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C4 - Saber efetuar Identificações

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Academic year: 2021

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C4 - Saber efetuar Identificações Direito Penal Princípios enformadores do Direito Penal • Princípio da subsidiariedade ou “ultima ratio” o O DP só deve intervir quando a tutela conferida pelos outros ramos do direito (Civil/administrativo) não for suficientemente eficaz para proteger os bens/valores considerados vitais ou fundamentais, à existência do próprio estado e da sociedade. • Princípio da Fragmentariedade ou da intervenção mínima o O DP não deve intervir por pequenos pormenores, mas apenas quando a intensidade da violação de bens jurídicos o justifique. • Princípio da Intensidade da agressão

o O DP não deve intervir à primeira prática da conduta antissocial, mas quando esta já atingiu uma determinada intensidade (repetividade) Dolo 1 - Age com dolo quem, representando um facto que preenche um tipo de crime, atuar com intenção de o realizar. (Dolo Direto) 2 - Age ainda com dolo quem representar a realização de um facto que preenche um tipo de crime como consequência necessária da sua conduta. (Dolo necessário) 3 - Quando a realização de um facto que preenche um tipo de crime for representada como consequência possível da conduta, há dolo se o agente atuar conformando-se com aquela realização. (Dolo eventual) Dolo direto: Eu quero aquilo e faço Dolo Necessário: Eu quero receber do seguro, (fogo à casa) mas sei que está lá alguém, mas aceito morte.

Dolo Eventual: Prevejo a possibilidade de ofensas ao atirar uma pedra numa aposta, mas conformo-me com a possibilidade de crime ofensas Negligência Age com negligência quem, por não proceder com o cuidado a que, segundo as circunstâncias, está obrigado e de que é capaz: a) Representar como possível a realização de um facto que preenche um tipo de crime mas atuar sem se conformar com essa realização; (Negligência consciente) ou b) Não chegar sequer a representar a possibilidade de realização do facto. (Negligência inconsciente) Inconsciente - Atiro uma Pedro da janela, não previ que poderia passar alguém, mas devia ter cuidado. Consciente – Sabia que passavam pessoas mas confiei que não ia acertar em ninguém. Comissão por ação e por omissão 1. Quando um tipo legal de crime compreender um certo resultado, o facto abrange não só a ação adequada a produzi-lo como a omissão da ação adequada a evitá-lo, salvo se outra for a intenção da lei. (Pura) 2. A comissão de um resultado por omissão só é punível quando sobre o omitente recair um dever jurídico que pessoalmente o obrigue a evitar esse resultado. (Impura) 3. No caso previsto no número anterior, a pena pode ser especialmente atenuada. Punibilidade da tentativa 1 - Salvo disposição em contrário, a tentativa só é punível se ao crime consumado respetivo corresponder pena superior a 3 anos de prisão. 2 - A tentativa é punível com a pena aplicável ao crime consumado, especialmente atenuada.

3 - A tentativa não é punível quando for manifesta a inaptidão do meio empregado pelo agente ou a inexistência do objeto essencial à consumação do crime. (Conhecido por crime impossível)

Autoria

É punível como autor quem executar o fato, por si mesmo (Autor imediato) ou por intermédio de outrem (autor mediato), ou tomar parte direta na sua execução, por acordo ou juntamente com outro ou outros,(co-autores)

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e ainda quem, dolosamente, determinar outra pessoa à prática do fato, desde que haja execução ou começo de execução. (instigador)

Crimes + Elementos constitutivos do tipo + Natureza

Crime Elementos constitutivos do tipo Natureza

Co

nt

ra

a

vi

da

Homicídio Simples Morte + nexo de causalidade Público

Homicídio Qualificado Especial censurabilidade/perversidade Público Homicídio Privilegiado Emoção violenta (diminuem a moldura) Público Homicídio a Pedido da

Vítima Pedido: Instante/Consciente/Livre/Expresso Público Incitamento ou ajuda ao

Suicídio Prestar ajuda Público

Infanticídio Durante o imediatamente após parto Público

Homicídio por negligência Omissão de deveres de cuidado Público

Exposição ou abandono Tem de criar perigo/dever de guardar Público

Co nt ra a In teg ri da de si ca Ofensas à integridade

física Ofender o corpo/saúde, Voluntariamente Semi-público (Público PSP) Ofensas à integridade

física Grave Órgão ou parte de corpo importante Público

Agravação pelo Resultado

(+ 1/3 pena) Crime Preterintencional (Resultado: Morte) Público Violência Doméstica Relação Pessoal + Modo reiterado ao não Público

Co nt ra a li ber dad e Pe ss oal Ameaça Prometer um mal futuro que tipifica um crime (tem de criar medo, inquietação ou prejudicar a sua liberdade de determinação) Semi-público Coação Constrangimento (entre pessoas com relação -> semi) Público / Semi-público Sequestro Detiver, prender, mantiver presa ou detida outra pessoa Público

Escravidão Reduzir outra a condição de escravo Público

Tráfico de Pessoas 160º Quem oferecer, entregar, aceitar, transportar, alojar ou acolher pessoa para fins de exploração sexual, exploração do trabalho ou extração de órgãos Público Rapto 161º Quem, por meio de violência, ameaça ou astúcia, raptar outra pessoa com a intenção de: Público Tomada de Reféns 162º Finalidade politicas, ideológicas – sequestrar, raptar ameaçar Público Co nt ra a lib er dad e e au to de te rm in ão Se xu al

Coação Sexual 163º Por meio de violência – Ato sexual de relevo Semi-Público

Violação 164º Por meio de violência - Coito Semi-Público

Importunação Sexual

170º Exibicionista ou constrangendo-a Semi-Público

Abuso Sexual de Crianças

171º Ato sexual de relevo - Menor de 14 anos Público

Recurso à Prostituição de

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Lenocínio de menores

175º Quem fomentar, favorecer ou facilitar Público

Pornografia de Menores Produzir, distribuir, adquirir ou detiver Público

Co nt ra a h on ra

Difamação 180º Dirige-se a terceiros, sem a presença do ofendido Particular Injurias 181º Imputar-lhe fatos – dirigindo-lhe palavras Particular (PSP

exercício semi-publico) Publicidade e Calúnia

183º Quando o agente tem conhecimento que é falso Particular Ofensa a organismo,

serviço ou pessoa coletiva Praticados contra (FS) tem de sentir ofendido na sua honra Particular Passa a Semi-Público

Co nt ra o Pa tr im ôn io

Furto 203º Com ilegítima intenção, subtrair coisa móvel Semi-Público / Particular* Furto Qualificado 204º Cumpre um dos pressupostos / desqualifica se

Valor diminuto Público

Abuso de Confiança Apropriar de coisa móvel que lhe foi entregue Particular* / Público / Semi Furto de uso de veículo Quem utilizar – tem de restituir tal como estava Semi-Público /

Particular*

Roubo Subtração por meio de violência Público

Violência depois da subtração Encontrado em flagrante delito de furto, conservar ou não restituir as coisas subtraídas Público Dano Quem destruir, no todo ou em parte, danificar,

desfigurar ou tornar não utilizável coisa alheia, Semi-Público / Particular* Dano Qualificado Qualifica pelo valor e outros Particular / Público /

Semi Co nt ra Pa tr im ón io em G er al Burla Com intenção de obter para si ou para terceiro

enriquecimento ilegítimo. Astúcia Público/Particular* Semi-Burla Qualificada Pelo Valor / Modo de Vida / Especial

Vulnerabilidade / Ficar em situação difícil Público Burla para obtenção de

alimentos Com intenção de não pagar / se negar a saldar a dívida Semi-Público Extorsão Com intenção de conseguir para si ou para

terceiro enriquecimento ilegítimo Público Receptação 231º Com a intenção de obter... sem previamente se

ter assegurado da sua legítima proveniência. Público / Particular Tortura e outros

tratamento cruéis Sendo Agente, tratar de forma cruel, desumana para, obter algo... Público

Co nt ra a v id a em So ci ed ad e Falsificação ou contrafação de Docs Público Falsificação de nota técnica Público Danificação ou subtração

de nota técnica Público / Semi-Público

Uso de BI ou viagem alheio Público *Art.º 207º Acusação Particular*

1 - No caso do artigo 203.o e do n.o 1 do artigo 205.o, o procedimento criminal depende de acusação particular se: (Para que haja procedimento criminal, é necessário que o ofendido se queixe, deduza acusação particular e se constitua assistente no processo)

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a) O agente for cônjuge, ascendente, descendente, adoptante, adoptado, parente ou afim até ao 2.o grau da vítima, ou com ela viver em condições análogas às dos cônjuges; ou

b) A coisa furtada ou ilegitimamente apropriada for de valor diminuto e destinada a utilização imediata e indispensável à satisfação de uma necessidade do agente ou de outra pessoa mencionada na alínea a).

2 – No caso do artigo 203.o, o procedimento criminal depende de acusação particular quando a conduta ocorrer em estabelecimento comercial, durante o período de abertura ao público, relativamente á subtração de coisas móveis expostas de valor diminuto e desde que tenha havido recuperação imediata destas, salvo quando cometida por duas ou mais pessoas. Valor diminuto: < 102€ Valor elevado: > 5.100€ Consideravelmente elevado: > 20.400€ Elementos objetivos: O Agente, a Conduta, o resultado, Nexo de causalidade, o Resultado Elementos Subjetivos: Dolo e Negligência, Ex: no furto é vontade de subtrair a coisa. Consolidar • Se não é furto, se não é roubo é extorsão • Os 3 crimes são cometidos a titulo de dolo. Procedimento de Público / Semi-público / Particular Flagrante delito por: Crime Público ou Semi-Público (depende de procedimento de queixa (6 horas)) • Auto de notícia por detenção • Auto sumário de entrega (quando aplicável) • Constituição de arguido • Termo de identidade e Residência • Comunicação da detenção ao MP • Registar o detido no livro de registo de detidos • Elaborar Boletim individual de Detido • Auto de depósito (bens) • Notificação para comparência em tribunal Quando o procedimento criminal depender de acusação particular, do ofendido ou de outras pessoas, é necessário: • Que essas pessoas se queixem; • Se constituam assistentes; • Deduzam acusação particular. Identificações Artº 250º 1 - Os órgãos de polícia criminal podem proceder à identificação de qualquer pessoa encontrada em lugar público, aberto ao público ou sujeito a vigilância policial, sempre que sobre ela recaiam fundadas suspeitas da prática de crimes, da pendência de processo de extradição ou de expulsão, de que tenha penetrado ou permaneça irregularmente no território nacional ou de haver contra si mandado de detenção.

2 - Antes de procederem à identificação, os órgãos de polícia criminal devem provar a sua qualidade, comunicar ao suspeito as circunstâncias que fundamentam a obrigação de identificação e indicar os meios por que este se pode identificar. 3 - O suspeito pode identificar-se mediante a apresentação de um dos seguintes documentos: a) Bilhete de identidade ou passaporte, no caso de ser cidadão português; b) Título de residência, bilhete de identidade, passaporte ou documento que substitua o passaporte, no caso de ser cidadão estrangeiro.

4 - Na impossibilidade de apresentação de um dos documentos referidos no número anterior, o suspeito pode identificar-se mediante a apresentação de documento original, ou cópia autenticada, que contenha o seu nome completo, a sua assinatura e a sua fotografia.

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5 - Se não for portador de nenhum documento de identificação, o suspeito pode identificar-se por um dos seguintes meios:

a) Comunicação com uma pessoa que apresente os seus documentos de identificação;

b) Deslocação, acompanhado pelos órgãos de polícia criminal, ao lugar onde se encontram os seus documentos de identificação;

c) Reconhecimento da sua identidade por uma pessoa identificada nos termos do n.o 3 ou do n.o 4 que garanta a veracidade dos dados pessoais indicados pelo identificando.

6 - Na impossibilidade de identificação nos termos dos n.os 3, 4 e 5, os órgãos de polícia criminal podem conduzir o suspeito ao posto policial mais próximo e compeli-lo a permanecer ali pelo tempo estritamente indispensável à identificação, em caso algum superior a seis horas, realizando, em caso de necessidade, provas dactiloscópicas, fotográficas ou de natureza análoga e convidando o identificando a indicar residência onde possa ser encontrado e receber comunicações.

7 - Os actos de identificação levados a cabo nos termos do número anterior são sempre reduzidos a auto e as provas de identificação dele constantes são destruídas na presença do identificando, a seu pedido, se a suspeita não se confirmar. 8 - Os órgãos de polícia criminal podem pedir ao suspeito, bem como a quaisquer pessoas susceptíveis de fornecerem informações úteis, e deles receber, sem prejuízo, quanto ao suspeito, do disposto no artigo 59.o, informações relativas a um crime e, nomeadamente, à descoberta e à conservação de meios de prova que poderiam perder-se antes da intervenção da autoridade judiciária. 9 - Será sempre facultada ao identificando a possibilidade de contatar com pessoa da sua confiança. A identificação de suspeitos aplica-se a: • A qualquer pessoa que se encontre em lugar público, aberto ao público ou sujeito a vigilância policial; • E -> • Sobre essa pessoa recaiam fundadas suspeitas da prática de crimes; • Tenham entrado ou permaneçam irregularmente em território nacional; • Sobre essa pessoa penda processo de extradição ou de expulsão; • Sobre essa pessoa penda mandado de detenção. Casos práticos (objetivo) Se pedir Direito Adjectivo é DPP (Detenção/Acusação/Procedimentos) • Tipificar o crime e sua natureza – Procede ou não Detenção. • Indicar Dolo (direto/necessário/eventual) ou Negligência (consciente/inconsciente/grosseira) • Autoria Ex: Eu queria bater em alguém e bati. Portanto: Previ e quis o resultado, (dolo direto), e alcancei-o, pratiquei assim, em autoria material, de forma consumada e com dolo direto um crime de ofensas à integridade física simples. Estrutura do Processo Penal em Vigor: • Acusatório mitigado pelo principio da investigação Processo sumário (tribunal singular) • Crimes moldura penal inferior 5 anos • Ou júri decida que não será aplicada pena superior a 5 anos. • Crimes de tortura não são em Sumário

Referências

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