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GESTÃO DE CUSTOS: UMA ANÁLISE A SER REALIDADE NO MUNICÍPIO DE JAPARATUBA NO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (2002-2005)

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SONIA MAGNA MOURA DELMONDES FREITAS JOSE LEONCIO DELMONDES PEREIRA FREITAS Resumo:

Com a atual velocidade de mudanças nas políticas econômicas e a crescente exigência de eficiência no tocante a utilização de recursos financeiros, é de fundamental importância à implementação de mecanismos que possibilitem um controle de custos e orçamentos, uma medição de performance concreta para mensurar o desempenho da gestão administrativa-financeira. Observar-se que, em relação ao aspecto da eficiência na aplicação de recursos públicos, o conhecimento de custos torna-se cada vez mais importante numa econômica globalizada. A escola, o governo e as entidades com ou sem fins lucrativos, tem a necessidade de inovar e agir estrategicamente. Porém pensar em estratégica é necessário transpor a barreira do velho e tradicional paradigma de buscar somente situações de curto prazo. O governo quando lança um programa tem como meta a superação de todos os obstáculos e o sucesso do mesmo. Definindo na legislação os recursos e sua aplicação, sem, contudo levar em consideração a necessidade de cada lugar. Conhecer o custo real do aluno no Programa de Educação de Jovens e Adultos - EJA no município de Japaratuba - SE possibilitará ao gestor um melhor gerenciamento destes recursos, bem como fornecerá subsídios para negociar junto ao governo federal melhores formas de aplicação dos mesmos e o valor ideal e necessário para atender a sua demanda, uma vez que será analisando os recursos aplicados e elaborada uma matriz de custeio procurando desenhar o ponto de equilíbrio entre recursos e numero de alunos ideal. Proporcionando com isto uma transparência, conforme exigi a Lei de Responsabilidade Fiscal.

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Gestão de Custos: uma análise a ser realidade no município de

Japaratuba no Programa de Educação de Jovens e Adultos

(2002-2005)

Resumo

Com a atual velocidade de mudanças nas políticas econômicas e a crescente exigência de eficiência no tocante a utilização de recursos financeiros, é de fundamental importância à implementação de mecanismos que possibilitem um controle de custos e orçamentos, uma medição de performance concreta para mensurar o desempenho da gestão administrativa-financeira. Observar-se que, em relação ao aspecto da eficiência na aplicação de recursos públicos, o conhecimento de custos torna-se cada vez mais importante numa econômica globalizada. A escola, o governo e as entidades com ou sem fins lucrativos, tem a necessidade de inovar e agir estrategicamente. Porém pensar em estratégica é necessário transpor a barreira do velho e tradicional paradigma de buscar somente situações de curto prazo. O governo quando lança um programa tem como meta a superação de todos os obstáculos e o sucesso do mesmo. Definindo na legislação os recursos e sua aplicação, sem, contudo levar em consideração a necessidade de cada lugar. Conhecer o custo real do aluno no Programa de Educação de Jovens e Adultos - EJA no município de Japaratuba - SE possibilitará ao gestor um melhor gerenciamento destes recursos, bem como fornecerá subsídios para negociar junto ao governo federal melhores formas de aplicação dos mesmos e o valor ideal e necessário para atender a sua demanda, uma vez que será analisando os recursos aplicados e elaborada uma matriz de custeio procurando desenhar o ponto de equilíbrio entre recursos e numero de alunos ideal. Proporcionando com isto uma transparência, conforme exigi a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Palavras-chave: EJA – Educação de Jovens e Adultos, Matriz de Custeio, Japaratuba Área Temática: Gestão de Custos no Setor Governamental

1. Introdução

A Educação para Jovens e Adultos (EJA) visa combater a baixa escolaridade de grande parte da população que não teve acesso ou que foi excluída da escola antes de completar as oito séries correspondentes à Educação Fundamental. Tendo em vista a superação de seus maiores desafios, a erradicação do analfabetismo e o aumento do nível médio de escolarização de jovens e adultos, exigência da atual legislação brasileira apoiada na formulação dos PCN`S e na demanda que provem do CNE – através de suas resoluções últimas, a EJA reaparece como tema relevante nos compromissos públicos a serem assumidos pelas esferas governamentais e toda sociedade brasileira.

Com a Constituição de 1988, a nova Lei de Diretrizes e Bases-LDB (1996), os Governos federal, estadual e municipal, e a sociedade civil, em uníssono com os organismos internacionais, têm manifestado preocupação com os setores excluídos dos sistemas públicos de ensino. Atualmente, a Educação de Jovens e Adultos é considerada uma modalidade do Ensino Fundamental e um direito do cidadão, afastando-se da idéia de compensação e assumindo a de reparação e eqüidade, o que representa uma conquista e um avanço. Nessa

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perpsctiva a EJA deverá vir a atender as diversas e crescentes demandas sociais e econômicas do país, as inovações tecnológicas e a necessária preparação do homem para o seu ambiente de trabalho, que lhe permita a melhoria da qualidade de vida.

A EJA no Brasil compreende ações de alfabetização, cursos e exames supletivos (ensino fundamental e médio) e processos de educação à distância (via rádio, televisão, materiais impressos e Internet). Apesar da Constituição Federal Brasileira assegurar o ensino fundamental público e gratuito para qualquer idade, a oferta desses serviços não atende à demanda potencial. Prova dessa situação destoante é o fato de o Brasil, na contra-mão da história, não haver universalizado quaisquer níveis de ensino no âmbito do Sistema Educação Brasileira, ao contrário de países como Argentina e Venezuela que já conseguiram universalizar inclusive o ensino médio (Demo, 1993, pp. 104-107). Após a realização da Conferência Internacional de Educação de Adultos (V CONFITEA), registrou-se um crescimento da matricula pública no ensino de jovens e adultos, porém, em índices de cobertura escolar permaneceram abaixo da universalização imposta pela Constituição (DI PIERRO;GRACIANO, 2003).

Ainda recentemente, emergiram novos parceiros tais como empresas e fundações empresariais, sindicatos, federações e cooperativas, que começaram a realizar cursos de alfabetização e elevação de escolaridade para trabalhadores analfabetos ou pouco escolarizados, que não estão sendo atendidos pelas ações da rede governamental. Entende-se que a responsabilidade dessas parcerias estabelecidas varia muito em função dos atores envolvidos em cada programa e com a tendência política do governo responsável por sua gestão.

Por ser a educação geralmente financiada pelo governo e por competir com outras áreas de dispêndio público por um quantitativo limitado de recursos, torna-se necessário formular dispositivos economicamente racionais para auxiliar o processo decisório. Diante desta realidade percebe-se que existe um vital interesse com referência ao valor econômico da educação hoje no Brasil. Mas, seria possível custear a educação, uma vez que esta foge às injunções econômicas, e segundo Schultz (1973, p. 11), “a educação é muito mais que uma operação contábil. Falar de instrução como de um investimento é insinuar que se trata de algo material”. Entretanto, dentro de uma visão voltada para a gestão de custos, pode-se promover uma pesquisa nessa natureza. Analisar os recursos aplicados na educação e elaborar uma matriz de custeio procurando desenhar o ponto de equilíbrio entre recursos e numero de alunos ideal.

O trabalho apresentado tem como enfoque principal ao Programa de Educação de Jovens e Adultos da 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental nas escolas públicas, municipais da cidade de Japaratuba no Estado de Sergipe no período entre 2002 a 2005, buscando construir uma reflexão dentro de uma visão voltada para a gestão de custos.

Este estudo buscará compreender teórica e empiricamente os recursos destinados à aplicação do EJA, procurando vinculá-los aos objetivos básicos a que este se propõe. Espera-se contribuir para um repensar da gestão administrativa-financeira, especialmente na medida em que se analisa o custo/aluno e os objetivos do EJA que é de formar cidadãos capazes de incorporar necessidades concretas ligadas ao seu cotidiano e às suas expectativas de vida, seja ele adolescente ou adulto.

2. Contabilidade de Custos como ferramenta de gestão

Contabilidade de custos nasceu com a Revolução Industrial. Tinha como principal função, registrar os custos que capacitavam o administrador a avaliar os estoques, neste tempo eram apenas computados os custos diretos (material e mão de obra aplicada). A partir da I Guerra Mundial, em fase da competitividade, verificou-se que as informações da

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contabilidade de custos, quando organizadas adequadamente, poderiam servir como controle dos próprios custos e das operações. Com a II Guerra Mundial foram desenvolvidas novas técnicas administrativas, e novas concepções levaram a contabilidade de custos impulsos novos, aumentado sua área de influência. As informações de custos passaram a apoiar a administração em suas funções de planejamento e tomada de decisões (LEONE, 2001).

A gestão e a contabilidade sempre estiveram relacionadas, pois a contabilidade é um instrumento o qual o gestor terá apoio para cumprimento de suas funções. As mais importantes funções que o gestor exerce são auxiliadas, basicamente, pela contabilidade. Planejamento, organização, comunicação, coordenação e tomada de decisões, todas elas são executadas buscando apoio nas informações que a contabilidade está capacitada a fornecer.

No tocante ao Controle, a missão mais importante missão da contabilidade é fornecer dados para a entidade de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para comparação com os valores anteriormente definidos (MARTINS,2003,p.21).

Com relação à Decisão, seu papel reveste-se de suma importância, pois consiste na alimentação de informações sobre os valores relevantes que dizem respeito às conseqüências de curto e longo prazo, sobre medidas de introdução ou corte de produção e serviços, administração de preços, opção de compras ou produção, redução de despesas e/ou custos (Idib. p.22)

O controle de custos precisa de objetivos, metas, orçamentos e parâmetros de cada setor envolvido. Os objetivos são enunciados de uma situação desejada, ampla e abrangente, totalmente direcionados, altamente motivacional e raramente quantificada. As metas já facilitam a transformação dos objetivos em alguma unidade de medida que possa ser acompanhada e controlada. Os parâmetros serão as unidades de mensuração, índices e indicadores que constituem as metas. Para relevar e definir satisfatoriamente as metas que melhor caracterizam ou quantificam os objetivos predeterminados, faz-se necessário um trabalho conjunto de todos os setores envolvidos (LEONE, 2000).

De acordo com Leone (2000, p.45), esse envolvimento se daria nos moldes do organograma abaixo: Sistema de Apoio Dados Contabilidade de Custos Relatórios Gerenciais Necessidades Gerenciais Campo de Apuração FINS Sistema de materiais Sistema de pessoal Sistema de contabilidad e Sistema de patrimônio Planejamento Produção Marketing Internos Externos Quantitativos Monetários Fase do Trabalho Coleta Acumula Organiza Interpreta Sistemas de Custos Ordem de Produção Processo Padrão Estimados Responsabilidade Critérios Absorção Variável Plano de Contas Organização da Empresa Determinação de resultados Avaliação do patrimônio Controle de operações Planejamento Tomada de decisões Empresa Componentes administrativos e operacionais Segmento de distribuição Produtos Serviços Planos Atividades operacionais Programas Promoções Metas Parâmetros Orçamento

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3. Gestão Estratégica de Custos

Segundo Martins (2003, p. 297) a expressão “Gestão Estratégica de Custos” vem sendo utilizada nos últimos tempos para designar a integração que deve haver entre o processo de gestão de custos (eliminação dos custos ruins) e o processo de gestão da empresa como um todo. Entende-se que esta integração é necessária para que as empresas possam sobreviver num ambiente de negócios crescentemente globalizado e competitivo.

Esse ambiente de competitividade global ganhou força principalmente a partir de meados da década de 70, quando empresas orientais passaram a concorrer mais fortemente em mercados ocidentais. No Brasil esse fenômeno vem ocorrendo, principalmente a partir da década de 90, em função da maior abertura ao mercado externo.

A estrutura conceitual da gestão de estratégica de custos é constituída por uma série de princípios reunidos em três grandes grupos: a) princípios de custos, que destaca: a apropriação dos custos relevantes; o confronto entre custo real e o custo meta; estabelecimentos de centros de custos e identificação de base de alocação; b) princípios de mensuração de desempenho, que destaca: mensuração de desempenho para atividades relevantes; consistência entre a mensuração e os objetivos da empresa; as mensurações devem ser de natureza financeira e não financeira; as mensurações como melhoria de visibilidade dos direcionadores de custos, quando utilizados; c) princípios de gestão do investimento, destacando: como processo de orçamento de capital; consistência com os objetivos da empresa; como suporte ao processo de eliminação de atividades; como suporte ao cumprimento do custo-meta.

A gestão Estratégica de Custos requer uma análise que vão além dos limites da empresa para se conhecer toda a cadeia de valor; desde a origem dos recursos materiais, humanos, financeiro e tecnológicos que utiliza, até o consumidor final (MARTINS, 2003, p. 300).

4. Custos na gestão pública

O controle de custos levou sempre a idéia de que era um instrumento de auxílio à empresa em sua luta constante por sobrevivência e expansão, porém é técnica de extrema utilidade para o gestor público, especialmente aquele que luta com escassez de recursos para atender aos grandes problemas da coletividade. Suas decisões têm caráter mais critico, suas alternativas devem ser ponderadas, levando-se em conta fatores de ordem política e social, além dos fatores de natureza econômica.

É comum ouvir que o governo tem obrigação de prestar o serviço, mesmo que deficitário. Ou ainda que é desperdício aplicar recursos com a implantação de um sistema de custos. Contudo as técnicas de custos são necessárias para se conheça até que ponto o serviço é deficitário; até que ponto poder-se-iam empregar outros meios mais baratos e se atingir o mesmo fim; como cobrar os serviços de usuários que tenham meios de pagar.

A implantação de um sistema de custos possibilitará um levantamento dos custos de um serviço, bem como distribuí-lo entre a clientela de forma racional e justa. A aplicação de custos correspondentes aos ingressos obtidos, num tempo dado, envolve uma série de operações contábeis, cuja exatidão permitirá uma adequada distribuição de custos a cada serviço prestado.

Leone (2001, passim), chama a atenção quando comenta a existência de situações em que o gestor necessita tomar decisões que melhor atenda aos interesses ou objetivos da entidade e encontra-se entre duas ou mais alternativa de escolha. Tendo em vista que o custo é um fator importante na realização dos objetivos da entidade, o custo das alternativas deve ser considerado na medida em que afeta custo total das operações, isto é, tanto nas operações rotineiras como no planejamento a curto e a longo prazo.

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Já Smoski (2005, p. 55), afirma a necessidade do domínio do gestor em matéria de custos, quando diz “com a evolução da sociedade e com o evento da terceirização e/ou privatização das coisas públicas, faz-se necessário que os gestores das entidades publicas conheçam os custos em suas entidades, a fim de poderem tomar as melhores decisões entre alternativas de produzir ou de comprar produtos e serviços, [...]”

O custo para tomada de decisões requer uma previsão dos resultados que um determinado rumo de ação provocará sobre os resultados finais da entidade ou projeto, seja a curto ou longo prazo

Finalmente, cabe considerar que para Demo (1993, p. 117) “ a área de educação geralmente é o maior empregador público e tem feito muitos deputados. Isto esparge sempre luz suspeita em termos de manipulações em cadeia.” Isto evidencia a necessidade que os sistemas educacionais tem de utilizar definitivamente a informação gerencial para dar conta das situações complexas, facilitar a gestão, incutir transparência, para se poder prestar contas à sociedade, evitar desvios de recursos e eliminar desperdícios.

A Gestão Estratégica de Custos visa aos resultados para um horizonte de longo prazo, envolve boa parte dos gerentes e trata de assunto que engloba todos os setores que movimentar grandes recursos monetários e físicos.

5. Caracterização da área

Sergipe é o menor estado da federação brasileira em área. Situa-se no litoral do Nordeste, seu clima tropical é úmido na Zona da Mata e mais árido no sertão. Tem área total de 22.050,4 km². Possui 75 municípios. Devido à semelhança de solo, clima, vegetação e atividade econômica, esses municípios foram agrupados em mesorregiões que se subdividem em microrregiões. Cada microrregião possui sua área de abrangência que são formadas por vários municípios. O município escolhido está incluso na microrregião MRH-Japaratuba, que agrupa os municípios de São Francisco, Japoatã, Pacatuba, Japaratuba e Pirambu (IBGE). A população total da MRH-Japaratuba é de 44.441 habitantes. Possui uma superfície de 1.464,70 km² e uma densidade demográfica em torno de 30,34 hab/km². Esta área corresponde a 6,64% do Estado. Com aptidão agrícola da terra. O município de Japaratuba possui aptidão para lavouras, silvicultura, pecuária bovina e avicultura. A Bacia do Rio Japaratuba tem como seus principais mananciais o rio Japaratuba e o rio Prata, possibilidade de utilização de projeto de irrigação para fortalecimento da economia local.

O município conta com uma população residente prevista para 2004 em torno de 15 mil habitantes distribuídos em 50,5% do gênero masculino e 49,5% do gênero feminino. Um conjunto de indicadores capazes de configurar um perfil sobre seus aspectos econômicos, físicos, sociais e culturais o pode ser observado através dos aspectos demográficos, econômico-financeiros, infra-estrutura básica, vias de acesso e especialmente pelos aspectos sociais (saúde, educação, cultura e lazer).

Segundo a Secretaria Estadual de Planejamento –Seplantec, em 2002, o município possui 4 posto de saúde, 10 centro de saúde e 1 hospital. Os recursos econômico-financeiros são 66,35% proveniente de transferências correntes.

5.1. Perfil educacional

Em 2003, existia em Sergipe 583 (Tabela 1 abaixo) estabelecimentos com Educação de Jovens e Adultos – 1ª a 4ª série do ensino fundamental, distribuídos nas diversas redes de ensino (federal, estadual e municipal). Segundo a dependência administrativa municipal a EJA alcançou 438 estabelecimentos, o equivalente a 83% do total estadual. O município de

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Japaratuba, no mesmo ano, contou com 13 (Tabela 2 abaixo) estabelecimentos todos da rede municipal. Estes estabelecimentos participam com 2,2% do total do estado.

Quanto ao número de docentes na EJA em Sergipe no ano em estudo (2003) foi de 993 (Tabela 3 abaixo) distribuídos em 24,2% na rede estadual, 75,2% na rede municipal e 0,6% na rede particular de ensino. Contou ainda, com 18 (Tabela 4 abaixo) docentes na Educação de Jovens e Adultos, 100% na rede de ensino municipal. Estes docentes equivalem a 2,7% dos docentes em nível de estado na rede municipal (SEED).

O número de matriculados no Programa EJA, em 2003 para Sergipe, na rede de ensino municipal, foi de 20.719 alunos (Tabela 5 abaixo). Destes, 417 (Tabela 6 abaixo) foram matriculados no referido município, representado 2,39% do total de alunos matriculados. O repasse em 2003 do Governo Federal para rede municipal foi aproximadamente R$ 4,7 milhões, considerando R$ 250,00 por aluno/ano, o repasse recebido por Japaratuba corresponde a 2,39% deste recurso.

5.1.1. Número de estabelecimentos

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Tabela 1: Estado de Sergipe - Estabelecimentos da Educação de Jovens e Adultos – 1ª a 4ª Série do Ensino Fundamental

Rede de Ensino 2001 2002 2003 Média %

Ponderada Estadual 90 87 82 86 16,4 Municipal 321 493 499 438 83,2 Particular 3 2 2 2 0,4 Total 414 582 583 526 100,0 Fonte: SEED

O número de estabelecimento na rede municipal teve um crescimento de 53,58%, considerando os anos de 2001 e 2002 e 1,22% para 2003.

2001-03

Tabela 2: Município de Japaratuba - Estabelecimentos da Educação de Jovens e Adultos – 1ª a 4ª Série do Ensino Fundamental

Rede de Ensino 2001 2002 2003 Média %

Ponderada Estadual 0 0 0 0 0,0 Municipal 6 14 13 11 100,0 Particular 0 0 0 0 0,0 Total 6 14 13 11 100,00 Fonte: Seed

No município de Japaratuba o numero de estabelecimento de 2001 para 2002 aumentou em 8 estabelecimentos representando um crescimento de 133,3% e no ano de 2003 um decréscimo de 1 estabelecimento que corresponde a 7,14%.

O referido município houve um crescimento bem maior que o crescimento do Estado (considerando a rede municipal) , devido às políticas implementadas no município de Japaratuba. Já em 2003 constar-se à situação inversa, enquanto o município estudado reduziu em 1 estabelecimento, a rede municipal de Sergipe cresceu em 1,22%. Relacionando 2003 com 2001 verifica-se que o município de Japaratuba cresceu em 116,67%, ficando com índice de crescimento superior ao do estado na razão de 61,22 pontos percentuais.

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5.1.2. Número de Docentes

2001-03

Tabela 3: Estado de Sergipe – Docentes da Educação de Jovens e Adultos – 1ª a 4ª Série do Ensino Fundamental

Rede de Ensino 2001 2002 2003 Média %

Ponderada Estadual 226 216 204 215 24,3 Municipal 489 725 786 667 75,2 Particular 9 3 3 5 0,6 Total 724 944 993 887 100,0 Fonte: SEED 2001-03

Tabela 4: Município de Japaratuba -Docentes da Educação de Jovens e Adultos – 1ª a 4ª Série do Ensino Fundamental

Rede de Ensino 2001 2002 2003 Média %

Ponderada Estadual 0 0 0 0 0,0 Municipal 16 16 18 17 100,0 Particular 0 0 0 0 0,0 Total 16 16 18 17 100,0 Fonte: SEED

A rede municipal do Estado aumentou o seu corpo docente em 2002 e 2003 em 48,26% e 8,41% respectivamente. Enquanto o município de Japaratuba não houve aumento e 2002 e um pequeno aumento com relação a 2003 em 12,5%.

5.1.3. Número de matrículas

2001-03

Tabela 5: Estado de Sergipe – Número de Matriculas da Educação de Jovens e Adultos – 1ª a 4ª Série do Ensino Fundamental

Rede de Ensino 2001 2002 2003 Média %

Ponderada Estadual 6610 6023 5714 6116 25,7 Municipal 12664 19019 20719 17467 73,5 Particular 349 83 116 183 0,8 Total 19623 25125 26549 23766 100,0 Fonte: SEED 2001-03

Tabela 6: Município de Japaratuba - Número de Matriculas da Educação de Jovens e Adultos – 1ª a 4ª Série do Ensino Fundamental

Rede de Ensino 2001 2002 2003 Média %

Ponderada Estadual 0 0 0 0 0,0 Municipal 289 424 417 377 100,0 Particular 0 0 0 0 0,0 Total 289 424 417 377 100,0 Fonte: SEED

As matriculas na rede municipal do Estado tem m crescimento 2002 e 2003 em 50,18% e 8,94%¨respectivamente. O município de Japaratuba houve uma variação positiva de 46,71% em 2002 e um decréscimo de 1,67% em 2003.

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O comportamento da rede municipal do Estado teve seu crescimento do corpo docente, matriculas e número de estabelecimento. Verificou-se que o crescimento de matriculas foi superior ao do estabelecimento, gerando redução do índice de ociosidade.

Após breve análise, observa-se que houve um crescimento em numero de estabelecimento em uma proporção maior que o numero de matriculas gerando aumento da capacidade de produção apesar da ociosidade em virtude do baixo crescimento de matriculas. O crescimento foi desequilibrado haja visto que apesar do crescimento de numero de estabelecimento 2001 para 2002, em 2003 ocorreu situação inversa.

Em virtude do repasse financeiro da esfera federal, está vinculado ao número de alunos matriculados tendo como o ano anterior, com o aumento de matriculas (Tabela 5 acima), verificar-se que os estabelecimentos de ensino no ano de 2002, tiveram maior participação financeira de outras fontes, uma vez que o repasse federal recebido em 2002 não levou em consideração o aumento de matriculas no referido ano.

Claro está, com base em tudo que dissemos até aqui, que nossa proposta de pesquisa acerca da gestão de custos, poderá possibilitar ao administrador dispor de informações que lhes permita demonstrar a situação real da sua localidade, e conseqüentemente fundamentos para melhor negociar uma revisão dos parâmetros de repasse de recursos financeiros.

5.2. Método

Esta pesquisa é, quanto sua natureza, caracterizada como sendo uma pesquisa aplicada, cujo objetivo é gerar conhecimentos para aplicação prática na tomada de decisões dos gestores. Desde um ponto de vista metodológico, a investigação aqui esboçada enquadra-se como um estudo de caso (Minayo, 2003, pp. 51-66), que reclama o apoio da pesquisa de campo pois “consiste na coleta direta de informações no local em que acontecem os fenômenos [...] no próprio terreno das ocorrências” (Silva, 2003, p. 63). Tal coleta será o resultado das visitas às unidades de ensino que estão localizadas nos povoados do município de Japaratuba. Enquanto estudo de caso privilegiará a elaboração teórica que nos oferece Schutz (apud Minayo, 1996, pp. 55-58), segundo o qual um estudo desta natureza apresenta-se bastante delimitando no espaço e no tempo e apreapresenta-senta como problemática algo bastante expressivo para justificar a realização de uma pesquisa.

5.3. Estratégias Metodológicas

Para conhecimento dos recursos envolvidos no Programa de Educação de Jovens e Adultos, inicialmente será aplicada a técnica de pesquisa documental (Silva, 2003, p.61) que recairá sobre os registros contábeis-financeiros, conforme arquivo da Secretaria Municipal de Educação de Japaratuba. Complementando este procedimento será aplicada a técnica de análise de conteúdo (Dominique, 1993, passim e Minayo, 1996, pp. 199-203), que contribuirá para distinguir os valores em recursos próprios, de terceiros, custos e despesas.

Paralelamente à análise documental e de conteúdo será levada a cabo uma análise dos dados coletados na comunidade, de modo a permitir o confronto entre os dados registrados e os dados coletados e o conseqüente cruzamento das informações obtidas com vistas à teorização e categorização das inferências plausíveis.

Em suma, o que esperamos é que com base nos resultados alcançados por meio da categorização, nos seja possível desenvolver uma matriz de custeio que venha a demonstrar, de forma clara e objetiva, os recursos envolvidos que se fazem necessários para atender a cada unidade de ensino, consideradas sua peculiaridades e encontrando o ponto de equilíbrio entre recursos x custos e número ideal de alunos.

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5.4. Instrumentos de Coleta de Dados e Amostra

O instrumento que será utilizado para coleta de dados será o roteiro de entrevista, que buscará perceber o grau de informação das entrevistas mediante documento com uma estruturação previamente definido (Silva, 2003, p. 69) e o discurso dos mesmos por meio de questões abertas que farão parte do referido roteiro.

O roteiro será aplicado à amostra que será construído com base nos dados expressos nas tabelas já analisadas. Neste contexto o universo da pesquisa compreenderá os 13 estabelecimentos de ensino do município de Japaratuba que ministram a modalidade de Educação de Jovens e Adultos na 1ª a 4ª serie do Ensino Fundamental. Estes estabelecimentos estão localizados nos seguintes povoados: Travessão, Várzea Verde, Sapucaia, Porteiras, Câmara, Mundo Novo, Badajós, Curral dos Bois, Sibalde, Encruzilhadas, Forges, Patioba e São José da Caatinga.

Com o objetivo de garantir a representatividade da amostra, o universo de sujeitos (gestores administrativos-financeiro, professores e alunos) compreenderá 25% do total de 18 professores e 417 alunos, conforme registros censo 2003 e de 13 gestores.

6. Considerações Finais

A falta de controle e desconhecimento dos gestores e executores, sobre a gestão de custos, implica em um gerenciamento não racional na aplicação de recursos no Programa de Educação de Jovens e Adultos e conseqüentemente uma dificuldade de argumentação nas negociações com os repassadores dos recursos. Isto nos leva a indagar: até que ponto os gestores mais conhecedores da área empresarial, poderiam gerenciar os recursos envolvidos, otimizando os recursos escassos, cortando custos ruins (custos desnecessários operacionalmente) e implementando custos bons (são aqueles necessários para operacionalmente), sem comprometer a qualidade do serviço prestado? Ante este fato, supormos que se o gestor mantiver uma postura atuante, envolvendo-se desde a fase de planejamento das atividades, sua coordenação, controle da execução e qualidade, bem como ações corretivas imediatas sempre que possível e necessário, então sua gestão administrativa-financeira tenderá convergir para resultados que possibilitam a realização de objetivos que facilitem o controle, o planejamento estratégico e agilizem o processo de tomada de decisões.

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