• Nenhum resultado encontrado

Relação entre saberes

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Relação entre saberes"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

RELAÇÃO ENTRE SABERES

José Ernande

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

~ e n d e s

INTRODUÇÃO

o q u e o s in d iv íd u o s s ã o , d e p e n d e d a s c o n d iç õ e s m a

-IIr Is d a s u a p ro d u ç ã o ".1 M a rx a o fa z e r e s ta a firm a ç ã o n u m

Im b te in c a n s á v e l c o m o s id e ó lo g o s a le m ã e s d e s e u te m p o

'I" ,

s e g u n d o e le , n e m s e p e rg u n ta v a m s o b re a "in te rc o n e x ã o

xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

ti

I filo s o fia a le m ã c o m a re a lid a d e e fe tiv a a le m ã ", tin h a a p re

-IIn ã o d e m o s tra r q u e a s id é ia s e re p re s e n ta ç õ e s q u e tê m d o u u m d o e s tã o in trin s e c a m e n te v in c u la d a s à s re la ç õ e s s o c ia is

I q u e s e e n c o n tra m in s e rid a s . Is to n ã o s ig n ific a q u e e la s t[a rn u m m e ro re fle x o rle ta is re la ç õ e s , m a s q u e a s u a m a te -riilldade s ó é p o s s ív e l e m d e te rm in a d a s c o n d iç õ e s h is tó ric a s .

O s d iv e rs o s e s tá g io s d a d iv is ã o d o tra b a lh o , s e ja e la trib a l, c ra v o c ra ta , fe u d a l. c a p ita lis ta o u s o c ia lis ta , n ã o s ó d e fin e m o tlp o d e p ro p rie d a d e c o m o ta m b é m d e te rm in a m a s re la ç õ e s q u e o h o m e n s m a n tê m e n tre s i e c o m a n a tu re z a .

N ó s , p o rta n to , s o b re v iv e n te s d e u m m u n d o c a d a v e z m a is x c lu d e n te e m o n o p o lis ta , c a rre g a m o s c o n o s c o a s m a rc a s e m z e la s d o s h o m e n s q e s ta d o s n a re la ç ã o c a p ita l-tra b a lh o . T ra -m o s n a s n o s s a s id é ia s , c o m p o rta m e n to s , c u ltu ra s e p rá tic a s o c ia is , e le m e n to s d e u m a v is ã o fra g m e n ta d a , p re c o n c e itu o s a

d e fo rm a d a a re s p e ito d e d iv e rs o s fe n ô m e n o s q u e n o s c e rc a m .

A e x p ro p ria ç ã o d a q u a l s ã o v ítim a s a s c la s s e s tra b a lh a -d o ra s e s tá p re s e n te e m to d a s a s d im e n s õ e s d a v id a . A lé m d a a p ro p ria ç ã o d o p ro d u to d o tra b a lh o e d o s a b e r n o p ro c e s s o d e

1. M arx, Karl e Friedrich Engels, (HISTÓRIA). A Ideologia Alem ã.

Em Fernandes, Florestan (ORG.). M arx-Engels 2 ed. São Paulo.

Atica. 1984. (Coleção Grandes Cientistas Sociais) p . 187.

(2)

tra b a lh o , a b u rg u e sia a g e d e fo rm a a im p e d ir q u e o s e xp lo ra -d o s re co n h e ça m a fu n d o a su a situ a çã o d e cla sse . A id e o lo -g ia

xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

2 b a sta n te d ifu n d id a p ro cu ra o b sta cu liza r u m a co m p re e n -sã o d e tu d o o q u e a co n te ce a o n o sso re d o r, fa ze n d o -n o s cre r q u e a s d ive rsa s re la çõ e s so cia is e stã o p e rfe ita m e n te d e n tro d e u m p ro ce sso d e n o rm a lid a d e .

O ca p ita l, co n tu d o , n ã o co n se g u e so lu cio n a r o s co n flito s d e cla sse q u e e le m e sm o p ro vo ca . E m m e io à s e rva s d a n in h a s

d e u m a fo rm a çã o d e h o m e n s u n ila te ra is, n a sce m a s flo re s d o "b o m se n so " q u e b e m g e rm in a d a s co m o co n h e cim e n to cie n -tífico , p o ssib ilita m a o s "m a u -ch e iro so s", re sistire m . O s a lie -n a d o s d o tra b a lh o e e xp lo ra çã o d a vid a e n co n tra m m o d o s d i-ve rso s d e cria r o rg a n iza çõ e s q u e o s re p re se n te m , q u e o s co -lo q u e m d e fo rm a u n itá ria , p rim e iro co n tra a s co n d içõ e s d e vid a e d e tra b a lh o e p o ste rio rm e n te co n tra to d o o siste m a re s-p o n sá ve l p e la e xclu sã o d a g ra n d e m a io ria , o s q u e tra b a lh a m

e co n stro e m a s riq u e za s. D e sta fo rm a , a s cla sse s su b a lte rn a s e n co n tra m n o ca p ita lism o , q u e a s m a ssa cra m a b e rta m e n te e

ca m u fla d a m e n te p o r su a id e o lo g ia , a s co n d içõ e s d e se g e sta -re m co m o cla sse s re vo lu cio n á ria s, in te re ssa d a s e m p ô r fim

a to d a e q u a lq u e r fo rm a d e e xp lo ra çã o .

É n a s lu ta s d e cla sse s q u e o s d o m in a d o s, a p e sa r d a b u r-g u e sia , co n se g u e m co n stru ir o s in stru m e n to s n e ce ssá rio s à

fo rm a çã o d e u m b lo co h istó rico , so b a d ire çã o d o p ro le ta ria d o . E sta co n stru çã o q u e se d á n u m p ro ce sso d e lu ta p e la h e q e -m o n ia d a so cie d a d e é a e d u ca çã o n e ce ssá ria

à

fo rm a çã o d a co n sciê n cia d e cla sse , co n stitu íd a p e la in te g ra çã o d o sa b e r p o p u la r, sa b e r cie n tífico e d a id e o lo g ia p ro le tá ria C o n tu d o ,

é n a s lu ta s e n tre cla sse s co n tra d itó ria s q u e o s h o m e n s p e r-te n ce n r-te s a cla sse s d ife re n te s se fo rm a m . A fo rm a çã o d o s h o m e n s é , p o rta n to , a e d u ca çã o q u e se d á n a s d ive rsa s

práti-ca s so cia is (e co n ô m ica s, p o lítica s, cu ltu ra is, cie n tífica s, re

li-2. Ao utilizarm os a categoria Ideologia neste parágrafo, tem os

pre-sente a identificação com as idéias das classes dom inantes que,

buscando assegurar os seus interesses, sobretudo econôm icos,

procuram ocultar a verdade das contradições existentes na'

so-ciedade capitalista. M arx expressa bem esta com preensão em

"A Ideologia Alem ã". Contudo, com partilho com os argum entos

levantados por Lênin (1980; p. 398) e Gram sci (1978; p. 62) de

que tam bém se possa atribuir ao conceito ideologia a perspectiva das classes dom inadas que lutam contra a reprodução capitalista

e pela em ancipação politica dos oprim idos.

-Educ. em Deb. Fort. 23 a 26 (1/2): p. 75-85,jan./dez.1992/93 7

m re la çõ e s so cia is d e te rm in a d a s, e m q u e in te re s-o u g ru p s-o s e stã o p re se n te s, im p lícita o u e xp

li-I

A SOCIAL COMO

FONTE DE SABER

Id ra n d o a e d u ca cã o co m o u m p ro ce sso e m q u e o s e fo rm a m m e d ia n te p rá tica s so cia is q u e se d ã o e m n tre cla sse s a n ta g ô n ica s, p o d e -se d e d u zir q u e e d u -p ro d u çã o , e la b o ra çã o e a p ro p ria çã o d o sa b e r p o ~ cla ~ -d lf re n te s e o p o sta s. Isto sig n ifica q u e a e d u ca ça o n a o

Pilei,

r p e n sa d a in d e p e n d e n te m e n te d o s in te re sse s d e cl~ s-, n m d o co n ju n to d e co n h e cim e n to s, va lo re s, co n ce p ço e s

I

1'1

tIca s p ro d u zid a s p o r e la s.

l t sa b e r q u e a s cla sse s p ro d u ze m n a su a p rá tica co

ti-111111" n o tra b a lh o , n a s re la çõ e s so cia is. n a so cia liza çã o d a s

••ltur

s, n a s lu ta s d ive rsa s, d e ve se r, p o is, o p o n to d e p a rtid a

li 1 d o co n h e cim e n to in te re ssa d o n a so cia liza çã o d o sa b e r ,u m o a rm a n a lu ta co n tra a s d ive rsa s fo rm a s d e e xp lo ra çã o e

d llm ln a çã o .

N ã o o b sta n te a im p o rtâ n cia d e ste sa b e r so cia l co m o ln

s-1111111 n to d e lu ta , n ã o se p o d e d e ixa r d e re co n h e ce r o se u ca

-I

.1.

r p a rcia l. P o is, so m e n te a p a rtir d e ste re co n h e cim e n to p lld se r p o ssíve l e stru tu ra r u m tip o d e sa b e r q u e p e rm ita

11111 a p ro xim a çã o in fin ita co m a re a !id a d e . H a ve n d o , p o rta n to ,

111 t p e rcu rso , u m a n e g a çã o d o sa b e r a n te rio r. T o d a via , e sta

11 \J çã o se e xp re ssa , n ã o p e lo d e sp re zo a o sa b e r so cia l-p a r-II . m a s p e la su a su p e ra çã o , a tra vé s d a in co rp o ra çã o d o s

• • I m e n to s sa d io s d o b o m se n so ", g e ra d o s n a s p rá tica s d a s

rllv rsa s re la çõ e s so cia is, cu ltu ra is. p o lítica s. e co n ô m ica s. e tc. N a co n stru cã o d e u m sa b e r so cia l3 p a ra a e m a n cip a çã o

11.,

cla sse s d o m in a d a s, o co rre ta m b é m u m a

neqação

d o sa b e r .n n ta m in a d a p e la id e o lo g ia d o m in a n te q u e h isto rica m e n te te m d sp re za d o o "sa b e r p o p u la r" e n q u a n to sa b e r vá lid o . N e ste n tid o , a p o stu ra cie n tificista o u te o ricista q u e , n o a fã d e I .g ltim a r a id e o lo g ia d o m in a n te , p ro cu ra in siste n te m e n te d e s-q u a lifica r e m e n o sp re za r o sa b e r so cia l g e sta d o n a s p rá tica s

e xp e riê n cia s d a s cla sse s o p rim id a s. n ã o co n se g u e a p o n ta r

3. A categoria Saber Social entendida com o "conjunto de onheci-m entos e habilidades, valores e atitudes que são produzidas pelas

classes sociais em um a situação histórica dada de relações para

dar conta dos seus interesses" (Grzybowski, 1986).

(3)

·

, '. "

a lte rn a tiva s p rá tica s q u e p o ssib ilite m a re so lu çã o d o s p ro b le -m a s fu n d a m e n ta is vivid o s p e la s cla sse s tra b a lh a d o ra s.

V a le , p o rta n to , re ssa lta r, q u e a co n stru çã o d e ste sa b e r co -le tivo e m a n cip a tó rio n ã o se d á a o a ca so , a p a rtir so m e n te d a e xp e riê n cia vivid a d e fo rm a "e sp o n tâ n e a ". É n e ce ssá rio o sa -b e r p ro d u zid o h isto rica m e n te p e la h u m a n id a d e , q u a n d o g rá vid o d e u m a visã o to ta liza n te , q u e , e m p ro ce sso d e in te ra çã o co m o b o m se n so g e sta d o n o d ia -a -d ia d a s cla sse s p o p u la re s, p o ssa

g e ra r a s co n sciê n cia s d e

xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

classes-

n e ce ssá ria s p a ra im p u lsio -n a r o s e xp lo ra d o s n a lu ta p e la lib e rta çã o d e to d o s o s h o m e n s.

A u tiliza çã o d o co n ce ito co n sciê n cia s d e cla sse s, n o p lu -ra l. e stá vin cu la d a à co m p re e n sã o d e q u e a to ta lid a d e

é

fo r-m a d a p o r r-m u ita s e sp e cificid a d e s q u e se in te r-re la cio n a m . E sta p lu ra lld a d e n ã o se re d u z à s cla sse s p ro le tá ria e b u rg u e sa . co -m o m u ito s "m a rxista s" d e fo rm a m a n iq u e ísta e a h istó rlca ce s-tu m a ra m d ivid ir a so cie d a d e , e ste n d e -se a o co n ju n to d o s su b a l-te rn o s q u e , e m re la çõ e s d ive rsa s. se in te re ssa m p e lo fim d o m o d o e m q u e vive m e o u q u e p ro d u ze m . o u se ja , p e lo fim d o m o d o d e p ro d u çã o q u e o s su b ju g a a p e rm a n e ce r n a d e su m a

-n id a d e d a a lie n a çã o d o tra b a lh o . O d e se n vo lvim e n to e co n ô -m ico d o siste m a ca p ita lista e a co n se q ü e n te co m p le xifica çá o

d a s re la çõ e s le va m -n o s a a firm a r q u e , e m b o ra co rre ta a co n s-ta s-ta çã o d e q u e a s co n tra d içõ e s fu n d a m e n ta is g ira m e m to rn o d o p ro le ta ria d o e d a b u rg u e sia , é sim p ló rio e n q u a d ra r o u re -d u zir a a n á lise d a so cie d a d e à u m a d ivisã o p ré -e sta b e le cid a .

F ra n cisco d e O live ira é b a sta n te fe liz a o situ a r a s cla sse s so -cia is co m o ca te g o ria s q u e se co n stro e m h isto rica m e n te : " ... o ca rá te r a n ta g ô n ico d o s in te re sse s é a b a se d a p o ssib ilid a d e d e tra n sfo rm a çã o e p ro d u çã o d a s cla sse s". (O live ira . F , 1 9 8 7 ,

p.

8).

Já e m re la çã o à ca te g o ria C o n sciê n cia d e C la sse , su a e x-p lica çã o te m p o r b a se a a n á lise e cla ssifica çã o d a so cie d a d e . S e , p o r u m la d o , o co n h e cim e n to d o re a l é lim ita d o o e lo s m o

-d e lo s a n a lítico s q u e im p o ssib ilita m a co m p re e n sã o d o d e se n -vo lvim e n to d a re a lid a d e e d a s cla sse s so cia is e m lu ta , p o r o u -tro , a in te rp re ta çã o , re a liza d a h isto rica m e n te p e lo s d irig e n te s p o lítico s, d a co n sciê n cia q u e o s "sim p ló rio s" tê m o u p o ssa m vir a te r d a su a situ a çã o , é m a rca d a p e lo id e a lism o d o q u e se g o sta ria q u e fo sse e n ã o o q u e d e fa to é .

4. Gooldm an, em Ciências Hum anas e Filosofia: e Schaff e Lukács:

sobre o Conceito de Consciência de Classe, nos fornecem elem en:

tos para um a m aior com preensão das categorias Consciência Real e Consciência Possível.

7U Educ. em Deb. Fort. 23 a 26 0/2): p. 75-85, jan./dez. 1992/93

1111

lei,

r m d o a co m p le xid a d e d a s re la çõ e s e o d e se n vo

l-I.,

11111

d,

IIv rsa s a tivid a d e s e co n ô m ica s q u e se co m p le

-, li' 11I lo rm n d o u m a u n id a d e n a fu n cio n a lid a d e d o m o d o d e

1 1 1 d lll 1 0 cn p lt lista . e n vo lve n d o g ru p o s so cia is su b a lte rn o s

li' I " , t

rr

tica s b a sta n te d ife re n te s, n ã o é p o ssíve l, d e n

-I11111 xp lo ra d o s p e lo ca p ita l, a trib u ir so m e n te a u m a

, o p ro l ta ria d o , a p o ssib ilid a d e e o m é rito d e te r co n

s-.11II d u p a p e l h istó rico . O p re ssu p o sto fu n d a m e n ta l " co m p re e n sã o p lu ra l d a co n sciê n cia e n co n tra -se n o d e -n vo lvlm n to ca p ita lista e . p a rticu la rm e n te . n o d o s p a íse s I ,li,rico s. q u e p ro d u z cla sse s d ive rsa s, so b re tu d o n o ín te

-11111 d o xp lo ra d o s. co n trib u in d o a ssim , e m ca d a u rn a d e la s,

t I fo rm a çã o d e u m a "co n sciê n cia re a l" co m p o ssib ilid a d e s vir e r "d e cla sse ".

R to rn a n d o a co n sid e ra cõ e s a n te rio re s, o q u e n o s

é

d a d o ih rva r

é

q u e a p a ssa g e m d e u m a co n sciê n cia fra g m e n ta d a I' u m a co n sciê n cia tcta liza d o ra e re v o lu c lo n á rla p o d e , e m II n d p a rte , se r re a liza d a p e lo s in te le ctu a is o rq ã n ico s. q u e

fo rja m n a lu ta e e m co n so n â n cia co m o s In te re sse s e sp e -r.Iltc o e h istó rico s d a s cla sse s d e sfa vo re cid a s. O s p a rtid o s

li' o lo g lca m e n te id e n tifica d o s co m o s d o m in a d o s p o d e m se r in te le ctu a is q u e . co le tiva m e n te , d irija m e sta e le va çã o I co n sclê n cla d e u m e sta d o re a l a u m n íve l p o ssíve l. D e ve

JI

r Isto te r a d e vid a d im e n sã o d e sta ta re fa d e co n stru cã o d e n o vo s h o m e n s e d e n o va so cie d a d e . N ã o p o d e fe tlch iza r-se , n m p ro cu ra r su b stitu ir o p a n e I Q u e

é

d e stin a d o a o u tro s a to

-, o u se ja . a o co n ju n to d a s cla sse s o p rim id a s. 5

A n ã o co m p re e n sã o d e sta q u e stã o te m cu lm in a d o co m m u tto s e rro s. A in te rp re ta çã o d e co n sciê n cla d e cla sse co m o

n d o so m e n te u m a "te o ria " e xte rio r à s co n d içõ e s co n cre ta s

fi

vid a d a s g ra n d e s m a ssa s te ve co n se q ü ê n cia s fu n e sta s p a ra

I) m o vim e n to co m u n ista m u n d ia l, L im a ve z q u e n a se cu n d a

ri-/a c o d a co n sciê n cia g e sta d a n a p rá tica so cia l d a s cla sse s tr b a lh a d o ra s p o d e -se e n co n tra r o e m b riã o d e u m a p rá tica d o u

-trln a rista . va n g u a rd ista e b u ro crá tica q u e te m m a rca d o e ste

111 vím e n to .

I A falta de um a m aior precisao na denom inação das classes

opri-m idas, utilizaopri-m os, ao longo do texto, vocábulos de ntidos sem e-lhantes, m as ainda im precisos, quanto à classificação das classes.

Desta

fonna, alteram -se conceitos tais com o classes desfavoreci-das, oprim idesfavoreci-das, subalternas, exploradas etc. O texto de Eder Sader o Mo" Célia Paoli em

MLKJIHGFEDCBA

liA Aventura Antropológica" é, neste sentido, bastante esclarecedor o

(4)

E s ta p rá tic a , im p le m e n ta d a p e lo s m o v im e n to s q u e s e m

-p re tiv e ra m c o m o u to p ia u m a s o c ie d a d e s e m

xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

dominação,

d e v e s e r o b je to d e n o s s a re fle x ã o , u m a v e z q u e s e n d o ta m b é m

u tó p ic o s e p re te n s o s s u je ito s h is tó ric o s s o m o s ta m b é m h e r-d e iro s d e s ta

prática

e , p o rta n to , p a s s ív e is d e

contradições

n a s a ç õ e s c o n c re ta s q u e re a liz a m o s n o d ia -a -d ia .

N ã o s e a v a n ç a d o p o n to d e v is ta p rá tic o e te ó ric o s e n ã o s e re fle tir c o le tiv a m e n te a s c o n c e p ç õ e s q u e b a liz a ra m e s te s

m o v im e n to s . N ã o a v a n ç a re m o s n a s n o s s a s re fle x õ e s te ó ric o -p rá tic a s s e n ã o n o s d e s p o ja rm o s d a s p rá tic a s q u e n o s im p e -d e m d e v e r o s in te re s s e s h is tó ric o s flu e p e rs e g u im o s e o h o -m e -m n o v o q u e q u e re m o s c o n s tru ir.

A c o n s ta ta ç ã o d o s e rro s c o m e tid o s n o tra n s c o rre r d a s lu ta s d o s tra b a lh a d o re s n ã o d e v e n o s le v a r a u m a

neqação

a u to m á tic a d a s e x p e riê n c ia s o c o rrid a s , m a s a u m a s u p e ra ç ã o

dialétlca

.

A p e s a r d o s e q u ív o c o s tá tic o s e e s tra té g ic o s d a s o r-g a n iz a ç õ e s e p a rtid o s q u e e s ta v a m n a d ire ç ã o d e s te s m o v i-m e n to s , n ã o s e p o d e n e g a r a im p o rtâ n c ia q u e tiv e ra m n a re -s i-s tê n c ia à e x p lo ra ç ã o c a p ita lis ta e n a fo rm a ç ã o d e h o m e n s q u e re v o lu c io n a ria m e n te lu ta ra m p e la

construção

d o s o c ia lis

-m o . E n tre ta n to , s e p o r u m la d o n ã o s e p o d e n e g a r o p a p e l q u e a s o rg a n iz a ç õ e s o rg a n ic a m e n te v in c u la d a s à s c la s s e s p o p u la

-re s d e s e n v o lv e ra m n a e d u c a ç ã o d o s tra b a lh a d o re s , n ã o p o d e -m o s n o s re n d e r, p o r o u tro la d o , à s c o n c e p ç õ e s e s q u e rd is ta s e o u re fo rm is ta s q u e s e m p re a s a c o m p a n h a ra m .

C o m p re e n d e r a e d u c a ç ã o p o p u la r a p a rtir d a s c la s s e s e d o s in te re s s e s e n v o lv id o s n ã o s ig n ific a c o n c e b ê -Ia a p a rtir d e m o d e lo s p ré -e sta b e le cld o s, m a s a p a rtir d e u m a a n á lis e m ín u -c io s a e c o n c re ta d a re a lid a d e c o n c re ta , c a p ta n d c a s p a rtíc u la -rid a d e s d e d e s e n v o lv im e n to q u e e n v o lv e m re a lid a d e s d ife re n -te s . N o u tra s p a la v ra s , s ig n ific a e n te n d e r a to ta lid a d e a p a rtir d a d iv e rs id a d e e d a s s u a s c o n tra d iç õ e s .

o

P A P E L D O S E D U C A D O R E S N A T R A N S F O R M A Ç Ã O D A S O C IE D A D E

C a b e a o s in te le c tu a is o p a p e l d e m e rg u lh a r n a s re p re s e n -ta ç õ e s c ria d a s p e lo s e n s o c o m u m , c o m p re e n d e r a s m a n ife s -ta ç õ e s c u ltu ra is , p o p u la re s , re lig io s a s e p o lític a s d o s o p rim i-d o s , p ro c u ra n d o c a p ta r to d a fo rm a d e re s is tê n c ia à o p re s s ã o Id e o ló g ic a , e c o n ô m ic a e p o lític a , n a s d iv e rs a s e x p re s s õ e s p o

-p u la re s ..

00

Educ. em Deb. Fort. 23 a 26 (1/2): p. 75-85,jan./dez. 1992/93

o in te le c tu a is o rg â n ic o s6 s a b e r o u v ir e

ão

re p rim id a . O s in te le c tu a is a q u e m e re -r c o n c e b id o s c o m o ilu m in a d o s p o rta d o re s c o lo c a m a c im a d a re a lid a d e e d e u m a in te

r-1 r-1 'I" p ro p o n h a a tra n s fo rm á -Ia , m a s c o m o g ru p o s o

r-dll '111( In d e p e n d e n te m e n te d a in s tâ n c ia o n d e a tu a m , IlIc lle . u o , Ig re ja p o p u la r. p a rtid o , m o v im e n to d e m u lh e -, 1 1 I.I.ç d e m o ra d o re s e tc , e s te ja m c o tid ia n a m e n te

1i

IllId o \I p rá tic a e n q u a n to "p rá x is " q u e o b je tiv e s e m e a r

1111 tru lr u m a s o c ie d a d e ju s ta e ig u a litfiria . P o is , s ó a p a rtir

'1111' 111

reão

n a re a lid a d e e d e u m c o n h e c im e n to e v a lo

ri-11 d o b r p ro d u z id o e a c u m u la d o p e lo s o p rim id o s n a s

p r tlc s o c ia is é q u e s e p o d e c o n s tru ir u m s a b e r q ~ e In t r e e q u e s e ja e fe tiv a m e n te c o le tiv o e re v o lu c lo

-111

A c o n tru ç ã o d o s a b e r c o le tiv o e a c o n s c iê n c ia re v o lu -I111 ri a o c o n c e ito s q u e s e id e n tific a m . U m a v e z q u e a s o c le -" o la b o ra ç ã o d e u m s a b e r c ie n tífic o e n ã o "c le n

tifi-I t , rtlc u la d o , c o m u m a p rá tic a tra n s fo rm a d o ra , re p re s e n ta In tru m e n to fu n d a m e n ta l n o p ro c e s s o d e d e s tru iç ã o d a s

r p re s e n ta ç õ e s e d e e m a n c ip a ç ã o d e to d o s o s h o m e n s . A c o n s tru ç ã o d e s te s a b e r c o le tiv o s o m e n te s e rá e fic a z ,

'lu n to in s tru m e n to d e lib e rta ç ã o d o s h o m e n s , s e c o n s ta n te

-I n t re fle tid o , s e n o p ro c e s s o e d u c a c io n a l a s c la s s e s o p

rl-I rl-Irl-It.! le v a re m a s u a p e rc e p ç ã o e a p re n d e re m a p e s q u is a r a

I Ih .J d e a g ir p o r s i m e s m a s . T a lv e z n ã o s e ja d e m a is le m

-t () intelectuais têm um a im portância m uito grande no pensam ento

m arxista. Para Gram sci a categoria intelectuais orgântcos nã? pode r concebida m etafisicam ente, desvínculada do desenvolvimento

hl tórico da sociedade _ A form ação do novo bloco histórico,

na

ledade burguesa, tem com o sustentáculo a relação íntelectuaís-a que torne "politicam ente possível um progresso Intelectual m iu,sa e não apenas de pequenos grupos de íntelectuaís'" ( ram scí: 1987· p. 20) _Isto significa que o desenvolvim ento cul-tural doS'''sim plórios'' está na relação destes com intelectuais, pois

~ "m assa hum ana" não se "distingue:' e não se to:na independente "por si", sem organiz~r-se. (em , sentido lato): e nao existe org~ni~

znção sem intelectuaIS, isto e, sem organizadores e dírtgon es

(' ramscí: 1978; p. 21), Dito isto e considerando o contexto histó-rico, entende-se por que Gram ~ci consid.era as organizações.e os po.rUdos revolucionários com o íntelectuaís orgânicos possíveís de s r a "pedra-de-toque da unificação de teoria e prática" um a vez que para ele estes desem penham im portante papel na "elaboração

difusão das concepções de m undo, na m edida em que elaboram sencialm ente a ética e política adequadas a ela" (Gram sci; 1978: p. 22).

(5)

b ra r q u e a tra n sfo rm a çã o d o s in d ivíd u o s e m su je ito s h istó -rico s so m e n te é p o ssíve l d e n tro d e u m a p e rsp e ctiva d e cla sse . . É co m u m o s e d u ca d o re s. a p ó s a s m u ita s fru stra çõ e s so -trid a s e m e xp e riê n cia s d e e d u ca çã o p o p u la r. co m re la çã o à s e xp e cta tiva s n u trid a s. a trib u íre m a fa lta d e ê xito à "m e to d o lo

-g ia " e m p re g a d a . e n te n d id a a q u i co m o u m co n ju n to d e re cu r-so s d id á tico s q u e se m o stra ra m in a d e q u a d o s a o co n te ú d o p ro -p o sto .

E ste tip o d e a n á lise p e ca p o r co n sid e ra r q u e a p a rtir d o u so d e té cn ica s d ife re n te s p o ssive lm e n te se o b te ria re su lta -d o s m a is a n im a d o re s e e ficie n te s. S e m fa la r n o fa to d e se ca ir n u m a re d u çã o d o s d e te rm in a n te s d o p ro ce sso e d u ca tlvo , a o re fe rir-se à re la çã o fo rm a e co n te ú d o . E ste s p o d e m d e se n

vo lve r u m im p o rta n te p a p e l n a co n stru çã o d o co n h e cim e n to .

se in te g ra d o s d ia le tica m e n te .

xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

O

co n te ú d o n ã o p o d e se I" co n -ce b id o co m o a lg o a ca b a d o e p re via m e n te p re p a ra d o . M e sm o

q u e n e ce ssa ria m e n te p la n e ja d o . e le se co n stró i ~ se q e sta n o p ro ce sso d e tro ca e n tre su je ito s q u e tive ra m e xp e riê n cia s d i-fe re n te s.

P o r isso . ca b e à q u e le s q u e lu ta m p o r u m a tra n sfo rm a çã o d a re a lid a d e a p ro p ria re m -se d e u m in stru m e n to q u e Ih e s p o so

sib ilite co n h e cê -Ia critica m e n te . E ste in stru m e n to a se r u tili-za d o d e ve te r u m a p e rsp e ctiva m e to d o ló g ica e p o lítica ra d ica

l-m e n te d ife re n te d a s visõ e s p a rcia is e fra g m e n ta d a s q u e m u ito in te re ssa m à id e o lo g ia d a s cla sse s d o m in a n te s. A to ta lid a d e

é

u m co n ce ito b á sico q u e d e ve g u ia r n o ssa a n á lise e n o ssa a çã o . D e ve m o s e sfo rça rm o -n o s p a ra co m p re e n d e r a re a lid a d e co m o "sín te se d e m ú ltip la s d e te rm in a çõ e s". A co n stru cã o d e

u m n o vo h o m e m e d e u m n o vo m u n d o d e ve se d a r n o d la -a -d la d o s m lltta n te s-e d u ca d o re s? A co m p re e n sã o d a re a lid a d e é u m p re ssu p o sto q u e d e ve b a se a r e a co m p a n h a r n o ssa a çã o . a ssim co m o a te o ria re vo lu cio n á ria é a co n se q ü ê n cia n a tu ra l d e u m a a çã o ra d ica lm e n te re fle tid a .

D a í. se r o re a l o p o n to d e p a rtid a p a ra a co n stru çã o d e u m co n h e cim e n to e m a n cip a tó rio . Isto sig n ifica q u e n ó s, m ili-ta n te s-e d u ca d o re s, q u e n o s p re o cu p a m o s co m u m a e d u ca çã o

7. A expressão m tlítantes-educadnras é utilizada com o prop6sito de

ressaltar o conceito de educador para além da prática som ente

e.:;colar., ~ or~em dos term os tem o intuito de dar a devida d rm e n -sao pol~tlCa a. prá~ica educativa: be~ com o evitar um a redução ~o~ sujeitos hístórícos a 'profis~lC?nalsda área ele educação e, por u~tlm O, evídencíar a prática política com o pratíoa social e

educa-tíva fundam ental à transform ação da sociedade.

2

Educ. em Df· b. Fort. 23 a 26 (1/2): p. 75-85, jan./dez. 1992/93

tini

I 1 0 P

nsá-la

e co n stru í-Ia te o rica m e n te , n ã o co n

-11111 111 r. n ã o to m a rm o s co m o p o n to d e p a rtid a a

.1111 itlv d o s m o vim e n to s so cia is. N o u tra s p a la vra s, a

11 I I 11 rfIca d o co n h e cim e n to su b e n te n d e u m m e rg u

-1\ • d re a lid a d e im e d ia ta e a p a re n te .

I 1 101 d e e n co n tra r a ra iz d a s p rá tica s e e xp e rte n

-.lIte u lv I d a s cla sse s o p rim id a s co n stitu i-se n u m a a b s-Irl

à

co n stru çã o d e to d a te o ria re vo lu cio n á ria .

q u e ce r q u e e sta te o ria re vo lu cio n á ria d e p e n d e d re fle tirm o s so b re a p rá tica e d e d a rm o s re

s-t

à s lu ta s d e se n vo lvid a s p e lo s m o vim e n to s

te r u m a co rre ta a n á lise e stru tu ra l e co n ju n tu

-I tlld d b ra sile ira n ã o d e ve se r m o tivo d e va id a d e . m b o r fu n d a m e n ta l. n ã o é su ficie n te u m a ve z q u e a

prá-'"V

Ivld a p o d e n ã o e sta r co n trib u in d o p a ra u m a a p ro

-It I 1 n rl n ju n to d a s cla sse s d e sfa vo re cid a s, m a s p a ra u m

til d i

t

m la m e n to . C o n tu d o . p a ra a e la b o ra çã o d e te o ria s

.1111 011 ri s, p re cisa -se ca m in h a r m u ito . p re cisa -se m e rg u

-11 d lv rsa s e sp e cificid a d e s; o u vir-se m a is a s m a ssa s, , m u lt

t

m -se a a p re n d e r co m e la s; re fle tir-se crítica e

11rltlc m n te so b re a p rá tica ; e p o r co n se g u in te , so cia liza r-tu r fle xõ e s co m o co n ju n to d o s m o vim e n to s so cia is.

, IItO. n o se p o d e co n ce b e r a p a ssa g e m d a s lu ta s im e d ia

-I lu t m e d ia ta s, o u d a s lu ta s e co n ô m ica s à s lu ta s p o li-I.O Itl u m a im p o siçã o d e u m a "te o ria " p ré -e sta b e le cid a ,

111I1 C Ju e sta se d e n o m in e "m a rxista ", n e m co m o u m a a d e

-11 u u o m tlca d a "fa lsa co n sciê n cia " à "ve rd a d e ira co n sclê n -I " « o rn o se n a d a e xistisse e n tre o b e m e o m a l, e n tre ta n to

1111111 11111 p ro ce sso e m q u e u m n o vo sa b e r se g e sta a p a rtir

I JlI ri n cia s e p rá tica s so cia is d ife re n te s, p o is o p re ssu

-I'U '11 d to d a te o ria re vo lu cio n á ria d e g u ia r u m a a çã o e u m a '" II 11 I q u a lita tiva m e n te su p e rio r e in te re ssa d a n a co n

s-'" '' li d o cia lism o so m e n te

é

p o ssíve l a p a rtir d a co n sld e -, I 11 d sa b e re s d o s su je ito s e n vo lvid o s. S e a ssim

não

fo r,

111 VI / d e la b o ra rm o s u m a te o ria re vo lu cio n á ria , e sta re m o s

1.11111 m d o a lg o a p a rta d o d a re a lid a d e co n cre ta d a s cla sse s

li li id s.

A o n stru çã o d e u m a co n sciê n cia crítica e re vo lu cio n á ria I I h ta n te rig o r n a s a n á lise s e m u ita d e te rm in a çã o p o lí-li.1\ 110 o b je tivo s. D e ve -se a p re n d e r co m o s e rro s co m e tid o s

111lu m vlm e n to co m u n ista e co m a s e xp e riê n cia s h istó rica s 1 o d lv r o s m o vim e n to s so cia is, p a ra q u e cu id a d o sa m e n te se

(6)

p o s s a e v ita r a s p rá tic a s e c o n c e p ç õ e s in d e s e ja d a s . Is to re p re -s e n ta u m e s fo rç o m u ito g ra n d e , u m a v e z q u e a s id é ia s e p rá ti-c a s re p ro d u z id a s d u ra n te lo n g o p e río d o d e te m p o tiv e ra m e tê m u m p e s o n a e d u c a ç ã o d o s in d iv íd u o s e n g a ja d o s n a c o n s tru ç ã o

d e u m a s o c ie d a d e s e m e x p lo ra ç ã o . O s ta lin is m o e a id e o lo g ia b u rg u e s a , a lé m d e in flu íre m s o b re o q u e a g e n te p e n s a , in -flu íra m ta m b é m n o je ito d e v e r e a g ir s o b re a s c o is a s . D e v e

-mos

s e r v ig ila n te s c o n s ta n te s d e n o s s a p rá tic a , p a ra q u e n ã o

re p ro d u z a m o s n e la o s e c ta ris m o , o re fo rm is m o , o e s q u e rd is -m o , o d o u trin a ris -m o , e n fim to d a s a s p o s tu ra s re s u lta n te s d a s v is õ e s p a rc ia is e fra g m e n ta d a s .

P o r tu d o is to , p e n s a r e a q lr d ia le tic a rn e n te re q u e r d e n ó s , m ilita n te s -e d u c a d o re s , u m e s fo rç o m u ito g ra n d e . E s te e s fo r-ç o q u e s e d á e m n ív e l d o p e n s a m e n to d e v e s e m p re c o m o pevs-p e c tlv a u m a v is ã o g lo b a liz a d o ra , q u e s a ib a d a r c o n ta d a s re la

-ç õ e s e x is te n te s e n tre o s fa to s e a p o n te

xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

u-na

p rá x is tra n s fo r-m a d o ra

à

a ltu ra d e s ta v is ã o . O e n te n d im e n to q u e te n h o d e s te

e s fo rç o n ã o é o d e q u e s e ja u m a p ro p rie d a d e in d iv id u a l d e ir-te le c tu a is p re o c u p a d o s c o m o s p ro b le m a s a c a d ê m ic o s e re s o -lu ç õ e s "c ie n tífic a s ", m a s c o m o s e n d o a lg o p ró p rio d o m o v

i-m e n to s o c ia l in te re s s a d o n a c o n s tru ç ã o d e re la ç õ e s s o c ia is ju s ta s . A c iê n c ia d a d e s c o b e rta d a v e rd a d e ira re a lid a d e d e v e e s ta r in s e rid a e s e r g e s ta d a n o in te rio r d e s te m o v im e n to . A c iê n c ia , e n q u a n to e la b o ra ç ã o d e te o ria , d e v e , p o rta n to , te r u m a

e s tre ita v in c u la ç ã o c o m a p rá x is re v o lu c io n á ria .

BIBLIOGRAFIA

DAM ASCENO, M aria Nobre.

MLKJIHGFEDCBA

P e d a g o g ia d o e n g a ja m e n to : trabalho,

prática educativa e consciência do cam pesinato. Fortaleza:

EUFC, 1990.

GOOLDM AN, Lucien. C iê n c ia s h u m a n a s e filo s o fia . São Paulo: DIFEL, 1973.

GRAM SCI, Antonio. C o n c e p ç ã o d ia lé tic a d a H is tó r ia . Rio de janei-ro: Civilização Brasileira, 1978.

GRZYBOW SKI, Cândido. Esboço de um a alternativa para a

educa-ção no m eio rural. R e v is ta C o n te x to e E d u c a ç ã o , n. 4. Ijuí. Fun-dação Universidade de Ijuí, 1984.

LENINE, V. 1. O b r a s e s c o lh id a s . São Paulo: Alfa-Om ega,1980.

LUKACS, Georg. H is tó r ia e c o n s c iê n c ia d e C L a s s e :estudos de diaJé-tica m arxista. Rio de Janeiro: Elfos, 1989.

84

Educ. em Deb. Fort. 23a26 (1/2): p. 75-85, jan./dez. 1992/93

1rt h Engels. A id e o lo g ia a le m ã . In: FER~AND~S,

• . ) . M a r x - E n g e ls : história. São Paulo'. Atlca 1.J84.

1ntistas Sociais).

d . O e lo p e r d id o : classe e identidade de classe.

111nse, 1987.

Eder Sader. Sobre "Classes populares" no

pe~-1 o brasileiro. \Notas de leitura sobre

aconteci-CARDOSO Ruth (ORG) A a v e n tu r a a n o

). In: , ..

Paulo: Paz e Terra, 1988. _ .

rg Lukács. S o b r e o c o n c e ito de c o n s c 'e n c w d e

ublicações Escorpião, 197r.. .' .

(I I ntribuição para o estudo da relação teona-pratlCa.

I I . I .I o 13 EUFC 1987

, d /11

"etu

açlio em D e b a te , Fortaleza, n., . .

I I \11, u m eb. Fart. 23 a26 (1/2): p. 75-85, jan./dez. 1992/93

Referências

Documentos relacionados

2 - OBJETIVOS O objetivo geral deste trabalho é avaliar o tratamento biológico anaeróbio de substrato sintético contendo feno!, sob condições mesofilicas, em um Reator

Nessa situação temos claramente a relação de tecnovívio apresentado por Dubatti (2012) operando, visto que nessa experiência ambos os atores tra- çam um diálogo que não se dá

5.2.1.  As  rubricas  de  despesa  de  transferências  correntes  ou  de  capital  e  de  subsídios  para  organismos  da  Administração  Central  devem 

Promovido pelo Sindifisco Nacio- nal em parceria com o Mosap (Mo- vimento Nacional de Aposentados e Pensionistas), o Encontro ocorreu no dia 20 de março, data em que também

Podem treinar tropas (fornecidas pelo cliente) ou levá-las para combate. Geralmente, organizam-se de forma ad-hoc, que respondem a solicitações de Estados; 2)

Raios no topo — ape- nas notados a olho nu e distintos sob lente, fi- nos, poucos; na face longitudinal tangencial — apenas notados a olho nu e distintos sob len- te,

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação