Físico-Química I
Físico-Química I
Introdução à Termodinâmica
Introdução à Termodinâmica
Termodinâmica Química: Conservação de Energia
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Termodinâmica Química: Conservação de Energia
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• CONTEÚDO
– Gases
–Termodinâmica Química: Conservação de Energia
•Introdução: Calor e trabalho, processos reversíveis e irreversíveis, função de estado, diferencial exata e inexata, equilíbrio térmico e lei zero da termodinâmica.
•Primeira Lei: Bases empíricas, energia interna, aplicações a gases ideais, processos isobáricos, isocóricos, isotérmicos e adiabáticos, função entalpia, capacidade térmica. •Termoquímica: Medidas calorimétricas, calor de reação,
estado padrão, calor de reação lei de Hess.
– Espontaneidade & Equilíbrio
– Equilíbrio Químico
Programa da Disciplina: Conteúdo
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Termodinâmica Química: Conservação de Energia
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• Termodinâmica: Introdução
– Relaciona as propriedades macroscópicas de um sistema com seu comportamento nos processos físicos e químicos.
➔ Propriedades macroscópicasPropriedades macroscópicas: definem o estado de um sistema (ex.: pressão, volume e temperatura).
➔ Propriedades microscópicasPropriedades microscópicas: a Termodinâmica não faz suposições sobre a estrutura molecular da matéria.
➔ A termodinâmica está relacionada com as seguintes questões:
• Uma determinada transformação (química ou física) pode ocorrer? [Resposta: Primeira Lei]
• Em caso afirmativo, qual o sentido espontâneo? [Resposta: Segunda Lei]
Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
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Termodinâmica Química: Conservação de Energia
Termodinâmica Química: Conservação de Energia
• Termodinâmica: Introdução
– A caracterização de sistemas termodinâmicos é feita mediante a investigação de suas propriedades.
➔ Propriedades Intensivas:Propriedades Intensivas não dependem da extensão do sistema. Exs.: pressão, temperatura e densidade.
➔ Propriedades Extensivas:Propriedades Extensivas dependem da extensão do sistema. Exs.: massa, volume e quantidade química.
➢ É sempre possível definir propriedades intensivas a partir de propriedades extensivas.
Ex.: volume molar.
Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
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• Termodinâmica: Introdução
– A caracterização de sistemas termodinâmicos é feita mediante a investigação de suas propriedades.
➔ Função de Estado Termodinâmico:Função de Estado Termodinâmico propriedade do sistema caracterizado por um valor numérico bem definido para cada estado e independente da maneira como este foi obtido. Exs.: pressão, volume e temperatura.
➔ As funções de estado, que caracterizam o estado do sistema, não são independentes entre si. Ex.: pV = nRT.
➔ Quando o sistema é modificado as variações nas funções de estado dependem apenas dos estados inicial e final.
Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
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Termodinâmica Química: Conservação de Energia
Termodinâmica Química: Conservação de Energia
• Termodinâmica: Introdução
– A caracterização de sistemas termodinâmicos é feita mediante a investigação de suas propriedades.
➔ Função de Estado Termodinâmico:Função de Estado Termodinâmico propriedade do sistema caracterizado por um valor numérico bem definido para cada estado e independente da maneira como este foi obtido. Exs.: pressão, volume e temperatura.
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• Sistema & Vizinhanças
– É importante definir claramente as fronteiras que delimitam o sistema sob investigação.
➔ SistemaSistema: parte do Universo que é objeto de estudo e é separada da vizinhança mediante fronteiras (reais ou fictícias).
➔ VizinhançaVizinhança: parte externa ao sistema onde são realizadas as observações e medidas.
➔ UniversoUniverso: diz respeito ao conjunto formado pelo sistema e suas vizinhanças.
Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
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• Sistema & Vizinhanças
– As fronteiras que delimitam o sistema podem ser classificadas quanto à possibilidade de passagem de energia.
➔ DiatérmicaDiatérmica: permitem a troca de energia com as vizinhanças.
➔ AdiabáticaAdiabática: não permitem a troca de energia. Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
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• Sistema & Vizinhanças
– De acordo com as fronteiras os sistemas são classificados quanto à troca de energia e matéria com as vizinhanças.
➔ AbertoAberto: troca de energia e matéria com as vizinhanças.
➔ FechadoFechado: apenas troca de energia com as vizinhanças.
➔ IsoladoIsolado: não possibilita a troca de energia nem de matéria. Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
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• Processos Físicos & Químicos
– A caracterização de processos (ou transformações) é feita de acordo com a troca de calor entre sistema e vizinhanças.
➔ Processo Endotérmico:Processo Endotérmico o sistema absorve calor das vizinhanças. Ex.: fusão do gelo.
➔ Processo Exotérmico:Processo Exotérmico o sistema libera calor para as vizinhanças. Ex.: reação de combustão.
“Endo” Para dentro. “Exo” Para fora.
➢ Afinal, o que é calor?calor
➢ Qual a relação com o conceito de temperatura?temperatura Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
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• Equilíbrio Termodinâmico
– O conceito de equilíbrio termodinâmico pode ser dividido em três tipos:
➔ Mecânico:Mecânico não há forças resultantes agindo no sistema, de modo que não há aceleração nem turbulências no seu interior.
Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
Equilíbrio Mecânico
Equilíbrio Mecânico
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• Equilíbrio Termodinâmico
– O conceito de equilíbrio termodinâmico pode ser dividido em três tipos:
➔ Mecânico:Mecânico não há forças resultantes agindo no sistema, de modo que não há aceleração nem turbulências no seu interior.
➔ Térmico:Térmico não há mudança nas propriedades do sistema e sua vizinhança quando separados por uma parede diatérmica.
➔ Químico:Químico não há mudança de fase ocorrendo no sistema nem qualquer transferência de matéria de uma parte para outra. (Neste equilíbrio, também chamado materialmaterial, as concentrações das espécies químicas em todas as regiões de cada fase do sistema são constantes no tempo).
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• Equilíbrio Termodinâmico
–Reversibilidade e EquilíbrioReversibilidade e Equilíbrio: Em Termodinâmica os conceitos de reversibilidade e equilíbrio são fundamentais:
➔ Uma transformação é reversível quando o seu sentido pode ser invertido pela modificação infinitesimal de uma variável.
➔ Diz-se que um sistema está em equilíbrio com suas vizinhanças quando:
Uma variação infinitesimal de uma propriedade em uma direção provoca uma variação no estado do sistema; e Uma variação infinitesimal desta propriedade na direção oposta provoca uma variação no estado no sentido oposto.
Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
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• Equilíbrio Termodinâmico
–Reversibilidade e EquilíbrioReversibilidade e Equilíbrio: Em Termodinâmica os conceitos de reversibilidade e equilíbrio são fundamentais:
➔ É importante perceber que reversibilidade e equilíbrio são conceitos distintos, porém relacionados:
➔ Ex.: dois corpos A e B estão em equilíbrio térmico quando não há mudança nas propriedades quando em contato diatérmico.
Uma variação infinitesimal de temperatura em uma direção (ex.: TA > TB) provocará uma transferência reversível de
energia em um sentido (neste caso, calor fluirá de A para B). Se a variação infinitesimal de temperatura se inverter (ex.: TA < TB) a transferência reversível de energia também
inverterá o seu sentido (neste caso, calor fluirá de B para A).
Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
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• Lei Zero da Termodinâmica: Equilíbrio Térmico
– O equilíbrio térmico é atingido quando não há mudança de estado entre corpos em contato por uma fronteira diatérmica.
➔ O conceito de temperaturatemperatura deriva da observação experimental de que uma alteração de estado físico de uma amostra pode ocorrer quando esta entra em contato com outro corpo.
➔ A mudança de estado físico é interpretada como consequência do fluxo de energiafluxo de energia (calorcalor) de um corpo para outro, e a temperatura é a propriedade que indica o sentido do fluxo:
➢ Se a energia passa de um corpo A para um corpo B quando estes estão em contato, diz-se que a temperatura de A é mais elevada que a de B.
Termodinâmica: Lei Zero
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• Lei Zero da Termodinâmica: Equilíbrio Térmico
– O equilíbrio térmico é atingido quando não há mudança de estado entre corpos em contato por uma fronteira diatérmica.
➔ O conceito de temperaturatemperatura deriva da observação experimental de que uma alteração de estado físico de uma amostra pode ocorrer quando esta entra em contato com outro corpo.
➔ A mudança de estado físico é interpretada como consequência do fluxo de energiafluxo de energia (calorcalor) de um corpo para outro, e a temperatura é a propriedade que indica o sentido do fluxo:
➢ Por outro lado, se não ocorrer fluxo de energia entre os dois corpos, diz-se que A e B estão em equilíbrio térmico, o que é salientado pela ausência de mudança de estado. [Ex.: V = cte]
Termodinâmica: Lei Zero
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• Lei Zero da Termodinâmica: Equilíbrio Térmico
– O equilíbrio térmico é atingido quando não há mudança de estado entre corpos em contato por uma fronteira diatérmica.
➔ O conceito de temperaturatemperatura deriva da observação experimental de que uma alteração de estado físico de uma amostra pode ocorrer quando esta entra em contato com outro corpo.
Termodinâmica: Lei Zero
Equilíbrio Térmico
Equilíbrio Térmico
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• Lei Zero da Termodinâmica: Equilíbrio Térmico
– O equilíbrio térmico é atingido quando não há mudança de estado entre corpos em contato por uma fronteira diatérmica.
➢ A Lei Zero da TermodinâmicaLei Zero da Termodinâmica pode ser enunciada como: “Se A está em equilíbrio térmico com B, e B está em equilíbrio térmico com C, então A está em equilíbrio térmico com C.”
➔ A lei zero é a base do conceito de temperatura e justifica o uso do termômetro como instrumento de medida de temperatura.
Termodinâmica: Lei Zero
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• Lei Zero da Termodinâmica: Equilíbrio Térmico
–Observações: Aplicação da Lei Zero
➔O princípio zero fornece uma definição operacional de temperatura
que não depende da sensação fisiológica de “quente” ou “frio”: define-se temperatura como a propriedade que caracteriza o equilíbrio térmico, situação na qual não ocorrem mudanças de estado físico quando dois corpos A e B estão em contato através de uma barreira diatérmica.
➔Por exemplo, digamos que A seja um corpo qualquer e que B seja
um capilar de vidro contendo Hg. Quando o corpo A estiver em contato com B quanto a coluna de líquido possuir um certo comprimento ℓ, quando o corpo B estiver em contado com outro corpo C e a coluna possuir o mesmo comprimento ℓ, pode-se prever que quando A e C estiverem em contato através de uma barreira diatérmica não haverá fluxo de calor entre os corpos e, portanto, não ocorrerá mudança de estado físico.
Termodinâmica: Lei Zero
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• Lei Zero da Termodinâmica: Equilíbrio Térmico
–Observações: Definição de Escalas de Temperatura ➔Escolhe-se um sistema de referência que possua uma propriedade
fácil de ser medida e que varie com a temperatura. O sistema de referência deve ter composição e pressão fixas. Além disso, a substância contida no termômetro deve se expandir ao ser aquecida. O estado atingido com a expansão deve ser único (p e V
característicos).
➢ A água líquida (1 atm) não é apropriada como termômetro pois
uma massa fixa a 3 °C possui o mesmo volume que a 5 °C.
➢ Como o Hg líquido sempre se expande quando aquecido, uma
quantidade fixa deste metal pode ser escolhida como a substância usada no termômetro.
Termodinâmica: Lei Zero
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• Lei Zero da Termodinâmica: Equilíbrio Térmico
–Observações: Definição de Escalas de Temperatura ➔A cada volume Vr de uma quantidade fixa de Hg líquido (substância
arbitrária) no termômetro atribui-se uma (e apenas uma) temperatura θ. A maneira utilizada para fazer isso é completa-mente arbitrária, e a forma mais simples consiste em supor que θ
seja uma função linear de Vr, na forma:
Sendo conhecidos a, b e Vr (medidos experimentalmente)
define-se θ. Utilizando o comprimento da coluna do líquido (ℓ) e a área da seção transversal (A, que aqui se assume ser aproximadamente independente da temperatura), tem-se:
Termodinâmica: Lei Zero
θ =aVr+b⇔Vr=α θ + β,α =1/a ,β = −b/a (Charles)
θ =a(Aℓ) +b=cℓ+b , c=aA
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• Lei Zero da Termodinâmica: Equilíbrio Térmico
–Observações: Definição de Escalas de Temperatura ➔A escala de temperatura Celsius é definida de modo que o zero da
escala (0 °C) corresponde ao ponto de equilíbrio entre o gelo puro e a água líquida (saturada com ar) a 1 atm de pressão, e o valor 100 da escala (100 °C) a temperatura de equilíbrio entre a água líquida pura e o vapor de água a 1 atm (ponto de ebulição normal da água). A escala é dividida em 100 partes iguais (escala centígrada), e cada intervalo corresponde a 1 °C na escala. Como a escala é linear, uma altura que seja a metade da obtida a 100 corresponde a uma temperatura de 50 °C, e assim por diante.
Termodinâmica: Lei Zero
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• Lei Zero da Termodinâmica: Equilíbrio Térmico
–Observações: Definição de Escalas de Temperatura ➔Entretanto, se for escolhida outra substância que não o Hg líquido,
o volume da coluna de líquido ainda aumentaria com a temperatura, porém líquidos diferentes se expandem de modo diferente, de modo que as temperaturas medidas com outras substâncias (por exemplo, etanol) seriam diferentes, exceto nos pontos de referência. Embora seja possível escolher uma escala não-linear, o ponto importante é que a medida da temperatura é bastante arbitrária!
➔Apesar de os valores numéricos da temperatura serem arbitrários
(isto é, dependentes da escala), a lei zero assegura que a escala de temperatura cumpre sua função de informar se dois sistemas estão ou não em equilíbrio térmico.
Termodinâmica: Lei Zero
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• Lei Zero da Termodinâmica: Equilíbrio Térmico
–Observações: Definição de Escalas de Temperatura ➔No entanto, uma vez que a temperatura é um conceito
fundamental em termodinâmica, é natural assumir que a mesma pode ser formulada de uma forma menos arbitrária.
➔Define-se a escala de temperatura absoluta do gás ideal impondo que a relação:
deva ser válida no limite de baixas pressões, com o parâmetro a
sendo uma constante para uma quantidade fixa de gás sob pressão constante. Nestas condições qualquer gás pode ser usado.
Termodinâmica: Lei Zero
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• Lei Zero da Termodinâmica: Equilíbrio Térmico
–Observações: Definição de Escalas de Temperatura ➔A base para esta escolha é que, no limite de baixas pressões,
todos os gases mostram o mesmo comportamento (linear) para
T×Vm (lei de Charles) e Vm 0 quando → θ -273,15 → °C. Portanto,
para conseguir uma escala de temperatura que seja independente da substância empregada na calibração pode-se definir uma escala de temperatura a partir do gás ideal. O zero da escala coincide com a temperatura que na qual o volume do gás seria nulo (obtido por extrapolação), uma vez que é bastante provável que a temperatura na qual um gás ideal teria volume nulo deve ser uma propriedade fundamental. Para completar a definição é preciso determinar o parâmetro a, tomando um ponto de referência e definindo a sua temperatura.
Termodinâmica: Lei Zero
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• Lei Zero da Termodinâmica: Equilíbrio Térmico
–Observações: Definição de Escalas de Temperatura ➔O ponto escolhido é o ponto triplo da água e a sua temperatura
absoluta (T3) é definida exatamente como 273,16 K:
Logo, a seguinte equação define a temperatura na escala termodinâmica (para uma quantidade fixa de gás a p constante):
onde o limite é assumido de modo a garantir a validade do comportamento do gás ideal.
➔Como se chega a este limite? Termodinâmica: Lei Zero
T3=aV3=273,16K ⇒a=273,16K/V3
T=
(
273,16KV3
)
V = (273,16K)(
VV3
)
⇒T= (273,16K)limp→0(
V V3
)
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• Lei Zero da Termodinâmica: Equilíbrio Térmico
–Observações: Definição de Escalas de Temperatura ➔Toma-se uma quantidade fixa de um gás a uma determinada
pressão (ex.: 200 torr). Este gás é então posto em equilíbrio térmico com o corpo cuja temperatura (T) se deseja medir, mantendo-se p constante (em 200 torr) e medindo-se o volume V
do gás. O termômetro a gás é então posto em equilíbrio térmico com água no seu ponto triplo (273,16 K), ainda mantendo p
constante (200 torr), o volume do gás no ponto triplo (V3) é
medido e a razão V/V3 é calculada. Em seguida, a pressão do gás é
reduzida (ex.: 150 torr) e o procedimento é repetido.
Termodinâmica: Lei Zero
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• Lei Zero da Termodinâmica: Equilíbrio Térmico
–Observações: Definição de Escalas de Temperatura ➔Este procedimento é repetido para pressões sucessivamente
menores, e as razões V/V3 são calculadas para cada uma das
pressões. Em seguida, faz-se um gráfico de (V/V3)×p, o qual é
extrapolado para p →0. O ponto em que o gráfico toca o eixo V/V3
fornece o valor limite de V/V3, isto é, V/V3(p→0). A multiplicação
deste limite por 273,16 K fornece a temperatura absoluta T do corpo em questão.
➢Ex.: Dois termômetros a gás (a p constante), um de N2 e outro de
He, foram utilizados para a determinação do ponto normal de ebulição da água (pne), e forneceram, após a extrapolação:
Vpne/V3(p→0) = 1,36595
∴T = 1,36595×273,16 K = 373,12 K = 99,97 °C.
Termodinâmica: Lei Zero
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Termodinâmica: Lei Zero
Fim da Parte 1
Fim da Parte 1
Lei Zero da Termodinâmica: Conceitos
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Termodinâmica Química: Conservação de Energia
• Calor & Trabalho
–Calor (Calor (qq)): Energia transferida de um sistema a outro devido a uma diferença de temperatura.
➔ Faz uso do movimento caótico da matéria nas vizinhanças (movimento térmico).
➔ Caloria (cal): quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de 1g de água de 14,5 °C para 15,5 °C.
1 cal = 4,184 J (termodinâmica, exato) 1 Cal = 1 kcal (alimentar)
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Termodinâmica Química: Conservação de Energia
• Calor & Trabalho
–Trabalho (Trabalho (ww)): Energia transferida de um sistema a outro por meio de uma conexão mecânica ou elétrica.
➔ Faz uso do movimento ordenado da matéria nas vizinhanças.
➔ Devido ao trabalho um corpo pode ser deslocado contra uma força que se opõe ao movimento.
➔ A unidade de trabalho é definida em termos do deslocamento provocado por uma força.
1 J = 1 N·m = 1 kg·m2·s-2.
Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
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• Calor & Trabalho
–Convenção de SinaisConvenção de Sinais: Por convenção, considera-se que a energia (na forma de calor ou de trabalho):
➔ É positiva quando é adicionada ao sistema; E negativa quando é retirada do sistema.
➢ q > 0: Energia entra no sistema sob a forma de calor; q < 0: Energia sai do sistema sob a forma de calor.
➢ w > 0: Trabalho é realizado sobre o sistema; w < 0: Trabalho é realizado pelo sistema.
–NotaNota: Esta é a convenção adotada pelos químicos. Nota: A convenção adotada pelos físicos é diferente...
Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
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• Calor & Trabalho
–A Medida do TrabalhoA Medida do Trabalho:
O trabalho w realizado por uma força (externa ao sistema) e que promove um deslocamento é calculado como:
➔ Ex.1Ex.1: Trabalho para elevar uma massa m a uma altura h contra a força da gravidade com aceleração g:
➔ Ex.2Ex.2: Trabalho realizado sobre o sistema em uma compressão ou expansão contra uma pressão externa pex constante:
Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
w=força× deslocamento
w=P × h=mgh
w= −pexΔV
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Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
• Ex.#1: Cálculo do trabalho realizado por uma força.
– Em uma compressão/expansão irreversível, a pressão p do gás difere da pressão externa pex por uma quantidade finita. A
compressão/expansão irreversível contra uma pressão externa compressão/expansão irreversível contra uma pressão externa constante
constante é dada por:
Nota: desprezando o peso do pistão e as forças de atrito.
w= −pexΔV
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Termodinâmica Química: Conservação de Energia
Termodinâmica Química: Conservação de Energia
Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
• Ex.#1: Cálculo do trabalho realizado por uma força.
– Em uma compressão/expansão irreversível, a pressão p do gás difere da pressão externa pex por uma quantidade finita. A
compressão/expansão irreversível contra uma pressão externa compressão/expansão irreversível contra uma pressão externa constante
constante é dada por:
Nota: desprezando o peso do pistão e as forças de atrito.
➔Obs.:
Na compressão: Vf < Vi ∆V < 0 w > 0 (sobre o sistema).
Na expansão: Vf > Vi ∆V > 0 w < 0 (pelo sistema). w= −pexΔV
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Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
• Ex.#2: Cálculo do trabalho realizado por uma força.
– Uma reação química ocorre em um vaso de seção reta uniforme, de 100 cm2, provido de pistão. Devido a reação o pistão se desloca 10,0 cm contra uma pressão externa de 100 kPa. Calcule o trabalho realizado pelo sistema. Nota: desprezando o peso do pistão e as forças de atrito.
Resp.: -1,00x102 J.
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Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
• Ex.#3: Cálculo do trabalho realizado por uma força.
– Em uma compressão/expansão reversível, a pressão p do gás é equilibrada pela pressão externa pex, e se assume que
existam apenas diferenças “infinitesimais” entre as pressões. A compressão/expansão isotérmica reversível
compressão/expansão isotérmica reversível é dada por: Nota: assumindo comportamento de gás ideal.
➔Obs.:
Na compressão: Vf < Vi ln(Vf/Vi) < 0 w > 0.
Na expansão: Vf > Vi ln(Vf/Vi) > 0 w < 0. dw= −pexdV≃−pdV⇒w= −
∫
Vi Vf
(
nRTV
)
dV ⇒ w= −nRTln(
Vf Vi)
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• Ex.#4: Cálculo do trabalho realizado por uma força.
– Calcule o trabalho realizado quando 1,0 mol de Ar(g), confinado
em um cilindro de 1,0 L a 25 °C, se expande isotérmica e reversivelmente até o volume de 2,0 L.
Nota: assumindo comportamento de gás ideal.
Resp.: -1,7 kJ.
w= −nRTln
(
Vf Vi)
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• Ex.#5: Cálculo do trabalho de expansão.
– (a) Calcule o trabalho realizado por 1,00 mol de gás ideal a 298 K quando este se expande isotérmica e irreversivelmente contra uma pressão externa constante e igual à pressão final do gás e o volume final seja o dobro do inicial.
(b) Calcule o trabalho se a mesma expansão for realizada isotérmica e reversivelmente.
Nota: O trabalho realizado pelo gás é máximo no caso reversível.
Resp.: (a) wirrev = -1,24 kJ; (b) wrev = -1,72 kJ.
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Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
• Ex.#6: Cálculo do trabalho de expansão.
– (a) Calcule o trabalho realizado sobre 1,00 mol de gás ideal a 298 K quando este se comprime isotérmica e irreversivelmente contra uma pressão externa constante e igual à pressão final do gás e o volume final seja metade do inicial.
(b) Calcule o trabalho se a mesma compressão for realizada isotérmica e reversivelmente.
Nota: O trabalho realizado sobre o gás é mínimo no caso reversível.
Resp.: (a) wirrev = +2,48 kJ; (b) wrev = +1,72 kJ.
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• Resumo: Cálculo do trabalho realizado por uma força.
– A partir da expressão geral para o cálculo do trabalho:
derivam-se as expressões para o cálculo do trabalho em diferentes tipos de processos:
dw= −pexdV⇒w= −
∫
pexdVDefinição Geral:
Isobárico: pex=const.⇒ w= −pexΔV
Isocórico: V=const.⇒ w=0
Espansão Livre:pex=0 ⇒ w=0
Adiabático: q=0 ⇒ w=...(ainda veremos...) w= −nRTln(Vf/Vi) T=const.⇒
Isotérmico:
[
ReversívelGás Ideal
]
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• Calor & Trabalho
–A Medida do Calor:A Medida do Calor
➔ Uma forma de se medir o calor q de um processo (q
proc)
faz uso de um calorímetro.calorímetro
➔ É importante ter em mente que o calor q liberado (ou absorvido) pelo processo que ocorre no interior do calorímetro contribui para o aumento (ou abaixamento) da temperatura detectado pelo termômetro, que se mede como uma variação ΔT: Quando ΔT > 0 →qcal > 0 →qproc < 0;
Quando ΔT < 0 →qcal < 0 →qproc > 0.
76 Otávio Santana
Otávio Santana
Termodinâmica Química: Conservação de Energia
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• Calor & Trabalho
–A Medida do CalorA Medida do Calor:
➔ Uma forma de se medir o calor q de um processo (q
proc)
faz uso de um calorímetro.calorímetro
➔ Para se utilizar um calorímetro é necessário que seja realizada a sua calibraçãocalibração.
➔ A calibração do calorímetro consiste na determinação da
constante do calorímetro
constante do calorímetro ou sua capacidade caloríficacapacidade calorífica (C).
➔ A constante C permite relacionar o calor q do processo em seu interior com a variação observada na temperatura ΔT:
Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
q=C ×ΔT Esta expressão é, na realidade, uma aproximação, pois C depende de T
77 Otávio Santana
Otávio Santana
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Termodinâmica Química: Conservação de Energia
• Calor & Trabalho
–A Medida do CalorA Medida do Calor:
➔ Uma forma de se medir o calor q de um processo (q
proc)
faz uso de um calorímetro.calorímetro
➔ Para se utilizar um calorímetro é necessário que seja realizada a sua calibraçãocalibração.
➔ A calibração pode ser feita eletricamente com uma tensão tensão VV, com corrente corrente ii, por um tempo tempo tt, sobre uma resistência resistência RR.
➔ O calor fornecido ao calorímetro é facilmente calculado através da expressão:
Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
A variação de temperatura observada permite calcular a capacidade calorífica do calorímetro
q=V i t
80 Otávio Santana
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Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
• Ex.#7: Calibração e medição de calor.
– Quando uma corrente de 1,23 A, proveniente de uma fonte de 12,0 V, circulou por 123 s em uma resistência contida no calorímetro, a temperatura aumentou de 4,47 °C. Em seguida, em um experimento realizado para medir o calor liberado na combustão de uma amostra de um nutriente, o composto foi queimado em atmosfera de oxigênio dentro do calorímetro, e a temperatura aumentou de 3,22 °C. Qual é o calor liberado pela combustão do composto?
Resp.: qreação = -1,31 kJ. [o sinal negativo indica liberação de energia]
82 Otávio Santana
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• Calor & Trabalho
–Capacidades Caloríficas Intensivas:Capacidades Caloríficas Intensivas
➔ A capacidade calorífica C é uma propriedade extensivapropriedade extensiva, ou seja, depende do tamanho (extensão) da amostra.
➔ Também é possível definir a capacidade calorífica para uma determinada substância.
➔ É mais conveniente que esta seja uma propriedade intensivapropriedade intensiva neste caso, ou seja, independente do tamanho da amostra.
➔ Há duas formas de se fazer isto: de acordo com a quantidade química (molar) ou da massa (específica) da amostra.
Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
83 Otávio Santana
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• Calor & Trabalho
–Capacidades Caloríficas Intensivas:Capacidades Caloríficas Intensivas
➔ Capacidade Calorífica Molar (C
m):
➔ Capacidade Calorífica Específica (C
s): [ou Calor Específico (c)]
Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
[Cs] = [J · K
−1
· g−1
] ou [J · ° C−1
· g−1
]
Cs= q
m×ΔT ⇔ q=mCsΔT
[Cm] = [J · K
−1·mol−1] ou [J ·° C−1· mol−1]
Cm= q
n×ΔT ⇔q=nCmΔT
84 Otávio Santana
Otávio Santana
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• Calor & Trabalho
–Capacidades Caloríficas a Pressão e Volume Constantes:Capacidades Caloríficas a Pressão e Volume Constantes
➔ Capacidades caloríficas (tanto extensivas e quanto intensivas) dependem da forma que o calor foi adicionado ao sistema.
➔ Se o calor for fornecido sob volume constante (q
V), a pressão
pode variar, mas o sistema não realiza trabalho.
➔ Se o calor for fornecido sob pressão constante (q
p), o volume
pode variar, de modo que o sistema pode realizar trabalho.
➔ Neste caso, a parte do calor adicionado que é utilizada como trabalho não contribui para o aumento de temperatura.
85 Otávio Santana
Otávio Santana
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• Calor & Trabalho
–Capacidades Caloríficas a Pressão e Volume ConstantesCapacidades Caloríficas a Pressão e Volume Constantes:
➔ Capacidades caloríficas (tanto extensivas e quanto intensivas) dependem da forma que o calor foi adicionado ao sistema.
➔ Como a variação de temperatura ΔT depende do tipo de processo, as capacidades caloríficas são diferentes!
➔ Portanto, em geral: Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
Cp=
qp
ΔT >CV=
qV
ΔT
Cp,m=
qp
n×ΔT >CV,m=
qV
n×ΔT Cp,s=
qp
m×ΔT >CV,s=
qV
m×ΔT
87 Otávio Santana
Otávio Santana
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Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
• Ex.#8: Capacidade Calorífica Molar.
– A capacidade calorífica molar a pressão constante (Cp,m) da
água é 75 J·K-1·mol-1. Calcule o aumento de temperatura de
uma amostra de 100 g de água que recebe 1 kJ de calor, sob pressão constante (ficando livre para expandir).
Resp.: +2,4 K (= +2,4 °C).
89 Otávio Santana
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Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
• Ex.#9: Calor em um processo isotérmico reversível.
– Para um gás ideal a única contribuição para a energia é a cinética, a qual está diretamente relacionada com a temperatura. Portanto, em uma compressão/expansão compressão/expansão isotérmica reversível
isotérmica reversível a energia do gás ideal é constante, de modo que as contribuições de trabalho são contrabalançadas com as contribuições de calor. Dessa forma:
➔Obs.:
Na compressão: Vf < Vi ln(Vf/Vi) < 0 w > 0 q < 0.
Na expansão: Vf > Vi ln(Vf/Vi) > 0 w < 0 q > 0. w= −nRTln
(
VfVi
)
⇔ q= −w= +nRTln(
VfVi
)
, U(T) =3 2nRT
91 Otávio Santana
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Termodinâmica: Conceitos Fundamentais
• Ex.#10: Calor em um processo isotérmico reversível.
– A transferência de energia de uma região da atmosfera para outra é de grande importância em meteorologia, pois afeta as condições do tempo. Calcule o calor que deve ser fornecido a uma parcela de ar contendo 1,00 mol de moléculas para manter sua temperatura em 300 K durante uma ascensão, quando esta se expande, isotérmica e reversivelmente, de 22,0 L para 30,0 L (assumindo comportamento ideal).
Resp.: +774 J.
94 Otávio Santana
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• Primeira Lei: Transformações Possíveis
–Energia Interna (Energia Interna (UU)):
➔ Calor e trabalho são formas totalmente equivalentes de se transferir energia para um sistema.
➔ Uma vez que se tenha transferido calor ou trabalho “do” ou “para o” sistema, este as armazena como “energia interna”.
➢ A energia internaenergia interna é a energia total (cinética+potencial) das partículas que compõem o sistema:
➢Energia translacional, rotacional, vibracional, interações
intermoleculares, ligações químicas, energias eletrônicas...
Termodinâmica: Primeira Lei
(*) James Prescott Joule, físico britânico (1818-1889).
95 Otávio Santana
Otávio Santana
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• Primeira Lei: Transformações Possíveis
–Energia Interna (Energia Interna (UU)):
➔ Calor e trabalho são formas totalmente equivalentes de se transferir energia para um sistema.
➔ Uma vez que se tenha transferido calor ou trabalho “do” ou “para o” sistema, este as armazena como “energia interna”.
➢ A evidência experimental desta equivalência foi obtida por James Joule.(*)
➢ Joule mostrou que a mesma elevação de temperatura de uma amostra de água é obtida transferindo-se calor ou trabalho.
Termodinâmica: Primeira Lei
96 Otávio Santana
Otávio Santana
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Termodinâmica Química: Conservação de Energia
• Primeira Lei: Transformações Possíveis
–Energia Interna (Energia Interna (UU)):
➔ Calor e trabalho são formas totalmente equivalentes de se transferir energia para um sistema.
➢ No experimento de Joule a queda de um peso movimento pás dentro de um líquido.
➢ O movimento das pás provoca um aumento da energia cinética das moléculas do líquido.
➢ Para cada 4.150 J de trabalho a temperatura de 1 kg de água se eleva em 1 °C. (de 14,5 °C para 15,5 °C: 1.000 cal)
Termodinâmica: Primeira Lei
(*) James Prescott Joule, físico britânico (1818-1889).
97 Otávio Santana
Otávio Santana
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Termodinâmica Química: Conservação de Energia
• Primeira Lei: Transformações Possíveis
–Energia Interna (Energia Interna (UU)):
➔ Calor e trabalho são formas totalmente equivalentes de se transferir energia para um sistema.
➢ Valor exato:
1 cal = 4,184 J (Caloria Termoquímica) 1 Cal= 1 kcal (Caloria Alimentícia)
➢ Atualmente convenciona-se definir a caloria diretamente em termos do trabalho, ao invés de definir em função das propriedades da água.
Termodinâmica: Primeira Lei
(*) James Prescott Joule, físico britânico (1818-1889).
108 Otávio Santana
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Termodinâmica Química: Conservação de Energia
• Primeira Lei: Transformações Possíveis
–Energia Interna (Energia Interna (UU)):
➔ A energia interna (U) é uma propriedade extensivapropriedade extensiva do sistema, e corresponde a toda a energia armazenada pelo sistema.
➔ A energia interna molar (U
m) é uma propriedade intensivapropriedade intensiva, que
depende da pressão e da temperatura.
➔ É uma função de estadofunção de estado, ou seja, o seu valor é independente da forma como o estado foi obtido.
➔ Não é possível medir o valor absoluto da energia interna, mas, na prática, apenas interessam as variações de energiavariações de energia (ΔU).
Termodinâmica: Primeira Lei
109 Otávio Santana
Otávio Santana
Termodinâmica Química: Conservação de Energia
Termodinâmica Química: Conservação de Energia
• Primeira Lei: Transformações Possíveis
–Energia Interna (Energia Interna (UU)):
➔ A variação na energia interna de um sistema é dada por:
onde q é o calor e w o trabalho trocados entre o sistema e suas vizinhanças.
➢ Esta equação expressa a Primeira Lei da Termodinâmica, Primeira Lei da Termodinâmica e corresponde ao Princípio da Conservação da Energia.
➢ A Primeira Lei indica quais transformações são possíveis: toda e qualquer transformação que conserve energia!
Termodinâmica: Primeira Lei
ΔU =q+w
110 Otávio Santana
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• Primeira Lei: Transformações Possíveis
–Energia Interna (Energia Interna (UU)):
➔ A variação na energia interna de um sistema é dada por:
onde q é o calor e w o trabalho trocados entre o sistema e suas vizinhanças.
➢ A Primeira Lei da TermodinâmicaPrimeira Lei da Termodinâmica pode ser enunciada como: “A variação da energia interna de um sistema é igual a soma das contribuições de calor e trabalho transferidos para este.” Ou: “A energia interna de um sistema isolado é constante.”
Termodinâmica: Primeira Lei
ΔU =q+w
111 Otávio Santana
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Termodinâmica: Primeira Lei
• Ex.#11: Cálculo da variação da energia interna.
– Em uma experiência, uma pessoa produziu 622 kJ de trabalho em uma bicicleta ergométrica e perdeu 83 kJ de energia sob a forma de calor. Qual a variação da energia interna desta pessoa? Despreze qualquer perda por transpiração.
Resp.: -704 kJ.
q= −83kJ (Calor perdido pela pessoa = energia perdida) w= −622kJ (Trabalho realizado pela pessoa = energia perdida)
ΔU=q+w
112 Otávio Santana
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Termodinâmica: Primeira Lei
• Ex.#12: Cálculo da variação da energia interna.
– Uma bateria elétrica é carregada pelo fornecimento de 250 kJ de energia na forma de trabalho elétrico, mas há uma perda de 25 kJ de energia na forma de calor para as vizinhanças durante o processo de carga. Qual a variação da energia da bateria?
Resp.: +225 kJ.
113 Otávio Santana
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Termodinâmica: Primeira Lei
• Ex.#13: Cálculo da variação da energia interna.
– Vimos no Ex.#9 que, em uma transformação isotérmica transformação isotérmica reversível
reversível de um gás ideal, as contribuições de calor são contrabalançadas pelas contribuições de trabalho, de modo que:
w= −nRTln
(
Vf Vi)
⇔ q= −w= +nRTln
(
Vf Vi)
⇔ ΔU=0
114 Otávio Santana
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• Energia Interna & Entalpia
–Energia Interna (Energia Interna (UU): Função de Estado): Função de Estado
➔ Uma importante característica da energia interna é que ela é uma função de estado.
➔ Isto implica que a variação ΔU entre dois estados quaisquer de um sistema é independente do caminho da transformação.
➔ Esta independência em relação ao caminho da transformação é de grande importância para a Química (ex.: Termoquímica).
Termodinâmica: Primeira Lei
115 Otávio Santana
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• Energia Interna & Entalpia
–Energia Interna (Energia Interna (UU): Função de Estado): Função de Estado
➔ Uma importante característica da energia interna é que ela é uma função de estado.
➔ Embora a pressão (p) e o volume (V) sejam também funções de estado, o trabalho
w = -∫pexdV não é, pois depende
do caminho da transformação
➔ O mesmo vale para o calor q, razão pela qual a equação da primeira lei não menciona “variações” destas quantidades!
Termodinâmica: Primeira Lei
116 Otávio Santana
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• Energia Interna & Entalpia
–Energia Interna (Energia Interna (UU): Função de Estado): Função de Estado
➔ Uma importante característica da energia interna é que ela é uma função de estado. Calor e trabalho não!
➢ Ex: Trabalho de expansão isobárico. (transformação irreversível)
➢ O trabalho corresponde à área sob a curva. [Nota: p(gás) > pex]
Termodinâmica: Primeira Lei
w = −pextΔV
117 Otávio Santana
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• Energia Interna & Entalpia
–Energia Interna (Energia Interna (UU): Função de Estado): Função de Estado
➔ Uma importante característica da energia interna é que ela é uma função de estado. Calor e trabalho não!
➢ Ex: Trabalho de expansão isotérmico. (transformação reversível)
➢ O trabalho corresponde à área
sob a curva. [Nota: p(gás) = pex (no processo)]
Termodinâmica: Primeira Lei
w= −nRTln
(
Vf Vi)
i
120 Otávio Santana
Otávio Santana
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Termodinâmica Química: Conservação de Energia
Termodinâmica: Primeira Lei
• Ex.#14: Cálculo do calor.
– Deseja-se realizar a seguinte mudança de estado: 1mol de H2O (1 atm, 25 °C) 1mol de H→ 2O (1 atm, 30 °C) .
Qual o calor q necessário para provocar esta mudança?
➔ Não é possível responder sem que o processo (caminho) seja especificado. Por exemplo:
(1) Aquecimento à pressão constante (1atm):
q = qp = ncp,mΔT = 1,0 mol×18,0 cal·mol-1°C-1×5,0 °C = 90 cal.
(2) Aquecer à pressão constante (1 atm) até uma temperatura intermediária e em seguida agitar mecanicamente até que a temperatura atinja 30 °C: Neste caso q está entre 0 e 90 cal. (3) Experiência de Joule: Aumentar a temperatura somente realizando trabalho (por agitação mecânica, desde que o agitador seja feito de um material isolante) até que a temperatura da água atinja 30 °C: Neste caso q = 0.
M
e
s
m
o
Δ
U
121 Otávio Santana
Otávio Santana
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• Energia Interna & Entalpia
–Energia Interna (Energia Interna (UU): Calor a Volume Constante): Calor a Volume Constante
➔ Uma importante característica é a possibilidade de determinar ΔU em um processo sob volume constante.
➢ Neste caso w = 0, de modo que a variação na energia interna é:
➢ O subscrito indica um processo sob volume constante (isocórico).
Termodinâmica: Primeira Lei
ΔU=qV
122 Otávio Santana
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• Energia Interna & Entalpia
–Entalpia (Entalpia (HH): Calor a Pressão Constante): Calor a Pressão Constante
➔ A variação da energia interna não é numericamente igual ao calor absorvido quando o volume pode variar.
➢ Neste caso parte da energia é utilizada na realização de trabalho de expansão, sendo útil trabalhar com a entalpia H:
➢ Como a energia interna U, a pressão p e o volume V são funções de
estado, a entalpia H é, também, uma função de estado.
Termodinâmica: Primeira Lei
H=U+ pV Hm=Um+ pVm
123 Otávio Santana
Otávio Santana
Termodinâmica Química: Conservação de Energia
Termodinâmica Química: Conservação de Energia
• Energia Interna & Entalpia
–Entalpia (Entalpia (HH): Calor a Pressão Constante): Calor a Pressão Constante
➔ A variação da energia interna não é numericamente igual ao calor absorvido quando o volume pode variar.
➢ Para um gás ideal, a expressão para a entalpia pode ser reescrita a partir da equação de estados dos gases:
➢ A entalpia H é particularmente útil para descrever processos a pressão
constante (como veremos), mas é definida para qualquer processo!
Termodinâmica: Primeira Lei
H=U+nRT Hm=Um+ RT
124 Otávio Santana
Otávio Santana
Termodinâmica Química: Conservação de Energia
Termodinâmica Química: Conservação de Energia
• Energia Interna & Entalpia
–Entalpia (Entalpia (HH): Calor a Pressão Constante): Calor a Pressão Constante
➔ A variação da energia interna não é numericamente igual ao calor absorvido quando o volume pode variar.
➢ Sólidos e líquidos possuem volumes molares muito menores que os de gases, de modo que o produto pV ≈ 0 e se tem:
➢ A entalpia H é particularmente útil para descrever processos a pressão constante (como veremos), mas é definida para qualquer processo!
Termodinâmica: Primeira Lei
H ≃U Hm≃Um
125 Otávio Santana
Otávio Santana
Termodinâmica Química: Conservação de Energia
Termodinâmica Química: Conservação de Energia
• Energia Interna & Entalpia
–Entalpia (Entalpia (HH): Calor a Pressão Constante): Calor a Pressão Constante
➔ A variação da energia interna não é numericamente igual ao calor absorvido quando o volume pode variar.
➢ De acordo com a definição da entalpia, quando o processo (reversível) ocorre a pressão constante:
➢ O subscrito indica um processo
sob pressão constante (isobárico).
Termodinâmica: Primeira Lei
ΔH=qp
dH=dU+ d(pV)
126 Otávio Santana
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Termodinâmica Química: Conservação de Energia
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• Energia Interna & Entalpia
–Funções de Estado: Importância para a TermodinâmicaFunções de Estado: Importância para a Termodinâmica
➔ O fato de U e H serem funções de estado e se relacionarem ao calor qV e qp é de grande importante para a Termodinâmica.
➢ Como U e H são funções de estado não precisamos nos preocupar em como passamos de um estado para outro:
● Tudo o que importa são os estados inicial e final da transformação,
e não a forma como a transformação ocorreu.
➢ Por outro lado, o calor q
V e qp são quantidades facilmente
mensuráveis no laboratório através de técnicas calorimétricas: ● Tudo o que precisamos é de um calorímetro adequado
(a pressão ou volume constante)!
Termodinâmica: Primeira Lei
127 Otávio Santana
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Termodinâmica Química: Conservação de Energia
Termodinâmica Química: Conservação de Energia
• Energia Interna & Entalpia
–Dependência com a TemperaturaDependência com a Temperatura
➔ A energia interna e a entalpia aumentam com a elevação da temperatura.
➢ A relação entre as variações de energia interna, entalpia e temperatura são obtidas através das capacidades caloríficas:
Termodinâmica: Primeira Lei
ΔU=qV=nCV,mΔT ΔH=qp=nCp,mΔT
128 Otávio Santana
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Termodinâmica Química: Conservação de Energia
• Energia Interna & Entalpia
–Dependência com a TemperaturaDependência com a Temperatura
➔ A energia interna e a entalpia aumentam com o aumento da temperatura.
➢ Para um gás ideal, a partir da relação entre U e H, pode-se mostrar que:
Termodinâmica: Primeira Lei
Hm=Um +RT ⇒ Δ
⏟
Hm qp,m= Δ
⏟
Um qV,m+RΔT ⇒ Cp,m−CV,m=R
Cp,m=
qp
n ×ΔT >CV,m=
qV
n ×ΔT
132 Otávio Santana
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Termodinâmica Química: Conservação de Energia
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Termodinâmica: Primeira Lei
• Ex.#15: Relação entre Cp,m e CV,m.
– A capacidade calorífica molar a pressão constante do dióxido de carbono é de 29,14 J·K-1mol-1. Quanto vale a sua capacidade calorífica molar a volume constante? Assuma que o gás se comporta idealmente.
Dado: R = 8,314 J·K-1mol-1.
Resp.: 20,83 J·K -1·mol-1.
134 Otávio Santana
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Termodinâmica: Primeira Lei
• Ex.#16: Cálculo de ΔH e Cp.
– Uma amostra de soro sanguíneo, de massa igual a 25 g, é resfriada de 290 K a 275 K, sob pressão constante, retirando-se dela 1,2 kJ de energia sob a forma de calor. Calcule q, ΔH e a capacidade calorífica da amostra.
Resp.: -1,2 kJ; 80 J·K -1.
136 Otávio Santana
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Termodinâmica: Primeira Lei
• Ex.#17a: Relação entre ΔH e ΔU.
– Calcule a diferença entre as variações de energia interna e de entalpia quando 1,0 mol de CaCO3, na forma de calcita (C), se
converte em aragonita (A), sob pressão externa de 1,0 bar. Dados: ΔU = +2,21 kJ·mol-1 (para comparação);
Dados: M = 100,09 g·mol-1; Dados: ρC = 2,71 g·cm-3;
Dados: ρA = 2,93 g·cm-3.
138 Otávio Santana
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Termodinâmica: Primeira Lei
• Ex.#17b: Relação entre ΔH e ΔU.
– (a) Calcule a diferença entre as variações de entalpia e energia interna na formação de 2 mols de água na fase líquida, a 298 K, a partir da seguinte reação: 2 H2(g) + O2(g) 2H→ 2O(ℓ).
Admita que os componentes gasosos se comportam idealmente.
(b) Qual a diferença entre as variações de entalpia e energia interna no caso de formação de vapor de água? Admita comportamento de gás ideal.
Resp.: (a) -7,43 kJ; (b) -2,48 kJ.
140 Otávio Santana
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• Transformações Adiabáticas
–Processos Reversíveis/Gás Ideal: Cálculo do TrabalhoProcessos Reversíveis/Gás Ideal: Cálculo do Trabalho
➔ A energia interna de um gás idealgás ideal é função puramente da temperatura.
➔ Portanto, em transformações adiabáticas (q
ad = 0, wad ≠ 0 →
ΔUad ≠ 0), gases ideais sofrem variação de temperatura.
➔ Como ΔU
ad = wad, e considerando apenas o trabalho mecânico,
a variação de T é acompanhada de variação de V.
➔ E como U é uma função de estado, a sua variação pode ser descrita em duas etapas: uma isotérmica e outra isocórica.
Termodinâmica: Primeira Lei
141 Otávio Santana
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• Transformações Adiabáticas
–Processos Reversíveis/Gás Ideal: Cálculo do TrabalhoProcessos Reversíveis/Gás Ideal: Cálculo do Trabalho
➔ Etapa Isotérmica:
➔ Etapa Isocórica:
➔ Global: Termodinâmica: Primeira Lei
ΔU1=0⇒q1= −w1.
ΔU2=CVΔT , q2=qV, w2=0
ΔUad= ΔU1+ ΔU2
= (q1+w1) + (q2+w2)
= (q1+q2) + (w1+w2)
=wad=CVΔT
142 Otávio Santana
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• Transformações Adiabáticas
–Processos Reversíveis/Gás Ideal: Cálculo do TrabalhoProcessos Reversíveis/Gás Ideal: Cálculo do Trabalho
➔ Para que seja possível fazer uso da expressão para a variação da energia interna e trabalho adiabático:
é preciso relacionar a variação de temperatura à uma variação de volume conhecido.
➔ No caso de uma transformação adiabática reversível (na qual transformação adiabática reversível qad = 0 e a pressão externa é equilibrada pela pressão do gás):
Termodinâmica: Primeira Lei
ΔUad=wad=CVΔT
d Uad =d wad ⇒ VfTf
c=
ViTi c
, c =CV,m/R
CV,m > 0 →c > 0
∴V↑ ⇔ T↓ (e vice-versa)
Assumindo que C V,m seja
independente de T
150 Otávio Santana
Otávio Santana
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Termodinâmica: Primeira Lei
• Ex.#18: Trabalho Adiabático Reversível/Gás Ideal.
– Determine o trabalho realizado em uma expansão adiabática reversível de 0,020 mol de Ar, inicialmente a 25 °C, de 0,50 L para 1,00 L. Assuma que o gás se comporta idealmente. Dados: CV,m = 12,48 J·K-1mol-1, R = 8,314 J·K-1mol-1.
Resp.: -27 J.
VfTf
c=
ViTi c
, c=CV,m/R
152 Otávio Santana
Otávio Santana
Termodinâmica Química: Conservação de Energia
Termodinâmica Química: Conservação de Energia
• Transformações Adiabáticas
–Processos Reversíveis/Gás Ideal: Relação Processos Reversíveis/Gás Ideal: Relação pp--VV
➔ A partir da equação dos gases ideais, válida em qualquer transformação, e da relação T vs V das curvas adiabáticas:
➔ Portanto, nas expansões adiabáticas a pressão do gás decresce mais rapidamente que em processos isotérmicos:
Expansão Isotérmica: [sob T constante (Lei de Boyle)]
Expansão Adiabática: [sob T decrescente]
Termodinâmica: Primeira Lei
piVi=nRTi
pfVf=nRTf
⇒ pfVf
γ = piVi
γ
, γ =Cp,m/CV,m
Cp,m > Cp,m →γ > 1
∴V↑ ⇔ p↓
p∝ 1
V
p∝ 1