidade bem estruturada e mais estável.

Em alguns casos, a ocorrência de espécies invasoras, principalmente gramíneas exóticas como o capim-gordura (Melinis minutiflora) e trepadeiras, pode inibir a regeneração natural das espécies arbóreas, mesmo que estejam presentes no banco de sementes ou que cheguem na área, via dispersão. Nestas situações, é recomendada uma intervenção no sentido de controlar as populações de invasoras agressivas e estimular a regeneração natural.

A regeneração natural tende a ser a forma de restauração de mata ciliar de mais baixo custo, entretanto é normalmente um processo lento. Se o objetivo é formar uma floresta em área ciliar, num tempo relativamente curto, visando a proteção do solo e do curso d'água, deve-se adotar técnicas que acelerem a sucessão.

Regeneração artificial - as matas ciliares apresentam uma heterogeneidade florística elevada por ocuparem diferentes ambientes ao longo das margens dos rios. A grande variação de fatores ecológicos nas margens dos cursos d'água resultam em uma vegetação arbustivo-arbórea adaptada a tais variações. Recomenda-se adotar os seguintes critérios básicos na seleção de espécies para recuperação de matas ciliares:

• Plantar espécies nativas com ocorrência em matas ciliares da região; • Plantar o maior número possível de espécies para gerar alta diversidade;

• Utilizar combinações de espécies pioneiras de rápido crescimento junto com espécies não pioneiras (secundárias tardias e climáticas);

• Plantar espécies atrativas à fauna;

• Respeitar a tolerância das espécies à umidade do solo, isto é, plantar espécies adaptadas a cada condição de umidade do solo.

Na escolha de espécies a serem plantadas em áreas ciliares é imprescindível levar em consideração a variação de umidade do solo nas margens dos cursos d'água. Para as áreas permanentemente encharcadas, recomenda-se espécies adaptadas a estes ambientes, como aquelas típicas de florestas de brejo. Já para as áreas livres de inundação, como as mais altas do terreno e as marginais ao curso d'água, porém compondo barrancos elevados, recomenda-se espécies adaptadas a solos bem drenados.

A escolha de espécies nativas regionais é importante, pois tais espécies já estão adaptadas às condições ecológicas locais. No planejamento da recuperação deve-se considerar também a relação da vegetação com a fauna, que atuará como dispersora de sementes, contribuindo com a própria regeneração natural. Espécies regionais, com frutos comestíveis pela fauna, ajudarão a recuperar as funções ecológicas da floresta, inclusive na alimentação de peixes.

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7 imitando, assim, uma floresta ciliar nativa. Florestas com maior diversidade apresentam maior capacidade de recuperação de possíveis distúrbios, melhor ciclagem de nutrientes, maior atratividade à fauna, maior proteção ao solo de processos erosivos e maior resistência a pragas e doenças.

Em áreas ciliares próximas a outras florestas nativas, e quando não se tem disponibilidade de mudas de muitas espécies, plantios mais homogêneos podem ser realizados. Nestas situações, deve ocorrer um enriquecimento natural da área recuperada, pela entrada de sementes vindas das florestas próximas. Entretanto, salienta-se que o aumento da

diversidade nestes plantios homogêneos tende a ser muito lento, podendo ser necessários posteriores plantios de enriquecimento ou até a introdução de sementes.

6 Principais funções das matas ciliares

• Controlar a erosão nas margens dos cursos d´água, evitando o assoreamento dos mananciais;

• Minimizar os efeitos de enchentes;

• Funcionam como corredores ecológicos, ligando fragmentos florestais e, portanto, facilitando o deslocamento da fauna e o fluxo gênico entre populações de espécies animais e vegetais;

• Promovem a integração com a superfície da água, proporcionando cobertura e alimentação para peixes e outros componentes da fauna aquática;

• Manter a quantidade e a qualidade das águas;

• Filtrar os possíveis resíduos de produtos químicos como agrotóxicos e fertilizantes; • Controlar o ciclo de nutrientes na bacia hidrográfica, por meio da ação tanto do

escoamento superficial quanto da absorção de nutrientes do escoamento subsuperficial pela vegetação ciliar;

• Auxiliar na proteção da fauna local;

• Atuar na diminuição e filtragem do escoamento superficial, impedindo ou dificultando o carreamento de sedimentos para o sistema aquático, contribuindo, dessa forma, para a manutenção da qualidade da água nas bacias hidrográficas.

7 Grupo Ecológico

É a estratégia diferenciável das espécies dentro da dinâmica de sucessão florestal. Está relacionado ao comportamento das espécies em relação à exposição à luz, podendo ser classificadas conforme alguns critérios em: pioneiras (P), secundárias iniciais (SI),

secundárias tardias (ST), clímax tolerantes à sombra (CS) e clímax exigentes de luz (CL). Hoje a tendência entre os pesquisadores é classificar as espécies em: pioneiras, clímax tolerantes à sombra e clímax exigentes de luz. (Swaine e Whitemore, 1988).

Várias classificações já foram propostas para as espécies arbóreas, como meio de possibilitar o manuseio do grande número de espécies florestais, mediante seu

agrupamento por funções semelhantes e conforme suas exigências. Alguns critérios, como resposta à luz das clareiras e ao sombreamento, têm sido utilizados. A seguir, um exemplo de classificação adotado em plantios mistos:

Grupo das pioneiras – são espécies arbóreas têm rápido crescimento, germinam e se desenvolvem a pleno sol, portanto, dependentes de luz, apresentam porte médio-baixo, ciclo de vida curto e produzem precocemente muitas sementes pequenas, cuja dispersão se faz por pássaros e ventos. São também denominadas de especialistas de grandes clareiras (> 200m²). Na floresta tropical, ocorrem em pequeno número de espécies, com um grande

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número de indivíduos.

Grupo das climáticas - têm crescimento lento, germinam e se desenvolvem à sombra e produzem sementes grandes, normalmente sem dormência. As espécies deste grupo ocorrem também em pequeno número, com médias e altas densidades de indivíduos. Grupo das secundárias – representam a maioria das espécies e sua principal característica é a capacidade de suas sementes germinarem à sombra, mas requerendo a presença da luz para seu desenvolvimento e apresentam ciclo de vida maior que as pioneiras. São espécies características do dossel ou do estado emergente. São também responsáveis pela alta diversidade das florestas tropicais.

8 Modelos de revegetação

A revegetação objetiva criar condições para que uma área degradada recupere algumas características da floresta original, criando uma nova floresta com características estruturais e funcionais próximas às das florestas naturais.

Alguns aspectos devem ser verificados na tentativa de se estabelecer modelos para a recuperação de áreas degradadas, a começar por levantamentos fitossociológicos regionais em áreas com diferentes graus de preservação, chegando-se a detalhes sobre a biologia de cada espécie sugerida para a utilização nos modelos de recuperação de trechos

degradados (BARBOSA et al., 1989).

Na revegetação deve-se envolver os diferentes grupos ecológicos sucessionais, arranjados de forma tal que suas exigências sejam atendidas pelos modelos. As espécies do estágio inicial de sucessão - as pioneiras ou sombreadoras – são importantes para que as espécies dos estágios finais (não-pioneiras ou sombreadas) tenham condições adequadas para seu desenvolvimento.

Ao adotar-se o modelo de recuperação que utilize maior número de espécies, combinando os diferentes grupos sucessionais, maior será o suporte para a restauração da função ecológica da mata ciliar e de sua sustentabilidade. Napo et al. (1999) ressaltaram ainda que a indução da dinâmica de sucessão secundária, mediante intervenções de plantio, tem apresentado resultados muito favoráveis quanto à recuperação da função e à posterior recuperação da estrutura da floresta.

De acordo com Durigan e Nogueira (1990), as espécies a serem plantadas em cada local devem ser aquelas que ocorrem naturalmente em condições de clima, solo e umidade semelhantes às da área a reflorestar. Assim, a escolha de espécies com base em levantamentos florísticos e fitossociológicos de remanescentes da região e a posterior combinação com grupos de sucessão constituem o procedimento mais indicado para a recomposição de matas ciliares.

Modelo I

Este modelo consiste na implantação de uma linha de pioneiras alternada com uma linha de não-pioneiras. O plantio pode ser simultâneo ou em épocas diferentes. A distribuição das plantas nas linhas pode ser ao acaso, misturando-as antes do plantio, ou numa forma sistemática, colocando as espécies disponíveis numa seqüência estabelecida.

A principal vantagem deste método está na facilidade de implantação, pois incorpora a rotina do produtor no cultivo de qualquer cultura, só exigindo o cuidado de separar os dois grupos nas linhas alternadas. Como desvantagem, se for utilizado o plantio simultâneo, as plantas das não-pioneiras levarão mais tempo para receber sombreamento.

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FIG. 3 Modelo de revegetação com uma linha de pioneiras alternada com uma linha de não-pioneiras.

Fonte: Macedo, 1993. Disponível em: <www.editora.ufla.br/Boletim/pdf/bol_30.pdf>

Modelo II

Neste modelo os grupos de pioneiras e não-pioneiras são alternados na linha de plantio. Na linha seguinte, altera-se a ordem em relação à linha anterior. Dentro de cada um dos

grupos, pode-se distribuir as espécies ao acaso ou sistematicamente, da mesma forma que no modelo anterior.

A grande vantagem desse modelo é a distribuição mais uniforme dos dois grupos na área, promovendo um sombreamento mais regular. No entanto, exige um cuidado maior na implantação dentro e entre as linhas.

FIG. 4 Modelo de revegetação onde os grupos de pioneiras e não-pioneiras são alternados na linha de plantio.

Fonte: Macedo, 1993. Disponível em: <www.editora.ufla.br/Boletim/pdf/bol_30.pdf>

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Modelo III

Este modelo consiste na separação das pioneiras em dois subgrupos, as pioneiras de copa densa e de copa rala. O plantio sistemático dos dois subgrupos vai criar um gradiente de luz para diferentes tipos de não-pioneiras.

A vantagem deste modelo reside na criação de diferentes microclima para satisfazer as exigências dos diferentes tipos de não-pioneiras. Este modelo exige do produtor, além do conhecimento sobre os dois grupos, que saiba proceder à separação das espécies, dentro de cada um deles. Além disso, requer muito mais cuidado na implantação, por se tratar de modelo mais sofisticado.

FIG. 5 Modelo de revegetação: separação das pioneiras em dois subgrupos.

Fonte: Macedo, 1993. Disponível em: <www.editora.ufla.br/Boletim/pdf/bol_30.pdf>

Vale enfatizar que o modelo buscado é aquele em que as matas ciliares e de proteção sejam corredores de ligação das reservas médias e grandes existentes na bacia hidrográfica do local em questão. Assim, nos programas de revegetação, a unidade de trabalho deve ser a bacia hidrográfica.

De acordo com IEF (1994), a maneira mais prática de dispor as mudas no campo é alternando uma linha de espécies pioneiras com outra de espécies secundárias e clímax, conforme o desenho a seguir:

_____P____________P____________P______________ ___________SI___________SI____________C________ _____P___________P_________P__________P_______ __________ST_________SI________C_________SI____ _____P___________P_________P________P_________ Em que:

P= espécie pioneira; SI= espécie secundária inicial; ST= espécie secundária tardia e C= espécie clímax.

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11 Um espaçamento sugerido por diversos pesquisadores, para as covas de plantio, é de três metros entre plantas e de três metros entre linhas, com as espécies clímax no centro, distribuindo-se as pioneiras e as secundárias nas laterais. Da mesma forma, recomenda-se que as mudas destinadas ao plantio sigam a seguinte proporção: 50% de pioneiras, 30% de secundárias iniciais, 10% de secundárias tardias e 10% de espécies clímax (Ferreira e Dias, 2004).

Ao adotar-se o modelo de recuperação que utilize maior número de espécies, combinando os diferentes grupos sucessionais, maior será o suporte para a restauração da função ecológica da mata ciliar e de sua sustentabilidade. Napo et al. (1999) ressaltaram ainda que a indução da dinâmica de sucessão secundária, mediante intervenções de plantio, tem apresentado resultados muito favoráveis quanto à recuperação da função e à posterior recuperação da estrutura da floresta.

De acordo com Durigan e Nogueira (1990), as espécies a serem plantadas em cada local devem ser aquelas que ocorrem naturalmente em condições de clima, solo e umidade semelhantes às da área a reflorestar.

Assim, a escolha de espécies com base em levantamentos florísticos e fitossociológicos de remanescentes da região e a posterior combinação com grupos de sucessão constituem o procedimento mais indicado para a recomposição de matas ciliares.

9 Enriquecimento de florestas secundárias

Enriquecer florestas secundárias é aumentar, através do plantio, a quantidade de espécies de árvores e outras plantas, em determinada área, contribuindo para o incremento da biodiversidade e para a aceleração na regeneração da floresta.

Enriquecer florestas secundárias não significa necessariamente, trazer retorno econômico para os proprietários das áreas. É certo que os proprietários terão inúmeras vantagens ao fazer o enriquecimento de suas florestas secundárias, mas o lucro ou o retorno econômico depende muito do grau de degradação ou do estágio de regeneração em que se encontra a floresta, das condições de solo, do clima local e das espécies utilizadas. Em muitos casos não haverá lucro financeiro imediato.

O envolvimento direto e a participação dos proprietários de terras no trabalho de enriquecimento das florestas secundárias são fundamentais para que eles adquiram conhecimentos sobre as espécies que podem gerar retorno econômico no futuro, sobre aspectos da legislação ambiental, sobre a importância e o valor das florestas e sobre a forma que estas podem ser integradas às demais atividades econômicas da propriedade, desde que manejadas de forma sustentável.

Antes de iniciar o enriquecimento de uma floresta secundária é importante avaliar a situação e o estágio em que se encontra a floresta, para a escolha do método de enriquecimento a ser adotado. A avaliação prévia também vai indicar se será ou não necessário intervir na floresta através do manejo ou corte seletivo de algumas espécies. O manejo, neste caso, é o trabalho preliminar, que vai preparar a floresta secundária para ser enriquecida.

Existem várias formas de enriquecer as florestas secundárias. A escolha da forma adequada a cada situação depende:

• Do grau de degradação e do estágio de regeneração em que se encontra a floresta secundária;

• Dos recursos humanos e financeiros disponíveis;

• Do período desejado para obtenção de retorno econômico;

• Da necessidade de obtenção de subprodutos como lenha e madeira para uso na propriedade;

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• Da intenção de uso futuro da área para manejo sustentável ou apenas para recomposição e preservação da biodiversidade.

É importante ressaltar que a escolha do método a ser adotado implica na maior ou menor necessidade de recursos humanos e financeiros e poderá influenciar diretamente o ritmo de crescimento das espécies já existentes e das plantadas. Na maioria dos casos, para fazer o enriquecimento é necessário realizar manejo, através do corte seletivo de determinadas espécies arbóreas que ocorrem com grande freqüência. Também é necessário manejar os cipós, taquaras e capins que geralmente ocorrem em grande quantidade nas formações secundárias.

O corte seletivo de algumas espécies possibilita maior incidência de luz no interior da floresta, diminui a competição entre as plantas, dando condições para que as árvores existentes e as plantadas se desenvolvam melhor. No corte seletivo devem sempre ser preservados os melhores exemplares de cada espécie, com o objetivo de garantir maior volume e melhor qualidade das árvores para futuros usos.

Com o corte seletivo de árvores pioneiras podem ser obtidos subprodutos como lenha e madeira. Em capoeirões com idade entre 15 e 35 anos obtém-se em média 60m de lenha por hectare. Essa quantidade varia de região para região e também depende das espécies existentes na área sob manejo. Os subprodutos florestais, tais como a madeira proveniente de árvores mortas e caídas e a lenha proveniente do corte seletivo de espécies pioneiras, podem ser utilizados para consumo na propriedade. Isto proporciona renda indireta aos proprietários, que não precisam comprar estes produtos.

10 Processo de implantação de Matas Ciliares

DAVIDE (1999), afirma que a escolha de espécies vegetais para utilização em recuperação de áreas degradadas deve ter como ponto de partida estudos da composição florística das matas remanescentes da região. A partir destes levantamentos, experimentos silviculturais devem ser montados procurando explorar a variação ambiental e níveis de tecnologia, sendo que as espécies pioneiras e secundárias iniciais deverão ter prioridade na primeira fase da seleção de espécies.

A recuperação de áreas de proteção, no caso matas ciliares, pode ser efetuada por meio do plantio de mudas ou de semeadura direta de sementes. Este método consiste no

lançamento das sementes das espécies, previamente selecionadas, diretamente no campo. Embora pouco estudado, é uma técnica promissora, dado o alto custo do plantio por mudas. Com base no exposto, as etapas a seguir devem ser observadas na implantação de um reflorestamento.

10.1 Produção de mudas 10.1.1 Sementes

A revegetação por meio do plantio de mudas é o método mais utilizado no Brasil, embora seja de alto custo.

Deve-se tomar o cuidado na coleta das sementes para a produção de mudas, sendo uma boa prática a marcação de árvores matrizes, que permitirá o monitoramento da produção e da qualidade das sementes.

É de fundamental importância garantir a qualidade da muda utilizada, com o controle adequado no viveiro da propriedade ou pela garantia de qualidade do viveiro onde serão adquiridas (Botelho & Davide, 2002).

10.1.2 Embalagem e substrato

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13 para pequena e média produção.

Dentre os fatores importantes para serem avaliados no processo de produção de mudas de boa qualidade, encontram-se os substratos para o enchimento dos recipientes. o substrato deve ser firme, reter umidade, ser poroso o suficiente para garantir boa aeração e boa drenagem, ser livre de sementes de ervas invasoras, nematóides e patógenos, e fornecer os nutrientes essenciais ao crescimento das mudas. Além disso, precisa fornecer a necessária fixação da planta e sua qualidade deve permanecer a mesma por longo período, a fim de que o processo do sistema de cultivo possa ser padronizado.

10.2 Sistema de plantio

O sistema de plantio varia de acordo com a topografia e a situação de degradação em que se encontra o solo. Quando a área a ser reflorestada encontra-se totalmente desprovida de vegetação e apresenta topografia não muito irregular, usa-se o plantio em linhas com espaçamento de 2 metros entre linhas por 2 metros entre covas. Quando a topografia é muito irregular adota-se o plantio aleatório. Quando existe vegetação em estágio inicial de regeneração ou remanescentes arbóreos, o plantio é feito em faixas com regeneração natural.

As experiências de campo indicam que, para obter o menor custo e melhor incremento do reflorestamento, deve-se utilizar o plantio simultâneo das espécies florestais pioneiras e secundárias tolerantes ao sol e de crescimento rápido. Quando necessário, são realizadas roçadas dos capins e arbustos nas linhas de plantio.

Nas entrelinhas fica a regeneração espontânea sem intervenção. Desta forma garante-se a sucessão vegetal a partir das espécies e sementes já localizadas na área, e uma introdução de espécies ausentes a partir de mudas. A vegetação das entrelinhas ajuda a garantir uma dispersão de sementes de espécies pioneiras, sombra para as espécies secundárias, redução da evapotranspiração pela diminuição do vento e alimentação às abelhas. 10.2.1 Isolamento da área

Impedir o acesso pelo gado, porcos e outros animais à área a ser reflorestada para evitar danos como pisoteio das mudas, compactação do solo e a formação de trilhas que favoreçam a erosão.

10.2.2 Controle de plantas invasoras e pragas

As ervas daninhas e outras invasoras competem por umidade e nutrientes com as mudas, causando diminuição no seu ritmo de crescimento.

As formigas cortadeiras e os cupins podem causar severos danos às mudas em estágio inicial, embora sejam disseminadores de propágulos em condução de regeneração natural. Caso a infestação esteja em níveis elevados é crucial a intervenção com controle químico, conforme as restrições da legislação. Entretanto, mesmo podendo diminuir o ritmo de crescimento das mudas, as gramíneas invasoras contribuem na incorporação de matéria-orgânica, protegem o solo contra erosão, insolação e perda de umidade. Assim, recomenda-se apenas o controle mecânico, com ferramentas manuais ou grades, recomenda-sendo realizados até o estabelecimento dos povoamentos.

10.2.3 Técnicas de plantio 10.2.3.1 Preparo das mudas

Os seguintes cuidados devem ser tomados na preparação das mudas no ato do plantio: • Retirar totalmente o recipiente sem destruir o torrão;

(15)

restante da mistura recobrir o torrão e compactar a terra ao redor do mesmo, deixando o colo da planta rente à superfície do solo, porém com o torrão original recoberto com pequena camada de terra preparada;

• Retirar o excesso de terra da cova e espalhá-la num raio de 30 cm ao redor da planta para propiciar acúmulo e armazenamento de água das chuvas.

FIG. 6 Plantio por coveamento, observando a retirada da embalagem. Fonte: Nappo, Gomes e Chaves, adaptado de IEF, 1994 b. Disponível em: <http://www.editora.ufla.br/Boletim/pdf/bol_30.pdf>.

10.2.3.2 Espaçamento

A Embrapa (1988), para contornar os problemas decorrentes da heterogeneidade existente no germoplasma disponível, sugere espaçamentos iniciais pequenos e desbastes das plantas inferiores, um ou dois anos após o plantio.

Por razões ecológicas e econômicas, Crestana et al. (1993) recomenda espaçamentos de 2,0mx2,0m até 3,3mx3,0m e de 4,0mx10,0m (entre plantas e entre linhas) o que determina uma população de 1000 a 2500 plantas por hectare.

Para os reflorestamentos heterogêneos pode-se adotar um espaçamento inicial de

3,0mx2,0m ou 3,0mx4,0m, com densidades respectivas de 1600 e 830 plantas por hectare; nesse compasso, o povoamento irá se formar mais rapidamente, mesmo havendo falhas no plantio, o que inicialmente poderá ocorrer (CRESTANA et al., 1993).

Um tipo de espaçamento bastante sugerido por diversos pesquisadores para as covas de plantio é de três metros entre plantas e de três metros entre linhas, com as espécies clímax no centro, distribuindo-se as pioneiras e as secundárias nas laterais, recomendando a proporção de 50% de pioneiras, 30% de secundárias iniciais, 10% de secundárias tardias e 10% de espécies clímax (Ferreira e Dias, 2004).

(16)

15

FIG. 6 Espaçamento 3m x 2m (2m entre plantas e 3m entre linhas). Fonte: Nappo, Gomes e Chaves, Adaptado de IEF, 1994 b. Disponível em: <http://www.editora.ufla.br/Boletim/pdf/bol_30.pdf>.

10.2.3.3 Distribuição de Plantio

É a forma como as espécies selecionadas estarão posicionadas uma em relação à outra, podendo ser aleatória, seguir critérios baseados em estudos florísticos e fitossociológicos ou se basear na combinação de grupos de espécies características de diferentes estágios da sucessão secundária. Para tanto, é fundamental avaliar as condições climáticas e biológicas que interferem diretamente com o crescimento e desenvolvimento das plantas. Têm-se observado as seguintes formas de distribuição: aleatória, em blocos homogêneos ou mistos, em quincôncio ou em linhas.

10.3 Tratos culturais

• Roçada dos capins e arbustos nas faixas de cultivo para o plantio. • Coveamento;

• Aplicação e incorporação de adubo orgânico (opcional a critério do proprietário), plantio das mudas florestais nativas;

• Estaqueamento das mudas (opcional) visando sua sustentação e evitando o seu tombamento. Essa prática facilita a manutenção do reflorestamento.

• Coroamento (capina ao redor) das mudas pelo menos duas vezes no primeiro ano e sempre que necessário, a partir do segundo ano.

• Roçadas (capinas de manutenção) nas faixas de cultivo sempre que necessário, especialmente nos três primeiros anos.

• Replantio das mudas no início do segundo ano. As roçadas e o controle de formigas devem ser realizados até o terceiro ano do plantio e a partir daí intervenções são ocasionais. Os reflorestamentos efetuados são acompanhados através de visitas de vistoria para verificar o desenvolvimento das árvores plantadas.

11 Espécies nativas potenciais de uso

A seguir são apresentadas duas tabelas, sendo que a tabela 1 apresenta as características de algumas espécies arbóreas nativas agrupadas, conforme suas exigências quanto aos níveis de luz, em dois grupos: pioneiras, representadas pelas espécies pioneiras e

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secundárias iniciais e não-pioneiras, que são as secundárias tardias e as climáticas. A tabela 2 apresenta as espécies nativas indicadas para a recuperação de matas ciliares, com os respectivos nomes vulgares, o grupo ecológico a que pertencem e a tolerância à umidade do solo. Foram incluídas na lista aquelas espécies que aparecem em destaque na maioria dos estudos fitossociológicos em matas ciliares, e as que a experimentação

científica tem comprovado sua capacidade para recuperar estas áreas.

TAB 1 Características de espécies arbóreas nativas do Brasil, que compõem os diferentes grupos ecológicos.

GRUPO ECOLÓGICO Características Pioneiras Secundárias

Iniciais

Secundárias

Tardias Climáticas

Crescimento muito rápido rápido médio lento ou muito lento

Madeira muito leve leve mediamente dura dura e pesada Tolerância à

sombra muito intolerante intolerante

tolerante no

estágio juvenil tolerante Altura das árvores (m) 4 a 10 20 20 a 30 (alguns até 50) 30 a 45 (alguns até 60) Regeneração banco de

sementes banco de plântulas

banco de plântulas banco de plântulas Dispersão de sementes ampla (zoocoria: alta diversidade de animais); pelo vento, a grande distância restrita (gravidade); ampla (zoocoria: poucas espécies de animais); pelo vento, a grande distância principalmente pelo vento ampla (zoocoria: grandes animais); restrita (gravidade) Tamanhos de

frutos e sementes pequeno médio

pequeno à médio

mas sempre leve grande e pesado Dormência das

sementes

induzida (foto ou

termorregulada) sem sem

inata (imaturidade do embrião) Idade da 1.° reprodução (anos)

prematura (1 a 5) prematura (5 a 10) relativamente tardia (10 a 20) tardia (mais de 20) Tempo de vida (anos) muito curto

(menos de 10) curto (10 a 25) longo (25 a 100)

Muito longo (mais de 20) Ocorrência capoeiras, bordas de matas, clareiras médias e grandes florestas secundárias, bordas de clareiras, clareiras pequenas florestas secundárias e primárias, bordas de clareiras e clareiras pequenas, dossel floresta e sub-bosque florestas secundárias em estágio avançado de sucessão, florestas primárias, dossel e sub-bosque

Fonte: Técnicas de Recuperação de Matas Ciliares. Disponível em: <

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17

TAB 2 Espécies arbustivo-arbóreas recomendadas para recuperação de matas ciliares G.E. = grupo ecológico: P = pioneira; NP = não pioneira; Si = secundária inicial.

Indicação: A = áreas encharcadas permanentemente; B = áreas com inundação temporária; C = áreas bem drenadas, não alagáveis.

Nome Científico Nome Vulgar G.E. Indicação

Acacia polyphylla DC. angico-branco P B, C

Acrocomia aculeata Lodd. ex Mart macaúba, macaúva P B, C

Aegiplila sellowiana Cham. tamanqueira,

papagaio P C

Albizzia hassleri (Chod.) Burkart farinha seca P (Si) C

Albizzia glandulosa Poepp & Endl. tapiá P B, C

Alchornea triplinervia (Spr.) Muell. Arg. tapiá mirim P A, B

Allophylus edulis (A. ST. HIL.) Juss lixeira P C

Amaioua guianensis Aublet café do mato,

marmelada NP C

Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan angico vermelho P (Si) C

Aniba fimula Mez canelinha NP A

Annona cacans Warm. araticum, araticum

cagão NP B, C

Apulea leiocarpa Macbr. garapa NP C

Aspidosperma cylindrocarpum Müell Arg. peroba poca NP B, C

Aspidosperma polyneuron Müell. Arg. peroba rosa NP C

Astronium graveolens Jacq. guaritá,

quebra-machado P (Si) C

Balfourodendron riedelianum Engl. pau marfim P (Si) B, C

Bauhinia forficata Link. unha-de-vaca P (Si) B, C

Blepharocalyx salicifolius (Kunth) Berg. guruçuca NP B, C

Brossimum gaudichaudii Trécul. mamica-de-cadela NP B

Cabrelea canjerana (Veloso) Martins canjerana NP B, C

Calophyllum brasiliensis Camb. guanandi, landi NP A, B

Campomanesia xanthocarpa Berg. gabiroba NP B, C

Cariniana estrellensis (Raddi) O. Kuntze. jequitibá branco NP C

Cariniana legalis (Mart.) Kuntze. jequitibá rosa NP C

Casearia decandra Jacq. pitumba,

guaçatonga, espeto NP B, C

Casearia sylvestris Sw. guaçatonga,

erva-de-lagarto P C

Cassia ferruginea Schard. ex DC. canafístula P (Si) B, C

Cecropia glaziovi Sneth. embaúba vermelha P B, C

Cecropia hololeuca Miq. embaúba branca P B, C

Cecropia pachystachya Trécul. embaúba P A, B

Cedrela fissilis Vell. cedro P (Si) C

Cedrela odorata Ruiz & Pav. cedro do brejo NP A, B

Centrolobium tomentosum Guill. ex Benth araribá P A, B

Cestrum laevigatum Schlecht P A, B

Chorisia speciosa St. Hil. paineira P (Si) B, C

Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichl.)

Engl. guatambú de leite P (Si) B, C

Citronella gongonha (Mart.) Howard congonha NP A, B

Clethra scabra Pers vassourão, canjuja P (Si) A, B

Columbrina glandulosa Perkins saquaragi vermelho,

sobrasil P (Si) C

Copaifera lansdorffii Desf. óleo copaíba,

copaíba NP B, C

(19)

Cordia superba Cham. barbosa,

grão-de-galo P C

Cordia trichotoma Vell. ex Steud. louro-pardo,

canela-batata P (Si) C

Croton florinbundus Spreng. capixingui P C

Croton priscus Müel. Arg. pau-sangue P C

Croton urucurana Baill. sangra d'água,

aldrago P A, B

Cupania vernalis Camb. camboatã P (Si) C

Cytharexyllum myrianthum Cham. pau-viola P A, B

Dendropanas cuneatum Decne. & Planch. maria-mole,

mandioca P (Si) A, B

Duguetia lanceolata St. HIl. pindaíba, biribá NP C

Endlicheria paniculata (Spreng.) J. F. Macb. canela do brejo NP A, B

Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morang tamboril,

orelha-de-negro P (Si) B, C

Erythrina crista-gali L. suinã P A, B

Erythrina falcata Benth. sainã P B

Erythrina speciosa Andrews candelabro, faquinha P A, B

Esenbeckia leiocarpa Engl. guarantã NP C

Eugenia florida DC. guamirim NP A, B

Eugenia uniflora L. pitanga NP C

Euterpe edulis Mart. palmiteiro, jussara NP B

Ficus citrifolia Willd. figueira P (Si) B

Ficus guaranitica Schodat figueira, figueira

branca P (Si) B

Ficus insipida Willd. figueira branca P (Si) A, B

Gallesia intergrifolia (Spreng.) Harms pau d'alho P (Si) B, C

Genipa americana L. genipapo NP A, B

Geonoma brevispatha Barb. Rodr. NP A, B

Gomidesia affinis (Camb.) D. Legr. guamirim NP C

Guapira opposita (Vell.) Reitz. maria-mole P (Si) B, C

Guarea guidonea (L.) Sjeum. marinheiro,

cura-madre NP A, B

Guarea kunthiana A. Juss marinheiro NP A, B

Guatteria nigrescens Mart. pindaíba-preta,

araticum-seco NP C

Guazuma ulmifolia Lam. mutambo P C

Heliocarpus americanus L. jangada P (Si) C

Hyeronima alchorneoides Fr. All. urucurana, licurana P (Si) A, B

Hymenaea coubaril L. jatobá NP B, C

Ilex brasiliensis Loes cana da praia NP A, B

Ilex paraguariensis St. Hil. erva-mate NP A, B

Inga affinis DC ingá, ingá-doce P (Si) A, B

Inga fagifolia Willd. ingá, ingá-feijão P (Si) A, B

Inga luschnatiana Benth. ingá P (Si) A, B, C

Inga marginata Willd. ingá P (Si) A, B

Inga uruguensis Hook. et Arn. ingá P (Si) A, B

Inga vera Willd. ingá P (Si) A, B

Jacaranda macrantha Cham. caroba-do-mato P (Si) A, B

Jacaratia spinosa (Aubl.) A.DC. jaracatiá P C

Lafoensia pacari St. Hil. dedaleiro P (Si) B, C

Lithraea molleoides Engl. aroeira brava P (Si) B

Lonchocarpus muehlbergianus Hass. embira de sapo P (Si) B, C

Luehea divaricata Mart. açoita-cavalo P (Si) B, C

Luhea grandiflora Mart. & Zucc. açoita-cavalo P (Si) C

Machaerium aculeatum Raddi

bico-de-pato,

jacarandá-de-espinho

(20)

19

Machaerium nictitans (Vel.) Benth. bico-de-pato,

jacarandá-ferro P (Si) B, C

Machaerium stipitatum Vog. sapuvinha P (Si) B, C

Maclura tinctoria (L.) Don ex Steud. amoreira P (Si) B, C

Matayba elaeagnoides Radlk. miguel pintado,

pau-crioulo P (Si) B, C

Mauritia flexuosa L. buriti P A, B

Metrodorea stipularis Mart. carrapateira NP C

Myrcia rostrata DC. lanceira,

guamirim-miúdo P B, C

Myrciaria trunciflora Berg. jabuticabeira NP C

Nectandra lanceolata Ness canela-do-brejo NP A, B

Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez canelinha,

canela-preta NP C

Nectandra rigida (H. B. K.) Ness canela-amarela,

canela-ferrugem NP B, C

Ocotea beaulahie Baitello canela NP B, C

Ocotea odorifera (Vell.) J.G. Rohwer canela sassafrás NP C

Peltophorum dubium (Spreng) Taub. angico-cangalha,

canafístula P (Si) C

Pera obovata Baill. pau-de-sapateiro,

cacho-de-arroz NP A, B

Persea pyrifolia Ness. & Mart. ex Ness. maçaranduba NP C

Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr. pau-jacaré P (Si) C

Piptocarpha macropoda Baker pau-de-fumo,

vassoura-preta P C

Platyciamus regnelli Benth. pau-pereira, cataguá NP C

Podocarpus sellowii Klotz. ex Endl. pinheiro-bravo NP B, C

Protium almecega March. almacegueira P (Si) A, B

Protium heptaphyllum (Aubl.) March amescla, almíscega,

breu-vermelho P (Si)

Prunus myrtifolia (L.) Urb. pessegueiro-bravo NP A, B

Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Rob. embiruçu P B, C

Psidium guajava L. goiabeira P B, C

Psychotria sessilis (Vell.) Müell. Arg. cafezinho-do-mato NP C

Rapanea ferruginea (Ruiz & Pav.) Mez azeitona-do-mato,

capororoca P (Si) C

Rapaenea guianensis Aubl. capororoca P A, B

Rapanea umbellata (Mart. ex DC.) Mez capororoca-branca P (Si) A, B, C

Rheedia gardneriana Planch. & Triana bacupari NP B, C

Rollinia sylvatica (A. St. Hil.) araticum-do-mato,

cortiça P (Si) B, C

Rudgea jasminioides (Cham.) Müell. café-do-mato NP C

Sapium glandulatum Pax leiteiro P (Si) B, C

Savia dyctiocarpa Kuhlm. guaraiúva NP B, C

Schefflera morototonii (Aubl.) B. Manguire mandioqueiro,

mandiocão P C

Schinus terebinthifolius Raddi aroeirinha,

aroeira-pimenteira P A, B

Schyzolobium parahyba (Vell.) Blake ficheira, guapuruvu P B, C

Sebastiana brasiliensis Spreng branquilho NP A, B

Sebastiana klotzschiana Müell. Arg. branquilho, capixava NP A, B

Sebastiana serrata (Baill) Müell. Arg. branquilho NP A, B

Seguieria floribunda Benth. limão bravo P (Si) C

Sesbania virgata (Cav.) Pers. P (Si) A, B

Sorocea bonplandii Burger folha de serra NP C

Styrax pohlii A. D. C. benjoeiro, estoraque P (Si) C

Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glass. jerivá, coquinho

babão P (Si) B, C

(21)

Tabebuia chysotricha (Mart. ex DC.) Stanley ipê-tabaco P (Si) C

Tabebuia impetiginosa (Mart.) Standley ipê-roxo P (Si) B, C

Tabebuia umbelata (Sound.) Sand. ipê-amarelo-do-brejo P (Si) A, B

Talauma ovata St. Hil. pinha-do-brejo NP A

Tapirira guianensis Aubl. peito-de-pomba,

pau-pombo P (Si) A, B

Terminalia triflora Griseb pau-de-lança,

amarelinho NP A, B

Trema micrantha Blume crindiúva, trema P C

Trichilia catingua A. Juss. catiguá NP C

Trichilia clausseni C. DC. catiguá vermelho NP C

Trichilia elegans A. Juss. catiguá miúdo NP C

Trichilia pallida Sw. catiguá amarelo,

baga-de-morcego NP B, C

Triplaris brasiliana Cham. pau-formiga P (Si) B, C

Veronia difusa Less. pau-de-fumo,

vassourão-preto P C

Virola oleifera (Schott) A.C. Smith bicuíba NP B, C

Vitex montevidensis Cham. tarumá NP A, B

Xylopia aromatica Baill. primenteira,

pindaíba P (Si) C

Xylopia brasiliensis (L.) Spreng. pindaíba,

asa-de-barata NP B, C

Xylopia emarginata Mart. pindaíba-d'água P (Si) A, B

Zanthoxylum rhoifolium Lam. mamica de porca P (Si) C

Zeyheria tuberculosa (Vell.) Burn. ipê-felpudo,

bolsa-de-pastor P (Si) C Fonte: Técnicas de Recuperação de Matas Ciliares. Disponível em: <

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12 Manutenção

Ao dar início à atividade de revegetação em áreas de florestas de proteção, é importante considerar que, através deste trabalho, somente se estará fornecendo os ingredientes iniciais necessários para o início de um processo de restauração da área. A manutenção e proteção das matas, após essa fase, darão condições para que a natureza se encarregue da continuidade do processo (Macedo, 1993).

As capinas, o controle de formigas cortadeiras, a adubação em cobertura, o reparo de cercas e a reforma de aceiros, são as principais atividades de manutenção. A manutenção deve ser feita apenas quando necessário, por ser uma prática onerosa e, às vezes, de difícil realização.

Conclusões e recomendações

As matas ciliares degradadas, que margeiam os cursos d'água, são áreas que demandam prioridade para as ações de revegetação e/ou enriquecimento. Essas matas têm um papel estratégico na conservação da biodiversidade, na preservação da qualidade da água e para a formação de corredores entre as poucas reservas de matas primárias.

Em um projeto de reflorestamento de área degradada, é fundamental que sejam elaborados estudos florísticos e fitossociológicos nas áreas de matas ciliares remanescentes da região, para identificar as espécies mais adaptadas às condições dos sítios locais. A escolha da metodologia adequada para a recuperação deve ser pautada na avaliação das causas da degradação. Acima de tudo, é importante observar que todo reflorestamento deve ter o acompanhamento de um técnico responsável.

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Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 – Institui o novo Código florestal. Legislação Ambiental do Portal Ambiente Brasil. Disponível em:

<http://www.ambientebrasil.com.br/legislacao/produtos.php>. Acesso em: 07 de fev. 2007.

Ibama – Base de Dados de Legislação Ambiental - apresenta referências dos atos legais, normativos e administrativos relativos à área de meio ambiente e correlatas, emanados da esfera Federal, incluindo os Poderes Executivo e Legislativo e os Órgãos da Administração Direta e Indireta. Armazena leis, decretos-leis, decretos, acordos, portarias, resoluções, convênios etc. Disponível em: http://www.ibama.gov.br/cnia/index.php?id_menu=66 Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais - informações sobre legislação florestal. Disponível em: <http://www.ipef.br/legislacao/>. Acesso em: 07 de fev. 2007.

(24)

23 Instituições/sites relacionadas ao tema

Ministério do Meio Ambiente dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. Disponível em:

http://www.mma.gov.br

Ibama – Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.

http://www.ibama.gov.br/

Instituto Florestal – Pesquisa sobre espécies florestais e técnicas silviculturais para o Estado de São Paulo. Disponível em: http://www.iflorestal.sp.gov.br/institucional/index.asp

Imaflora - Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola. Disponível em:

http://www.imaflora.org/

Embrapa Florestas. Disponível em: http://www.cnpf.embrapa.br/

Instituto Estadual de Florestas (IEF) - propõe e executa as políticas florestais, de pesca e de aqüicultura sustentável. Disponível em: http://www.ief.mg.gov.br/

Todos os sites listados em “Legislação” e “Instituições relacionadas ao tema”.

CEMAC - Centro de Excelência em Matas Ciliares. Disponível em: <

http://www.cemac-ufla.com.br/>. Acesso em: 07 de fev. 2007.

ÁrvoresBrasil - site que apresenta informações sobre as espécies arbóreas brasileiras. Agrupa link's interessantes sobre o assunto. Disponível em:

http://www.arvoresbrasil.com.br/. Acesso em: 07 de fev. 2007.

Publicações de trabalhos técnico-científicos

Revista Scientia Forestalis - http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/

Revista CERNE - trabalhos técnico-científicos originais, inéditos, resultantes de pesquisas ligadas à ciência florestal e áreas afins. http://www.dcf.ufla.br/cerne/

Revista do Instituto Florestal - http://www.iflorestal.sp.gov.br

Referências de projetos de pesquisa em conservação de florestas ciliares

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CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO. São Paulo: Edusp. Cap. 10, p. 159-167. 2000. Paulo: SMA, 2000. p. 158.

FARIA, H.H.; CRUZ, S.F. GARRIDO, M.A. Diagnóstico sócio econômico da microbacia Água da Cachoeira para fins de conservação ambiental. Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v.12, n. 1, p. 47 - 57, 2000.

PAGANO, S.N.; DURIGAN, G. Aspectos da ciclagem de nutrientes em matas ciliares do oeste do Estado de São Paulo, Brasil. In: ____. MATAS CILIARES: CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO. São Paulo: Edusp. Cap. 07, p. 109-123. 2000.

MARTINS, M. E., HONDA, E.A. Caracterização dos parâmetros hidráulicos e de qualidade da água no Ribeirão do Alegre na fase inicial do processo de recuperação de sua sub-bacia Riacho Água da Cachoeira. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL: CONSERVAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS EM BACIAS HIDROGRÁFICAS, 1, 2000, Campinas. Anais... Campinas: UNICAMP, 2000. p. 3.24-3.33.

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25 MATTOS, I. F. A.; DOMINGUES, E. N.; ROSSI, M.; RODRIGUES, S. P. A Evolução do Uso da Terra e seus Impactos em Microbacia Degradada no Município de Paraguaçu Paulista - SP. In: REUNIÃO ANUAL DA SEÇÃO BRASILEIRA DA IAIA, 6, 1997, São Paulo. Anais..., São Paulo: editora?, 1997. p. 04-07.

FIGLIOGLIA, M.B.; FRANCO, G.A.D.C.; DURIGAN, G.; BIRUEL, R.P. Avaliação do

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Nome do técnico responsável Nilva Chaves

Nome da Instituição do SBRT responsável

Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília – CDT/UnB Data de finalização

Referências

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