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(1)UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DA SAÚDE ORTODONTIA. MARIANA HELENA SILVA CARVALHO. AVALIAÇÃO DO PADRÃO ESQUELÉTICO VERTICAL DA FACE NA OCLUSÃO NORMAL NATURAL E NAS MALOCLUSÕES DE ANGLE, E SUA CORRELAÇÃO COM A SÍNFISE MANDIBULAR. SÃO BERNARDO DO CAMPO 2011.

(2) MARIANA HELENA SILVA CARVALHO. AVALIAÇÃO DO PADRÃO ESQUELÉTICO VERTICAL DA FACE NA OCLUSÃO NORMAL NATURAL E NAS MALOCLUSÕES DE ANGLE, E SUA CORRELAÇÃO COM A SÍNFISE MANDIBULAR. Dissertação apresentada ao Curso de Odontologia da Faculdade da Saúde, da Universidade Metodista de São Paulo, como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Mestre pelo Programa. de. Pós-Graduação. em. Odontologia: área de concentração em Ortodontia. Orientador:. Prof. Dr. Marco Antônio Scanavini. SÃO BERNARDO DO CAMPO. 2011 I.

(3) FICHA CATALOGRÁFICA C254a. Carvalho, Mariana Helena Silva Avaliação do padrão esquelético vertical da face na oclusão normal natural e nas maloclusões de Angle, e sua correlação com a sínfise mandibular / Mariana Helena Silva Carvalho. 2011 88 f. Dissertação (mestrado em Ortodontia) --Faculdade de Saúde da Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2011. Orientação: Marco Antonio Scanavini 1. Cefalometria 2. Má oclusão 3. Sínfise mandibular 4. Ortodontia I.Título. D. Black D4. .. II.

(4) DEDICAÇÃO À minha família: Especialmente ao meu marido, Dácio Carvalho, por me apoiar nestes dois anos tão difíceis e essenciais para a minha formação profissional. Por me incentivar constantemente a alcançar meus ideais mesmo que isso nos mantivesse distantes. Suas palavras, carinho e amor foram muito importantes para me motivar nessa conquista e na realização desse sonho.. Aos meus filhos: Marina, pela participação ativa neste trabalho, desde o início, inclusive acompanhando-me nas viagens a São Paulo, quando me sentia desanimada e triste. Marcelo, pelo incentivo constante para que eu não desistisse dessa jornada, tão árdua, e, pela ajuda na parte gráfica, principalmente em altas horas da madrugada. Marilena, por vibrar, mesmo de muito longe, para a realização desse curso e pela alegria que me proporciona ao me dar dois netos: Nicholas e o baby Lucas; paixões da minha vida! Ao meu genro Roberto, pela ajuda preciosa na obtenção da maioria dos artigos das referências bibliográficas desse estudo e por traduzir meus trabalhos internacionais. Ao meu genro Gama Filho, por muitas vezes me pegar de madrugada no aeroporto e pela compreensão da ausência da Marina. Agradeço também à minha “norinha”, Ana Paula, pelo incentivo e por torcer pelo meu sucesso nessa jornada, procurando de alguma forma me ajudar.. À todos vocês meus queridos, dedico este trabalho, com muito amor e gratidão. AGRADECIMENTOS ESPECIAIS Agradeço especialmente, A Deus, energia maior, por Se mostrar presente em todos os momentos, por ter me dado força e coragem durante todos estes dois anos. Ao meu orientador, Prof. Dr. Marco Antônio Scanavini, Coordenador do Programa de Pós Graduação em Odontologia, área de concentração em Ortodontia, pessoa especial que jamais esquecerei. Obrigada por ter me recebido nesta Instituição de braços abertos, pelo exemplo de sabedoria e segurança na resolução dos problemas, por acreditar e confiar em mim, por toda consideração e apoio que sempre demonstrou nos momentos decisivos permitindo que eu fizesse minhas escolhas, por todo o apoio e orientações imprescindíveis à realização deste trabalho, a minha mais sincera gratidão. Ao Professor Dr. Luiz Renato Paranhos, Exemplo de dedicação à docência, demonstrando da melhor maneira o que é ser completamente Professor; sempre trabalhando com dedicação e entusiasmo, procurando ajudar a todos que o solicitam; mais que um Mestre, um amigo dos seus alunos. Obrigada pelas valiosas sugestões e correções, ser-lhe-ei eternamente grata por tudo que fez por mim. III.

(5) Aos Mestres Doutores; Carlos Alberto Gregório Cabrera e Marise de Castro Cabrera, exemplos de determinação e capacidade, responsáveis pela minha paixão por Ortodontia e pelo meu interesse para fazer um Mestrado. Agradeço pelos ensinamentos, pelo apoio constante, pelas valiosas contribuições e experiências compartilhadas que muito contribuíram para a minha formação profissional, e principalmente, pelo incentivo durante esta jornada e mais ainda, pelo carinho, e pelo privilégio da amizade.. IV.

(6) AGRADECIMENTOS Aos Professores Doutores do curso de Mestrado: Marco Antonio Scanavini; Luiz Renato Paranhos; Fernando César Torres; Carla Patrícia César; Renata Cristina Castro; Cláudia Toyama Hino; Fernanda Angelieri e André Luis R. de Miranda, meu muito obrigada, pela oportunidade de aprendizado e pelos sábios ensinamentos transmitidos. A vocês, dedico uma citação de Antoine de Saint-Exupéry: “Cada um que passa em nossa vida passa sozinho... Porque cada pessoa é única para nós e nenhuma substitui a outra... Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, mas não vai só... Levam um pouco de nós mesmos e deixam um pouco de si mesmos.” Ao inesquecível Professor Doutor Toshio Uetanabaro, com quem aprendi os primeiros passos da Ortodontia e à estimada Mestre Kátia Regina Izola Simone, com quem descobri e aprendi a satisfação de ensinar. Ao Professor Dr. José Roberto Lauris, pela ajuda nos estudos estatísticos. Aos colegas: Aluisio Galiano, Daniele Gambarini, Eduardo Carpinski, Fabíola Francio, Geraldo Marchiori, Marcos Felipe Nunes, Octavio Margoni, Sabrina Rocha, Silvana Kairalla e Valéria Nicodemos, agradeço pelo agradável e harmonioso convívio, pelos conhecimentos compartilhados, e por tudo que passamos juntos. Cada um de vocês tem uma parcela de importância em minha vida, são muito mais que colegas, seja por conhecimentos adquiridas, seja por momentos de dificuldade ou por momentos de descontração. Amo todos vocês! Dani, posso lhe chamar de amiga, assim sinto você em meu coração e assim você se mostrou, desde o início do curso sem me conhecer; sua alegria contagiante em muitos momentos foi essencial para mim. FÊ, sua pureza nos contagia, obrigada pela demonstração de amizade. VAL, você também está em meu coração, pelas dificuldades que me ajudou a superar, pelas fugidas p/ o “sushi” e por tudo que aprendemos e convivemos juntas. À Ana Regina Paschoalin, secretária do departamento do Programa de Pós Graduação. Aninha, obrigada pelo seu empenho e dedicação, por sua eficiência, sempre com um sorriso e disposição e boa vontade para ajudar, torcendo sempre pelo sucesso de todos. Aos funcionários: Marilene Domingues, Célia Maria dos Santos, Edílson Donizeti Gomes, pela cordialidade e simpatia durante todo o curso. À bibliotecária Andréia Cristina Gomide, pela ajuda na solicitação de muitas referências para este estudo, sempre com muita boa vontade. À colega e amiga Natália Vieira, que dedicou nestes últimos dias, muitas horas de sua vida, ajudando-me na conclusão gráfica deste trabalho. Igualmente V.

(7) agradeço a todos os meus amigos que torceram pela conclusão deste Mestrado, em especial às colegas e mais que amigas; irmãs de coração; Joana, Geísa e Socorro Giusti. À Rosângela Pereira, minha secretária, agradeço muito sua dedicação e empenho em tomar conta do meu lar. Rôse querida, sua contribuição foi essencial, me atendendo sempre que precisei. Obrigada por tudo! Enfim, agradeço a todos àqueles que conviveram durante esses anos, e que de alguma maneira contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste sonho. OBRIGADA A TODOS VOCÊS!!!. VI.

(8) O sábio não se exibe, e por isso brilha. Ele não se faz notar, e por isso é notado. Ele não se elogia, e por isso tem mérito. E por não estar competindo, ninguém no mundo pode competir com ele. Lau Tsu. VII.

(9) RESUMO. VIII.

(10) CARVALHO, M.H.S. Avaliação do padrão esquelético vertical da face na oclusão normal natural e nas maloclusões de Angle, e sua correlação com a sínfise mandibular. 2011. 88f. Dissertação (Mestrado em Ortodontia) - Faculdade da Saúde, Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2011.. RESUMO. O propósito deste estudo foi avaliar cefalometricamente, o padrão esquelético vertical da face em indivíduos com oclusão normal natural e nas diferentes maloclusões e sua correlação com a sínfise mandibular, além de avaliar a presença de. dimorfismo. sexual.. A. amostra foi composta de 200 telerradiografias. cefalométricas, divididas quanto ao tipo de oclusão, em cinco grupos: grupo A, com pacientes portadores de oclusão normal natural e grupos B, C, D e E, com pacientes portadores de maloclusões, sendo cada grupo, dividido igualmente quanto ao sexo e apresentando idade média entre 13 e 16 anos. A amostra foi classificada em 3 padrões morfológicos verticais da face, de acordo com o índice da altura facial (FHR), proposto por SIRIWAT & JARABAK ou Quociente de Jarabak, em: Hiperdivergente, Neutro e Hipodivergente. Foi utilizada a variável GoMe.VT, da análise de VIGORITO, para avaliar a inclinação da sínfise e sua correlação com os padrões verticais faciais. Após a coleta de dados e da avaliação dos testes estatísticos; qui-quadrado, teste “t” de Student e da correlação de Pearson, concluiuse que, o padrão Hipodivergente em todos os pacientes estudados foi o mais frequente, com 70%, sendo que a maior frequência deste padrão foi encontrado na maloclusão Classe II, divisão 2, com 87.5%, existindo outras prevalências de alguns padrões em diferentes classes de oclusões. Foi encontrada uma correlação positiva entre a inclinação da sínfise mandibular e o quociente de Jarabak apenas para a maloclusão Classe I e maloclusão Classe III. Não houve diferença estatisticamente significante entre os sexos e a classificação da morfologia quando comparados os cinco grupos, porém, quando os grupos foram analisados separadamente, foram encontradas diferenças significantes entre os sexos. Palavras chaves: Cefalometria, Má oclusão, Sínfise Mandibular, Ortodontia. IX.

(11) ABSTRACT. X.

(12) CARVALHO, M.H.S. Assessment of vertical facial skeletal pattern in normal occlusion and in different Angle types of malocclusion, and its correlation with the mandibular symphysis. 2011. 88f. Dissertation (Masters in Dentistry)Faculdade da Saúde, Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2011.. ABSTRACT. The purpose of this study was to evaluate cephalometrically, the vertical facial skeletal pattern in subjects with natural normal occlusion and different malocclusions, correlation with the mandibular symphysis and evaluate sexual dimorphism. The sample consisted of 200 cephalometric radiographs divided in five groups based on occlusion type: group A, patients with natural normal occlusion and groups B, C, D and E, patients with malocclusions, each group being divided equally by sex and mean age between 13 and 16 years old. The sample was classified into three morphological patterns of vertical face, according to the facial height ration (FHR), proposed by SIRIWAT & JARABAK or Quotient Jarabak in: Hyperdivergent, Neutral and Hypodivergent. It was used the GoMe.VT variable, from VIGORITO analysis to assess the symphysis’ inclination and its correlation with the vertical facial patterns. After data collection and statistical tests evaluation; q-square test, "T" Student test and Pearson correlation, it was concluded that Hypodivergent was the most frequent in all patients studied, with 70%, and the greater frequency of this pattern was found in Class II malocclusion, division 2, with 87,5%, prevalence of some other existing standards in different classes of occlusions. We found a positive correlation between the inclination of the mandibular symphysis and Quotient Jarabak only for malocclusion Class I and Class III malocclusion. There was no significant statistical difference between the sexes and the morphology classification when the five groups were compared, however, when the groups were analyzed separately, significant differences were found between the sexes.. Keywords: Cephalometry, Malocclusion, Mandibular Symphysis, Orthodontics. XI.

(13) SUMÁRIO RESUMO……………………………………………………................... IX ABSTRACT…………………………………………………..........…..... XI LISTA DE TABELAS........................................................................ XIII LISTA DE GRÁFICOS....................................................................... XIV LISTA DE QUADROS....................................................................... XV LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS..................................... XVI 1. INTRODUÇÃO........................................................................... 2. 2. REVISÃO DA LITERATURA..................................................... 5. 3. PROPOSIÇÃO........................................................................... 28. 4. MATERIAL E MÉTODO............................................................. 30. 5. RESULTADOS........................................................................... 40. 6. DISCUSSÃO.............................................................................. 54. 7. CONCLUSÂO.............................................................................63 REFERÊNCIAS ......................................................................... 66 ANEXO....................................................................................... 74 APÊNDICES............................................................................... 76. XII.

(14) LISTA DE TABELAS. TABELA 5.1 – Erro do Método – teste de Dahlberg e test “t” pareado................... 40 TABELA 5.2 – Distribuição da classificação de Jarabak.........................................41. TABELA 5.3 - Correlação de Pearson entre a medida GoMe.VT e as medidas a-b, c-d, Me-h e o Quociente de Jarabak.................................................................42. TABELA 5.4 - Comparação entre os sexos Feminino e Masculino nas medidas Avaliadas no Grupo de Oclusão Normal.................................................................. 43. TABELA 5.5 - Comparação entre os sexos Feminino e Masculino nas medidas Avaliadas no Grupo de Classe I.............................................................................. 44. TABELA 5.6 - Comparação entre os sexos Feminino e Masculino nas medidas Avaliadas no Grupo de Classe II, div. 1................................................................... 45. TABELA 5.7 - Comparação entre os sexos Feminino e Masculino nas medidas Avaliadas no Grupo de Classe II, div. 2................................................................... 46. TABELA 5.8 - Comparação entre os sexos Feminino e Masculino nas medidas Avaliadas no Grupo de Classe III............................................................................. 47. TABELA 5.9 - Medidas obtidas nos 5 Grupos de Maloclusões.............................. 48. XIII.

(15) LISTA DE GRÁFICOS. GRÁFICO 5.1.. Distribuição da classificação de Jarabak nos cinco grupos. estudados no sexo Feminino............................................................................. 49. GRÁFICO 5.2.. Distribuição da classificação de Jarabak nos cinco grupos. estudados no sexo Masculino........................................................................... 49. GRÁFICO 5.3.. Distribuição da classificação de Jarabak nos cinco grupos. estudados em ambos os sexos......................................................................... 50. GRÁFICO 5.4.. Distribuição da classificação de Jarabak de todos pacientes. estudados.......................................................................................................... 50. GRÁFICO 5.5.. Distribuição da classificação de Jarabak de acordo com a. classe de oclusão, somente dos pacientes do sexo Feminino......................... 51. GRÁFICO 5.6.. Distribuição da classificação de Jarabak de acordo com a. classe de oclusão, somente dos pacientes do sexo Masculino........................ 51. GRÁFICO 5.7.. Distribuição da classificação de Jarabak de acordo com a. classe de oclusão, somente dos pacientes do sexo Feminino e Masculino......52. XIV.

(16) LISTA DE QUADROS. QUADRO 4.1 – Distribuição da Amostra................................................................. 30 QUADRO 4.2 – Quociente de proporcionalidade de JARABAK.............................. 36. QUADRO 4.3 - Classificação da morfologia facial segundo SIRIWAT;JARABAK.. 36. XV.

(17) LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS. mm. Milímetro. °. Grau - Unidade de medida dos ângulos. %. Porcentagem. Dp. Desvio padrão. ns. Não significante. *. Estatisticamente significante. p. Nível descrito de significância estatística. div.. Divisão. M. Masculino. F. Feminino. XVI.

(18) 1. INTRODUÇÃO.

(19) 2. 1 INTRODUÇÃO. O estudo cefalométrico ainda representa, nos dias de hoje, uma excelente ferramenta para o diagnóstico, planejamento e acompanhamento do tratamento ortodôntico. A partir do ano de 1931, quando BROADBENT 11,. 12. disponibilizou duas. publicações (1931, 1937), detalhando metodologias para se determinar medidas craniofaciais, várias análises durante muitos anos foram desenvolvidas na tentativa de qualificar e quantificar a estética facial. Inúmeros pesquisadores como TWEED64 (1946), WYLIE67 (1947), BJORK8 (1948), DOWNS22 (1948), STEINER59 (1953), KROGMAN; SASSOUNI31 (1957), RICKETTS42 (1960), SALZMAN48 (1960), SASSOUNI51 (1962), McNAMARA36 (1984), dentre outros, aperfeiçoaram e impulsionaram novos estudos cefalométricos, porém, na prática clínica, um dos principais fatores que prendem a atenção do ortodontista é o comportamento do crescimento facial. Três tipos faciais distintos são rotineiramente definidos na literatura, com características que refletem evidentemente na morfologia das estruturas anatômicas faciais: Mesofacial, Dolicofacial e Braquifacial. Quando indivíduos são portadores de maloclusões, estas por sua. vez,. apresentam. repetidos sinais aparentes,. representando a anatomia óssea, muscular e dentária pertinentes a cada tipo facial, ainda que suas causas possam ser multifatoriais e o prognóstico ortodôntico distinto (CABRERA14, 2004). Inúmeros autores, como SASSOUNI52 (1969), e principalmente os estudos de AIDAR & SCANAVINI1 (1989), SCANAVINI54 (1999), MIRANDA37 (2000), POUBEL40 (2003), buscaram trazer alguma contribuição ao estudo de avaliação cefalométrica nos diferentes padrões de crescimento facial. VIGORITO 66 (1974) propôs uma análise cefalométrica com algumas medidas angulares e lineares, visando orientar o clínico no diagnóstico, prognóstico e planejamento ortodôntico. Os métodos que buscam evidenciar o padrão de crescimento da face ou demonstram sua tendência de crescimento e que são de fácil utilização, despertam.

(20) 3 interesse clínico, visto que o profissional está sempre buscando aprimorar o seu diagnóstico para melhor planejar o tratamento ortodôntico. Dois autores destacam-se no estudo de associações entre morfologia facial e maloclusão: SIRIWAT & JARABAK58 (1985). A análise emprega muitos parâmetros esqueletais básicos já descritos morfologicamente por BJORK 9 (1969), que caracterizam. a. morfologia. facial. com. base. em. três. distintos. padrões:. Hiperdivergente, Neutro e Hipodivergente, definidos pela proporção da Altura Facial (FHR) ou QUOCIENTE DE JARABAK, isto é, a razão da Altura Facial Posterior (SGoc) pela Altura Facial Anterior (N-Me), multiplicado por 100 (cem), obtendo um percentual (%), sendo este representativo em parâmetros, para descrever a morfologia facial. Devido à correlação entre a morfologia facial e suas respectivas sínfises, embora eventualmente estas possam ser encontradas em outros tipos que não os seus correspondentes, suas características morfológicas individuais, sobretudo os limítrofes físicos de seus contornos, as sínfises largas, estreitas e equilibradas, identificam-se com as características morfológicas encontradas nos distintos biotipos faciais (CABRERA15, 2010). Refletindo sobre estas questões decorrentes desses achados disponibilizados na literatura, este estudo teve por objetivo avaliar as variações morfológicas verticais da face decorrentes da análise de SIRIWAT: JARABAK 58 (1985), em oclusões normais naturais e nas maloclusões de ANGLE3 (1899) além de verificar uma possível correlação com a sínfise mandibular..

(21) 4. REVISÃO DA LITERATURA.

(22) 5. 2 REVISÃO DA LITERATURA A radiografia cefalométrica é um método de diagnóstico e planejamento utilizado rotineiramente pelos ortodontistas, clínicos gerais e profissionais da saúde, sendo também utilizada para o estudo do crescimento e desenvolvimento do complexo craniofacial. Pela observação da relação entre as maloclusões e as características. esqueléticas. craniofaciais,. primeiro. utilizou-se. de. técnicas. antropométricas, observando-se a grande limitação da craniometria no estudo em seres vivos.. TWEED64, em 1946, descreveu um método para o diagnóstico e prognóstico do tratamento ortodôntico, baseado na análise do ângulo formado pelo plano de Frankfurt e pelo plano mandibular (FMA). Este ângulo pode variar de 16 a 28 graus, para ser considerado como crescimento mandibular favorável, e acima ou abaixo desses valores, haveria um padrão desfavorável, com o tratamento limitado em relação ao alcance das metas ideais. O autor, no entanto, não descreveu nem mencionou os padrões faciais.. STEINER59, em 1953, desenvolveu uma análise cefalométrica com o objetivo de ajudar no diagnóstico e planejamento dos casos ortodônticos. O autor relata, quanto ao diagnóstico dos casos, que os maiores valores da cefalometria estão no campo dos estudos comparativos, onde a comparação demonstra mudanças ocorridas e indicam as respostas ao tratamento empregado. A cefalometria demonstra não somente a efetividade do tratamento, como também suas deficiências.. Em 1954, BLAIR10 encontrou que um alto grau de variabilidade do padrão esquelético facial pode ser visto dentro de cada maloclusão estudada. Na amostra estudada, e com os métodos utilizados, apenas menores diferenças foram encontradas nos padrões esqueléticos das maloclusões de Classe I e Classe II divisão 1. O padrão esquelético médio da maloclusão de Classe II divisão 2, quando comparado ao da Classe I e Classe II divisão 1, difere, por ter um ângulo goníaco mais agudo, um comprimento efetivo da mandíbula diminuído e uma posição mais anterior da maxila e da mandíbula. O primeiro molar permanente inferior não pode.

(23) 6 ser considerado com uma constante relação com o corpo e ramo da mandíbula durante o período de crescimento, mesmo que pareça ser constante num período de idade restrito. Entretanto, não foram encontradas diferenças na posição deste dente com relação a mandíbula, como consequência do tipo de maloclusão.. No ano de 1955, SASSOUNI50 apresentou uma análise cefalométrica baseada em princípio, na suposição de que, em um indivíduo, a proporcionalidade cefalofacial é conseguida por um equilíbrio entre certos segmentos de crescimento. Procurou elucidar um padrão básico arquitetural, usando quatro planos horizontais de referência, cada um delimitando uma área de ajustamento de crescimento. São os seguintes: 1 - Plano da base craniana anterior-superior; 2 - Plano palatal - face média; 3 - Plano oclusal – dentário; 4 - Plano da base mandibular - inferior. O autor acredita que a face está bem proporcionada, quando os dois eixos desses quatro planos, prolongados posteriormente, encontram ou interceptam um ponto único; Ponto O. Este ponto é posterior ao contorno occipital.. SALZMANN47 em 1959, realizou um estudo para determinar proporções faciais esqueléticas de pacientes com maloclusões de Classe II, divisão 1. Concluiu que todas as medidas lineares da altura facial anterior variaram menos que suas correspondentes da altura facial posterior. As medidas da altura facial inferior variaram mais que as medidas da altura facial superior ou total. Por fim, as medidas verticais da parte inferior posterior da face foram as que mais variaram em todo o complexo facial. Ainda em 1959, STEINER. 60. desenvolveu uma análise cefalométrica com o. objetivo de ajudar no diagnóstico e planejamento dos casos ortodônticos. O autor relata, quanto ao diagnóstico dos casos, que os maiores valores da cefalometria estão no campo dos estudos comparativos, onde a comparação demonstra mudanças ocorridas e indicam as respostas ao tratamento empregado. A cefalometria demonstra não somente a efetividade do tratamento, como também suas deficiências. GARN et al.24, em 1963, investigaram a herança do tamanho da sínfise durante o crescimento, em 258 adultos e 177 crianças seguidos longitudinalmente de 8 aos 16 anos de idade. A altura e a espessura da sínfise, provaram ser.

(24) 7 independente da estatura, tamanho dentário, largura do arco e outros. A combinação dos pais para altura da sínfise: alta x alta, alta x baixa, baixa x baixa, provou ser consistentemente diferente durante o período de crescimento. O mesmo foi verdade para a combinação: espessa x espessa, espessa x fina, e fina x fina. Os dados sugerem uma simplicidade genética para ambas; a altura e a espessura da sínfise e a possibilidade de herança mendeliana da espessura da sínfise.. SCHUDY57 em 1964, estudou em uma amostra de 66 pacientes com maloclusão Classe II div. 1, comparando a altura facial anterior e a posterior. Sua conclusão foi que a distância do nasio ao mento varia muito menos que a distância da sela ao gônio, ou seja, pontificou que “a porção mais variável do complexo crânio facial é o segmento posterior, que é confirmado pela variabilidade apresentada pelo ângulo formado pelos planos oclusal e mandibular”.. Em 1967, HUNTER27 avaliou as diferenças existentes entre as dimensões verticais do padrão facial retrognático, Classe II esquelética, e as do ortognático, Classe I. As dimensões verticais mensuradas apresentaram-se significativamente maiores nos pacientes do gênero masculino. Entretanto, nos grupos de cada gênero, não foram verificadas diferenças significantes nas relações verticais e na posição ântero-posterior da maxila, para ambos os padrões. As medidas mandibulares, na amostra retrognática, apresentaram-se significantemente menores em relação à ortognática.. No mesmo ano, CREEKMORE18 realizou uma pesquisa em pacientes tratados e não tratados de consultório particular, com média de 14 anos de idade, para documentar a influência do tratamento ortodôntico no crescimento vertical do paciente e mostrar a relação deste, com o crescimento ântero-posterior. O autor concluiu que ângulos do plano mandibular baixos oferecem problemas quanto à correção de mordidas profundas, enquanto ângulos altos oferecem problema quanto à correção de mordidas abertas e relação molar Classe II. Diz ainda que qualquer técnica pode ser utilizada, desde que levemos em consideração o padrão facial do paciente, assim o crescimento vertical pode ser inibido ou estimulado, de acordo com a necessidade particular de cada paciente..

(25) 8 Com a finalidade de estabelecer uma classificação etiológica dos problemas dentoesqueléticos, identificando os sinais característicos de cada um deles, SASSOUNI52, em 1969, classificou os tipos faciais em verticais e ântero-posteriores. Neste último, incluem-se as Classes II esqueléticas, que resultam de um prognatismo maxilar, de um retrognatismo mandibular, ou de ambos, quando as estruturas esqueléticas encontra-se com suas dimensões normais; ou ainda, de uma macromaxila ou de uma micromandíbula, quando estas dimensões apresentam-se alteradas. O autor observou que, estas alterações dimensionais e de posição, podem apresentar-se isoladamente ou combinadas entre si. O autor estabelece uma classificação para os tipos faciais onde descreve tipos de anomalias ânteroposteriores e verticais. As ântero-posteriores seriam: Classe II esquelética e Classe III esquelética, e as verticais: mordida profunda esquelética e mordida aberta esquelética. Na mordida profunda esquelética, os quatro planos da face vistos lateralmente pela radiografia (Supraorbital; Palatal; Oclusal e Mandibular) estão mais horizontalmente e paralelos entre si. O ângulo da base craniana (Supraorbital à Sela) é pequeno, o ângulo goníaco (do Ramo com o Corpo) é pequeno e a borda posterior do Ramo é quase vertical. A altura facial posterior (S-Go) se iguala à anterior (SOr-Me) e a altura facial inferior (ENA-Me) é menor que a superior (SOrENA). Na mordida aberta esquelética a maioria das características estão quase diretamente opostas às da mordida profunda. Os planos horizontais se divergem e tendem a se encontrar em um ponto; o ângulo da base craniana e o ângulo goníaco são obtusos. A altura facial posterior (S-Go) tende a ter a metade do tamanho da anterior (SOr-Me) e a altura facial inferior excede à superior. O ramo é curto. A sínfise. na. mordida. profunda. esquelética. é. curta. verticalmente. e. larga. anteroposteriormente. Na mordida aberta esquelética a sínfise é longa verticalmente e estreita anteroposteriormente.. Ainda em 1969, DI PAOLO20 estabeleceu uma análise, denominada análise quadrilateral, que indica o grau de discrepância entre o crescimento vertical e horizontal. Utilizando essa análise em 200 pacientes, verificou três padrões faciais básicos; TIPO 1: existe proporcionalidade de crescimento horizontal e vertical. Bom padrão na face inferior e adequada relação desta com a superior. Nesse tipo, todas as maloclusões são dentoalveolares TIPO 2: predominância do crescimento horizontal, com pouco crescimento vertical, resultando em diminuição da altura facial.

(26) 9 inferior TIPO 3: predomina o crescimento vertical, resultando em aumento da altura facial inferior. Mediante esta análise, o autor reconhece ser possível avaliar se uma mordida é aberta ou profunda, é devido a um problema esquelético ou simplesmente dentoalveolar; avaliar a direção predominante de crescimento e seu efeito na oclusão; as contra-indicações de certos procedimentos mecânicos; e também as limitações do tratamento em certos tipos de padrão esquelético.. SASSOUNI53, em 1970, subdividiu os problemas da maloclusão de Classe II em 128 situações, que clamam por 128 planos de tratamento diferentes. Esta subdivisão foi realizada a partir de uma combinação dos problemas ânteroposteriores, verticais, transversais e da discrepância de tamanho do arco, apresentadas pelas maloclusões de Classe II esqueléticas. Para ilustrar esta classificação dos tipos faciais, o autor apresentou dois casos, onde o diagnóstico diferencial. era. o. fator. crítico. para. um. correto. plano. de. tratamento. e. consequentemente obtenção das metas funcionais e estéticas de um tratamento ortodôntico.. Dados cefalométricos também revelam informações sobre as características morfológicas da mandíbula. No mesmo ano, RICKETTS43 baseado nas diferenças morfológicas separa as mandíbulas em três classes. As mandíbulas da primeira classe possuem um ramo ascendente bem desenvolvido, assim como um corpo bem desenvolvido e o ângulo goníaco se aproxima de 90º. As mandíbulas da segunda classe possuem um ramo ascendente curto e um corpo que pode ser de comprimento normal, abaixo ou acima do normal, com ângulo goníaco obtuso. As mandíbulas do terceiro grupo possuem um ramo ascendente longo, corpo de comprimento normal ou pouco aumentado e ângulo goníaco mais agudo que as mandíbulas do primeiro grupo.. VIGORITO65, em 1973, estudou cefalometricamente, algumas características da mandíbula quanto à sua posição e suas dimensões, e quando associadas a duas classes bem definidas de maloclusões: Classe I e Classe II, divisão 1. Neste trabalho, o autor introduziu uma linha cefalométrica original que representa o longo eixo da sínfise mandibular, denominada de Linha VT. Afirmava que os estudos das inclinações dentárias nas análises ortodônticas têm sido omissos quanto à imagem.

(27) 10 da sínfise sobre o plano mandibular. As corticais, vestibular e lingual como superfícies limítrofes da secção anterior do arco dentário merecem considerações mais aprofundadas. Entre outras conclusões, o autor afirma que a imagem radiográfica da sínfise mandibular exibiu uma inclinação lingual mais acentuada nos casos de Classe II, divisão 1.. Em 1974, VIGORITO66, com base nos aspectos telerradiográficos de 30 pacientes portadores de oclusão normal e perfil facial harmonioso, propôs uma Análise, que visa orientar o clínico no planejamento do tratamento, bem como no diagnóstico e prognóstico ortodôntico. Apresenta os padrões médios de normalidade de. algumas. grandezas. lineares. e. angulares,. dentre. elas,. o. ângulo. GoMe.VT=72°, (Ângulo formado entre o plano mandibular e o eixo médio da sínfise), F.VT=81°, A-VT= 0,3 mm, 1-VT= 0,6 mm, H.VT= 0,5 mm. Todas as variáveis citadas mostraram correlações estatísticamente significantes. A partir da correlação positiva entre as medidas A-VT e 1-VT, VIGORITO propôs uma tabela, que prevê o posicionamento dos incisivos inferiores em relação à linha VT (eixo médio da sínfise), segundo a variação da distância A-VT, informando a melhor posição dos incisivos inferiores dentro do complexo esquelético facial, e assim, obter metas ortodônticas preconizadas pela análise.. JARABAK; FIZZEL29 afirmam, em 1975, que combinando a análise de Björk das estruturas da base posterior do crânio com a mandíbula, características morfológicas da mandíbula, comprimento do corpo mandibular, e sua posição espacial com o restante do complexo craniofacial, é possível prever as direções de crescimento e incrementos de crescimento com alto grau de precisão após os 10 anos de idade, usando os valores médios obtidos em 200 casos tratados após 5 anos do tratamento. Classificaram o crescimento facial como sendo no sentido horário, para baixo e para frente e no sentido anti-horário. Apesar de ser possível prever as direções de crescimento em áreas específicas do complexo dento craniofacial, incrementos exatos são difíceis de prever. Definiu-se o crescimento no sentido horário, como sendo quando está ocorrendo um crescimento da parte anterior da face para baixo, (para baixo e para frente ou para baixo e para trás), em uma taxa maior do que a face posterior. E o crescimento no sentido anti-horário, como sendo quando está ocorrendo um crescimento na altura facial posterior e na.

(28) 11 profundidade facial, para baixo, (para baixo e para frente ou para baixo e para trás) em uma taxa maior do que a face anterior. O crescimento para baixo ocorre quando a altura facial anterior cresce em uma mesma magnitude que a altura facial posterior e a sínfise mandibular se move quase que somente para baixo. Os incrementos de crescimento das alturas faciais anterior e posterior podem ser facilmente conferidos, medindo de sela (S) a gônio (Go), para a altura facial posterior, e de násio (N) ao mentoniano (Me), para a altura facial anterior. Com propósito de estabelecer uma definição, o padrão em sentido horário significa que a parte anterior da face está crescendo para baixo e para frente ou para baixo e para trás numa velocidade maior que a altura posterior da face. Neste tipo de crescimento, a proporção da altura da face é:. Altura posterior x 100 = 54% a 58% Altura anterior O crescimento para baixo ocorre quando as velocidades de crescimento das alturas anteriores e posteriores da face são da mesma magnitude. Neste tipo de crescimento, a proporção da altura da face corresponde de 59% a 63%. Em uma face que está crescendo em sentido anti-horário, a altura facial posterior e a profundidade facial, estão crescendo para baixo e para frente ou para baixo e para trás, com uma velocidade maior que a parte anterior da face. Neste tipo de crescimento, a proporção da altura da face corresponde de 64% a 80%.. Utilizando uma combinação de programas computadorizados, de diversas análises, MOYERS et al.39, em 1980, descreveram uma série de tipos de Classe II, com características horizontais e verticais bem definidas. Identificaram seis tipos horizontais entre os quais uma “pseudo Classe II” ou Classe II dentária; quatro síndromes de Classe II esqueléticas graves; e um caso moderado de Classe II esquelética, apresentando uma variedade de sintomas. Entre os cinco tipos verticais, o primeiro, apresenta o plano mandibular acentuadamente inclinado para baixo; no segundo, os planos: mandibular palatino e oclusal, encontram-se quase paralelos entre si; o terceiro, mostra o plano palatino inclinado para cima; no quarto, os planos: mandibular, oclusal e palatino, apresentam-se acentuadamente inclinados para baixo; e no quinto, o plano palatino encontra-se também inclinado para baixo. Embora estes tipos verticais nem sempre estejam presentes dentro de cada tipo.

(29) 12 horizontal, há uma forte relação entre os dois padrões, o que permitiu a identificação de 15 subtipos com características bem definidas. Os autores afirmaram que os indivíduos pertencentes a um dos tipos de Classe II, possuem uma aparência e um padrão de crescimento semelhante, com as mesmas necessidades de tratamento e, provavelmente, apresentam as mesmas respostas a este.. Em 1981, MCNAMARA35 realizou uma avaliação cefalométrica lateral de secção cruzada da distribuição de relações específicas em indivíduos com maloclusão de Classe II. Foram analisados, entre outros, três componentes verticais: Ângulo do plano mandibular; Ângulo do eixo facial; Altura da face inferior. A avaliação desses componentes mostrou para o ângulo do plano mandibular valor de 28 graus ou mais. Concluiu que a maloclusão de Classe II não é uma entidade única. Pode resultar de numerosas combinações de componentes dentários e esqueléticos.. No mesmo ano, BAUMRIND e KORN4 investigaram as alterações nas dimensões faciais em pacientes que apresentavam Classe II, 1ª divisão, comparando grupo de pacientes tratados com grupo de pacientes sem tratamento. Verificaram que o grupo sem tratamento apresentou um aumento da altura facial anterior, porém menor que os grupos tratados. O comprimento efetivo da mandíbula apresentou aumento nos dois grupos.. Dentre as análises cefalométricas que propõem a classificação do padrão facial, destaca-se a de RICKETTS44 (1982). Além de ser a mais difundida, é, indiscutivelmente, de grande valia. Através dos cinco primeiros fatores de sua análise sumária, o autor determina o coeficiente da quantidade de crescimento vertical da face (VERT), classificando o padrão facial em Dolicofacial (tendência de crescimento vertical), Mesofacial (crescimento equilibrado) e Braquifacial (tendência de crescimento horizontal).. MAJ; LUCCHESE33 estudaram, em 1982, por meio de telerradiografias cefalométricas, a forma, o tamanho e posição da mandíbula em maloclusões de Classe II, divisão 2. Concluíram que estes pacientes tendem a ter um padrão.

(30) 13 esqueletal único da face, caracterizado por um hiperdesenvolvimento dos componentes da mandíbula e um pequeno ângulo goníaco.. Em 1985, SIRIWAT; JARABAK58 realizaram um estudo, objetivando procurar possíveis associações entre os tipos de maloclusão de Angle e a morfologia facial identificada como padrões: Hiperdivergente, Neutro ou Hipodivergente. Esses padrões são geralmente associados com rotações de crescimento posterior (Hiperdivergente) ou anterior (Hipodivergente), mas, o crescimento e as direções e rotações de crescimento não são diretamente avaliados neste estudo de secção cruzada. Além disso, a presença de dimorfismo sexual foi avaliada. A amostra constou de 500 telerradiografias em norma lateral de pacientes entre 8 e 12 anos de idade, utilizando a proporção de Altura Facial de Jarabak ou Quociente de Jarabak, como medida da morfologia facial. Os achados significantes foram: o padrão Neutro foi dominante nas maloclusões de Classe I e II. O padrão Hipodivergente, foi dominante nas maloclusões de Classe II divisão 2 e Classe III. A maioria das mulheres mostrou um padrão Neutro, enquanto que a maioria dos homens mostrou um padrão Hipodivergente. O dimorfismo sexual foi maior na Classe II e Classe III. Os homens mostraram uma maior tendência à prognatismo, enquanto que as mulheres tenderam ao ortognatismo e retrognatismo. Os valores médios de todas as medidas lineares nos homens foram maiores do que nas mulheres. Foram encontradas correlações relativamente fortes entre a proporção de Altura Facial e a altura do ramo, o ângulo Goníaco, o ângulo Goníaco inferior, o ângulo do plano mandibular, o ângulo do plano oclusal mandibular, o ângulo do plano palatino mandibular, o ângulo do plano de Frankfurt mandibular, ângulo SNB, ângulo do Eixo Y, e a soma dos ângulos; Sela, Articular e Goníaco.. AIDAR; SCANAVINI1, em 1989, buscaram trazer alguma contribuição ao estudo da avaliação cefalométrica dos padrões de crescimento facial, segundo os dados de SIRIWAT & JARABAK58 (1985), de pacientes portadores de oclusão normal e de maloclusões de Classe I, Classe II divisão 1 e 2 e Classe III de Angle. A amostra constou de 200 telerradiografias cefalométricas, obtidas de pacientes brasileiros leucodermas, de ambos os sexos, não tratados ortodonticamente. A amostra foi dividida pelo tipo de maloclusão em 5 grupos. Após a realização da análise estatística dos dados obtidos observou-se que: estatisticamente, não houve.

(31) 14 dimorfismo sexual dentro de cada grupo, em cada variável estudada. Com exceção das grandezas angulares e o Quociente de Jarabak, em todas as outras grandezas foram encontradas diferenças estatistícamente significantes, apresentando os pacientes do sexo masculino, médias maiores que as do sexo feminino. Os pacientes portadores de oclusão normal e maloclusão de Classe II divisão 2 apresentaram um padrão de crescimento facial Hipodivergente. Os pacientes portadores de maloclusão de Classe I, Classe II divisão 1 e Classe III apresentaram um padrão de crescimento facial Neutro.. Em 1990, BITTNER; PANCHERS7 determinaram se as aberrações sagitais e verticais, nas relações interdentárias e intermaxilares, se refletiam na morfologia facial. O resultado desta pesquisa revelou que uma sobressaliência acentuada e uma relação dentária de Classe II divisão 2 se refletiam mais na face. Uma relação de Classe III e mordida aberta, entretanto, eram difíceis de ser detectadas. As posições sagitais da maxila e da mandíbula puderam ser ocasionalmente determinadas com base na aparência facial, enquanto que uma relação esquelética de Classe II (ângulo ANB aumentado) pode ser facilmente observada. A relação vertical entre as bases ósseas (ângulo do plano mandibular e índice de altura facial anterior) puderam ser determinados com uma precisão relativamente alta. Quando as medidas das fotografias faciais foram comparadas com as das telerradiografias, correlações de moderada a alta foram encontradas entre as leituras esqueléticas e de tecido mole: ângulo ANB (r = + 0.63), ângulo do Plano Mandibular (r = + 0.93), e índice de Altura Facial Anterior (r = + 0.86). Concluiu-se que as relações dentárias sagitais e verticais e as relações esqueléticas discrepantes foram somente parcialmente refletidas na face.. MARTONE et al.34 em 1992, realizaram uma pesquisa identificando os subgrupos Classe III e Classe I com tendência à Classe III, e descreveram como os padrões anatômicos em diferentes tipos e formas cranianas, se comparavam com as maloclusões de Classe II esqueléticas e com as maloclusões de Classe I com tendência à Classe II. Avaliando pacientes Classe I, II e III, verificaram que as características craniofaciais destes pacientes variaram de acordo com o tipo facial. Concluíram que a forma e o padrão facial são produto do crescimento e desenvolvimento, o alvo biológico direto de muitos procedimentos clínicos. O.

(32) 15 entendimento das razões biológicas para os diferentes grupos craniofaciais, cada um possuindo uma linha de desenvolvimento diferente, é então a base para a lógica destes procedimentos clínicos e variações às respostas do tratamento.. Ainda em 1992, BUSCHANG et al.13 avaliaram as alterações longitudinais do crescimento da sínfise humana, de 75 crianças, entre os 6 e 15 anos de idade. As alterações verticais do crescimento, particularmente para os pontos localizados nos 20% superior da sínfise, foram mais acentuadas. As taxas anuais de crescimento vertical variaram entre 0,9mm por ano para o ponto de contato lingual do incisivo até -0,2mm por ano para o Gnátio. Os homens, mostraram taxas significantemente maiores de crescimento vertical do que as mulheres, especialmente para a metade superior da sínfise. As taxas de crescimento vertical, foram também maiores durante a puberdade do que durante a infância. As alterações de crescimento horizontais, indicaram um movimento lingual, da maioria dos pontos da sínfise. As taxas anuais de crescimento foram maiores para os pontos localizados na metade superior da sínfise. Durante a puberdade, os incisivos inferiores nas mulheres, se moveram mais para lingual, conforme a metade superior e anterior da sínfise se remodelou. Nos homens, os incisivos se mantiveram na sua posição horizontal, conforme o sulco labial se desenvolvia.. SAKIMA et al.46 em 1993, estudaram a relação entre a deflexão da base craniana e a posição vertical e anteroposterior da maxila e mandíbula, nos diferentes padrões faciais, na maloclusão de Classe II, na tentativa de esclarecer qual o fator mais relacionado com a deflexão da base craniana, se a má oclusão ou o tipo facial. Concluíram que, as medidas verticais foram mais importantes que as medidas ântero-posteriores, para explicar a variabilidade do ângulo Ba.SN. Ocorrem mecanismos compensatórios na Classe I, na angulação da base craniana, dimensão horizontal do ramo, dimensão vertical da face média, através de rotações do ramo e do corpo mandibular e no plano oclusal, menos presentes nas más oclusões de Classe II e III.. AKI et al.2 em 1994, realizaram um estudo para determinar se a morfologia da sínfise poderia ser usada como predictor da direção de crescimento mandibular e avaliar as alterações do crescimento da sínfise. A direção do crescimento.

(33) 16 mandibular foi avaliada com sete medidas cefalométricas que incluíam Eixo Y; Sn ao Plano Mandibular; Plano Palatino ao Plano Mandibular; ângulo Goníaco; soma dos ângulos: Sela, Articular e Goníaco; porcentagem de Altura Facial Inferior; e Altura Facial Posterior/Anterior. As dimensões da sínfise mandibular estudadas foram: altura, profundidade, proporção (altura/profundidade), e ângulo. A morfologia da sínfise foi associada com a direção do crescimento mandibular, especialmente em homens, com a proporção da sínfise com relação mais forte. Uma mandíbula com direção de crescimento anterior foi associada com uma altura pequena, grande profundidade, proporção pequena, e ângulo da sínfise aberto. Reciprocamente, uma direção de crescimento posterior, foi associada a uma altura grande, profundidade pequena, grande proporção, e ângulo da sínfise fechado. As dimensões da sínfise continuaram a se alterar na fase adulta, com os homens, mostrando uma maior e mais tardia alteração, quando comparados com as mulheres.. SAITO & LIMA45 em 1995, estudaram por meio das análises cefalométricas de Ricketts e Jarabak, 50 pacientes portadores de maloclusão de Classe II, divisão 1 de Angle, tratados com aparelhos ortodônticos fixos e ortopedia funcional dos maxilares. A classificação do tipo facial, tanto no início (idade média de 10 anos e 8 meses), como no final do tratamento (idade média de 13 anos e 3 meses), apresentou tendência à concordância entre as duas análises.. Em 1996, HANDELMAN25 afirmou que, o delineamento dos limites do tratamento ortodôntico, em indivíduos sem crescimento, é importante para as decisões do tratamento, especialmente em casos limítrofes ortodôntico-cirúrgicos. As corticais, labial e lingual, ao nível do ápice do incisivo, podem representar os limites anatômicos da movimentação dentária. As telerradiografias de 107 adultos, foram medidas, para determinar a largura do osso alveolar anterior e posterior ao ápice do incisivo, em cada arco. Larguras alveolares finas, foram encontradas em ambas as corticais, labial e lingual aos incisivos inferiores, nos grupos de Classe I, II e III, com ângulo SN-PM alto, e, em um grupo de Classe III, com SN-PM médios. Larguras alveolares finas, foram também encontradas, na cortical lingual dos incisivos superiores, num grupo Classe II, com ângulo alto..

(34) 17 DIBBETS21, pesquisando em 1996 sobre as associações morfológicas entre as Classes de Angle, utilizou uma amostra de 170 jovens, antes do início do tratamento. Encontrou que parte das diferenças entre as Classes I, II, e III, deve-se a variações. sistemáticas em algumas dimensões da face média e da base do. crânio. O ângulo da base do crânio é mais fechado, e as porções anterior (SN) e posterior (S-Ba) são mais curtas, na má oclusão de Classe II. O tamanho da mandíbula na adolescência, não difere entre os grupos. Por ser a base do crânio que cria as condições para que a maxila se desenvolva, ponderou que, é a face média que cria a característica de Classe II mais do que a mandíbula, assim como, nas demais Classes de Angle.. KARLSEN30, em 1997, avaliou dois grupos de crianças com ângulos PM-SN baixos e altos, e acompanhou longitudinalmente, dos 6 aos 15 anos de idade, para avaliar as associações entre, o crescimento craniofacial vertical e a rotação de crescimento mandibular. As correlações entre, as variáveis dimensionais e rotacionais, ocorreram em diferentes pares de variáveis nos 2 grupos e se alteraram com a idade. O aumento na altura póstero-inferior da face, se diferenciou, por ser consistentemente e positivamente correlacionada com a rotação pra frente da matriz, independente do ângulo do plano mandibular ou da idade. O mesmo se aplicou para a altura do ramo. O aumento na altura facial ântero-inferior foi, surpreendentemente, fracamente correlacionado à rotação mandibular, mas fortemente e positivamente correlacionada com o aumento na altura do corpo. Um superdesenvolvimento da altura facial ântero-inferior, em casos de ângulo alto ocorreu, porque a inclinação do plano mandibular dirigiu o crescimento do corpo mais para baixo e para a frente que o normal, e não devido à rotação da mandíbula para trás.. MAIA; SILVA; MAIA32 realizaram, em 1998, um estudo com o objetivo de apresentar de forma concisa, através de uma única radiografia, a determinação da tendência de crescimento facial, para ajudar nas decisões da clínica ortodôntica quanto ao uso dos aparelhos mais apropriados; para influenciar positivamente o crescimento facial do paciente. A avaliação considerou fundamentalmente, os ângulos Sela (S-N-Ar), Goníaco (Ar-Go-Gn) e Articular (S-Ar-Go) e os comprimentos dos lados do polígono. Na prática clínica, um dos principais fatores a prender a.

(35) 18 atenção do profissional é o comportamento do crescimento facial. Portanto, os métodos que buscam evidenciar o padrão de crescimento da face ou demonstram sua tendência de crescimento e que são de fácil utilização, despertam interesse clínico, visto que o profissional está sempre buscando aprimorar o seu diagnóstico, para melhor fundamentação do plano de tratamento. A apresentação de dois casos clínicos visa ilustrar o emprego do método.. TSUNORI; MASHITA; KASAI63, em 1998, realizaram um estudo, para avaliar as relações entre as características morfológicas das seções verticais do corpo mandibular com os tipos faciais. Dos coeficientes de correlação, entre as inclinações dentárias e ósseas e os parâmetros do tipo facial, o índice de altura facial (IAF) foi negativamente associado às inclinações do segundo pré-molar (2P), primeiro molar (1M) e segundo molar (2M). O ângulo representado pelo Plano horizontal de Frankfurt com o Plano mandibular (FMA) foi negativamente associado à inclinação óssea na seção do 2M. A cortical óssea vestibular foi mais espessa em indivíduos de face curta do que nos de face média e longa, enquanto que a espessura da cortical lingual das seções dos 1M e 2M foi maior. A espessura do osso cortical basal da seção do incisivo inferior (1I), foi maior no grupo de face curta, e as inclinações dos eixos dos 2P, 1M e 2M foram significantemente menores. Os dentes no grupo face curta, inclinaram mais para lingual, do que nos grupos face média e longa. Os resultados deste estudo, mostraram evidência de uma significante e complexa relação entre as estruturas do corpo mandibular e os tipos faciais. As características morfológicas que relacionam a função mastigatória e os tipos faciais, são associadas a espessura da cortical óssea do corpo mandibular, e a inclinação vestibulolingual dos primeiros e segundos molares.. No mesmo ano, BECKMANN et al.5 avaliaram as relações entre a Altura Facial Inferior e a estrutura do osso alveolar e basal. As áreas e as dimensões do osso alveolar anterior e basal da maxila e da mandíbula, foram registradas em telerradiografias laterais, de 460 adultos não tratados ortodonticamente. Um índice foi calculado, dividindo a sagital pela dimensão vertical na região mediana. Os indivíduos com uma sobremordida normal entre 0,5 e 4 mm foram divididos em 3 grupos de acordo com a altura facial inferior. Uma maior altura facial inferior, coincidiu com uma área alveolar e basal maxilar maior e com um menor índice.

(36) 19 alveolar inferior. As correlações entre a altura facial inferior e o índice alveolar superior e a área alveolar e basal inferior foram baixas. Concluiu-se que, os indivíduos com face longa, apresentam uma altura alveolar inferior maior, o que está mais associado, a uma forma de sínfise, mais estreita e com maior volume.. SCANAVINI54 em 1999, estudou 210 telerradiografias, classificando-as de acordo com os tipos faciais propostos por Ricketts e Siriwat & Jarabak. Não foi encontrada equivalência entre os métodos de determinação dos tipos faciais propostos pelos autores estudados. Para a autora, a utilização de cada análise fornece resultados diferentes, sendo necessária uma avaliação criteriosa por parte do profissional, além da utilização das análises em conjunto, para se chegar a um diagnóstico adequado.. SANKEY et al.49 em 2000, realizaram um estudo do tratamento sem extrações em pacientes com discrepância esquelética severa e constrição maxilar. As alterações do tratamento dos pacientes com mentoneira, e os demais, não foram diferentes. significantemente.. De. forma. geral,. o. tratamento. melhorou. significantemente o crescimento condilar, alterando para uma direção mais ânterosuperior, e produziu uma rotação mandibular verdadeira, 2,7 vezes maior que os valores controle. A altura facial posterior aumentou significantemente mais nos pacientes, do que nos controles, e os molares superiores mostraram uma intrusão relativa. Nos pacientes tratados, o ângulo articular aumentou, o ângulo goníaco diminuiu, e o mento se moveu anteriormente, duas vezes mais que nos controles. O tratamento também levou ao aumento da sobremordida e diminuição da sobressaliência. A expansão maxilar e mandibular não causou aumento do ângulo do plano mandibular.. O agregado de alterações individuais demonstrou uma. melhora geral, indicando que o tratamento pode ser viável para pacientes Hiperdivergente. com discrepâncias esqueléticas nos 3 planos do espaço.. Em 2001, SCANAVINI et al.56 avaliaram os padrões de crescimento facial, por meio da avaliação do ângulo Sela e ângulo Goníaco da Análise de Jarabak, de pacientes portadores de Oclusão normal e maloclusões de Classe I, Classe II, divisão 1, Classe II, divisão 2, e Classe III de Angle. A amostra utilizada foi de 200 telerradiografias cefalométricas, obtidas de pacientes brasileiros leucodermas, de.

(37) 20 ambos. os. sexos,. não. tratados. ortodonticamente,. apresentando. dentição. permanente, na faixa etária de 11 anos e 2 meses e 19 anos e 10 meses. A amostra foi dividida quanto à Oclusão, em cinco grupos: um, de pacientes portadores de oclusão Normal e quatro, de pacientes portadores de maloclusões, segundo os conceitos de ANGLE3 (1899), sendo cada grupo, dividido igualmente, quanto ao sexo. Após a coleta de dados e o tratamento estatístico, concluiu-se que os grupos de oclusão Normal e Classe II, divisão 2, apresentaram um ângulo Goníaco menor, com crescimento mais horizontal, mandíbulas mais quadradas e tendência à mordida profunda esquelética. Com relação ao ângulo Goníaco superior, os grupos de Classe I e Classe II, divisão 2, apresentaram tendência a ter um crescimento remanescente mandibular no sentido vertical, com pouca projeção do mento, quando em comparação aos grupos oclusão Normal e Classe III, que mostraram tendência a um crescimento remanescente mandibular, no sentido horizontal, que fará com que a face inferior seja mais prognata. Os grupos de Classe I, Classe II, divisão 1 e Classe III, apresentaram um ângulo Goníaco inferior maior, com um Plano Mandibular mais vertical, ao contrário dos grupos de Classe II, divisão 2 e oclusão Normal, que apresentaram um ângulo Goníaco inferior menor, com tendência a uma inclinação mais horizontal da borda inferior da mandíbula. O grupo de Classe III, apresentou um ângulo Sela fechado, indicando uma posição mais vertical da base posterior do crânio (S-Ar), o que favorece a projeção anterior da mandíbula. Os grupos de Classe II, divisão 1 e Classe II, divisão 2 apresentaram discreta abertura do ângulo Sela. Os grupos de oclusão Normal e Classe I apresentaram um ângulo Sela bem próximo do valor médio considerado normal.. Ainda em 2001, SCANAVINI; VIGORITO55, buscaram trazer alguma contribuição ao estudo cefalométrico-radiográfico, do posicionamento da sínfise mandibular nos padrões de crescimento propostos por RICKETTS 42 (1960) e SIRIWAT & JARABAK58 (1985), por meio das variáveis da análise de VIGORITO66 (1974). A amostra constituiu-se de 210 telerradiografias divididas em 7 (sete) grupos de acordo com os tipos faciais propostos por RICKETTS 42 (1960) em Dolicofacial Suave, Dolicofacial Médio, Dolicofacial Severo, Mesofacial, Braquifacial Suave, Braquifacial Médio e Braquifacial Severo. A seguir, o mesmo material foi redistribuído em 3 (três) grupos de acordo com a análise de SIRIWAT & JARABAK 58 (1985) em: Hiperdivergente, Neutro e Hipodivergente. Após a coleta dos dados e o.

(38) 21 tratamento estatístico aplicado, concluíram que apenas a variável F.VT, mostrou diferenças significantes na comparação dos tipos faciais, para as análises de RICKETTS42 e SIRIWAT & JARABAK58. A variável F.VT, caracteriza os tipos faciais na análise de RICKETTS42 de forma que valores para F.VT, entre 84,37 e 70,09 graus, indicam que o paciente apresenta um tipo facial equilibrado. Valores acima de 84,37graus, indicam um tipo facial horizontal e valores abaixo de 70,09 graus, um tipo facial vertical. A variável F.VT para a análise de SIRIWAT & JARABAK 58 (1985) se comporta de forma que, valores acima de 80,65 graus, indicam um tipo facial horizontal. Desta forma, esta variável não pode ser considerada, em seus valores médios determinados, equivalente aos grupos faciais preconizados nas análises estudadas, na determinação dos tipos faciais. Não houve equivalência entre os métodos de determinação dos tipos faciais pela análise de RICKETTS 42 e de SIRIWAT & JARABAK58. A utilização de cada uma, fornece resultados diferentes, sendo necessária uma avaliação criteriosa por parte do profissional, e utilização de análises em conjunto, para se chegar a um diagnóstico adequado dos tipos faciais.. MORESCA et al.38 realizaram, em 2002, um estudo com o objetivo de verificar se existe correlação entre a classificação do padrão facial segundo as análises de Ricketts e de Siriwat & Jarabak. A amostra constou de 32 pacientes com má-oclusão Classe II, divisão 1ª de Angle, com idade média de 10 anos e 3 meses. Para o índice VERT de Ricketts a amostra foi distribuída da seguinte forma: 34,39% de dolicofaciais, 46,88% de mesofaciais e 18,75% de braquifaciais. De acordo com a classificação de Siriwat & Jarabak, a amostra consistiu de 9,38% de tendência de crescimento horário, 34,38% de crescimento Neutro e 56,25% de pacientes com tendência de crescimento anti-horário. Segundo os resultados deste estudo, não houve correlação entre as classificações do padrão facial propostas por Ricketts e Siriwat & Jarabak.. CABRERA & CABRERA14 em 2004, avaliaram os três tipos faciais distintos rotineiramente. definidos. na. literatura,. com. características. que. refletem. evidentemente na morfologia das estruturas anatômicas faciais: Mesofacial, Dolicofacial e Braquifacial. Avaliaram ainda, que, quando indivíduos são portadores de maloclusões, estas por sua vez, apresentam repetidos sinais aparentes,.

(39) 22 representando a anatomia óssea, muscular e dentária pertinentes a cada tipo facial, ainda que suas causas possam ser multifatoriais e o prognóstico ortodôntico distinto.. Em 2005, REIS et al.41 estudaram em telerradiografias laterais as características cefalométricas de uma amostra de 30 pacientes brasileiros, adultos, leucodermas, Padrão I, selecionados a partir da avaliação morfológica de fotografias do perfil, com o objetivo de definir um padrão de referência, considerando-se as médias e, principalmente, os desvios padrões, para estudos comparativos com amostras portadoras de discrepâncias esqueléticas. Na avaliação do padrão de crescimento facial obteve-se 9,4°± 3,2° para o ângulo do plano Palatino e 121,4°± 5,3° para o ângulo Goníaco, ambos apresentando dimorfismo sexual. O ângulo do Plano Mandibular apresentou média de 29,2°± 4,2°, sem diferença entre os gêneros. Os valores obtidos para as alturas faciais total, inferior, média e posterior foram, respectivamente, 123,0mm± 8,3mm; 68,8mm± 6,6mm; 55,9mm± 3,5mm e 62,6mm± 4,7mm. Todas essas variáveis foram significativamente maiores no gênero masculino. Os valores das medidas que definiram a relação maxilomandibular, corroboraram o equilíbrio esquelético da amostra, pois observou-se 82,2° ± 2,9° para o SNA; 79,8° ± 2,5° para o SNB e 2,4° ± 1,4° para o ANB, sem dimorfismo sexual. Os valores obtidos para os comprimentos efetivos da maxila e da mandíbula foram 95,2mm ± 5,7mm e 124,2mm ± 8,2mm, respectivamente, sendo as variáveis, do gênero feminino, significativamente menores que as do masculino. Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se mais inclinados que as médias da literatura, ou seja, 115,2° ± 5,5° para o 1.PP e 93,9° ± 5,7° para o IMPA.. No mesmo ano, CARDOSO et al.17 realizaram um estudo que determinou as características cefalométricas dos indivíduos portadores de Padrão Face Longa em comparação com indivíduos Padrão I. Um total de 73 telerradiografias em norma lateral, sendo 34 Padrão Face Longa e 39 Padrão I, foram selecionadas com base na morfologia facial, não considerando as relações oclusais e sagitais. Foram avaliados: padrão de crescimento facial, alturas faciais anteriores e posterior, relação maxilomandibular, além das relações dentárias com suas bases apicais. De uma forma geral, os indivíduos Padrão Face Longa apresentaram grandes desvios em relação aos indivíduos Padrão I, sendo a doença decorrente de um desequilíbrio entre os componentes verticais. Pôde-se observar que os valores das grandezas.

Referências

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