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RESUMO Introdução: Objetivo: Metodologia: Resultados: Considerações finais: Palavras chave: 1 INTRODUÇÃO

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Academic year: 2022

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RESUMO

Introdução: A infância é um período marcado por suas vulnerabilidades, aprendizados e construções para a vida adulta. Trata-se de uma fase delicada na formação do indivíduo, que requer atenção da família e de profissionais qualificados para que o mesmo possa ter um crescimento e desenvolvimento saudável. Objetivo: Avaliar o conhecimento e a conduta dos colaboradores da educação infantil a respeito de acidentes na infância ocorridos em creches e capacitar os mesmos aos cuidados de urgência a fim de minimizar e prevenir acidentes. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa quantitativa-descritiva de aspecto de pesquisa-ação nas creches do município de Pedreira -SP em que foram coletados dados a partir de um questionário pré-teste em que expressaram seus conhecimentos quanto aos primeiros socorros prestados nas creches, seguido da capacitação em urgência com a aplicação de um pós-teste para avaliação do conhecimento adquirido e por fim, a aplicação de um pós- teste tardio para identificar se o aprendizado foi continuado. Resultados: Após análise do conhecimento e conduta utilizados por educadores infantis em creches com relação a acidentes na infância e através da realização do pré-teste, pós-teste mediato, capacitação e pós-teste tardio, evidenciou-se que os educadores infantis adquiriram conhecimentos científicos adequados para a prática de proteção, promoção e recuperação à saúde das crianças, onde nenhuma abordagem apresentou retrocesso em seu manejo por meio dos questionários. Considerações finais: O estudo mostrou o despreparo do educador infantil para agir em situações de urgência, no qual, danos advindos da incorreta manipulação com a criança e/ou a falta de socorro imediato, contribuem com o agravamento do estado da criança. Sendo assim, as ações educativas em saúde devem estar incorporadas no processo de cuidar da Enfermagem e ir além do ambiente assistencialista, chegando também no ambiente escolar.

Palavras chave: Primeiros Socorros; Cuidadores; Creches; Emergência 1 INTRODUÇÃO

Segundo a Constituição Federativa do Brasil no artigo 208, inciso IV é assegurado à educação infantil em creches e pré-escolas. É um dever do Estado e um direito social da criança (BRASIL, 1988). Em 1990 o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) reafirmou esse direito (BRASIL, 1990). A infância é um período marcado por suas vulnerabilidades, aprendizados e construções para a vida adulta. Trata-se de uma fase delicada na formação do indivíduo, que requer atenção da família e de profissionais qualificados para que as crianças possam ter um crescimento e desenvolvimento saudável (FERREIRA, 2018).

A criança é sujeito de características peculiares, dentre elas a curiosidade enfatizada por comportamento exploratório, a qual busca constantemente novos significados aos objetos.

O espírito de independência associado ao despreparo na identificação de riscos expõe a criança a vulnerabilidades graves, que podem ter como consequências a hospitalização com sequelas futuras e pior, a morte. É importante referir que os riscos estão presentes em todo o processo de desenvolvimento, o que nos faz pensar que a cada faixa etária é preciso atenção

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e conhecimento das habilidades que a criança possa apresentar, a fim de tornar o ambiente menos propício a acidentes (MEC/SEB, 2012).

Estes dados demonstram que os acidentes são um importante problema de saúde pública, constituindo a principal causa de morte em crianças, sendo responsável por cerca de 40% de todos os falecimentos nesta faixa etária. Em 2013, no Brasil, ocorreram 3.745 óbitos de crianças de 0-9 anos por causas externas, ocupando a 3ª causa de morte, ficando atrás apenas das decorrentes de causas perinatais e malformações. Cerca de um terço desses óbitos referem-se aos acidentes de transporte, afogamentos, outros riscos à respiração, às agressões e às quedas (MALTA et al, 2016).

Segundo Wong (2011), as quedas são acontecimentos encontrados com facilidade. A queda possui diferenciados graus de repercussões, desde lesões leves até a morte. A maioria das crianças consegue, a partir dos 18 (dezoito) meses de idade, desenvolver funções suficientes para se envolverem em acidentes (PHTLS, 2011) e até os 4 anos apresentam maior chance de sofrer quedas, lesões e ferimentos, considerando a característica de correr e subir em lugares perigosos. De acordo com Souza (1999) e Martins (2006) os traumatismos não fatais apresentam fator significativo decorrente dos acidentes presentes na infância, dentre eles encefalopatia, anóxia por quase-afogamento, cicatrizes e desfiguração providos de queimaduras, déficits neurológicos persistentes resultantes de traumatismos cranianos, danos estes incalculáveis a crianças em período de crescimento e desenvolvimento.

As emergênci sociais e econômicas aos indivíduos (CARVALHO; SARAIVA, 2015).

Em 2013, os Ministérios da Saúde e Educação criaram o Programa Saúde na Escola (PSE), identificando a creche e a pré-escola como espaços a serem trabalhados, a fim de proporcionar melhores condições de assistência e qualidade de vida às crianças.

O Referencial Curricular para Educação Infantil (RCNEI) determina que as creches devam dispor de um serviço, não somente de cuidados básicos essenciais, mas, sobretudo, da complementaridade entre os conceitos de saúde e de educação como pilares para atenção à criança, que tem esse ambiente como segundo lar (VIEIRA, 2009).

A infraestrutura das instituições de educação infantil devem ter padrões de qualidade, no que concerne ao credenciamento e ao funcionamento dessas instituições, respeitando as normas de acessibilidade, programa nacional de construção, bem como de aquisição de equipamentos específicos para essa faixa etária, visando à expansão e a melhoria da rede física das instituições que atendem à Educação Infantil. Além da infraestrutura física, a formação continuada de todos os profissionais de Educação Infantil, numa perspectiva de fomentar sua formação em curso superior e pós-graduação lato e stricto sensu, entre outras, é fundamental (CARUARU, 2015).

Os profissionais que estão envolvidos no âmbito escolar e das creches necessitam de preparo para atuar na ocorrência de problemas de saúde incluindo acidentes mais comuns na infância, pequenas quedas e ferimentos. Como promotores desses cuidados são os primeiros a prestar as condutas de Primeiros Socorros a seus alunos, até a chegada de uma equipe de socorro especializada (BRASIL, 1998).

Assim, é evidente a necessidade de estratégias que visem à capacitação dos professores da Educação Infantil, assim como a disseminação desse aprendizado junto aos

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pais, para que as técnicas básicas de Primeiros Socorros possam reduzir em nosso cotidiano

a imensa quantidade de acidentes envolvendo crianças.

O enfermeiro pode atuar em diversos cenários em caráter preventivo a acidentes, bem como na capacitação destes profissionais. A avaliação dos conhecimentos e aplicação da capacitação à procedimentos quando feitos de maneira incorreta poderão prejudicar a assistência imediata a criança, assim como, complicar a vida do indivíduo, gerando possíveis agravos, sequelas definitivas e podendo até mesmo evoluir a óbito.

Acreditando na atuação do enfermeiro no cenário escolar, podendo prevenir agravos e assim contribuir de maneira significativa na saúde da população, decidimos identificar os conhecimentos dos educadores de creches acerca de acidentes que podem ocorrer na infância e realizar uma capacitação atualizada a respeito das principais ocorrências e emergências infantis.

2 OBJETIVO

Descrever o perfil dos educadores e seus conhecimentos prévios em urgência às crianças atendidas em creches do Município de Pedreira.

3 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa quantitativa-descritiva de aspecto de pesquisa-ação com professores e cuidadores da educação infantil (crianças até 5 anos) pertencentes ao quadro fixo das instituições de ensino do Município de Pedreira- SP.

O projeto de pesquisa foi escrito a partir da pergunta: Qual o conhecimento de educadores infantis a respeito de acidentes na infância ocorridos em creches? Foi submetido e autorizado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti (HMMG) através do CAAE: 04023118.3.0000.5453 e parecer de número 3.222.239 em março de 2019.

Também em novembro de 2018 realizamos uma reunião com a Secretaria de Educação do Município para a apresentação da pesquisa, seguida da proposta de capacitação nas principais ocorrências e emergências infantis aos educadores. Após a aprovação da Secretaria (Anexo 1), foi ofertado aos participantes, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 2).

Este trabalho foi realizado por meio da identificação direta do conhecimento de educadores infantis acerca de acidentes na infância, pois após levantamento bibliográfico, observou-se a necessidade de preparo desses profissionais para atuar na ocorrência de problemas de saúde. Utilizamos um questionário elaborado pelos autores contendo dezoito perguntas de múltipla escolha e uma questão dissertativa (Anexo 3). A primeira parte do questionário possuía perguntas com o objetivo de caracterizar o perfil dos participantes com relação a gênero, faixa etária e escolaridade. A segunda parte do questionário possuía dezoito perguntas de múltipla escolha a respeito de atitudes a serem tomadas em situações de urgência/emergência a fim de identificar o conhecimento dos professores e cuidadores sobre o assunto. Em fevereiro de 2019 realizamos um pré-teste do questionário com as 19 questões de múltipla escolha, 30 educadores responderam e não houve alteração das questões após o pré-teste. Em março/2019, avaliando as respostas do questionário identificamos os principais

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erros de conduta e a falta de conhecimento de cada ocorrência, sendo assim, agrupamos os temas semelhantes para a realização da capacitação de acordo com os referenciais teóricos.

No dia 24 de agosto de 2019, na associação comercial e empresarial de Pedreira, foi realizada a capacitação com 8 horas de duração, se iniciando às 8h e terminando às 17h, com base na metodologia construtivista. Quatro palestrantes, autores deste projeto, se dividiram e transmitiram à 30 professores/educadores os seguintes temas: Engasgo; Choque elétrico;

Convulsão; Reação alérgica; Introdução de objeto estranho no corpo da criança; Sangramento nasal; Quedas; Fraturas; Entorse; Cortes; Hematomas; Hipertermia; Vômitos contínuos;

Queimadura; Envenenamento e Diarreia.

O curso de capacitação oferecido aos professores/educadores se iniciou com estatísticas e notícias que mostravam a gravidade da temática, após esse momento iniciamos o conteúdo teórico, explicando como os acidentes infantis interferem na anatomia e fisiologia do organismo e o porquê devemos prestar um cuidado rápido e dinâmico. Na sequência realizamos a prática dos temas abordados e ensinamos as técnicas de primeiros socorros, permitindo que os professores/educadores praticassem em bonecos.

Figura 1 - Procedimento de bandagem em ferimento na cabeça

Figura 2 - Educadoras e Capacitadores

Imediatamente após a capacitação, as participantes responderam ao questionário pós- teste mediato para avaliarmos o desempenho e aprendizado adquirido. Após 90 dias da realização da capacitação, os autores enviaram pós-teste tardio por e-mail à Secretaria de Educação do município, que ficou responsável pela entrega destes aos participantes.

Um segundo encontro com as educadoras foi agendado para que entregassem o pós- teste tardio. Neste encontro, foi realizada uma cerimônia de encerramento com a entrega dos

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certificados de conclusão da capacitação.

4 RESULTADOS

Participaram do estudo, 30 educadores infantis (todos do sexo feminino), sendo 59,99% com idade entre 22 e 40 anos, 56,66% com tempo de atuação na profissão acima de 3 anos, 50% possuem ensino médio completo e somente 20% são pós-graduadas (Tabela 1).

Em relação aos acidentes e ocorrências infantis, 40% das cuidadoras vivenciaram emergências no ambiente escolar.

De acordo com LIBERAL et al. (2005):

É função das instituições públicas e privadas assegurar os direitos das crianças e adolescentes, regidos por lei, a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente, especialmente às questões acerca dos acidentes e ocorrências na infância, no qual se pode incluir o treinamento básico de Primeiros Socorros de quem trabalha diretamente com esse público.

Por outro lado, 100% das participantes referiram não presenciar óbito por acidentes em creche.

Diante da avaliação dos questionários ofertados (pré e pós-teste tardio), em que as participantes destacam quais os manejos mais adequados em relação a cada acidente e/ou ocorrências, observa- (T 3) “E ” no teste pré capacitação, 70%

realizariam a manobra de desengasgo com evolução para 96;66% no pós-teste tardio da capacitação.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o engasgo ocorre principalmente em bebês e crianças pequenas (84% em menores de 5 anos), pois exploram o mundo, costumam levar objetos à boca, são muito ativas enquanto comem e não têm capacidade para mastigar alimentos de forma completa. Diante disso, pode-se desobstruir imediatamente as vias aéreas superiores se utilizada a conduta correta.

A “Q SAMU” 56 66% ção do 192 no pré- teste, seguido de 90% no pós-teste tardio.

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O SAMU-192 consiste no atendimento de urgência e emergência.

O socorro é feito após chamada gratuita para o telefone 192. A ligação é atendida por técnicos na central de regulação que imediatamente transferem o telefonema para o médico regulador que inicia o atendimento, orientando o paciente ou a pessoa que fez a chamada sobre as primeiras ações (BRASIL, 2006)

N “Ch " 80% j -teste e 86,66% escolheriam a mesma opção no pós-teste tardio. De acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica, produzido pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), no ano de 2019, das 697 mortes por choques elétricos relatadas no Brasil, 11% (76 mortes) envolveram crianças e adolescentes entre 0 e 15 anos.

A “C ” 90% ç ç pré teste com eficácia de 100% no pós-teste tardio. Segundo o Ministério da Saúde (2015), a convulsão é a contratura involuntária da musculatura, que provoca movimentos desordenados e que geralmente é acompanhada pela perda da consciência e salivação abundante. Sendo assim, uma das condutas é a lateralização do paciente devido a possível broncoaspiração.

Em relação a “R ç A " 60% ç ç estendido com eficácia de 100% no pós-teste tardio.

A gravidade das reações alérgicas vai depender de fatores associados, tais como idade, uso de medicamentos no início da reação, persistência de asma e ou rinite alérgica grave, história de prévia anafilaxia, exercício e doenças intercorrentes

(SARINHO, 2017).

N j “I ç j h ” 50%

para o SAMU no pré-teste, com eficiência de 100% no pós-teste tardio.

A obstrução transitória das vias respiratórias impõe risco de hipóxia próximo de 30%, e a OVACE está associada à mortalidade em torno de 45%. Os acidentes com OVACE em crianças, também conhecidos como engasgamento, envolvem alto risco de sequelas e óbito (AMARAL, 2019, p.16).

N “S N ” 46 66% ç posicionariam a cabeça da criança para baixo no pré teste, evoluindo positivamente para 100% no pós-teste.

Os fatores locais que levam à epistaxe anterior com maior frequência são: trauma (fraturas nasais ou manipulação digital), infecções de vias aéreas superiores, inalação de ar frio e seco (grande parte dos quadros de epistaxe ocorre durante o inverno), quadros alérgicos nasais, introdução de corpos estranhos na fossa nasal, inalação de irritantes químicos (cocaína, vapores de metais pesados) e a presença de perfuração septal ou desvio de septo (BALBANI, 1999).

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N “T ” 13 33% -teste, decorrendo de 86,66% no pós-teste tardio.

Para Gradella (2013), os principais acidentes vivenciados na educação infantil são traumas por quedas, cortes, arranhões, tropeções, mordidas e escoriações. Coelho e Silva (2011), enfatizam que o professor é um elemento muito importante na prevenção dos acidentes, inclusive do trauma, afinal, ele convive diariamente com os alunos na realidade social e cultural tendo assim, a possibilidade de planejar e desenvolver atividades preventivas.

A “F / ” 93 33% h e sabão neutro no pré-teste com eficácia de 100% no pós-teste tardio.

N “F h h / / h ” 73,33% aplicariam compressa fria no pré-teste e 96,66% no pós-teste tardio.

Conforme Irwin (1995, p.798) as lesões traumáticas constituem- se na mais importante causa de morte em crianças com mais de um ano de idade em todo o mundo e na segunda principal causa de hospitalização nos indivíduos com menos de 15 anos de idade.

A “C ç h ” 46 66%

valor acima de 37,8ºC no pré-teste, evoluindo para 76,66% no pós-teste tardio, no qual houve diminuição em relação ao pós- (93 33%). N j "O F ” 63,33% retirariam o excesso de roupa e aplicariam compressa morna no pré-teste com êxito de 100% no pós-teste tardio (Tabela 5).

De acordo com Douglas (2006) a temperatura corporal é considerada um fator intrínseco controlado pelo corpo humano, apresentando um valor constante em condições fisiológicas. A febre é uma elevação da temperatura corporal que ocorre associada ao aumento do ponto de ajuste hipotalâmico (DINARELLO; RUVEN, 2008). Na assistência a crianças com febre, é primordial a avaliação dos sinais e sintomas, como

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calafrios, sudorese, taquicardia e aumento da temperatura (WATTS; ROBERTSON; THOMAS, 2003). Sendo recomendado o uso de compressa morna e banho morno para auxiliar na redução da temperatura (KINMONTH et al., 1992).

O vômito constitui um dos mais frequentes e importantes motivos de consulta na clínica pediátrica (VASCONCELLOS et 2014 .01). N "Vô í ” 63,66% deitariam a criança e lateralizariam a cabeça no pré-teste e 93,33% no pós-teste tardio.

CARVALHO; SARAIVA (2015, p.138) referem que:

As queimaduras são lesões que ocorrem com frequência, representando a quarta causa de óbito por trauma, e mesmo quando não evoluem para o óbito são capazes de acarretar sérias consequências à vítima, afetando significativamente sua integridade física e psicológica .

D “Q ” 83 33%

ambiente com sabão neutro no pré-teste, com eficácia de 100% no pós-teste tardio

.

Os primeiros cuidados dispensados à vítima de queimadura constituem determinante fundamental no êxito final do tratamento.

Como a primeira medida a ser tomada deve-se remover a fonte de calor (PHTLS, 2011). Além de promover a limpeza da ferida, a água fria é capaz de interromper a progressão do calor, limitando o aprofundamento da lesão, alivia a dor e pode reduzir o edema (OLIVEIRA et al., 2014).

A “D í ” 63 33% í -teste com evolução de 100% no pós-teste tardio.

A diarreia pode ser definida pela ocorrência de três ou mais evacuações amolecidas ou líquidas nas últimas 24 horas. É obrigatório aumentar a oferta de líquidos, incluindo o soro de reidratação oral (reposição para prevenir a desidratação) e a manutenção da alimentação. Deve-se ofertar mais líquidos do que o paciente ingere habitualmente (SBP, 2017, p.2).

N “E ” 53 33% ç ô pré-teste e no pós-teste tardio, 83,33% decidiram não induzir ao vômito (Tabela 6).

As intoxicações são eventos recorrentes de atendimentos nas unidades de emergência, no Brasil e no mundo. Geralmente, a maioria dos casos é de pequena gravidade. Em contrapartida, existem algumas substâncias que podem levar o indivíduo a óbito ou deixar sequelas significativas se o atendimento não for feito de forma ágil e adequada (FERREIRA, 2018, p.18).

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Contudo, é evidente que grande parte das educadoras não sabiam a maneira correta de executar os primeiros socorros em emergência, procedendo assim, uma conduta inadequada e um possível agravamento da ocorrência. Os seguintes temas: convulsão; reação alérgica;

introdução de objeto estranho; sangramento nasal; ferida aberta; febre; queimaduras e diarreia contínua, apresentaram êxito contínuo (100%) do aprendizado quanto a tal assistência a ser prestada. Conclui-se que, após a capacitação, nenhuma abordagem apresentou retrocesso em seu manejo, no qual foi evidenciado pelo pós-teste tardio.

As educadoras adquiriram conhecimentos científicos adequados para a prática de proteção, promoção e recuperação à saúde das crianças, promovendo a autonomia e conhecimento, noções simples e eficazes na urgência, aprimoramento quanto ao trabalho em equipe, aperfeiçoamento técnico, liderança e principalmente comunicação.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo mostrou o despreparo do educador infantil para agir em situações de emergência, no qual, danos advindos da incorreta manipulação com a criança e/ou a falta de socorro imediato, contribuem com o agravamento do estado da criança. Conclui-se que é de extrema importância o treinamento e aperfeiçoamento periódico de todos os cuidadores infantis, quanto às práticas de primeiros socorros, sendo que os mesmos se tornam responsáveis pelas crianças no período em que se encontram nesse ambiente, pois conforme comprova a literatura científica, muitos acidentes e/ou agravamento de ocorrências, podem ser evitados, visto que trata-se de um conjunto de fatores previsíveis e que não ocorrem ao acaso.

A PNAISC, tem como objetivo promover e proteger a saúde da criança e diminuir a mortalidade infantil, incluindo ações estratégicas do eixo de atenção integral à criança para prevenção de acidentes na infância. Sendo assim, reforça-se a importância de investimento em políticas públicas que visem reduzir a exposição de riscos com a identificação de determinantes para a ocorrência de acidentes e a possíveis agravos devido à falta de conhecimento..

As ações educativas em saúde devem estar incorporadas no processo de cuidar da

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Enfermagem e ir além do ambiente assistencialista, chegando também no ambiente escolar.

Acredita-se que a enfermagem tem muito a contribuir no ensino da saúde com ações de prevenção e promoção da saúde infantil em creche, fato este, evidenciado por meio desta pesquisa que apesar de se tratar de uma população advinda de um único Município, demonstra a necessidade das Secretarias de Educação em realizarem adequações estruturais para investimentos na educação continuada sobre esta temática, objetivando a melhor qualidade de vida das crianças no ambiente escolar.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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