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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

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Academic year: 2021

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1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

MD. ANTÔNIO AUGUSTO BRANDÃO DE ARAS

PAULO ROBERTO SEVERO PIMENTA, brasileiro, casado, jornalista, portador da cédula de identidade nº 2024323822 – SSP/RS e CPF nº 428449240-34, atualmente no exercício do mandato de Deputado Federal pelo PT/RS e, ainda, Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara Federal, com endereço na Praça dos Três Poderes – Câmara dos Deputados, gabinete 552, Anexo IV, e endereço eletrônico dep.paulopimenta@camara.leg.br, ENIO VERRI, brasileiro, casado, economista, portador da cédula de identidade nº 1973095-6 SSP/PR...., CPF 397.377.059-04, atualmente no exercício do mandato de deputado federal pelo PT/PR, com endereço sito à na Praça dos Três Poderes – Câmara dos Deputados, gabinete 627, Anexo IV, com endereço eletrônico dep.enioverri@camara.leg.br , Brasília (DF) e RUI GOETHE DA COSTA FALCÃO, brasileiro, casado, jornalista, portador do RG 171.369-5, do CPF 614.646.868-15, com endereço na Câmara dos Deputados – Anexo IV – Gabinete 819 – Brasília (DF) e com endereço eletrônico dep.ruifalcao@camara.leg.br, vêm à presença de Vossa Excelência, nos termos legais, propor a seguinte

REPRESENTAÇÃO

Em face do Sr. Paulo Guedes, atualmente no exercício do cargo de Ministro de Estado da Economia e do Sr. Rogério Marinho, atualmente no exercício do cargo de Secretário Especial de Trabalho e Previdência, ambos com endereço na

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2 Esplanada do Ministério, edifício sede do Ministério da Economia nesta capital federal, e ainda o Sr. Renato Rodrigues Vieira, presidente do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, com endereço Setor de Autarquias Sul, Quadra 02 – Bloco O – 10º andar - CEP 70070-946 – Brasília/DF, e-mail: pres@inss.gov.br, tendo em vista a omissão em adotar providências para atendimento das demandas sociais de acesso aos direitos previdenciários e pela adoção de medidas incompatíveis com o padrão constitucional de contratação no serviço público, sem garantia da observância dos princípios constitucionais e da modelagem legal vigentes e vinculantes da Administração na prestação de serviços de natureza essencial, conforme razões de fato e de direito a seguir expostas.

I – Síntese dos fatos.

A sociedade brasileira vem sofrendo com o desatendimento na prestação dos serviços previdenciários exigidos pelo estado na área do direito fundamental à Seguridade Social. É fato público e notório que, ao longo do ano de 2019, o INSS deixou de prestar os serviços de sua competência, onerando os segurados em longas esperas para atendimento que visa o acesso e fruição dos seus direitos previdenciários e assistenciais que são cravados de fundamentalidade, conforme o paradigma constitucional vigente.

O Secretário Especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, sob o comando do Ministro da Pasta, intensificaram sua gestão com vistas a alterações substanciais na concepção, estruturação e organização do sistema de seguridade social. Resultaram dessas deliberações da gestão: Emenda Constitucional nº 103, conhecida como “reforma da previdência” e Medidas Provisórias com escopo de alterar as regras de acesso e fruição dos direitos previdenciários e assistenciais prestados pelo INSS, órgão vinculado ao referido Ministério.

Ocorre que, as alterações formais propostas não foram acompanhadas das correspondentes medidas administrativas necessárias à sua implementação, gerando um passivo agigantado ao longo dos meses, em razão da desídia e omissão dos gestores em providenciarem o devido atendimento aos indivíduos que buscaram e buscam acesso a benefícios previdenciários e assistenciais perante o INSS.

Ressalte-se que esses pleitos sociais têm natureza emergencial, diante da natureza alimentar que define o conceito da maioria dos direitos previdenciários e assistenciais, sendo essa a fonte de sustento de indivíduos e famílias.

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3 Além dos prejuízos sociais, que se somam aos demais problemas nessa área, em razão das rigorosas e restritivas mudanças nas regras de acesso aos direitos nesse campo, nota-se a incompetência omissiva administrativa dos gestores aqui representados, em cumprirem as obrigações atinentes a seus cargos e responsabilidades, permitindo o crescimento do déficit de prestação do serviço.

As notícias publicadas pela imprensa nacional1, mas também reconhecidas pelos Representados, indicam números que comprovam a omissão deliberada dos gestores-representados:

 Em 1º de janeiro de 2019 os pedidos de acesso a benefícios do RGPS - Regime Geral de Previdência Social e do BPC – benefício de prestação continuada da Assistência Social eram no montante de 1.897.606;

 Em julho do mesmo ano, os pedidos sem atendimentos totalizaram 2.561.679;

 Em dezembro de 2019 eram 2.208.886 benefícios estavam à espera de análise.

Conforme outra metodologia de captação de dados, tendo como fonte o Boletim Estatístico da Previdência Social, publicado oficialmente sob responsabilidade dos aqui representados, em janeiro de 2019 havia pendencia de 682.552 requerimentos em análise (Quadro 23 do Boletim do mês de janeiro). Naquele mês, havia semelhante proporção na distribuição dos processos pendentes, tomando como referência o tempo de 45 dias – 47,3% tinham mais de 45 dias e 52,7% tinham até esse número de dias, sendo, portanto, processos mais recentes.

No último Boletim publicado na página oficial da Pasta, referente ao mês de outubro de 2019 (Boletim nº 33 – Quadro 25, página 53), os números são a plena demonstração do comportamento deliberadamente desidioso dos representados em cumprirem suas obrigações funcionais, pois o número de processos que excediam 45 dias de pendência (647.525 mil) era 72% maior do que os requerimentos com tempo inferior a esse padrão de dias (257.256 mil).

Comentarista desses dados, o jornalista Fernando Brito, publicou no blog Tijolaço, uma curiosa conclusão: “o governo pedalou processos para fazer caixa”2.

1 Exemplo de publicidade:

https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/01/08/inss-beneficios-parados-analise.htm

2 Disponível em:

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4 Grave sinalização, considerando o interesse do governo, em especial do ministro da Economia, aqui também representado, em demonstrar resultado financeiros positivos no final do ano, porém, o faz às custas e contra a parcela vulnerável da população, que aguarda do Estado a prestação de serviço que lhe garanta a subsistência.

Registre-se que o governo editou a Medida Provisória 871/2019 criando dois programas de revisão de benefícios: um voltado para aqueles segurados em situação de incapacidade ou doença (1) e outro para análise de benefícios com indícios de irregularidade (2), este direcionado às famílias rurais que produzem em regime de economia familiar, que são segurados especiais, aos idosos e pessoas com deficiência assistidos pelo benefício de prestação continuada - BPC da Assistência Social. Note-se que teve como alvo os segurados mais vulneráveis da Seguridade Social.

O programa especial passou a ser conhecido como “pente fino”, com a possibilidade de suspender o pagamento de benefícios sem que houvesse sequer a oportunidade de prévio conhecimento do atingido por essa ação estatal, sem legítima defesa, sem apuração da consistência das informações suspeitas de irregularidades, sem a garantia do devido processo, enfim, fora dos parâmetros fundamentais de direitos assegurados a qualquer cidadão em razão das disposições constitucionais de direitos fundamentais (art. 5º CF/88). Uma típica ação estatal abusiva, que teve seguimento.

Não é incomum verificar que os “indícios de irregularidades” podem decorrer de erros cadastrais ou materiais e mesmo por ignorância e falta de domínio dos cidadãos sobre as regras. Acrescente-se a isso a dificuldade de grande parte dos beneficiários atingidos pela Medida em compreenderem as novas regras para, com agilidade, disporem de suas defesas e recuperarem seus benefícios.

O déficit de perícias que sacrificam os segurados em situação de incapacidade ou doença, que passaram a ser tratados pelos gestores, a priori, como suspeitos de fraude, permanece, já que terão seus benefícios suspensos até que ocorra a nova perícia que dependerá exclusivamente do próprio Estado em proceder o agendamento.

Na mesma iniciativa, foram criados bônus para técnicos e analistas do INSS pela revisão extra de processos dos novos Programa Especial de revisão de benefício. Também alterada a estrutura de carreira mudando a denominação e o enquadramento, passando a vincular-se ao novo Ministério da Economia.

Era notório o propósito do governo de suprimir o acesso aos direitos previdenciários e assistenciais, possivelmente planejando que a demanda seria

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5 reduzida pela criação de uma narrativa culpabilizadora dos segurados, alegando que recebiam benefícios indevidamente e de forma fraudulenta. No entanto, mesmo com o objetivo de corte no acesso aos serviços e benefícios da Seguridade Social, os legitimados a pleitear o acesso a seus direitos insistiram na demanda e o governo deixou de prestar efetivamente o serviço.

A pressão pública fez com que nesse mês de janeiro de 2020, um ano após o intenso processo de desídia e desatendimento na prestação de serviço essencial e de natureza fundamental para a sociedade, o governo decidiu adotar como medida solucionadora da “fila” de análise de processos, a contratação temporária de um alto contingente de militares, visando o atendimento da população demandante do INSS.

Conforme noticiado em entrevista pelo Secretário Especial Rogério

Marinho e publicado na página eletrônica da Pasta

(

http://www.previdencia.gov.br/2020/01/governo-anuncia-medidas-para-acelerar-acesso-a-beneficios-do-inss/), 7 mil militares da reserva serão convocados e treinados. O representado informa que: a “adesão é voluntária e os selecionados vão receber treinamento e um incremento de 30% na remuneração. Os selecionados atuarão diretamente no atendimento à população, possibilitando o remanejamento de servidores do INSS para a análise de processos”.

Também pretendem revisar os casos de servidores das carreiras do Instituto que estão afastados, inclusive por adoecimento (1.514 servidores do INSS afastados por licença médica).

O anúncio governamental ainda indica a implementação de tal medida com “a redução da burocracia no atendimento aos segurados”. Não explicando o que isso representará, especialmente para a garantia da qualidade e do devido processo legal na prestação do serviço público.

Conforme a mesma notícia publicada pelo governo, atualmente, são 1,3 milhão de pessoas que aguardam análise dos seus pedidos há mais de 45 dias” (grifo nosso).

Note-se que a forma de solução do grave problema gerado pela omissão deliberada dos gestores-representados afronta algumas normas constitucionais, relativas à forma de contratação no serviço público e na prestação de serviços de natureza essencial, por afastar-se da observância dos princípios constitucionais e da modelagem legal vigentes e vinculantes da Administração, pelo que devem ser responsabilizados.

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6 É o que se pretende com a presente iniciativa.

II – Do Direito.

Por não terem cumprido o que determina a Constituição e legislação, os pelo fato de não terem acionado as corretas e tempestivas ferramentas e medidas cabíveis ao enfrentamento do caos gerado, conforme técnica e legalmente o problema de desatendimento exige, devem ser responsabilizados. É o que se requer por esta Douta Procuradoria.

Diferente da postura esperada dos gestores responsáveis pelo assunto na pasta ministerial, as atitudes dos Representados têm impedido ou dificultado o acesso público aos direitos de seguridade social. Tais condutas tipificam, em tese, infrações puníveis, seja na omissão de adoção das ações necessárias para o desempenho regular das atividades do INSS, visando a execução de obrigação constitucional e legal de prestação de serviços, inclusive da preparação institucional diante da estimativa de novas demandas, comuns em tempos de alterações legislativas, como ocorrido em virtude do andamento da proposta de “reforma da previdência” no decorrer do ano de 2019; seja pela desconsideração à exigência de realização de concurso público para suprir o contingente de servidores da carreira específica que responde pela análise dos processos previdenciários.

Destarte, o Art. 37 da CF/88 dispõe sobre os princípios que regem a administração pública direta e indireta, e a esses estão vinculados os gestores públicos: a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, entendidos como princípios expressos. Nas palavras de NEVES e OLIVEIRA3 (2018, pág. 133-134), em relação aos princípios implícitos:

[...] a Administração deve observar outros princípios expressa ou implicitamente reconhecidos pelo ordenamento jurídico (razoabilidade, proporcionalidade, finalidade pública, continuidade, autotutela, consensualidade/participação, segurança jurídica, confiança legítima, boa-fé, dentre outros.

3 Manual de improbidade administrativa: direito material e processual / Daniel Amorim Assumpção Neves,

Rafael Carvalho Rezende Oliveira. – 6.ª ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.

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7 Ainda sobre a preservação do interesse público, a atuação dos Representados deveria sempre estar voltada para a coletividade, senão suas condutas configuram atos típicos de desvio de finalidade, como assevera CARVALHO FILHO. Em relação ao princípio da precaução, destacamos as palavras do autor (2018, pág. 91):

[...] o axioma tem sido invocado também para a tutela do interesse público, em ordem a considerar que, se determinada ação acarreta risco para a coletividade, deve a Administração adotar postura de precaução para evitar que eventuais danos acabem por concretizar-se. Semelhante cautela é de todo conveniente na medida em que se sabe que alguns tipos de dano, por sua gravidade e extensão, são irreversíveis ou, no mínimo, de dificílima reparação.

Ainda a postura dos Representados é flagrante abuso de autoridade, seja sobre os servidores da carreira do INSS, seja contra a cidadania demandante, pois os atos praticados, omissivos e depois ativos, atentam contra direitos e garantias desses servidores e das pessoas que estão sofrendo pela incompetência dos Representados, nos termos dos art. 3º, alínea “j” e art. 4º, alínea “h”, ambos da Lei nº 4.898, de 1965:

Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: (...)

j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional.

Art. 4º Constitui também abuso de autoridade: ...

h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal;

Configura também violação ao art. 1º da Lei 8.429/1992, pois o dispositivo determina que os atos de improbidade praticados por qualquer agente público sejam punidos na forma da lei, para, em seguida, o art. 4º dispor que os agentes públicos, de qualquer nível ou hierarquia, serão obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhes são afetos.

É inconteste também o enquadramento da conduta dos representados na violação da eficiência e da legalidade, além da lealdade a que deveria prestar à sociedade civil legitimada a receber serviço público de qualidade e tempestivamente, configurando conduta improba prevista no art. 11 da citada Lei.

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8 Princípios fundamentais norteiam a conduta do agente público e sua desobediência indigna aos cidadãos. No que tange à Seguridade Social, a Constituição Federal Brasileira de 1988 traz o conceito do direito à seguridade social e a um padrão de vida adequado. Tal concepção já constava na Declaração Universal dos Direitos Humanos (artigos 22 e 25), de 1948, e também no Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, de 1966 (que entrou em vigor em 1976). Todo o acervo do Estado do bem-estar social desenvolvido no Século XX tinha atenção para a criação de garantias voltadas à proteção da classe trabalhadora quando envolvida em circunstâncias de vulnerabilidade ou afastamento das condições de prover a própria subsistência, cada país estabelecendo a sua formatação, inclusive quanto aos tipos de benefícios com caráter contributivo ou não.

Considerando que direitos instituídos são decorrentes de uma relação jurídica perfeita, geradora de responsabilidades entre as partes e da legítima expectativa de acesso a esses direitos estão presentes os elementos conformadores de proteções diversas do/a segurado/a da previdência. Atendidas as exigências específicas para acesso a cada direito previdenciário, não há que se falar em impedimentos posteriores.

Na modalidade omissiva, em tese perpetrada pelo Ministro Representado e por todos que têm o dever legal de prestar o serviço que garante acesso ao direito fundamental, a conduta omissa dessas autoridades configura também infração administrativa tipificada na mesma lei de Improbidade Administrativa (Art. 11 da Lei nº 8.429, de 1992):

“(...)

Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

(...)

II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

Destarte, ao contrário dos particulares, que podem gerir sua vida como bem lhes aprouver, os agentes públicos, em sua vida funcional, estão balizados por poderes e deveres. Em sendo assim, no momento em que o ordenamento atribui poderes aos agentes públicos, cobra-lhes o dever de escorreito desempenho das funções.

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9 "a probidade administrativa é uma forma de moralidade administrativa que mereceu consideração especial da Constituição, que pune o ímprobo com a suspensão de direitos políticos (art. 37, § 4º). A probidade administrativa consiste no dever de o 'funcionário servir a Administração com honestidade, procedendo no exercício das suas funções, sem aproveitar os poderes ou facilidades delas decorrentes em proveito pessoal ou de outrem a quem queira favorecer'. O desrespeito a esse dever é que caracteriza a improbidade administrativa. Cuida-se de uma imoralidade administrativa qualificada" (Curso de direito constitucional positivo, Malheiros, 2005, 24ª ed., p. 669).

Portanto, "se a finalidade colimada ao praticar o ato administrativo é ilegal ou irregular, a moralidade administrativa é imediatamente atingida, [...] Fins e meios não podem ser estranhos entre si. Sua incompatibilidade denota improbidade administrativa" (FAZZIO JÚNIOR, Valdo. Improbidade Administrativa. 4ª ed. - São Paulo: Editora Atlas, 2016. p. 320).

Entendem os Representantes, desta feita, que as ações adotadas pelos Representados configuram, em toda sua essência, atos afrontosos à probidade administrativa e ofensivos aos princípios constitucionais a que estão vinculados.

III – Do pedido.

Diante do exposto e considerando a gravidade dos fatos relatados, requer:

a) abertura de procedimento civil pertinente à apuração das responsabilidades pelos eventos narrados na presente peça, em toda a extensão dos fatos noticiados e outros que sejam correlacionados, inclusive para averiguação da prática de improbidade administrativa,

b) Apuração de eventuais crimes em relação às irregularidades omissivas e comissivas indicadas, e;

c) providências de acompanhamento dos atos dos gestores representados da solução mais adequada e necessária a fim de garantir a fruição dos direitos dos segurados da preciosa Seguridade Social brasileira, evitando-se novas condutas irregulares, para garantia, em função do exercício de fiscalização e mediação de conflitos típicos do Ministério Público.

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10 d) adoção de medidas cautelares com vistas a obrigar, de imediato, a tomada de providências legais por parte das autoridades aqui representadas para o real e pertinente objetivo a que se presta o INSS, no atendimento das demandas sob análise naquele órgão.

Requer-se que todas as providências adotadas sejam comunicadas aos Deputados-Representantes, nos endereços eletrônicos informados.

Termos em que

Pede e espera deferimento

Brasília (DF), 15 de janeiro de 2020.

PAULO PIMENTA

Líder do Partido dos Trabalhadores – PT/RS

ENIO VERRI RUI FALCÃO Deputado Federal – PT/PR Deputado Federal – PT/SP

Ao Senhor

Antônio Augusto Brandão de Aras Ministério Público Federal

Procurador-Geral da República.

SAF Sul Quadra 4 Conjunto C – 70050-900. Brasília (DF).

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