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Rev. LatinoAm. Enfermagem vol.15 número especial

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Rev Latino-am Enfermagem 2007 setembro-outubro; 15(número especial)

www.eerp.usp.br/rlae Resenha de Livro

COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO: A AGENDA EMERGENTE PARA O NOVO MILÊNIO

Júlia Trevisan Martins1

Maria Lúcia do Carmo Cruz Robazzi2

O

livro intitulado Cooperação e

desenvolvimento humano: a agenda emergente para

o novo milênio, de autoria de Carlos Lopes, foi

publicado em português no ano de 2005, pela editora

UNESP, Brasil. O autor é guineense, de Canchungo,

sociólogo e PhD em História pela Universidade de

Paris, Pantheon-Sorbonne. É representante das

Nações Unidas e do Programa das Nações Unidas para

o Desenvolvimento Humano.

A obra é apresentada em quatro capítulos e

enfoca a necessidade de um amplo debate político para

a definição de uma agenda de desenvolvimento e

mudança na sociedade para que possa ocorrer a

redução da pobreza no mundo globalizado. Destaca

que o mundo, além dos denominados fatores clássicos

como terra, o capital, o trabalho e o conhecimento,

necessita avançar por meio da solidariedade para

produzir mudanças significativas na forma de aquisição,

divulgação das informações e do conhecimento e, assim,

repartir o que tem e o que sabe. Ressalta, também,

que as políticas devem considerar as diferentes

identidades e culturas e ser empregadas como

estratégias para o desenvolvimento sustentável.

Para o autor, o mundo não convive com o

choque de civilizações, mas experimenta uma

convivência diferente e plural. Isso significa a abertura

para a diversidade e liberdade cultural, conseguida

por meio de uma efetivação da moral e da ética,

entendida como a capacidade de aceitar as diferenças

e compreendê-las como enriquecedoras,

desenvolvendo a prática de comunicação política e

compreendendo o seu papel para estimular novas

transformações da sociedade. O planeta globalizado

é de uma diversidade cultural complexa; é importante

crer que a civilização humana é distinta e plural; a

liberdade cultural é fundamental, pois diminui a

exclusão que daí pode resultar.

Ele considera que o desenvolvimento de

capacidades humanas é um processo de ajuda

1 Professor da Universidade Estadual de Londrina, Doutoranda, e-mail: jtmartins@uel.br; 2 Professor Titular, e-mail avrrmlccr@eerp.usp.br. Escola de

Enfermagem de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OMS para o desenvolvimento da pesquisa em enfermagem, Brasil

internacional, respeitando-se as diferenças culturais,

e é possível quando são oferecidas e criadas chances

individuais e sociais, e a pobreza não é somente a

baixa renda, mas um misto de combinações. As

estratégias devem ser amplas, holísticas e a longo

prazo. Doações em catástrofes ajudam, mas não

erradicam a pobreza. As sociedades devem buscar

inovações institucionais que visem ao

desenvolvimento, à troca de conhecimentos em

benefício de todos os envolvidos. Dentre as

alternativas para os países menos desenvolvidos,

Lopes considera que essas nações devem assumir o

processo de desenvolvimento de suas capacidades;

de recebedores passivos precisam ter o papel ativo

na construção de capacidades relacionadas ao

comércio, sendo que o estabelecimento de

negociações comerciais deve estar sob a égide da

ética e justiça.

Conclui que a globalização é um processo de

riscos e chances formatados em função da capacidade

de incluir e aproveitar a economia mundial,

caracterizada por enfrentamento de novas situações

e de polarização de diferentes naturezas, e que o

despreparo para enfrentar esse mundo novo pode

contribuir para novas formas de exclusão dos

indivíduos. Assim, a essência para o desenvolvimento

humano é compreendida como uma constante

expansão das oportunidades individuais e das

sociedades, destacando-se a defesa das liberdades

culturais de todos e de cada pessoa.

Referências

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