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Relatório estágio profissional

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Academic year: 2021

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Relatório Final de

Estágio

Elaborado por:

Maria Inês Portela Neri

N

º

2011429 | 6

º

Ano | Turma 2

Mestrado Integrado em Medicina

Ano Letivo 2016/2017

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1 ÍNDICE

Glossário ... 3

Introdução ... 4

Objetivos Gerais ... 4

Síntese de Atividade Desenvolvida ... 4

Medicina Interna ... 4

Cirurgia ... 5

Medicina Geral e Familiar ... 6

Pediatria ... 6

Ginecologia e Obstetrícia ... 7

Saúde Mental ... 7

Reflexão Crítica ... 7

Análise dos Estágios Parcelares ... 7

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2 GLOSSÁRIO

BO – Bloco Operatório

DEO – Diário de Exercício Orientado EDA – Endoscopia Digestiva Alta ESC – European Society of Cardiology MIM – Mestrado Integrado em Medicina

NMS|FCM – NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas OMS – Organização Mundial de Saúde

SNS – Serviço Nacional de Saúde SU – Serviço de Urgência

TEAM – Trauma Evaluation and Management UC – Unidade Curricular

UCERN – Unidade de Cuidados Especiais Respiratórios e Nutricionais USF – Unidade de Saúde Familiar

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3 INTRODUÇÃO

A estrutura curricular do 6º ano do MIM da NMS|FCM incorpora a UC Estágio Profissionalizante, caraterizada por 6 estágios parcelares, através dos quais se projeta a profissionalização do estudante, executando tarefas clínicas no âmbito da equipa médica em que está inserido. Assim, o presente Relatório procura enumerar os objetivos delineados para o ano curricular, descrever sucintamente a atividade desenvolvida nos estágios e apresentar uma reflexão final, que transmita o progresso académico inerente ao ano letivo e retrate o plano curricular do MIM.

4 OBJETIVOS GERAIS

A formação pré-graduada em Medicina constrói-se em torno de um eixo que inclui valências científicas, técnicas e humanas, por forma a garantir não só a capacitação de profissionais ativos e tecnicamente robustos, mas também aptos a orientar a prática clínica em sinergia com o estabelecimento de relações de confiança e comunicação. Por conseguinte, objetiva-se que a adoção de um caráter profissionalizante no ano de conclusão do MIM pressuponha a consolidação e aplicação de competências adquiridas anteriormente, de forma responsável e autónoma, durante a execução dos estágios parcelares, com vista a uma transição bem-sucedida de estudante para médico interno. No âmbito teórico-prático, pretende-se a demonstração do conhecimento das ciências básicas e clínicas na análise e resolução de problemas clínicos comuns, realização e identificação de fatores relevantes na história clínica e exame objetivo, formulação de hipóteses diagnósticas e respetivos planos terapêuticos e promoção de estratégias de prevenção da doença e promoção da saúde. Paralelamente, devem ser incorporadas aptidões comunicacionais e sociais, nomeadamente a adoção de uma abordagem biopsicossocial, aplicação de princípios éticos e utilização de estratégias comunicacionais eficazes e individualizadas.

5 SÍNTESE DE ATIVIDADE DESENVOLVIDA

5.1 MEDICINA INTERNA

Durante o estágio parcelar de Medicina, vivenciei a atividade clínica e programa formativo da Unidade Funcional 1.2 de Medicina Interna do Hospital de São José, sob a supervisão da Dr.ª Anabela Nunes. No que diz respeito ao desenvolvimento da minha atividade em Enfermaria,

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realizei, de forma autónoma, a tutela diária de doentes, incluindo a reflexão diagnóstica e terapêutica, discussão e colaboração com outras Especialidades, fisioterapeutas e equipa de Assistência Social. Destaco a elaboração dos diários clínicos dos doentes sob a minha tutela e realização de notas de entrada e de alta, assim como prática de gasometrias e aplicação diversas metodologias de oxigenoterapia de forma autónoma. O acompanhamento da equipa de Enfermagem valorizou a realização de pensos, entubação nasogástrica, algaliação e colocação de cateteres venosos. A frequência do SU permitiu a revisão da abordagem clínica na doença súbita ou exacerbação de doença de base, através do estabelecimento do diagnóstico e da terapêutica priorizada e a diferenciação dos critérios de internamento, face ao seguimento em consulta. A componente formativa, de carácter teórico-prático, foi materializada em Journal Club, Sessões Clínicas, Reuniões Multidisciplinares e Seminários. O trabalho apresentado focou as guidelines propostas em 2015 pela ESC para a abordagem clínica e terapêutica de pericardites.

5.2 CIRURGIA

O estágio parcelar em Cirurgia foi desenvolvido no Hospital Beatriz Ângelo, sendo a respetiva componente principal realizada no Serviço de Cirurgia Geral, sob a tutela do Dr. Luís Féria. No BO a atividade centrou-se na cirurgia eletiva, laparoscópica e laparotómica, do aparelho digestivo, mama, endocrinológica e da parede abdominal. No que diz respeito à consolidação de procedimentos técnicos rotineiros, destaco a desinfeção cirúrgica, aspiração, eletrocoagulação, suturas e pensos, assim como a apresentação e diferenciação do material técnico. Na Enfermaria acompanhei, autonomamente, os doentes admitidos, com vista ao cumprimento da terapêutica, realização de cuidados específicos e estabilização de parâmetros analíticos. Na Consulta, observei primeiras consultas e de follow up, consolidando técnicas de construção da relação médico-doente, através da criação de empatia, esclarecimento de dúvidas e exposição de preocupações. A atividade clínica no SU, sob coordenação da Dr.ª Ana Sofia Corredoura, caraterizou-se pela incidência aumentada de traumatismos e lacerações, possibilitando a prática clínica em áreas menos exploradas durante o MIM. O estágio opcional ocorreu em Anestesiologia, tutelado pela Dr.ª Ana Catarina Azevedo, e incluiu a participação em procedimentos de indução e reversão anestésica, entubação orotraqueal, bloqueio do neuroeixo e exames pneumológicos e

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gastroenterológicos. A formação complementar foi garantida através de Sessões Teórico‐Práticas e do Curso TEAM. Aquando o Mini Congresso, apresentei o trabalho “O ABC da Abordagem Cirúrgica da Doença de Refluxo Gastroesofágico”.

5.3 MEDICINA GERAL E FAMILIAR

O período de estágio realizado em Medicina Geral e Familiar decorreu na USF Santo Condestável, com a supervisão da Dr.ª Carolina Resende. A atividade clínica contemplou a realização autónoma de distintas tipologias de Consulta, mediante a diversidade etária, de género e de entidades clínicas evidenciadas, nas quais realizei avaliações completas no foro da saúde do adulto, infantil e juvenil, observei a emissão de atestados médicos e declarações de incapacida e colhi citologias. Participei na vigilância em regime de Consulta no Domicílio, posta a incapacidade de determinados doentes se deslocarem à USF, assim como Consulta de Enfermagem, na qual são realizados procedimentos específicos, como vacinação, pensos e medição de parâmetros clínicos. Por forma de conclusão do DEO, executei a análise de situação de um doente com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica e a exposição de um caso clínico focado no diagnóstico de Hipertensão Arterial.

5.4 PEDIATRIA

O estágio de Pediatria, sob supervisão da Dr.ª Sara Nóbrega, decorreu no Hospital Dona Estefânia, versando a área da Gastroenterologia Pediátrica. No que concerne a atividade na Enfermaria da UCERN, procedi à avaliação dos doentes sob minha tutela, incluindo redação dos diários clínicos e notas de alta, e adquiri noções na administração de nutrição parentérica. A Consulta permitiu a observação de crianças portadoras de patologia gastrointestinal, objetivando o diagnóstico ou prevenção da progressão da doença. Participei ainda na realização de EDA, percecionando a adaptação pediátrica da técnica. Fora do âmbito específico da Gastroenterologia, a frequência semanal do SU permitiu-me identificar as entidades agudas mais frequentes em idade pediátrica. Quanto à participação em sessões teórico-práticas e Consulta de Imunoalergologia, foi focada a utilização de inaladores, administração de imunizações e realização de Prick-test. O tema exposto no Seminário Final recaiu sobre a Doença Hepática Associada à Insuficiência Intestinal.

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5.5 GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

A atividade realizada em Ginecologia e Obstetrícia ocorreu no respetivo Serviço do Hospital CUF Descobertas, sob tutela da Dr.ª Sílvia Roque, e incluiu a apresentação de uma sessão clínica focada na gripe durante a gravidez. Aquando a Consulta de Ginecologia, relevo a sistematização da avaliação ginecológica e adoção de protocolos internos para rastreio de cancro do colo do útero, assim como o aconselhamento e vigilância de métodos contracetivos. No âmbito da Obstetrícia, por inerência à observação de Consulta de Baixo Risco, efetuei o preenchimento de Boletim de Saúde da Grávida e interpretação de cardiotografias fetais; porém, por não ter observados casos de Gravidez de Alto Risco, não me foi possível diferenciar o acompanhamento nesse espetro. Face ao leque de serviços disponibilizados na Unidade, tive a oportunidade de frequentar a Consulta de Trombofilias e participar na realização de ecografias, colposcopias e histeroscopias. Frequentei o Bloco de Partos, de acordo com a escala semanal do SU, e a atividade cirúrgica do BO.

5.6 SAÚDE MENTAL

A Saúde Mental diferencia-se na Pedopsiquiatria, área sob a qual realizei o estágio na Clínica da Juventude do Hospital Dona Estefânia, tutelado pela Dr.ª Paula Vilariça. A atividade, de caráter observacional, ocorreu na Consulta do Adolescente, identificando a depressão, doença bipolar e perturbações da ansiedade como diagnósticos predominantes. Além da terapêutica inerente à comunicação entre o médico e o doente, observei também a prescrição de antipsicóticos injetáveis para maior adesão. Participei nas Reuniões Clínicas, que viabilizam a discussão multidisciplinar para análise de casos particulares por matérias médico-legais, frequência do Hospital de Dia ou Terapia Familiar. A frequência do SU focou a observação de crianças e adolescentes com suspeita de patologia psiquiátrica ou casos de crise de patologia já diagnosticada. Acompanhei também a preparação de trabalhos científicos para congressos, na qual auxiliei no tratamento de dados.

6 REFLEXÃO CRÍTICA

6.1 ANÁLISE DOS ESTÁGIOS PARCELARES

No que concerne à revisão dos objetivos inicialmente delineados para o desempenho nos estágios de Medicina Interna e Cirurgia, avalio-os como sendo os períodos que contribuíram em maior dimensão para a execução autónoma de tarefas diárias na gestão do estado de saúde, por via da

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responsabilidade atribuída com o acompanhamento diário de doentes internados e consequente colheita de anamnese, realização de exame objetivo, formalização de registos clínicos, requisição de meios complementares de diagnóstico e revisão terapêutica, pedidos de colaboração e avaliação do contexto social, no âmbito da rotina estabelecida da equipa médica. Porém, a natureza da patologia identificada no estágio de Medicina Interna impossibilitou a observação, e eventual realização, de procedimentos técnicos invasivos, como punção lombar ou toracocentese. No espectro do estágio em Cirurgia, sublinho a constante disponibilidade do corpo médico na revisão de conteúdos teóricos, com vista a aplicação correta de terminologia cirúrgica, identificação das patologias de maior prevalência a par da automatização da abordagem cirúrgica e distinção entre indicação eletiva ou urgente das entidades clínicas. Por outro lado, face ao elevado número de estudantes em estágio no local, julgo que deverá ser revista a distribuição para frequência do BO, com vista o incremento do número de oportunidades para participação na cirurgia. A realização do estágio opcional em Anestesiologia determinou uma valiosa experiência prática devido à prática de técnicas anestésicas e de cateterização, transversais a várias Especialidades Médicas e Cirúrgicas. Devo dirigir uma análise particular para a formação teórico-prática complementar adotada no presente ano curricular. Se por um lado a programação no estágio de Cirurgia, ao primar pela aquisição de soft skills, noções de comportamento em meio hospitalar e trabalho em equipa e treino técnico, é enquadrada de forma francamente pertinente, julgo que deverá ser reestruturado o plano adotado na Medicina Interna, eventualmente através da disponibilização de handbooks para as matérias teóricas e integração de workshops, sob pena de não se diferenciar dos anos anteriores do MIM. Ainda no que ao plano formativo diz respeito, teria sido para mim desejável a exposição de conteúdos terapêuticos, posta a primordialidade dos mesmos na prática clínica, contribuindo assim para colmatar alguma insegurança na proposta de planos terapêuticos de natureza farmacológica. Por último, destaco positivamente a oportunidade concedida para realizar o Curso TEAM de forma certificada e gratuita, garantindo a contextualização na área da Traumatologia. Na transversalidade da atividade no SU nos estágios de Medicina Interna e Cirurgia, embora a atitude tenha sido tendencialmente observacional, a mesma constituiu uma ferramenta de aprendizagem no que concerne a adoção de algoritmos de intervenção urgente, além de promover a proatividade,

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determinante para a capacitação na resolução de problemas. A Medicina Geral e Familiar consolidou-se enquanto pilar da prestação de cuidados de saúde primários, contribuindo notoriamente para a aquisição de competências comunicacionais e adaptação do plano terapêutico aos serviços complementares necessários e respetiva disponibilidade ou acessibilidade. Destaco também a aprendizagem no que diz respeito à gestão da informação que o doente tem acesso como fundamental neste estágio, sendo-me possível atualmente delinear estratégias de desmistificação ou esclarecimento eficaz. Quanto à gestão da polimedicação, familiarizei-me com ferramentas de consulta rápida para despiste de interações medicamentosas. No que diz respeito à atividade em Pediatria, concluo o presente ano na certeza de ter não só consolidado as competências teóricas e técnicas no que à avaliação pediátrica diz respeito, mas principalmente ter experienciado uma franca evolução na habilidade comunicacional dirigida aos doentes pediátricos e respetivas famílias. Importa igualmente destacar a investigação científica desenvolvida, com recurso aos meios bibliotecários disponíveis no Hospital, proporcionando a discussão de situações identificadas face à bibliografia existente. A oportunidade de frequentar o estágio numa área diferenciada da Pediatria Médica consolidou a minha perceção de que um médico deverá tornar-se progressivamente subespecializado ao longo da sua carreira, ao invés da estagnação após conclusão do Internato Médico, com vista a otimização da gestão de cuidados de saúde. A atividade em Ginecologia e Obstetrícia permitiu-me experienciar a evolução na avaliação clínica e habilidade comunicacional específicas e dirigidas à Saúde da Mulher, devidamente gerida em contexto de seguimento, doença aguda ou gravidez. Apesar de ter diferenciado as áreas da Ginecologia e da Obstetrícia, constatei a interdisciplinaridade entre ambas e importância da abordagem dual na gestão da Saúde da Mulher. Saliento a otimização do período de estágio devido à calendarização de atividades semanais, sendo possível participar ativamente em distintas valências. No que concerne à atividade no BO, destaco a possibilidade de participar enquanto segundo ajudante em várias intervenções cirúrgicas e, por inerência, a aquisição de competências técnicas no âmbito da terapêutica. Por último, o Bloco de Partos destaca-se pelo acompanhamento do trabalho de parto, em diferentes circunstâncias, e o culminar da gestação, a par da atmosfera envolvente da grávida, família e até corpo clínico, com a participação enquanto ajudante na realização de cesarianas.

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Considerando a desconstrução do conceito de saúde proposto pela OMS em prol de uma prática médica completa, interiorizei a representação da Saúde Mental enquanto parcela equiparada à saúde física e social. Contrariamente, identifiquei uma larga negligência do público em geral no que diz respeito à saúde e perturbações mentais, vinculada à relutância e fraca adesão terapêuticas, além de relatos de discriminação e estigma por parte dos pacientes face à compreensão da sua doença pela comunidade geral. Apesar da atividade observacional ter sido dominante, não considero que existam competências específicas suficientes no 6º ano do MIM que capacitem o estudante para conduzir, de forma autónoma, a terapêutica realizada no âmbito da Consulta de Pedopsiquiatria; neste âmbito, sugiro a introdução de um maior número de momentos de contacto com a Saúde Mental nos anos antecedentes. Menciono com particular interesse a participação na preparação de trabalhos científicos, uma vez que a metodologia adotada para colheita de dados e posterior tratamento e seleção de fontes bibliográficas permitiram a aquisição de técnicas passíveis de transposição para qualquer Especialidade em termos de apresentação de matéria científica.

6.2 POSICIONAMENTO GLOBAL

Na dicotomia entre a importância relativa dos valores humanísticos e da tecnologia, revela-se crucial a necessidade de pautar o exercício da Medicina por princípios científicos, técnicos, sociais e éticos, devidamente enraizados na formação pré-graduada. Valorizo, por isso, a introdução de momentos de prática clínica precocemente no MIM, permitindo a integração de conhecimentos teóricos com a respetiva aplicação e desenvolvimento de relações interpessoais. Considero que o fato de pertencer ao 1º ano a concluir o MIM de acordo com o plano de estudos de 2011 dificultou, em inúmeras instâncias, a construção de diretrizes específicas no que ao exercício clínico e avaliação diz respeito. Por outro lado, além da intensificação da atividade prática, a criação de percursos optativos veio consolidar o ensino centrado no estudante, capaz de diferenciar os currículos académicos de conclusão do MIM e estimular a subespecialização futura. Importa, porém, não negligenciar a formação do corpo docente em meio hospitalar, uma vez que foram sucessivamente identificadas discrepâncias entre as expectativas do tutor e as pressupostas pela UC em questão. Durante o MIM, observei ainda a extensão da ação médica além da competência técnica e fundamentação exclusiva do plano de ação em evidência científica, em prol da abordagem

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holística centrada na pessoa, evidenciando a construção dual de planos de seguimento. Adquiri, por isso, a clara consciência da necessidade do trabalho diário para melhoria das competências clínicas e sociais que são exigidas num bom profissional de saúde. Não obstante a franca evolução que o SNS atingiu nas últimas décadas, identifiquei múltiplas situações de pobreza extrema e literacia deficitária. Por conseguinte, são ainda várias as restrições que inviabilizam o cumprimento de planos terapêuticos e, em última instância, a coesão social ideal, pelo que a estratégia política nacional deverá obrigatoriamente sustentar como pilar parâmetros de saúde, uma vez que o futuro de uma nação é proporcional ao grau de saúde do seu povo. Não obstante, destaco, neste prisma, uma das valências consolidadas que considerei de maior enriquecimento, profissional e pessoal: a capacidade de, independentemente das condições sociais e económicas encontradas, exercer o dever cívico na construção da sociedade, através da postura clínica ativa, técnica e cientificamente evoluída, capaz de responder prontamente aos desafios constantes. Concluo o presente ano na certeza de ter cumprido globalmente os objetivos inicialmente propostos, não só fruto do estudo individual, mas também da vivência durante 6 anos na NMS|FCM, enquanto instituição que cumpre dignamente a sua missão de servir publicamente para a qualificação de excelência nos campos das ciências médicas e que difunde na comunidade estudantil a inovação e ousadia necessários para progressão e afirmação enquanto futuros profissionais de saúde, e na Universidade NOVA de Lisboa, o exemplo da união na multidisciplinaridade entre áreas de estudos. Na certeza de que inúmeros são os desafios futuros no exercício da Medicina, termino a presente fase do percurso académico ciente da escolha de um estilo de vida que ostenta como prioritário o respeito pela vida humana e sua dignidade, os deveres da não-discriminação, do sigilo médico, da solidariedade e da entreajuda, além do respeito entre profissionais. Agradeço, por isso, aos Professores, assistentes, orientadores, profissionais e colegas, pela edificação conjunta da minha noção da arte médica.

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7 ANEXOS

A secção destinada aos Anexos pretende complementar a atividade anteriormente descrita e respetiva reflexão, por via da indicação da rotação afeta aos períodos de estágio, atividades extracurriculares desenvolvidas durante o 6º ano e percursos optativos executados durante o MIM.

7.1 ROTAÇÃO DO ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE

Estágio Parcelar Período de Estágio Local de Estágio Tutor

Medicina Interna 12 Set a 4 Nov, 2016

Unidade Funcional 1.2 in Hospital São José

Dr.ª Anabela Nunes

Cirurgia

7 Nov, 2016, a 13 Jan, 2017

Serviço de Cirurgia Geral e de Anestesiologia in

Hospital Beatriz Ângelo

Dr. Luís Féria

Medicina Geral e Familiar

23 Jan a 17 Fev, 2017

Unidade de Saúde Familiar Santo Condestável Dr.ª Carolina Resende Pediatria 20 Fev a 17 Mar, 2017

UCERN in Hospital Dona Estefânia Dr.ª Sara Nóbrega Ginecologia e Obstetrícia 20 Mar a 21 Abr, 2017 Serviço de Ginecologia e Obstetrícia in Hospital CUF Descobertas Dr.ª Sílvia Roque Saúde Mental 24 Abr a 19 Maio, 2017 Clínica da Juventude in Hospital Dona Estefânia

Dr.ª Paula Vilariça Opcional Cirurgia Cardiotorácica 22 Maio a 2 Jun, 2017 Serviço de Cirurgia Cardiotorácica in Hospital Santa Marta Prof. Dr. José Fragata 7.2 ATIVIDADES EXTRACURRICULARES 7.2.1 Área Científica

A frequência de congressos científicos decorreu em 3 momentos ao longo do presente ano letivo, incidindo sobre as áreas da Cardiologia1, Emergência Médica2 e empreendedorismo em saúde3.

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7.2.2 Funções Associativas

No decorrer do 6º ano do MIM, desempenhei funções associativas na Associação de Estudantes da NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas (AEFCM), na condição de Presidente da Direção4, e na Federação Académica de Lisboa, enquanto Administradora da Direção5. Tive

ainda oportunidade de integrar o Grupo de Trabalho do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para a inclusão dos estudantes com Necessidades Educativas Especiais no Ensino Superior e Ciência produzida em Portugal6.

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5. Certificado de Desempenho na Federação Académica de Lisboa

6. Certificado de Participação no Grupo de Trabalho para os Estudantes com Necessidades Educativas Especiais promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

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7.2.3 Síntese do Percurso Extracurricular Anterior

Além da indicação detalhada das atividades realizadas no âmbito do 6º ano do MIM, importa destacar o complemento executado com programas de estágios em férias, nos quais participei nos meses de Julho e Agosto de 2014 e 2016, respetivamente no Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital CUF Infante Santo (inserido no programa de estágios PECLICUF da AEFFCM) e no Serviço de Neurocirurgia do Hospital Nélio Mendonça (ao abrigo do programa de estágios nacionais da Associação Nacional de Estudantes de Medicina). Para além disso, previamente ao desempenho de funções enquanto Presidente da Direção da AEFCM, desenvolvi, no mandato 2014/2015, o cargo de Direção de Atividades, responsável diretamente por tutelar as áreas cultural, desportiva e recreativa da Associação.

7.3 P

ERCURSO

O

PTATIVO

No decorrer do MIM, frequentei a UC Opcional Projeto de Investigação no 1º, 2º e 3º anos, através da qual me foi possível integrar conhecimentos acerca da definição de metodologia para investigação científica, agilização de estratégias para consulta de fontes bibliográficas e exposição de temáticas. A seleção da UC Opcional no 6º ano recaiu sobre os Estágios Clínicos Opcionais, através da qual realizei o estágio clínico7 no Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital Santa

Marta, sob tutela do Professor Doutor José Fragata. Neste período, além da vigilância diária e discussão multidisciplinar dos doentes admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos, participei em diversas cirurgias cardíacas e, ocasionalmente, em sessões clínicas focadas em técnicas cirúrgicas.

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