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DEIXA A GENTE CUIDAR DE VOCÊ

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Academic year: 2021

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2 NEWS MAGAZINE

DEIXA A GENTE

CUIDAR DE VOCÊ

ANGELA SAVIAN VICE-PRESIDENTE

E D I T O R I A L Ao revés, as mulheres brasileiras devem se manter em alerta, mobilizadas e conscientes dos retrocessos e retirada de direitos trazidos com a aprovação das Leis da Terceirização e Reforma Trabalhista (Leis 13.429/2017 e 13.467/2017), que impactam negativamente em sua condição de vida, propiciando o aumento do trabalho informal, desprotegido, com a fragilidade dos vínculos trabalhistas e proteção social. Por isso, 2019 o Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região tem por intenção institucionalizar uma prática que já acontece há 60 anos, que é de cuidar de nossos bancários. E não é diferente com as nossas bancárias. O cuidado é algo que ultrapassa a barreira dos cuidados com a saúde, o cuidado é algo mais complexo e intenso, pensamos em trabalhar um cuidar da mente, do corpo, da carreira, e da vida. Vale lembrar que as mulheres brasileiras enfrentam este ano um desafio a mais na difícil conjuntura do país. Ao longo de uma luta já secular pela igualdade e emancipação, as mulheres acumularam vitórias e conquistas relevantes no Brasil e em todo o mundo, no entanto ainda estão sub-representadas nos cargos diretivos em todos os espaços de poder.

As graves consequências da reforma trabalhista, da aprovação da terceirização ilimitada e a ameaça da reforma da previdência, proposta pelo Governo Bolsonaro apresenta ainda mais riscos anterior, e são mudanças que impactam com mais força os segmentos que já são historicamente mais vulneráveis. Embora as mulheres sejam hoje 51% do eleitorado brasileiro, ocupam 11% dos assentos no congresso nacional. O mercado de trabalho apresentou, em recente pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), cenário desalentador: dos 8 setores econômicos analisados, 6 demitiram mais mulheres do que contrataram no ano passado. Foram 42, 5 mil demissões a mais que contratações. E, por isso, as trabalhadoras brasileiras têm ido às ruas, se organizado e resistido às mudanças que as penalizam. Porém, além da mobilização social nas ruas, é fundamental a conquista dos espaços de poder em todas as áreas. O combate à violência de gênero, a defesa da igualdade, da democracia e dos direitos sociais estarão na ordem do dia. E principalmente a luta para barrar a aprovação da reforma da previdência. Vamos à luta.

No Dia Internacional de Luta das Mulheres, em que celebramos avanços históricos no reconhecimento de direitos, especialmente trabalhistas, embora persistentes as desigualdades de gênero na sociedade e no mundo do trabalho, não há nada a ser comemorado no cenário político atual. Isso porque embora tenha havido uma inserção maior das mulheres no mercado de trabalho nas últimas décadas, estas ainda constituem a maior parte da mão de obra informal (menos de 40% possui vínculo de emprego), acumulam as atividades domésticas (mais de 90% são responsáveis pelo trabalho doméstico), com dupla ou tripla jornada, são responsáveis pelos cuidados com familiares, lideram o ranking de desocupação no trabalho, recebem salários 25% menores que os homens e ocupam as funções de menor qualificação.

No caso das mulheres bancárias mesmo com todos os nossos avanços ainda sofremos com inúmeras questões, além da diferença salarial, são as dificuldades de progressão na carreira: quanto mais altos os cargos menos mulheres. São pouquíssimas as bancárias que chegam a cargos executivos nos bancos, apesar de terem as mesmas qualificações, formação e competência. Quando falamos de mulheres negras, os dados são ainda mais preocupantes. No ano de 2019 (pesquisa perfil bancário) o rendimento médio das mulheres negras correspondia a 35% do rendimento médio dos homens brancos e 52% do rendimento das mulheres brancas. Estas, em relação aos homens brancos, atingiam 67% dos rendimentos. São as mulheres negras que estão também em maior número no trabalho doméstico e nas atividades informais.

MULHERES AVANTE!

JOSÉ FERNANDES PAIVA

(3)

QUEM SÃO AS MULHERES

BANCÁRIAS

53% dos

bancários são

mulheres

45% das

mulheres

bancárias tem

menos de 35

anos

83% das mulheres

possuem Ensino

Superior Completo

80% ganham

até 7 salários

mínimos

15% já sofreram

assédio moral

35% das mulheres

possuem Pós

graduação,

especialização,

MBA ou mestrado

35% das mulheres

possuem Pós

graduação,

especialização,

MBA ou mestrado

Somente 9%

das mulheres se

declaram pardas

ou negras

3% das mulheres

bancárias possuem

deficiência

3 NEWS MAGAZINE

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4 NEWS MAGAZINE

A osteopatia é um conceito de cuidados à saúde que correlaciona todo o sistema corporal, compreendendo assim, os fatores geradores de sintomas. No Brasil, é aplicada por fisioterapeutas especializados, que fazem uso de inúmeras técnicas manuais para o diagnóstico e tratamento de disfunções que sobrecarregam o sistema postural e biomecânico.

Nas mulheres, existem algumas condições muito comuns que podem ser tratadas pela abordagem osteopatica. As cólicas menstruais inúmeras vezes estão relacionadas a restrições da mobilidade pélvica, adaptações da coluna, espasmos e tensões musculares. Estes desajustes do corpo também podem levar a sintomas como dores de cabeça, que por vezes acompanham a TPM. O que a osteopatia faz, é reequilibrar o sistema corporal, relaxando os espasmos e reestabelecendo a mobilidade articular e tecidual geral. Assim, as estruturas e tecidos deixam de sobrecarregar uns aos outros e os sintomas são eliminados. Se o útero e as estruturas que se relacionam com ele tiverem sua mobilidade normal reestabelecida, as cólicas não ocorrerão.

Outra ocorrência muito frequente entre as mulheres é a dor lombar, que pode ser em decorrência de maus hábitos posturais no trabalho ou nas atividades físicas, noites mal dormidas, carregamento de peso excessivo, entre outras causas. O período menstrual, o período gestacional e pós-gestacional também podem gerar dor lombar. Nestes períodos o corpo passa por diversas modificações fisiológicas (normais), contudo pode haver adaptações posturais e biomecânicas (anormais) que dificultam as modificações naturais em andamento, sobrecarregando o corpo e gerando dor. A osteopatia busca eliminar as restrições, para que os processos fisiológicos sigam de maneira suave, inibindo os desconfortos e sintomas relacionados.

A mulher muitas vezes está exposta a ambientes e situações de estresse e tensão e, estes também são fatores que adaptam o corpo e a postura. Naturalmente, as terapias manuais oferecem tratamento para as repercussões físicas da tensão e do estresse, contudo sobre estes elementos é importante entender que a prevenção é o melhor caminho.

Então cuide do seu emocional, sorria, cative os bons amigos, tenha boas conversas. Busque saber mais sobre alimentação saudável, tomando cuidado com as falsas promessas e mitos que rodeiam este campo.

Concentre-se mais na qualidade do que na quantidade de sua atividade física. Cuide de sua postura, não apenas seguindo dicas aleatórias, mas por meio do desenvolvimento de sua própria consciência corporal. Tenha estas boas atitudes, elas contribuem para a felicidade e, a felicidade com certeza traz saúde.

A

gende uma consulta com um dos fisioterapeutas do time SindBan!

OSTEOPATIA NA SAÚDE DA MULHER

S A Ú D E E Q U A L I D A D E D E V I D A

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NOSSOS PROFISSIONAIS

FISIOTERAPEUTAS E OSTEOPATAS

Vinicius Boldrin

NEWS MAGAZINE 5

Gabriel Posse

uma área bem ampla e oferece diversas possibilidades aos profissionais. Nesse momento, você pode aproveitar a evolução da tecnologia para promover o bem-estar de seus pacientes com mais eficiência.

O organismo das mulheres sofre uma constante transformação e, assim, vários problemas de saúde podem afetá-las ao longo de suas vidas e, por isso, elas precisam recorrer a especialistas para eliminar, de uma vez por todas, esses problemas.

Sendo assim, resolvemos escrever este artigo para mostrar a você 3 áreas da fisioterapia voltadas para a saúde da mulher para informá-lo melhor sobre o assunto. Acompanhe!

Fisioterapia para gestantes Durante a gravidez, a realização de atividades de impacto são extremamente contraindicadas. No entanto, alguns exercícios fisioterápicos leves podem ser indicados para ajudar a gestante a reduzir os riscos. Além disso, hoje em dia existem dispositivos que permitem o aumento da consciência e flexibilidade da musculatura do assoalho pélvico na preparação para o parto.

Nesse momento, fisioterapia pode ajudar até em alguns casos de gravidez de alto risco, pois ela diminui as chances do desenvolvimento de trombose e, também, alivia os efeitos fisiológicos, garantindo a estabilidade do fluxo sanguíneo no útero.

No geral, a fisioterapia ajudará a gestante a ter consciência de suas limitações e potencial e, assim, ela contribui para a diminuição do estresse — um dos grandes vilões da gestação. Além de tudo isso, os inchaços serão diminuídos, assim como os desconfortos e dores.

Mas não pense que os benefícios se estendem apenas à gestação. O pós-parto também pode ser beneficiado com a fisioterapia, pois ela ajudará a diminuir as dores e auxiliará no combate à depressão pós-parto. Ademais, também vai auxiliar na prevenção de disfunções pélvicas.

Fisioterapia para melhorar a vida sexual

Como usar a fisioterapia para a saúde da mulher?

A sexualidade é cercada de tabus, os quais podem agravar os problemas de disfunções sexuais. Algumas mulheres, por exemplo, têm dificuldade em atingir o orgasmo, muitas vezes, sentem dores na hora da relação sexual e, com isso, a dificuldade de lubrificação aumenta e a libido também.

Nesse momento, a fisioterapia pode se tornar uma grande aliada da mulher, pois ela ajudará a reeducar o assoalho pélvico, ajudando a paciente a entender como funciona a sua linguagem corporal, harmonizando a função erótica de ambos, aumentando, assim, o prazer e rendimento sexual.

Além disso, a fisioterapia ajuda a combater a dor pélvica crônica, uma doença muito séria que interfere na vida social, conjugal e profissional das mulheres. Nesse momento, o fisioterapeuta indicará exercícios que minimizarão as dores por meio da elevação da liberação de endorfinas, os quais auxiliarão a musculatura da pele a relaxar, a lidar com a dor e restaurar as funções desejadas pela paciente.

Fisioterapia para saúde da mulher na uroginecologia

A incontinência fecal e urinária compromete a qualidade de vida de todas as pessoas, no entanto, ela costuma se manifestar mais em mulheres do que em homens. No tratamento da incontinência fecal e urinária, a fisioterapia contribui para fortalecer o assoalho pélvico por meio de exercícios associados a alguns recursos, como o biofeedback e eletroestimulação.

A fisioterapia para saúde da mulher melhora a qualidade de vida e, assim, proporcionam um maior bem-estar, diminuindo os quadros de depressão, estresse e ansiedade pelo fato de não poder realizar algumas atividades básicas.

Aprenda a sentar-se corretamente para melhorar a postura

É realmente difícil manter uma postura correta, sobretudo quando o dia-a-dia passa por estar horas a fio sentada em frente a um computador. Identifica-se? Então comece agora novos hábitos e conheça algumas dicas para prevenir as dores nas costas e nos músculos. Muito resumidamente: sente-se bem e sinta-se ainda melhor.

Esta é uma questão que está associada a sérios problemas de saúde em geral: cancro, diabetes, problemas cardíacos, etc . Mas nada está perdido. Nunca é tarde para corrigir os maus hábitos sedentários.

Numa idade jovem é relativamente fácil manter-se ativa e alinhar num ginásio ou numa modalidade que puxe pelos músculos. À medida que vai envelhecendo, fica menos flexível e torna-se “ainda mais importante manter os movimentos, evitando assim efeitos negativos de uma vida sedentária”, tal como diz o livro “Sente-se bem, sinta-se melhor”, da autoria de Harriet Griffey.

Saiba ainda alguns truques para que se mantenha ativa, sem que a falta de tempo seja uma desculpa para tudo.

Movimento

Nada a impede de estar várias horas sentada, seja no trabalho, a ver televisão ou a ler um livro. Mas não se esqueça de se movimentar. Experimente dar uma caminha de poucos minutos, andar de bicicleta ou até mesmo levantar-se da cadeira a cada 30 minutos e fletir o corpo. Isto contribuirá para que se mantenha em movimento.

Alongamento

Que sejam os alongamentos suaves, de meia em meia hora, os salvadores de uma rotina sedentária. Levante-se da cadeira, mexa o pescoço, alongue as pernas e aproveite para fazer uma pausa. São minutos que fazem a diferença a longo prazo. Quando se senta curvada, com os ombros descaídos para a frente, pode ser a razão de dor e tensão nos músculos, que vão perdendo a força.

Fortalecer

Manter os músculos fortes é essencial para uma boa postura e previne tensões musculares nos ligamentos e nos tendões. Tendinites não desejáveis podem teimar em aparecer – resultado do uso excessivo do rato. Mantenha os músculos fortes na zona dorsal das costas e até mesmo na abdominal. Esta pode ser a solução para a proteger de muitas horas sentada.

(6)

6 NEWS MAGAZINE

Homens e mulheres precisam se alimentar de forma diferente, mas com um objetivo comum: agir preventivamente contra as doenças gerais e específicas de cada gênero. Saiba mais aqui sobre a Nutrição da mulher.

Em função de patologias que acometem mais as mulheres e vice-versa, alimentos podem contribuir ou não com essa prevenção. A alimentação em geral deve ser equilibrada, tanto qualitativamente quanto quantitativamente, de forma individualizada.

Para isso, vários fatores devem ser considerados na hora da elaboração do cardápio: peso, altura, sexo, idade, compleição óssea, atividade física e intelectual, fator estresse, patologias de base, hábitos alimentares e riscos nutricionais.

Índice de obesidade é maior entre as mulheres

Naturalmente a mulher já possui uma porcentagem de gordura corporal maior. Mas além disso, a obesidade pode ser associada com o surgimento de diversos outros fatores como a menopausa e doenças mais comuns em mulheres, como: Diabetes, Dislipidemias (alteração nos níveis de colesterol e triglicérides), Hipertensão Arterial,

Síndrome metabólica, Doenças coronarianas, infarto, baixa-estima e até endometriose, que pode evoluir para uma infertilidade.

Para preveni-las é de extrema importância que haja uma revisão de estilo de vida e hábitos alimentares diários, assunto este que abordaremos mais abaixo.

NUTRIÇÃO DA MULHER

“SAIBA O QUE É PRECISO EM CADA FASE DA VIDA”

A importância da Saúde óssea principalmente para a mulher

O osso serve como estrutura para o corpo, como proteção dos órgãos vitais e como uma reserva metabólica de cálcio, fósforo e outros minerais em períodos de deficiência mineral. Por isso, a boa saúde óssea é tão importante, mas as diferenças hormonais a tornam especialmente preocupantes para as mulheres. Em especial em torno da menopausa em que a qualidade dos ossos fica comprometida levando a um maior risco do desenvolvimento de osteoporose. Mundialmente calcula-se que uma em cada três mulheres acima de 50 anos é afetada pela doença, que leva ao aumento da suscetibilidade a fraturas.

S A Ú D E E Q U A L I D A D E D E V I D A

Então, como deve ser a alimentação da mulher?

Para a mulher, o direcionamento da alimentação deve ser principalmente preventivo contra osteoporose e as dificuldades da menopausa, como mencionamos, além de doenças cardiovasculares e câncer.

Para evitar esses dois últimos exemplos, é necessário diminuir o consumo de alimentos com excesso de gordura saturada e produtos industrializados, dando sempre preferência para uma alimentação o mais natural possível.

Necessidades nutricionais da mulher nos ciclos da vida

A mulher passa por 4 fases muito importantes na vida que acometem alterações hormonais. Para esclarecer a respeito da alimentação em cada uma dessas fases, separamos por etapa com os nutrientes recomendados para cada uma:

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NOSSOS PROFISSIONAIS

NUTRICIONISTAS

Fábio Matheus

Thalita Tiburcio

7 NEWS MAGAZINE

NUTRIÇÃO DA MULHER

“SAIBA O QUE É PRECISO EM CADA FASE DA VIDA”

ALIMENTAÇÃO COMO CHAVE DE TUDO

Adolescência (10 a 19 anos)

É caracterizada pelo início do período fértil e pela definição dos hábitos alimentares. Nesse período, as mulheres estão suscetíveis a deficiências nutricionais como: anemia, avitaminoses, fadiga e baixo rendimento escolar.

Nutrientes recomendados: Proteína, ferro, cálcio, zinco, cobre e

vitaminas A, C, D e E.

Fase adulta (20 a 40 anos)

Nessa fase, os sintomas da TPM estão mais evidentes. Há maior preocupação com a estética, manutenção de peso e retardo do envelhecimento. É um momento importante para a adoção de hábitos alimentares saudáveis, reduzindo os riscos de doenças, como por exemplo, o câncer de mama.

Nutrientes recomendados: Soja, fibras solúveis e insolúveis, ferro, cálcio, magnésio, ácido fólico e antioxidantes (zinco, selênio e vitaminas A, C, e E).

Fase adulta pré-menopausa (40 a 55 anos)

É uma fase de intensas mudanças físicas, psicológicas e musculares. A menstruação torna-se irregular e os sintomas da menopausa começam a aparecer.

Nutrientes recomendados: Soja,

fibras solúveis e insolúveis, cálcio, vitamina D e antioxidantes (zinco, selênio e vitaminas A, C e E).

Fase adulta pós-menopausa (acima de 55 anos)

Período em que ocorre redução do estrogênio endógeno, o que intensifica os sintomas da menopausa. Há perda de massa magra e óssea intensa, o que aumenta o risco de osteoporose. Também há aumento dos níveis

N U T R I Ç Ã O

de colesterol LDL e triglicerídeos, o que representa risco para doenças cardiovasculares. A constipação se intensifica nesse período. A fase é de risco para outras doenças como câncer de mama, cólon e diabetes.

Nutrientes recomendados: Soja,

fibras solúveis e insolúveis, cálcio, vitamina D e antioxidantes (zinco, selênio e vitaminas A, C, e E).

Nutrição da mulher

Aqui, um resumo com algumas dicas que vale para todas as fases

Controle o seu peso corporal, pois o risco de câncer de mama e derrame é bem maior em mulheres acima do peso;

Diminua o consumo de gorduras saturadas e trans para prevenir doenças do coração. De prioridade para as gorduras saudáveis (ômega 3);

Pratique exercícios físicos diários. Ajudam na queima da gordura;

Aumente o consumo de alimentos ricos em cálcio para proteger contra osteoporose;

Ingira alimentos ricos em vitamina

E que ajudam na hidratação e evitam ressecamento vaginal e da pele (gérmen de trigo, aveia, carnes, feijão, ervilha e cereais integrais);

Inclua alimentos ricos em triptofano (aminoácido), pois diminuem a sensação de depressão decorrente a esta nova fase.

Aumente o consumo de bioflavonoides, encontrados nas frutas cítricas, diminuem o calorão (menopausa) e são ricos em vitamina C (antioxidantes).

Nutrição da mulher

A nutrição da mulher pode ajudar muito na qualidade de vida, principalmente na jornada contemporânea de trabalhar fora cuidar de si e da família.

Algumas alterações no cardápio podem fazer maravilhas para saúde, longevidade e preservação da sua beleza. Agende uma consulta com um dos nutricionistas do time SindBan para adequar sua alimentação de acordo com suas necessidades e fase na qual você se encontra e comprove você mesma!

(8)

8 NEWS MAGAZINE

P S I C O L O G I A

E quem disse que a mulher de

hoje não pode ser feliz?

E SERÁ QUE A TAL FELICIDADE

EXISTE MESMO?

E quem disse que a mulher de hoje não pode ser feliz? E será que a tal felicidade existe mesmo?

Existe quando você aprende a se amar, e quando aprendemos a caminhar sem precisar de regras rígidas para viver. A rigidez do mundo moderno nos obriga a ser impecável com a aparência, ter uma família Doriana com direito ao filho na melhor escola da cidade, festa no buffet infantil pago no cartão de credito e frequentar a balada mais pop da cidade. E nossas auto regras? Aprendemos com a cultura e com a nossa história algumas regras, no entanto, não testamos para ver se elas ainda se adequam em nossa vida. Uma auto regra rigida, pode ser o não rompimento de um casamento que está no fim, e até a não aceitação da sua própria vontade de rever seu projeto de vida esquecido.

Para caminhar rumo a tal felicidade acredito que podemos preservar ou conquistar a empatia pelas pessoas, isto é aprender a se colocar no lugar do outro e exercer este compromisso de sentir e ajudar. Estudos mostram que quem tem a capacidade de se colocar no lugar do outro se torna mais sensível e fortalecido para os próprios sentimentos negativos e positivos, logo mais saudável também.

E o último passo não menos importante, talvez o mais difícil é lidar com o sentimento negativo. Sentimento de frustração, rejeição, tristeza e medo. Seja gentil com eles, receba os com mais leveza. Depois analise a contingencia que o levou a sofrer.

Se conseguiu suporta-lo você já está no caminho, se entendeu o porquê está sentindo está no processo de transformação e se pensou formas de supera-lo, entendeu que a felicidade não existe, mas que temos momentos felizes. A superação é um destes momentos, quando transformamos dores em amores.

Que mulherão você se tornou depois que aprendeu a se conhecer, quebrar regras rígidas, ser empática e lidar com sentimentos negativos em?

Que tenhamos mais dias das mulheres com afeto, resiliências e empatias. Que nossas próximas gerações sejam respeitadas e amadas por toda sociedade.

Nahara Leite Ribeiro CRP: 06/59505

(9)

9 NEWS MAGAZINE

NOSSOS PROFISSIONAIS

PSICÓLOGOS

Nahara Ribeiro Amanda de Oliveira Vencovsky

Muitos estudiosos consideram o stress e a ansiedade os males característicos do nosso século. São várias as características da vida moderna que, se não causam, despertam e não ajudam a domar os medos irracionais: a vida violenta das grandes cidades - em SP, por exemplo, cerca de 30% da população sofre com alguma perturbação mental -, as pressões profissionais e sociais que as redes sociais acirraram e o consumo excessivo de informação são alguns dos fatores que po-dem agravar ansiedade e stress.

Sintomas típicos de stress e ansiedade in-cluem taquicardia, cansaço frequente, insô-nia, falta de ar, irritabilidade. Se você já teve algum quadro clínico associado a alguma dessas coisas, sabe o quão difícil é se livrar delas. E embora a gente sempre sugira bus-car um médico caso você perceba que anda nervoso demais e isso esteja afetando sua saúde, há várias técnicas aprovadas por psi-cólogos que podem te ajudar a lidar melhor com esse tipo de coisa:

1. Esteja presente

Você já deve ter lido outra de nossas listas de lifehacks e já deve ter se deparado com a sugestão “medite”. Sem medo de parecer repetitivo, a gente vai nessa linha de novo: meditar é apenas uma das maneiras de estar presente. Praticar exercícios, fazer caminha-das ou mesmo ter um hobby que tome 100% da sua atenção - essas coisas focam você no momento e evitam que você pense no que poderia ter sido e não foi e nas possibilidades do futuro, coisas que costumam intensificar a ansiedade e o stress.

2. Entenda o poder da sua respira-ção

Ansiedade e stress geram respiração ofe-gante. E retomar o controle da sua respira-ção pode, no caminho inverso, acalmar sua

mente. Respire fundo algumas vezes quando sentir que está nervoso e isso enviará ao seu cérebro a mensagem que você está calmo - já que quem está calmo respira devagar.

3. Cultive um olhar diferente em re-lação aos seus problemas

Você pode olhar pra uma situação estres-sante - uma reunião com um cliente - como uma situação estressante ou como uma oportunidade de impressionar alguém im-portante no seu network. É tudo uma ques-tão de ponto de vista. Deixe a pressão te ajudar a fazer um trabalho melhor, em vez de trazer à tona suas inseguranças.

4. Aceite o que você não pode mu-dar

Com o perdão do clichê, clichês são cli-chês por uma razão: eles são verdade. Algu-mas coisas são o que são e lutar contra elas mentalmente, perguntando porque elas es-tão acontecendo com você, se culpando ou se martirizando só vão te deixar mais ansioso. Aceite que o problema é do jeito que é: dei-xe de pensar como poderia ter sido diferente caso as coisas... tivessem sido diferentes. Há coisas que você não pode controlar. Você não pode escolher o que seu chefe, seu marido ou sua sogra vão te falar, mas pode escolher como lidar com isso.

5. Ocupe a mente (mas não muito) Mantenha-se ocupado o suficiente para não deixar o ciclo de pensamentos negati-vos seguir seu curso. Não adianta se estressar mais ainda, mas tente manter-se compene-trado em tarefas de alto nível de atenção e que não sejam muito chatas.

6. Exercite-se

8 técnicas psicológicas para lidar com stress e

ansiedade

Esse é outro clichê das nossas listas. É que se exercitar faz bem pra sua mente e pro seu corpo, e como não poderia deixar de ser, ajudar a diminuir os níveis de stress e ansiedade. Uma caminhada basta: depois de 21 minutos andando, você já sente al-guns efeitos benéficos do exercício no seu organismo: mais calma, foco e disposição.

7. Durma bem

Publicamos um guia com dicas para dor-mir melhor. Dordor-mir bem e suficiente pode ser a solução pra muitos problemas do seu dia a dia, e não é diferente com stress e an-siedade, que inclusive causam insônia. En-tão, minimizar distrações e luzes, fazer do seu quarto e da sua cama um santuário do sono e esvaziar a cabeça antes de dormir podem te ajudar.

8. Não seja vítima do perfeccionis-mo

Sucesso não é uma linha reta, embo-ra pareça assim quando a gente olha pembo-ra quem é bem sucedido. Problemas aconte-cem na vida de todo mundo, as pessoas fa-lham e precisam recomeçar e você não está imune a isso. Se cobrar por perfeição é ab-surdo porque não é justo com você - além disso, muita gente que é perfeccionista ao extremo só é cruel assim consigo mesmo, porque seria incapaz de cobrar tanto os amigos e os colegas de trabalho, por exem-plo. Ou seja: porque você faz consigo o que não faria com os outros?

Não confunda perfeccionismo com um desejo por dar sempre o seu melhor . O per-feccionismo é uma cobrança cruel e irreal e leva à depressão, ansiedade, vícios e é pa-ralisante - especialmente quando deixamos de fazer o que queremos por medo de que não seja perfeito.

(10)

10 NEWS MAGAZINE

B U S I N E S S M A G A Z I N E

- CONSELHO DE SEGURANÇA ALIMENTAR

Nossas Mulheres

(11)

11 NEWS MAGAZINE

Dar visibilidade e contribuir para o fim da discriminação

contra a mulher.

I - Violência física é aquela conduta que ofenda a

integridade ou saúde corporal da mulher;

II - violência psicológica é

qualquer conduta que causa

dano emocional e diminuição

da auto-estima ou que

prejudica e perturba o pleno

desenvolvimento ou que vise

degradar ou controlar as ações,

comportamentos, crenças e

decisões da mulher, mediante

ameaça, constrangimento,

humilhação, manipulação,

isolamento, vigilância

constante, perseguição

contumaz, insulto, chantagem,

ridicularizarão, exploração

e limitação do direito de

ir e vir ou qualquer outro

meio que lhe cause prejuízo

à saúde psicológica e à

autodeterminação;

III - violência sexual é

aquela conduta ofensiva à

mulher que a constranja a

presenciar, a manter ou a

participar de relação sexual

não desejada, mediante

intimidação, ameaça, coação

ou uso da força; que a induza

a comercializar ou a utilizar,

de qualquer modo, a sua

sexualidade, que a impeça

de usar qualquer método

contraceptivo ou que a force

ao matrimônio, à gravidez,

ao aborto ou à prostituição,

mediante coação, chantagem,

suborno ou manipulação;

ou que limite ou anule o

exercício de seus direitos

sexuais e reprodutivos;

IV - Violência patrimonial

é qualquer conduta

que configure retenção,

subtração, destruição parcial

ou total de seus objetos,

instrumentos de trabalho,

documentos pessoais, bens,

valores e direitos ou recursos

econômicos, incluindo os

destinados a satisfazer suas

necessidades;

V - A violência moral é qualquer

conduta que configure calúnia,

difamação ou injúria.

(12)

12 NEWS MAGAZINE

VISÍVEL E INVISÍVEL:

A VITIMIZAÇÃO DE MULHERES NO BRASIL – 2ª EDIÇÃO

Vitimização também é maior

entre as mulheres pretas

PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO

VITIMIZAÇÃO

27,4%

das mulheres brasileiras com 16 anos ou mais sofreram

algum tipo de violência

nos

últimos 12 meses

.

Mulheres jovens relatam

maiores níveis de vitimização

Realização: Patrocínio:

42,6%

das mulheres de 16 a 24 anos

afirmam ter sofrido violência nos

últimos 12 meses

33,5%

das mulheres de 25 a 34 anos

27,1%

das mulheres de 35 a 44 anos

17,8%

das mulheres de 45 a 59 anos

13,6%

das mulheres de 60 anos ou mais

24,7%

mulheres brancas

27,5%

mulheres pardas

28,4%

mulheres pretas

VITIMIZAÇÃO

Cônjuge/companheiro/

namorado

Vizinho

Ex-cônjuge/ex-companheiro/

ex-namorado

23,8%

21,1%

15,2%

76,4%

das mulheres que sofreram violência

afirmam que o agressor era alguém conhecido

Crescimento de 25% em relação a 2016, quando 61,2%

das mulheres afirmaram conhecer o agressor

Relação com o agressor

dos brasileiros viram

homens abordando

mulheres na rua de forma

desrespeitosa, mexendo,

passando cantadas,

dizendo ofensas.

da população afirma ter visto

uma mulher sendo agredida

fisicamente ou verbalmente

no último ano, redução de

10% em relação a 2016.

viram mulheres que residem na

sua vizinhança sendo agredidas

por maridos, companheiros,

namorados ou ex-maridos,

ex-companheiros, ex-namorados.

viram homens humilhando, xingando

ou ameaçando namoradas ou

ex-namoradas, mulheres ou ex-mulheres,

companheiras ou ex-companheiras.

59%

28%

43%

37%

viram meninas, moças ou

mulheres adultas que residem

na sua vizinhança sendo

agredidas por parentes como

pai, padrasto, irmão, tio,

cunhado, avô, etc.

20%

Embora a comparação com os dados de 2016 indique redução nos níveis de percepção da violência contra a mulher, os dados de vitimização não corroboram essa informação.

Metodologia: Pesquisa quantitativa com abordagem pessoal em ponto de fluxo. Amostra de abrangência nacional (2.084 entrevistas)

representativa do universo de população adulta brasileira com 16 anos ou mais. Entrevistas realizadas em 130 municípios nos dias 04 e 05 de fevereiro de 2019, tendo como referência o período dos 12 meses anteriores à pesquisa. Módulo de autopreenchimento com questões aplicadas somente às mulheres (897 respondentes). Margem de erro de 2,0 pontos para mais ou para menos na amostra nacional e de 3,0 pontos para mais ou para menos na amostra do módulo de autopreenchimento. As projeções populacionais consideram os valores mínimos previstos a partir da margem de erro. Fonte: Datafolha e Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

(16 milhões

de mulheres)

21,8%

(12,5 milhões)

foram vítimas

de ofensa verbal,

como insulto,

humilhação ou

xingamento

9,0%

(4,7 milhões)

sofreram

empurrão,

chute ou batida

536 a

cada hora

8,9%

(4,6 milhões)

foram tocadas

ou agredidas

fisicamente

por motivos

sexuais

9 por minuto

3,9%

(1,7 milhão)

foram

ameaçadas

com faca

ou arma

de fogo

3,6%

(1,6 milhão)

sofreram

espancamento

ou tentativa de

estrangulamento

3 por minuto

536 mulheres

foram vítimas de

agressão

física

a cada hora no último ano

(4,7 milhões de mulheres)

Uma mulher é vítima de feminicídio a cada 60 horas no Estado de SP

Número de casos no ano passado é 12,9% maior que o registrado em 2017 e mais que o dobro de 2016;

especialistas afirmam que ainda há subnotificação

(13)

13 NEWS MAGAZINE

VISÍVEL E INVISÍVEL:

A VITIMIZAÇÃO DE MULHERES NO BRASIL – 2ª EDIÇÃO

Vitimização também é maior

entre as mulheres pretas

PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO

VITIMIZAÇÃO

27,4%

das mulheres brasileiras com 16 anos ou mais sofreram

algum tipo de violência

nos

últimos 12 meses

.

Mulheres jovens relatam

maiores níveis de vitimização

Realização: Patrocínio:

42,6%

das mulheres de 16 a 24 anos

afirmam ter sofrido violência nos

últimos 12 meses

33,5%

das mulheres de 25 a 34 anos

27,1%

das mulheres de 35 a 44 anos

17,8%

das mulheres de 45 a 59 anos

13,6%

das mulheres de 60 anos ou mais

24,7%

mulheres brancas

27,5%

mulheres pardas

28,4%

mulheres pretas

VITIMIZAÇÃO

Cônjuge/companheiro/

namorado

Vizinho

Ex-cônjuge/ex-companheiro/

ex-namorado

23,8%

21,1%

15,2%

76,4%

das mulheres que sofreram violência

afirmam que o agressor era alguém conhecido

Crescimento de 25% em relação a 2016, quando 61,2%

das mulheres afirmaram conhecer o agressor

Relação com o agressor

dos brasileiros viram

homens abordando

mulheres na rua de forma

desrespeitosa, mexendo,

passando cantadas,

dizendo ofensas.

da população afirma ter visto

uma mulher sendo agredida

fisicamente ou verbalmente

no último ano, redução de

10% em relação a 2016.

viram mulheres que residem na

sua vizinhança sendo agredidas

por maridos, companheiros,

namorados ou ex-maridos,

ex-companheiros, ex-namorados.

viram homens humilhando, xingando

ou ameaçando namoradas ou

ex-namoradas, mulheres ou ex-mulheres,

companheiras ou ex-companheiras.

59%

28%

43%

37%

viram meninas, moças ou

mulheres adultas que residem

na sua vizinhança sendo

agredidas por parentes como

pai, padrasto, irmão, tio,

cunhado, avô, etc.

20%

Embora a comparação com os dados de 2016 indique redução nos níveis de percepção da violência contra a mulher, os dados de vitimização não corroboram essa informação.

Metodologia: Pesquisa quantitativa com abordagem pessoal em ponto de fluxo. Amostra de abrangência nacional (2.084 entrevistas)

representativa do universo de população adulta brasileira com 16 anos ou mais. Entrevistas realizadas em 130 municípios nos dias 04 e 05 de fevereiro de 2019, tendo como referência o período dos 12 meses anteriores à pesquisa. Módulo de autopreenchimento com questões aplicadas somente às mulheres (897 respondentes). Margem de erro de 2,0 pontos para mais ou para menos na amostra nacional e de 3,0 pontos para mais ou para menos na amostra do módulo de autopreenchimento. As projeções populacionais consideram os valores mínimos previstos a partir da margem de erro. Fonte: Datafolha e Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

(16 milhões

de mulheres)

21,8%

(12,5 milhões)

foram vítimas

de ofensa verbal,

como insulto,

humilhação ou

xingamento

9,0%

(4,7 milhões)

sofreram

empurrão,

chute ou batida

536 a

cada hora

8,9%

(4,6 milhões)

foram tocadas

ou agredidas

fisicamente

por motivos

sexuais

9 por minuto

3,9%

(1,7 milhão)

foram

ameaçadas

com faca

ou arma

de fogo

3,6%

(1,6 milhão)

sofreram

espancamento

ou tentativa de

estrangulamento

3 por minuto

536 mulheres

foram vítimas de

agressão

física

a cada hora no último ano

(4,7 milhões de mulheres)

Uma mulher é vítima de feminicídio a cada 60 horas no Estado de SP

Número de casos no ano passado é 12,9% maior que o registrado em 2017 e mais que o dobro de 2016;

especialistas afirmam que ainda há subnotificação

(14)

14 NEWS MAGAZINE “A reforma, se aprovada, vai

prejudicar todos os trabalhadores, mas é especialmente cruel com as mulheres. É uma proposta machista, que desconsidera totalmente as desigualdades enfrentadas pelas mulheres no mercado”, denuncia a vice-presidenta do Sindicato, Angela Savian.

As mulheres são discriminadas no mercado de trabalho: em geral ganham menos, não chegam a cargos de direção e estão mais sujeitas ao desemprego e à informalidade; além disso, cumprem jornada dupla de trabalho, já que assumem a totalidade ou boa parte das tarefas com filhos e com a casa. É isso que justifica que as mulheres se aposentem antes dos homens. Mas a proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro desconsidera isso e acaba por prejudicar mais as mulheres do que os homens. Pelas regras atuais, uma mulher de 55 anos e com 25 anos de contribuição teria de trabalhar mais cinco anos para se aposentar por idade e conseguir receber o benefício integral. Ou seja, estaria aposentada aos 60 anos e com 30 anos de contribuição.

Já pelas regras de transição propostas por Bolsonaro, que quer implementar a idade mínima de 62 anos para as mulheres, essa mesma mulher terá de trabalhar mais sete anos (55+7 = 62) para se aposentar por idade. Ainda assim, ela só chegaria a 32 anos de contribuição (25+7 = 32) e não se aposentaria com o benefício integral, que, pelas novas regras, vai exigir, no mínimo, 40 anos de contribuição.

Dessa forma, o benefício será de apenas 60% a quem atingir 20 anos de contribuição e sobe 2% por ano de contribuição que exceder esse tempo mínimo exigido na proposta de reforma, até chegar a 100% com 40 anos de contribuição.

No caso da trabalhadora, a conta resultaria em um benefício de apenas 84% do valor a que ela teria direito pela regra atual. Ou seja, 60% correspondentes aos 20 anos mais 24% referentes aos 12 anos a mais que ela contribuiu para poder se aposentar aos 62 anos de idade.

“A mulher na faixa etária dos 55 anos ou menos será a mais prejudicada. Se ela quiser se aposentar com benefício integral, terá de trabalhar mais sete anos e continuar a contribuir por mais dez. Ou seja, somente aos 70 anos de idade ela se aposentaria com salário integral”, afirma a assistente social do SindBan, Olivia Brossi.

Como fica para os homens

Para um homem com 30 anos de contribuição e 60 anos de idade, pelas

regras atuais, faltam os mesmos cinco anos para se aposentar por idade e tempo de contribuição. Ou seja, ele se aposenta aos 65 anos de idade e 35 de contribuição com benefício integral.

Já pelas mudanças feitas por Bolsonaro, esse homem para se aposentar com o benefício integral terá de trabalhar somente mais cinco anos para somar os 40 anos obrigatórios, já que as regras de idade não mudaram para ele.

“As mulheres abaixo de 56 anos serão as mais prejudicadas com a reforma da Previdência de Bolsonaro. Ao longo da vida, elas já são as que se aposentam por idade porque não conseguem atingir o tempo de contribuição mínimo que hoje é de 15 anos, imagine agora com a exigência de 20.

Reforma da Previdência: Trabalhar

mais para ganhar menos

(15)

15 NEWS MAGAZINE

R E F O R M A S

O governo divulga

que a sua proposta

da reforma da

Previdência vai tornar

o sistema mais justo,

equiparando pobres

e ricos. Porém,

para esse governo,

qualquer trabalhador

bancário já é rico. Na

verdade, a proposta

20

19

de reforma dificulta

a aposentadoria e

rebaixa o valor dos

benefícios para todos

os segmentos, em

especial para os mais

pobres e a classe

média, nivelando

todo o sistema por

baixo.

(16)

16 NEWS MAGAZINE

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