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Relatório estágio profissional

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Academic year: 2021

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Relatório final de

Estágio Profissionalizante

Mestrado Integrado em Medicina

2011-2017

João Sassetti Coimbra

Nº 2011467

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ÍNDICE INTRODUÇÃO 3 ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS 3 1. Psiquiatria 3 2. Pediatria 4 3. Ginecologia e Obstetrícia 4

4. Medicina Geral e Familiar 5

5. Medicina Interna 6

6. Cirurgia Geral 7

REFLEXÃO CRÍTICA 7

ANEXO 1 – estágio em Ginecologia e Obstetríca 11

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INTRODUÇÃO

O presente relatório refere-se aos estágios realizados no ano lectivo de 2016/2017, durante o 6º ano do Mestrado Integrado de Medicina da “Nova Medical School”, com a duração total de 32 semanas, nas especialidades de: Psiquiatria e Saúde Mental; Pediatria; Ginecologia e Obstetrícia; Medicina Geral e Familiar (MGF); - todas com duração de 120 horas – e Medicina Interna e Cirurgia Geral – ambas com duração de 240h. Neste relatório serão descritos, para cada um dos estágios realizados, os seus principais objectivos específicos, bem como as actividades por mim realizadas em cada um deles. Segue-se, uma reflexão crítica para cada um dos estágios realizados enquadrando-os no papel que tiveram na minha formação médica e humana. Por fim, encontram-se os anexos com certificados de um estágio prévio em Ginecologia e Obstetrícia que não obteve creditação curricular e de congressos realizados ao longo destes ano.

ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS 1. Saúde Mental

Tanto o estágio de Psiquiatria e Saúde Mental como o de Pediatria decorreram no “Hospital Universitario de La Paz”, em Madrid, Espanha; ao abrigo do programa mobilidade internacional ERASMUS+ PLACEMENT, através de um acordo pontual com a Universidade Autónoma de Madrid. O estágio decorreu entre os dias 15/07 e 12/08 de 2016 e teve a duração de 120 horas e mais 60 horas extra. Estas 60 horas não estavam previstas inicialmente no plano; mas, tendo tido oportunidade integrar uma equipe médica de Urgência Psiquiátrica, foram integradas no meu curriculum na Unidade Curricular de “Estágio Opcional”. Os objectivos deste estágios eram

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os seguintes: (1) desenvolver conhecimentos e capacidades de diagnóstico e intervenção clínica em Psiquiatria e Saúde mental; (2) proporcionar uma experiência de trabalho integrado de equipa e de colaboração multidisciplinar; e (3) sensibilizar para os aspectos de saúde pública e de organização dos cuidados da saúde mental. Sob a orientação da Dra. Ainoa Muñoz pude: (1) participar diariamente na discussão de pacientes nas reuniões do serviço; (2) acompanhar durante 2 semanas doentes no internamento de Psiquiatria, participando nas consultas e nas sessões de terapia de grupo e realizando 1 História Clínica e 9 breves avaliações psicopatológicas formais; (3) observar a administração de terapia electroconvulsiva; (4) observar consultas de urgência psiquiátrica; e, por último, (5) integrar durante 2 semanas uma equipe de “consulta interna” que estava responsável por avaliar e acompanhar doentes hospitalizados sinalizados por outras especialidades.

2. Pediatria

Também no “Hospital Universitário de la Paz”, em Madrid, o estágio de Pediatria, sob a orientação do Dr. Luis Alonso, decorreu entre os dias 15/08 e 12/09 de 2016. Os principais objectivos do estágio eram: (1) conhecer as principais patologias da criança e do adolescente; (2) reconhecer critérios de gravidade; (3) ser capaz de propor orientação terapêutica e prescrever fármacos comuns; e (4) desenvolver técnicas de comunicação e outras competências transversais à prática médica. Neste estágio estive maioritariamente no serviço de internamento; onde me eram atribuídos diariamente 2 doentes para avaliar, realizar o diário clínico e, após discussão com o meu tutor, realizar uma proposta terapêutica. Também pude observar consultas de urgência pediátrica.

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3. Ginecologia e Obstetrícia

O estágio de Ginecologia e Obstetrícia foi realizado no “Hospital Beatriz Ângelo”, sob a orientação da Dra. Sandra Barreto, entre os dias 13/09 e 07/10 de 2016. Os objectivos deste estágio eram os seguintes: (1) praticar a colheita de dados e estabelecer diagnósticos provisórios; (2) identificar problemas que requeiram referenciação; (3) fazer o uso adequado de métodos complementares de diagnóstico e terapêutica; e (4) desenvolver autonomia na tomada de decisões. Neste estágio tive a oportunidade de participar em praticamente todas as áreas da vasta especialidade de Ginecologia e Obstetrícia, tendo, para isso, feito rotações em: consultas externas de (1) ginecologia, (2) obstetrícia e (3) senologia (onde participei na entrevista clínica, no exame objectivo e, quando indicado, na realização de técnicas diagnósticas próprias); (4) cirurgias electivas de ginecologia – tendo participado como segundo cirurgião adjunto em duas anexotomias bilaterais por via laparoscópia; (5) bloco de partos e cesarianas - tendo acompanhado a monitorização e observado o parto normal; bem como o processo de decisão de conversão para cesariana; e, por último, (6) no serviço de urgências de Ginecologia tendo participado activamente no contacto com os doentes e os seus acompanhantes. Apresentei ainda um trabalho de grupo numa das sessões médicas do serviço com o tema “Anemias na Gravidez”

4. Medicina Geral e Familiar

O estágio MGF foi realizado na Unidade de Saúde Familiar “Conde de Oeiras”, sob a orientação da Dra. Maria João Martins, entre os dias 10/10 e 04/11 de 2016. Este estágio tinha os seguintes objectivos principais: (1)

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integrar uma abordagem centrada na pessoa, incorporando dados psicossociais, culturais e familiares; (2) fazer exames objectivos clínicos adequados; (3) identificar e saber discutir o diagnóstico dos problemas de saúde mais frequentes; (4) tomar decisões terapêuticas adequadas ao contexto; prescrevendo medicação e métodos auxiliares de diagnóstico quando indicado; (5) reconhecer as indicações dos exames auxiliares de diagnóstico mais utilizados e saber interpretá-los; e (6) utilizar evidência científica nos diferentes níveis de prevenção. Neste estágio acompanhei com uma “independência tutelada” as diferentes consultas que se realizam nesta USF, nomeadamente: “consultas do dia”; consultas de “doença aguda”; “consultas por iniciativa do utente”; “saúde materna e fetal” e “saúde familiar”.

5. Medicina Interna

O estágio de Medicina Interna decorreu no Hospital Curry Cabral, sob a orientação da Dra. Heidi Gruner, entre os dias 7/11/2016 e 14/01/2017. O estágio tinha por objectivos: (1) a aquisição de competências teórico-práticas avançadas e autonomia nas áreas de Medicina Interna, incluindo diagnóstico e terapêutica; (2) o diagnóstico e a prescrição de medidas terapêuticas, de forma autónoma, nas situações clínicas mais prevalentes e de maior gravidade na população portuguesa; e (3) a identificação e hierarquização das situações clínicas de maior emergência. Neste estágio trabalhei sobretudo na enfermaria onde participei diariamente na reunião de serviço; e nas sessões de Temas Clínicos - tendo apresentado um trabalho de grupo sobre “Doença Renal Crónica” - e fiquei responsável diariamente por doentes no internamento, tendo feito avaliações médicas de forma autónoma com recurso também a técnicas simples de diagnóstico (ex: análises sanguíneas,

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hemoculturas, ECG...) e, após discussão dos casos, elabora os diários clínicos e participado na prescrição médica de forma tutelada. Acompanhei, desta forma, um total de 14 doentes nas primeiras 7 semanas de estágio; com uma taxa de seguimento com uma média de 3,7 dias/doente.

6. Cirurgia Geral

O estágio de Cirurgia Geral decorreu no Hospital Beatriz Ângelo, sob a orientação do Dr. João Sousa Ramos, entre os dias 7/11/2016 e 14/01/2017. O estágio tinha os seguintes objectivos: (1) conhecer as principais síndromes cirúrgicas, e os fundamentos do seu diagnóstico e tratamento; (2) distinguir situações clínicas com indicação cirúrgica electiva ou urgente; (3) compreender o risco cirúrgico de um doente; e (4) saber executar as técnicas de pequena cirurgia mais comuns. Neste estágio acompanhei o seguimento de doentes internados no serviço de cirurgia (tanto pré como pós operatório); observei quase diariamente cirurgias electivas, sobretudo na área da cirurgia do cólon, tendo participado como segundo ajudante em 2 hemicolectomias; participei 4 vezes como ajudante em pequena cirurgia, tendo realizado de forma autónoma a excisão de lipomas do antebraço de 2 doentes; observei consultas externas de cirurgia e de urgência cirúrgica; apresentei um trabalho de grupo sobre “doença Inflamatória Intestinal” e realizei o curso “Trauma - Evaluation And Managment” .

REFLEXÃO CRÍTICA:

A oportunidade de fazer dois estágios no “Hospital Universitario de la Paz” em Madrid – que tem anualmente mais de 50,5 mil internamentos e 220 mil consultas de urgência – permitiu-me tomar contacto com uma realidade hospitalar que funciona a uma escala maior do que os hospitais a que estava

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acostumado. Esta maior escala pareceu-me sobretudo importante durante o meu estágio no serviço de Psiquiatria. Neste serviço, há uma equipa própria (com rotação semanal) dedicada exclusivamente à realização de “consultas internas” para doentes hospitalizados e sinalizados por outras especialidades (mais frequentemente Trauma, Obstetrícia, Pediatria e Neurologia). Esta oportunidade de os acompanhar durante 2 semanas foi essencial para a minha constatação da verdadeira prevalência de doença mental na população geral (frequentemente escondida ou ignorada até por profissionais de saúde); bem como a tomada de consciência para as doenças psiquiátricas mais comuns, as situações médicas que mais frequentemente se associam a elas; os sinais de alerta que requerem exploração mais detalhada; e as situações que implicam referenciação a especialista. No serviço de Pediatria do mesmo hospital, fui muito bem integrado na equipa, sobretudo porque comecei o estágio na mesma semana que os internos de Pediatria de 1º ano – que não têm uma experiência de “ano comum” antes da entrada na especialidade e, portanto, se encontravam ao mesmo “nível técnico” que eu -; mas também porque no meu programa de Erasmus do 4º ano (na Universidade de Navarra, em Pamplona) já tinha feito um estágio em Pediatria num hospital espanhol, e, por isso, estava bem familiarizado com os termos e procedimentos. Foi importante esta boa integração porque me permitiu um bom nível de autonomia na avaliação dos doentes e no contacto com a família. O sistema de saúde espanhol está fortemente dirigido para os Centros de Saúde - sendo o seguimento das crianças feito na maioria dos casos por pediatras que trabalham no centro de saúde – e notei um nível surpreendentemente bom de literacia médica nos pais com quem tinha

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contacto diário, sobretudo em contexto de urgências pediátricas. Como ponto negativo do estágio aponto a péssima adequação da equipa médica às novas tecnologias aplicadas à Saúde. Apesar de existir um bom sistema informático no hospital, o serviço de Pediatria continua a registar tudo primeiramente “em papel” com passagem ao sistema informático feita apenas para alguns documentos a uma única administrativa do serviço por forma de ditado. Isto implica não só um enorme desperdício de tempo, como torna a prática médica num exercício enormemente burocrático de “encontrar papéis”, decifrar rabiscos, ditar textos e um sem-fim de inconvenientes caricatos para o século XXI. Nesse aspecto, sinto que podia ter participado mais no exercício verdadeiro da Medicina. Durante o estágio de Ginecologia e Obstetrícia, renovei o meu enorme fascínio por esta especialidade, tendo sido muito bem integrado na equipa em parte pelo grande interesse que procurei mostrar. A minha anterior experiência de estágio nesta especialidade foi voluntária e decorreu no “Hospital Universitario Marqués de Valdecillas”, em Santander, ao abrigo do programa “Professional Exchange” da “International Medical Students’ Association” – incluo o certificado do estágio como Anexo1, uma vez que não obteve creditação no meu curriculum. Em comparação, o estágio deste ano foi de maior maturidade médica e pessoal, tendo-me sentido capaz de intervir de forma autónoma na entrevista, e, nalguns casos, também na definição de uma marcha diagnóstica; conhecendo as principais patologias e as suas formas de apresentação; mas também apto para a sensibilidade na relação médico-doente que esta especialidade implica de forma particular. Realizei o estágio de MGF na mesma USF onde tinha estagiado no ano anterior, o que tornou fácil a minha rápida integração na

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equipa. O principal ponto positivo que destaco foi o contacto centrado no doente como um todo, com evidente promoção para a Saúde e o contacto com um amplo “leque” de doenças, dependendo do contexto do doente e do tipo de consulta. O estágio de Medicina Interna foi, sem dúvida, o mais trabalhoso para mim; tendo excedido habitualmente e de forma voluntária o horário previsto para o estágio. Deveu-se este facto ao grande sentido de responsabilidade que me foi incutido pela atribuição diária de tarefas médicas claras e necessárias. Senti-me verdadeiramente parte da equipa e parte essencial na gestão da saúde dos doentes que me eram atribuídos. Neste estágio tive momentos em que fui verdadeiramente médico. No estágio de Cirurgia Geral, evidentemente, todo o contacto com patologia cirúrgica na enfermaria foi essencial para a minha formação médica, mas destaco sobretudo dois aspectos que me pareceram mais importantes: (1) as minhas participações no serviço de Pequena Cirurgia, onde aprendi finalmente técnicas de intervenção cirúrgica e onde fui um dos médicos “que produz”; e (2) a participação na gestão de doentes com patologia cirúrgica sem indicação para cirurgia por comorbilidades médicas (geralmente por caquexia), onde conheci verdadeiramente as limitações da intervenção médica e a importância da avaliação dos resultados e integração das conclusões na pratica médica diária aplicada a cada doente.

Globalmente, os estágio deste ano foram muito importantes na minha formação médica e pessoal, destacando a autonomia em cada um deles como o factor essencial de aprendizagem.

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ANEXO 1 – Estágio em Ginecologia e Obstetrícia realizado no “Hospital Universitario Marqués de Valdecillas”, em Santander, ao abrigo do programa “Professional Exchange” da “International Medical Students’ Association.

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Referências

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