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TÍTULO: BENEFÍCIOS DO MÉTODO PILATES NAS ALTERAÇÕES POSTURAIS EM IDOSOS E PREVENÇÃO DE QUEDAS

CATEGORIA: CONCLUÍDO

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

SUBÁREA: Fisioterapia

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JALES - UNIJALES

AUTOR(ES): CAMILA RODRIGUES PERBELINI, JEFERSON FERNANDO RIBEIRO

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1.RESUMO

A população idosa vem crescendo significativamente no Brasil, devido aos avanços da medicina e a diminuição da taxa de natalidade. O envelhecimento humano vasto depende da integração dos sistema vestibular, visual e proprioceptivo, respostas neuromusculares, força desta função, havendo maior pré-disposição para quedas em idosos. As quedas podem ser consideradas um marcador do início de um importante declínio de determinada função, são as principais causas de lesões, invalidez e morte entre os idosos. O exercício físico tem o intuito de reforço muscular, que contribui para a melhoria da flexibilidade do corpo e auxilia o condicionamento aeróbico permitindo que o indivíduo com mais de 60 anos adquira melhor autonomia funcional. O método pilates tem se mostrado um importante aliado neste contexto, ele tem como base a melhoria da concentração, equilíbrio, compreende todos os processos de transformação do organismo, tanto físico quanto psicológico e social. A alteração da postura corporal é um dos problemas mais frequentes relacionados ao envelhecimento, pois há dificuldade na excussão dos movimentos com rapidez, sendo que desta forma o equilíbrio corporal fica mais difícil. A perda do equilíbrio ocorre devido a um processo de perda muscular, que conforme o avanço da idade há um declínio proprioceptivo, controle corporal e mental, prejudicando assim coordenação dos movimentos.

O método pilates apresenta variadas formas de exercícios as quais podem ser praticadas por idosos pensando em evitar disfunções em consequência da idade e até mesmo evitar quedas.

2. INTRODUÇÃO

Atualmente, existem no Brasil aproximadamente 15 milhões de idosos e segundo projeções estatísticas em 2025 existirão 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, ocupando assim o país em sexto lugar com o maior número de idosos do mundo. (IBGE,2011). A população idosa vem crescendo significativamente no Brasil. Acredita-se que esse crescimento se dera, principalmente aos avanços da medicina e a diminuição da taxa de natalidade (ALVES et al, 2007; Teixeira,2004). O envelhecimento humano compreende todos os processos de transformação do organismo, tanto físico quanto psicológico e sociais. Envolvendo principalmente papéis sociais desempenhados pelos indivíduos. (Passerino & Pasqualotti, 2006). A alteração da postura corporal é um dos problemas mais frequentes relacionadas ao envelhecimento, pois há uma dificuldade na execução dos movimentos com rapidez, sendo que desta forma o equilíbrio corporal fica mais difícil e consequentemente a diminuição na independência funcional. (Kauffman, 2001). A perda de equilíbrio é um processo que depende da integração do sistema vestibular, visual e proprioceptivo, respostas neuromusculares, força muscular e tempo de reação,

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sendo que conforme o avanço da idade ocorre um declínio vasto dessa função, havendo maior predisposição para quedas em idosos. (Santos et al, 2013; STEL et al, 2003). As quedas são problemas comuns e frequentemente devastadores entre os idosos, estando no ranque entre os mais sérios problemas clínicos que atingem essa população. (Rubstein, 2006). As quedas podem ser consideradas um marcador do início de um importante declínio de determinada função ou um sintoma de uma patologia nova. (PEREIRA et al; 2001 CHRISTOFOLETTI et al, 200 ABRAMES, 1995). Quedas são as principais causas de lesões invalides e morte entre idosos. Sendo considerado, portanto um importante problema de saúde pública no Brasil. O exercício físico tem o intuito de reforço muscular, que contribui para a melhoria da flexibilidade do corpo e auxilia substancialmente o condicionalmente o aeróbico permitindo que indivíduos com mais de 60 anos adquiriram melhor autonomia funcional. (SANTOS et al, 2013). Dentro desta linha o método pilates, tem se mostrado importante aliado neste contexto, buscando um controle do corpo e dos músculos envolvidos em movimentos. Outra característica do Método pilates baseia-se no fortalecimento do centro de força expressão que denomina a circunferência do tronco inferior a estrutura que suporta e reforça o resto do corpo. (Aparício & Pérez, 2006). Verificar os benefícios e a importância do método pilates nas alterações posturais e nas prevenções de quedas.

3. OBJETIVOS

Verificar os benefícios e a importância do método pilates nas alterações posturais e nas prevenções de quedas.

Verificar o método pilates como forma de tratamento e prevenção de quedas em idosos.

4.METODOLOGIA

O presente estudo consiste em uma revisão bibliográfica. A pesquisa foi realizada em base de dados eletrônicos e também em artigos encontrados em dados virtuais como: Google Acadêmico e Scientific Eletronic Libray Online (Scielo), para a seleção dos artigos foram utilizados os seguintes descritores durante as pesquisas virtuais: Alterações posturais, Envelhecimento, Idosos, Quedas e Método Pilates. O estudo foi dado no início do mês de fevereiro de 2019, e seu término em agosto do mesmo ano.

5.DESENVOLVIMENTO

Segundo dados do IBGE (2000), no Brasil, a população de idosos

representa um contingente de quase 15 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade, que corresponde a 8,6% da população brasileira. As mulheres vivem, em média, oito anos a mais que os homens, e correspondem a 55,1% da população idosa.

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Em 2025, os idosos representarão 14% dos brasileiros, e o Brasil terá uma população de idosos semelhantes a que é hoje registrada em países desenvolvidos (Coelho Filho & Ramos, 1999).

A alteração postural corporal é um dos problemas mais frequentes relacionados ao envelhecimento, pois há uma dificuldade na execução dos movimentos com rapidez, sendo que, desta forma, o equilíbrio corporal fica mais difícil. (Knoplich,2001).

Os sinais de envelhecimento vão aparecendo com a idade, incluindo-se neles os seguintes aspectos: branqueamento e espessamento do cabelo, perda de elasticidade e secura da pele, possibilidade de a audição ficar prejudicada, a visão diminuída, a adaptação ao escuro limitada e a fala tornar-se restrita, o aprendizado e a memória de curto prazo ficam prejudicados; os limiares da dor passam a ser altos e a sensibilidades a ela se manifesta em menor intensidade, o sistema vascular diminui quanto á eficiência ocorrendo uma mobilidade torácica mais restrita; e a capacidade de vital é reduzida. (Thompson, Skinner &Piercy, 2002).

Ocorrem, também, transformações no miocárdio e no sistema respiratório, com a diminuição da expansão torácica e, pelas modificações posturais, há alteração da relação ventilação-perfusão; o sistema digestivo fica mais lento, acontecem mudanças nos índices hormonais, com diminuição da produção de estrógeno nas mulheres e redução gradual de testosterona nos homens; o sistema urinário e o glandular também sofrem um processo degenerativo com o passar dos anos. (Papaléo Netto, Carvalho filho & Salles, 2005).

Nessa perspectiva, nem todas as pessoas chegam à velhice no mesmo estado umas são mais vigorosas, mais autônomas e mais desenvolvidas do que outras, que não conseguem conservar seu dinamismo. Assim, alguns idosos estão mais propensos do que outros a diversas condições patológicas que podem levar a alterações da mobilidade, do equilíbrio e da postura. (Soares et al, 2003; Ruwer, Rossi & Simon, 2005)

O envelhecimento pode ser conceituado como um processo dinâmico e progressivo, no qual há alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas, que vão alterando. Progressivamente o organismo, tornando-o mais suscetível as agressões intrínsecas e extrínsecas que terminam por levá-lo à morte. (Papaléo Netto, 2002).

Os fatores traumáticos desequilibram a estrutura corporal, devido a uma lesão direta ou indireta em um dos componentes do aparelho locomotor, impossibilitando, desta maneira, uma postura adequada e perfeita. Há relatos, ainda, segundo os quais o quadro emocional reflete-se com grande frequência no padrão postural do indivíduo idoso. (Lianza, 2001). O envelhecimento, portanto, pode ser definido como a perda das habilidades de adaptação ao meio. (ACSM, 2001).

Os acidentes representam a 5ª causa de morte acima dos 65 anos, com mais de 800 mortes em Portugal em 2007. A maioria dos acidentes com pessoas idosas ocorre dentro de casa e durante as atividades domesticas como cozinhar,

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comer ou cuidar da casa e seriam evitáveis se antecipados preventivamente os riscos para a sua ocorrência.

Existe um conjunto de fatores que aumentam o risco de queda e determinadas situações demonstram que este risco é maior ou menor em cada um. Se caiu pelo menos uma vez no último ano, se tem necessidade de usar bengala ou canadiana para se deslocar, se por vezes tem tonturas ou falta de equilíbrio e tem necessidade de se apoiar na mobília para não cair, se necessita de apoio das mãos para se levantar de uma cadeira e se tem dificuldade em subir passeios, então pode ter um maior risco de queda.

A diminuição da sensibilidade nos pés e a toma de alguns medicamentos para dormir são também fatores que aumentam o risco de queda, particularmente na população idosa. O simples medo de cair, por si só, aumenta o risco de cair.

Em relação aos fatores ambientais, são várias as circunstancias do dia a dia que podem facilitar a ocorrência de quedas, como: má iluminação dos espaços, tapetes soltos, calçados inadequados, banheiros, superfícies molhadas, escadas pouco seguras ou sem corrimões e objetos espalhados no chão, incluindo brinquedos, fios eletrodomésticos, fio do telefone etc.

Se identificar com um ou vários dos fatores descritos, poderá ter maior probabilidade de cair. Importa por isso saber aquilo que pode fazer para prevenir as quedas, recorrendo sempre que necessário à ajuda dos serviços de saúde. (Direção da saúde e fundação MAPFRE, Lisboa. 2012).

Qualquer falha no processo de manutenção do equilíbrio seja sensorial, vestibular do SNC ou do aparelho locomotor, vai resultar em alto risco de quedas. O indivíduo idoso, pelas degenerações naturais dos sistemas, como consequências do processo de envelhecimento, pode sofrer falha no processamento das informações, seja na captação, interpretação ou na execução, ou em todos estes sistemas. (RIBEIRO e FONSECA, 2003).

O método pilates é um sistema de exercícios físicos que promove equilíbrio entre corpo e mente. Esse método proporciona bem-estar, saúde e uma melhor qualidade de vida. (GALLAGHER E KRYZANOWSKA, 2000).

Esse método pilates foi idealizado pelo alemão Joseph Hubertus Pilates (1880 – 1967) durante a Primeira Guerra Mundial. Joseph apresentava grande fraqueza muscular por causa de diversas enfermidades, isto o incentivou a estudar e buscar força muscular em exercícios diferentes dos conhecidos de sua época. Quando Joseph se mudou para os Estados Unidos, os exercícios passaram a ser usados por bailarinos, mas a técnica era de uso exclusivo de seu criador. Foi somente nos anos 80 que houve reconhecimento internacional da técnica pilates, que na década 90 ganhou popularidade no campo da reabilitação (ANDERSON, 2000; MUSCOLINO; CIPRIANI, 2004).

Baseando-se em princípios da cultura oriental – como ioga, artes maciais e meditação o pilates configura-se pela tentativa do controle dos músculos envolvidos nos movimentos da forma mais consciente possível. Os seis princípios do método pilates são: concentração, controle, precisão, centro de

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força (Power house), respiração e movimento harmônico movimento fluido/ fluxo. Este centro de força é composto pelos músculos abdominais, glúteos e para

vertebrais lombares, que são responsáveis pela estabilização estática e dinâmica do corpo.

Então, durante os exercícios a expiração é associada à contração do diafragma, do transverso abdominal, e dos músculos do assoalho pélvico (SILVA; MANNRICH, 2009 e PIRES; SÁ, 2005; HODGES; RICHARDSON, 1997).

Os exercícios que compõem o método envolvem contrações isotônicas (concêntricas e excêntricas) e, principalmente, isométricas, com ênfase no que Joseph denominou power house ou centro de força. (SILVA; MANNRICH, 2009). Normalmente todos os exercícios da técnica são realizados com poucas repetições, sendo que os exercícios são adaptados as condições dos pacientes e ao aumento da dificuldade respeitam as características e habilidades individuais (DOS SANTOS, 2011; SILVA; MANNRICH,2009).

Os aparelhos possuem duas características chave que possibilitam o desenvolvimento de uma infinita variedade de exercícios, que são: opções de altura localização para o posicionamento das molas e utilização de molas com diferentes coeficientes de deformação, classificadas pelas suas cores, conforme o nível de resistência oferecida por elas (SILVA et al, 2009) podendo então, ofertar diferentes graus de dificuldades e alcançar a posição de máximo esforço e eficiência muscular para determinado exercício (DOS SANTOS, 2011).

Com objetivo de fortalecer os músculos e articulações, melhorar a flexibilidade do corpo e proporcionar aumento do equilíbrio. Para atingir os benefícios e ter uma melhor eficácia na série de atividades, essa técnica utiliza seis princípios: concentração, respiração, alinhamento, controle de centro, eficiência e fluência de movimento (APARICIO E PEREZ, 2005).

Visando o movimento consciente sem fadiga nem dor, a técnica é uma ferramenta terapêutica eficaz no acréscimo de flexibilidade força na melhora do condicionamento físico, aprimoramento do desempenho motor e funcional (RODRIGUES et al, 2010), definição e consciência corporal, melhora da postura (ARAUJO et al, 2010) e equilíbrio. É também utilizado para estimular a circulação sanguínea, promover reeducação neuromuscular e estabilização do complexo lombo-pelve quadril. (SILVA et al, 2009).

O método pilates originalmente se divide em exercícios de solo e em aparelhos. Exercícios de solo: são feitos no chão, deitado, sentado e em pé. Exercícios com aparelhos: são feitos com os aparelhos criados por Joseph Pilates, os quais utilizam molas, que assistem e resistem aos movimentos. (KUHNERT, 2002).

Tais benefícios ajudariam a prevenir lesões e proporcionar um alivio de dores crônicas (DOS SANTOS, 2011; LOSS et al, 2010). A técnica pilates apresentam muitas variações de exercícios, pode ser realizada por pessoas que buscam alguma atividade física entre diversas faixas etárias. Pode ser realizado por indivíduos que apresentam alguma patologia ou cirurgia musculoesquelética

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onde a reabilitação é necessária, e também por esportistas que visam seu desempenho. (DOS SANTOS, 2011).

Está comprovado que quanto mais ativa é uma pessoa menos limitações ela tem. A pratica regular de exercícios físicos promove inúmeros benefícios dentre eles, um dos principais é a melhora da capacidade funcional. Por capacidade funcional entende-se o desempenho para a realização das atividades do cotidiano ou atividade de vida diária. (ANDEOTTI, 1999).

Um estilo de vida fisicamente inativo pode ser causa primaria da incapacidade para realizar atividades da vida diária (AVD), porem um programa de exercícios físico regulares pode promover mais mudanças qualitativas do que quantitativas, como por exemplo, alteração na forma de realizar o movimento, aumento na velocidade de execução e adoção de medidas de segurança para realizar tarefas (ANDEOTTI, 1999).

E como benefício psicossociais encontram-se o alivio da depressão, o aumento da autoconfiança, a melhora do auto estima. Além de beneficiar a capacidade funcional, o exercício físico promove melhora na aptidão física A perda de equilíbrio é caracterizada por redução de controle postural, com aumento da cifose torácica especialmente em mulheres após a menopausa em situação estática dinâmicas, com aumento do risco de quedas. (RODRIGUES, 2010). A manutenção da independência física, psíquica e social é importante na preservação da autonomia funcional e qualidade de vida do idoso, fatores importantes na manutenção de habilidades motoras, prevenção de quedas e melhoria de qualidade de vida na população geriátrica. (ROGATO, 2001; REEVES, 2004).

O método pilates vem sendo estudado como atividade física para idosos, por apresentar um trabalho de força e resistência (molas/gravidade), seguindo uma filosofia de consciência corporal em busca da harmonia entre corpo e mente. (RODRIGUES, 2010).

A busca por parâmetros biológicos do envelhecimento e melhora das condições de vida vem ganhando ênfase na literatura mundial. Estudos demonstram que idade é um predito negativo das forças musculares respiratórias tanto em homens quanto em mulheres idosas (SOUZA et al, 2010). Com o passar do tempo, o organismo humano sofre mudanças, que podem ser consequentes de micro traumas, de lesões e de patologias que acometem tecido, tais como: diminuição da força muscular, diminuição da massa óssea e muscular, maior índice da fadiga em menor tempo, diminuição do fluxo sanguíneo cerebral;

Diminuição da flexibilidade e agilidade; diminuição da mobilidade articular e do equilíbrio e da coordenação motora (SASSI et al, 2011).

A terceira idade é uma fase da vida que chega para todos os seres humanos trazendo grandes mudanças. Na terceira idade, o corpo apresenta-se mais frágil e a pessoa fica sujeita à diversas patologias, por isso, é muito importante praticar atividades físicas e ter uma boa alimentação durante essa fase.

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Quando se pratica pilates, o corpo ganha um maior condicionamento que ajuda no fortalecimento dos músculos e na melhora da flexibilidade, por isso, o método é um grande aliado para as pessoas que se encontram na terceira idade. Seus benefícios são: redução das dores articulares, prevenção de lesões por quedas, correção da postura, fortalecimento do corpo, evita-se doenças e reabilita as patologias já existentes, aumenta a flexibilidade, aumenta o equilíbrio, estimula a consciência postural, melhora a atenção e proporciona um imenso bem-estar ao paciente.

Praticar pilates na terceira idade é essencial para envelhecer com saúde e bem-estar. O pilates é um método criado por Joseph Pilates que tem por objetivo realizar movimentos de alongamentos que utilizam o peso do próprio corpo na sua execução.

O método é uma técnica de reeducação do movimento que visa trabalhar o corpo todo, trazendo equilíbrio muscular e mental. Por trabalhar vários grupos musculares ao mesmo tempo, o pilates através de seus movimentos suaves e contínuos, melhora a concentração, o fortalecimento e estabiliza os músculos centrais do corpo.

A técnica do pilates apresenta muitas variações de exercícios e pode ser realizada por pessoas que buscam alguma atividade física, por indivíduos que apresentam alguma patologia em que a reabilitação é necessária, como desordens neurológicas, dores crônicas, problemas ortopédicos e distúrbios coluna vertebral. (BLUM, 2002; KOLYNIAK; CAVALCANTI; MENDONÇA; SILVA, sd).

A pratica de pilates pode oferecer a maior parte do que é descrito acima e adicionar efeitos positivos no equilíbrio estático de idosos, funcionando como uma ferramenta importante para a redução do risco de quedas, comuns no processo de envelhecimento.

É possível possuir autonomia funcional melhorando força muscular, flexibilidade, respiração, alongamento e no alivio do utiliza-se como materiais e equipamentos colchonetes, bola terapêuticas, faixas elásticas, halteres, e os aparelhos específicos do método, que também pode ser feito no solo (MatPilates), e no rolo de Feldenkrais.

Os colchonetes e bolas mais vazias são ideais para os iniciantes e para os pacientes deficientes severos, e bolas mais cheias para praticantes de longa data e deficiências mais leves. (CAMARÃO, 2005).

6. RESULTADOS

Segundo uma filosofia de (Rodrigues, et al. 2010) consciência corporal está em busca da harmonia entre corpo e mente,o pilates reduz o tempo de execução de todas as tarefas diárias, promovendo a melhora do desempeno funcional dos idosos. De modo geral, o método pilates promoveu melhora na força muscular de membros inferiores e membros superiores, marcha, flexibilidade e autonomia funcional, proporcionando ao idoso menor riscos de quedas. (Mayer, A. P & Lopes, W. A, 2011).

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O estudo de Oliveira, et al (2013) encontrou resultados similares aos do estudo de Rodrigues, et al. (2010), que podem ser justificados pelo objetivo de a intervenção ser focada na melhora da funcionalidade desse segmento corporal. Um estilo de vida fisicamente inativo pode ser causa primaria da incapacidade para realizar atividades da vida diária, porém um programa de exercícios físicos regulares pode promover mais mudanças qualitativas do que quantitativas, como por exemplo, alteração na forma de realizar o movimento, aumento na velocidade de execução e adoção de medidas de segurança para realizar tarefas. (ANDEOTTI, 1999).

Como benefício psicossociais encontram-se o alivio da depressão, o aumento da autoconfiança, a melhora do auto estima. Além de beneficiar a capacidade funcional, o exercício físico promove melhora na aptidão física melhorando assim sua qualidade de vida. (Rosa, et al., 2013).

Autor e Ano Sexo / idade Exercício (intervenção) Frequência (sessões / semana) Duração (minutos) Período (Semanas) Resultados Rodrigues, et al., (2010) 52 idosas de 60 a 78 anos Aparelhos específicos do método pilates e bola Bobath 2 vezes na semana 60 min 8 semanas seguidas O pilates reduziu o tempo de execução de todas as tarefas diárias, promoveu melhora no desempenho funcional das idosas. Mayer, A. P.; & Lopes, W. A. (2011) 5 idosas de 61 a 73 anos Método Pilates 3 vezes na semana

60 min 4 semanas O método pilates melhorou a força o equilíbrio e a flexibilidade dos MMSS e MMII. Rosa, et al, (2013) 20 idosos masculino e feminino acima de 60 anos, média de idade 65 e 67 anos. Método pilates. De 1 a 4 vezes na semana. 50 min De 2 meses a 2 anos. O método pilates solo possibilitou a melhora da autonomia funcional de idosos fisicamente ativos. Oliveira, et al., (2013) 12 idosas de 68 a 82 anos Método pilates (exercícios de solo) 3 vezes na semana

20 min 6 semanas O método pilates proporcionou melhora no equilíbrio e marcha

Fonte: Revista Kairós – Gerontologia,20(3), 223-235. ISSNe 2176-901X. São Paulo (SP), Brasil;

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7.CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os estudos realizados, o Método Pilates utilizado de forma correta, pode trazer para a população idosa vários benefícios, podendo melhora qualidade de vida, trabalhando o aumento da flexibilidade, promoção do relaxamento muscular e o fortalecimento em geral, reabilita também lesões muito comum na terceira idade. Além disso pode atuar na prevenção de fraturas ocasionadas por quedas devido à falta de equilíbrio decorrente do processo natural de envelhecimento.

Com isso os exercícios baseados no Método Pilates contribuíram para melhorar a mobilidade, equilíbrio e estabilidade postural, podendo ser útil para diminuir o risco do número de quedas em idosos proporcionando uma melhor percepção corporal e melhorando portanto a qualidade de vida do idoso. Devem- se levar em conta as limitações individuais e a intervenção deve sempre ser executada e supervisionada por profissionais habilitados, oferecendo suporte necessário a segurança do idosos durante o seu tratamento.

8.FONTES CONSULTADAS

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Censo Demográfico RABDEM DIAS – (ALVES et al., 2007; TEIXEIRA, 2004). Quedas em idosos:

fatores de risco, consequências – Sesc SP. https://www.sescsp.org.br Acesso em 10/04/2019

MM da Silveira - 2011 – (Passerino & Pasqualotti (2006), envelhecimento humano e as alterações na postura corporal do idoso. https://www.seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article

Acesso: 10/04/2019

IFQÀP (ABRAMS, 1995); do corpo, durante seu movimento no espaço uma mudança 2004; PERRACINI, 2005;

(PEREIRA et al., 2001; CHRISTOFOLETTI et al.) 2006;

http://www.temasemsaude.com/wp-content/uploads/2018/10/fip201811.pdf Acesso:11/04/2019

COELHO FILHO, João M. & RAMOS, Luiz Roberto. Epidemiologia do envelhecimento no Nordeste do Brasil: resultados de inquérito domiciliar. Revista de Saúde Pública, v. 33, n. 5, p. 445-453, São Paulo, outubro, 1999. Acesso:17/04/2019

KNOPLICH, José. Viva bem com a coluna que você tem – dores nas costas, tratamento e prevenção. São Paulo: Ibrasa, 2001. Acesso: 17/04/2019

THOMSON, Ann; SKINNER, Alison & PIERCY, Joan. Fisioterapia de Tydi. Tradução de Terezinha Oppido. 12. ed. São Paulo: Santos, 2002. Acesso:18/04/2019

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Referências

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