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Rev. adm. empres. vol.55 número6

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Academic year: 2018

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ISSN 0034-7590

RAE-Revista de Administração de Empresas | FGV-EAESP

© RAE | São Paulo | V. 55 | n. 6 | nov-dez 2015

EDITORIAL

INTERNACIONALIZAÇÃO DA

RAE

: O CAMINHO TRILHADO ENTRE 2009 E 2015

D

urante o EnANPAD de 2015, ocorrido em Belo Horizonte no úl-timo setembro, estivemos reunidos com membros do corpo editorial científico para fazer um balanço do resultado das ações que norteiam o processo de internacionalização da RAE des-de 2009. E foram muitas as ações. Neste período, investimos na tra-dução do sistema de submissão, iniciamos a organização de cha-madas de trabalho com temas e comitês internacionais, iniciamos a publicação de artigos em três idiomas, fizemos a primeira edição da RAE totalmente em Inglês, a RAE conseguiu entrar no JCR, e am-pliamos a participação de membros de instituições estrangeiras em nosso comitê científico.

Após alguns anos, já é possível quantificar os resultados. Em 2015, pela primeira vez, a RAE publica mais artigos em Inglês (48%) do que em Português (42%), acompanhados de outros em Espanhol e Francês (6% e 4%, respectivamente). A diversidade ins-titucional dos autores também ajuda a consolidar o posicionamen-to internacional da RAE: em 2015, mais de 30% dos autores são afi-liados a instituições do exterior, particularmente da Espanha (8%), de outros países europeus (8%), dos EUA e Canadá (6%), da Améri-ca Latina (4%) e da Ásia (3%).

Dos sete fóruns internacionais publicados desde 2011, re-sultados de chamadas temáticas envolvendo comitês científicos com membros estrangeiros convidados, 34% das submissões vie-ram de fora do Brasil. Esses fóruns possibilitavie-ram publicar mais de um terço de seus artigos com autoria internacional. Há três outros fóruns que ainda estão em andamento e que devem ser concluídos em 2016, nos quais 53% das submissões são de autores não brasi-leiros, o que deve contribuir para melhorar ainda mais os índices de internacionalização em 2016.

Esses números também impactaram a composição de nos-so comitê científico, que tinha 10% de participação estrangeira em 2013 e hoje conta com 27% de editores científicos vinculados a ins-tituições internacionais. É importante frisar que se, por um lado, os fóruns nos permitiram conhecer e trabalhar com editores inter-nacionais convidados, alguns dos quais passaram a ser parte do comitê permanente, por outro lado, isso possibilitou que a RAE fi-casse mais conhecida por esses editores. Acreditamos que esse processo acarreta a incorporação mais orgânica de membros es-trangeiros ao comitê do que a simples indicação de seu nome numa lista para “inglês ver”. Esses membros do comitê, que são também pesquisadores, tendem a citar mais a RAE em seus trabalhos no fu-turo, o que certamente trará um impacto positivo no reconhecimen-to da sua relevância na comunidade acadêmica internacional.

Conversamos também, nessa reunião de Belo Horizonte, so-bre a importância de mantermos forte o sentimento de colabora-ção entre os periódicos nacionais em prol de uma maior visibilida-de internacional à nossa comunidavisibilida-de científica. Usando dados do

SciELO, pudemos comprovar que a potencial entrada de outros pe-riódicos nacionais do estrato A2/Qualis na base do JCR dobraria de imediato o fator de impacto da RAE no JCR. Isso se explica pelo fato de a RAE ser mais citada por RAC, RAP, RAUSP, Cadernos EBAPE.BR,

O&S etc. do que pelos periódicos estrangeiros. Com mais periódi-cos nacionais nessa importante base internacional, todos ganha-mos mais visibilidade e aumentaganha-mos nosso potencial de atração de autores estrangeiros. E a maior visibilidade para os periódicos nacionais contribuirá para aumentar também a relevância de toda a comunidade acadêmica brasileira.

Nesta edição da RAE, publicamos oito artigos inéditos. “Foco regulatório e consumo de bebida: reduzindo a intenção de beber e dirigir” analisa as campanhas de marketing sobre o consumo de be-bida e as relaciona com a intenção do consumidor de dirigir após a ingestão do álcool. “Grupo de discussão como prática de pesqui-sa em estudos organizacionais” discute o uso da metodologia de grupo de discussão para a pesquisa qualitativa visando a sua utili-zação na área de Estudos Organizacionais. “Internationalization of state-owned enterprises through foreign direct investment” propõe questões sobre a internacionalização de empresas estatais e seus impactos. “Praticantes da estratégia e as bases praxeológicas da indústria do management” examina o cotidiano de uma organiza-ção do setor de vendas e sua influência na sustentaorganiza-ção da indústria do management. “Empresa familiar, equipos directivos, diversidad y ambidiestría en las PyMEs” aborda a gestão em empresas familia-res espanholas e o impacto que o personagem familiar acarreta nos processos decisórios. “Ingresos netos del franquiciado: una señal para elegir franquicia en una crisis” discute, por meio da Teoria dos Sinais, como ocorre a eleição e aquisição de uma empresa franque-ada na Espanha. “Estratégia socioambiental basefranque-ada em recursos e ambiguidade causal” investiga a relação entre dois construtos, vantagem competitiva e desempenho financeiro, com o tema estra-tégia socioambiental empresarial. “Percepção da presença dos ou-tros consumidores e sua relação com emoções e valor hedônico de compra” investiga o comportamento do consumidor em ambiente de varejo popular e como afeta o contexto social por meio de suas emoções e valores hedônicos.

Completam esta edição a resenha do livro A estetização do mundo: viver na era do capitalismo artista e as indicações biblio-gráficas sobre inovação no ensino e empresas familiares.

Tenham uma boa leitura!

EDUARDO DINIZ | Editor chefe Professor da Fundação Getulio Vargas, Escola de Administração de Empresas de São Paulo São Paulo – SP, Brasil

Referências

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