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Numeração Única: Código: Processo Nº: 0 / 2019

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Academic year: 2021

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Gerado em: 30/07/2021 08:19

Numeração Única: 26407-70.2019.811.0042 Código: 584342 Processo Nº: 0 / 2019

Tipo: Crime Livro: Processos Criminais

Lotação: Sétima Vara Criminal Juiz(a) atual:: Jorge Luiz Tadeu Rodrigues Assunto: OFÍCIO Nº 131/2019/TCCR CUIABÁ, 02/07/2019 AÇÃO PENAL Nº 150459/2016 - CLASSE

CNJ- 283 E MEDIDA CAUTELAR Nº 166818/2016 - CLASSE CNJ- 279

Tipo de Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário->Procedimento Comum->PROCESSO CRIMINAL

Partes

Autor(a): PROCURADORIA GERAL DE JUSTICA DO ESTADO DE MATO GROSSO Réu(s): MAURO LUIZ SAVI

Vítima: ESTADO DE MATO GROSSO

Andamentos

28/07/2021 Carga

De: Gabinete - Sétima Vara Criminal Para: Sétima Vara Criminal.

28/07/2021

Decisão->Determinação

Ação Penal nº 26407-70.2019.811.0042 – Cód. 584342

Vistos, em correição.

Cuida-se de Ação Penal proposta pelo Ministério Público em desfavor de Mauro Luiz Savi, dando-o como incurso nas penas dos art. 2º, caput, c/c §§ 3º e 4º, todos da Lei nº 12.850/2013 e, art. 313-A e art. 317, ambos na forma do art. 71, c/c art. 69, todos do Código Penal.

Em decisão proferida, em 23 de agosto de 2019, foi designada audiência de instrução e julgamento para o dia 02 de outubro de 2019, às 14h, todavia, considerando a não localização das testemunhas, foi determinado a intimação das partes para se manifestarem, no prazo de 10 (dez) dias, quanto à insistência, ou desistência, na oitiva das testemunhas restantes, sob pena de desistência tácita. No caso de insistência, a parte deveria indicar o endereço atualizado (fls. 613).

A Defesa de Mauro Luiz Savi pleiteou pela desistência das testemunhas César Soares Carvalho e Cleber Soares Jardin, sob a alegação de que não foi possível localizar o endereço atualizado das referidas testemunhas.

Requereu, ainda, a substituição das testemunhas não encontradas pelas seguintes testemunhas: Hélio da Silva Vieira e Rafael Reis (fls. 614).

O Ministério Público foi devidamente intimado, no dia 30 de agosto de 2019, da decisão supramencionada, porém, deixou o prazo transcorrer in albis, conforme certidão de fls. 616.

A Defesa de Mauro Luiz Savi suscitou que o tema versado nesta demanda é idêntico ao da Ação Penal nº 23383-44.2013.811.0042 (Cód. 360603), na qual o Juízo da 7ª Vara Criminal declinou a competência em favor do Tribunal Regional Eleitoral, pleiteando pela suspensão da audiência que estava designada para o dia 02/10/2019, a fim de que o Ministério Público fosse instado a se manifestar sobre o declínio desta ação, evitando-se futuras nulidades.

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Ao final, em complementação do petitório de fls. 614, indicou o novo endereço da testemunha Unirio Shirmer (fls. 617/620).

Em decisão proferida, em 25 de setembro de 2019, foi suspensa a referida audiência de instrução e julgamento e, via de consequência, foi determinada a remessa dos autos ao Ministério Público para se manifestar acerca do pedido de declínio de competência (fls. 621).

Instado a se manifestar, o Ministério Público opinou pelo indeferimento do pedido formulado pela Defesa de Mauro Luiz Savi, por não haver elementos mínimos que demonstrem a existência de crime eleitoral (fls. 622/627).

O Ministério Público Ambiental requereu o compartilhamento das provas produzidas nestes autos, a fim de instruir o Inquérito Policial nº 90/2014, fundamentando que as provas angariadas nestes autos são imprescindíveis para a elucidação dos fatos investigados no procedimento investigatório supramencionado (ref. 04).

É o relatório do necessário. Decido.

1 – Depreende-se do relatório, que a Defesa de Mauro Luiz Savi pugnou pelo declínio da competência para processar e julgar o presente feito à Justiça Eleitoral do Estado de Mato Grosso, sob o argumento de que o tema versado nesta demanda é idêntico ao da Ação Penal nº 23383-44.2013.811.0042 (Cód. 360603), em desfavor de Silval da Cunha Barbosa e outros, na qual o Juízo da 7ª Vara Criminal declinou a competência em favor do Tribunal Regional Eleitoral. Compulsando detidamente os autos, nota-se que Mauro Luiz Savi, José Geraldo Riva, Fabrícia Ferreira Pajanoti e Silva, Jacymar Capelosso, Juliana Aguiar da Silva, Paulo Miguel Renó, Wladis Borsato Kuviatz e outras pessoas até então não identificadas, voluntariamente, constituíram e, desde então, passaram a integrar pessoalmente organização criminosa para qual concorriam funcionários públicos, condição esta de que se valia a organização para prática de infrações penais.

De acordo com a inicial acusatória, a referida organização criminosa foi instalada nos Poderes Legislativo e Executivo do Estado de Mato Grosso para executar crimes de naturezas diversas e com isso obter vantagens pecuniárias indevidas destinadas à ostentação pessoal de seus integrantes e à manutenção do próprio grupo nas entranhas dos Poderes constituídos do Estado de Mato Grosso.

Consta ainda que, Mauro Luiz Savi e José Geraldo Riva, à época dos fatos, exerciam mandatos eletivos de Deputado Estadual em Mato Grosso, cargos de prestígios de que se valiam para colocar em prática esquemas voltados à obtenção de vantagens pecuniárias e, de forma oculta, comandavam o grupo por trás das cortinas, empossando pessoas interpostas para falarem em nome deles para influenciar as atividades de órgãos de outros setores públicos. Além disso, esclarece a exordial acusatória que, com a aproximação das eleições gerais ocorridas, no ano de 2014, surgiu à necessidade de se angariar fundos para pagar os gastos de campanha dos então Deputados Estaduais Mauro Luiz Savi e José Geraldo Riva, que se candidatariam a cargos eletivos no referido pleito. Assim, o quadro de atuação dentro da SEMA-MT se mostrou propício para que pudessem arrecadar dinheiro ilicitamente para pagamento de despesas ilegais relacionadas à campanha eleitoral.

Neste cenário teria surgido a oportunidade de se vender créditos ambientais inexistentes, bem como, de facilitar a execução de fraude relacionada à duplicação de créditos ambientais, esquema cuja operacionalização dependia apenas de uma pessoa plantada dentro da SEMA/MT que tivesse acesso ao sistema informatizado de controle de tais atividades e que pudesse realizar operações fraudulentas, de modo que, no empenho de levantamento de fundos de campanha, a organização criminosa poderia, em razão dos cargos públicos ocupados por seus integrantes, solicitar e receber vantagens pecuniárias indevidas de particulares que atuavam no ramo de atividades econômicas de exploração e venda de madeiras em Mato Grosso em troca dos serviços ilícitos supramencionados.

Assim, as provas coligidas, até o presente momento, indicam que o esquema de inserção de créditos fraudulentos no sistema informatizado de controle de atividades florestais da SEMA/MT, bem como, de facilitação da fraude de duplicação de créditos florestais tinha por finalidade a arrecadação, pela organização criminosa, de propina destinada na sua maior parte à reunião de fundos para pagamento de débitos relacionados à campanha eleitoral de Mauro Luiz Savi e José Geraldo Riva, assim como, a aferição de espúrio lucro aos agentes da organização criminosa.

Nesse sentido, acresço que a corré Juliana Aguiar da Silva esclareceu, em sede policial, que a finalidade do esquema ilícito era a arrecadação de recursos financeiros para campanha eleitoral do Deputado Estadual Mauro Savi.

Deste modo, verifica-se que a suposta prática dos delitos contra a administração pública (inserção de dados falsos em sistema de informações e corrupção) teve por finalidade a arrecadação de recursos para financiar a campanha eleitoral do, à época, Deputado Estadual Mauro Luiz Savi.

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inciso IV, do Código de Processo Penal, em face do princípio da especialidade, análise de eventual prática de crime eleitoral e conexão a eventuais delitos comuns é de competência da justiça eleitoral. Vejamos:

Art. 35. Compete aos juízes: (...)

II - processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais;

Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras: (...)

IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta.

Neste sentido, anoto que o Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que a Justiça Eleitoral é competente para processar e julgar crimes comuns que apresentem conexão com crimes eleitorais, cabendo à justiça

especializada, analisar, caso a caso, a existência de conexão de delitos comuns aos delitos eleitorais e, em não os havendo, remeter à Justiça comum.

Cumpre ressaltar, a propósito da controvérsia ora em exame, e por relevante, que a colenda Segunda Turma desta Suprema Corte, posicionando-se de maneira oposta à pretensão formulada pela eminente Senhora Procuradora-Geral da República, tem consagrado o entendimento de que, na hipótese de conexão entre delitos eleitorais e infrações penais comuns, a apreciação e o julgamento do feito competem à Justiça Eleitoral, que se qualifica, presente referido contexto, como “forum attractionis”, em ordem a viabilizar a necessária unidade de processo e julgamento de

mencionados ilícitos penais, que deverão, em consequência, ser decididos em “simultaneus processus” ” por esse ramo especializado do Poder Judiciário da União, que é a Justiça Eleitoral (Inq 4.428-QO/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES – Pet 6.694-AgRAgR/DF, Red. p/ o acórdão Min. DIAS TOFFOLI – Pet 6.986-AgR-ED/DF, Red. p/ o acórdão Min. DIAS TOFFOLI, v.g.): “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NA PETIÇÃO. COLABORAÇÃO PREMIADA NO BOJO DA OPERAÇÃO ‘LAVA-JATO’. ODEBRECHT. ELEIÇÕES DE 2010. GOVERNO DE SP. PAGAMENTOS POR MEIO DE CAIXA DOIS. CRIMES DE FALSIDADE IDEOLÓGICA E CONEXOS. CRIME ELEITORAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA ENTRE JUSTIÇA COMUM E JUSTIÇA ELEITORAL.

ENCAMINHAMENTO DOS AUTOS À JUSTIÇA ELEITORAL. PRECEDENTES. I – O ‘Parquet’ Federal, ao elaborar ‘REGISTRO DOS PRINCIPAIS PONTOS DO DEPOIMENTO’, referiu-se a pagamentos por meio de ‘Caixa Dois’. II – Somente no momento de ofertar as contrarrazões ao agravo regimental, inovando com relação ao seu entendimento anterior, passou a sustentar que ‘a narrativa fática aponta, em princípio, para eventual prática de crimes, tais como corrupção passiva (art. 317 do Código Penal) e falsidade ideológica eleitoral (art. 350 do Código Eleitoral)’. III – O Código Eleitoral, em seu título III, o qual detalha o âmbito de atuação dos juízes eleitorais, estabelece, no art. 35, que: ‘Compete aos juízes (…) II – processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais’. IV – O denominado ‘Caixa 2’ sempre foi tratado como crime eleitoral, mesmo quando sequer existia essa tipificação legal. V – Recentemente, a Lei nº 13.488/2017 incluiu o art. 354-A no Código Eleitoral, para punir com reclusão de dois a seis anos, mais multa, a seguinte conduta: ‘Apropriar-se o candidato, o administrador financeiro da campanha, ou quem de fato exerça essa função, de bens, recursos ou valores destinados ao financiamento eleitoral, em proveito próprio ou alheio’. VI – Ainda que se cogite da hipótese aventada ‘a posteriori’ pelo MPF, segundo a qual também teriam sido praticados delitos comuns, dúvida não há de que se estaria, em tese, diante de um crime conexo, nos exatos termos do art. 35, II, do referido ‘Codex’. VII – A orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal, com o intuito de evitar possíveis nulidades, assenta que, ‘(…) em se verificando (…) que há processo penal, em andamento na Justiça Federal, por crimes eleitorais e crimes comuns conexos, é de se conceder ‘habeas corpus’, de ofício, para anulação, a partir da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, e encaminhamento dos autos respectivos a` Justiça Eleitoral de primeira instância’ (CC 7033/SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, Tribunal Pleno, de 2/10/1996). VIII – A mesma orientação se vê em julgados mais recentes, a exemplo da Pet 5700/DF, rel. Min. Celso de Mello. IX – Remessa do feito à Justiça Eleitoral de São Paulo.” (Pet 6.820-AgR-ED/DF, Red. p/ o acórdão Min. RICARDO LEWANDOWSKI – grifei) “Agravo regimental. Petição. Doações eleitorais por meio de caixa dois. Fatos que poderiam constituir crime eleitoral de falsidade ideológica (art. 350, Código Eleitoral). Competência da Justiça Eleitoral. Crimes conexos de competência da Justiça Comum. Irrelevância.

Prevalência da Justiça Especial (art. 35, II, do Código Eleitoral e art. 78, IV, do Código de Processo Penal). Precedentes. Remessa dos termos de colaboração premiada ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. Determinação que não firma, em definitivo, a competência do juízo indicado. Investigação em fase embrionária. Impossibilidade, em sede de cognição sumária, de se verticalizar a análise de todos os aspectos concernentes à declinação de competência. Agravo regimental provido. 1. A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que, em se tratando de doações eleitorais por meio de caixa 2 – fatos que poderiam constituir o crime eleitoral de falsidade ideológica (art. 350, Código Eleitoral) –, a competência para processar e julgar os fatos é da

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Justiça Eleitoral (PET nº 6.820/DF-AgR-ED, Redator para o acórdão o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 23/3/18). 2. A existência de crimes conexos de competência da Justiça Comum, como corrupção passiva e lavagem de capitais, não afasta a competência da Justiça Eleitoral, por força do art. 35, II, do Código Eleitoral e do art. 78, IV, do Código de Processo Penal. 3. Tratando-se de investigação em fase embrionária e diante da impossibilidade, em sede de cognição sumária, de se verticalizar a análise de todos os aspectos concernentes à declinação de competência, o

encaminhamento de termos de colaboração não firmará, em definitivo, a competência do juízo indicado, devendo ser observadas as regras de fixação, de modificação e de concentração de competência, respeitando-se, assim, o princípio do juiz natural (Inq nº 4.130/PR-QO, Pleno, de minha relatoria, DJe de 3/2/16). 4. Agravo regimental provido, para se determinar a remessa dos termos de colaboração premiada ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, para posterior encaminhamento ao juízo de primeiro grau competente.” (Pet 7.319/DF, Red. p/ o acórdão Min. DIAS TOFFOLI – grifei) (Inq 4435 AgR-quarto/DF, rel. Min. Marco Aurélio, j. 13 e 14-3-2019).

Ademais, acresço que o Superior Tribunal Justiça, em caso semelhante, consignou que havendo indícios que os recursos ilegais, arrecadados com as atividades ilícitas praticadas pela suposta organização criminosa, tinha como destino o financiamento de campanhas eleitorais, deve ser respeitada a competência da justiça especializada, devendo os autos ser remetidos ao Juízo Eleitoral, in verbis:

RECURSO EM HABEAS CORPUS. PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO. APURAÇÃO DE CRIMES RELACIONADOS À CORRUPÇÃO ATIVA E PASSIVA NO ÂMBITO DOS PODERES EXECUTIVO E LEGISLATIVO MUNICIPAL

(OPERAÇÃO PECÚLIO/NIPOTI). PRETENSÃO DE ENCAMINHAMENTO DOS AUTOS À JUSTIÇA ELEITORAL. CONEXÃO DOS CRIMES INICIALMENTE INVESTIGADOS COM A PRÁTICA DE CRIME DA COMPETÊNCIA DESTA JUSTIÇA ESPECIALIZADA. EXISTÊNCIA DE INDÍCIOS DA CONEXÃO DOS CRIMES INICIALMENTE

INVESTIGADOS COM A PRÁTICA DE CRIME ELEITORAL. DEPOIMENTOS DE RÉUS COLABORADORES SOBRE A FORMAÇÃO DE "CAIXA 2" PARA FINANCIAMENTO DE CAMPANHAS ELEITORAIS. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL ESPECIALIZADA PARA O PROCESSAMENTO E JULGAMENTO DOS CRIMES ELEITORAIS E CONEXOS, A QUEM CABE, AINDA, O JUÍZO A RESPEITO DA SEPARAÇÃO, OU NÃO, DOS PROCESSOS POR CRIMES COMUNS E ELEITORAIS. 1. Do acurado exame dos depoimentos firmados por corréus, nos termos de colaboração premiada, observa-se a existência de indícios da prática de doações eleitorais por meio da formação de "caixa 2", a supor a ocorrência do crime de falsidade ideológica eleitoral (art. 350 do Código Eleitoral). 2. Hipótese em que não há como negar a conexão dos crimes inicialmente investigados com a prática de crime eleitoral, pois, ao que parece, a maior parte dos recursos ilegais, arrecadados com as atividades ilícitas praticadas pela suposta organização criminosa, na Prefeitura de Foz do Iguaçu/PR, tinha como destino o financiamento de campanhas eleitorais. 3. Existindo indícios da prática de crime eleitoral, inviável a manutenção do inquérito policial no âmbito da Justiça Federal, devendo ser respeitada a competência da Justiça especializada para processar e julgar os crimes atribuídos, uma vez que essa prevalece sobre a comum, nos termos do art. 78, IV, do Código de Processo Penal. 4. No caso de haver certa

independência entre o crime de corrupção passiva e o crime eleitoral, é sempre viável ao magistrado competente deliberar sobre o desmembramento, com a remessa à Justiça Federal daquela parte que entender não ser de

obrigatório julgamento conjunto. De qualquer sorte, essa decisão só pode incumbir ao Juízo inicialmente competente, que é o Eleitoral (AgRg na APn 865/DF, Ministro Herman Benjamin, Corte Especial, DJe 13/11/2018). 5. Recurso em habeas corpus provido para determinar a imediata remessa dos autos do Inquérito Policial n.

5013892-52.2018.4.04.7002 à Justiça Eleitoral, a quem caberá decidir sobre a necessidade ou não de julgamento conjunto e sobre a eventual remessa de parte da investigação para processamento na Justiça Federal, nos termos do art. 80 do Código de Processo Penal. (STJ - RHC: 116663 PR 2019/0240834-0, Relator: Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, Data de Julgamento: 26/11/2019, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 06/12/2019)

Assim, considerando que na denúncia houve a narração fática sobre delitos afetos à Justiça Eleitoral, cabe a este Juízo comum declinar e remeter este processo ao Juízo Eleitoral, cuja competência natural encontra-se definida com base nos critérios legais, conforme acima exposto.

Desta forma, em dissonância com o parecer ministerial, DECLINO DA COMPETÊNCIA para processar e julgar este feito, DETERMINANDO a remessa dos autos à Justiça Eleitoral do Estado de Mato Grosso, bem assim, os incidentes apensos a esta ação principal.

Consequentemente, DEIXO de analisar os demais pedidos formulados, os quais deverão ser apreciados pelo Juízo Competente.

Ciência ao Ministério Público. Às providencias.

Cumpra-se.

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Jorge Luiz Tadeu Rodrigues Juiz de Direito

28/07/2021

Concluso p/Despacho/Decisão

De: Sétima Vara Criminal Para: Gabinete - Sétima Vara Criminal 08/06/2021

Juntada de Provas (Requerente)

Juntada de documento recebido pelo Apolo Eletrônico.

Documento Id: 653488, protocolado em: 31/05/2021 às 09:06:59 18/12/2020

Carga

De: Gabinete - Sétima Vara Criminal Para: Sétima Vara Criminal.

18/12/2020

Despacho->Mero expediente

Vistos, etc.

Diante do grande fluxo de ações penais e medidas cautelares em tramitação nesta unidade judiciária, bem como, em face da complexidade dos referidos processos, aliado, ainda, às audiências designadas, não foi possível analisar o presente processo.

Desta forma, considerando que estarei afastado de minhas funções normais junto à 7ª Vara Criminal de Cuiabá/MT, a partir do dia 07 de janeiro de 2021, em face do usufruto de férias, devidamente autorizadas, e por não estar escalado para o recesso forense, compreendido entre os dias 20/12/2020 a 06/01/2021, PROCEDO a devolução dos autos à Secretaria, desta unidade judiciária.

Outrossim, diante da virtualização dos autos, faz-se necessária a remessa do processo à Secretária, para a digitalização e inserção no processo judicial eletrônico – PJE e/ou Apolo Eletrônico, conforme for o caso. Após o retorno, voltem-me os autos conclusos.

Às providências.

Cuiabá - MT, 18 de dezembro de 2020.

Jorge Luiz Tadeu Rodrigues Juiz de Direito

09/06/2020

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