• Nenhum resultado encontrado

Rev. esc. enferm. USP vol.26 número2

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Rev. esc. enferm. USP vol.26 número2"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

SENTIMENTOS E SUGESTÕES MANIFESTADOS POR COLOSTOMIZADOS QUE SE AUTO-IRRIGAM*

Vera Lucia Conceição de G. Santos ** Maria Sumie Koizumi ***

S A N T O S , V.L.C. de G.; KOIZUMI, M.S. Sentimentos e sugestões manifestados por colostomizados que se auto-irrigam. Rev. Esc. Enf. USP, v. 26, n. 2, p. 161-72, Ago. 1992.

A análise dos sentimentos e das sugestões apresentadas por um grupo de colos-tomizados que utilizam um determinado método de auto-irrigação da colostomia para a reeducação do hábito intestinal, mostrou que ele è muito bem aceito por esta clien-tela. Após a obtenção dos resultados considerados positivos para a auto-irrigação, expressos pela ausência e presença esporádica de perdas fecais (37,50% e 42,50% da população, respectivamente), além da ausência e redução dos gases nos intervalos das irrigações (27,50% e 35,00% da população, respectivamente), 88,14% dessa clientela referiu sentimentos posiiivos e a média de sugestões de 0,35% por cliente.

UNITERMOS: Colostomia. Irrigação-colostomia. Emoções.

1. INTRODUÇÃO

A falta do controle voluntário da defecação, resultante das opera-ções que acarretam o desvio do trânsito intestinal através das colosto-mias e ileostocolosto-mias, determina alterações da auto-imagem e imagem corporal do ostomizado, levando a u m conjunto de problemas psico-lógicos e sociais que comprometem profundamente a qualidade de sua vida e suas relações interpessoais 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 1 4 , 1 7 , 1 8 , 1 9 , 2 0 , 2 ^

Esta imagem do indivíduo sem controle esfincteriano, comprome-tido tanto em suas necessidades biológicas de eliminação intestinal como psico-sociais, precisa estar clara para os profissionais que o assistem. O objetivo primordial do processo reabilitatório para o ostomizado, em geral, deve ser o de promover uma continência parcial ou transformar o próprio estorna em uma situação aceitável, melhorando a qualidade de vida e promovendo a sua reinserção s o c i a l1 3

.

Neste sentido, diversos estudos têm sido realizados na busca de soluções para o problema da incontinencia fecal do ostomizado e suas conseqüências e dentre eles, o método da irrigação das colostomias.

* E x t r a í d o d a M o n o g r a f i a d e M e s t r a d o , a p r e s e n t a d a à E s c o l a d e E n f e r m a g e m d a U S P .

(2)

No estudo que realizamos sobre a efetividade da auto-irrigação em 40 colostomizados submetidos a um processo de treinamento por nós sistematizado, constatamos que 37,50% deles não apresentaram perdas fecais nos intervalos das irrigações e 42,50% as apresentavam espora-dicamente, totalizando 80,00% com resultados esperados. Além disso, quanto à presença de gases, ainda nos intervalos das irrigações, 27,50% referiram não os apresentar e 35,00% os tinham em menor quantida-de. Para o uso da bolsa coletora, 32,50% relataram nunca empregá-la e 37,50% somente o faziam em situações específicas, totalizando 2/3 da população com resultados desejados1 6

. Ainda nesse e s t u d o1 6

o paciente foi questionado sobre o que sen-tia em relação a auto-irrigação e foi mantido um espaço para registrar livremente, suas sugestões.

O presente trabalho tem, pois, como objetivo apresentar e analisar os sentimentos e as sugestões desses pacientes quanto a auto-irrigação da colostomia.

2. METODOLOGIA

A população deste estudo constou de 40 colostomizados que se auto-irrigam, utilizando u m m é t o d o1 5 , 1 6

por nós padronizado. Por meio de u m questionário foi feita a pergunta: "Depois que começou a utili-zar a irrigação, como se sente?".

Além do espaço para resposta a esta questão, foi deixado u m outro espaço em branco para que o paciente registrasse suas sugestões. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos estão apresentados sob a forma de tabelas, com discussão concomitante.

Os sentimentos dos clientes quanto à auto-irrigação encontram-se reproduzidos integralmente nos Anexos I e I I .

TABELA 1 — R e s p o s t a s d o s c l i e n t e s q u a n t o a o s s e n t i m e n t o s r e l a c i o n a d o s à auto-irrigação. S ã o P a u l o , 1988.

S e n t i m e n t o s °/o

B e m - e s t a r 30 50,85

S e g u r a n ç a 14 23,73

N o r m a l i d a d e 8 13,56

Mal-estar 7 11,86

Total 59 100,00

(3)

segurança, normalidade e mal-estar. Essas respostas totalizam 59, com a média de 1,18 sentimentos por cliente.

Verificamos pelos dados obtidos que a maior parte das respostas (88,14%) indicam sentimentos positivos: 50,85% para bem-estar; 23,73% para segurança e 13,56% para normalidade.

A criação de u m ânus artificial e incontinente na parede abdominal leva o colostomizado a uma alteração de imagem corporal e auto-ima-gem diretamente ligadas à lesão do próprio soma e perda da habili-dade em controlar as eliminações. Isto pode acarretar sentimentos in-desejáveis de agonia, inferioridade com redução da auto-estima e des-valorização do autoconceito, insegurança e a crença da rejeição pelos outros indivíduos, com sérias conseqüências para os planos afetivo, intelectual e social. Todos esses sentimentos sofrem a influência e tam-bém passam a influir na personalidade individual. Outro fator impor-tante é o próprio meio de onde o cliente provem. De maneira geral, entretanto, esses sentimentos quase sempre ocorrem, m maior ou me-nor graU 2 . 4 , 5 , 7 , 1 0 , 1 9 , 2 0 ,

Assim sendo, o processo de reabilitação do ostomizado deve visar e permitir que ele se torne, o mais precocemente possível, seguro e independente, com um menor grau de ansiedade e conflitos4

'7

'1 3

-2 0

. Ao verificarmos os sentimentos manifestados pelos clientes deste estudo, quanto ao método da irrigação, podemos afirmar que ele se revelou como u m dos mecanismos para atingir tal objetivo. Metade da população revela sentimentos de "estar bem", "estar ótimo", "estar muito bem" e "estar excelente" com o uso da auto-irrigação.

A melhora do padrão de vida foi uma resposta mencionada e ca-tegorizada como sentimento de bem-estar. Este consiste em u m dos maiores objetivos dentro de qualquer processo de reabilitação onde se procura fazer com que o indivíduo tido como "deficiente" desenvol-va ao máximo suas potencialidades, voltando a reintegrar-se gradati-vamente nas atividades de vida diária, desde as mais simples, de ma-neira qualitativamente adequada.

Segundo ELCOAT7

, u m dos problemas psicológicos que afeta o colostomizado é a "fixação pela limpeza", levando o indivíduo a trocar e higienizar freqüentemente as bolsas coletoras ou a utilizar perfumes, procurando compensar o receio de estar sujo ou exalando odor de-sagradável.

(4)

as respostas dadas, havendo inclusive quem dissesse que a irrigação é u m "método limpo de lidar com o estorna".

Reportando-os aos resultados da auto-irrigação, esperados frente ao processo de treinamento proposto, poderíamos antecipar que os sen-timentos revelados pelos clientes seriam também positivos. Contudo, não podemos nos esquecer que estes constituem manifestações essen-cialmente individuais e, portanto, não mensuráveis dentro de uma vi-são estritamente quantitativa.

Pessoalmente, considerávamos que aqueles indivíduos que apresen-tassem rotineiramente perdas fecais nos intervalos das irrigações ou que permanecessem utilizando o coletor, expressariam desagrado e in-satisfação, apesar de confiarem no método. Entretanto, isto mostrou ser uma visão do profissional que esperava resultados perfeitos, prin-cipalmente por acreditar no método de auto-irrigação e no processo de treinamento proposto.

Assim verificamos que, mesmo aqueles indivíduos com 1 a 2 per-das fecais ao dia entre as irrigações (7 clientes), exceto 1 deles, men-cionaram sentimentos de bem-estar e segurança. Isto corroborou nossa opinião de que, apesar das perdas, os clientes confiam no método e sentem-se seguros, comparativamente ao período anterior ao treina-mento.

Outras respostas como "o esquecimento da colostomia", "ausência de preocupação para sair de casa" e o "tudo sob controle", só reafir-mam essa confiança e segurança frente à auto-irrigação.

Algumas outras citações apresentadas na categoria segurança, re-ferem-se à abolição do emprego da bolsa coletora ("só uso a bolsa raramente", "não tenho que preocupar-me com a troca de bolsas" e "sinto-me mais aliviada por não ter que usar a bolsa que gerava irri-tação na pele e incômodo"). Isto também vai de encontro às nossas constatações de que a maioria dos clientes ou nunca utilizam a bolsa co-letora (32,50%) ou o fazem somente em situações específicas (37,50%).

Para as respostas de normalidade, todos os colostomizados que as mencionam apresentam ausência ou ocorrência ocasional de perdas fe-cais. Apesar destes sentimentos aparecerem apenas em uma freqüência de 13,56%, é fundamental que tenham surgido, uma vez que todo o processo reabilitatório de qualquer natureza deve objetivar a reinte-gração do indivíduo às suas atividades normais como no período pré-doença, pois somente desta forma ele poderá sentir-se novamente um membro ativo e participante dos núcleos sociais.

(5)

multiprofissionais nessa assistência; a luta junto às autoridades para a criação de legislação específica de distribuição de bolsas coletoras e também o maior emprego de métodos alternativos para o controle do hábito intestinal, entre os quais a auto-irrigação, esse panorama tem se modificado para melhor, pelo menos ao nível das maiores capitais. Passamos a constatar que os ostomizados têm retornado às suas atividades domésticas, de trabalho e até de lazer, o que também foi possível identificar neste estudo.

Das 59 respostas citadas, apenas 7 (11,86%) revelam sentimentos negativos, nomeados como "mal-estar", embora 3 desses clientes mani-festassem estar bem, apesar da resposta dada.

Ao correlacionarmos esses sentimentos de mal-estar com a presen-ça de evacuações entre as irrigações, verificamos que somente 2 clien-tes com 2 perdas ao dia, apresentam esses sentimentos, sendo que os demais referem perdas fecais ausentes ou esporádicas. Destas citações, apenas 3 relacionam-se a problemas psicológicos de inaceitação da co-lostomia e depressão, enquanto que as demais são relativas ao pro-cedimento em si, quanto à sua interferência na rotina diária, falha de ordem técnica e problemas físicos.

Desta feita, ressaltamos mais uma vez a importância de se valorizar a individualidade dos sentimentos frente às situações de vida pessoal como a doença, suas seqüelas e os resultados alcançados com quais-quer processos reabilitatórios, o que vem reafirmar a necessidade de u m processo assistencial sistematizado e planejado de forma individua-lizada, que seja implementado desde uma fase pré-operatória até ambu-latorial tardia.

A última questão do questionário enviado aos clientes criou para eles u m espaço em que eles podiam comentar ou sugerir o que quises-sem. Após o levantamento das respostas dadas, constatamos que a maio-ria refemaio-ria-se ainda a sentimentos relativos à irrigação, como uma con-firmação ou ampliação das citações já feitas.

TABELA 2 — S u g e s t õ e s d o s c l i e n t e s q u a n t o à auto-irrigação. S ã o P a u l o , 1988.

S u g e s t õ e s

T é c n i c a s 9

D e d i v u l g a ç ã o 3

A l i m e n t a r e s 2

T o t a l 14

A Tabela 2 mostra as 14 respostas restantes agrupadas como su-gestões è por sua vez categorizadas como: técnicas (9), de divulgação

(6)

ade-quado não só o método da irrigação, o que se evidenciou na positivi-dade dos sentimentos revelados (Tabela 1), mas também o próprio processo de treinamento recebido. Quanto a esse aspecto, outros resul-tados deste trabalho, apresenresul-tados em estudo a n t e r i o r1 6

, puderam in-dicar diretamente a adequação do processo de treinamento, como o padrão de auto-irrigação obtido quanto ao procedimento, similar ao adotado por nós, além do reduzido número tanto de dificuldades apre-sentadas para a execução do método (4) como das causas técnicas atri-buídas às perdas fecais entre as irrigações (14,29%).

Entre as sugestões de ordem técnica a maioria restringe-se a co-mentários da rotina individual para a execução da irrigação (infusão e drenagem) e o material usado posteriormente (gaze, band-aid).

Um dos respondentes revela que a irrigação feita diariamente cau-sava-lhe sensação de enfraquecimento, levando-o a fazê-la em dias al-ternados o que não só trouxe melhora da sensação como também a redução dos gases. Outro, aumentou a freqüência da auto-irrigação, de 48 para 24 horas, a fim de diminuir o mau odor dos gases.

A "fraqueza" manifestada pelo indivíduo durante ou após a irriga-ção pode ser conseqüente à rápida infusão da água, à sua temperatura muito fria, às irrigações múltiplas ou às condições de debilidade ou desidratação do cliente9

. A sua correção dependerá da atuação sobre quaisquer das causas apontadas. Nosso cliente indicou satisfatoriamen-te outra alsatisfatoriamen-ternativa, que embora implique em maior satisfatoriamen-tempo dispendido diariamente com a irrigação, para ele mostrou-se adequado e o que é mais importante, foi uma resolução planejada de forma independente. Conforme vimos, para os flatos houve 2 soluções até certo ponto oponentes, contudo, também propostas executadas a nível individual. Alguns fatores contribuem para a formação e o odor dos gases intes-tinais como a alimentação e alguns medicamentos, além de existirem também os hábitos inadequados durante e entre as refeições. Quanto à irrigação, ela reduz mecanicamente os gases por diminuir a flora bacteriana presente no cólon, também responsável pela sua produção. No entanto, maiores períodos sem a auto-aplicação do método mostra-ram-se, algumas vezes, propícios ao aumento de flatos, segundo alguns autores « . U M , e um de nossos clientes.

Um comentário interessante apresentado merece investigação cien-tífica posterior: "o aquecimento da água, até quase a fervura, diminui os gases dissolvidos, tornando a infusão mais fácil e com menores danos".

(7)

de treinamento por nós adotado, esses clientes têm-se irrigado desta forma sem complicações e comprometimento dos próprios resultados alcançados, mostrando mais uma vez a importância da individualização em qualquer plano assistencial.

Um dos clientes afirma que uma alimentação adequada associada a um bom treinamento possibilita a auto-irrigação a cada 48 horas. Certamente isto é possível para alguns colostomizados e não é válido como regra geral. Embora o processo de treinamento inicial e a ha-bilidade desenvolvida posteriormente sejam fundamentais para uma boa adaptação ao método, os fatores alimentares e os resultados obti-dos com a irrigação são individuais, fazendo-se necessário, portanto, que o próprio colostomizado os reconheça e assim identifique a fre-qüência mais adequada para a auto-irrigação.

Outra sugestão mencionada é a ingestão de Imosec para auxiliar nos resultados da irrigação quando o cliente acha que o alimento fará mal. Embora se reconheça o efeito antidiarréico dessa droga, como tal, ela merece indicação, orientação e prescrição médica. A liberdade dietética, como uma das vantagens da irrigação, é uma opção do cliente uma vez que ele é orientado a identificar o efeito dos alimentos sobre o cólon, nas suas eliminações, para que possa controlá-los e assim evitar o uso de medicações para a mesma finalidade.

Toda a adaptação que o colostomizado desenvolve, dentro do pro-cesso do autocuidado, é fundamental à medida que reflete o seu envol-vimento e participação efetiva, desde que não traga prejuízo próprio. Assim, a sugestão de transformar uma bolsa coletora comum em dre-nadora e novamente em coletora de uso constante, indica, por um lado, o aproveitamento mais econômico que o cliente pode fazer de u m mesmo material e, por outro, o difícü acesso de uma parcela signi-ficativa da sociedade a equipamentos específicos, pelo seu alto custo.

A última sugestão de ordem técnica refere-se ao uso de massagens abdominais por 20 minutos após a fase de infusão. A massagem abdo-minal tem sido incluída como orientação sistemática para os clientes em nosso protocolo de treinamento por constituir uma medida auxi-liar que favorece a drenagem mais rápida e eficiente do efluente L » .1 3

.1 8

.

As sugestões relativas à divulgação da irrigação, apesar da baixa incidência (3), denotam preocupação de alguns ostomizados com a de-sinformação de indivíduos com a mesma problemática e assim, pro-vavelmente, com algumas chances a menos para uma reabüitação ade-quada. A divulgação por eles proposta foi a nível de outros ostomiza-dos, da classe médica e da própria equipe multiprofissional, subenten-dida na necessidade de melhorar o atendimento.

(8)

cursos que se tornam mecanismos de comunicação a nível da comu-nidade científica multiprofissional e da sociedade em geral.

As sugestões alimentares restringem-se à indicação de "comida adequada" e "leve e sem gordura" para melhorar os efeitos da irri-gação. Sabe-se entretanto, que embora existam alimentos que tradi-cionalmente acarretam melhora ou piora da função intestinal, ressal-tamos que, para o colostomizado em geral e especificamente para aque-le que se irriga, esta deve ser uma busca pessoal de u m padrão ali-mentar próprio, igual ou não ao anterior à doença.

De maneira geral as sugestões formuladas explicitamente ou através dos comentários tecidos pelos clientes, ou já fazem parte do processo de treinamento e especificamente da execução técnica, ou merecerão estudos comprobatorios. Quanto à divulgação do método, acreditamos que a nossa participação em u m núcleo assistencial específico; a im-plementação sistematizada do método da auto-irrigação para clientes selecionados, segundo u m programa padronizado de atendimento; a elaboração e distribuição de u m manual de orientação acerca da irri-gação, já e x i s t e n t e1 0

e o próprio desenvolvimento deste trabalho, cons-tituem mecanismos efetivos para tal finalidade.

4. CONCLUSÃO

O estudo sobre os sentimentos dos clientes relacionados à auto-irri-gação, como parte dos resultados de seu emprego após u m processo de treinamento sistematizado e revelados por 40 clientes colostomiza-dos, permitiu-nos chegar à seguinte conclusão: 88,14% das 59 respostas mencionadas indicaram sentimentos positivos (50,85% para bem-estar; 23,73% para segurança e 13,56% para normalidade), denotando a efe-tividade tanto do método da irrigação para o controle do hábito in-testinal em colostomizados como do processo de treinamento em-pregado.

S A N T O S , V.L.C. de G.; KOIZUMI, M.S. Feelings and sugestions expressed by self-irrigation colostomy patients. Rev. Esc. Enf. USP, v. 26, n. 2, p. 161-72, Aug.

1992.

The analysis of feelings and sugestions presented by a group of colostomy patients which use a specific method of colostomy self-irrigation showed that it's well accepted by these patients. After the positive results using this method, we obtained 88,14% of the positive feelings answers specially weelbeing, safety and normality and an average of 0,35 sugestions per client.

UNITERMS: Emotions. Colostomy. Irrigation-colostomy.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 . A B E L L A , M . D . H . A p r o x i m a c i ó n a l a o s t o m i a . R e v . B o l E n f e r m . , v . 1 1 , n . 1 1 8 , p . 4.-15, 1988.

(9)

3 . C A N T O N E . G. L a r i a b i l i t a z i o n e t a r d i v a d e l p a z i e n t e c o i o s t o m i z z a t o : l a n o s t r a e s p e r i e n z a . M i n e r v a M e d . , v . 76, n . 5, p . 1 4 3 - 7 , 1985.

4 . C E R F , M . ; V A L L O T , T . T r o u b l e s f o n c t i o n n e l s c h e z l e s c o l o s t o m i s é s . A n n G a s t r o e n t e r o l . H é p a t o l . , v. 16, n . 4, p . 2 4 5 - 5 3 , 1980.

5 . C O L O S T O M I S É S , : s o i n s , e d u c a t i o n , r e l a t i o n s s o i g n a n t s s o i g n é s a l ' h o p i t a l . R e v . I n f i r m . , v . 34, n . 1 1 , p . 2 0 - 4 , 1984.

6. D O N A L D S O N , D . R . ; N O R T H O V E R , J . M . A . C o n t i n e n t c o l o s t o m y d e v i - c e s . S u r g . A n n u . , v . 20, p . 145-58, 1988.

7 . E L C O A T , C. S t o m a c a r e : i d e n t i f y n g p a i t e n t s p r o b l e m s . N u r s T i m e s , v . 84, n . 8, p . 67-70, 1988.

8. G A B R I E L L I F . e t a l R i s u l t a t i d e l l i r r i g a z i o n e p e r i o d i c a n e l l a r i a b i l i t a z i o n e d e l c o i o s

-t o m i z z a -t o . M i n e r v a C h i r . , v . 35, n . 2 1 , p . 1649-54, 1980.

9 . G O O D E , P . S . C o l o s t o m y i r r i g a t i o n . I n : B R O A D W E L L , D . C . ; J A C K S O N , B . S . P r i n c i p l e s o f o s t o m y c a r e . S a i n L o u i s , M o s b y , 1982. C a p . 26, p . 3 6 9 - 8 0 .

1 0 . H A B R - G A M A , A . e t a l . M a n u a l p a r a o s t o m i z a d o s : i r r i g a ç ã o d a s c o l o s t o m i a s . S ã o P a u l o , N ú c l e o d e A s s i s t ê n c i a a O s t o m i z a d o s d o H o s p i t a l d a s C l í n i c a s d a F a c u l d a d e d e M e d i c i n a dia U S P , 1988.

11. M a c L E O D , J . H . C o l o s t o m y i r r i g a t i o n : a t r a n s a t l a n t i c c o n t r o v e r s y . D i s . C o l o n R e c t u m , v . 15, n . 5, p . 3 5 7 - 6 0 . 1972.

1 2 . M A Z I E R . W . P . e t a l . E f f e c t i v e c o l o s t o m y i r r i g a t i o n . S u r . G y n e c o l . O b s t e t . , v . 142, n . 6, p . 9 0 5 - 9 , 1976.

1 3 . P I E T R I , P . e t a l . R i a b i l i t a z i o n e d e l l e n t e r o s t o m i z z a t o . C h i r T r i v e n . , v . 18, n . 3 , p . 421-38, 1978.

1 4 . S A N T ' A N A , M . H . P . A e n f e r m e i r a e o s e s t o m a s . E n f . N o v a s D i m e n s . , v . 5, n . 2 , p . 39-46, 1979.

1 5 . S A N T O S , V . L . C . d e G. R e l a t o d e e x p e r i ê n c i a n o t r e i n a m e n t o d a i r r i g a ç ã o i n t e s t i n a l e m u m a p a c i e n t e c o l o s t o m i z a d a . R e v . P a u l . E n f . , v . 5, n . 2, p . 7 3 - 6 , 1985.

1G. E s t u d o s o b r e o s r e s u l t a d o s d a i r r i g a ç ã o e m c o l o s t o m i z a d o s s u b m e t i d o s a u m p r o c e s s o d e t r e i n a m e n t o s i s t e m a t i z a d o . S ã o P a u l o , 1989, 107 p . D i s s e r t a ç ã o ( M e s t r a d o ) — E s c o l a d e E n f e r m a g e m , U n i v e r s i d a d e d e S ã o P a u l o .

1 7 . S T A N G E R . , S. E m o t i o n a l r e s p o n s e s s t o m a t o l o g y I n : T O D D , I . P . I n t e s t i n a l s t o m a s . L o n -d o n , W i l l i a n s H e i n e m a n n , 1978. C a p . 2, p . 1 8 2 - 6 .

18. T E R R A N O V A , O. e t a l . I r r i g a r e o n o n i r r i g a r e i l c o i o s t o m i z z a t o ? C h i r T r i v e n . , v . 17, n . 3 , p . 2 7 0 - 8 0 , 1977.

1 9 . T H O M A S , C. e t a l . P s y c h o s o c i a l m o r b i d i t y i n t h e f i r s t t h r e e m o n t h s f o l l o w i n g s t o m a s u r -g e r y . J . P s y c h o s o m . R e s . , v . 28, n . 3 , p . 2 5 1 - 7 , 1984.

2 0 . V E L A N G I . V . F e a r f i g h t s a g a i n s t a s t o m a . N u r s . M i r r o r , v . 150, n . 4 , p . I V - X I I , 1980. S u p p l e m e n t .

(10)

ANEXO I

R e l a ç ã o d a s r e s p o s t a s d e c a d a c l i e n t e q u a n t o a o s s e n t i m e n t o s r e l a c i o n a d o s à auto-irrigação.

V I o t i m a m e n t e b e m V2 m a i o r s e g u r a n ç a

V3 m u i t o b e m — a c o n t e c i m e n t o m a r a v i l h o s o V4 a p ó s a S.O. a m e l h o r c o i s a foi a i r r i g a ç ã o

V5 m a i o r s e g u r a n ç a , m a i o r c o n f i a n ç a , f i s i c a m e n t e m e l h o r ( e n g o r d e i ) , b e m - e s t a r V6 m a i s c o n f i a n t e , m e l h o r a d o p a d r ã o d e v i d a

V7 b e m

V8 m u i t o b e m , e s q u e ç o - m e à s v e z e s d a c o l o s t o m i a , s e n s a ç ã o d e c o n f o r t o e h i g i e n e

V9 ó t i m a , s ó f i c o t r i s t e q u a n d o a i r r i g a ç ã o n ã o f u n c i o n a d i r e i t o e a u m e n t a g a s e s c o m o m a l c h e i r o

VIO b e m , t u d o s o b c o n t r o l e e s ó u s o r a r a m e n t e a b o l s a V i l m u i t o b e m g r a ç a s a D e u s

V12 p é s s i m a , n ã o a c e i t o a c o l o s t o m i a

V13 s e n s a ç ã o d e b e m e s t a r e facilita a r e t i r a d a d e g a s e s V14 m e l h o r , c o m m a i o r s e g u r a n ç a

V15 n o r m a l

V16 b e m , a p e s a r d e d e p r i m i d a , u l t i m a m e n t e a c e i t o a S.O. m e l h o r V17 m u i t o b e m , c o m o s e i s s o f o s s e u m a c o i s a n o r m a l

V18 m u i t o b e m m e s m o

V19 m u i t o b e m ( n ã o p r e c i s o m e p r e o c u p a r q u a n d o s a i o ) V20 regular ( s i n t o - m e m u i t o r e s s e c a d a )

V21 m u i t o b e m

V22 m u i t o b e m , v i d a n o r m a l , e s q u e ç o - m e d a c o l o s t o m i a

V23 n o p r i n c í p i o d e p r i m i d a

V24 t r a n q ü i l o , a j o n a t u r a l m e n t e , a c o s t u m a n d o - m e a o r i t m o d o s d i a s a l t e r n a d o s

V25 b e m

V26 m a i s d e s p r e o c u p a d o V27 b e m

V28 m u i t o b e m

(11)

V31 b e m m e l h o r ( a p e s a r d e t e r a l g u m a e ó l i c a a p ô s a l m o ç o ) V32 m u i t o b e m

V33 m u i t o b e m , m a i s t r a n q ü i l a

V34 n o r m a l , à v o n t a d e , n a d a m e p r e o c u p a

V35 m a i s t r a n q ü i l o ( n ã o t e n h o q u e m e p r e o c u p a r c o m t r o c a d e b o l s a s ) V36 e x c e l e n t e , v i d a n o r m a l

V37 b e m ( c o m e x c e ç ã o d a r o t i n a diária p a r a a i r r i g a ç ã o ) V38 b e m

V39 b e m , m a i o r c o n f o r t o , v i d a p r a t i c a m e n t e n o r m a l n o t r a b a l h o e f o r a d e l e V40 m a i s a l i v i a d o p o r n ã o t e r q u e u s a r a b o l s a q u e g e r a v a i r r i t a ç ã o na p e l e

(12)

ANEXO I I

D i s t r i b u i ç ã o d a s r e s p o s t a s d o s c l i e n t e s q u a n t o a o s s e n t i m e n t o s r e l a c i o n a d o s à auto-irrigação, s e g u n d o a c a t e g o r i a .

— BEM-ESTAR: o t i m a m e n t e b e m , f i s i c a m e n t e m e l h o r , m u i t o b e m , acontecim e n t o acontecim a r a v i l h o s o , acontecim e l h o r c o i s a , acontecim e l h o r a d o p a d r ã o d e vida, b e acontecim , ó t i acontecim a , b e acontecim -estar, m e l h o r , e x c e l e n t e , c o n f o r t o , higiene.

— S E G U R A N Ç A : m a i o r s e g u r a n ç a , m a i o r c o n f i a n ç a , m a i s c o n f i a n t e , t u d o s o b c o n t r o l e , u s o b o l s a r a r a m e n t e , irrigação é eficiente, aliviada p o r n ã o ter q u e u s a r a b o l s a q u e g e r a v a irritação e i n c ô m o d o , f a c i l i t a r e t i r a d a de g a s e s , n ã o p r e c i s o p r e o c u p a r - m e q u a n d o s a i o , t r a n q ü i l o , m a i s d e s p r e o c u p a d o , à v o n t a d e , n a d a m e p r e o c u p a , n ã o t e n h o q u e m e p r e o c u p a r c o m t r o c a s d a s b o l s a s .

— N O R M A L I D A D E : c o m o se i s s o f o s s e u m a c o i s a n o r m a l , v i d a n o r m a l , es-q u e ç o - m e da c o l o s t o m i a , a j o n a t u r a l m e n t e , n o r m a l , vida p r a t i c a m e n t e n o r m a l n o t r a b a l h o e fora dele.

Imagem

TABELA 1 —  R e s p o s t a s  d o s  c l i e n t e s  q u a n t o  a o s  s e n t i m e n t o s  r e l a c i o n a d o s à auto- auto-irrigação

Referências

Documentos relacionados

Como preconizado por THIAGARAJAN (1977), a utilização do jo- go pela Autora, com os alunos de Fundamentos de Enfermagem, foi feita com a presença de dois juizes; estes já

A partir dessa premissa, o holismo surge como uma nova luz para a compreensão do ser humano e do processo saúde-doença, pelo menos por enquanto, uma vez que o enfoque holístico

Este estudo visou comparar em pacientes submetidos a cirurgias, medidas de pressão arterial obtidas com duas larguras de manguito: a largura padrão, de 12 cm,

4 — Das enfermeiras obstetras que opinaram quanto à utilização da ficha para a continuidade da assistência de enfermagem, 66,0% foram favoráveis, com porcentual maior entre

A disciplina fundamentos de Enfermagem representa a base de nossa profissionalização, procurando desenvolver as habilidades aci- ma citadas, necessárias à assistência de

Fizemos um panorama referente aos artigos que foram encaminhados à Revista da Escola de Enfermagem da USP(REEUSP), no período de 2000 a 2003, com tipos de artigos por área

Finalizando, diríamos que a ética na Ciência vem se apresentando como relevante para os pesquisadores e, nesse sentido, há de se ressaltar a realização de um Seminário sobre esse

Na nossa prática investigativo-crítica, a pesquisa em enfermagem é uma forma de intervenção na realidade objetiva (nos processos de saúde-doença da população, nos processos