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A TRAJETÓRIO DA COOPERAÇÃO NO OESTE CATARINENSE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - UFFS PROJETO DE FORTALECIMENTO TERRITORIAL

NEDET-OESTE

A TRAJETÓRIO DA COOPERAÇÃO NO OESTE CATARINENSE

CARLOS EDUARDO ARNS Engenheiro Agrônomo Mestre em Desenvolvimento Regional (UNISC/RS)

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APRESENTAÇÃO

Está estruturada nos seguintes componentes: - Localização da região oeste catarinense;

- Processo de ocupação; - Fases da colonização;

- Alguns elementos do contexto atual;

- Estratégias de cooperação na AFeC: Tipos de cooperação, Estratégias de cooperação;

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A REGIÃO OESTE CATARINESE

• Área territorial: 27.225, 5 km²

• Município: constituído por 120 e apenas um com mais de 200 mil habitantes atualmente (Chapecó);

• População em 2010: 1.200.712 habitantes: • - População rural: 28,32% (?)

• - População rural reduziu 17,87%, enquanto que a urbana cresceu 22,48% de 2000 para 2010 (IBGE);

• Estabelecimentos rurais: 82.140 , dos quais 89,45% são do tipo familiar;

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A REGIÃO OESTE CATARINENSE

1. Os distintos processos de ocupação:

 Primeira ocupação – indígena: desenvolvida pelas populações indígenas desde a história antiga até a contemporânea;

 Segunda ocupação - “luso-brasileiros”: povoamento

constituído por descentes e seus entrecruzamentos de lusos,

negros e indígenas, também “chamados caboclos ou sertanejos” ou brasileiros como eles se auto denominam.

 Terceira ocupação – colonizadores: processo promovida pelo estado, realizado por empresas colonizadoras, estimulando a

vinda de migrantes europeus, em sua maioria já seus

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A REGIÃO OESTE CATARINENSE 1. Processo de ocupação indígena

a) História antiga (antes de 1500):

- Período de 9000 a 6000 antes do presente:

primeiros habitantes vivendo da caça, coleta e pesca; pertencem a tradição Umbu, que viviam em pequenos bandos, habitavam todo sul do país e parte da Argentina;

- Período de 4000 a 2000 antes do presente:

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A REGIÃO OESTE CATARINENSE

1. Processo de ocupação indígena:

b) História contemporânea (depois de 1500): a região foi ocupada por três nações: o Guarani (língua Tupi-Guarani), o Kaigang e o Xokleng (Língua Jê).

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A REGIÃO OESTE CATARINENSE

2- Processo de ocupação Luso-Brasileiro:

Primeiro processo: busca de metais/riquezas e

mão de obra escrava indígena (Bandeirantes);

Segundo processo: “caminho do sul” (1722),

intensificando o comércio entre as vilas urbanas do sudeste e a região da campanha no Rio Grande do Sul (Carne, couro e animais de tração);

- Massacre e aldeamento indígena;

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A REGIÃO OESTE CATARINENSE

Estrada de ferro São Paulo/Rio Grande do Sul;

• Em 1893 autorizada; 1908 inicia a construção; • A Brazil Raiway Company (EUA)), ganha

concessões de terra (15 km cada lado do trilho); • Constitui a subsidiária Brazil Devolopment e

Colonization (comercialização das terras);

• Fim da construção da estrada em 1911 (desemprego)

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A REGIÃO OESTE CATARINENSE

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A REGIÃO OESTE CATARINENSE

3. Processo de ocupação colonial:

Primeira fase – colonização: estende-se de 1920 até 1945, caracterizou-se pela produção de subsistência e gestação do

pequeno capital comercial e sua expansão em busca do

excedente camponês.

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A REGIÃO OESTE CATARINENSE

3. Processo de ocupação colonial:

Segunda fase – mercantilização: de 1945 a 1965,

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A REGIÃO OESTE CATARINENSE

3. Processo de ocupação colonial

Terceira fase – industrialização: iniciou a partir de 1965 e se

estende até 1989, caracterizou-se pelo processo de monopolização do capital agroindustrial (privado e cooperativado) e pela modernização seletiva da pequena produção mercantilizada, êxodo rural massivo (crise do campesinato). Introdução das tecnologias exógenas do pacote da “revolução verde” (agroquímicos, sementes selecionadas e mecanização).

Nesta fase se gerou as bases de uma nova dinâmica do campesinato regional:

- Final dos anos de 1970 inicia uma forte atuação da Igreja luterana, mas especialmente da católicas (Bispo Dom José Gomes).

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A REGIÃO OESTE CATARINENSE

Resistência criativa: caminhos! (1984-1994)

1. Êxodo rural – busca do emprego na cidade;

2. Migração para nova fronteira agrícola do país; 3. Organização na resistência – constituição dos

movimentos sociais - reinvindicação de direitos:

Novo Sindicalismo – combativo/de luta X pelego/assistencialista; MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra;

MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens; MMC – Movimento das Mulheres Camponesas; MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores;

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A REGIÃO OESTE CATARINENSE

• Resistência criativa: caminhos! (de 1995)

• Construção de experiências de desenvolvimento rural (local);

• Novas gestões públicas locais (participação); • Politicas Públicas: crédito, Ater, etc.

• Cooperação: produção, comercialização, industrialização, crédito, assessoria técnica; • Agroecologia (transição);

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A REGIÃO OESTE CATARINENSE

• Dinâmicas de cooperação

• 1- Via Sindical: OCAs apoiadas: a FETRAF (Federação dos Trabalhadores de Agricultura Familiar/SC) e da

FETAESC (Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Santa Catarina);

• 2- Via campesina: OCAs apoiadas pelo MST, MPA, MAB, MMC;

• 3 Estatal (Públicas): OCAs apoiadas ela EPAGRI

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A REGIÃO OESTE CATARINENSE

• Dinâmicas de cooperação:

4- Organizações Não Governamentais – ONGs tradicionais APACO, TERRA NOVA, CEPAGRO, CEADES, Instituto ACORDAR;

5- Economia Solidária: GT de Economia Solidária (1999), FCES (2003); ANTEAG, UNISOL-Brasil (2000); FBES - Fórum Social Mundial, SENAES em 2003.

6- Dinâmica de Cooperação Autônoma/Independente: arranjos locais “estartados” por agentes e demandas locais.

7-Cooperativismo de Prestação de Serviços: COOPTRASC (MST),

COOPERTEC (Fetraf), COOPERBIORGA (MPA), UNITAGRI, UNEAGRO;

• 8- Cooperativismo Empresarial Capitalista: articuladas na OCESC (Organização das Cooperativas do Estado de Santa

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Luso-brasileir o Colonial Indígen a Agronegócio Agricultura Familiar Transgênicos Grande Escala Assalariamento Agroquímicos Pequenas Agroindústrias

Tecnologias Sustentáveis Agroecologia Exportação

Circuitos curtos Globalização

Territorialidade

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A cooperação na AFeC

Tipos de cooperação naAFeC:

• Cooperação convencional: categoria de organizações de cooperação composta exclusivamente por organizações do tipo cooperativas e são de grande porte; possuem uma lógica empresarial; são organizações mais antigas e ligadas ao movimento tradicional do cooperativismo representado pela OCESC/OCB.

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A cooperação na AFeC

• Elementos conceituais: Cooperação

1. Práticas - ações duradoras, contínuas: mutirão, troca de dias, ajuda comunitárias;

2. Tipos - modelo: Associações, Cooperativas, Condomínios, Clubes;

3. Formas – forma,/jeito: coletivo, semicoletivo, prestação de serviços;

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Cooperação na AFeC

Tipos de cooperação:

• Cooperação convencional: categoria de organizações de cooperação composta exclusivamente por organizações do tipo cooperativas e são de grande porte; possuem uma lógica empresarial; são organizações mais antigas e ligadas ao movimento tradicional do cooperativismo representado pela OCESC/OCB.

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A cooperação na AFeC

Estratégias de cooperação na AFeC:

1. Cooperação comunitária funcional: ainda impregnada

da concepção de cooperação prática (“espírito comunitário”) , de ação concreta e resposta imediata às necessidades das famílias. Propõe-se apolítica, mantendo certa autonomia em relação às forças externas à comunidade.

Inversão de força:

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A cooperação na AFeC

Estratégia de cooperação na AFeC

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A cooperação na AFeC

Estratégia de cooperação na AFeC

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Possíveis lições aprendidas

• Compreensão da realidade local/territorial:

econômica, social, ambiental, cultural, saberes... • Entidades, projetos e recursos de apoio;

• Formação: boa proposta politico-pedagógica; • Forte formação de lideranças - protagonismo • Possibilitou a surgimentos e autonomia das

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Possíveis lições aprendidas

• Compreender a cooperação na sua inserção e

ligação com as dinâmicas maiores (Movimentos Sociais, Programas e Projetos e processos de

Desenvolvimento Local)

• Compreender a cooperação em suas

particularidade e específico (papel, gestão, forte ligação com os sistemas sócio produtivos);

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Desafios da cooperação na AFeC

1) Encontrar mecanismos que permitam conciliar ou reconciliar a expansão (integração) da organização cooperativa, como empresa de negócios, com a possibilidade de controle democrático e da participação efetiva dos associados na gestão da sua organização.

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Desafios da cooperação da AFeC

2) Pensar o desenvolvimento sustentável,

considerando que o cooperativismo ainda hegemônico se constitui em instrumento estratégico e privilegiado do estado e das classes patronais rurais, no processo de “modernização dolorosa”, que reforçou e aprofundou as desigualdades sociais e

regionais.

Esse foi outro grande desvio do

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Desafios da cooperação na AFeC

3)Estabelecer a solidariedade e a intercooperação dentro do sistema organizacional cooperativista, que sempre foram mais formais do que reais, diante do processo da globalização liberal que exacerba a competitividade entre as organizações.

4) Incorporar a dimensão cultural na construção organizacional;

Referências

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