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A SUBSTÂNCIA SEGUNDO ARISTÓTELES

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Academic year: 2021

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Valéria do Nascimento Silva (Bolsista do Grupo PET–Filosofia da UFSJ) Glória Maria Ferreira Ribeiro (Orientadora–Tutora do Grupo PET) Agência financiadora: MEC/SESu

Resumo: Busca-se compreender o sentido da equivalência entre a noção de substância e a de ser presente no pensamento de Aristóteles. Isto será realizado através do exame da relação que se verifica entre as noções de princípio e de causa presentes no pensamento desse filósofo. Para tanto valeremo-nos do livro V e dos primeiros quatro capítulos do livro VII da Metafísica

Palavras Chaves: Ser, Substância, Princípio, Causa.

presente pesquisa utiliza como fonte o livro V e os primeiros quatro capítulos do livro VII da Metafísica, escrita pelo filósofo Aristóteles. Valeremo-nos da tradução portuguesa de Marcelo Perine, publicada pela editora Loyola em sua 1ª edição do ano de 2002.

Este trabalho tem por objetivo compreender, através da Metafísica,... o que desde os tempos mais antigos, assim como agora e sempre, constitui o eterno objeto de pesquisa e o eterno problema: ”que é o ser”, equivale a este: “que é a substância? (ARISTÓTELES, 2002 1028b 5)

Na tentativa de resolver essa questão, trataremos inicialmente de examinar o que o autor entende por Ser, e ainda porque ele diz que só conhecemos realmente as coisas quando conhecemos as suas causas e o seu princípio.

Todavia, antes de começarmos esta análise é interessante saber que foram quatro as definições dadas por Aristóteles ao termo metafísica, sendo elas: a metafísica que questiona as causas e os primeiros princípios; a que examina o “ser enquanto ser” - ontologia -; a que questiona a substância - ousiologia - e por fim a metafísica que indaga Deus e a substância supra-sensível - teologia.

Apesar dessas definições estarem completamente interligadas, neste trabalho analisaremos as três primeiras, dando ênfase à questão da substância. Para o Estagirita, sua Filosofia Primeira – posteriormente classificada como Metafísica – era uma ciência

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das primeiras causas e dos primeiros princípios do real e tinha como objetivo examinar o “Ser enquanto Ser”, em outras palavras, o Ser em geral. Mas o que nos é dado a compreender por Ser?

Com relação ao Ser, pode-se dizer que este por estar presente em tudo que existe – já que em tudo o que percebemos e falamos o Ser está sempre presente –, acaba tornando-se muito extenso. Ou seja, por possibilitar uma gama de relações não tem como ser objeto de nenhum estudo específico, não cabendo em nehuma definição. Assim sendo, a única coisa que nos é dada compreender do Ser é precisamente, o modo como ele se faz presente nos entes. Diante deste impasse segundo nosso autor, para que possamos melhor compreender o Ser é necessário que analisemos o ente, ou seja, aquilo que é possível apreender do Ser. Para tanto Aristóteles limita o ente à seus princípios básicos, quais sejam, a matéria (hylé) e forma (eidos). Logo a união destes princípios básicos será denominada por ele de substância (synolon).

Com relação ao princípio, ao analisarmos o I capítulo do livro IV podemos perceber que este abarca várias definições, donde entre elas podemos citar:

... a parte de alguma coisa de onde se pode começar a mover-se (...) o melhor ponto de partida para cada coisa (...) a parte originária e inerente à coisa a partir da qual ela deriva (...) a causa primeira do movimento (...) o ponto de partida para o conhecimento de uma coisa. (ARISTÓTELES, 2002 1013a 5-15)

Em outras palavras, o princípio segundo Aristóteles, era tido como ponto de partida de do qual deriva tudo que existe, inclusive o conhecimento. Este é tido ainda como indemonstrável, uma vez que, tal princípio se mostra como a totalidade do real - isto é: a condição desde a qual o real pode vir ser e se dar a conhecer. Deste modo, esse princípio, nele mesmo, não pode ser demonstrado, porque se assim fosse, ele seria limitado e perderia a sua principal característica que é a de conferir limite\determinação aos entes.. Sendo assim o que pretendia Aristóteles não era demonstrar o Ser, visto que este é indemonstrável, mas tentar compreender como os entes fazem parte desse.

Com relação às causas, segundo nosso autor, elas são finitas, pois,... se fossem infinitas em número as espécies de causas, também nesse caso o conhecimento seria impossível... (ARISTÓTELES, 2002 994a 30).

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Assim sendo, as causas se limitam a quatro, quais sejam: a causa material, que caracteriza-se como elemento que constitui todas as coisas da natureza, porém, esta matéria não deve ser entendida aqui no sentido de uma coisa tangível que possuiria uma característica eminentemente sensível. Talvez, o sentido que mais nos aproxime do que Aristóteles compreendia por matéria seja a noção de potência, ou seja, algo indeterminado e que, no entanto já se encontra previamente disposto a receber determinada forma, como por exemplo, a madeira, que possui em si a potencialidade de vir a se cama, cadeira, mesa, etc.

A mesma nos remete ainda para a noção de natureza, visto que:

...natureza significa o princípio material originário do qual é feito ou do qual deriva algum objeto natural, e que é privado de forma e incapaz de mudar em virtude unicamente da potência que lhe é própria. (ARISTÓTELES, 2002 1014b 25).

Num segundo sentido a causa é forma, algo que já se encontra atualizado e tem como principal característica determinar e caracterizar a matéria, fazendo assim com que existam os seres particulares. Ainda com relação à forma encontramos a idéia de ato (enteléquia), esta, porém, não pode ser definida, mas apenas intuída, já que o ato é a forma que atualiza a potência contida na matéria. Assim sendo pode-se dizer que a passagem da potência ao ato, é o que segundo Aristóteles constitui o movimento.

Sendo então a forma aquilo que faz com que existam os seres particulares, podemos dizer que esta também nos remete para o sentido de natureza, uma vez que:

... todas as coisas que são ou que se geram naturalmente, mesmo que já esteja presente aquilo de que deriva, por natureza, seu ser ou sua geração, enquanto ainda não tenham sua forma e sua figuração, enquanto ainda não tenham sua forma e sua figura, dizemos que ainda não tem sua natureza.... (ARISTÓTELES, 2002 1015a 5).

É interessante ressaltarmos aqui que, do ponto de vista teórico, quando fazemos referência a natureza das coisas, não existe nenhuma diferença entre causa material e formal, uma vez que ambas completam-se mutuamente e, assim sendo, se na prática isso acontece é para que possamos compreendê-las melhor.

Ainda com relação às causas, noutro sentido, esta é tida ainda como responsável pelo movimento. Ou melhor, como causa eficiente, uma vez que, é através dela que a matéria

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ganha forma e se determina; (é ato e potência ao mesmo tempo); e por último, a causa significa o fim, ou seja, é o que a coisa tende a ser a partir de uma forma que a delimite.

Sendo então a causa eficiente aquela responsável pela origem do movimento, ela também nos remete à idéia de natureza, já que:

...a natureza significa, num sentido, a geração das coisas que crescem (...) o princípio originário e imanente, do qual se desenvolve o processo de crescimento da coisa que cresce... (ARISTÓTELES, 2002 1014b 16).

Por outro lado, devemos ficar atentos ao fato de que a “natureza” (physis) que aqui estamos analisando não deve ser compreendida no sentido moderno do termo e sim no sentido originário da realidade primeira, e assim sendo, a physis é senão as coisas em sua origem, ou seja, a causa que possibilita o surgir e o modificar do ente, que só é possível através das quatro causas já explicitadas anteriormente.

Torna-se claro então que os vários significados de causa ...estão em função do fim e diferem entre si enquanto alguns são instrumentos e outros ações”, (ARISTÓTELES, 2002 1013b 2) e assim sendo, são elas que nos possibilitam conhecer o processo de formação do Ser, em outras palavras, elas são aquilo que nos fornecem o conhecimento – o saber. Isto significa que, aquilo que nos permite instalar na verdade - no próprio real - é compreender as causas, pois, só assim será possível saber o porquê das coisas serem aquilo que elas são.

É interessante acrescentar ainda que princípio e causa de certa maneira se relacionam, uma vez que, ambos são condições necessárias para as coisas poderem vir a ser, ou seja, existirem. Porém, não se pode dizer que causa seja princípio, uma vez que, o princípio sendo algo indemonstrável não precisa da causa para existir; já as causas, por ocuparem-se em dizer o que as coisas são, são demonstráveis e precisam de um princípio anterior a elas para existirem.

Retomando a questão do Ser, e sendo que este equivale a substância como já dito, o que seria então a substância?

Em primeiro lugar antes de tratarmos dessa questão, segundo o Estagirita devemos saber se: ... só existem substâncias sensíveis, ou também outras além delas? E deve-se dizer que só existe um gênero ou que existem diversos gêneros dessas substâncias

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como pretendem os que afirmam a existência de Formas e de Entes intermediários...? (ARISTÓTELES, 2002 997a 35)

Para responder a esta pergunta, Aristóteles nos diz que existem três tipos de substâncias, sendo elas as substâncias sensíveis – que possuem dois gêneros – e as supra-sensíveis. Todavia, nos limitaremos neste trabalho a responder à primeira questão, qual seja, o que seriam as substâncias sensíveis, já que segundo Aristóteles... todos admitem que algumas das coisas sensíveis são substâncias... (ARISTÓTELES, 2002 1029b 3).

Com relação às substâncias sensíveis essas são subdivididas em: corruptíveis e não corruptíveis. A primeira se configura por estar sujeita a transformações e alterações, e assim sendo estas tornam-se difíceis de serem apreendidas, já que encontram-se em constante mudança. Por sua vez, as não corruptíveis, apesar de serem sensíveis, são eternas e imutáveis, como por exemplo, os astros que são constituídos de éter. Porém, segundo Aristóteles não devemos nos apoiar nas substâncias sensíveis, haja visto que estas encontram-se em constante mudanças que se dão através do processo ato-potência-ato, e assim sendo, se a tomássemos por base, tudo o que existe seria corruptível e consequentemente impossível de ser conhecido. Uma vez que, aquilo que encontra-se em potência pode em dado momento apresentar determinada característica e em outro momento outra, tornando-se assim difíceis de serem apreendidas. É justamente neste ponto que entra em pauta a substância supra-sensível, uma vez que, para se chegar às substâncias móveis é necessário que anteriormente a essas exista uma substância imóvel, eterna e incorruptível.

Ainda com relação à substância, o Estagirita encontrou em seus predecessores várias opiniões a respeito da mesma: para os naturalistas o que permanecia era a matéria, e esta pode ser observada quando disseram do que era constituída a realidade,. Ou seja, ao afirmarem que, algo que sustenta a realidade durante o processo de transformação sempre permanece. Para os pitagóricos a substância se dava a partir das relações numéricas, já que acreditavam que era a partir dessas que tudo se originava. Para os platônicos, era a forma, haja visto que para eles o que há de permanente no objeto é a idéia que temos dele – e, por outro lado, a mudança do objeto como pensava Heráclito, só acontece porque esses objetos são simples representações de nossas idéias (que são imutáveis) no domínio sensível. Além dessas diversas controvérsias com relação à substância, ainda temos a opinião dos empíricos, que consideraram como substância o

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indivíduo.

Segundo Aristóteles a opinião daqueles que consideraram a substância como matéria, é equivocada, pois, como é sabido a matéria é potencialidade indeterminada e só se determina a partir do momento em que é atualizada pela forma. Por sua vez, os pitagóricos, ao explicarem sua teoria acabaram por exagerarem ao relacionar os números a tudo o que existe no universo. Isto sem falar que tentaram explicar o princípio (natureza – e essa possui movimento) a partir de elementos não sensíveis, ou seja, os números, que não possuem movimento.

Em seguida, Aristóteles não acreditava que existisse um mundo das idéias abrangedor de tudo o que existe. Acreditava sim que a realidade está no que percebemos e sentimos através dos sentidos, e assim todas as nossas idéias e pensamentos tinham entrado em nossa consciência através do que víamos e ouvíamos. Assim sendo, considerava que o homem possuía uma razão inata, mas não idéias inatas, uma vez que estas nós adquirimos com o tempo e não nascemos com elas - e assim essas não servem como base para o conhecimento das coisas sensíveis.

Por fim, o fato da substância primeira ter sido classificada por alguns, como indivíduo, segundo Giovanni Reale, se deu porque no ocidente as primeiras obras conhecidos do Estagirita foram As Categorias, e nesta o autor classificava a substância primeira como indivíduo, já a matéria e forma como substância segunda. Por isso Reale em seu ensaio introdutória à Metafísica nos alerta... que um primeiro erro a evitar será: não se pode abordar a Metafísica com a convicção que se extrai das Categorias ou seguindo os interpretes que se basearam ou ainda se baseiam somente ou prevalentemente sobre o que se lê nas Categorias...(Giovanni Reale, Ensaio introdutório, p. 89)

A discussão da autenticidade dos escritos das Categorias é ainda posta em questão por Suzanne Mansion no livro Sobre a metafísica de Aristóteles e isto fica claro quando ela diz que:

Infelizmente, não podemos mais ter a mesma confiança que os antigos na autenticidade das Categorias. (...) As Categorias dão dá substância uma definição diversa daquela que se encontra geralmente alhures e esta definição não se encontra em outros lugares da obra do Estagirita. Isto cria, evidentemente, má dificuldade àquele que quer empreender o estudo da substância em Aristóteles... (Suzanne Mansion, Sobre a metafísica de Aristóteles, p.76).

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Contudo não devemos pensar que o que foi dito pelo Estagirita nas Categorias é incoerente com relação ao que ele nos diz na Metafísica, visto que, na primeira o autor tratou apenas de nos fornecer as primeiras representações acerca da substância sensível, questão esta, que será melhor desenvolvida posteriormente na Metafísica.

Após esta breve explanação de como a substância era compreendida pelos seus predecessores, torna-se fundamental analisarmos como a substância era definida segundo o Estagirita. Segundo ele, a substância não está ligada a nada, ou seja, ela subsiste por si mesma e assim sendo ela funciona como substrato, pois,... é aquilo de que são predicadas todas as outras coisas, enquanto ele não é predicado de nenhuma outra... (ARISTÓTELES, 2002 1028b 35). Ou seja, constitui a parte essencial do ser, e se caracteriza por ser aquilo a partir do qual as outras coisas derivam. Outrossim, a substância pode ser tida como determinada visto que ela é aquilo que delimita e caracteriza as coisas, e assim sendo ela pode ser separável das coisas, assim como a matéria e a forma. É característica ainda da substância, ser a essência das coisas, ou seja, aquilo que é absolutamente necessário para que se possa compreender o Ser.

Dadas às definições da substância, passemos agora a uma análise mais detalhada do que seria então a substância compreendida como synolon, ou seja, a substância como união de matéria e forma.

Foram várias as dúvidas com relação aos escritos do Estagirita no que se refere a esta questão, e isto se deu provavelmente pelo fato de uma má interpretação de suas definições. Apesar da primeira definição nos reportar para a idéia de matéria, visto que nessa a substância é interpretada como substrato. Ou seja, como algo que sempre permanece, todavia essa não deve ser tida como substância, visto que apesar de possuir a qualidade de sempre permanecer, a matéria não subsiste por si mesma, ou seja, separada da forma. Isto sem falar ainda que a matéria contrária a substância é indeterminada, uma vez que possui apenas potencialidade, ou seja, a possibilidade de vir a ser algo. Assim sendo somente em certo sentido a matéria pode ser considerada substância.

Já a forma por determinar e caracterizar a matéria, fazendo assim com que existam os seres particulares, ela é algo determinada; isto sem falar que a forma tem como característica o fato de poder separa-se da matéria, já que esta é condicionada segundo a forma e não o contrário.

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Diante do que foi dito fica claro então que, sendo a substância uma coisa determinada pela forma, já que sua principal característica é de funcionar como atualização da matéria, ela torna-se então importante para que se conheça o ente, e passa assim a ser considerada mais substância do que a matéria. Ou seja, a substância primeira ou “causa primeira do ser” já que é a primeira coisa que apreendemos do Ser.

E isto pode ser verificado na passagem em que Aristóteles nos diz:

... para quem considera o problema desse ponto de vista, segue-se que a substância é a matéria. Mas isso é impossível; pois as características da substância são, sobretudo, o fato de ser separável e de ser algo determinado: por isso a forma e o composto de matéria e forma parecem ser mais substância do que a matéria. (ARISTÓTELES, 2002 1029a 25-30)

Já com relação ao synolon - união de matéria e forma - apesar de parecer ser mais substância, este também é tido como inferior a forma, ou seja, menos substância. Isto se dá porque nesse sentido a substância estaria sujeita a alterações, já que encontra contida em si a matéria - que se mostra como algo indeterminado. Assim sendo somente a forma pode ser considerada mais substância, a substância primeira, já que mesmo as coisas sensíveis apesar de serem matéria foram determinadas pela forma.

Diante disso podemos concluir que a substância sensível é em sentido impróprio a matéria; noutro o synolon e em seu sentido mais adequado, a forma.

Ainda com relação à ousia, podemos dizer que ela é a primeira coisa que se apreende do Ser, uma vez que, está presente em todos os entes, consistindo naquilo que é comum em todos eles, bem como aquilo que nos permite conhecê-los.

Considerando o acima exposto, temos que a substância é ao mesmo tempo o princípio e causa, visto que são esses que nos reportam aos porquês de nossos questionamentos: Buscar o porquê das coisas, é buscar a razão pela qual alguma coisa pertence a outra. (ARISTÓTELES, 2002 1041a 10) Todavia, para buscar esse “por que” é necessário que a coisa que se busca conhecer seja antecipadamente conhecida -porque só assim será possível saber o porquê daquela coisa que deseja ser conhecida pertencer a outra. Buscar esse “por que” equivale, portanto buscar a causa e o princípio. Assim sendo, aquilo em vista do qual procuramos nada mais é o motivo pelo qual aquele dado objeto

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possui tal forma que determina tal matéria, ou seja, a substância.

Enfim, vale acrescentar ainda que a substância nos remete para a noção de natureza, e isto fica claro na passagem em que Aristóteles nos diz que todas as coisas que são substância ... são constituídas segundo a natureza e pela natureza, parece que a substância é a própria natureza, a qual não é elemento material mas princípio...” E assim sendo, torna-se claro porque umas das definições dada à metafísica por Aristóteles foi de substância (ousiologia), ou seja, de ciência das primeiras causas e primeiros princípios do real.

Como resultado de nossos estudos podemos concluir que, Aristóteles buscando compreender o que seria o Ser, acabou por buscar os princípios e causas do real, e nessa tentativa de compreender esses princípios, ele chega à conclusão de que esses só se dariam a conhecer na substância. Visto que é isso o que nos possibilita compreendermos porque coisas aparentemente diferentes entre si, como por exemplo: a manga de uma blusa ou manga como fruta, possam ser chamadas de manga, sem, contudo, deixar clara a diferença específica existente entre esses dois tipos de mangas. Por essa razão a substância é tida como a primeira coisa que se apreende do Ser, uma vez que, ela esta presente em todos os entes, consistindo naquilo que é comum em todos eles, bem como aquilo que nos permite conhecê-los.

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Referências:

ARISTÓTELES. Metafísica. Tradução de Giovanni Reale. Vol. II. São Paulo: Edições Loyola, 2002.

_____________. Metafísica: sumário e comentários. Tradução Giovanni Reale. Vol. I e III. São Paulo: Edições Loyola, 2002.

ALLAN, D. J. A filosofia de Aristóteles. Lisboa: Editorial Presença, 1983.

MARIE, Dominique Philippe. Introdução à filosofia de Aristóteles. Tradução: Gabriel Hibon. São Paulo: Paulus, 2002.

ZINGANO, Marco (org.) Sobre a Metafísica de Aristóteles. Odysseus Editora Ltda.,2005.

FIGUEIREDO, Vinicius de. Filósofos na sala de aula. Volume 3. Berlindis e Vertecchia Editores. 2009.

Referências

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