Por.
Semana 6
Raphael Hormes
(Rodrigo Pamplona)
Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.
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09/03
16/03
23/03
Aula de exercícios com enfoque em interpretação de enunciados e comandos15:00
Estutura e Formação de palavras15:00
Semântica das palavras variáveis (substantivo e artigo)15:00
CRONOGRAMA
30/03
Semântica das palavras variáveis (adjetivo e numeral)15:00
Semântica
das palavras
variáveis
(subs-tantivo e artigo)
01. Resumo 02. Exercício de Aula 03. Exercício de Casa 04. Questão Contexto23
mar
131
Po
r.
RESUMO
Substantivo
É a classe de palavra utilizada para nomear coisas, seres, ações, sentimentos, etc.
Gênero do substantivo
O gênero é uma classificação dos substantivos em dois grandes grupos: masculinos e femininos.
“Masculino é o substantivo que se puder juntar à forma masculina de um adjetivo, ou ao artigo o; feminino, o que puder se juntar à forma femi-nina de um adjetivo, ou ao artigo a.”
Meios de expressão de
gêne-ro
✓ Os substantivos de gênero único compreendem três tipos:
I) Substantivos que apresentam um gênero gramati-cal para designar pessoas de ambos os sexos. Cha-ma-se sobrecomuns:
O algoz – O apóstolo – O cônjuge – A criança – A criatura – A pessoa, etc.
II) Substantivos que apresentam um só gênero gra-matical para animais de um e outro sexo. Chama-se epicenos:
O albatroz – O besouro – O condor – A águia – A baleia – A borboleta, etc.
III) Substantivos que apresentam um só gênero gra-matical para designar coisas (vegetais, objetos, etc.) A alma – A faca – A estrela – O diamante – O li-vro – O navio
De modo geral, os nomes ternados em -o átono são masculinos e os terminados em -a átono são femini-nos. Entretanto, há um grupo de substantivos mas-culinos terminados em -a: clima, cometa, mapa; e há outros nomes de origem grega terminado em -ema, ou -oma.
Fonema – fibroma – diploma – emblema
Os substantivos de dois gêneros sem flexão pos-suem apenas uma forma para os dois gêneros, isto é, o artigo ou a terminação da palavra determinante
ligada ao nome é que vai denunciar o masculino ou o feminino.
A aborígene – O aborígene – O agente – A agente Obs: pela força do hábito dos falantes, as formas, presidenta, infanta e parenta foram consagradas.
Pares de substantivos
seman-ticamente opostos
Há substantivos masculinos a que se relacionam se-manticamente outros, exclusivamente femininos. macho/fêmea; bode/cabra; cavalo/ égua; touro/ vaca
Indicação do gênero por meio
de flexão
Geralmente, os substantivos se flexionam em gêne-ro pelo acréscimo da desinência -a (com a supressão da vogal temática aos nomes de tema -o e -e).
Lob(o)+a= LobA
Os nomes terminados em áo sofrem pequenas alte-rações morfológicas e passam a ter três grupos, que manifestam o plural em -ao, ã e ona. Exemplos: ✓ Anfitrião – anfitrioa ou anfitriã
✓ Leão – leoa ✓ Patrão – patroa ✓ Aldeão – aldeã ✓ Cristão – cristã ✓ Resmungão – resmungona ✓ Valentão – valentona
Algumas exceções
Zangão/abelha; sultão/sultana; perdigão/perdiz; cão/cadela; barão/baronesa.
Substantivos cuja
significa-ção varia com a mudança de
gênero
✓ O cabeça – A cabeça ✓ O caixa – A caixa ✓ O capital – A capital ✓ O corneta – A corneta
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Po
r.
EXERCÍCIO DE AULA
1.
(Fuvest – SP)O diminutivo é uma maneira ao mesmo tempo afetuosa e precavida de usar a linguagem. Afetuosa porque geralmente o usamos para designar o que é agradável, aquelas coisas tão afáveis que se deixam diminuir sem perder o sentido. E precavida porque também o usamos para desarmar certas pala-vras que, por sua forma original, são ameaçadoras demais.
(Luis Fernando Verissimo) A alternativa inteiramente de acordo com a definição do autor de diminutivo é: ✓ O crisma – A crisma ✓ O cura – A cura ✓ O guarda – A guarda ✓ O guia – A guia ✓ O lente – A lente ✓ O língua – A língua ✓ O moral – A moral
Graus do substantivo
São dois os graus do substantivo: o aumentativo e o diminutivo, que se expressam analítica ou sinteti-camente.
O aumentativo analítico se constrói com o adjetivo grande ou outro de significação similar (ex: olhos grandes). O sintético, por sua vez, forma-se com os sufixos -ázio, -orra, -ola, -az e, principalmente, -ão, que possui suas variante -alhão, -arão,-zarrão (ex: cabeçorra, bocarra, homenzarrão, canaz etc.). O diminutivo analítico se constrói com o adjetivo pe-queno ou outro de significação similar (carro peque-no). Já o sintético constitui-se, normalmente, pelos sufixos -ito, ulo,-culo-ote-ola,-im,-elho e , principal-mente, -inho e -zinho (ex: cafezinho, paizinho, óvulo, viela, etc.).
Observação: Muitos aumentativos e diminutivos são meramente formais, pois não dão mais conta de encerrar as ideias de aumento e de diminui-ção. ?Isso se deu ao longo do tempo, devido ao uso. Por exemplo: cartaz, cartilha, cavalete, den-tuça, ferrão, flautim, papelão, folhinha (calendá-rio), caminhão, etc.
Artigo
Na língua portuguesa, é uma palavra que antecede o substantivo. Desta forma, qualquer palavra, expres-são ou frase fica substantivada se o trouxer como precedente.
O(artigo) belo(substantivo)
O(artigo) “conhece-te a ti mesmo”(substantivo) é um conse-lho sábio
Em alguns casos, o artigo serve para assinalar o gê-nero e o número de um substantivo:
O colega – A colega O lápis – OS lápis Há dois tipos de artigo:
1) Definidos (o, a , os, as) – junta-se ao substantivo para indicar que se trata de uma coisa ou ser deter-minado, o ouvinte/leitor/interlocutor saberá do que ou de quem se trata:
O presidente foi conclamado durante seu discurso
2) Indefinidos (um, uma, uns, umas) – é utilizado para mencionar qualquer coisa ou ser da mesma es-pécie, não há determinação por não ser possível ou necessária.
Um presidente foi conclamado durante seu
dis-curso.
Observação: o artigo definido pode ser usado como referência à espécie inteira. Exemplo:
13
3
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r.
a) O iogurtinho que vale por um bifinho.
b) Ser brotinho é sorrir dos homens e rir interminavelmente das mulheres. c) Gosto muito de te ver, Leãozinho.
d) Essa menininha é terrível. e) Vamos bater um papinho.
3.
(Fuvest SP)A gente via Brejeirinha: primeiro, os cabelos, compridos, lisos, louro-cobre; e, no meio deles, coisicas diminutas: a carinha não-comprida, o perfilzinho agudo, um narizinho que-carícia. Aos tantos, não parava, andorinhava, es-piava agora – o xixixi e o empapar-se da paisagem – as pestanas tiltil. Po-rém, disse-se-dizia ela, pouco se vê, pelos entrefios: – “Tanto chove, que me gela”
(Guimarães Rosa, “Partida do audaz navegante”, Primeiras estórias) a) Os diminutivos com que o narrador caracteriza a personagem traduzem tam-bém sua atitude em relação a ela. Identifique essa atitude, explicando-a breve-mente.
b) “Andorinhava” é palavra criada por Guimarães Rosa. Explique o processo de formação dessa palavra. Indique resumidamente o sentido dessa palavra no tex-to.
2.
4.
(Vunesp – SP)Contraste entre a vida campestre e a das cidades
Nos campos o vilão sem sustos passa, Inquieto na corte o nobre mora; O que é ser infeliz aquele ignora, Este encontra nas pompas a desgraça: Aquele canta e ri; não se embaraça Com essas coisas vãs que o mundo adora: Este (oh cega ambição!) mil vezes chora, Porque não acha bem que o satisfaça: Aquele dorme em paz no chão deitado, Este no ebúrneo leito precioso
Nutre, exaspera velador cuidado: Triste, sai do palácio majestoso;
Se hás-de ser cortesão, mas desgraçado, Antes ser camponês, e venturoso.
(Bocage, Obras de Bocage. Porto: Lello & Irmão-Editores, 1968.) (FSA – SP) Dentre as frases abaixo, escolha aquela em que há, de fato, flexão de grau para o substantivo.
a) O advogado deu-me seu cartão.
b) Deparei-me com um portão, imenso e suntuoso. c) Moravam num casebre, à beira do rio.
d) A abelha, ao picar a vítima, perde seu ferrão. e) A professora distribuiu as cartilhas a todos os alunos
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EXERCÍCIO DE CASA
1.
(ENEM-2002)“Narizinho correu os olhos pela assistência. Não podia haver nada mais curioso. Besourinhos de fraque e flores na lapela conversavam com barati-nhas de mantilha e miosótis nos cabelos. Abelhas douradas, verdes e azuis, falavam mal das vespas de cintura fina - achando que era exagero usarem coletes tão apertados. Sardinhas aos centos criticavam os cuidados exces-sivos que as borboletas de toucados de gaze tinham com o pó das suas asas. Mamangavas de ferrões amarrados para não morderem. E canários cantando, e beija-flores beijando flores, e camarões camaronando, e caran-guejos caranguejando, tudo que é pequenino e não morde, pequeninando e não mordendo.”
LOBATO, Monteiro. Reinações de Narizinho. São Paulo: Brasiliense, 1947. No último período do trecho, há uma série de verbos no gerúndio que contri-buem para caracterizar o ambiente fantástico descrito. Expressões como “ca-maronando”, “caranguejando” e “pequeninando e não mordendo” criam, princi-palmente, efeitos de
O tema do soneto apresentado, do neoclássico português Bocage, se enquadra numa das linhas temáticas características do período literário denominado Ne-oclassicismo ou Arcadismo. Aponte essa linha temática, comprovando com ele-mentos do próprio poema.
5.
(UFMS)O dia abriu seu para-sol borado De nuvens e de verde ramaria E estava até um fumo, que subia, Mi-nu-ci-o-as-men-te desenhado.
(QUINTANA, Mário. Poesias) Em relação ao texto de Mário Quintana reproduzido acima, some o valor das op-ções incorreta(s).
01) Segundo o dicionário eletrônico de Aurélio B. Holanda, “Verso é cada uma das linhas constitutivas de um poema; a unidade rítmica de uma poesia”. Portan-to, a estrofe acima é composta de 4 versos.
02) No conjunto formado pelos versos 1 e 2, tem-se uma ocorrência de lingua-gem metafórica.
04) Ao empregar a palavra fumo por fumaça, o poeta utiliza o recurso estilístico da hipérbole.
08) Para sugerir de forma mais expressiva o movimento vagaroso do fumo (fu-maça) que subia, Mário Quintana recorre à correta partição silábica da palavra minuciosamente.
16) A pluralização da palavra para-sol se baseia na mesma orientação normativa de guarda-civil.
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r.
a) esvaziamento de sentido. b) monotonia do ambiente. c) estaticidade dos animais. d) interrupção dos movimentos. e) dinamicidade do cenário.
2.
(Unifesp) A ciência do palavrãoPor que diabos m... é palavrão? Aliás, por que a palavra diabos, indizível décadas atrás, deixou de ser um? Outra: você já deve ter tropeçado numa pedra e, para revidar, xingou-a de algo como filha da …, mesmo sabendo que a dita nem mãe tem. Pois é: há mais mistérios no universo dos pala-vrões do que o senso comum imagina. Mas a ciência ajuda a desvendá-los. Pesquisas recentes mostram que as palavras sujas nascem em um mundo à parte dentro do cérebro. Enquanto a linguagem comum e o pensamento consciente ficam a cargo da parte mais sofisticada da massa cinzenta, o neocórtex, os palavrões moram nos porões da cabeça. Mais exatamente no sistema límbico. Nossa parte animal fica lá. E sai de vez em quando, na for-ma de palavrões. A medicina ajuda a entender isso. Veja o caso da síndrome de Tourette. Essa doença acomete pessoas que sofreram danos no gânglio basal, a parte do cérebro cuja função é manter o sistema límbico comporta-do. E os palavrões saem como se fossem tiques nervosos na forma de pala-vras. Mas você não precisa ter lesão nenhuma para se descontrolar de vez em quando, claro. Justamente por não pensar, quando essa parte animal do cérebro fala, ela consegue traduzir certas emoções com uma intensida-de inigualável. Os palavrões, por esse ponto intensida-de vista, são poesia no senti-do mais profunsenti-do da palavra. Duvida? Então pense em uma palavra forte. Paixão, por exemplo. Ela tem substância, sim, mas está longe de transmitir toda a carga emocional da paixão propriamente dita. Mas com um grande e gordo p.q.p. a história é outra. Ele vai direto ao ponto, transmite a emoção do sistema límbico de quem fala diretamente para o de quem ouve. Por isso mesmo, alguns pesquisadores consideram o palavrão até mais sofisticado que a linguagem comum.
(www.super.abril.com.br/revista/. Adaptado.) No texto, o substantivo palavrão, ainda que se mostre flexionado em grau, não reporta à ideia de tamanho. Tal emprego também se verifica em:
a) Durante a pesquisa, foi colocada uma gotícula do ácido para se definir a re-ação.
b) Na casa dos sete anões, Branca de Neve encontrou sete minúsculas cami-nhas.
c) Para cortar gastos, resolveu confeccionar livrinhos que cabem nos bolsos. d) Não estava satisfeita com aquele empreguinho sem graça e sem perspecti-vas.
e) Teve um carrinho de dois lugares, depois um carro de cinco e, hoje, um de sete.
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r.
3.
(UFF – RJ) Assinale a única frase em que há erro no que diz respeito ao gênero das palavras:a) O gerente deverá depor como testemunha única do crime. b) A personagem principal do conto é Seu Rodrigues. c) Ele foi apontado como a cabeça do movimento. d) O telefonema deixou a anfitriã perplexa. e) A parte superior da traqueia é o laringe.
4.
(UFF) A conversão de substantivos em adjetivos, isto é, tomar uma palavra de-signadora (substantivo) e usá-la como caracterizadora (adjetivo), constitui um procedimento comum em língua portuguesa. Assinale a opção em que a pala-vra sublinhada exemplifica este procedimento de conversão de substantivo em adjetivo.a) E depois a tomaram como espantados b) Fez o salto real
c) Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis d) Com cabelos mui pretos pelas espáduas
e) E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
5.
(Alerj) Dos substantivos abaixo, o que se classifica quanto ao gênero, como so-brecomum, é: a) ré b) tatu c) ente d) aldeã e) analista6.
(PUC-SP) Assinale a alternativa incorreta: a) Borboleta é substantivo epiceno b) Rival é comum de dois gêneros c) Omoplata é substantivo masculino d) Vítima é substantivo sobrecomum e) n.d.a13
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7.
(Insper – SP) Considerando-se os elementos verbais e visuais da charge, conclui--se que o humor decorre:a) da crítica despropositada feita a um livro considerado um clássico da litera-tura universal.
b) do duplo sentido que a palavra “barata” adquire no contexto do último qua-drinho da tirinha.
c) da ambiguidade do substantivo “impressão”, presente no segundo quadrinho. d) da explícita referência intertextual que ocorre no primeiro quadrinho da tira. e) do traço caricatural das personagens que as aproxima do conteúdo do livro mencionado.
QUESTÃO CONTEXTO
Observe atentamente esta peça publicitária do banco Itaú.
A palavra “digitau” não existe na língua portuguesa. Discorra sobre a formação desse neologismo e a intenção por trás dessa criação.
13
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01.
Exercício de aula
1. c 2. c3. a) O narrador, que se faz discretamente presente na expressão “a gente”, adentra o univer-so infantil de sua peruniver-sonagem, reproduzindo seu pensamento e a maneira peculiar de a criança ver e sentir o mundo. Os diminutivos são os recursos ex-pressivos que reforçam a identidade narrador-per-sonagem e evidenciam uma aproximação terna en-tre ambos: “Brejeirinha” (nome próprio derivado de adjetivo “brejeira”, sugerindo a beleza despojada, associada à natureza), “coisas diminutas”, “carinha”, “perfilzinho”, “narizinho”.
b) O neologismo, tipicamente rosiano, “andorinha-va”, constrói-se por derivação sufixal. A criação do verbo a partir do substantivo instaura uma constela-ção de sentidos, todos eles tendentes a valorizar as idéias conjugadas de movimento e leveza, de mover--se com a graça de andorinha. No campo sonoro há ainda o expressivo efeito que decorre da associação entre “andar” e “andorinhava”.
4. Na Língua Portuguesa, o vocábulo vilão pode ser associado a “bandido”, “malfeitor”, e tam-bém a pessoas de hábitos poucos refinados, rudes, rústicas. No poema de Bocage, a expressão significa “morador da vila” (e não da corte), “plebeu” (em opo-sição ao aristocrata), “pessoa destituída de nobreza” (diferente daquele que ostenta privilégios sociais). 5. Em (04), a utilização de “fumo” por “fuma-ça” não é uma hipérbole, isto é, “ênfase expressiva resultante do exagero da significação lingüística; exageração” (Dicionário Houaiss). Em (16), a plura-lização de “pára-sol” e “pára-sóis”, e a de “guarda--civil” é “guarda-civis”. Não se trata, pois, da mesma orientação normativa. Em “pára- -sol”, temos verbo + substantivo; em “guarda-civil”, temos substantivo + adjetivo. Daí formarem o plural conforme orienta-ções normativas distintas. Resposta: 04 + 16 = 20
02.
Exercício de casa
1. e 2. d 3. c 4. c 5. c 6. c 7. b03.
Questão Contexto
A proposta do banco é ser integralmente digital. O neologismo se dá pela união das palavras “digital” e “Itaú”, que colabora intimamente para que a men-sagem da empresa seja transmitida e a proximidade fonética de “digitau” e “digital” é explorada como re-curso expressivo.