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AUTOR(ES): ROBERTA ISIS BARRETO MONTERIO, JOELMA MARIA ROMUALDA CALIXTO DE SOUZA, LAIS RODRIGUES, TELMA BATISTA PADILHA

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Academic year: 2021

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Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904

TÍTULO: SEXUALIDADE NA GESTAÇÃO: A VIDA SEXUAL DURANTE A GRAVIDEZ TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: ENFERMAGEM SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): ROBERTA ISIS BARRETO MONTERIO, JOELMA MARIA ROMUALDA CALIXTO DE SOUZA, LAIS RODRIGUES, TELMA BATISTA PADILHA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ALEXANDRE BERNARDINI VIEIRA ORIENTADOR(ES):

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RESUMO

Esse artigo se destina a descrever as oscilações fisiológicas, psicológicas e sociais da gestação, e o modo como estas influenciam o comportamento sexual da gestante nos diferentes trimestres do ciclo gravídico, além de exercerem influências diretas sobre o sexo, interferindo na qualidade de vida do casal.

Através desse estudo podemos observar que os profissionais tem grande

dificuldade ou pouco traquejo de lidar com esse tema, quando questionados pelas próprias gestantes, fazendo com que nos despertasse o interesse em estudar este assunto com mais afinco, para esclarecimento de possíveis dúvidas existentes relacionadas ao tema.

INTRODUÇÃO

A gestação representa um marcante período na vida da mulher. Segundo Gonzales (1994), gravidez é o período que vai da concepção até a expulsão do feto do corpo materno.

Para Branden (2000) a gestação dura cerca de 40 semanas e é calculada desde o início do último período menstrual normal. Envolve vários fatores e mudanças nas esferas psíquica, física e emocional, e em constante dinamismo (PELLEGRINI JUNIOR, 2003).

A sexualidade é parte do mundo sociocultural e que vem sofrendo modificações através dos tempos e no qual tanto a mulher como o homem e o casal em si, exercem um papel não somente sexual, mas inserido em uma família e no poder do afeto que eterniza a união entre as pessoas.

É muito comum que os casais durante a gravidez aumentem e prolonguem as ansiedades relacionadas a pratica sexual durante a gestação. Para alguns casais, a gravidez enriquece os relacionamentos íntimos; para outros, o ato sexual durante este período, representa uma invasão ao feto, podendo levar ao abortamento (MAGAGNIN et. al, 2003). Alguns homens reclamam que suas necessidade sexuais não são atendidas nesse período, outros sentem ciúmes da esposa e do filho que vai nascer, e outros ainda assumem atitude de carinho e ternura para com sua esposa.

Algumas mulheres sentem-se culpadas, por terem sentimentos eróticos, e outras aumentam o desejo não só pela prática sexual, mas sentem-se mais sensíveis,

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querendo receber carinho do seu companheiro, o qual poderá estar vivenciando a ansiedades relacionadas ao parto e a chegada do bebê (MAGAGNIN et. al, 2003). A prática sexual com mulheres grávidas ainda é proibida em algumas sociedades, com o mito de provocar impotência, esterilidade ou produzir monstros (ARAÚJO et. al, 2012).

Diante dos fatos apresentados acima, associados a uma escassez de informações, decidimos realizar uma revisão bibliográfica para desenvolvimento de um material gráfico voltado a orientação do sexo durante a gestação.

OBJETIVO

Avaliar o comportamento sexual de gestantes, nos diferentes períodos do ciclo gestacional.

Observar como o profissional da saúde aborda a temática com as gestantes. METODOLOGIA

Pesquisa de revisão bibliográfica integrativa, para estudo da sexualidade na gestação nos diferentes trimestres deste período.

Foram utilizados para essa revisão, artigos extraídos de periódicos, em revistas eletrônicas como a SCIELO (Scientific Eletronic Library online- Brasil), LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e BIREME (Biblioteca Virtual em Saúde), indexadas no período entre 2003 à 2013, utilizando as palavras chave: “Sexualidade”, “Gravidez”, “Gestação” e “Sexo”.

De todos os artigos pesquisados, foram extraídos 15 (quinze) que consideramos de suma importância para o desenvolvimento do tema abordado.

RESULTADOS

As mudanças fisiológicas interferem negativamente na vida sexual do casal. Estudos mostram que na ausência de desconfortos corporais e sintomas físicos a vida sexual pode ser mais ativa e prazerosa (ARAÚJO, 2012).

Segundo Branden (2000) durante o período gestacional a mulher diversas mudanças, sendo as principais:

Estrias, cloasma, linha nigra, edema gengival, diminuição da motilidade gástrica predispondo as hemorroidas, aumento das mamas e mamilos, surgimento de

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tubérculos de Montgomery e colostro, elevação do diafragma podendo causar desconforto respiratório, alteração do nível pressórico, polaciúria, aumento das estruturas reprodutoras externas.

Segundo Ziegel (1985) no primeiro trimestre do ciclo gravídico ocorre, uma pequena diminuição do ato sexual, por fatores fisiológicos, como fadiga e náuseas.

Lech e Martins (2003) também afirmam que no primeiro trimestre ocorre uma diminuição do desejo sexual, devido a alterações hormonais, como o aumento da prolactina, além de sintomas como sonolência, mastalgia e edema de epitélio vaginal.

No segundo trimestre o desejo sexual tende a aumentar, inclusive mais que o habitual, isso ocorre pelo aumento da congestão pélvica (ZIEGEL, 1985).

Para Lech e Martins (2003) isso acontece devido ao desaparecimento dos sintomas do primeiro trimestre.

No terceiro trimestre, a atividade sexual diminui, devido ao crescimento fetal, decorrendo o aumento abdominal, dificultando o posicionamento durante o ato sexual.

Lech e Martins (2003) afirmam que no terceiro trimestre ocorre a diminuição do desejo sexual, devido a ansiedade em relação ao parto, fatores orgânicos, como liberação das endorfinas, oscilações da pressão arterial e retenção de líquidos. As práticas sexuais durante a gravidez não devem ser interpretadas somente como ato sexual de penetração vaginal, deve ser compreendida pelos vários tipos de atividade sexuais, masturbação, sexo oral e penetração anal. A atividade sexual pode ser variável, levando-se em conta o gosto e a experiência vivida por cada um, também se deve levar em conta o contexto em que esta gestante está inserida (SACCOMORI; CARDOSO, 2008).

A comunicação entre o casal é imprescindível, pois se o companheiro não compreender as alterações que acontecem no ciclo gravídico pode ser entendido como falta de interesse uma pelo outro.

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Para Lech e Martins (2003), o desejo sexual tende a aumentar quando a mulher aceita sua auto-imagem e o fato de ser mãe, explorando assim, as mudanças em seu corpo por meio de carícias e toques, a sensibilidade aumentam, inclusive existem mulheres que sentiram seu primeiro orgasmo durante a gestação.

As manifestações relativas à sexualidade são decorrentes de valores, práticas culturais e diferentes socializações que um indivíduo experimenta em sua vida: Família, tipos de escola, meios de comunicação, amigos, vizinhança, isso influencia diretamente na construção do indivíduo como um todo, gerando formas de interpretar e vivenciar a sexualidade (ARAUJO, et al. 2012)

As mulheres nigerianas acreditam que as relações durante a gravidez são benéficas, pois alargariam a vagina, facilitando o trabalho de parto e o parto. O mesmo fato pode ser observado no Japão, onde algumas gestantes acreditam que exercícios extenuantes, como atividade coital podem suavizar o trabalho de parto (ARAÚJO et al. 2012).

Fatores sócio-demográficos e acompanhamento de pré-natal podem interferir na qualidade de vida da gestante, porém existe relação de que se a gestante tem uma satisfação sexual, a mesma classifica sua qualidade de vida como boa (FERREIRA et al. 2012).

Ao contrário do que muitos casais pensam, durante as relações sexuais não há risco de machucar o bebê, pois este é protegido pelo líquido amniótico, não havendo risco em uma gestação normal (LECH E MARTINS, 2003).

Para Pellegrini Junior (2003), a gravidez é a expressão real da sexualidade do casal, um momento único e insubstituível, que deverá ser vivenciado por completo e não há nada qye comprove que a mulher deva se manter afastada das relações sexuais, salvo a existência de risco e por orientação médico.

Para Lech e Martins (2003), somente haverá contra-indicações da atividade sexual nos casos de perda de líquido ou sangue via vaginal, trabalho de parto prematuro, infecções, dores e dilatação do colo do útero.

O período gestacional se caracteriza como um dos principais ciclos da vida do ser humano. A sexualidade terá influência direta através de uma serie de mudanças fisiológicas e psicológicas que acontecem no corpo da mulher.

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Dentre as mudanças psicológicas que interferem na vida sexual da gestante, podemos citar a aceitação da concepção, a percepção de sua auto- imagem pelas mudanças fisiológicas, medo de rejeição do parceiro, medo de machucar o feto, entre outras crenças como questões religiosas e culturais.

As alterações fisiológicas predominantes neste ciclo estão elencadas na tabela abaixo:

Período Alterações Fisiológicas

1° Trimestre Aparecimento de náuseas e vômito, sonolência, mastalgia e edema do epitélio vaginal.

2° Trimestre Aumento da congestão pélvica, aumento da sensibilidade, desaparecimento dos sintomas do primeiro trimestre.

3° Trimestre Aumento do abdome, aumento fetal causando desconforto de posicionamento, retenção de líquidos, oscilações da pressão arterial. No primeiro trimestre o desejo sexual tende a diminuir devido aos sintomas citados acima, e a aceitação da gestação bem como o medo de causar algum mal ao feto. No segundo trimestre o desejo aumenta devido ao desaparecimento dos sintomas do primeiro trimestre e aumento da congestão pélvica, ocorre também a aceitação da gestação e sua auto- imagem.

No terceiro trimestre o aumento da circunferência abdominal dificulta o posicionamento, diminuindo o desejo sexual.

A sintomatologia interfere diretamente no desejo sexual, alem de fatores psicológicos e o planejamento familiar. A minimização dos sintomas biopsicossociais contribui para uma vida sexual ativa e prazerosa.

Muitos profissionais da área da saúde que assistem a mulher durante o ciclo gravídico-puerperal estão tão preocupados com as modificações físicas e fisiológicas que a envolvem que muitas vezes secundarizam as necessidades emocionais e sexuais da gestante.

Não é incomum que médico, enfermeiros de saúde, mal informados, recomendem as gestantes que se abstenham de relações sexuais após certo tempo de gestação, ou mesmo em certas datas, coincidentes com aquelas em que ocorreria a menstruação, caso não houvesse a gravidez (VITIELLO, 1999).

É de suma importância que o enfermeiro, durante o desenvolvimento da Sistematização da Assistência de Enfermagem, aborde aspectos da sexualidade

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com mais afinco, uma vez que, a gestante possa se sentir pouco confortável em iniciar esta conversa, mesmo que com muitas dúvidas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim por entendermos a importância do papel do enfermeiro durante o pré-natal como educador e orientador, acreditamos que a ajuda do mesmo, na elaboração das ansiedades, vivenciadas pelos casais neste importante período de suas vidas seja de fundamental importância e assim nos fez estudar mais profundamente este tema. Diante de um mundo moderno em que vivemos, ainda muitos mitos acercam o tema “sexualidade”, principalmente quando falamos de gestante, já que a gestante neste momento tem a figura de mãe predominante sob a de mulher, o que pode interferir no relacionamento do casal durante todo esse ciclo.

Fontes consultadas

CERVO, Amado L.; BREVIAN, Pedro A. Metodologia Científica. 5 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2002.

ANDRADE, Maria M. de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MAGAGNIN, Cirilo et al. Da conjugalidade à parentalidade: Gravidez, ajustamento e satisfação conjugal. Atheia, Canoas, n 17/18, p. 41-52, dez. 2003.

PELLEGRINI JUNIOR, Osmar. A sexualidade na gestação. Femina, Anápolis, v. 31, n.1, p.79-83, janeiro/fevereiro 2003.

VITIELLO, N. O exercício da sexualidade na gestação. J SOGESP, 8:45- 7, 1999. ARAÚJO;M.N.; SALIM; N.R.; GUALDA;D.M.R; SILVA;L.C.F.P.Corpo e Sexualidade na Gravidez. Revista Escola de Enfermagem da USP, v 46, n 3. 2012.

SACOMORI; C.; CARDOSO;C.L. Prácticas Sexuales de Gestantes Brasileñas. Revista Chilena de Obstetrícia e Ginecologia, v 73, n 5. 2008.

LECH; M.B.; MARTINS; P.C.R.;Oscilações do Desejo Sexual no Período

Gestacional. Revista Estudos de Psicologia, PUC-Campinas, v 20, n 3. Set/Dez. 2003.

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FERREIRA; D.Q.; NAKAMURA; M.U.; SOUZA;E.; NETO; C.M.; RIBEIRO; M.C.; SANTANA; T.G.M.; ABDO; C.H.N.; Função Sexual e Qualidade de Vida em Gestantes de baixo Risco. Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina - UNIFESP/EPM, São Paulo. SP. 2012

Referências

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