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Evolução morfodinâmica da restinga do Douro a várias escalas temporais

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Universidade de Aveiro Departamento de Ambiente e Ordenamento 2014

Cristiana Fidalgo Evolução morfodinâmica da restinga do Douro

dos Santos

a várias escalas temporais

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Universidade de Aveiro Departamento de Ambiente e Ordenamento 2014

Cristiana Fidalgo Evolução morfodinâmica da restinga do Douro

dos Santos

a várias escalas temporais

Dissertação apresentada à Universidade de Aveiro para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ciências do Mar e das Zonas Costeiras, realizada sob a orientação científica da Doutora Cristina Bernardes.

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o júri

presidente Prof. Doutora Filomena Maria Cardoso Pedrosa Ferreira Martins

professora associada do Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro

Doutor Paulo Renato Enes Baganha Baptista

estagiário de pós-doutoramento

Prof. Doutora Cristina Maria de Almeida Bernardes

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Agradecimentos Para que esta etapa da minha vida fosse concluída foram muitos os que contribuíram para que tudo fosse possível, e por isso agradeço

à minha grande família, uns perto outros longe, que sempre me apoiou e encorajou;

ao meu namorado, agora marido mas principalmente, por ele ser o meu melhor amigo que sempre esteve presente, nos bons e nos maus momentos;

aos meus amigos, que foram a família que eu tive o privilégio de escolher, e cada um deles sabe o quanto é importante para mim;

e por fim, mas não menos importante, um especial obrigada à minha orientadora, a professora doutora Cristina Bernardes pelos conselhos, sugestões, disponibilidade e incentivo para que este trabalho fosse concluído.

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palavras-chave: morfodinâmica, cartografia, DGPS, restinga do rio Douro

resumo: A restinga do Douro é um corpo arenoso, resultante de diversos processos hidrodinâmicos que induzem variações e que se refletem na sua morfologia e dimensão.

O principal objetivo deste trabalho relaciona-se com a análise da evolução morfodinâmica da restinga a diversas escalas temporais; pretende contribuir para um melhor conhecimento da dinâmica evolutiva do corpo arenoso e sua reação relativamente a processos hidrodinâmicos e antrópicos. Para o estudo de média escala temporal (dezenas a centenas de anos) procedeu-se a recolha de elementos cartográficos antigos (séc. XIX), mapas geológicos e coreográficos (séc. XX) e fotografia aérea (desde 1947). Após o devido tratamento da informação foi criada uma base de dados, em ambiente SIG. Os dados foram posteriormente relacionados com a informação histórica, relativa aos caudais de cheia do rio Douro.

Para o estudo de curta escala temporal (anos) foi estabelecido um programa de monitorização topográfica sazonal, abrangendo o período entre 2001 e 2011, com recurso ao Sistema de Posicionamento Global em modo Diferencial (DGPS). Os levantamentos de campo consistiram em grelhas de perfis segundo uma cobertura representativa das principais geoformas presentes na restinga. Recorrendo a ferramentas de ArcGIS foram gerados Modelos Digitais de Terreno. A variabilidade volumétrica, área e outras características morfológicas foram correlacionadas com dados de agitação marítima. Analisaram-se também os principais impactes, em termos morfológicos, associados à construção dos molhes do Douro.

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Keywords: morphodynamic, cartography, DGPS, Douro river sand spit

Abstract: The Douro river sand spit is a sandy body resulting from various hydrodynamic processes that induce variations and reflected in their morphology and size.

The main goal of this work is the analysis of the morphodynamic evolution of the sandbank in different time scales; the aim is to contribute to a better understanding of the evolutionary dynamics of the sandy body and its reaction to the hydrodynamic and anthropogenic processes. To study the average time scale (tens to hundreds of years) we proceeded to the collection of old cartographic elements (XIX century), geological and choreographic maps (XX century) and air photo (since 1947). After the processing of the information a database in GIS environment was created, this was analyzed using the Digital Shoreline Analysis System tool. Later, the data were compared to the historical information, concerning flood flows of the river Douro.

For the study of short time scale (years) was established a seasonal topographic monitoring program, covering the period between 2001 and 2011, using the Global Positioning System on Differential mode (DGPS). The field surveys consisted in profiles grids according to a representative coverage of the major landforms present in the shoal. Using the ArcGIS tools, were generated Digital Terrain Model. The volumetric variability, area and position of your contour were correlated with sea wave data. We also analyzed the main morphological impacts associated with the construction of the Douro jetties.

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Índice Geral

Índice Geral ... i

Índice de Figuras ... ii

Índice de Gráficos ... iii

Índice de Tabelas ... iii

Lista de acrónimos ... iv

1.Introdução ... 1

1.1 Objetivos ... 2

1.2 Metodologia ... 3

1.4 Estrutura da dissertação ... 7

2. Caracterização da zona de estudo ... 8

2.1 Enquadramento geográfico ... 8

2.2 Bacia Hidrográfica do rio Douro ... 9

2.3 Enquadramento geológico e geomorfológico ... 10

2.3.1 Características hidrodinâmicas ... 10 2.3.2 Cheias ... 11 2.4 Extração de inertes ... 14 2.5 Obras na restinga ... 15 3. Resultados e discussão... 18 3.1 Evolução morfodinâmica ... 18 3.2 Volumetria ... 26 3.4 Secções ... 29 3.5 Agitação marítima ... 30

3.6 Estudo da face oceânica ... 33

4. Conclusões e considerações finais ... 40

Anexos ... 42

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Índice de Figuras

Figura 1 – A. Sistema DGPS uni-antena aperado manualmente; B. Sistema DGPS

multi-antena adaptado a veículo moto4... 3

Figura 2 - Obtenção do DEM a partir da rede de perfis ... 4

Figura 3 - Localização da área de estudo (adaptado de Google Maps, 2013) ... 8

Figura 4 - Localização dos principais afluentes do rio Douro (adaptado de Jesus, 2003) ... 9

Figura 5 - Alterações morfológicas ocorridas na restinga após a cheia de Dezembro de 1909 (adaptado de Baptista, 2006) ... 15

Figura 6 - Localização das obras junto à foz do rio Douro (adaptado de Google Maps, 2013) ... 16

Figura 7 - Contorno da restinga em 1910 ... 19

Figura 8 - Contorno da restinga em 1935 ... 19

Figura 9 - Face oceânica de 1910 e 1935 ... 20

Figura 10 - Contornos da restinga para os anos de 1944, 1979,1980 e levantamentos de 1976, 1977 e 1978. ... 21

Figura 11 - Contornos da restinga para os anos de 1944 e 1976 ... 23

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Índice de Gráficos

Gráfico 1 - Caudais máximos observados na Régua referentes às maiores cheias

conhecidas ... 13

Gráfico 2 - Área e volume totais da restinga entre 2001 e 2011. ... 26

Gráfico 3 - Representação dos volumes durante o Inverno e o Verão marítimos 27 Gráfico 4 - Volume total versus volume da face oceânica ... 28

Gráfico 5 - Representação dos coeficientes de correlação ... 30

Gráfico 6 - Agitação marítima registada nos 7 dias anteriores à obtenção dos dados (H7) ... 31

Gráfico 7 - Área e Volume da secção 1 ... 33

Gráfico 8 - Área e Volume da secção 2 ... 34

Gráfico 9 - Área e Volume da secção 3 ... 35

Gráfico 10 - Área e Volume da secção 4 ... 36

Gráfico 11 - Área e Volume da secção 5 ... 37

Gráfico 12 - Área e Volume da secção 6 ... 38

Gráfico 13 - Área e Volume da secção 7 ... 39

Índice de Tabelas

Tabela 1 - Caudais registados em alguns rios da Europa ... 12

Tabela 2 – Taxas de acreção/erosão (m) e distância (m) entre linhas de contorno entre 1910 e 1935 ... 20

Tabela 3 – Taxas de acreção/erosão (m) e distância (m) entre linhas de contorno para os períodos 1944-1976 e 1976-1979 ... 22

Tabela 4 – Taxas de acreção/erosão (m) e distância (m) entre linhas (m) para os períodos 2001-2005, 2005-2008 e 2008-2011 ... 24

Tabela 5 - Coeficientes de correlação para H1, H7, H15 e H30 (S1 a S7 – secções ao longo da restinga) ... 30

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Lista de acrónimos

DEM - Digital Elevation Model

DSAS - Digital Shoreline Analysis System DGPS – Differential Global Position System GPS – Global Position System

SIG – Sistemas de Informação Geográfica Z.H. – Zero Hidrográfico

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1.Introdução

As áreas litorais são sistemas altamente dinâmicos e expostos a fatores naturais (agitação marítima, tempestades, caudal fluvial) bem como a fatores antrópicos, em que a intervenção humana altera, também, a sua dinâmica e morfologia. Para que se verifique uma gestão costeira sustentável nestes sistemas é necessário compreender os processos costeiros envolvidos (ex.: comportamento das fontes sedimentares, padrões de transporte de sedimentos, agitação marítima, tempestades) e relacionar estes fatores entre si. A influência antrópica também deve ser avaliada, de forma a compreender quais as alterações daí resultantes.

Sistemas costeiros expostos a condições de agitação marítima intensos e associados à escassez de sedimentos que circulam na deriva litoral tornam os fenómenos erosivos mais intensos e com impactos significativos quer nas populações, quer nos sistemas naturais.

Neste sentido, é importante a monitorização regular destas áreas, de modo a avaliar as alterações morfodinâmicas no tempo e identificar quais os principais processos que influenciam o transporte de sedimentos. A obtenção de dados ao longo do tempo permite às entidades competentes uma tomada de decisões criteriosa e fundamentada.

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1.1 Objetivos

O principal objetivo deste trabalho relaciona-se com a análise da evolução morfodinâmica da restinga do Douro a diversas escalas temporais.

A restinga, também muitas vezes designada por cabedelo, está localizada na margem esquerda do estuário do rio Douro e apresenta uma dinâmica, morfologia e evolução peculiares, dependentes de processos naturais e/ou antrópicos.

Este trabalho, através do recurso ao GPS, permitiu obter conhecimento acerca da evolução daquela morfologia. A pesquisa bibliográfica realizada aliada à documentação cartográfica existente possibilitou inferir informações sobre o comportamento da restinga a nível histórico.

Para o estudo de média escala temporal, dezenas a centenas de anos, analisar-se-á elementos cartográficos antigos enquanto, para o estudo de curta escala temporal, abrangendo dados anuais, recorreu-se a dados de monitorização topográfica sazonal, com recurso a DGPS, de 2001 a 2011, de modo a analisar a evolução morfodinâmica da restinga.

O presente trabalho pretende contribuir para um melhor conhecimento da dinâmica evolutiva do corpo arenoso e a sua reação relativamente a processos hidrodinâmicos e antrópicos.

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1.2 Metodologia

Para o estudo da restinga no passado procedeu-se à recolha de elementos cartográficos do séc. XIX, mapas geológicos e coreográficos (séc. XX) e fotografia aérea (desde 1947).

Estes dados, com recurso ao software ArcGis 10, foram retificados e georeferenciados, através da atribuição de referências espaciais (coordenadas X e Y) devidamente conhecidas e documentadas, nomeadamente Molhe Luís Gomes de Carvalho, extremidade este do Molhe Norte e Pedras do Maroiço. Posteriormente estes mapas foram comparados e analisados.

Em relação às campanhas de monitorização que servem de base ao presente trabalho decorreram de Dezembro de 2001 a Julho de 2011, tendo sido utilizados dois sistemas diferentes.

De 2001 a 2006, o levantamento foi realizado a pé, com uma antena montada em bastão e acoplado a uma roda, enquanto de 2006 a 2008 dispôs-se de um sistema multi-antena GPS montado numa plataforma móvel.

Figura 1 – A. Sistema DGPS uni-antena aperado manualmente; B. Sistema DGPS multi-antena adaptado a veículo moto4

O sistema de levantamento a pé (Figura 1.A) é utilizado frequentemente quando a área a estudar é de reduzidas dimensões ou em locais de difícil acesso. Para assegurar elevada precisão na obtenção dos dados o sistema com a antena GPS é fixa a uma bastão e ao qual é adaptado uma roda, de modo a que o operador transporte o sistema na posição vertical e que mantenha uma altura constante da antena, em relação ao solo, de modo a acompanhar as alterações topográficas do terreno. Neste tipo de sistema destaca-se o importante volume de informação

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obtido em cada campanha (Baptista et al, 2008). (P. C. Baptista, T.; Bernardes, C.; Dias, J.; Bastos, L., 2008)

O sistema multi-antena GPS consiste num veículo todo-o-terreno (moto4) adaptado para se deslocar na praia. Com este sistema é possível obter redes de perfis longitudinais e transversais que cobrem a praia sub-aérea desde a base do cordão dunar frontal (ou na ausência deste a base do dique arenoso) até ao limite de espraio da onda, ou outras variações topográficas do terreno (P. Baptista, 2006).

Tendo por base a rede de perfis, são gerados modelos de elevação do terreno –

Digital Elevation Model – DEM e, a partir dos mesmos, é possível obter

informação relativa à morfodinâmica de praias, especialmente dados de volumetria e morfologia (P. C. Baptista, T.; Bernardes, C.; Dias, J.; Bastos, L., 2008), tal como sugere a Figura 2.

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5 Os DEM obtidos em datas diferentes permitiram determinar os contornos da área em estudo, inferir morfologias, calcular os volumes total e parciais, quantificar o balanço sedimentar para diferentes cotas e sectores. Foi ainda feito um estudo da face oceânica por se considerar ser um dos sectores mais dinâmicos da restinga e exposta aos processos hidrodinâmicos do Oceano Atlântico. Pelo contrário, verifica-se a linha de costa com exposição a Sul é estável ao longo dos tempos. Definiu-se a face oceânica como sendo a face oeste da restinga e, portanto, mais dinâmica, e para tal foi definida uma linha vertical (baseline) e a sua divisão em 7 setores, identificados de S1 a S7, e distanciados entre si de 100 Metros.

Tendo por base o ArcGis 10 e a sua extensão Digital Shoreline Analysis System (DSAS) foi possível avaliar a tendência evolutiva histórica da restinga, análise dos processos erosivos recentes e calcular as taxas de erosão/acreção da linha de costa. Esta extensão do ArcGis permite a construção de transeptos perpendiculares a uma linha arbitrária paralela à linha de costa, e a partir de cada transepto é possível calcular as taxas de erosão e acreção entre duas linhas, sendo este valor apresentado em m/ano. Este método é simplista pois não tem em conta fatores externos, tais como a agitação marítima e o efeito dos temporais entre outros, contudo permite quantificar o comportamento da linha de costa (Maia, 2012).

Através desta ferramenta foi possível calcular a tendência evolutiva através do cálculo das taxas de erosão ou acreção para os períodos de 1910-1935; 1944-1976 e 1944-1976-1979.

Para o período de monitorização foi efetuada uma análise semelhante que contemplou os seguintes períodos: i) 2001-2005 que abrange a fase que antecede as obras; ii) 2005-2008 intervalo no qual decorre a construção dos quebramares Norte e Sul; iii) 2008-2011 que contempla a fase após as obras.

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1.3 Estado de arte

Na última década surgiram alguns documentos, em diferentes vertentes, dedicados ao estudo da restinga do Douro.

No ano de 2003, surgiu o trabalho intitulado “Morfodinâmica do Cabedelo da Foz do rio Douro: perspetiva histórica e monitorização por GPS para o conhecimento da sua evolução atual” (Jesus (2003)), que consistiu numa recolha e síntese bibliográfica de documentos referentes à restinga e, também, uma monitorização da mesma entre Junho de 2001 e Março de 2003.

No mesmo ano é apresentado também o trabalho de Cunha (2004), “Obtenção de um MDT de grande resolução em zonas dunares a partir de fotografias aéreas”, que efetuou uma comparação de métodos de aquisição de informação 3D recolhidos por diferentes métodos e equipas na restinga.

Posteriormente, em 2006, a dissertação “O sistema de posicionamento global aplicado ao estudo de litorais arenosos” P. Baptista (2006) incidiu no estudo dos litorais arenosos entre a foz do rio Douro e o Cabo Mondego.

Fernandes (2008) realizou um projeto intitulado “Aplicação dos Sistemas de Informação Geográfica na compreensão da morfodinâmica da restinga na foz do rio Douro”, em que o principal objetivo consistia na criação de uma base de dados interativa e acessível que permitisse apoiar a gestão costeira.

Mais recentemente foi publicado um trabalho com o título “Methods for coastal monitoring and erosion risk assessment two Portuguese case studies” que analisou os padrões de erosão e acreção na restinga do Douro utilizando, para tal, levantamentos topográficos terrestres em modo cinemático baseados em videogrametria (desde 2009) (Bio, 2014)

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1.4 Estrutura da dissertação

Este estudo divide-se em 4 capítulos, sendo o presente capítulo, o primeiro, e do qual consta uma introdução ao trabalho, os objetivos definidos, a metodologia utilizada e o estado de arte.

O capítulo 2 apresenta uma caraterização da zona de estudo, onde é realizado um enquadramento geográfico, geológico, geomorfológico e hidrodinâmico e uma caracterização da Bacia do rio Douro.

Os resultados e a discussão são apresentados no 3º capítulo e referem-se à evolução morfodinâmica histórica e atual, no qual são apresentados os resultados volumétricos globais da restinga e a análise detalhada da face oceânica da mesma por secções.

No último capítulo, capítulo 4, são apresentadas as conclusões e considerações finais deste trabalho.

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2. Caracterização da zona de estudo

2.1 Enquadramento geográfico

A restinga do rio Douro é um corpo arenoso situado junto à sua foz, altamente dinâmico, em resposta às condições energéticas do oceano Atlântico, que se reflete na sua morfologia e dimensão ao longo do tempo (Fig. 3). A restinga ligada ao litoral pela margem esquerda, tem uma largura média de 300 metros e uma extensão de, aproximadamente, 1000 metros, sendo que estes valores variam ao longo do ano.

Verifica-se também a existência de um banco de areia móvel que protege a restinga da ação energética das ondas, atenuando os efeitos da erosão e o interior do estuário.

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2.2 Bacia Hidrográfica do rio Douro

O rio Douro nasce a cerca de 1700 metros de altitude, na serra de Urbion (Espanha), sendo que dos 927 Km do seu percurso, só 208 Km são percorridos em Portugal, desaguando no Oceano Atlântico (INAG, 2001).

O vale do Douro caracteriza-se pela existência, em toda a sua extensão, de meandros, o que confere a este curso de água um elevado índice de sinuosidade e que desagua no estuário do Douro, que tem a forma de funil e é classificado como do tipo vestibular e que apresenta, junto à margem esquerda, o Cabedelo do Douro (INAG, 2001).

A bacia hidrográfica ocupa uma área total de 97 603 Km² (18 643 Km² correspondem à parte portuguesa), localizando-se entre os 40°20’ e 43°15’ N e os 1°43’ e 8°40’ W. A parte portuguesa da bacia é constituída por 16 bacias principais, estando assinalado na Figura 4 os afluentes mais importantes e sua distribuição espacial.

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2.3 Enquadramento geológico e geomorfológico

Segundo Bird (2000), restinga pode definir-se como uma praia formada acima do nível da maré e com pelo menos uma extremidade ligada à faixa litoral.

As restingas resultam da acumulação de sedimentos transportados por diferentes processos hidrodinâmicos na interface de dois domínios: marítimo e terrestre. Para a formação de uma restinga, as condições necessárias passam pela existência de mares pouco profundos e, consequentemente, de plataformas continentais arenosas e de fraco declive. As restingas podem ter duas origens: acumulação de sedimentos que foram transportados ao longo da linha de costa, nomeadamente pela deriva litoral; ou migração de barras arenosas para terra, junto à foz do rio ou de cristas pré-litorais que, na faixa de rebentação, podem crescer e emergir (Pereira, 1988).

A capacidade das restingas serem afetadas por diferentes processos reflete-se na sua morfologia e dimensão. A extensão das mudanças geomorfológicas pode variar em escalas de tempo instantâneas – cheias, temporais - ou escalas progressivas – variações do nível do mar.

A região onde se insere a área de estudo está integrada no Maciço Hespérico, que é uma unidade morfo-estrutural da Península Ibérica, formada por um substrato rochoso de idade paleozoica e pré-câmbrica, cuja evolução relaciona-se com a reativação das falhas tardi-variscas (INAG, 2001).

Em termos litológicos, na parte portuguesa o rio Douro e seus afluentes drenam Unidades Granitóides (granitos) e Unidades Metassedimentares (xistos e metagrauvaques) muito deformadas (Conceição, 2008).

2.3.1 Características hidrodinâmicas

Em termos de navegabilidade a cidade do Porto destacou-se, na Idade Média, como um importante centro de comércio marítimo a nível nacional sendo que, atualmente, o principal tráfego é o fluvio-marítimo que permite estabelecer ligações aos portos de mar (INAG, 2001). Em termos de condições de navegação

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11 na barra do rio Douro, estas estão longe das ideais tendo de se recorrer a dragagens de modo a permitir a entrada e saída de navios de maior porte. Também as condições marítimas, em particular a rebentação junto à foz, obrigam ao encerramento da barra em condições de maior agitação marítima.

Em termos de correntes, que influenciam a dinâmica do estuário, destacam-se as correntes de maré e as correntes fluviais que podem atuar em simultâneo ou em separado.

Tendo em conta a sazonalidade, no Verão o caudal sólido é arrastado pelas correntes de vazante no canal da embocadura, prevalecendo as correntes de maré; no Inverno as correntes fluviais dominam, especialmente devido ao escoamento resultante de cheias e que conduzem a importantes transportes sedimentares com consequências de assoreamentos e erosões locais.

Tendo em conta as condições hidrológicas dos afluentes do rio Douro, aliadas ao regime de precipitação, verifica-se que estas alteram as características, a duração e os efeitos que as cheias têm ao longo do curso do rio mas, especialmente, junto à foz potenciadas pela ação das marés.

A construção do porto de Leixões, entre 1884 e 1892, e a construção das sucessivas barragens ao longo do rio Douro, aliado à extração de inertes tiveram como principal consequência a diminuição do fornecimento de areia à restinga do Douro.

2.3.2 Cheias

Segundo o INAG (2001), uma cheia corresponde a uma ocorrência temporária de elevação dos caudais num determinado curso de água e apresenta como consequência a submersão dos terrenos marginais. Verifica-se uma relação entre cheia e inundação e estas podem ser de origem natural ou artificial.

Considera-se uma cheia de origem natural quando se verifica a interação meteorológica, geomorfológica e fisiográfica de uma bacia hidrográfica, sendo que estas podem ocorrer aleatoriamente e independentemente do tipo de curso de

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água. Em relação às cheias artificiais estas têm como origem, principalmente, a rutura de barragens ou incidentes na sua exploração.

A grande consequência das cheias prende-se com os danos físicos e materiais que estas podem provocar e daí a necessidade de efetuar estudos que permitam delimitar as zonas inundáveis e, assim, precaver a perda de bens e proteção de pessoas.

Na Península Ibérica, a maior bacia hidrográfica é a do rio Douro mas comparando esta em termos de área, extensão e caudal com outros rios da Europa, é significativamente menor. Contudo, em relação ao caudal em regime de cheia, a bacia hidrográfica do rio Douro assume valores excecionais, tal como é possível verificar na Tabela 1.

Tabela 1 - Caudais registados em alguns rios da Europa

Rio Local

Bacias Hidrográficas

(km²)

Máxima cheia conhecida Data Caudal (m³/s)

Douro Régua (Ponte) 91119 Dez 1739 18000

Tejo Ródão 59170 Dez 1876 12000

Ródano Beaucaire 95500 Mai 1856 11000

Loire Montjean 109000 Dez 1910 6500

Danúbio Stein-Krems 96000 Set 1899 11200

Dnieper Locmanskaia-

Kamenka 458000 Mai 1931 25100

Volga Volgograd 1354270 Junho 1926 48450

No Gráfico 1 encontra-se sintetizadas as maiores cheias observadas no rio Douro, tendo em conta o caudal máximo registado na Régua.

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13 Gráfico 1 - Caudais máximos observados na Régua referentes às maiores cheias conhecidas

No século XVIII registaram-se várias cheias que resultaram em tragédias, especialmente a de 1739, e que motivaram a implementação de obras que garantissem a segurança na entrada da barra do Douro (Jesus, 2003).

Destacam-se as cheias de 1909/1910 e a de 1962 como as mais importantes do século XX, e foi durante a segunda metade deste século que ocorreram construções de barragens que alteraram o regime hidrológico do Douro (Jesus, 2003) (Gráfico 1).

Segundo P. Baptista (2006), durante as cheias de 1909, com um caudal máximo na Régua de 16 700 (m³/s), a restinga do Douro foi galgada em praticamente toda a sua extensão, tendo só em Agosto de 1910 retomado a sua forma caraterística. São muitos os aproveitamentos hidroelétricos existentes na bacia hidrográfica do Douro, num total de 74 barragens (48 de grandes dimensões), especialmente na parte espanhola (Jesus, 2003). As barragens destinam-se quase em exclusivo à produção de energia elétrica e à utilização em sistemas de rega, sendo pouco eficazes no controle dos caudais e de períodos de cheia (INAG, 2001; Jesus, 2003).

A construção de barragens implica a alteração das condições hidráulicas e hidrológicas e consequente limitação dos caudais sólidos e líquidos debitados de

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atingir a foz do rio, especialmente a fração sólida, embora estejam preparadas para permitir a passagem dos sedimentos para jusante.

2.4 Extração de inertes

A par das barragens, a extração de inertes no rio Douro tem contribuído de forma significativa para a diminuição do caudal sólido junto à foz. A atividade extrativa, especialmente para a construção civil, a par com as dragagens, de forma a manter a navegabilidade do rio, são fatores importantes e condicionantes das condições do rio.

Segundo o INAG (2001), os dados referentes à extração de inertes no rio Douro não são fiáveis devido às atividades ilegais de extração. Em relação ao Cabedelo são conhecidos volumes de extração para o ano de 1971 de 33.700m³, e em 1973 os volumes aumentaram significativamente para 225.000m³. Com a cessação de extração de inertes seria possível aumentar o débito de areias para o litoral, com valores médios de 250.000m³/ano, numa estimativa referente a dados de 1981. Em período de cheia, o Cabedelo adquire diferentes morfologias. Tal como foi referido anteriormente, no ano de 1909 ocorreu uma cheia importante no rio Douro, tal como é destacado por Baptista (2006) (Fig. 5). Os sucessivos episódios de acreção que tiveram lugar no local, até Agosto de 1910, conferiram-lhe a forma que lhe é característica.

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15 Figura 5 - Alterações morfológicas ocorridas na restinga após a cheia de Dezembro de 1909 (adaptado de Baptista, 2006)

2.5 Obras na restinga

Desde os tempos primitivos que a presença de um rio funciona como atrativo para a fixação de populações, pois fornece água e alimento e permite a comunicação e transportes. O rio Douro não é exceção e desde o Paleolítico Inferior que se encontram vestígios de ocupação territorial na região do Porto (Jesus, 2003). Muitas foram as edificações construídas desde então, embora se refira apenas, no presente trabalho, as mais recentes e as que se enquadram na zona em estudo.

Destaca-se o molhe, denominado Luís Gomes de Carvalho, construído em 1820, e que deve o seu nome ao engenheiro que o projetou; consiste num dique de 600 metros de comprimento, apenas visível em baixa-mar (Jesus, 2003) (Fig. 7). A estrutura atualmente existente difere do projeto inicial, o qual previa o seu prolongamento. A principal função desta edificação seria a de estabilizar a barra e

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impedir o crescimento da restinga, o que não ocorreu e poderá, até, agravado o problema.

Para além deste molhe, identificam-se os molhes do Touro e de Felgueiras, que devem o nome aos afloramentos rochosos presentes, e que foram construídos, entre 1790 e 1886, praticamente paralelos entre si e com a vantagem de melhorarem o acesso ao canal e a sua profundidade (Santos, 2010).

Destacam-se ainda outras edificações históricas junto à foz, nomeadamente, o Castelo de S. João da Foz, atualmente designado por Forte S. João Baptista; a Capela Farol S. Miguel-o-Anjo, estas sem ação direta sobre a dinâmica estuarina, e os portos de Carreiras e Leixões. Uma descrição pormenorizada de todas as edificações pode ser encontrada no trabalho de Jesus (2003).

Mais recentemente, no primeiro semestre de 2005, iniciaram-se as construções do molhe norte e do quebramar sul, sendo que a conclusão dos mesmos se verificou no primeiro semestre de 2007 e no primeiro semestre de 2008, respectivamente (Fig. 6).

(35)

17 Segundo o estudo realizado por (Veloso-Gomes, 2011), o molhe Norte apresenta um comprimento de, aproximadamente, 350 metros e uma cota de +7.0m (Z.H.) enquanto o quebramar destacado tem uma orientação SE-NW, possui um comprimento de 450 m e foi construído a cerca de 350 m do Cabedelo (Fig. 7). O molhe Norte apresenta-se orientado para sudoeste e os materiais que serviram para a sua construção foram elementos pré-fabricados e com paredes verticais, que permitem a sua visita por parte da população. A construção deste molhe decorreu desde o primeiro semestre de 2005 até ao primeiro semestre de 2008 (Fernando Veloso-Gomes, 2009).

A construção do quebramar destacado (quebramar Sul) ocorreu desde o primeiro semestre de 2005 e o primeiro semestre de 2007 e esta estrutura é não visitável e apresenta uma concavidade orientada para leste (Fernando Veloso-Gomes, 2009). Para auxílio do reforço da restinga foi feita uma terceira estrutura localizada na margem sul e perpendicular ao quebramar destacado com cerca de 460 m de extensão.

Salienta-se que as obras realizadas implicaram dragagens necessárias ao estabelecimento do canal de navegação, cujo depósito de inertes estava previsto no Cabedelo, junto à obra transversal de reforço.

(36)

18

3. Resultados e discussão

3.1 Evolução morfodinâmica

1910

Na sequência das duas maiores cheias conhecidas, ocorridas nos anos de 1909 e 1910, com um caudal máximo de 16700 m3/s e 13700 m3/s, respectivamente (Gráfico 1), verificaram-se mudanças notáveis junto ao Cabedelo e alterações significativas do volume da restinga e das suas características morfológicas (Fig.7).

Na

esta apresenta-se, a vermelho, a morfologia da restinga em 1910 a que corresponde uma área total de 243875 m2. De salientar, ainda, o significativo assoreamento junto ao Molhe Luís Gomes de Carvalho e a localização da restinga, deslocada para oeste face à posição inicial.

1935

Analisando a Figura 8 verifica-se algum assoreamento junto às pedras do Maroiço; por esta época a restinga teria uma área total de 186086 m2. Comparando com a imagem anterior, verifica-se que a restinga se encontra deslocada para o interior (tendo como referência as pedras do Maroiço) e que a área total da mesma diminuiu.

A representação cartográfica não terá sido precedida por nenhuma cheia significativa.

(37)

19 Figura 7 - Contorno da restinga em 1910

(38)

20

Utilizando o software DSAS foi calculada a taxa de erosão/acreção entre os levantamentos de 1910 e 1935 (

e Figura 8), considerando para o efeito apenas a face oceânica (Figura 9), por se considerar esta a mais dinâmica da restinga. Em termos médios registou-se um recuo de 7.9 m/ano e uma distância médio entre os limites da face oceânica de 198.4 m (Tab. 2). Destaca-se o transepto 1 que registou a maior taxa de erosão (-10.0 m), devido à localização e exposição aos processos hidrodinâmicos.

Tabela 2 – Taxas de acreção/erosão (m) e distância (m) entre linhas de contorno entre 1910 e 1935

Figura 9 - Face oceânica de 1910 e 1935

Transeptos 1910_1935 erosão/ acreção Distância entre linhas 1 -10.0 251.0 2 -8.9 222.7 3 -9.2 230.1 4 -8.6 215.0 5 -8.5 212.0 6 -9.2 230.0 7 -9.6 239.5 8 -9.4 234.0 9 -8.9 222.1 10 -8.7 216.3 11 -8.4 210.5 12 -8.3 207.2 13 -8.5 212.3 14 -8.4 210.1 15 -8.1 202.2 16 -7.8 195.8 17 -7.1 176.4 18 -5.9 147.1 19 -5.0 124.4 20 -4.3 107.2 21 -4.0 99.8 Média -7.9 198.4

(39)

21 Figura 10 - Contornos da restinga para os anos de 1944, 1979,1980 e levantamentos de 1976, 1977 e 1978. A Figura 8 apresentada no VII Símpósio sobre a Margem Ibérica Atlântica mostra os contornos da restinga referentes aos anos de 1944, 1979 e 1980 e a área dos levantamentos de 1976, 1977 e 1978 (Fidalgo, 2012). Verifica-se uma diversidade significativa da morfologia da restinga nos diferentes levantamentos, especialmente no que se refere à face oceânica que adquire diferentes posições e formas. Em 1976 a restinga apresentava uma área de 184124 m2 enquanto em 1977 a área aumentou para 208972 m2 e, no ano seguinte, diminuiu ligeiramente para 204275 m2.

(40)

22

A comparação entre o limite da face oceânica para os anos 1944 e 1976, 1976 e 1979, encontra-se representada na Tabela 3 e na Figura 9.

Tabela 3 – Taxas de acreção/erosão (m) e distância (m) entre linhas de contorno para os períodos 1944-1976 e 1976-1979 Transeptos 1944_1976 1976_1979 Taxa de erosão/ acreção Distância entre linhas Taxa de erosão/ acreção Distância entre linhas 8 52.3 156.8 9 -13.2 421.1 47.1 141.2 10 -12.3 394.8 39.8 119.4 11 -11.3 362.5 33.2 99.7 12 -10.4 333.7 26.0 77.9 13 -9.4 301.8 17.0 51.0 14 -9.0 289.0 10.5 31.5 15 -8.6 276.6 5.4 16.2 16 -8.5 272.3 1.4 4.2 17 -8.1 259.4 -0.3 0.9 18 -7.7 247.1 0.4 1.3 Média -9.9 315.8 21.2 63.6

(41)

23 De modo a ser passível de

comparação, só foram

considerados os transeptos de 9 a 19, para o estudo de 1944 a 1976, e os transeptos 8 a 18 para a análise de 1976 a 1979.

Examinando a Tabela 3 verifica-se que para o período de 1944 a 1976 verificou-se erosão em todos os transeptos; o recuo médio/ano foi de 9.9 m e a distância média entre linhas da face oceânica superior a 300 m. O transepto 9 foi o que apresentou maior taxa de erosão (-13.2 m) e a maior distância entre limites com um valor de 421.1 m. Para o período de 1976 a 1979 verificou-se acreção em todos os transeptos, exceto no 17 e um valor de acreção médio superior a 20 m/ano.

Figura 11 - Contornos da restinga para os anos de 1944 e 1976

Em termos de distância entre linhas de contorno da face oceânica, destacam-se os transeptos 8 a 10 com valores superiores a 100 metros (Fig.12) (Tab.3).

(42)

24

No que se refere à análise morfológica da última década e tendo em atenção as campanhas de monitorização, realizadas entre 2001 e 2011, consideraram-se para esta análise os períodos de i) 2001 - 2005 que antecede a construção dos quebramares Norte e Sul; ii) 2005 – 2008, período simultâneo às obras; iii) 2008 – 2011, desde o término das obras e a última campanha de monitorização realizada (Tab. 4).

Tabela 4 – Taxas de acreção/erosão (m) e distância (m) entre linhas (m) para os períodos 2001-2005, 2005-2008 e 2008-2011 Transeptos 2001_2005 2005_2008 2008_2011 Taxa de erosão/ acreção Distância entre linhas Taxa de erosão/ acreção Distância entre linhas Taxa de erosão/ acreção Distância entre linhas 6 58.54 175.62 7 26.66 79.97 6.9 20.7 8 -65.31 261.23 17.86 53.57 3.6 10.9 9 -58.56 234.26 11.62 34.86 2.0 5.9 10 -43.13 172.53 6.61 19.83 2.1 6.2 11 -1.17 4.69 2.46 7.37 1.9 5.7 12 2.14 8.54 -0.46 1.39 3.3 9.9 13 4.10 16.41 -2.15 6.45 5.5 16.6 14 8.35 33.42 -2.50 7.49 7.5 22.6 15 12.35 49.40 -0.90 2.70 8.5 25.6 16 16.56 66.22 -1.18 3.55 10.2 30.5 17 17.50 70.00 0.95 2.85 11.1 33.4 18 16.78 67.11 0.09 0.26 9.9 29.7 19 0.71 2.13 Média -8.22 89.44 8.45 28.43 8.5 28.4

(43)

25 Para o período de 2001 a 2005 verifica-se que a tendência foi de recuo, desde os sectores 8 a 11, sendo que a partir do sector 12 a tendência inverteu-se dando lugar, de uma forma progressiva, a acreção nos restantes sectores. Contudo o balanço da taxa de erosão/ acreção é negativo apresentando um recuo total médio de 8.22 m. À semelhança da taxa de recuo que se verifica nos sectores de 8 a 11, a distância entre linhas também é significativo, tal como é visível na Figura 11.

No período de 2005 a 2008 e no qual decorreram as obras, verifica-se uma acreção média de 8.45 m (Tab. 4). Exceto entre os sectores 12 a 16 em que se verifica recuo, todos os restantes apresentam acreção. Em termos de distância entre linhas, o valor médio é de 28.43 m, destacando-se o primeiro transepto (transepto 6) que apresenta a maior distância entre linhas e o penúltimo (18) que apresenta a menor distância.

De 2008 a 2011, observa-se acreção em todos os sectores, destacando-se os três últimos (sectores 16, 17 e 18) em que a distância entre linhas ronda os 30 metros e uma taxa de acreção de, aproximadamente, 10 m (Tabela 4).

(44)

26

3.2 Volumetria

O Gráfico 2 corresponde à representação da área e do volume totais da restinga obtidos nas campanhas realizadas de 2001 a 2011.

Gráfico 2 - Área e volume totais da restinga entre 2001 e 2011.

Da análise verifica-se que, em geral, a tendência na variação da área e dos volumes é semelhante. Destacam-se as campanhas de 2011 que registam os maiores valores, tanto no volume como na área.

Na primeira campanha, Dezembro de 2001, verificam-se valores de área e volume baixos, 215306.06 m2 e 610495.28 m3, respetivamente, em comparação com os das restantes campanhas.

Durante o período de construção dos quebramares, 2005 a 2008, a área da restinga diminuiu significativamente, tendo sido registado o menor valor na campanha de Dezembro de 2006 (205202.82 m2). O volume total de sedimentos

(45)

27 também acompanha esta tendência embora as diferenças sejam menos expressivas face aos valores registados, antes e depois da construção.

3.2.1 Variação sazonal

No Gráfico 3 estão representados os volumes referentes ao verão e inverno marítimos para o conjunto das campanhas.

Gráfico 3 - Representação dos volumes durante o Inverno e o Verão marítimos

O Gráfico 3 engloba, para representar o verão marítimo, as campanhas de Setembro realizadas nos anos de 2002, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007. Para o inverno marítimo foram consideradas as campanhas realizadas no mês de Março para os anos 2003, 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008.

Com exceção da campanha do verão marítimo de 2006, todas as restantes apresentaram volumes superiores ao inverno marítimo, como seria de esperar,

(46)

28

tendo em conta as condições de agitação marítima que habitualmente ocorrem nesse período do ano.

Destaca-se a campanha de 2003, referente ao verão marítimo, que apresenta um volume significativamente mais elevado do que o registado em 2002 em igual período do ano.

3.3.2 Face oceânica

No Gráfico 4 encontram-se representados o volume total da restinga e o volume da face oceânica, relativos às campanhas de 2002-2012.

O comportamento da restinga no seu todo é predominantemente resultante dos fenómenos que ocorreram na face oceânica. Deste modo justifica-se o estudo detalhado do comportamento deste sector, relacionando a agitação marítima com os valores de volumes por sectores.

(47)

29

Fatores condicionantes

3.4 Secções

De modo a detalhar o estudo da face oceânica, esta foi dividida em secções, tal como se mostra na Figura 10. A linha vertical foi definida como baseline e dividida em 7 secções, igualmente espaçadas entre si de 100 em 100 metros. A campanha aqui representada corresponde à última campanha realizada – Julho de 2011.

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30

3.5 Agitação marítima

Para avaliar a associação de escalas temporais da agitação marítima no local de estudo foi realizada uma análise através do cálculo dos coeficientes de correlação dos valores de agitação marítima na boia de Leixões para H1, H7, H15 e H30 respetivamente (Tabela 5) (Graf. 5).

Tabela 5 - Coeficientes de correlação para H1, H7, H15 e H30 (S1 a S7 – secções ao longo da restinga) H1 H7 H15 H30 S1 -0.49886 -0.48427 -0.5132 -0.42698 S2 -0.50369 -0.51427 -0.51042 -0.41819 S3 -0.49687 -0.5134 -0.4903 -0.38223 S4 -0.37973 -0.38763 -0.3398 -0.25824 S5 -0.13506 -0.15284 -0.07442 -0.0783 S6 -0.24227 -0.2333 -0.23664 -0.17005 S7 -0.24954 -0.20067 -0.16547 -0.15897

A representação gráfica dos coeficientes de correlação (Gráf. 5) apresenta os valores presentes na Tabela 5 e optou-se por utilizar o H7, que representa a agitação marítima verificada nos 7 dias que antecedem a realização das campanhas de monitorização.

(49)

31 Coelho (2005) e P. Baptista (2006) destacam o trabalho de Carvalho e Barceló (1966) como o primeiro dedicado ao tratamento da observação sistemática de agitação marítima em Portugal; este estudo possibilitou caraterizar as alturas significativas mais frequentes na costa ocidental portuguesa que são de 1 a 2 m, perfazendo 45% das ocorrências enquanto, valores superiores a 3 m, correspondem a 15%. Para alturas superiores a 6 m correspondem apenas a 2% das ocorrências totais, sendo o máximo registado, em termos de agitação marítima, de 11 m.

Segundo P. Baptista (2006), considera-se um temporal quando é ultrapassado um determinado valor definido de altura significativa da onda ao largo, o qual tende a variar conforme a área costeira portuguesa considerada (Oeste ou Sul) e de autor para autor. Geralmente o valor para o qual se considera a ocorrência de um temporal para a costa oeste é de Hso = 5 m.

No Gráfico 6 está representada a agitação marítima verificada nos 7 dias anteriores à realização da campanha.

(50)

32

Tendo em conta o Gráfico 6 destacam-se as campanhas de Mar03, Mar04, Dez06 e Abr07 superiores a 3m enquanto as campanhas de Mai04, Jun07, Jul11 destacam-se por valores menores. Não se verifica nenhum valor de H7 superior a 5m e o menor valor registado foi na campanha de Set02 com um valor de 1.22m. O valor médio de H7 foi de 2.05m e, tendo em conta o autor mencionado anteriormente, que refere que as alturas significativas mais frequentes na costa ocidental portuguesa são de 1 a 2 metros, este valor está próximo do intervalo referido.

(51)

33

3.6 Estudo da face oceânica

3.6.1 Secção 1

Para a secção 1 e analisando o Gráfico 7 verifica-se que o perfil de volume e área são coincidentes.

Gráfico 7 - Área e Volume da secção 1

Em termos de área, destacam-se as campanhas de Mai02 e Set02, e Jun03 a Set 04 com áreas bastante elevadas, sendo este período anterior às obras. Nas campanhas seguintes e especialmente no ano de 2006 e 2007 registaram-se valores mínimos de área contudo, a menor área regista-se na primeira campanha efetuada em Dez01. As mesmas considerações estendem-se para a variação do volume, que apresenta como seria de esperar uma tendência semelhante.

Tal como mencionado anteriormente, em Dez06 e Abr07 verificou-se uma agitação marítima superior a 3 metros, nos 7 dias anteriores à realização da campanha de monitorização, o que coincide com valores mínimos de área e volume nestes dois anos em estudo.

(52)

34

Considerando os valores de volume máximos obtidos destacam-se as duas últimas campanhas, Jan11 e Jul11.

3.6.2 Secção 2

Gráfico 8 - Área e Volume da secção 2

No setor S2 volta-se a verificar que os perfis de volume e área são coincidentes e semelhante ao obtido para o setor anterior (S1). À semelhança do sector S1, os maiores valores de área registam-se novamente nas campanhas de Mai02, Set02, Jun03 e Set03 e a primeira campanha (Dez01) é a que regista menor volume e área (Gráfico 8).

Em termos de valores de volumes máximos destacam-se novamente as duas últimas campanhas realizadas (2011). Considerando o Gráfico 6 verifica-se que nos 7 dias que antecederam a realização da campanha de monitorização verificou-se valores mínimos de agitação marítima.

(53)

35

3.6.3 Secção 3

Gráfico 9 - Área e Volume da secção 3

À semelhança dos setores anteriores S1 e S2 as campanhas de Dez01 e Mar03 voltam a registar os menores valores de volume e de área (Gráfico 9). Neste setor destaca-se também a campanha de Set06 que apresenta uma área e um volume baixos de 26458.09 m3 e de 6578.32m2, respetivamente.

Considerando os valores de agitação marítima (Gráf. 6) regista-se um valor elevado de H7, o que sugere uma relação entre as condições de agitação marítima verificadas anteriormente e os baixos valores de volume e área.

Em termos de maiores volumes e áreas registadas destacam-se as campanhas realizadas no ano de 2003, nomeadamente em Junho, Setembro e Dezembro no entanto o maior volume obtido foi, novamente, nas campanhas de 2011.

(54)

36

3.6.4 Secção 4

Gráfico 10 - Área e Volume da secção 4

Neste setor destaca-se a maior área registada na campanha de Jun06, sendo que o mesmo não sucede em relação ao volume, que volta a registar os valores máximos em 2012 (Gráfico 10).

Em relação ao menor volume obtido destaca-se, novamente, a campanha de Dez 01, à semelhança de todos os setores anteriores. Destacam-se, ainda, duas campanhas sucessivas com valores baixos, nomeadamente Dez02 e Mar03 com volumes de 32457.3 m3 e 31256.92 m3, tendo em conta as campanhas realizadas antes e após.

Verifica-se que desde a campanha de Mar05 a Jun08 os volumes apresentam valores significativamente baixos, variando entre 33000 m3 e 49000m3.

(55)

37

3.6.5 Secção 5

Gráfico 11 - Área e Volume da secção 5

Neste sector as 3 primeiras campanhas, de Dez01 a Set02 apresentam um perfil diferente para área e volume, enquanto as restantes campanhas tendem a apresentar um perfil coincidente (Gráfico 11).

Considerando a campanha de Dez01 que regista uma área elevada (14765.48m2), este valor decresce significativamente nas campanhas seguintes até Dez02, que apresenta uma área de 9232.73 m2. Para o período de Jun05 a Jun08 verifica-se um aumento da superfície, com exceção das campanhas de Set06 e Set07. No volume é visível também para as campanhas de Set06 e Set07 uma ligeira diminuição deste valor.

Em relação ao volume este apresenta valores considerados baixos desde a primeira campanha (Dez01) até Mar03, com algumas oscilações. Na campanha de Jun03 verifica-se um valor elevado de volume, contudo os maiores volumes voltam a registar-se nas campanhas de Jan e Jul11.

(56)

38

3.6.6 Secção 6

Gráfico 12 - Área e Volume da secção 6

Considerando os sectores já analisados, de um modo geral, o perfil de área e volume são coincidentes, o que não ocorre em algumas campanhas deste sector. Verifica-se neste sector, e ao contrário dos restantes estudados, que a campanha de Dez01, primeira campanha realizada, tende a apresentar valores baixos de área e de volume, o que não sucede neste sector, em que apresenta uma área de 23769.87 m2, a maior área verificada em todo este sector e nas campanhas realizadas. Nas campanhas seguintes verifica-se uma diminuição significativa de área, especialmente na campanha de Dez02 e que culmina com uma menor valor de área registado (10218.13 m2), para de seguida a área aumentar nas duas campanhas seguintes (Mar03 e Jun03).

Quanto ao volume destacam-se as campanhas realizadas no ano de 2011 que apresentaram os maiores valores. À semelhança da área, é na campanha de Dez02 que se regista o menor volume (28898.21m3).

(57)

39

3.6.7 Secção 7

Gráfico 13 - Área e Volume da secção 7

Neste sector destacam-se as campanhas realizadas de Dez01 a Dez02, que de uma forma geral tendem a apresentar valores baixos de área e de volume; e as campanhas de Set06 a Set07, período no qual ainda decorriam as obram, que apresentam valores baixos, tanto de área como volume.

As campanhas de monitorização realizadas em 2011 voltam a registar valores elevados de área e volume, à semelhança dos sectores anteriores (Gráfico 12). Destaca-se, ainda, a campanha de Mar03 que apresenta uma área significativa (29986.71 m2), comparando com as anteriores, em que o valor da área quase triplica. Convém voltar a referir que nos 7 dias anteriores à campanha de Mar03 verificou-se uma agitação marítima superior a 3 metros.

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40

4. Conclusões e considerações finais

Com o estudo temporal da restinga verificou-se que ao longo do tempo a restinga sofreu alterações ao nível das suas caraterísticas, posição e dimensões.

Com a ferramenta ArcGis, foi possível realizar o estudo da evolução da linha de costa (histórica e presente) o que permitiu identificar zonas de erosão e acreção na restinga e também verificar o impacto da construção dos molhes.

A ferramenta DSAS, mesmo com todas as limitações inerentes, permitiu calcular a distância entre linhas e obter as taxas de acreção/ erosão e verificar que a restinga, em termos históricos, variava significativamente a sua posição.

No início da monitorização, Dezembro de 2001, a restinga apresenta os valores mais baixos de área e volume, enquanto na última campanha (Julho 2011) registaram-se os maiores valores de área e volume. Durante a monitorização ocorreu a construção dos molhes e a configuração do Cabedelo inverteu-se, registando aumentos significativos de área e volume. E portanto, pode-se considerar que as obras implementadas estão a surtir efeito, alterando a tendência e dinâmicas locais.

Em relação ao estudo da face oceânica, verificou-se que este reflete o comportamento da restinga no seu todo e, portanto, a necessidade de conhecer mais em detalhe os processos que afetam este local.

Relacionando os dados de agitação marítima verifica-se que em condições mais energéticas há uma tendência para se verificarem valores mais baixos de área e volume, o que sugere uma relação entre a agitação marítima e os valores de área e volume obtidos.

Em termos de considerações finais, este tipo de trabalhos revelam-se importantes de modo a manter uma monitorização a longo prazo que permite avaliar as alterações na dinâmica da restinga. Um conhecimento aprofundado e mantido ao longo do tempo permite, no futuro, uma tomada de decisões mais informada. É igualmente importante manter monitorização da área de modo a verificar o impacto das obras implementadas (construção dos molhes) a longo prazo.

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41 Um estudo batimétrico da área revelar-se-ia importante no sentido de perceber como é que as correntes e a agitação marítima se alteraram em consequência da construção dos molhes e quais as alterações introduzidas.

(60)

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Anexos

Ano Campanhas Volumes - ArcGis Volumes - Surfer Área 2D 2001 02_04Dez 610495.28 609619.96 215306.06 2002 19_20Mai 867544.73 871001.94 259760.04 07Jul 853104.84 853236.66 259839.88 23Dez 769341.67 768484.00 229188.82 2003 03_04Mar 729492.5 729041.65 226195.78 13_23Jun 967092.09 966657.32 284538.07 10_12Set 1021107.2 1020333.34 275572.05 22_23Dez 944710.92 943603.29 271113.50 2004 24_25Mar 925809.7 924979.08 267418.52 17_19Mai 915972.16 914783.09 263634.18 02_05Jul 908180.71 908141.60 260269.50 02_03Set 929852.89 930178.94 258243.34 2005 1_12Jan 877197.97 875399.32 255511.62 10_12Mar 854318.1 853572.52 248842.99 06_07Jun 795125.58 634924.85 218945.80 19_22Set 820463.45 656241.89 220436.36 2006 02Mar 777576.16 614557.62 226836.81 26_27Jun 884820.04 682519.51 239138.65 25Set 733865.24 585833.27 218646.44 06_09Dez 707682.51 561017.56 205202.82 2007 07Mar_14Abr 774932.00 629590.27 230080.64 15Jun 834081.18 700534.99 236128.84 25Set 826150.12 678660.84 234179.32 26_29Dez 884952.99 767777.94 247809.51 2008 09Abr 860888.16 769439.94 234826.71 03Jun 875247.16 786731.56 241829.84 2011 04Jan 1419732.021 272659.22 05Jul 1481734.478 291114.35

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Referências

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