PLANO 365
RESUMÃO SEMANAL CLÍNICA CIRÚRGICA
10ª Semana
Temas:
CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR PRINCIPAIS INFECÇÕES HOSPITALARES
CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
CONCEITO:
A infecção hospitalar é aquela adquirida no hospital e que não estava presente ou em incubação quando da admissão do paciente. Ela pode manifestar-se durante a internação ou mesmo após a alta.
Atualmente, o termo infecção hospitalar tem sido substituído por: Infecção Relacionada À Assistência À Saúde (IRAS). Esta mudança abrange não só a infecção adquirida no hospital, mas também aquela relacionada a procedimentos realizados em ambulatório, durante cuidados domiciliares e a infecção ocupacional adquirida por profissionais de saúde.
INFECÇÃO
A infecção é resultante da interação entre: Os microrganismos, sua fonte de transmissão e hospedeiro.
TÉCNICAS ASSÉPTICAS
Assépsia:
o Conjunto de meios usados para diminuir os germes patogênicos de umadeterminada superfície
Antissepsia:
o Remoção parcial dos microorganismos da pele por agentes químicos (tecidos vivos)
Degermação:
o Remoção de detritos, impurezas, sujeira e microorganismos da flora transitória e alguns da flora residente depositados sobre a pele, através de água, sabão, detergentes e anti-sépticos
Desinfecção:
o É o processo pelo qual se destroem particularmente os germes patogênicos e/ou se inativa sua toxina ou se inibe o seu desenvolvimento. Os esporos não são destruídos. Técnica específica para ambientes e materiais.
Esterilização:
o É processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos, Toda esterilização deve ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de detritos.
ANTISSÉPTICOS / DESINFETANTES:
Antisséptico: empregado em tecido vivo;
o Um antisséptico adequado deve exercer a atividade germicida sobre a flora cutâneo-mucosa em presença de sangue, soro, muco ou pus, sem irritar a pele ou as mucosas.
Desinfetante: quando a utilizamos em objetos inanimados.
o Infecção Oportunista;
o Infecção hospitalar;
INFECÇÃO CRUZADA
refere-se à transferência de microorganismos de uma pessoa (ou objeto) para outra pessoa, resultando em infecção.
INFECÇÃO OPORTUNISTA: Patógenos que se aproveitam do estado de debilidade das defesas do organismo para causar danos, que normalmente não aconteceriam em indivíduos com estado imunológico preservado.
COLONIZAÇÃO: Crescimento e multiplicação de um microorganismo em superfícies epiteliais do hospedeiro, sem manifestações clínicas ou resposta imunológica.
CONTAMINAÇÃO: presença de microorganismos em cultura sem que signifique colonização ou infecção.
INFECÇÃO: Danos decorrentes da invasão e multiplicação de microorganismos no hospedeiro, levando à uma resposta imunológica.
PRINCIPAIS INFECÇÕES HOSPITALARES
PNEUMONIA:
Pneumonia Hospitalar ou Nosocomial é definida como infeçcão do trato respiratório inferior que ocorre 48 horas ou mais após a internação, desde que não presente ou em incubação à admissão hospitalar.
OS MICRORGANISMOS PODEM ALCANÇAR O TRATO RESPIRATÓRIO PELA:
Aspiração de secreções da orofaringe;
Inalação de aerossóis contaminados;
Disseminação hematogênica de um foco a distância
Entubação orotraqueal ou traqueostomia;
Sonda nasogástrica ou nasoentérica;
Ventilação mecânica (causa mais frequênte).
PARA QUE A INFECÇÃO RESPIRATÓRIA OCORRA É NECESSÁRIO A PRESENÇA DE FATORES DE RISCO TAIS COMO:
Perda das defesas do hospedeiro;
Presença de um microrganismo altamente virulento;
Uso de imunossupressores; - Cirurgias prolongadas;
Retenção e aspiração de secreções acumuladas no interior do tubo orotraqueal;
Idade e doença de base (Ex:DPOC).
PATÓGENOS RELACIONADOS:
S.pneumonia;
Klebsiella spp.,
E. coli, Enterobacter spp.,
P. aeruginosa,
Staphylococcus aureus,
o OBS: Aspergillus spp. e Pneumocystis carinii. São responsáveis por causar pneumonia em imunodeprimidos.
Um tipo gravíssimo de pneumonia é a pneumonia por aspiração, comum em pacientes com nível de consciência reduzido..
o Tem como fonte principal, as secreções da vias áreas superiores, seguida pelo refluxo do trato gastrintestinal.
SINAIS E SINTOMAS DA PNEUMONIA:
Incluem tosse com expectoração,
febre,
calafrios
falta de ar
dor no peito quando se respira fundo
Vômitos
perda de apetite
prostração e dores pelo corpo.
Hemoptise em casos mais graves.
A febre da pneumonia é geralmente alta.
Pode evoluir para Derrame Pleural
PRINCIPAIS MEDIDAS DE PREVENÇÃO:
Manter os pacientes com a cabeceira elevada entre 30 e 45º (quando não houver contraindicação);
Aspirar a secreção em TOT ou cânula traqueal;
Higiene oral diariamente;
Recomenda-se a troca de circuito de ventilação mecânica quando houver sujidade ou mau funcionamento do equipamento;
Recomenda-se a troca do sistema fechado de aspiração se houver sujidade ou mau funcionamento.
CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE ASSISTÊNCIA RESPIRATÓRIA:
Produtos ou Equipamentos de Assistência Respiratória Críticos:
o Utilizados em procedimentos invasivos com penetração em pele e em mucosas adjacentes, incluindo todos os materiais que estejam diretamente conectados com essas regiões.
Ex: TOT
Cânula traqueal
Sistema fechado de AVAS
Semi – Críticos:
o São produtos ou equipamentos que entram em contato com mucosas íntegras colonizadas e exigem, no mínimo, uma desinfecção de alto nível.
Ex.: nebulizadores
umidificadores,
inaladores e circuitos respiratórios, etc.
Não – Críticos:
o São produtos ou equipamentos destinados ao contato com pele íntegra .Exigem como processamento eles mínimo a limpeza e/ou desinfecção de baixo nível, entre um uso e outro.
Ex.: oxímetros de pulso, etc.