• Nenhum resultado encontrado

ESTUDO EVOLUTIVO DA DOENÇA DE CHAGAS COM FASE AGUDA CONHECIDA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ESTUDO EVOLUTIVO DA DOENÇA DE CHAGAS COM FASE AGUDA CONHECIDA"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

ESTUDO EVOLUTIVO DA DOENÇA DE CHAGAS COM FASE AGUDA CONHECIDA

H um b e rto de O liveira Ferreira *e H elio Pucci * *

Tendo sido fe ito um estudo evolutivo da doença de Chagas em 3 2 casos com fase aguda conhecida, sendo de o ito anos o tem po m édio de evolução da m oléstia, os autores encontraram Guer- reiro-Machado reagente em 71,2% dos pacientes, xeno-diagnóstico p o sitivo em 25%, aperistalsis do esofago ígrupo l i em cinco casos, megacolon em 3, aum ento da área cardíaca também em 3. O eletro- cardiograma fo i anorm al em 6 casos. Alguns pacientes tratados com n itro fu ra n o s tiveram m u ito boa evolução.

I N T R O D U Ç Ã O

Sob os auspícios da O rganização Panam eri- cana de Saúde, con stituiu -se um gru po com po sto dos P ro f. A lu iz io P rata, P ro f. A n is Rassi, D r.

João Carlos P in to Dias, P ro f. H u m b e rto de O liv eira F e rre ira , P ro f. H e lio Pucci e Prof.

V ic e n te A m a to N e to , com a fin a lid a d e de estudar a evolução da d oença de Chagas c om fase aguda conhecida.

Os pacientes fo ra m estudados m e d ia n te re a li­

zação de e xam e c lín ic o , x e n o d ia g n ó stic o , reação de G u e rre iro -M a c h a d o , radiografias do tó ra x , esôfago, colons e e le tro c a rd io g ra m a . N este tra b a lh o são apresentados alguns dos resultados observados.

M A T E R I A L E M É T O D O S

_São descritos nos Q uad ro s I, Ia, Ib , Ic e Id os 3 2 casos revistos, considerando-se dados de id e n ­ tific a ç ã o , aspectos radiológicos do tó r a x , e le tro - cardiogram as antes dos tra ta m e n to s , bem c om o aspectos c lín ic o s , xe n o d ia g n ó stic o , reação de G u e rre iro -M a c h a d o , radiografias d o tó r a x , esô­

fago e colons; ele tro c a rd io g ra m a s após tra ta m e n ­ to com B ayer 2 5 0 2 (7 casos), S p iro try p a n (4 casos), n itro fu rz o n a (3 casos), fu ra z o lid o n a

(1 caso), N F -6 0 2 (3 casos), levofuraltad on a (1 caso) e p rim a q u in a (2 casos), sendo 11 casos não tra tad o s para a d oença de Chagas.

R E S U L T A D O S

Os resultados do presente estudo encon- tram -se referid os nos Q uad ro s apresentados.

Nos estudo dos 3 2 casos com fase aguda con hecid a de d oença de Chagas, o te m p o m édio de evolução da d oença fo i de 8 anos, sendo a m é­

dia a tu a l da idade de 1 6 anos. A reação de G u e r­

re iro -M a c h a d o fo i reagente em 2 3 casos (71 ,2 % ) e não reagente em 9 (2 8 ,2 % ); o xenodiagnóstico fo i negativo em 2 4 casos (7 5 % ) e positivo em 8 casos (2 5 % ). Observou-se aperistalse do esôfago (grupo I) em 5 casos, m egacolon em 3 e aum ento da área c a rd íaca em 3 casos. O eletrocard iog ram a fo i n o rm a l em 1 5 casos, considerado d e n tro dos lim ites da n o rm a lid a d e em 11 e a no rm al em 6;

nestes casos, observaram -se alteração difusa de rep olarização v e n tric u la r em 3 casos, sistole elé­

tric a p ro lo ng ada em 1, sobrecarga v entricu lar esquerda em 1 e B V A d o 1? grau em 1 caso.

O bservou-se q ue alguns casos tra tad o s na fase aguda com n itro fu ra n o s tiv e ra m boa'evolução.

* Prof. T itu la r de C línica Pediátrica Médica e Higiene In fa n til da Faculdade de M edicina do Triângulo M ineiro.

* * Prof. A d ju n to de C línica Médica da Faculdade de M edicina do Triângulo M ineiro.

Recebido para publicação em 2 6 .2 .7 2

(2)

Quadro Ia

Evolução da doença de Chagas com fase aguda conhecida

Fase A guda Revisão

Caso N?

Iniciais Idade Rx

do Torax

t .C G . T ratam ento Reexame (Data)

Tem po após fa se aguda

_u o

"c Xeno

Reação de Guer­

reiro Machado

Rx.

f

r. r. O BS.

Aguda (data)

. 0 ><

UJ

Torax Esof. Colons

1 M.N.S. 6m F 23.09.65 AA C N Bayer

2502

09.08.67 2a. N Pos. NR N N N

Sistole elétrica prolongada

2 R.C. 6a. F 02.09.66 N

Sistole eletrica prolongada

Bayer 2502

,1 0 .10 .6 7 1a. N Neg. NR N N N

Taquicardia sinusal A rritm ia sinusal

3 R.R.S. 7a M 18.05.65 N

Taquicardia sinusal Sistole e lé tri­

ca prolongada

Bayer 2502

07.11.67 2a.6m. N Neg. NR N N N N

4 N.T.O. 11a. F. 02.03.65 N

Bloqueio A V 1? Grau A lt.D if.re p o l.

Bayer 2502

15.08.67 2a. 5m. N Neg. NR N N N N

5 V.S.O. 5a. F 24.12.65 N

Taquicardia sinusal Sistole e lé tri­

ca prolongada

Bayer 07.11.67 2a. N Pos. R

2502

N N N N

6 M .A .L. 13a. F 24.09.66 N

Sistole e lé tri­

ca prolongada A lt. rep. vent.

Isq. sub. epic.

Bayer 2502

09.11.67 1a. 3m. N Pos. R

> 2 . 3

N N N A rritm ia

sinusal

7 M.C. 1a.4m F 26.11.52 - - 04.03.67 16a. N Neg. R

> 3 , 3

N N N BRD in­

com pleto

8 M.A.C. 4a.6m F 18.10.60 - Spiro-

trypan

23.03.67 7a. N Neg. NR. N N N Baixa volta-

de QRS

Tratado Bayer 2502

Rev . S oc. Bras . M ed. Tro p. Vol. XV - NP s 12 5-1 30

(3)

Quadro Ib

Evolução da doença de Chagas com fase aguda conhecida

Fase A guda

Revisão

Caso N?

Iniciais Idade Sexo Fase Aguda (data)

Rx do T ora*

E.C.G. Trat. Reexame

(Data)

Tempo após fa­

se aguda Ex.

Clin.

Reação de Guer­

reiro Machado

Rx.

c a>

X Torax Esof.

E.C.G. O B S Colons

9 J.H.O. 1a10m M 13.02.59 - - - 03.10.67 8a. 8m. N Neg. NR N N N ^ Tratado

Bayer 2502 em 1966

10 A .B .R . 1a. F 06.02.53 - - - 17.10.67 14a.7m N Neg. NR N N N Taquicardia Tratado

sinusal Bayer 2502 em 1967

11 J.B.P. 3m M 14.05.62 - — N itro fu -

razona

03.07.68 6a. 2m N Neg.

> 5

N N N N

12 V .A .A . 4a11 m M 02.12.60 - - Spiro-

trypan 03.11.67 7a. Obsti-

pação Pos. R N

Aperis- talsis Grupo I

Mega- N colon

13 D.M.M. 1a7m M 02.02.56 - - - 31.10.67 10a N Neg > 3 A A O Aperis-

talsis Grupo I

N A rritm ía Sinusal

14 M .H.F. 10a M 14.11.62 N Sfstole

elétrica N F —602 prolongada

15.02.68 6a. 9m. N Neg.

R

> 2 , 9 N N N N

15 I.B.B. 12a. F 1S. 11.64 - -

Furazo-

lidona 21.05.68 3a6m N Pos. R

> 3 , 0 N Aperis- talsis Grupo I

N A lt. difusada repolari- zação ven­

tricular.

16 V.P.S. 7a. M 10.07.53 — - - 0 1.02.68 14a.7m N Neg R

> 2 , 2

N N N N

Jan eiro -D eze mb ro, 1982 Rev . So c. B ras. Med . T rop .

(4)

Quadro Ic

Evolução da doença de Chagas com fase aguda conhecida

Fase A g ud a Revisão

Idade

Fase RX

E.C.G. Trat. R,e° xar” e (Data) X

Tem po Ex Clín. Xeno

Reação de Guer­

reiro Machado

Rx.

E.C.G. O B S

N? Iniciais Sexo Aguda

(Data) do tora

após fa ­ se aguda

Torax Esof. Colons

17 J.D.G. 5a F 21.08.62 N N 02.04.68 5a8m N Neg NR N N N N

18 G.L.M 11a F 13.05.64 N N 22.03.68 4a N Pos

R

> 3 , 6 N N Mega-

colon N

19 M.D.C 1a4m F 02.09.58 - 21.08.67 9a. N Pos

R

> 2 ,1 N N N N

20 M. L.S. 3a F 25.10.55 -

Spiro-

— trypa n 26.03.68 13a.6m. N Neg > 2 N N N N

21 J.R.F. 1a. M 05.03.54 - 15.02.68 14a N Neg

R

> 2 , 6 A A C + N N N

22 J.E.M. 2a 2m F 27.02.64 N N F —902 24.09.68 4a6m

..

j j

.

N Pos

R

> 2 ,1 N N Taquicardia

sinusal

23 S.H.S. 6a F' 13.06.61 N

Taquic N itro fu -

sinusal razona 04.10.67 6a4m N Neg

R

> 2 ,1 N N N N

24 A .V .R 5a M 10.09.53 - 02.10.67 14a7m NNeg > 2 N N N

A lt. D if rep. vent.

Rev . S oc. Bras . M ed. Tro p. Vol. XV - NP s 125 - 130

(5)

Quadro Id

Evolução da doença de Chagas com fase aguda conhecida

Fase aguda Revisão

Caso

N? Iniciais Idade Sexo

Fase RX

Aguda do E.C.G. Trat. Reexame (Data)

Tem po após fa­ Ex.

Clínica Xeno

Reação

de Guer- Rx.

E.C.G. O B S

(Data) to ra x se aguda

Machado Torax Esof. Colons

25 N.L.S. 6a. M 19.09.62 - N F —602 25.09.67 5a. N Neg

R

K 3 A A C + + N N

Bradicardia sinusal S.V.E.

provável

26 J.V.R . 7a F 05.09.54 - - 27.09.67 13a. N Neg > 2 N N N

Bradicardia sinusal A lt. RV

27 J.V.C 11a F 05.05.51 -

Prima-

quina 16.09.67 16a4m Obsti-

pação Neg

R

> 2 ,1 N N

Mega-

colon N

28 V.H .D. 5a F 23.02.60 -

Spiro-

trypan 24.08.67 7a. 6m N Neg

R

> 3 N N N

Bloqueio A V —1? gráu

29 J.G .A 1a M 02.05.61 - - 03.12.67 6a7m N Neg

R

> 2 , 3 N N N

30 J.A.S. 53a M 30.12.66 N

Bayer

2502 0 7.06.68 1a.6m N Neg NR N N N

Bradicardia sinusal

31 A .F .L . 41a M 15.03.53 - - 20.08.68 15a. 5m N Neg

R

5 N

Aperis- talsis Grupo I

N

Taquicardia sinusal

32 M.J.B 27a M 14.02.52 -

Pr i ma­

quina 14.09.67 15a.7m N Neg.

R

> 3

Aperis- talsis Grupo I

Baixa vol­

tagem de QRS

SO

Jan eiro -D eze mb ro, 1982 Rev . S oc. Bras . M ed. Tro p.

(6)

130 .Rev. Soc. Bras. Med. Trop. Vol.XV-NPs 1 2 5-13 0

S U M M A R Y

As an e v o lu tiv e s tu d y o f Chagas disease has been carried o u t in 3 2 p atie n ts diagnosed in acute phase, and fo llo w e d -u p fo r 8 years (m é ­ d iu m tim e o f th e e v o lu tio n o f th e disease). T h e authors fo u n d G u e rre iro -M a c h a d o reagent in 7 1 ,8 % o f th e pacients, p ositive xenodiagnosis in 25% , aperistalsis o f th e esophagus in 5 cases and

m egacolon in 3 cases; and also d ila tio n o f th e card iac are in 3 pacients.

T h e e le tro c a rd io g ra p h y was a b n o rm a l in 6 cases.

S o m e p acients w h o w e re s u b m ite d to trea-

tm e n t w ild n itr o fu r a n ic d u rin g th e a c u te phase

co m p o u n d s d u rin g th e a cute phase had a very

good e v o lu tio n .

Referências

Documentos relacionados

O fármaco atualmente no Brasil para o tratamento da doença de Chagas, o benzonidazol, é eficaz na fase aguda, mas não conseguem erradicar a forma intracelular dos

Aos três m eses de idade a criança apresentou m anifes­ tações da fase aguda da doença de Chagas, com abundantes flagelados em sangue periférico. Transmi- sion

A transmissão congênita da Doença de Chagas pode ocorrer em qualquer fase da doença materna; na fase aguda, a parasitemia é persis- tente e intensa, por essa razão, o risco

O objetivo deste trabalho foi elucidar o papel da prolactina na modulação do sistema imune durante a fase aguda da doença de Chagas experimental, através da

Figura 19 - Processo inflamatório hepático de camundongos infectados ou não, submetidos ou não a alterações dos estoques de ferro com DFA e tratados ou não com Benzonidazol

Ainda associado à resposta inicial (fase aguda) da doença de Chagas, vale a pena reforçar que a resposta imune Th1 é um dos principais fatores responsáveis pelas lesões

cam undongos deste sexo no experim ento. Os re­ sultados m ostram que cam undongos na fase crôni­ ca da infecção produzida pelos tripanossom as do estoque 7

[r]