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O aumento da força máxima contribui para a maximização das respostas hipertróficas em um período subsequente?

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Academic year: 2021

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LEONARDO HENRIQUE FERNANDES CARVALHO

O AUMENTO DA FORÇA MÁXIMA CONTRIBUI PARA A MAXIMIZAÇÃO

DAS RESPOSTAS HIPERTRÓFICAS EM UM PERÍODO SUBSEQUENTE?

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LEONARDO HENRIQUE FERNANDES CARVALHO

O AUMENTO DA FORÇA MÁXIMA CONTRIBUI PARA A MAXIMIZAÇÃO

DAS RESPOSTAS HIPERTRÓFICAS EM UM PERÍODO SUBSEQUENTE?

Dissertação apresentada à Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para obtenção do título de Mestre em Educação Física, na área de Biodinâmica do Movimento e Esporte.

Orientador: Prof. Dr. Renato Barroso da Silva

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À

VERSÃO FINAL DA DISSERTAÇÃO

DEFENDIDA PELO ALUNO LEONARDO HENRIQUE FERNANDES CARVALHO E

ORIENTADA PELO PROF RENATO

BARROSO DA SILVA.

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O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) – Código de financiamento 001.

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COMISSÃO EXAMINADORA

____________________________________ Prof. Dr. Renato Barroso da Silva

Presidente da Comissão Examinadora

____________________________________

Prof. Dr. Marco Carlos Uchida

Membro Titular

____________________________________

Prof. Dr. Eduardo Oliveira de Souza

Membro Titular

A ata de defesa com as respectivas assinaturas dos membros encontra-se no processo de vida acadêmica do aluno.

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AGRADECIMENTOS

À Deus, por todas as bênçãos em minha vida.

Aos meus pais e meu irmão pelo amor, ensinamentos e pelo exemplo que são para mim.

Ao meu orientador, professor Renato, por todos os ensinamentos e paciência demonstrado desde a graduação. Obrigado pelas oportunidades e pela confiança ao longo desta caminhada.

A todos os meus amigos que sempre estiveram na minha caminhada.

A todos os colegas do Laboratório de Bioquímica do exercício, obrigado pelos ensinamentos, em especial a professora Denise, o professor Rene e o professor Bernardo.

Aos meus colegas de grupo, que me ajudaram no meu crescimento profissional.

A todos aqueles que de certa forma contribuíram para que o estudo fosse realizado.

Aos membros da banca pela valiosa participação na avaliação deste estudo e pelas contribuições enriquecedoras.

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) – Código de financiamento 001.

Ao laboratório de pesquisa e extensão da Faculdade de Educação Física, por todo o suporto durante as minhas coletadas de dados.

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RESUMO

O objetivo do estudo foi analisar e comparar a hipertrofia muscular e os ganhos de força em um período de treinamento desenhado para incrementar a capacidade de produção de força máxima, realizado previamente à um período de treino com ênfase na hipertrofia muscular e com um período de treino orientado para hipertrofia muscular em indivíduos treinados em força. Vinte e seis homens, com experiência no treinamento de força, foram divididos em dois grupos de acordo com o valor inicial da espessura do músculo vasto lateral: protocolo com ênfase na hipertrofia muscular (HIP) (n=11) e protocolo de força máxima e hipertrofia muscular (FMHIP) (n=15). Foi analisada a espessura do músculo vasto lateral e a capacidade de produção de força por meio do teste de 1RM nos exercícios de agachamento com barra guiada e leg press 45° nos momentos pré, três semanas e oito semanas após as intervenções. Testes t foram realizados para amostras independentes e para a comparação da diferença percentual do momento pré em relação ao fim das intervenções entre os grupos. O nível de significância adotado foi de p < 0.05. O grupo FMHIP teve maior hipertrofia muscular (FMHIP: 6,2%; HIP: 4,7%, p = 0,049) e ganho de força nos exercícios de agachamento com barra guiada (FMHIP: 21%; HIP: 14%, p = 0,01) e leg press 45° (FMHIP: 15%; HIP: 10%, p = 0.04) quando comparados com o grupo de HIP. O emprego de um período de treino com ênfase no aumento de força máxima previamente à um período de treino orientado para hipertrofia muscular pode ser uma estratégia para maximizar a hipertrofia muscular e o ganho de força em indivíduos treinados em força.

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ABSTRACT

The present study investigated changes in muscle size and strength of strength-oriented training period prior to a hypertrophy-oriented training period compared with only hypertrophy-oriented training period in resistance-trained men. Twenty-six resistance-trained men were divided into two groups, hypertrophy training (HT) and maximal strength and hypertrophy training (MSHT) and trained twice a week for 8 weeks. HT performed four sets of 8-12 repetition maximum (RM) throughout the training period. Training period for MSHT was divided into two phases, the first phase (weeks 1-3) was maximal strength-oriented with four sets of 1-3RM; in the second phase (weeks 4-8) participants performed the same training protocol as HT. Muscle thickness (ultrasound) and 1RM were assessed before, after 3 weeks of training and 72 hours after the last training session. Independent-samples t-test was used to compare pre-to-post changes in muscle thickness and 1RM. Significance level was set at p < 0,05. There was a significant difference in muscle thickness (p = 0,049) and in 1RM test in the smith machine full squat (p = 0,01) and leg press 45° (p = 0,04) between groups. Personal trainers, strength & conditioning coaches and practitioners should consider the use of strength-oriented training period prior to a hypertrophy-oriented training period aiming to increase muscle growth and strength gains.

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Desenho experimental do estudo. P: período de padronização; S: semanas de treinos e avaliações. ... 25

Figura 2: Espessura do músculo vasto lateral. ... 27

Figura 3: Controle da amplitude dos movimentos nos exercícios utilizados no estudo. A) Agachamento com barra guiada; B) Leg Press 45°. ... 29

Figura 4: Espessura muscular do músculo vasto lateral pré e após 8 semanas de intervenção. As linhas conotam os valores individuais de cada sujeito. * = diferença significativa em relação ao momento pré. Valores expressos em média. ... 33

Figura 5: Alterações percentuais da espessura do músculo vasto lateral em relação ao início das intervenções. *p < 0,05 comparado ao grupo HIP. Valores expressos em média ± DP. ... 34

Figura 6: Alterações percentuais do teste de 1RM no exercício de agachamento com barra guiada em relação ao início das intervenções. *p < 0,05 comparado ao grupo HIP. Valores expressos em média ± DP. ... 36

Figura 7: Alterações percentuais do teste de 1RM no exercício de leg press 45° em relação ao início das intervenções. *p < 0,05 comparado ao grupo HIP. Valores expressos em média ± DP. ... 37

Figura 8: Volume total no exercício de agachamento com barra guiada. *p < 0,05 comparado ao grupo HIP. Valores expressos em média ± DP. ... 39

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Figura 9: Volume total no exercício de leg press 45°. *p < 0,05 comparado ao grupo HIP. Valores expressos em média ± DP. ... 40

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: *p < 0,05 comparado aos valores do momento pré. Valores expressos em média ± DP. ... 32

Tabela 2: *p < 0.05 comparado com os valores do momento pré. Valores expressos em média ± DP. ... 35

Tabela 3: *p < 0,05 comparado ao grupo HIP no período de 1-3 semanas. #p < 0,05 comparado ao período de 1-3 semanas. Valores expressos em média ± DP. ... 38

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ÍNDICE DE ANEXOS

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LISTA DE ABREVIATURAS

DP = desvio padrão

d = d de Cohen

FMHIP = grupo força máxima e hipertrofia muscular

HIP = grupo hipertrofia muscular

P = período de padronização RM = repetição máxima S0 = primeira semana S4 = quarta semana S9 = nona semana UM = unidade motora η2 = eta-squared

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 14 2. OBJETIVO ... 15 3. REVISÃO DE LITERATURA ... 16 4. MATERIAS E MÉTODOS ... 23 4.1 Participantes...23 4.2 Desenho experimental...24 4.3 Avaliações...26 4.4 Sessões de treino...28

5. ANÁLISE DOS DADOS ... 30

6. RESULTADOS ... 31

7. DISCUSSÃO ... 40

8. CONCLUSÃO ... 44

9. REFERÊNCIAS ... 45

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1. INTRODUÇÃO

Os protocolos de treino de força máxima são caracterizados por intensidades próximas da máxima (i.e., >90% de 1 repetição máxima[1RM]) e poucas repetições (i.e., 1-4 repetições) (Schoenfeld, Contreras et al. 2016; Dankel, Counts et al. 2017). Essa estratégia de treino pode desencadear o dobro de aumento da força muscular, comparada com protocolos com ênfase na hipertrofia muscular (Heggelund, Fimland et al. 2013), e induzir adaptações neurais com poucas alterações na hipertrofia muscular (Hoff, Berdahl et al. 2001; Tøien, Unhjem et al. 2017).

Por outro lado, diversos estudos têm demonstrado que protocolos de treinamento de força realizado com diferentes intensidades até a falha podem promover hipertrofia muscular semelhante (Schoenfeld, Peterson et al. 2015; Counts, Buckner et al. 2016; Jenkins, Housh et al. 2016; Morton, Oikawa et al. 2016). No entanto, alguns estudos têm demonstrado que, quando o volume do treinamento (i.e., número de séries x número de repetições x peso) é equiparado, protocolos com altas intensidades desencadeiam maiores incrementos na hipertrofia muscular e na capacidade de produção de força (Taaffe, Pruitt et al. 1996; Campos, Luecke et al. 2002; Holm, Reitelseder et al. 2008).

Campos et al. (2002) compararam os efeitos de três protocolos com volumes equiparados (i.e., 4 séries de 3-5RM; 3 séries de 9-11RM; 2 séries de 20-28RM) a respeito da hipertrofia do músculo vasto lateral em indivíduos não treinados. Após quatro semanas de treino, os autores observaram que os protocolos com maiores intensidades (i.e., 4 séries de 3-5RM; 3 séries de 9-11RM) desencadearam maior aumento da área de corte transverso das fibras comparado com o protocolo de baixa intensidade (i.e., 2 séries de 20-28RM). Recentemente, Lasevicius et al. (2018) realizaram um estudo com indivíduos não treinados durante um período de doze semanas com dois

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protocolos, sendo um de 80% de 1RM e outro de 20% de 1RM e com volume equiparado, onde também observaram que a hipertrofia muscular e o ganho de força foram maior no protocolo realizado com alta intensidade. Ao analisarmos estes resultados, sabendo que o estresse mecânico (i.e., grau de tensão em cada fibra) é influenciada pela intensidade (Rindom, Kristensen et al. 2019), a realização dos protocolos com ênfase na hipertrofia muscular com maiores intensidades pode ter desencadeado maior estresse mecânico sobre as fibras musculares, contribuindo para um aumento da hipertrofia muscular (Zanchi and Lancha 2008; McKendry, Pérez‐López et al. 2016; Schoenfeld, Pope et al. 2016; Rindom, Kristensen et al. 2019).

Se o estresse mecânico sobre cada fibra muscular é um fator-chave para aumentar o crescimento do músculo esquelético, deve-se considerar o incremento da força máxima antes de um período de treinamento com ênfase na hipertrofia muscular. Este aumento pode permitir que o praticante incremente a intensidade absoluta, aumentando o estresse mecânico em cada fibra ativa. O emprego de períodos de treino com ênfase no aumento de força máxima previamente à um período de treino orientado para hipertrofia é muito utilizado por indivíduos com experiência no treinamento de força, no entanto, até o presente momento, nenhum estudo investigou a hipertrofia muscular e os ganhos de força desta estratégia.

2. OBJETIVO

O objetivo do estudo foi analisar e comparar a hipertrofia muscular e os ganhos de força em um período de treinamento desenhado para incrementar a capacidade de produção de força máxima, realizado previamente à um período de treino com ênfase na hipertrofia muscular e com um período de treino orientado para hipertrofia muscular em indivíduos treinados em força.

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3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Treinamento de força e adaptações neurais

A força muscular pode ser definida como a capacidade de um músculo, ou grupo muscular, de exercer força sobre um objeto externo ou resistência (Stone 1993; Siff 2000). Ela é uma capacidade física importante para a melhora da qualidade de vida e aptidão física, além de ter influência no desempenho esportivo (Buchner and de Lateur 1991; Suchomel, Nimphius et al. 2016). O treinamento de força é uma entre as diversas estratégias existentes capazes de desencadear um incremento da produção de força em diferentes populações (Mangine, Hoffman et al. 2015; Jenkins, Housh et al. 2016; Lasevicius, Ugrinowitsch et al. 2018).

O aumento desta capacidade pelo treinamento de força pode ocorrer por diversas adaptações neurais, dentre elas: melhora na coordenação inter (i.e., menor ativação dos músculos antagonistas e maior ativação dos músculos agonistas e sinergistas) (Moritani and deVries 1979; Carroll, Riek et al. 2001; Semmler 2002) e intramuscular (i.e., aumento do recrutamento de unidades motoras [UMs] e da frequência de disparos dos potenciais de ação) (Moritani and deVries 1979; Hakkinen and Komi 1983; Hakkinen, Komi et al. 1987; Sale 1988).

Existem algumas evidências indicando que o aumento do recrutamento de UMs e da frequência de disparos, também conhecida como melhora da coordenação intramuscular, desencadeado pelo treinamento de força contribui para o incremento da capacidade de produção de força muscular (Ahtiainen and Häkkinen 2009; Jenkins, Housh et al. 2016; Balshaw, Massey et al. 2019). Ahtiainen e Häkkinen (2009) investigaram a diferença da capacidade de produção de força máxima e ativação muscular entre indivíduos treinados e não treinados em força. Para isso, duas avaliações foram realizadas: a) força isométrica máxima dos extensores de joelhos; b)

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ativação muscular (i.e., músculo vasto lateral, vasto medial e reto femoral) pela eletromiografia de superfície durante a realização de um protocolo de força (i.e., 4 séries de 12RM, com dois minutos de intervalo de recuperação no exercício de cadeira extensora). Os autores observaram que os indivíduos treinados tiveram ~29% a mais de capacidade de produção de força máxima isométrica quando comparados com os indivíduos não treinados. Também apresentaram maior ativação dos músculos agonistas durante a realização do protocolo de força comparados com os indivíduos não treinados. Como o incremento da ativação muscular está relacionada com o aumento do recrutamento de UMs e da frequência de disparos de potenciais de ação (Jenkins, Housh et al. 2016), os pesquisadores concluíram que a prática do treinamento de força desencadeou um aumento da ativação muscular que contribuiu para maiores valores na capacidade de produção de força muscular nos indivíduos treinados. Esses achados corroboram com o trabalho de Balshaw et al. (2017) que investigaram a contribuição do aumento da ativação dos músculos agonistas (i.e., músculo reto femoral, vasto lateral e vasto medial) no ganho de força máxima em indivíduos não treinados em força, em um período de doze semanas de treinamento com um protocolo isométrico de extensão de joelho (i.e., 4 séries com 10 repetições, com > 80% do torque máximo). Após o período de intervenção, os autores observaram um incremento de ~22% da produção de força máxima, sendo este correlacionado (r = 0,576, p = 0,001) com o aumento da ativação muscular.

Além de observar-se um aumento do recrutamento de UMs e da frequência de disparos de potenciais de ação na musculatura agonista pela prática do treinamento de força, diversos estudos também observam uma diminuição da ativação da musculatura antagonista (Häkkinen, Kallinen et al. 1998; Häkkinen, Alen et al. 2000). Por exemplo, Häkkinen et al. (1998) objetivaram investigar o ganho de força e as mudanças na atividade eletromiográfica dos músculos agonistas (i.e., músculo vasto latera e medial) e antagonistas (i.e., músculo bíceps femoral) em um programa

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de treinamento de força realizado por indivíduos não treinados. Após seis meses de intervenção, foi observado um aumento de ~17% da força máxima no exercício de cadeira extensora concomitantemente com um aumento da ativação dos músculos agonistas (~15%) e um decréscimo da ativação dos músculos antagonistas (~5%). Essa alteração observada na ativação muscular (i.e., aumento da ativação agonistas e diminuição da ativação dos antagonistas) também é conhecida por melhora na coordenação intermuscular e pode favorecer o aumento de força muscular, pois o torque produzido pelo músculo antagonista diminui o torque líquido na articulação (Häkkinen, Kallinen et al. 1991; Aagaard, Simonsen et al. 2000).

Para ter maiores aumentos na produção de força muscular em indivíduos treinados, diversos estudos têm demonstrado a necessidade da utilização de protocolos de treino com alta intensidade (Heggelund, Fimland et al. 2013; Mangine, Hoffman et al. 2016; Mattocks, Buckner et al. 2017). Como visto em Mangine et al. (2015), cujo objetivo foi comparar os efeitos de um protocolo com ênfase na hipertrofia muscular (i.e., 4 séries de 10-12 repetições com 70% de 1RM e um minuto de intervalo de recuperação entre as séries) e um protocolo de força máxima (i.e., 4 séries de 3-5 repetições com 90% de 1RM e três minutos de intervalo de recuperação entre as séries) sobre o ganho de força muscular em indivíduos treinados em força. Após oito semanas de intervenções, os autores observaram que o grupo que realizou um protocolo de força máxima teve maior incremento de força (~15%) no exercício de supino quando comparado ao protocolo com ênfase na hipertrofia muscular (~7%).

Os resultados encontrados por Mangine et al. (2015) vão ao encontro aos observados no estudo de Schoenfeld et al. (2016). Os pesquisadores dividiram os indivíduos com experiência no treinamento de força em dois grupos: protocolo de força máxima (i.e., 3 séries de 2-4RM com dois minutos de intervalo) e protocolo com ênfase na hipertrofia muscular (i.e., 3 séries de 8-12RM

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com dois minutos de intervalo). Em ambos os grupos, os participantes treinavam sete exercícios para os principais grupos musculares, três vezes na semana. Após oito semanas de intervenções, os autores reportaram que o grupo que realizou o protocolo de força máxima teve um aumento de força de ~30% no exercício de agachamento com barra guiada quando comparado com um incremento de ~17% do grupo que treinou o protocolo com ênfase na hipertrofia muscular. Alguns fatores podem ter contribuído para aumentos mais significativos de força máxima após a realização dos protocolos de alta intensidades: a) protocolos com maiores intensidades desencadeiam maiores adaptações neurais comparados com protocolos de baixa intensidade (Jenkins, Miramonti et al. 2017); b) especificidade do treino de alta intensidade com os protocolos de avaliações de força máxima (ex., teste de 1RM) (Campos, Luecke et al. 2002; Kraemer, Adams et al. 2002).

3.2 Treinamento de força e hipertrofia do músculo esquelético

A hipertrofia do músculo esquelético é uma das adaptações mais estudadas por pesquisadores ao redor do mundo. Ela é uma adaptação morfológica caracterizada pelo aumento da massa muscular, área de corte transverso do músculo e espessura muscular, decorrente do balanço positivo entre síntese e degradação proteica (Charge and Rudnicki 2004; Bassel-Duby and Olson 2006). Desta forma, para a hipertrofia muscular ocorrer, é importante a manutenção positiva dessa razão durante o período de treinamento. Apesar de todos os mecanismos responsáveis pela hipertrofia muscular ainda não terem sido totalmente elucidados, alguns estímulos induzidos pelo exercício têm sido levantados como possíveis desencadeadores do processo: o estresse mecânico (Hornberger, Stuppard et al. 2004; Tidball 2005; Hornberger, Sukhija et al. 2006; Hornberger, Sukhija et al. 2007) e a ativação muscular (Wakahara, Fukutani et al. 2013).

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A ativação muscular é um fator importante para que a hipertrofia muscular ocorra. Wakahara et al. (2013) realizaram uma intervenção de doze semanas com o exercício de supino fechado com halter em sujeitos não treinados e demonstraram que as regiões com maiores ativações foram aquelas que a hipertrofia muscular se manifestou em maior magnitude. Os resultados encontrados pelos autores podem ser justificados através da maior ativação muscular ter desencadeado um estresse mecânico em um maior número de fibras, contribuindo para o aumento da hipertrofia muscular.

O estresse mecânico (i.e., grau de tensão em cada fibra muscular) é promovido pela contração muscular per se, pois, o tecido muscular possui a capacidade de converter os estímulos mecânicos em eventos bioquímicos que regulam o processo de síntese e degradação proteica. Esse processo é denominado na literatura científica de mecanotransdução (Tidball 2005; Hornberger, Sukhija et al. 2006). Alguns estudos em humanos têm indicado, de maneira indireta, que o estresse mecânico pode ser um dos principais desencadeadores para a hipertrofia muscular (Zanchi and Lancha 2008; McKendry, Pérez‐López et al. 2016). Por exemplo, McKendry et al. (2016) investigaram as respostas fisiológicas em indivíduos treinados após a realização de um exercício de força (i.e., 4 séries com 75% de 1RM até a falha) com dois períodos de recuperação entre as séries: curto (i.e., um minuto) e longo (i.e., cinco minutos). Os pesquisadores encontraram que o maior tempo de recuperação possibilitou aos sujeitos realizarem ~13% a mais de repetições, desencadeando maiores aumentos da síntese proteica miofibrilar (0,067%/h) quatro horas após um treino com o protocolo de pausa longa quando comparado com o protocolo de pausa curta (0,042%/h;). Os autores concluíram que, embora tenha ocorrido maior acúmulo de metabólitos (i.e., lactato) com o intervalo curto de recuperação (i.e., diferença entre pauses de ~25%), o maior estresse mecânico imposto ao tecido muscular pelo incremento do número de repetições pode ter

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sido o responsável para que se observasse maiores valores de síntese proteica miofibrilar no protocolo com período longo de recuperação.

No entanto, a sinalização das vias de síntese proteica aguda pode não possuir correlação com a hipertrofia muscular (Mitchell, Churchward-Venne et al. 2014; Damas, Phillips et al. 2016). Com isso, Schoenfeld et al. (2016) compararam a hipertrofia muscular após um período de oito semanas de treino de força com dois períodos de recuperação distintos: curto (i.e., um minuto) e longo (i.e., três minutos). Foram recrutados sujeitos com experiência no treinamento de força que realizaram em cada sessão de treino sete exercícios com 3 séries de 8-12RM. Os autores observaram maior aumento na espessura muscular do músculo reto femoral (~13% vs. ~7%) e na produção de força no exercício de agachamento com barra guiada (~15% vs. ~8%) após o protocolo de treino com maior intervalo de recuperação. A justificativa dos resultados observados foi que o maior tempo de recuperação permitiu a realização de treino com maior volume, possivelmente desencadeando um maior estresse mecânico sobre as fibras musculares. Apesar de diversos estudos terem evidenciado que protocolos de treinamento de força realizados com diferentes intensidades até a falha podem promover ganho de massa muscular semelhantes (Schoenfeld, Peterson et al. 2015; Jenkins, Housh et al. 2016; Morton, Oikawa et al. 2016), o estudo de Schoenfeld et al. (2016) demonstrou que quando o número de séries e repetições são equiparados, o protocolo com maior volume total desencadeou maior hipertrofia muscular.

Na literatura científica existem alguns estudos que manipularam o volume e a intensidade de treino objetivando investigar se protocolos com maiores intensidades e volumes equiparados podem ocasionar maior hipertrofia muscular. Campos et al. (2002) compararam os efeitos de três protocolos de força com volumes equiparados (i.e., 4 séries de 3-5RM; 3 séries de 9-11RM; 2 séries de 20-28RM, nos exercícios de leg press, agachamento e cadeira extensora) sobre

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a hipertrofia do músculo vasto lateral em indivíduos não treinados em força. Após quatro semanas de treino, os autores observaram que somente os protocolos com maiores intensidades (i.e., 4 séries de 3-5RM; 3 séries de 9-11RM) induziram hipertrofia muscular, tendo ~12% de aumento da área corte transverso das fibras do tipo I, ~19% de aumento para as fibras do tipo IIa e ~26% de aumento para as fibras do tipo IIx. Recentemente, Lasevicius et al. (2018) realizaram um estudo com o objetivo de investigar os efeitos de protocolos de força com diferentes intensidades e volumes equiparados sobre a hipertrofia muscular em indivíduos não treinados em força. Os participantes realizaram um protocolo de treino com 3 séries de 20% de 1RM de forma unilateral no exercício de leg press 45° e, logo após, realizaram um protocolo com 80% de 1RM no membro contralateral com o número de séries ajustado para que o volume fosse equiparado. Após doze semanas de intervenções, foi observado que a hipertrofia do músculo vasto lateral (i.e., área de corte transverso) foi maior no protocolo com alta intensidade (~19%) quando comparado com o protocolo de baixa intensidade (~9%). Esses resultados corroboram com diversos estudos que reportaram que protocolos com ênfase na hipertrofia muscular realizado com maiores intensidades potencializam o aumento da hipertrofia muscular muscular quando o volume de treino é equiparado (Taaffe, Pruitt et al. 1996; Campos, Luecke et al. 2002; Holm, Reitelseder et al. 2008).

Como abordado anteriormente, o estresse mecânico é influenciado pela intensidade (Pette and Vrbová 1999; Widegren, Wretman et al. 2000), com isso os protocolos realizados com maiores intensidades podem ter contribuído para um aumento do estresse mecânico em cada fibra muscular ativa, desencadeando um incremento da hipertrofia muscular. Se o estresse mecânico sobre cada fica muscular é um fator-chave para aumentar a massa muscular, deve-se considerar o aumento da força máxima antes de um período de treinamento com ênfase na hipertrofia muscular. O aumento da força máxima pode permitir que o praticante incremente a intensidade absoluta,

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aumentando o estresse mecânico em cada fibra ativa. No entanto, até o presente momento, nenhum estudo investigou se a hipertrofia muscular e os ganhos de força desencadeadas pelo aumento de força máxima previamente à um período de treino orientado para hipertrofia muscular.

4. MATERIAS E MÉTODOS

4.1 Participantes

Inicialmente, 38 participantes foram recrutados para o estudo, mas 12 desistiram por motivos pessoais não relatados, e 26 indivíduos realizaram todos os procedimentos. Os participantes foram divididos de acordo com o valor inicial da espessura do músculo vasto lateral em dois grupos: protocolo com ênfase na hipertrofia muscular (HIP) (n = 11; 23 ± 3 anos, 76 ± 7 kg, 178 ± 7 cm, 4 ± 3 anos de experiência com treinamento de força) e protocolo de força máxima e hipertrofia muscular (FMHIP) (n = 15; 23 ± 4 anos, 76 ± 8 kg, 176 ± 5 cm, 5 ± 3 anos de experiência com treinamento de força. Os critérios de inclusão para a participação do estudo foram: 1) idade entre 18 a 35; 2) estar engajado em um programa de treinamento de força por um período mínimo de 1 ano; 3) possuir experiência com o exercício de agachamento com barra guiada e leg press 45°; 4) força relativa (1RM/massa corporal) no exercício de agachamento com barra guiada de no mínimo 1,5 vezes; 5) participantes do sexo masculino. Os critérios de exclusão adotados no estudo foram: 1) histórico de lesões na articulação dos joelhos, tornozelos e quadril que prejudicassem a execução correta do exercício com a devida intensidade e volume propostos; 2) uso de medicamentos ou recursos ergogênicos de qualquer natureza; 3) ter alguma restrição à prática do treinamento de força; 4) realizar menos de 15 sessões de treinos durante o estudo e/ou não ter participado de alguma avaliação.

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Durante a pesquisa os indivíduos foram orientados a manter seus hábitos alimentares convencionais (ex., consumo proteico, suplementos alimentares), sem utilizar nenhum tipo de recurso ergogênico ilícito (i.e., anabolizantes). Não foi permitido que nenhum voluntário iniciasse o uso de algum suplemento lícito durante o estudo. Todos os indivíduos foram devidamente informados sobre os procedimentos, benefícios, desconfortos e possíveis riscos do estudo e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (número do parecer: 2.617.949).

4.2 Desenho experimental

Antes do início das coletas de dados, todos os sujeitos foram orientados a realizar um período de três semanas (P) com o mesmo protocolo de treino (i.e., agachamento com barra guiada e leg press 45º; 4 séries de 8-12RM com um minuto de intervalo de recuperação entre as séries e cinco minutos de recuperação entre os exercícios), realizado duas vezes na semana. O objetivo desse procedimento foi padronizar o treino de todos os sujeitos antes de iniciar as intervenções. Esse período de treinamento não foi supervisionado.

Após esse período, os indivíduos realizaram duas visitas ao laboratório na primeira semana (S0) com o intuito de que todos conseguissem obter seu melhor desempenho na execução do teste de 1RM. Na primeira sessão, foi mensurada a espessura do músculo vasto lateral e foi realizado a familiarização com o teste de 1RM nos exercícios de agachamento com barra guiada e leg press 45°, nessa respectiva ordem. Na segunda sessão, foi realizado o teste de 1RM. Caso algum voluntário tivesse uma variação entre a sessão de familiarização e a de avaliação maior que 5%, uma segunda sessão de avaliação com o teste de 1RM foi realizada.

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Os participantes foram divididos em dois grupos, HIP e FMHIP, de acordo com o valor inicial da espessura do músculo vasto lateral e realizaram duas sessões de treinos por semana durante o período de oito semanas, com um intervalo mínimo de recuperação entre as sessões de treino de 48 horas. O grupo HIP treinou por oito semanas com um protocolo com ênfase na hipertrofia muscular e o grupo FMHIP treinou com um protocolo de força máxima por três semanas e logo em seguida, realizou o mesmo protocolo do grupo HIP por cinco semanas. Para ambos os grupos, também foi realizada a mensuração da espessura muscular e o teste de 1RM no início da quarta semana (S4) e na nona semana (S9) para análise das respostas adaptativas frente aos dois protocolos distintos empregados (i.e., força máxima e hipertrofia muscular). O intervalo mínimo de recuperação entre a sessão de treino e as avaliações foi de 72 horas. Durante esse período, os participantes foram orientados a não realizar nenhuma atividade física extenuante para os membros inferiores. Todos os treinos e avaliações foram realizados no mesmo horário, com uma variação de no máximo 2 horas. A Figura 1 resume de forma esquematizada os momentos de avaliações que foram realizados em ambos os grupos.

Figura 1: Desenho experimental do estudo. P: período de padronização; S: semanas de treinos e avaliações.

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4.3 Avaliações

4.3.1 Análise das medidas de espessura muscular

As captações das imagens com o ultrassom (Nanomaxx, Sonosite®, Bothell, EUA) foram realizadas no músculo vasto lateral da perna dominante (i.e., perna que os participantes chutavam a bola). As medidas foram realizadas à 60% da distância entre o côndilo lateral do fêmur e trocânter maior. Os locais foram medidos com uma fita métrica e, em seguida, foram marcados com tinta e um adesivo semipermanente (Abe, DeHoyos et al. 2000). Antes da mensuração, os participantes deitaram em posição supina com as pernas completamente estendidas e os músculos relaxados por um período de dez minutos. Após esse intervalo, foi aplicado sobre a pele dos sujeitos um gel de transmissão solúvel em água no local de medição. A mensuração da espessura muscular foi realizada através de imagens de ultrassom utilizando o modo B de imagem. A sonda de ultrassom de 5-10 MHz foi colocada perpendicularmente sobre o local e sem pressionar a pele. Quando a qualidade da imagem fosse considerada satisfatória, a imagem fornecida pelo software era salva para análise posterior da espessura muscular. A espessura foi determinada através da medição da distância do tecido adiposo subcutâneo até o início da aponeurose do músculo (ImageJ v. 1.43, Instituto Nacional de Saúde, Bethesda, EUA), com uma linha traçada no centro da imagem do ultrassom (Abe, Kondo et al. 1994), como podemos observar na Figura 2. O mesmo pesquisador foi responsável pela aquisição de todas as imagens do ultrassom. Três imagens foram avaliadas em cada momento de avalição e a média foi empregada para as análises. A mensuração da espessura muscular foi realizada em três momentos: pré, após três e oito semanas de treino. O intervalo mínimo de recuperação entre a sessão de treino e as avaliações foram de 72 horas. Durante esse período, os participantes foram orientados a não realizarem nenhuma atividade física extenuante

(27)

para os membros inferiores. O erro típico e o coeficiente de variação das medidas das imagens de ultrassom foram de 0,01 cm e 0,7%, respectivamente.

Figura 2: Espessura do músculo vasto lateral. 4.3.2 Teste de 1RM (uma repetição máxima)

O teste de 1RM foi utilizado para a avaliar a capacidade de produção de força máxima nos exercícios de agachamento com barra guiada e leg press 45° de acordo com os procedimentos descritos por Brown e Weir (2001). Antes da execução do teste de 1RM no agachamento com barra guiada, os indivíduos realizaram um aquecimento geral na bicicleta ergométrica (i.e., três minutos de atividade leve envolvendo os músculos que foram avaliados), seguido por alongamentos leves da musculatura envolvida e aquecimento específico consistindo em 2 séries submáximas, sendo a

(28)

primeira com 8 repetições de aproximadamente 50% de 1RM e a segunda com 3 repetições de aproximadamente 70% de 1RMe e intervalo de recuperação de um minuto entre cada série. Após três minutos da realização do aquecimento, os pesos foram incrementados até que o indivíduo não conseguisse realizar o exercício na amplitude pré-estabelecida. Um ciclo completo foi considerado válido se o participante flexionasse seu joelho em 110°, realizasse uma extensão 0° e retornasse à posição inicial de maneira controlada em ambos os exercícios. Intervalos de descanso de três minutos foram adotados entre cada tentativa. O número de tentativas para determinar os valores do teste de 1RM foi entre três e cinco. O intervalo de cinco minutos foi adotado após o fim do teste de 1RM no exercício de agachamento com barra guiada e o início do teste de 1RM no exercício de leg press 45°, sendo que não foi realizado um aquecimento específico neste segundo exercício. Apenas um voluntário apresentou uma variação entre a sessão de familiarização e a de avaliação maior que 5%, com isso, uma segunda sessão de avaliação foi realizada. Os testes de 1RM foram realizados antes do início das intervenções, 72 horas após a sexta sessão de treino e a oitava semana de intervenção.

4.4 Sessões de treino

Antes de iniciar as sessões de treino, os participantes foram ao laboratório para realizar uma sessão de familiarização no tocante ao posicionamento no equipamento e a amplitude de movimento à serem empregados nos exercícios de agachamento com barra guiada e leg press 45°. A amplitude de movimento no agachamento com barra guiada foi determinada com um caixote de madeira de altura ajustável com diferentes níveis de altura (Figura 3A) e no leg press 45° foi determinada com uma fita métrica posicionada no eixo de deslocamento do equipamento (Figura 3B). A amplitude articular do joelho de ambos os exercícios foi pré-estabelecida em 110°.

(29)

As sessões de treinos aconteceram duas vezes na semana com o exercício de agachamento com barra guiada e leg press 45°, nessa respectiva ordem e o intervalo de recuperação entre os exercícios foi de cinco minutos. Antes do início dos protocolos de treino, os participantes realizavam um aquecimento geral na bicicleta ergométrica (i.e., três a cinco minutos de atividade leve envolvendo os músculos a serem testados). Em seguida um aquecimento específico era realizado no exercício de agachamento, consistindo em 2 séries de contrações submáximas, sendo a primeira com 8 repetições à 50% de 1RM e a segunda com 3 repetições à 70% de 1RM, com o intervalo de um minuto entre as séries de aquecimento. Após três minutos da última série de Figura 3: Controle da amplitude dos movimentos nos exercícios utilizados no estudo. A) Agachamento com barra guiada; B) Leg Press 45°.

(30)

aquecimento, os participantes iniciavam os protocolos de treinos. Não foi realizado um aquecimento específico para o exercício de leg press 45°.

O grupo HIP realizou durante oito semanas um programa de treino com 4 séries de 8– 12RM (um minuto de intervalo de recuperação entre as séries). O grupo FMHIP realizou três semanas de um programa de treino com 4 séries de 1–3RM (três minutos de intervalo de recuperação entre as séries) com ênfase no aumento da força máxima e, logo após esse período, os participantes foram submetidos ao mesmo programa de treino do grupo HIP por um período de cinco semanas. As intensidades dos protocolos de treinos foram prescritas por zonas de RMs, sendo assim, o peso da primeira série da primeira sessão de treino no protocolo de HIP foi estabelecido em ~70% de 1RM e no protocolo de FMHIP foi estabelecido em ~100% de 1RM. À medida que os indivíduos realizassem um número de repetições acima ou abaixo da zona proposta, o peso era ajustado na série subsequente (~4%). Durante a realização dos protocolos de treino, a falha foi estabelecida quando os indivíduos não realizassem 2 repetições seguidas com a amplitude proposta em cada exercício.

Durante todas as sessões de treino, foram registrados o número de repetições e o peso empregado para posterior cálculo do volume total de treino (i.e., número de séries x número de repetições em cada série x peso) de cada exercício (Schoenfeld and Grgic 2017). Os valores do volume total de treino foram apresentados pelo somatório de todas as sessões de cada exercício.

5. ANÁLISE DOS DADOS

Todos os dados estão expressos pela média e o desvio padrão (DP) da média. As diferenças porcentuais do momento pré em relação ao fim das intervenções (Δ%) foram calculadas para os dados de espessura muscular e do teste de 1RM. Para a mensuração da reprodutibilidade

(31)

dos dados da espessura muscular, foram calculados o erro típico (i.e., desvio padrão da diferença dos dias 1 e 2 de mensuração/√2) e o coeficiente de variação (i.e., [erro típico/ valores médios do dia 1 e 2 de mensuração]*100). A normalidade de todos os dados foi verificada com o teste de Shapiro-Wilk e as alterações dos dados de espessura muscular e dos testes de 1RM foram acessadas pela two-way ANOVA com medidas repetidas. A two-way ANOVA também foi empregada para a análise estatística da intensidade absoluta média de todas as séries em cada exercício nos períodos de 1-3 e 4-8 semanas. Quando o valor de F foi significante, o pós teste de Tukey foi utilizado para comparações múltiplas. Testes t para amostras independentes foram realizados para a comparação do volume total nos exercícios de agachamento com barra guiada e leg press 45° e da Δ% da espessura muscular e dos testes de 1RM. O nível de significância adotado foi de p < 0.05. Por fim, eta-squared (η2) foi calculada de acordo com Cohen (1973) para análise do tamanho do efeito para comparações múltiplas e o d de Cohen foi calculado para análise do tamanho do efeito para a comparação entre duas médias (Cohen 2013). Os descritores qualitativos para η2 com proporções de 0.02, 0.13 e 0.26 indicam mudanças pequenas, moderadas e grandes, respectivamente (Cohen 1988) e o d de Cohen foi classificado de acordo com Rhea (2004) para indivíduos treinados: trivial (i.e., <0,25), pequena (i.e., 0,25-0,50), moderada (i.e., >0,50-1) e alta (i.e., >1). As análises dos dados foram realizadas no programa GraphPad Prism (EUA, Califórnia).

6. RESULTADOS

Todos os participantes realizaram todas as avaliações de espessura muscular e força e aderiram a 99% das sessões de treino.

(32)

6.1 Espessura Muscular

A Tabela 1 apresenta os valores da espessura do músculo vasto lateral nos momentos pré, três semanas, e após oito semanas de treinamento com os protocolos de HIP e FMHIP. Foi observado um aumento da espessura ao longo dos períodos de avaliações (efeito principal, p < 0,0001; η2: 0,061), porém, sem diferença significativa entre os grupos (efeito principal, p = 0,87).

TABELA 1: Espessura muscular do vasto lateral nos grupos HIP e FMHIP.

HIP FMHIP

Pré (cm) 2,28 ± 0,2 2,26 ± 0,28

Três semanas (cm) 2,34 ± 0,22* 2,28 ± 0,29*

Pós (cm) 2,38 ± 0,2* 2,4 ± 0,29*

Tabela 1: *p < 0,05 comparado aos valores do momento pré. Valores expressos em média ± DP.

A Figura 4 ilustra os valores individuais e médios da espessura muscular dos grupos nos momentos pré e pós de cada participante. Todos os participantes aumentaram a espessura muscular em relação ao início do estudo (efeito principal, p < 0,0001; η2: 0,061).

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E s p e s s u r a M u s c u la r ( c m ) H IP F M H IP 1 .5 2 .0 2 .5 3 .0 3 .5 P r é P ó s * *

Ao analisarmos as alterações percentuais da espessura muscular do músculo vasto lateral em relação ao momento pré entre os grupos, foi encontrado diferença significativa entre as intervenções (p = 0,049; d = 0,81), como podemos observar na Figura 5.

Figura 4: Espessura muscular do músculo vasto lateral pré e após 8 semanas de intervenção. As linhas conotam os valores individuais de cada sujeito. * = diferença significativa em relação ao momento pré. Valores expressos em média.

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Figura 5: Alterações percentuais da espessura do músculo vasto lateral em relação ao início das intervenções. *p < 0,05 comparado ao grupo HIP. Valores expressos em média ± DP.

6.2 Teste de 1RM

A Tabela 2 apresenta os valores do teste de 1RM no exercício de agachamento com barra guiada e leg press 45°, nos momentos pré, após três semanas e oito semanas de intervenções. Ao analisarmos os resultados dos valores do teste de 1RM no exercício de agachamento com barra guiada, foi encontrado um aumento de força máxima nos períodos de avaliações (efeito principal, p < 0,0001; η2= 0,18), porém, nenhuma diferença significativa foi observada entre os grupos (efeito principal, p = 0,53). Já em relação aos valores do teste de 1RM no exercício de leg press 45°, também foi observado um aumento da força máxima ao longo dos períodos de avaliações (efeito

E

s

p

e

s

s

u

r

a

M

u

s

c

u

la

r

(

%

)

H IP

F M H IP

0

2

4

6

8

1 0

*

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principal, p < 0,0001; η2= 0,09), sem diferença significativa entre os grupos (efeito principal, p = 0,65).

TABELA 2: Teste de 1RM nos exercícios de agachamento e leg press 45°.

Agachamento (kg) Leg Press 45° (kg)

HIP FMHIP HIP FMHIP

Pré 117 ± 15 116 ± 25 357 ± 58 357 ± 71

Três semanas 121 ± 16* 132 ± 28* 367 ± 62* 386 ± 668*

Pós 133 ± 14* 140 ± 29* 391 ± 66* 408 ± 76*

Tabela 2: *p < 0.05 comparado com os valores do momento pré. Valores expressos em média ± DP.

Ao analisarmos as alterações percentuais do teste de 1RM no exercício de agachamento com barra guiada em relação ao valor inicial, foi encontrado diferença significativa entre as intervenções (p = 0,01; d = 1,05), como podemos observar na Figura 6.

(36)

Ao analisarmos as alterações percentuais do teste de 1RM no exercício de leg press 45° em relação ao valor do momento pré entre os grupos, foi encontrado diferença significativa entre as intervenções (p = 0,04; d = 0,79), como podemos observar na Figura 7.

1

R

M

(

%

)

H IP F M H IP 0 1 0 2 0 3 0

*

Figura 6: Alterações percentuais do teste de 1RM no exercício de agachamento com barra guiada em relação ao início das intervenções. *p < 0,05 comparado ao grupo HIP. Valores expressos em média ± DP.

(37)

6.3 Intensidade absoluta média

A Tabela 3 apresenta a intensidade absoluta média de todas as séries em relação ao teste de 1RM inicial empregado no exercício de agachamento com barra guiada e no exercício leg press 45°, nos períodos de 1-3 e 4-8 semanas de treino. No exercício de agachamento com barra guiada foi encontrado uma diferença significativa na intensidade relativa média no período de 1-3 semanas comparado com o período de 4-8 semanas em ambos os grupos (efeito principal, p < 0,001; η2= 0,041). Ao compararmos as intensidades absoluta média entre grupos no mesmo período, foi observado uma diferença significativa entre os grupos no período 1-3 semanas (p <0,0001; d= 2,2), no entanto, não houve diferença significativa entre os grupos no período de 4-8

1 R M (% ) H IP F M H IP 0 1 0 2 0 3 0

*

Figura 7: Alterações percentuais do teste de 1RM no exercício de leg press 45° em relação ao início das intervenções. *p < 0,05 comparado ao grupo HIP. Valores expressos em média ± DP.

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semanas (p = 0,20; d = 0,8). O mesmo comportamento foi observado na intensidade absoluta média de todas as séries em relação ao teste de 1RM inicial no exercício de leg press 45°. Foi encontrado uma diferença significativa na intensidade absoluta média no período de 1-3 semanas comparado com o período de 4-8 semanas em ambos os grupos (efeito principal, p < 0,0001; η2= 0,035). Ao compararmos as intensidades absoluta média de cada grupo no mesmo período, foi observado uma diferença significativa entre os grupos no período 1-3 semanas (p < 0,0001; d = 2,0), no entanto, não foi observado diferença significativa entre os grupos no período de 4-8 semanas (p = 0,11; d = 0,9).

TABELA 3: Intensidade absoluta nos exercícios de agachamento e leg press 45°, nos períodos de 1-3 semanas e 4-8 semanas.

Agachamento Leg Press 45°

HIP FMHIP HIP FMHIP

1-3 semanas 76 ± 13 116 ± 23* 249 ± 36 351 ± 70* 4-8 semanas 81 ± 14# 95 ± 22 # 258 ± 43 # 301 ± 54#

Tabela 3: *p < 0,05 comparado ao grupo HIP no período de 1-3 semanas. #p < 0,05 comparado ao

período de 1-3 semanas. Valores expressos em média ± DP.

6.4 Volume total

A Figura 8 apresenta o volume total de todas as séries e de todas as sessões no exercício de agachamento com barra guiada. Foi observado uma diferença significativa entre os grupos (p = 0,004; d = 1,0).

(39)

V o lu m e T o t a l ( k g )

H IP

F M H IP

0

2 0 0 0 0

4 0 0 0 0

6 0 0 0 0

*

Figura 8: Volume total no exercício de agachamento com barra guiada. *p < 0,05 comparado ao grupo HIP. Valores expressos em média ± DP.

A Figura 9 apresenta o volume total de todas as séries e de todas as sessões no exercício de leg press 45°. Também foi encontrado uma diferença significativa entre os grupos (p = 0,001; d = 1,31).

(40)

Figura 9: Volume total no exercício de leg press 45°. *p < 0,05 comparado ao grupo HIP. Valores expressos em média ± DP.

7. DISCUSSÃO

O objetivo do estudo foi analisar e comparar a hipertrofia muscular e os ganhos de força em um período de treinamento desenhado para incrementar a capacidade de produção de força máxima, realizado previamente à um período de treino com ênfase na hipertrofia muscular e com um período de treino orientado para hipertrofia muscular em indivíduos treinados em força. Ao analisarmos as alterações percentuais em relação aos valores pré, o grupo FMHIP teve maior

V o lu m e T o ta l (k g ) H IP F M H IP 0 5 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 5 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0

*

(41)

hipertrofia muscular e ganhos de força nos exercícios de agachamento com barra guiada e leg press 45° comparado com o grupo HIP.

O grupo FMHIP desencadeou maior hipertrofia muscular (6,2%) comparado com o grupo HIP (4,7%). Apesar de não observarmos diferença significativa na intensidade absoluta durante o período de treino entre 4-8 semanas, vale ressaltar que o tamanho do efeito é moderado no protocolo de FMHIP comparado com o protocolo HIP no exercício de agachamento com barra guiada (d = 0,8) e no exercício de leg press 45° (d = 0,9). Com isso, o aumento da força máxima permitiu que os sujeitos treinassem com uma intensidade absoluta maior em um período subsequente, possivelmente aumentando o estresse mecânico em cada fibra muscular ativa (Rindom, Kristensen et al. 2019), desencadeando maiores incrementos da espessura muscular e de ganhos de força no grupo FMHIP.

O aumento da espessura muscular observado no grupo HIP (~5%) corrobora com o estudo de Zaroni et al. (2018) que encontraram um aumento de ~5% na espessura do músculo vasto lateral em homens treinados após um período de oito semanas em um treino com ênfase na hipertrofia muscular (i.e., 3 séries de 10-12RM). No entanto, alguns estudos reportam maiores aumentos da espessura muscular em indivíduos treinados comparados com os valores observados no grupo HIP. Por exemplo, Brigatto et al. (2018) observaram um aumento de 9,6% na espessura do músculo vasto lateral após oito semanas de treinamento de força (i.e., 8 séries com 10RM, duas vezes na semana). Já Schoenfeld et al. (2016) reportaram um aumento de ~10% da espessura do vasto lateral após um período de oito semanas de treino de força (i.e., 3 séries de 8-12RM nos exercícios de agachamento com barra guiada, leg press horizontal e cadeira extensora). Acreditamos que a disparidade nos resultados encontrados se deve ao fato de que todos os sujeitos do nosso estudo e do trabalho de Zaroni et al. (2018) realizaram um período de padronização de

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treino antes de dar início as intervenções. Por se tratar de indivíduos treinados que vinham de distintos protocolos de treinos, a alteração dos estímulos de treino por si só, nos estudos de Schoenfeld et al. (2016) e Brigatto et al. (2018), pode ter induzido maiores aumento da espessura muscular comparados aos valores observados em nosso estudo e no estudo de Zaroni et al. (2018).

Apesar da maior hipertrofia muscular observada no grupo FMHIP, o volume total do treino foi menor se comparado ao grupo HIP. Esses achados contrariam a meta-análise realizada por Schoenfeld et al. (2017) que demonstrou uma relação dose-resposta entre o volume semanal e o ganho de massa muscular. Nossos achados corroboram com alguns estudos que não demonstraram a existência desta relação (Schoenfeld, Peterson et al. 2015; Barbalho, Coswig et al. 2018). Barbalho et al. (2018) demonstraram que o aumento do volume de treino não afetou a hipertrofia muscular em indivíduos treinados em força. Desta forma, parece não existir uma relação direta entre volume total e a hipertrofia muscular.

Ao analisarmos o ganho de força, nossos resultados demonstram que um período de treino de força máxima prévio a um período com ênfase na hipertrofia muscular contribuiu para que esses ganhos fossem maiores comparados com indivíduos que realizavam apenas o protocolo HIP. Os achados encontrados em nosso estudo não corroboram com os resultados de Mattocks et al. (2017), no qual os indivíduos não treinados apresentaram os mesmos ganho de força em um protocolo de força máxima (i.e., 5 séries de 1RM) comparado com um protocolo com ênfase na hipertrofia muscular (i.e., 4 séries de 8-12RM) após um período de oito semanas de treino. Acreditamos que essa divergência de resultados possa ter ocorrido pelo nível de treino dos indivíduos. Diversas evidências na literatura apontam que os indivíduos não treinados em força respondem favoravelmente à diversos estímulos (Mitchell, Churchward-Venne et al. 2012; Ogasawara, Loenneke et al. 2013). Como a magnitude de adaptação diminui ao longo do período

(43)

de treino, programas de treino mais específicos são necessários para indivíduos treinados possam ter maiores aumento na de produção de força muscular (Campos, Luecke et al. 2002; Kraemer, Adams et al. 2002).

Nossos resultados vão ao encontro com diversas investigações demonstrando que há uma superioridade de protocolos de alta intensidade comparados com protocolos com intensidades menores para o ganho de força em indivíduos treinados (Counts, Buckner et al. 2016; Mangine, Hoffman et al. 2016; Schoenfeld, Grgic et al. 2017). Mangine et al. (2015) compararam os efeitos de um protocolo com ênfase na hipertrofia muscular (i.e., 4 séries de 10-12 repetições com 70% de 1RM) e um protocolo de força máxima (i.e., 4 séries de 3-5 repetições com 90% de 1RM) sobre a força muscular durante um período de oito semanas em indivíduos treinados. Os autores encontraram maior aumento da força máxima no exercício de supino nos sujeitos que realizaram o protocolo força máxima (~15%) comparado com os que treinaram com o protocolo com ênfase na hipertrofia (~7%). Os ganhos de força encontrados no grupo HIP corroboram ao estudo de Schoenfeld et al. (2016), que após oito semanas de um protocolo com ênfase na hipertrofia muscular (i.e., 3 séries de 8-12RM), os indivíduos treinados incrementaram a força máxima no exercício de agachamento em ~17%, valor semelhante ao encontrado no nosso estudo (14%).

Algumas limitações devem ser levadas em consideração ao tentarmos extrair inferências nos resultados encontrados. Os protocolos foram realizados para membros inferiores, com isso não podem ser extrapolados para outros grupamentos musculares como tronco e membros superiores. Nossos achados são específicos para homens treinados em força. Portanto, não podem ser generalizados para outras populações, como indivíduo não treinados em força, mulheres e idosos. Por fim, nós utilizamos exercícios máquinas em nosso estudo e esses exercícios não são sempre empregados por essa população.

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8. CONCLUSÃO

O emprego de um período de treino com ênfase no aumento de força máxima previamente ao período de treino orientado para hipertrofia muscular pode ser uma estratégia para maximizar a massa muscular e o ganho de força em indivíduos treinados em força.

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