AFO III
AFO III
Administração Financeira e
Administração Financeira e
Orçamentária III
Orçamentária III
Módulo G
Módulo G
Módulo F – Custo de Capital
• Custo dos Empréstimos
• Custo do Capital Próprio
• Custo Médio Ponderado de Capital (
CMPC )
O Custo de Capital constitui uma função do montante
de financiamentos e da composição das fontes de
recursos, os quais refletem determinado nível de
risco financeiro. Alterando o volume de financiamentos
ou a proporção das fontes de fundos, devem-se
calcular novas taxas específicas de custo e o novo
Custo Médio Ponderado de Capital. Sua apuração é
indispensável na administração moderna por que vai
definir quais os investimentos deverão ser aprovados
frente às oportunidades de aplicações de recursos
na empresa.
Administração Financeira e Orçamentária –
Estrutura e Custo de Capital
• DEFINIÇÃO :
É a taxa de retorno que uma empresa
precisa obter sobre seus investimentos,
de forma a manter inalterado o valor
de mercado da empresa , ou seja, o
valor atual de seus lucros esperados.
• Mantidos constantes os riscos,
projetos com:
• TIR > CUSTO DE CAPITAL
Aumentam o valor da empresa
• TIR < CUSTO DE CAPITAL
Diminuem o valor da empresa
• Suposição Básica
Para análise do custo de capital,
torna-se necessário supor que o risco do
negócio e o risco financeiro, não são
afetados pela aceitação e
financiamento de projetos.
• RISCO DO NEGÓCIO
Está relacionado com o LAJIR ou seja
lucro operacional, portanto os
projetos aceitos não afetarão, as
variações das receitas de vendas da
empresa.
• RISCO FINANCEIRO
Está relacionado com o LPA
decorrente das variações do LAJIR,
portanto, as decisões financeiras não
afetam o grau de reação do LPA às
mudanças do LAJIR.
• IMPOSTOS
Considerar o custo de capital numa
base após o imposto de renda
(consistência para descontar fluxos de
caixa para análise VPL, IL, TIR)
Considerar apenas o custo do
empréstimo para fins de ajuste fiscal.
• FATOR FUNDAMENTAL QUE AFETA OS
CUSTOS DOS FINANCIAMENTOS
O único fator que interfere nas
decisões de financiamentos é o
MERCADO, ou seja, é a lei de oferta
e procura para fundos a longo prazo
• CUSTO LIVRE DE RISCO
É o único fator que diferencia nas decisões
de financiamentos, sendo fundamental
para a tomada de decisão, sendo que o
custo livre de risco, é diferente para cada
tipo de financiamento.
• FÓRMULA GERAL
kj = rj + bp + fp
kj - Custo específico dos vários tipos de
financiamento a longo prazo
rj - Custo livre de risco (mercado)
bp - Prêmio pelo risco do negócio
fp - Prêmio pelo risco financeiro
• EXEMPLO
Custo do empréstimo (LP) = 8%
há 2 anos ATUAL
rj = 4% 6%
bp = 2% 2%
fp = 2% 2%
Qual seria a novo custo do empréstimo-kj ?
kj = rj + bp + fp
kj = 6 + 2 + 2 = 10%
As diferentes percepções de risco por
fornecedores de fundos podem ocasionar
diferentes custos financeiros
• FONTES BÁSICAS DE FUNDOS A L.P.
BALANÇO
PATRIMONIAL
PASSIVO
CIRCULANTE
ATIVOS
EXIGÍVEL A
LONGO PRAZO
- Investimentos iniciais - Alavancar a produçãoPATR.LIQUIDO
-
Ações Preferenciais
-
Ações Ordinárias
-
Lucros Retidos
Custo de Capital
• CUSTOS DE FONTES ESPECÍFICAS DE
CAPITAL
• CUSTO DOS EMPRÉSTIMOS A L.PRAZO (kj)
Debêntures =>Maioria dos empréstimos a L.P.
• Componentes
- Juros Anuais
- Amortizações
• FÓRMULA P/A FONTE E.L.P.
kj = kd (1 - t), onde :
kj => custo do empréstimo após o I.R.
kd => custo do empréstimo antes do I.R.
t => alíquota de I.R.
EXEMPLO : A Cia. Alfa pretende vender $ 10
milhões em debêntures de 20 anos, a 9%, com
valor de face de $ 1 mil. Dados:
- O mercado oferece rendimentos acima de 9%
- A cia Alfa oferece um desconto de 2%, para
compensar a pequena taxa declarada.
-A Cia. Alfa paga 2% para a empresa responsável
pela subscrição das debêntures.
• PEDE-SE :
a)
Calcular o número de debêntures negociadas
b) Calcular o recebimento liquido de cada
debênture
c) Elaborar o fluxo de caixa da operação
d) Calcular a Taxa Interna de Retorno
e) Calcular o custo da fonte específica,
considerar 40% de Imposto de Renda.
• RESPOSTAS : custo de empréstimo L.P
a
) 10.000 debêntures
b) $ 960
c) data 0 - entrada $ 960
data 1 a 19 - saída de $ 90
data 20 - saída de $ 1090
d) TIR = 9,45%
e) kj = 9,45 (1 - 0,40) = 5,67 %
Custo de Capital
• O CUSTO DE EMPRÉSTIMOS A LONGO PRAZO,
É CONSIDERADO O MENOR ( MENOR TAXA)
EM RELAÇÃO ÀS OUTRAS FONTES DE
CAPITAL, POIS OS JUROS (DESPESAS
FINANCEIRAS) SÃO DEDUTÍVEIS PARA FINS
DE IMPOSTO DE RENDA
CRITÉRIOS PARA O CÁLCULO DAS TAXAS DE CUSTO DAS PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO
Ativos
Balanço
Passivo Circulante
Empréstimos a Longo Prazo
Patrimônio Líquido
Ações Preferenciais
Ações Ordinárias
Lucros Retidos
CT
CP
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Estrutura e Custo de Capital
CRITÉRIOS PARA O CÁLCULO DAS TAXAS DE CUSTO DAS PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO CUSTO DA DÍVIDA
Kd = Ke (1 - T)
onde: Kd = Custo da dívida com benefício do IR Ke = Custo bruto da dívida
T = Alíquota do IR Exemplo:
Custo bruto do empréstimo = 15% a.a. Alíquota do IR = 40%
15 (1 - 0,40) = 9% a.a.
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Estrutura e Custo de Capital
CRITÉRIOS PARA O CÁLCULO DAS TAXAS DE CUSTO DAS PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO
DEBÊNTURES
A - Valor Nominal $1.000
B - Deságio na colocação (10% x A) $100
C - Valor pago pelo aplicador (A - B) $900
D - Comissões e outras desp. (8% x A) $80
E - Valor Líquido recebido (C -D) $820
F - Juros pagos (12% x A) $120 Aplicador $120 / $900 = 13,33% 0 1 2 3 4 5 Empresa 820 -120 -120 -120 -120 -1.120 Taxa = 17,72% Considerando o IR incidente de 45% 17,72% x (1 - 0,45) = 9,75%
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CRITÉRIOS PARA O CÁLCULO DAS TAXAS DE CUSTO DAS PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO AÇÕES PREFERENCIAIS
A - Valor de colocação da ação pref. no mercado $100 B - Despesas com lançamento (8% x A) $8 C - Valor recebido pela empresa (A - B) $92
D - Dividendo preferencial fixo por ação (12% x A) $12 E - Custo anual das ações preferenciais (D/C x 100) 13,04%
Não há efeito de imposto de renda, porque esses dividendos saem do lucro líquido, que já foi tributado.
Preferencial Prioridade na distribuição dos dividendos
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Estrutura e Custo de Capital
CRITÉRIOS PARA O CÁLCULO DAS TAXAS DE CUSTO DAS PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO
AÇÕES ORDINÁRIAS
O custo da ação ordinária, é a taxa pela qual os investidores
descontam os dividendos esperados da empresa para determinar o valor de suas ações.
Existem duas técnicas para medir o custo da ação ordinária:
o modelo de avaliação com crescimento constante nos lucros, o modelo de Gordon;
o modelo de precificação de ativos financeiros, também conhecido
por CAPM (Capital Asset Pricing Model)
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Estrutura e Custo de Capital
CRITÉRIOS PARA O CÁLCULO DAS TAXAS DE CUSTO DAS PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO
AÇÕES ORDINÁRIAS
Modelo de avaliação com crescimento constante
Modelo de Gordon
D1
Po =
Ks - g
Po - Preço corrente da ação ordinária
D1 - Dividendo por ação esperado no ano 1 Ks - Taxa de retorno exigida sobre a ação ordinária
g - Taxa anual de crescimento constante dos dividendos
D1
Ks = + g
Po
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CRITÉRIOS PARA O CÁLCULO DAS TAXAS DE CUSTO DAS PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO
CÁLCULO DA TAXA DE CRESCIMENTO COSNTANTE
DOS DIVIDENDOS - g.
Ano Dividendo (em $)
2000 3,80 1999 3,62 1998 3,47 1997 3,33 1996 3,12 1995 2,97
3,80 / 2,97 = 1,2795 = 1,0505 - 1 x 100 = 5%
1/5Administração Financeira e Orçamentária –
Estrutura e Custo de Capital
CRITÉRIOS PARA O CÁLCULO DAS TAXAS DE CUSTO DAS PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO
AÇÕES ORDINÁRIAS
Exemplo:
Uma companhia deseja determinar o custo de uma nova emissão de ações ordinárias. A cotação em bolsa das ações
ordinárias antigas é de $120 e o dividendo previsto é de $18 no próximo ano. Nos últimos anos os lucros e os dividendos têm crescido a uma taxa anual de 3%. Temos então:
18
Ks = + 0,03 = 0,18 ou 18%
120
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Estrutura e Custo de Capital
CRITÉRIOS PARA O CÁLCULO DAS TAXAS DE CUSTO DAS PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO AÇÕES ORDINÁRIAS
Custo de emissão das novas ações ordinárias D1 Ks = + g (1 - f) x Po D1 Ks = + g (1 - f) x Po
Kn - Custo para a empresa da nova emissão de ações D1 - Dividendo por ação esperado no ano 1
f - Taxa correspondente ao deságio no preço de lançamento e às despesas de underwriting expressa em relação a Po.
Po - Preço corrente da ação
g - Taxa anual de crescimento nos lucros e dividendos
Modelo de avaliação com crescimento constante Modelo de Gordon
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Estrutura e Custo de Capital
CRITÉRIOS PARA O CÁLCULO DAS TAXAS DE CUSTO DAS PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO AÇÕES ORDINÁRIAS
Modelo de formação de preços de ativos de capital CAPM
Custo de emissão das novas ações ordinárias Exemplo:
Po = $120 D1 = $18 g = 3%
Deságio de 10% = $12
Comissão e outras despesas = $8 por ação $12 + $8 = $20/$120 = 16,66%
Kn = $18 / ((1 - 0,1666) x 120) + 0,03 = 21,0%
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CRITÉRIOS PARA O CÁLCULO DAS TAXAS DE CUSTO DAS PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO
AÇÕES ORDINÁRIAS
Modelo de formação de preços de ativos de capital
CAPM
Risco Diversificável ou Risco não Sistemático
Risco Diversificável ou Risco não Sistemático
Risco decorre de eventos que afetam cada empresa de maneira específica, tais como greves, ações judiciais, alterações na
legislação, perda de clientes importantes, etc. Risco não Diversificável ou Risco Sistemático
Risco não Diversificável ou Risco Sistemático
Risco decorre de fatores que afetam todas as empresas tais como a inflação, incidentes internacionais e eventos políticos.
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CRITÉRIOS PARA O CÁLCULO DAS TAXAS DE CUSTO DAS PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO
AÇÕES ORDINÁRIAS
Modelo de formação de preços de ativos de capital
CAPM
Coeficiente BETA - b Mede o Risco Sistemático
Índice do grau de movimento do retorno de um ativo
em resposta a uma mudança no retorno do mercado.
Ex. Standard & Poor’s , Bovespa...
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CRITÉRIOS PARA O CÁLCULO DAS TAXAS DE CUSTO DAS PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO
AÇÕES ORDINÁRIAS
Modelo de formação de preços de ativos de capital CAPM
2,0 Movimentam-se A ação representa um risco
1,0 na mesma direção sistemático maior do que o mercado. 0,5 que o mercado
Interpretação do b
0 Não é afetado pelo movimento do mercado
-0,5 Movimentam-se A ação representa um risco
-1,0 em direção oposta sistemático inverso ao do mercado. -2,0 ao mercado
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Estrutura e Custo de Capital
CRITÉRIOS PARA O CÁLCULO DAS TAXAS DE CUSTO DAS PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO
AÇÕES ORDINÁRIAS
Modelo de formação de preços de ativos de capital CAPM
Ks = Rf + b (Km - Rf)
Ks = Custo da ação ordinária
Rf = Taxa de retorno exigida do ativo livre de risco (LTN) b = Coeficiente BETA
Km = Taxa de retorno exigida da carteira do mercado de ativos
que pode ser vista como a taxa média de retorno de todos os ativos.
Exemplo:
Ks = 6,0 + 1,72 (13,0 - 6,0) = 6,0 + 12,0 = 18%
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CRITÉRIOS PARA O CÁLCULO DAS TAXAS DE CUSTO DAS PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO
LUCROS RETIDOS
Lucros Retidos parcela do lucro líquido que deixou de ser distribuída como dividendos.
Custo de oportunidade suportado pelos acionistas Retenção de Lucros Para a empresa, o efeito da retenção de lucros
corresponde ao de uma nova emissão de ações, integralizada instantaneamente e sem nenhuma das despesas decorrentes das operações
de underwriting.
Kr = Ks
Kr = Ks
Kr = Custo dos lucros retidosKs = Taxa de retorno exigida das ações ordináriase preferenciais Kr = 18%
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Estrutura e Custo de Capital
Introdução
• CAPM: Capital Asset Pricing Model ou modelo de
precificação de ativos, procura uma resposta de como
devem ser relacionados e medidos os componentes de
uma avaliação de ativos: risco e retorno.
• Derivado da teoria do portfólio.
• O coeficiente beta indica o aumento do retorno
necessário para remunerar o risco sistemático.
• Hipóteses do modelo:
• Grande eficiência informativa, igual para todos
• Não há impostos, taxas ou outras restrições para
investir
• Todos os investidores têm a mesma percepção sobre o
desempenho dos ativos
Aplicações do CAPM
• Permite determinar o risco de um ativo.
• Permite determinar o risco de uma carteira.
• Permite conhecer o custo de capital próprio.
• Através do beta, permite conhecer o risco da
empresa.
• Se utiliza em decisões de orçamento de capital,
definindo o retorno exigido de cada projeto.
CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL - CMPC
Nosso exemplo:
Valor Part. % Custo
Debêntures $38.850 0.175 9,75% 1,706
Ações Preferenciais $99.900 0.450 13,04% 5,868 Ações Ordinárias $49.950 0,225 18,00% 4,050 Lucros Retidos $33.300 0,150 18,00% 2,700
$222.000 1,000 14,32%
Empréstimos LP (Debêntures) apresentou o menor custo Alterações na proporção destes empréstimos?
Aumento no nível de endividamento Aumento nos custos dos empréstimos Aumento do risco financeiro da empresa Aumento dos custos das ações