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XXV CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA ZOOTEC 2015 Dimensões Tecnológica e Sociais da Zootecnia

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XXV CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA

ZOOTEC 2015

Dimensões Tecnológica e Sociais da Zootecnia Fortaleza – CE, 27 a 29 de maio de 2015

1Professor FCAV/UNESP – Jaboticabal, SP, Pesquisador do CNPq, Membro do INCT/CA - rareis@fcav.unesp.br;

2Pós-doutorandos do Departamento de Zootecnia da FCAV/UNESP, a Bolsista do CNPq, b Bolsista FAPESP

SUPLEMENTAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE MANEJO DE PASTAGENS DE CAPINS TROPICAIS PARA A PRODUÇÃO DE CARNE

Ricardo Andrade Reis1

André Luis da Silva Valente2a

Wilton Ladeira da Silva2b

1. INTRODUÇÃO

Com uma área de pastagens de 174 milhões de hectares e o maior rebanho bovino comercial do mundo, com 210 milhões de cabeças (IBGE, 2010), o Brasil possui uma posição de destaque frente aos demais mercados produtores de carne. Contudo, apesar de todo seu potencial, o sistema nacional ainda é caracterizado pela exploração das pastagens com baixo uso de tecnologia, o que compromete a produtividade. Frente a estas limitações, alternativas como o correto manejo das pastagens e a suplementação estratégica são algumas opções que podem melhorar a eficiência do sistema refletindo em maior produtividade.

No Brasil, mais de 60% das pastagens são formadas por gramíneas cultivadas, que apresentam oscilações quanti-qualitativas ao longo do ano, que causam limitações nutricionais em algum momento e consequentemente comprometem o consumo e desempenho animal. Durante a época seca do ano ocorre redução da qualidade nutricional das gramíneas tropicais, principalmente, pela redução do conteúdo de proteína bruta (PB), que atinge valores inferiores ao nível crítico de 6 a 7% da matéria seca (REIS et al., 2005), elevação do conteúdo de parede celular e assim, prejudicam o desempenho animal. Já durante a época chuvosa do ano, a forragem disponível se apresenta com melhor qualidade, no entanto, apesar de melhorar o desempenho animal, a sua utilização como fonte nutricional ainda não é considerada ótima. De acordo com Detmann et al. (2010) existe um desbalanço nutricional em pastos tropicais durante a época das chuvas, caracterizado pelo relativo excesso de energia em relação à PB disponível. Contudo em pastos de gramíneas tropicais manejados em lotação continua ou rotativa e seguindo os conceitos de interceptação luminosa, observa-se elevado conteúdo de proteína solúvel, o que remete a necessidade de suplementação protéico/energética. Segundo Valente (2015); Oliveira (2014) e Casagrande et al., (2011) existe um ganho latente adicional de aproximadamente 300 g animal-1 dia-1, que pode ser atingido com o correto manejo das

pastagens e o uso da suplementação.

A suplementação como estratégia de manejo de pastagens visando a produção de carne surgiu, segundo Reis et al. (2010), como alternativa para corrigir a deficiência de nutrientes da forragem, aumentar a capacidade suporte das pastagens, potencializar o ganho de peso, diminuir a idade ao abate e fornecer

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aditivos ou promotores de crescimento aos animais. Porém, a resposta e nível de suplementação varia de acordo com a época do ano, a categoria animal, a qualidade da forragem disponível e ingerida pelos animais em pastejo e o desempenho animal pretendido.

Com base no exposto, o presente texto visa descrever as principais características das pastagens tropicais e as estratégias de manejo, que são temas de suma importância para o entendimento de como a suplementação pode afetar a produção de carne no sistema de pastejo.

2. CARACTERÍSTICAS DAS PASTAGENS TROPICAIS

As pastagens tropicais assumem relevada importância no que diz respeito à produção de carne bovina no Brasil, devido principalmente, ao fato da criação dos ruminantes ser alicerçada quase que exclusivamente sobre pastagens, principalmente as cultivadas. Segundo Allen et al. (2011), pastagens cultivadas são aquelas estabelecidas por plantas forrageiras domesticadas, sejam elas de espécies exóticas ou mesmo nativas, as quais podem receber tratos culturais periódicos. Estes tratos culturais podem ser traduzidos em manejo de pastagens, que englobam diversas técnicas para manter a produtividade do sistema.

Dentre as pastagens cultivadas no Brasil, principalmente no Centro e Norte do país destacam-se as espécies dos gêneros Brachiaria, Panicum e Cynodon. Estas espécies são plantas de metabolismo C4

caracterizadas pela elevada produção de biomassa em comparação às de metabolismo C3, fator essencial

quando se busca elevada produção por unidade de área. Todavia, a produção de biomassa é fortemente influenciada por condições climáticas, acarretando na conhecida sazonalidade de produção das plantas forrageiras.

A sazonalidade de produção de biomassa nas condições tropicais do Brasil é decorrente de fatores ambientais como a radiação solar, temperatura, disponibilidade hídrica, além dos fatores relacionados à fertilidade dos solos. A radiação solar promove a redução do CO2 para formação de carboidratos durante a

fotossíntese, os quais serão usados na síntese de tecidos vegetais. Assim, menor comprimento do dia, ou seja, menor fotoperíodo irá ocasionar redução na quantidade de metabólitos advindos da fotossíntese (VAN SOEST, 1994) e consequentemente menor crescimento e desenvolvimento das plantas. A temperatura promove efeitos imediatos sobre os processos bioquímicos da respiração e fotossíntese, além de agir diretamente nos processos morfogênicos das plantas. Em condições ideais de luz e nutrientes a temperatura elevada promove aumento da taxa de alongamento foliar bem como no número de folhas nos perfilhos, uma vez que a temperatura estimula a divisão e a expansão celular nos meristemas foliares além de atuar na produção de fotoassimilados para geração de novas células (BEN-HAJ-SALAH e TARDIEU, 1995). Já a disponibilidade hídrica está relacionada ao crescimento das plantas, além de ser um capacitor de dissipação tanto do excesso de energia solar recebida pelas folhas quanto o excesso de temperatura (LEMAIRE, 2001) e ainda é uma importante via de absorção e transporte de nutrientes. Em condições de baixa umidade do solo o crescimento das plantas é prejudicado pela redução da taxa de alongamento foliar e da densidade populacional de perfilhos (DURAND et al., 1997).

Uma característica marcante dos pastos tropicais, que é afetada diretamente pelas condições ambientais acima citadas é o alongamento do colmo. O avanço no desenvolvimento do colmo representa fator significativo de alterações anatômicas das plantas, que irão refletir no aspecto qualitativo. Segundo

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Hacker e Minson (1981), em colmos jovens as células parenquimáticas são relativamente indiferenciadas e altamente digestíveis. À medida que o colmo se desenvolve estas células desenvolvem uma espessa parede secundária, formando um rígido anel esclerenquimático ao redor dos feixes vasculares, causando decréscimo na digestibilidade (WILSON, 1993). O alongamento excessivo do colmo em pastos tropicais compromete a relação folha/colmo da planta, a qualidade da forragem (NASCIMENTO JÚNIOR et al., 2013), o comportamento ingestivo de animais em pastejo (STOBBS, 1973; VIEIRA, 2011; VALENTE, 2015), o consumo de forragem (EUCLIDES et al., 1999, VALENTE, 2015), a eficiência de utilização da forragem (SILVA et al., 1994), e consequentemente o desempenho e o rendimento animal, (EUCLIDES et al., 1999; CÂNDIDO et al., 2005; RAMALHO, 2011; VALENTE, 2015).

Reconhecidamente os pastos formados por gramíneas tropicais são caracterizados pelo alto teor de fibra, que atua negativamente no consumo de forragem, devido ao maior tempo de retenção ruminal e menor taxa de solubilização da digesta, resultando em menor taxa de passagem e maior enchimento do rúmen. São constituídas ainda por plantas com baixas concentrações de PB, normalmente abaixo de 10% e baixa digestibilidade, em comparação as plantas C3. Assim, fica evidente a necessidade de utilização de técnicas de

manejo tanto das pastagens quanto do pastejo para minimizar as deficiências nutricionais encontradas nas forrageiras tropicais e potencializar os efeitos positivos. Entretanto, o manejo com foco na interceptação luminosa, ou seja, o índice de área foliar ótimo, correspondente a alturas de pastejo que propiciam alta proporção de folhas verdes no dossel, resulta em forragem de alto valor nutritivo, sendo comuns valores de PB acima de 12%, FDN abaixo de 65% e valores de digestibilidade superiores a 65%, propiciando consumo de MS da ordem de 2,2% PC (peso corporal) e ganhos de peso médios diários acima de 0,8 kg/dia.

3. MANEJO DE PASTAGENS NAS CONDIÇÕES TROPICAIS

No Brasil, segundo Da Silva (2013), na última década têm ocorrido mudanças significativas na produção animal baseada em pastagens. Em algumas propriedades rurais, reduziu-se a produção extrativista e adotou-se a produção intensiva em pastagens. Segundo o mesmo autor, a produção intensiva é sinônimo de pastos formados por cultivares de Panicum, Cynodon ou Brachiaria adubados e manejados de forma correta. Por outro lado, a necessidade de exploração de pastagens de forma a preservar e conservar o meio ambiente, produzir alimentos de qualidade respeitando os princípios éticos de criação e manejo dos animais, além de gerar retorno financeiro, também tem ganhado destaque cada vez maior (LEMAIRE et al., 2005).

Atualmente existe uma tendência de que a agricultura, tanto para a produção de alimentos quanto de energia, avance sobre as áreas de pastagem, havendo um deslocamento para áreas marginais, mais sujeitas aos fatores de estresse abióticos (SANTOS, 2009), o que inevitavelmente, demandará melhorias e adição de novas técnicas de manejo para que o desafio do aumento da produtividade animal continue, tendo em vista que a demanda global por carne bovina, segundo a FAO, é a que deve apresentar maior taxa de crescimento (42%) até o ano de 2025.

Dentre as diversas técnicas para intensificação do uso das pastagens, a adubação nitrogenada tem contribuído para a redução na abertura de novas áreas, e assim, redução do desflorestamento, devido à capacidade dos pastos adubados de suportarem maiores taxas de lotação animal, conforme demonstrado por Bernardino et al. (2011); Gimenes et al. (2011); Brambilla et al. (2012). Estas maiores taxas de lotação nos

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pastos adubados se devem, principalmente, ao potencial produtivo da forrageira, cuja expressão requer solos com fertilidade adequada às suas exigências nutricionais (CANTARUTTI & NOVAIS, 2005).

A adubação nitrogenada viabiliza a correção do nível de outros nutrientes, além do N, favorece o aumento do teor de matéria orgânica do solo ao longo dos anos (SANTOS, 2009), contribuindo para evitar a perda de produtividade das pastagens e mitigar a emissão de gases de efeito estufa (MARTHA JÚNIOR et al., 2004), aumenta a eficiência de utilização de recursos como radiação solar e água pelas plantas (LEMAIRE e CHAPMAN, 1996), favorece a mobilização de reservas de C e N da planta logo depois da desfolha (MILLARD et al., 1990), interfere no ritmo de expansão da área foliar e no peso e número de perfilhos acarretando em aumento de biomassa nos pastos (WHITEHEAD, 1995), além de proporcionar melhorias no valor nutritivo da forragem. Assim, forragem disponível em maior quantidade e melhor valor nutritivo, aumenta a capacidade suporte dos pastos, a taxa de lotação animal, e os ganhos por animal e por área.

No primeiro instante, o que mais é observado com a adubação de pastagens, é o aumento da massa de forragem, a qual se torna o principal indicador utilizado para avaliar se a quantidade de forragem se mantém em níveis adequados para o desempenho tanto das plantas quanto dos animais (BARIONI et al., 2006). Esta massa pode ser estimada por técnicas, diretas ou indiretas, porém, algumas se tornam muito trabalhosas e raramente são utilizadas no campo. Trabalhos têm correlacionado a massa de forragem com a altura dos pastos (Tabela 1), que é hoje o critério mais recomendado e utilizado para o manejo do pastejo de gramíneas forrageiras tropicais (FARIA et al., 2015), independentemente do método de pastejo utilizado. Contudo, é necessário enfatizar que o uso da adubação sem o correto ajuste da taxa de lotação, pode se tornar um entrave. Haja vista que a adubação, promoverá aumento no crescimento da planta e caso esta forragem não seja colhida, resultará em alongamento do colmo o que comprometerá a qualidade da forragem disponível bem como sua colheita pelo animal.

Tabela 1. Recomendações de alturas médias dos pastos em condições de lotação contínua e rotacionada.

Espécie Forrageira Método de pastejo Altura (cm) Fonte

Capim marandu

Contínuo 25 Oliveira (2013); Valente (2015)

Rotativo Entrada: 25

Saída: 10 a 15 Gimenes et al. (2007)

Capim xaraés

Contínuo 30 Carloto et al. (2011)

Rotativo Entrada: 30

Saída: 15 a 20 Galzerano et al. (2013)

Capim mombaça Rotativo Entrada: 90

Saída: 30 a 50 Da Silva et al. (2009) Capim tanzânia

Contínuo 40 a 60 Canto et al. (2008)

Rotativo Entrada:70

Saída: 25 a 50

Barbosa et al. (2007) Da Silva et al. (2009) Em relação ao consumo de animais mantidos em pastagens, sabe-se que as características e a estrutura do dossel afetam diretamente o consumo por bocado e a taxa de bocado. Desta maneira, existem evidências de que o peso do bocado é mais importante que a taxa de bocado ou tempo de pastejo no controle do consumo diário (STOBBS, 1973; HODGSON, 1982; FORBES e COLEMAN, 1993). Com base nessa informação, o uso da altura como critério de manejo é reforçado, uma vez que pastos manejados mais altos apresentam maior massa de forragem até o ponto em que a altura compromete o desempenho animal.

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Diversos experimentos foram desenvolvidos buscando encontrar a altura ótima de pastejo nas mais variadas espécies forrageiras (Tabela 1). Sabe-se que os animais selecionam folhas e tecidos vivos e discriminam tecidos mortos, resultando no melhor valor nutritivo da forragem consumida pelo pastejo em relação à massa de forragem, contudo, este hábito de pastejo demonstra o antagonismo entre objetivos relacionados com a colheita de forragem pelo animal e pela planta em manter seu aparato fotossintético. No ecossistema pastagem, o controle da desfolha é um fator determinante da sustentabilidade do mesmo, uma vez que a planta utiliza as folhas para captar a luz e realizar fotossíntese, produzindo carboidratos, que permitem a manutenção de sua vida e o seu desenvolvimento, enquanto que este mesmo componente morfológico é a fração da planta forrageira que compõe a maior parte da dieta de animais em pastejo (RUGGIERI et al., 2008).

A estrutura do dossel refere-se à distribuição e ao arranjo espacial dos componentes da parte aérea das plantas dentro de uma comunidade, e é de fundamental importância, pois pode dificultar ou favorecer o processo de pastejo, influenciando o consumo de forragem pelos animais (CARVALHO et al., 2005). A massa de forragem e altura (densidade do dossel), afetam o consumo e a digestibilidade assim como o comportamento ingestivo dos animais. Pastos com maior massa de forragem facilitam a colheita ao passo que, quando os pastos possuem elevada proporção de colmo e de porções mortas, o comportamento ingestivo do animal é modificado devido a estrutura desfavorável ao consumo. Entretanto, quando a altura do dossel diminui, e a oferta de forragem passa a ser limitante, o consumo diminui, pois mesmo que o animal aumente seu tempo de pastejo, ele não é suficiente para compensar a redução na massa de forragem (VALENTE, 2015).

Neste contexto, torna-se evidente a necessidade de manejar adequadamente os pastos, evitando que acumulem excessivamente os colmos e frações senescentes ou mortas, comprometendo assim a estrutura do mesmo a ponto de prejudicar a massa do bocado e, consequentemente o desempenho animal.

4. NUTRIÇÃO DE RUMINANTES EM PASTEJO

A partir do conhecimento das características morfo-fisiologicas da planta, é possível iniciar a construção do pensamento quanto à introdução da suplementação no sistema de produção de bovinos em pastejo. Sabe-se que a exploração de bovinos em pastejo consiste de um ambiente dinâmico e interdependente sendo os resultados (produtividade), influenciados pelos recursos forrageiros (quantidade e qualidade), que constitui a base da alimentação dos animais, e em um segundo plano pelas características do suplemento utilizado. De acordo com Detmann e Paulino (2013) os recursos nutricionais basais podem ser definidos como todos os recursos disponíveis no sistema, capazes de prover nutrientes e atributos nutricionais que possibilitam determinado nível de produção animal sem a introdução de recursos externos.

Nesse sentido, o pasto deve ser entendido como recurso nutricional basal de elevada complexidade, uma vez que sua capacidade de fornecimento de substratos para a produção animal varia qualitativa e quantitativamente ao longo do ano em função, principalmente, da influência das variáveis climáticas, como precipitação, temperatura e radiação solar. Logo, considerando que a produção deve ocorrer de forma contínua, conhecimentos e recursos devem ser direcionados para suprimir a descontinuidade ou variabilidade no suprimento de recursos basais (DETMANN et al., 2010).

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Assim, o que se busca no sistema de produção de animais em pastejo é otimizar o ganho por animal e por área com vistas a maximizar a produtividade do sistema e minimizar os efeitos negativos deste tipo de exploração. Desta forma, de acordo com Valente (2015) a “modulação” consciente do sistema, ou seja, o correto uso do manejo do pastejo bem como da suplementação da dieta são estratégias capazes de atender o objetivo do produtor de forma economicamente viável e ecologicamente correta.

Sabe-se que na cadeia brasileira de produção de carne bovina, usualmente, considera-se que a recria inclui bovinos de corte desmamados com sete meses e peso vivo aproximado de 150 a 210 kg e preconiza-se que o peso médio para inicio da fase de terminação seja de 350 a 380 kg de peso vivo (MEDEIROS et al., 2010), sendo os animais abatidos com 510 kg. Sendo assim, os animais deverão ganhar entre 300 e 360 kg de peso vivo até atingirem o peso de abate. Preconizando sistemas de criação intensivos (abate aos 18 meses) e semi-intensivos (abate aos 24 meses), diferentes estratégias de criação deverão ser adotadas a fim de modular o sistema e atingir o objetivo. Desta forma, na sequência serão abordadas algumas tecnologias disponíveis que podem ser utilizadas com intuito de abater animais mais jovens.

4.1. DO NASCIMENTO AO DESMAME

Em um sistema equilibrado de produção de bovinos em pastagens, onde o animal apresenta desenvolvimento normal, alternativas poderão auxiliar para o desmame de animais mais pesados. Neste sentido, o uso do “creep feeding” é uma prática de manejo alimentar que tem como alvo a suplementação da dieta dos bezerros de corte ainda durante o período em que estão mamando, podendo ser utilizado para ganhos mais elevados (25 a 40 kg a mais de peso vivo na desmama) em sistema intensivos de produção, ou para ganhos moderados (8 a 15 kg a mais na desmama) em sistemas menos intensivos de produção.

A produção de leite das vacas tem sido apontada como um dos limitantes para o desempenho dos bezerros. Sabe-se que o pico de produção de leite em vacas de raças de corte bem alimentadas, em média, ocorre aos 60 dias de lactação, e após 90 dias o leite da mãe já não atende as exigências dos bezerros para ganhos diários de 0,7 kg. Além disso, a exigência nutricional dos animais aumenta com o desenvolvimento corporal. De acordo com Silva (2000), 100% da exigência energética do bezerro com um mês de vida pode ser suprido pelo aleitamento, contudo este suprimento diminui acentuadamente com o passar dos meses, chegando a 27% quando o animal possui seis meses de idade (Figura 1).

Figura 1: Exigência nutricional (Mcal de energia digestível/dia) e suprimento via aleitamento de bezerros Nelore do nascimento a desmama (Adaptado de Silva, 2000).

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Santos et al., (2002) avaliaram a curva de crescimento de bezerros em pastagens nativas no Pantanal e verificaram que aqueles desmamados aos 7 meses com cerca de 150 kg tiveram crescimento comprometido a partir de 3 meses de idade. Aos 90 dias de idade, um bezerro que se desenvolve a uma taxa de ganho de 0,7 kg/dia apresentará peso de aproximadamente 95 kg. Nestas condições, a exigência de energia para ganho é de 1,13 Mcal de EL g/dia (Tabela 2) enquanto outro que se desenvolve a taxa de ganho de 1 kg/dia apresentará aproximadamente 120 kg e precisará de 2,02 Mcal de EL g/dia.

Tabela 2: Exigências de bezerros ao pé da vaca em diferentes taxas de ganho de peso (Adaptado do NRC, 2000).

Idade (meses)

Ganho de 0,7 kg/dia Ganho de 0,8 kg/dia Ganho de 0,9 kg/dia Ganho de 1,0 kg/dia Peso vivo kg Exigência ELg Mcal/dia Peso vivo kg Exigência ELg Mcal/dia Peso vivo kg Exigência ELg Mcal/dia Peso vivo kg Exigência ELg Mcal/dia Nascimento 30 0 30 0 30 0 30 0 1 51 0,72 54 0,87 57 1,03 60 1,20 2 72 0,93 78 1,15 84 1,38 90 1,63 3 93 1,13 102 1,40 111 1,69 120 2,02 4 114 1,31 126 1,64 138 1,99 150 2,38 5 135 1,49 150 1,86 165 2,27 180 2,72 6 156 1,65 174 2,08 192 2,54 210 3,05 Desmame 177 1,81 198 2,28 219 2,80 240 3,37

Para se obter ganhos de 0,7 kg/dia são necessários aproximadamente 3,5 kg de leite/dia, somente para manter a taxa de ganho, além de outros 5 kg para manter o peso vivo que o animal apresenta. O uso do “creep feeding” parece ser ainda mais necessário quando se deseja o desmame de animais com 240 kg, uma vez que os mesmos deverão apresentar ganho de peso de 1 kg/dia.

Apesar do “creep feeding” ser uma alternativa para aumentar o desempenho animal, é importante enfatizar que a dieta basal dos animais no pasto ainda é a forragem. Nesse sentido, disponibilizar aos animais alta oferta de folha verde, com elevado valor nutritivo é de fundamental importância quando se deseja elevados ganhos de peso. Souza et al., (2000) estudaram o efeito dos fatores ambientais sobre o peso ao desmame de bezerros Nelore em diferentes regiões numa população de 105.465 animais, e observaram que variações decorrentes das quantidades de chuvas e provavelmente da quantidade e qualidade da forragem ofertada, interferiram diretamente no desempenho dos animais e que bezerros nascidos em agosto e setembro apresentaram peso ao desmame 12,7% (162 kg) superior aos animais nascidos em março (143 kg) enfatizando a importância da disponibilidade de forragem. Uma opção apontada pelos autores para contornar essa variação no peso aos 205 dias seria estabelecer estações de monta, de maneira a concentrar os nascimentos no final do período seco, assim o período de aleitamento aconteceria durante as águas, fase com maior oferta de alimento e com maior qualidade, refletindo em aumento da produtividade.

4.2. PRIMEIRA SECA

Comumente, a desmama dos animais é realizada no final das águas e inicio da época seca do ano, quando os animais possuem sete meses de idade, e a forragem apresenta reduzido valor nutritivo, ou seja,

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baixos teores de proteína e elevados teores de fibra, o que resulta em baixa digestibilidade e limitado consumo de energia digestível (REIS et al., 2004), acarretando em desempenho inferior ao potencial dos animais e até em perda de peso.

Nesta situação, as estratégias de suplementação são ferramentas importantes para melhorar a eficiência de utilização do pasto e atender as exigências nutricionais dos animais, corrigir a deficiência de nutrientes da forragem, aumentar a capacidade suporte das pastagens, diminuir a idade ao abate e auxiliar no manejo das pastagens. De acordo com Porto et al., (2009), o uso da suplementação é indispensável quando se deseja manter a curva de crescimento dos bovinos alimentados basicamente com forrageiras tropicais. Assim, uma curva de crescimento constante pode ser alcançada, e não do tipo escada, tradicionalmente observada no sistema de produção de bovinos de corte brasileiro (RESENDE et al., 2010).

A nutrição de bovinos em pastejo visa suprir os requerimentos dos microorganismos do rúmen, principalmente no que se refere ao nitrogênio (N) e enxofre (S) (POPPI e McLENNAN, 1995). A necessidade mínima de PB para animais acima de 250 kg pode ser suprida com a produção de proteína microbiana, porém se o objetivo são ganhos adicionais acima de 0,5 kg/dia, há necessidade de maior oferta de proteína via suplemento. Contudo, animais mais leves, em função de sua exigência nutricional, precisam de fontes de proteína verdadeira não degradável no rúmen. De acordo com Olson et al., (1999) os efeitos da suplementação com concentrado proteico nos ganhos de peso vivo ocorrem em função da melhora no ambiente ruminal que, ao otimizar a utilização da proteína fornecida pelo suplemento, resulta em aumento da digestibilidade e ingestão de matéria seca da forragem e, consequentemente, maior síntese e fluxo intestinal de proteína microbiana.

Para que a suplementação alcance seus objetivos é necessário que se tenha forragem disponível. No entanto, durante o período seco do ano as pastagens tropicais apresentam crescimento reduzido, sendo necessário o uso de estratégias de manejo como o diferimento durante parte do período chuvoso com vista a preservar forragem para a estação seca do ano. De acordo com Nussio e Schimidt (2010) o diferimento é uma alternativa para a suplementação de volumosos no período seco do ano. Sendo possível garantir acúmulo de forragem que será utilizado durante o período de escassez, minimizando os efeitos da estacionalidade de produção da forrageira. Por outro lado, pastagens diferidas são, geralmente, caracterizadas por elevada massa de forragem com valor nutritivo limitado e estrutura não adequada para consumo animal, o que resulta em nulo ou modesto desempenho animal. Entretanto, esse conceito não deve ser generalizado, porque ações adequadas de manejo podem e devem ser realizadas para melhorar a produtividade vegetal e animal.

Neste contexto, ações de manejo como a escolha da espécie forrageira que apresente alta relação folha/caule, o rebaixamento da altura do pasto no início do diferimento, adequado período de diferimento e o uso da adubação nitrogenada influenciam positivamente os resultados quando se realiza o diferimento da pastagem (FONSECA e SANTOS, 2009). Dentre os fatores supracitados, a altura dos pastos no inicio do diferimento tem sido cada vez mais discutido. Com menor altura no inicio do período de diferimento, há maior penetração de luz até a superfície do solo, o que estimula o aparecimento de novos perfilhos vegetativos e melhoria no valor nutritivo. Apesar da maior altura do pasto favorecer a maior produção de forragem, esta pode implicar em menor eficiência de pastejo devido à maior possibilidade de ocorrer tombamento das plantas de maior altura, além de menor valor nutritivo. Sendo assim, o rebaixamento da forragem próximo ao seu período de diferimento poderá resultar em forragem de melhor qualidade na seca.

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Gomes (2012), ao avaliar pastos de B. decumbens diferido com quatro alturas iniciais, verificou que o rebaixamento do pasto de 40 cm para 10 cm resultou em aumento no desempenho de bovinos durante a recria. Entretanto, com menor altura no início do diferimento a massa de forragem tende a ser menor. Além disso, em condições climáticas não favoráveis, com baixa precipitação pluvial durante o período de diferimento, a produção de massa de forragem nos pastos rebaixados a menores alturas pode ser comprometida, uma vez que esse rebaixamento irá favorecer a produção de novos perfilhos, que em condições climáticas desfavoráveis podem ter o crescimento comprometido.

Santos et al., (2009) avaliaram diferentes períodos de suplementação em diferentes períodos de diferimento dos pastos (Figura 2) e encontraram variação no desempenho animal ao longo do tempo. Contudo, os animais apresentaram ganhos médios ao longo do tempo acima da média nacional (0,5 kg/dia).

Figura 2: Consumo de suplemento (CS) e ganho médio diário de bovinos mantidos em pastos diferidos em diferentes períodos. Adaptado de Santos et al.,(2009).

A diminuição no desempenho animal com o passar dos períodos de diferimento provavelmente aconteceu devido a variações na quantidade de forragem ofertada e no valor nutritivo, resultando em diminuição no consumo animal e consequentemente no seu desempenho. Contudo, essa variação no desempenho animal pode ser diminuída com o uso da suplementação, sendo que o uso de um único suplemento do inicio ao fim do período seco, provavelmente não atenderá de forma continua a exigência animal para manutenção e ganho e as variações na composição química da planta, tornando necessário o ajuste da quantidade e qualidade do suplemento ofertado com vistas a atender o objetivo do sistema. Neste cenário, uma estratégia de suplementação adequada seria aquela destinada a maximizar o consumo e a digestibilidade da forragem disponível, levando em consideração as exigências dos microorganismos do rúmen e as dos animais.

Otimizar a utilização da FDN pelos microrganismos ruminais consiste no grande desafio dos nutricionistas. Na seca, o principal objetivo seria aumentar a utilização da FDN potencialmente digestível através da suplementação com compostos nitrogenados, devido principalmente, as forragens não apresentarem o mínimo necessário de 7% de PB, com base na matéria seca, para que os microrganismos ruminais apresentem plena capacidade de degradação dos substratos fibrosos (LAZZARINI et al., 2009). De

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acordo com Reis et al. (2009) mesmo se houver disponibilidade de fibra potencialmente digestível nos pastos na seca, a proteína é o nutriente mais limitante, devendo ser corrigida através da suplementação, a fim de aumentar a eficiência de degradação da fração fibrosa e, consequentemente, a taxa de passagem e o consumo de matéria seca da forragem.

4.3. PERÍODO CHUVOSO

Durante o período chuvoso, a forragem disponível apresenta amplo crescimento e qualidade indubitavelmente superior àquela disponível durante o período seco, apresentando características nutricionais suficientes para atender as exigências de mantença do animal e imprimir ganhos que variam de 0,4 a 0,8 kg/dia quando os pastos são bem manejados (REIS et al., 2009; CASAGRANDE et al., 2011; OLIVEIRA et al., 2014; VALENTE et al, 2015). Contudo, existe ainda um potencial de acréscimo de 300 a 400 g/dia no ganho animal que pode e deve ser explorado com a adição de suplemento ao sistema (VALENTE, 2015; OLIVEIRA, 2014).

O fornecimento de suplementos com fontes proteicas de baixa degradação ruminal aumentando o suprimento de proteína metabolizável ao animal ou o fornecimento de fontes energéticas de rápida disponibilidade no rúmen poderiam acarretar em melhorias no desempenho animal (POPPI e McLENNAN, 1995; DETMANN et al., 2005). Contudo, o elevado conteúdo de compostos nitrogenados advindos de pastos bem manejados, aliado ao alto conteúdo de carboidratos estruturais com menores taxas de degradação resulta em falta de sincronia entre nitrogênio e esqueletos de carbonos oriundos da degradação de carboidratos no rúmen, desfavorecendo a síntese de proteína microbiana. Neste cenário, a suplementação energética parece ser a mais recomendada. Trabalhos desenvolvidos na Unesp/Jaboticabal em pastos de capim marandu bem manejados com alturas contrastantes, enfatizam a resposta positiva da suplementação energética (Figura 3).

Figura 3: Ganho médio diário (GMD) e taxa de lotação (Tx. Lot) de bovinos Nelore suplementados (CS) ou não (SS) mantidos em pastos de Brachiaria brizantha cv. Marandu manejado em diferentes alturas.

Outro ponto importante são as interações suplementação x oferta de forragem que têm sido enfatizadas por alguns autores. De acordo com Oliveira (2014) e Valente (2015) que avaliaram o capim marandu em três alturas de manejo sob lotação contínua (15, 25 e 35 cm) com animais recebendo ou não

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suplemento, relataram que o aumento da altura do dossel resultou em aumento da oferta de forragem e consequentemente maior consumo e desempenho animal. Ademais, quando os animais foram suplementados, a resposta a suplementação na maior altura do dossel (35 cm) foi 50% menor quando comparada com animais mantidos na menor altura (Figura 3). Sendo assim, a resposta kg suplemento/kg ganho é diminuída com o aumento da oferta de forragem de qualidade, em contra partida, pastos manejados mais baixos (15 cm) sem suplementação, poderão comprometer o desempenho animal e a viabilidade do sistema. A suplementação também tem sido apontada como alternativa para aumentar da taxa de lotação e diminuir a altura de manejo para o ponto ótimo: máximo ganho animal e taxa de lotação (Figura 4).

Figura 4: Ganho de peso médio diário e ganho de peso corporal por hectare em bovinos de corte, em diferentes alturas de pastejo e doses de suplementos. Adaptado de Barbero et al., (dados não publicados)

Nesta ótica, Barbero et al., (dados não publicados) estudaram o efeito da interação altura do dossel x nível de suplemento em pastos de Brachiaria brizantha cv. Marandu. Os tratamentos avaliados foram pastos na altura de 15 cm e animais recebendo suplemento energético no nível de 0,3% ou 0,6% do PC; pasto de 25 cm, com animais recebendo sal mineral ou suplemento energético a 0,3% do PC; e pastos de 35 cm com os animais recebendo sal mineral ou suplemento energético a 0,3% PC. Os resultados apontam que o ajuste da suplementação, de acordo com a altura de pastejo possibilitou obter resultados semelhantes tanto na produção por área quanto no desempenho animal (Figura 4). Enfatizando que o suplemento pode ser um modulador do sistema de acordo com a realidade de cada produtor. Em regiões ou épocas favoráveis ao crescimento da planta e em grandes propriedades, o correto manejo do pastejo visando o ganho por animal sem comprometer a taxa de lotação (35 cm) permitiria ganho de até 1 kg/dia. Contudo, em cenários em que se deve potencializar o uso da terra, é possível manter o desempenho animal (1 kg/dia) sem prejudicar a taxa de lotação.

Desta forma, o ponto de pressão de pastejo ótimo proposto por Mott (1960) onde se têm o máximo ganho por área e animal pode ser modulado com o uso de suplementos. Nesta curva, o ganho por área apresenta máxima produção um pouco acima da capacidade suporte ótima e com redução acentuada logo após esse pico. A suplementação na época das águas em níveis moderados, por exemplo, 0,3% ou até 0,1% do PV, possibilita o deslocamento das curvas de ganho de peso individual e por área acima daqueles

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observados em animais sem suplementação, ou seja, o ponto ótimo pode ser deslocado em uma situação de maior lotação sem prejudicar o ganho individual.

4.4. TERMINAÇÃO (2ª SECA)

Caso o sistema de produção animal tenha sido estabelecido com base no uso de tecnologia do nascimento a recria, a terminação dos animais, seja ela no pasto ou confinamento será facilitada. Isso porque, animais que foram suplementados nas primeiras fases da vida, muito provevelmente, apresentarão peso corporal superior aqueles que receberam suplemento mineral, assim, o tempo gasto para abater esses animais será reduzido, diminuindo o custo e aumentando a produtividade do sistema.

No período seco, a forragem perde qualidade, e a quantidade tende a ficar restrita como já mencionado neste texto. Sendo assim, o conjunto de redução quanti-qualitativa do pasto e o aumento da exigência dos animais, torna fundamental o uso da suplementação em altos níveis. Na fase de terminação a deposição de tecidos no corpo do animal se dá de forma diferente do que na recria. Com o aumento do peso corporal, o animal passa a aumentar a deposição de tecido adiposo, diminuindo assim a eficiência de conversão de alimento em produto animal. Nesta fase o animal precisa ingerir mais energia para depositar um quilo de peso corporal comparado a fase de recria, pois nesse momento há maior proporção de tecido adiposo no ganho. Em contrapartida, com o avançar do peso dos animais durante a terminação, o consumo em porcentagem de peso corporal diminui. Tem-se então o problema, o aumento da exigência de energia e diminuição do consumo alimentar. Neste contexto, quando o objetivo é terminar os animais no pasto, a inclusão de altos níveis de suplemento na dieta (1,5 a 2,0% do PC), que visa explorar o efeito substitutivo, ou seja, fazer com que o animal deixe de consumir forragem e passe a consumir suplemento, resultando numa maior ingestão de energia, passa a ser uma opção. Nesse sistema, o pasto não é mais o componente principal da dieta dos animais, sua função agora é de permitir uma quantidade mínima de fibra na dieta visando um ambiente ruminal saudável.

Alguns trabalhos foram desenvolvidos no APTA/Colina com vista a entender melhor esse tipo de tecnologia e compara-la com o sistema de terminação convencional (confinamento). Para isso, 108 garrotes Nelore com peso vivo inicial médio de 387 kg e alimentados por 105 dias foram divididos em dois sistemas (pasto e confinamento) e receberam o mesmo concentrado e na mesma quantidade, sendo apenas acrescentado bagaço de cana à dieta dos animais confinados. Ao final do experimento, os animais confinados apresentaram ganho de 1,065 kg/dia contra 0,840 kg/dia dos terminados no pasto. Contudo, ao se analisar o rendimento do ganho desses animais a diferença que era de 200 g diminuiu para 43 g/dia, ou seja, os animais no pasto depositaram mais carcaça por quilo de peso corporal (MORETTI, 2015). Essa diferença de rendimento de ganho aconteceu, provavelmente em função do consumo de fibra e pela taxa de passagem. Quando os animais recebem suplemento no cocho diretamente no piquete, o efeito substitutivo foi elevado, sendo a quantidade de fibra na dieta muito pequena. Com o alto consumo de suplemento e reduzido de forragem, houve um aumento na taxa de passagem em função da maior digestibilidade da dieta, resultando em diminuição do conteúdo do trato digestivo.

Como mencionado acima outra forma de terminação dos animais seria o uso do confinamento, que sem duvida é parte importantíssima do sistema, sendo uma ferramenta que possibilita a manipulação de toda a dieta do animal, permitindo ganho na casa de 1,8 kg/dia. Contudo, este tipo de tecnologia demanda um

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grande investimento inicial em infraestrutura e maquinário, tornando a terminação dos animais no pasto uma ferramenta viável, quando utilizada com critério e de forma correta.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em termos gerais, pode-se afirmar que a produção de carne bovina no Brasil tem a sua principal base de sustentação a exploração de pastagens formadas por gramíneas tropicais. Neste contexto, a utilização de técnicas de manejo do pastejo que aumentam a produção, persistência e colheita da forragem de alto valor nutritivo propiciam alta eficiencia econômica ao sistema. Contudo, em termos ambientais e econômicos, há que se avaliar as necessidades de elevação no ganho de peso por animal e por área, e ao mesmo tempo reduzir os riscos de degradação ambiental decorrente da exploração inadequada de áreas de pastagens. A utilização estratégica de suplementação da dieta dos animais nas diferentes fases do sistema de criação de bovinos em pastagens propicia ao mesmo tempo a elevação nos rendimentos por animal e por área. Desta forma, tem-se a redução da idade de abate, o que remete ao decréscimo na emissão de gases efeito estufa por animal. Além disto, o manejo do pastejo que garante alta quantidade de forragem residual, propicia a incorporação de carbono no sistema, além de conservar o solo. Nesta linha de pensamento, ao se trabalhar com forragem de mais alto valor nutritivo, tem o aumento da eficiência de uso de nitrogênio pelas plantas forrageiras e pelos animais, o que resulta em menor excreção de compostos nitrogenados no meio ambiente. Desta forma, pode-se concluir que a produção de carne com base na exploração de pastagens no Brasil, pode atender os preceitos do manejo ambientalmente equilibrado, economicamente viável e socialmente justo, pois alem de render divisas para o país, propicia condições para a preservação dos recursos ambientais.

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