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:: UMA PALAVRA DO AUTOR :: O segredo do sucesso

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Academic year: 2022

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Ficha Técnica

Título original: Think And Grow Rich Título: Pense e Fique Rico

Autor: Napoleon Hill

Traduzido do inglês por Miguel Moiteiro Marques Revisão: Henrique Tavares e Castro

Capa: rui[lúcio]carvalho

Imagem de capa: Daniel Barillot/Masterfile Portugal ISBN: 9789892317847

LUA DE PAPEL [Uma chancela do grupo Leya]

Rua Cidade de Córdova, n.º 2 2610-038 Alfragide – Portugal

Tel. (+351) 21 427 22 00 Fax. (+351) 21 427 22 01

Edição Revista © 1966, 1994 por The Napoleon Hill Foundation Tradução portuguesa © 2007, Lua de Papel

Todos os direitos reservados de acordo com a legislação em vigor luadepapel@leya.pt

http://editoraluadepapel.blogs.sapo.pt www.leya.pt

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:: UMA PALAVRA DO AUTOR ::

O segredo do sucesso

Em todos os capítulos deste livro são feitas menções ao segredo de fazer dinheiro que permitiu a criação de riqueza a centenas de homens extremamente ricos, os quais analisei com cuidado durante um longo período de tempo.

Foi Andrew Carnegie quem me chamou a atenção para o segredo, há mais de meio século. O astuto e encantador velhote escocês lançou a ideia na minha mente sem pensar duas vezes, quando eu era apenas um rapaz. Depois, sentou-se de novo na sua cadeira, com um brilho divertido nos olhos e ficou a ver atentamente se eu tinha cabeça para perceber o significado completo daquilo que ele me tinha contado.

Quando ele viu que eu tinha apanhado a ideia, perguntou-me se estava disposto a passar vinte anos ou mais a preparar-me para dá-la a conhecer ao mundo, aos homens e às mulheres que, sem esse segredo, podiam seguir vida fora como falhados. Disse-lhe que sim e, com a cooperação de Carnegie, mantive a minha promessa.

Este livro, Pense e Fique Rico, contém o segredo de Carnegie – um segredo que foi testado na prática por milhares de pessoas em quase todas as áreas profissionais. A ideia de Carnegie era que a fórmula mágica que lhe tinha dado uma fortuna estupenda deveria ser colocada ao alcance das pessoas que não têm tempo para investigar como é que os homens fazem dinheiro. A esperança dele era que eu pudesse testar e demonstrar a solidez da fórmula através da experiência de homens e de mulheres em todas as profissões. Ele acreditava que a fórmula deveria ser ensinada em todas as escolas públicas e universidades e considerava que, se fosse devidamente ensinada, iria revolucionar todo o sistema educativo, de forma que o tempo passado a estudar poderia ser reduzido a menos de metade.

No capítulo 2 sobre a fé, irá ler a espantosa história da criação da gigantesca United States Steel Corporation, da forma como foi concebida e levada a cabo por um dos homens através dos quais Carnegie provou que a sua fórmula resultará com todos aqueles que estiverem prontos para ela.

Esta simples aplicação do segredo por Charles M. Schwab permitiu-lhe ganhar uma enorme fortuna, tanto em dinheiro como em bens materiais. Falando por alto, esta aplicação da fórmula rendeu 600 milhões de dólares.

Estes factos – e são factos bem conhecidos de todos aqueles que eram próximos de Carnegie – dão-lhe uma boa ideia daquilo que a leitura deste livro poderá trazer-lhe, desde que saiba o que quer.

O segredo foi passado a milhares de homens e de mulheres que o usaram em benefício pessoal, tal como Carnegie planeou que o fizessem. Alguns fizeram fortunas com ele. Outros usaram-no com sucesso para criar harmonia no lar. Um sacerdote utilizou-o com tanta eficácia que lhe trouxe um rendimento anual acima dos 75 mil dólares.

Arthur Nash, um alfaiate de Cincinnati, utilizou o seu negócio à beira da falência como “cobaia”

para testar a fórmula. O negócio recuperou e permitiu aos seus proprietários ficarem ricos. A experiência foi de tal modo única que os jornais e as revistas, ao divulgarem-na, fizeram-lhe

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publicidade num valor superior a um milhão de dólares.

O segredo foi passado a Stuart Austin Wier, de Dallas, no Texas. Ele estava preparado para o aplicar – de tal forma que abandonou a sua profissão e foi estudar Direito. Foi bem sucedido? Essa é uma história contada no capítulo 4 sobre o conhecimento especializado.

Quando eu trabalhava como gestor de publicidade na Universidade de LaSalle1, tive o privilégio de ver J. G. Chapline, presidente da universidade, usar a fórmula de modo tão eficiente que tornou LaSalle numa das maiores escolas de ensino contínuo do país.

O segredo a que me refiro é mencionado neste livro não menos de cem vezes. Não foi revelado directamente, pois parece resultar melhor quando é simplesmente deixado à vista, de forma a que aqueles que estejam preparados e que o procuram o possam apanhar. Foi por isso que Andrew Carnegie mo passou, sem me dar o seu nome específico.

Se estiver preparado para o pôr em prática, irá reconhecer este segredo pelo menos uma vez em cada capítulo, mas não vai encontrar a explicação sobre o modo de saber se já está preparado. Isso iria retirar-lhe muitos dos benefícios que receberá quando fizer a descoberta pelos seus próprios meios.

Se alguma vez se sentiu desencorajado, se já teve de ultrapassar dificuldades que lhe esgotaram as forças, se já tentou e falhou, se alguma vez esteve incapacitado por uma doença ou um sofrimento físico, a história do meu filho e da sua descoberta e uso da fórmula de Carnegie poderá revelar-se o oásis de que você estava à procura no Deserto da Esperança Perdida.

Este segredo foi utilizado extensivamente pelo presidente Woodrow Wilson durante a Primeira Guerra Mundial. Foi passado a todos os soldados no treino que receberam antes de irem para a frente de batalha. O presidente Wilson disse-me que foi um factor influente na recolha de fundos necessários para a guerra.

Uma particularidade deste segredo é que todos aqueles que chegaram a adquiri-lo e a usá-lo são literalmente arrastados para o sucesso. Contudo, como é referido várias vezes neste livro, obter algo a troco de nada é coisa que não existe. O segredo a que me refiro não pode ser alcançado sem pagar um preço, embora este seja muito inferior ao seu valor.

Outra peculiaridade é que o segredo não pode ser dado nem comprado com dinheiro. Não pode ser obtido por aqueles que não tenham a intenção de o procurar, independentemente do preço. Isso deve-se ao facto de surgir em duas partes e, para o obter, uma das partes tem de estar já na sua posse.

O segredo servirá a todos quantos estejam preparados para ele. A instrução escolar não tem qualquer influência. Muito antes de eu ter nascido, o segredo foi parar à posse de Thomas A.

Edison e ele usou-o de forma tão inteligente que se tornou o inventor mais proeminente do mundo, apesar de ter frequentado o ensino apenas três meses.

O segredo passou para Edwin C. Barnes, um homem de negócios associado a Edison. Ele usou-o de modo tão eficiente que acumulou uma grande fortuna e retirou-se da actividade quando ainda era um homem novo. Irá encontrar a sua história no início do próximo capítulo. Ela deverá convencê-lo de que as riquezas não estão fora do seu alcance, de que poderá ser o que quiser, de que o dinheiro, a fama, o reconhecimento e a felicidade podem ser atingidas por todos aqueles que estejam prontos e determinados a obter essas bênçãos.

Como é que eu sei estas coisas? Deverá obter a resposta antes de terminar este livro. Poderá encontrá-la logo no primeiro capítulo ou na última página.

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Durante a pesquisa que realizei a pedido de Andrew Carnegie, analisei centenas de homens conhecidos, muitos dos quais atribuíram as suas vastas fortunas ao segredo de Carnegie. Entre esses homens estão:

Henry Ford > Fundador da companhia de automóveis Ford começou sem dinheiro e pouca formação escolar, mas tornou-se um dos mais bem sucedidos self-made man da história americana.

William Wrigley Jr. > Um vendedor que descobriu que os seus clientes gostavam mais da pastilha elástica que ele dava como brinde do que dos artigos que ele vendia; por isso, criou a sua própria empresa.

John Wanamaker > Apelidado de Príncipe Mercador, criou o primeiro centro comercial do mundo e foi aclamado pelas suas inovações na área do marketing, do serviço aos clientes e dos benefícios aos empregados.

James J. Hill > Conhecido como o Construtor de Impérios, construiu a companhia ferroviária transcontinental Great Northern Railway, encorajou a fixação de populações no Oeste e depois estabeleceu rotas marítimas entre a América e a Ásia.

George S. Parker > Um professor que se cansou de arranjar as canetas dos seus alunos, criou um novo design, fundou a empresa de canetas Parker e transformou uma ideia simples numa fortuna.

E. M. Statler > Filho de um pastor pobre, começou como paquete e abriu caminho até poder criar a sua própria cadeia de hóteis Statler, famosos pelo luxo e pelo “serviço com um

sorriso”.

Henry L. Doherty > Aos 12 anos era moço de recados na Columbia Gas mas acabou por possuir 53 empresas de serviços e de patentear 140 inovações para a produção de gás natural e petróleo.

Cyrus H. K. Curtis > Começou com um pequeno semanário sobre agricultura, que transformou no Ladies’ Home Journal, fundou o Saturday Evening Post e congregou um dos maiores

impérios da imprensa.

George Eastman > Inventor e fundador da Eastman Kodak Company, criou muitas das inovações que popularizaram a fotografia e que transformaram a indústria do cinema.

Charles M. Schwab > O braço direito de Andrew Carnegie, foi presidente da Carnegie Steel Company, mediou o negócio da criação da U.S. Steel e fundou também a Bethlehem Steel.

Theodore Roosevelt > Vigésimo sexto presidente dos Estados Unidos da América, 1901 - 1909.

John W. Davis > Advogado e líder político, foi assistente do procurador-geral sob a presidência de Woodrow Wilson e foi nomeado, mais tarde, embaixador no Reino Unido.

Elbert Hubbard > Filósofo, editor da revista The Fra e fundador da comunidade de artistas Roycrofters; foi também autor de muitos best-sellers, incluindo Uma Carta para Garcia.

Wilbur Wright > O dono de uma loja de bicicletas que, com o seu irmão Orville, se tornou o primeiro americano a voar numa aeronave motorizada; foram pioneiros da indústria da

aviação.

William Jennings Bryan > Director de um jornal, candidato presidencial, secretário de estado da presidência de William McKinley, mas talvez mais conhecido como o advogado que

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defendeu o criacionismo no processo judicial Scopes Monkey2.

Dr. David Starr Jordan > Pedagogo, cientista e autor de mais de cinquenta livros, foi o mais jovem reitor de uma universidade americana (Universidade de Indiana) e tornou-se o primeiro reitor da Universidade de Stanford.

J. Ogden Armour > Herdou o negócio de carne embalada da sua família, transformou-o num conglomerado com mais de três mil produtos, foi um dos donos dos Chicago Cubs e director do National City Bank.

Arthur Brisbane > Um cruzado do jornalismo e colaborador de agências noticiosas, era solicitado por todas as grandes empresas de comunicação social e era o mais lido e mais bem pago colunista da sua época.

Dr. Frank Gunsaulus > Um padre de Chicago que fez um sermão tão poderoso que Philip D.

Armour lhe deu um milhão de dólares para ele criar o Armour Institute of Technology, para o qual Gunsaulus foi nomeado presidente.

Daniel Willard > Presidente da B&O Railroad durante mais de trinta anos, teve a honra de ver a cidade de Willard, Ohio, receber o seu nome.

King Gillette > Vendedor e engenhocas nato, estava a tentar barbear-se num comboio em andamento quando lhe surgiu a ideia da lâmina de barbear segura, a qual se tornou o fundamento de uma gigantesca corporação.

Ralph A. Weeks > Presidente das International Correpondence Schools, ajudou a financiar o Intra-Wall Institute de Napoleon Hill, criado para educar e reabilitar presidiários.

Juiz Daniel T. Wright > Instrutor na Escola de Direito de Georgetown, onde Napoleon Hill estava a estudar quando a Bob Taylors’ Magazine lhe deu a tarefa de escrever um perfil de Andrew Carnegie.

John D. Rockefeller > Com mil dólares de poupanças e outros mil emprestados pelo pai, criou uma empresa de petróleo, que fez crescer até se tornar a gigante Standard Oil, e uma das maiores fortunas do mundo.

Thomas A. Edison > Inventor e empresário, aperfeiçoou a lâmpada eléctrica, o fonógrafo, a câmara de filmar e obteve os direitos de mais de mil inventos patenteados.

Frank A. Vanderlip > Um pobre rapaz que se tornou jornalista, reformador social e

milionário, um self-made man que foi presidente do National City Bank e secretário adjunto do Tesouro.

F. W. Woolworth > Funcionário de um armazém, lançou a ideia pioneira da venda a preço fixo e do self-service, mudando para sempre a venda a retalho com a sua cadeia de lojas Woolworth “5 and 10 Cent”.

Coronel Robert A. Dollar > Começou com uma pequena escuna comprada para rebocar

madeira ao longo da costa oeste, criou a Dollar Steamship Company, a maior frota de paquetes de luxo que navegam sob a bandeira americana.

Edward A. Filene > Fundador de lojas de comércio em Boston, inventou métodos revolucionários na distribuição e promoção de produtos e tornou-se famoso por criar o conceito de “Loja de Oportunidades”.

Edwin C. Barnes > O único homem que Thomas Edison teve como sócio, aproveitou o dictafone, que não vendia, e transformou-o num tal sucesso que se tornou um objecto de escritório, fazendo-o multimilionário.

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Arthur Nash > Um fabricante de roupa de Cincinnati que usou o seu negócio à beira da falência como cobaia do segredo de Carnegie e que foi tão bem sucedido que os jornais o tornaram conhecido como Golden Rule Nash3.

Clarence Darrow > Advogado, orador e defensor dos oprimidos, ficou conhecido como o advogado que defendeu o ensino da teoria da evolução no processo Scopes Monkey.

Woodrow Wilson > Vigésimo oitavo presidente dos Estados Unidos da América, 1913-1921.

William Howard Taft > Vigésimo sétimo presidente dos Estados Unidos da América, 1909- 1913.

Luther Burbank > Horticultor mundialmente conhecido que introduziu mais de 800

variedades de novas plantas, num esforço para melhorar a qualidade das espécies e, dessa forma, aumentar o fornecimento de comida no mundo.

Edward W. Bok > Apesar de ter apenas seis anos de instrução escolar, era aos vinte anos o editor da Ladies’ Home Journal, revista que ajudou a tornar-se numa das de maior circulação no mundo.

Frank A. Munsey > Um operador de telégrafo que desistiu do seu trabalho para lançar a

revista Argosy, e que depois transformou a sua fortuna num império de comunicação social que incluía o Washington Times e o New York Herald.

Elbert H. Gary > Presidente da U.S. Steel, na altura em que esta era a maior corporação do mundo, liderou a construção do maior projecto da empresa: a fábrica de aço de Gary Works e a cidade de Gary (Indiana).

Dr. Alexander Graham Bell > Conhecido como o inventor do telefone, aperfeiçoou também aparelhos de gravação, fez avanços na aviação e foi cofundador da National Geographic Society.

John H. Patterson > Presidente da National Cash Register, era conhecido como um visionário da publicidade e um génio a motivar o seu pessoal de vendas, o que fez da National Cash

Register líder no mercado.

Julius Rosenwald > Um pequeno fabricante que anteviu o futuro das encomendas por correio, comprou 25 por cento da Sears, Roebuck & Co. e, juntamente com Richard Sears, transformou- a num ícone do negócio americano.

Stuart Austin Wier > Um engenheiro de construção que Napoleon Hill conheceu nos campos de petróleo do Texas e que, inspirado pelo segredo de Carnegie, foi estudar Direito aos

quarenta anos; esteve também envolvido na publicação da Napoleon Hill’s Magazine.

Dr. Frank Crane > Um reconhecido psicólogo, ensaísta e autor do livro Four Minute Essays sobre matérias como “O preço da liberdade”, “Pragmatismo”, “O dever dos ricos” e “Como manter os amigos”.

J. G. Chapline > Reitor da Universidade de LaSalle, em cujo departamento de vendas e publicidade Napoleon Hill trabalhou, e onde Hill se apercebeu, pela primeira vez, do seu talento para motivar pessoas.

Jennings Randolph > Director de uma companhia aérea, congressista e senador da West Virginia, foi um eterno admirador de Napoleon Hill e foi ele quem encorajou este a desempenhar o cargo de conselheiro do presidente Franklin Delano Roosevelt.

Estes nomes representam apenas uma pequena fracção das centenas de notáveis americanos cujas

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proezas, financeiras ou de outra ordem, provaram que aqueles que compreendem e aplicam o segredo de Carnegie alcançam elevados patamares na vida.

Não conheci ninguém que, estando inspirado para usar o segredo de Carnegie, não tivesse alcançado um sucesso assinalável. Por outro lado, nunca conheci ninguém que se distinguisse ou acumulasse riquezas de qualquer tipo sem estar na posse do segredo. A partir destes dois factos, concluí que o segredo é mais importante para a autodeterminação do que qualquer outra coisa que se obtenha através da denominada “instrução escolar”.

A certa altura, à medida que for lendo, o segredo saltará da página e tornar-se-á bem visível para si, mas só se estiver preparado para ele. Quando ele aparecer, irá reconhecê-lo. Quer receba um sinal no primeiro ou no último capítulo, pare um momento quando ele aparecer, anote a hora e o local. Você irá querer recordar-se, pois essa ocasião marcará o mais importante momento de viragem na sua vida.

Lembre-se também, à medida que avançar no livro, de que ele lida com factos e não com ficção, que o seu objectivo é transmitir uma grande verdade universal através da qual você, se estiver preparado, poderá aprender o que fazer e como fazer. Também irá receber o estímulo necessário para começar.

Como palavra final de preparação, permite-me fazer uma breve sugestão que poderá fornecer uma pista sobre a forma como o segredo de Carnegie pode ser reconhecido? É a seguinte: todos os empreendimentos realizados, todas as riquezas ganhas, têm o seu início numa ideia. Se você estiver preparado para o segredo, já possui metade dele; por isso, irá reconhecer prontamente a outra metade no momento em que ele atingir a sua mente.

1. Extension University no original: uma universidade de formação contínua ao longo da vida. (N. do T.)

2. O julgamento de um professor do Tennessee que violou uma lei de 1925, a qual proibia o ensino de qualquer teoria que negasse a criação divina do Homem relatada na Bíblia. (N. do T.)

3. Alcunha que faz referência ao livro de Nash, Golden Rule in Business (1923). (N. do T.)

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:: INTRODUÇÃO ::

Os pensamentos são coisas

O homem que “pensou” o seu caminho para se tornar sócio de Thomas A. Edison

De facto, “os pensamentos são coisas” e são poderosos quando misturados com a definição de objectivos, a persistência e o desejo ardente da sua concretização em riquezas ou outros bens materiais.

Há alguns anos, Edwin C. Barnes descobriu como é de facto verdade que os homens realmente pensam e ficam ricos. A sua descoberta não apareceu de uma assentada. Foi feita a pouco e pouco, começou com um desejo ardente de se tornar parceiro de negócios do grande Edison.

Tanto a pobreza como a riqueza são fruto do pensamento.

Uma das principais características do desejo de Barnes era ser bem definido. Ele queria trabalhar com Edison e não trabalhar para ele. Preste muita atenção ao modo como ele transformou o desejo em realidade e irá perceber melhor os princípios que conduzem à riqueza.

Quando este desejo ou impulso do pensamento surgiu pela primeira vez na sua mente, ele não tinha meios para o pôr em prática. Tinha duas dificuldades no seu caminho. Não conhecia Edison e não tinha dinheiro suficiente para pagar um bilhete de comboio até West Orange, em New Jersey, onde estava localizado o famoso laboratório de Edison.

As dificuldades seriam suficientes para desencorajar a maioria das pessoas a tentarem concretizar o seu desejo. Mas este não era um desejo qualquer!

O INVENTOR E O VAGABUNDO

Edwin C. Barnes apresentou-se pessoalmente no laboratório de Edison e revelou que vinha para entrar no negócio do inventor. Anos mais tarde, ao falar do primeiro encontro que teve com Barnes, Edison disse:

“Ele estava diante de mim, com o aspecto de um comum vagabundo, mas havia algo na sua expressão facial que me deu a impressão de estar determinado a conseguir aquilo de que tinha vindo à procura. Eu tinha aprendido, ao longo de anos de experiência com os homens, que quando um homem deseja realmente uma coisa tão profundamente que está disposto a arriscar todo o seu futuro num simples tiro no escuro, é garantido que ele vai conseguir alcançar essa coisa. Dei-lhe a oportunidade que ele pedia porque percebi que estava decidido a ficar até ser bem sucedido. Os acontecimentos subsequentes provaram que não foi um erro.”

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Não pôde ter sido a aparência do jovem a permitir-lhe o arranque no escritório de Edison, pois isso jogava inteiramente contra ele. O que pesou foi aquilo que ele pensava.

Barnes não conseguiu tornar-se sócio de Edison logo no primeiro encontro. Conseguiu a oportunidade de trabalhar no escritório de Edison com um salário muito baixo.

Os meses passaram. Não acontecia nada que aproximasse Barnes da meta desejada, que ele tinha estabelecido como o seu mais importante e categórico objectivo. Mas algo essencial estava a passar-se na mente de Barnes. Intensificava constantemente o desejo de se tornar sócio de Edison.

Os psicólogos afirmaram correctamente que “quando uma pessoa está verdadeiramente preparada para algo, essa coisa acontece”. Barnes estava preparado para uma sociedade com Edison. E estava determinado a manter-se preparado até conseguir aquilo que procurava.

Ele não disse para si próprio: “Ora, para que é que serve isto? Acho que vou mudar de ideias e tentar um lugar de vendedor.” Mas disse: “Eu vim para entrar no negócio com Edison e irei alcançar esta meta, nem que leve o resto da minha vida.” Estava mesmo decidido a isso! Como seria diferente a história contada pelos homens, se ao menos tivessem estabelecido um objectivo preciso e mantido esse objectivo até ele, com o tempo, se tornar uma completa obsessão.

Talvez o jovem Barnes não o soubesse na altura, mas a sua determinação, tenacidade e a sua persistência em se concentrar num único desejo, estavam destinadas a deitar abaixo toda a oposição e a trazer-lhe a oportunidade que ele procurava.

Quando a oportunidade chegou, esta apareceu-lhe de uma forma e vinda de uma direcção diferentes daquelas que Barnes tinha esperado. Essa é uma das artimanhas da oportunidade. Ela tem o hábito matreiro de entrar despercebidamente pela porta das traseiras e, muitas vezes, vem disfarçada sob a forma de azar ou derrota temporária. Talvez seja por isso que muita gente não consegue reconhecer a oportunidade.

Edison tinha acabado de aperfeiçoar um novo instrumento de escritório, conhecido na altura como “O Dictafone de Edison”. Os seus vendedores não estavam entusiasmados com a máquina.

Não acreditavam que a conseguissem vender sem grande esforço. Barnes viu a sua oportunidade disfarçada sob a forma de uma máquina de aspecto estranho, que não interessava a mais ninguém a não ser a Barnes e ao seu inventor.

Barnes sabia que conseguiria vender o Dictafone de Edison e disse-o a Edison. O inventor decidiu dar-lhe essa oportunidade. E ele conseguiu mesmo vender a máquina. De facto, vendeu-a com tanto sucesso que Edison ofereceu-lhe um contrato para a distribuir e comercializar em todo o país. A partir desta sociedade, Barnes tornou-se rico, mas fez algo infinitamente maior. Provou que uma pessoa pode realmente pensar e ficar rica.

Não tenho forma de saber a quantidade de dinheiro que rendeu esse primeiro desejo de Barnes.

Talvez lhe tenha trazido dois ou três milhões de dólares, mas a quantia, qualquer que ela seja, torna-se insignificante se comparada com o maior bem que ele conquistou: o conhecimento decisivo de que um impulso intangível do pensamento pode ser transformado em recompensas materiais através da aplicação de princípios conhecidos.

Barnes literalmente pensou nele próprio como sócio do grande Edison! Pensou nele próprio rico.

E não tinha nada com que começar, excepto saber o que queria e a determinação para se manter firme no desejo até o realizar.

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