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Relatórios de Estágio realizado na Farmácia Brito, Ponte de Lima e no Hospital de Braga

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Farmácia Brito, Ponte de Lima

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ii João Pedro de Sousa Prego | Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas

Relatório de Estágio Profissionalizante

Farmácia Brito

maio de 2014 a outubro de 2014

João Pedro de Sousa Prego

Orientador : Dra. Sílvia Ferraz

_____________________________________

Tutor FFUP: Prof. Doutora Beatriz Quinaz

_____________________________________

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iii João Pedro de Sousa Prego | Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Declaração de Integridade

Eu, João Pedro de Sousa Prego, abaixo assinado, nº 200705005, aluno do

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da

Universidade do Porto, declaro ter atuado com absoluta integridade na elaboração

deste documento.

Nesse sentido, confirmo que NÃO incorri em plágio (ato pelo qual um indivíduo,

mesmo por omissão, assume a autoria de um determinado trabalho intelectual ou

partes dele). Mais declaro que todas as frases que retirei de trabalhos anteriores

pertencentes a outros autores foram referenciadas ou redigidas com novas

palavras, tendo neste caso colocado a citação da fonte bibliográfica.

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, 7 de novembro de 2014

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iv João Pedro de Sousa Prego | Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Agradecimentos:

Foi 5 de maio de 2014, o primeiro dia do meu estágio curricular. A expetativa e mesmo a ansiedade eram grandes porque tinha chegado o momento pelo qual muito batalhei. Agora, no final de outubro estou a concluir o relatório de estágio, no qual é habitual registar um agradecimento especial às pessoas que diretamente contribuíram para a concretização deste meu objetivo, a conclusão do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas.

O meu primeiro agradecimento fica para toda a minha família, isto é, Pai, Mãe e Irmã pela compreensão dos tempos difíceis que passaram comigo e pelo ânimo que diariamente me davam, bem como pela confiança que em mim depositaram.

Agradeço particularmente aos meus pais pelo investimento económico e pessoal que fizeram para me proporcionarem o tratamento de saúde que tenho vindo a realizar nestes últimos cinco anos e a conclusão deste meu objetivo.

Em seguida agradeço à Dra. Sílvia Ferraz pela disponibilidade que sempre demonstrou em colaborar no que lhe era possível. Agradeço-lhe também pela compreensão e paciência que teve durante todo o estágio, bem como por todo o auxilio e motivação que me deu antes de começar a frequentar o Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas.

Agradeço à Dra. Sandra Dias, Dra. Susana Guerra e Dra. Sandra Casanova pela grande disponibilidade que sempre tiveram para o esclarecimento das dúvidas, pelo acolhimento e boa integração em toda a equipa da farmácia.

Não posso deixar de agradecer também ao senhor Luís e ao senhor João pela paciência e grande disponibilidade para o esclarecimento das dúvidas e em particular ao senhor João pela boa disposição e alegria que muitas vezes levava para o trabalho. À senhora Rosa e ao senhor Fernando pela sua simpatia.

Por fim agradeço ao Dr. Bernardo por permitir que a Farmácia Brito receba constantemente estagiários e à Prof. Doutora Beatriz Quinaz que me apoiou na realização do relatório enquanto minha orientadora de estágio. Aqui deixarei ainda um muito obrigado a todos os docentes que me foram instruindo ao longo de todo o percurso académico.

Muito obrigado a todos!

“Para vencer – material ou imaterialmente – três coisas definíveis são precisas: saber trabalhar, aproveitar oportunidades e criar relações. O resto pertence ao elemento indefinível, mas real, a que, à falta de melhor nome se chama sorte”.

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v João Pedro de Sousa Prego | Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Resumo:

A farmácia comunitária é o local onde o farmacêutico pode desempenhar por excelência, a atividade do farmacêutico, permitindo diferenciá-lo num profissional de saúde que não se limita apenas à dispensa de medicamentos, mas também intervém ativamente nas mais diferentes áreas, como a informação e o aconselhamento farmacêutico, a comunicação e acompanhamento do doente, automedicação, farmacovigilância, medição de parâmetros fisiológicos e bioquímicos e campanhas de rastreio. No entanto, o farmacêutico no desempenho das suas funções nesta área também tem um papel muito importante nas várias vertentes da gestão da farmácia.

Ao longo do estágio decidi abordar 3 temas. O primeiro tema sobre o qual incidi são os produtos de emagrecimento. Neste tema foram enunciados todos os produtos presentes na Farmácia Brito, sendo para cada um deles indicado os constituintes e funções mais relevantes, o modo e tempo mínimo de uso bem como as contraindicações.

O segundo tema é relativo a úlceras de pressão sendo abordado a etiologia, o modo como se procede à sua classificação e medidas preventivas que poderão ser adotadas após a enumeração dos fatores extrínsecos e intrínsecos ao próprio indivíduo que aumentam a sua suscetibilidade para o aparecimento destas feridas. Depois dos conceitos é desenvolvido um caso de estudo e avaliada a correlação do estado nutricional da doente e o período de cicatrização da úlcera de pressão.

Com o desenvolvimento do tema da úlcera de pressão surgiu a ideia de aprofundar os conhecimentos sobre a nutrição/desnutrição e as suas implicações. Assim, no terceiro tema é abordado um conjunto de fundamentos teóricos sobre nutrição e ferramentas que poderão ser utilizadas para rastrear o risco de desnutrição. No caso de estudo é feita uma explicação do teste aplicado a vários utentes da Farmácia Brito com o objetivo de avaliar o seu estado nutricional e a partir daí fazer algum aconselhamento, recomendando em casos específicos a utilização de suplementos nutricionais orais.

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vi João Pedro de Sousa Prego | Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Índice

A. 1ª Parte – Descrição das Atividades Desenvolvidas no Estágio...1

1. Organização e Gestão da Farmácia Brito ...1

1.1. Localização e horário de atendimento ...1

1.2. Espaço físico da farmácia ...1

1.3. Recursos Humanos ...3

1.4. Sistema Informático ...3

2. Fontes de Informação...3

3. Gestão e administração ...4

3.1. Gestão de stocks ...4

3.2. Criar, rececionar e conferir encomendas ...4

3.3.Armazenamento ...6

3.4. Controlo dos prazos de validade ...6

3.5. Devoluções ...7

3.6. Marketing na farmácia ...8

4.Produtos existentes na farmácia ...8

4.1.Medicamentos Sujeitos a Receita Médica (MSRM)...8

4.2. Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) ...9

4.3. Medicamentos e produtos manipulados ...9

4.4. Produtos cosméticos e dermofarmacêuticos ...9

4.5.Produtos dietéticos e para alimentação especial ...10

4.6. Produtos fitoterápicos ...10

4.7. Produtos e Medicamentos de Uso Veterinário ...11

4.8. Dispositivos médicos ...11

5. Dispensa de medicamentos ...12

5.1. Prescrição médica, interpretação, validação e dispensa ...12

5.2. Medicamentos psicotrópicos e estupefacientes ...13

5.3 Regimes de comparticipação ...13

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vii João Pedro de Sousa Prego | Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

6. Conferência do receituário e faturação ...15

7. Serviços farmacêuticos ...16

7.1. Determinação de parâmetros fisiológicos ...16

7.2.Determinação de parâmetros bioquímicos ...16

7.3. Outros serviços ...17

7.4. Farmacovigilância ...17

8. Programa Valormed ...18

9. Formação contínua ...18

10. Cronograma das atividades desenvolvidas na Farmácia Brito ...19

B. 2ª Parte – Apresentação dos temas desenvolvidos ...21

Tema I – Produtos para emagrecimento presentes na Farmácia Brito ...21

1. Enquadramento ...21

2. Fundamentos teóricos ...21

3. Conclusão ...28

Tema II – Úlcera de Pressão ...28

1. Enquadramento ...28

2. Fundamento Teóricos ...29

3. Caso de Estudo ...32

4. Conclusão ...36

Tema III – Avaliação do estado nutricional em utentes idosos...36

1.Enquadramento ...36 2.Fundamentos Teóricos ...37 3. Caso de estudo ...39 4. Conclusão ...42 C. Bibliografia ...43 D. Anexos ...48

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viii João Pedro de Sousa Prego | Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Lista de acrónimos:

ANF – Associação Nacional de Farmácias CCF – Centro de Conferência de Faturas CNP – Código Nacional do Produto DCI – Denominação Comum Internacional ECA – Enzima Conversora da Angiotensina

EPUAP – European Pressure Ulcer Advisory Panel FEFO – First expired, first out

IMC – Índice de Massa Corporal

INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde IVA – Imposto de Valor Acrescentado

MNSRM – Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica MSRM – Medicamentos Sujeitos a Receita Médica MUST – Malnutrition Universal Screening Tool NPUAP – National Pressure Ulcer Advisory Panel PVF – Preço de Venda à Farmácia

PVP – Preço de Venda ao Público SNS – Sistema Nacional de Saúde

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ix João Pedro de Sousa Prego | Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Índice de tabelas

Tabela 1………..………...…….3 Tabela 2………22 Tabela 3………...……….………24 Tabela 4………..………...…………..……….26 Tabela 5………...……….…………27 Tabela 6……….………..……….31

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x João Pedro de Sousa Prego | Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Índice de figuras

Figura 1………..34 Figura 2………..………...………35 Figura 3………..……….………..40

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1 João Pedro de Sousa Prego | Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

A. 1ª Parte – Descrição das Atividades Desenvolvidas no Estágio

1. Organização e Gestão da Farmácia Brito

A farmácia comunitária é um espaço que se carateriza pela prestação de cuidados de saúde de elevada diferenciação técnica e científica. Nela são realizadas atividades dirigidas para o medicamento e para o doente. Para a execução das atividades o farmacêutico necessita de instalações e equipamento e fontes de informação apropriadas.1

1.1. Localização e horário de atendimento

A Farmácia Brito localiza-se na Rua do Souto n.º 70, centro histórico de Ponte de Lima. Está aberta ao público de segunda a sexta das 8:30 às 22 horas e sábados das 9 às 13 horas.

1.2. Espaço físico da farmácia

O ambiente na Farmácia Brito é calmo e profissional, havendo sempre a preocupação de reunir as melhores condições para uma ótima comunicação entre os utentes e o farmacêutico.1

O espaço físico está dividido em várias áreas de modo a atender às necessidades dos profissionais que aí trabalham e dos utentes que a frequentam. Assim, apresenta área de atendimento ao público, gabinete de atendimento personalizado, laboratório, zona de apoio ao local de atendimento ao público, bem como zona de receção de encomendas, armazém, escritório, biblioteca e um local de recolhimento.

Na zona de atendimento ao público (ANEXO I) estão quatro postos de atendimento individualizados, de modo a permitir a privacidade do utente, com um terminal do computador, uma impressora para fazer as impressões no verso da receita médica e um leitor de código de barras. Cada posto tem um pequeno expositor onde são colocados alguns produtos farmacêuticos em campanha de descontos.

Nesta área, ainda existe uma balança eletrónica que permite medir o peso e altura e Índice de Massa Corporal (IMC), bem como um pequeno espaço infantil, posicionado ao lado dos produtos para crianças e bebés. No espaço central estão três expositores móveis que têm produtos de elevada rotatividade. O mesmo sucede em dois expositores que se localizam atrás dos postos de atendimento. Ainda pertencente à zona de atendimento ao público, a farmácia dispõe de um local reservado à dermofarmácia e dermocosmética, (ANEXO II) onde os utentes podem aceder a várias gamas de produtos farmacêuticos.

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2 João Pedro de Sousa Prego | Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

O gabinete de atendimento personalizado (ANEXO III) é utilizado para a prestação de cuidados farmacêuticos, onde são feitas medições bioquímicas e pressão arterial, administração de medicamentos injetáveis e vacinas não incluídas no plano nacional de vacinação, prestação de primeiros socorros e realização de rastreios.

A zona de receção de encomendas tem um terminal informático, um leitor de código de barras, impressora, telefone e o balcão onde os produtos farmacêuticos são colocados depois das encomendas serem conferidas.

A zona de apoio ao atendimento ao público tem gavetas de correr, onde são armazenados os Medicamentos Sujeitos a Receita Médica (MSRM) e Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) ordenados por ordem alfabética do nome comercial. Algumas gavetas estão reservadas para os produtos fitoterapêuticos e homeopáticos, bem como os produtos incluídos no protocolo da diabetes. Uma gaveta está ainda direcionada para os psicotrópicos e estupefacientes de forma a mante-los num local mais reservado.

Separadamente existem várias prateleiras onde estão armazenados os medicamentos genéricos por ordem alfabética da sua Denominação Comum Internacional (DCI). Existem ainda armários onde são armazenados todos os medicamentos de uso veterinário (exceto os que necessitam de frio), produtos de higiene pessoal, dispositivos médicos e alguns produtos de dermofarmácia e dermoscomética. Também em armário, mas devidamente separados, estão os xaropes, pós para suspensões orais, soluções e ampolas bebíveis devido à sua maior fragilidade. Por fim, no local de apoio ao atendimento ainda tem um frigorífico destinado a todos os medicamentos que necessitem de frio, tais como vacinas, insulinas, complexos vitamínicos e alguns produtos de uso veterinário. Este tem incorporado 1 dispositivo para controlo da temperatura.

O laboratório da farmácia localiza-se no piso -1 da Farmácia Brito, é destinado à preparação de alguns manipulados que não necessitam de condições estéreis. Aqui são armazenadas os materiais e matérias-primas para a preparação dos mesmos.

O armazém da farmácia está localizado no piso 1, tendo aí acondicionados parte dos produtos que foram adquiridos em elevadas quantidades. Ainda neste piso está o escritório e biblioteca, onde são tratados assuntos relacionados com a administração. Aqui podem ser encontrados livros que auxiliam na atividade farmacêutica, bem como revistas e publicações da especialidade. A zona de recolhimento localiza-se no piso superior, sendo usada pelo elemento que pernoita na farmácia, em dias de serviço.

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3 João Pedro de Sousa Prego | Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

1.3. Recursos Humanos

A equipa da Farmácia Brito é constituída pelos seguintes elementos:

Nome:

Função:

Dr. Bernardo Brito Proprietário/Gerente Dra. Sílvia Ferraz Diretora Técnica Dra. Susana Guerra Farmacêutica adjunta Dra. Sandra Casanova Farmacêutica adjunta Dra. Sandra Dias Farmacêutica

Sr. Luís Vale Ajudante Técnico Sr. João Pimenta Ajudante Técnico Sr. Fernando Magalhães Ajudante Técnico D. Rosa Gonçalves Funcionária de limpeza

Os profissionais de saúde cumprem oito horas de trabalho por dia, estando distribuídos por turnos. Há sempre o cuidado de estar na farmácia pelo menos um farmacêutico de acordo com a legislação em vigor2. Ao longo do mês todos vão alternando nos turnos, com a exceção da funcionária da limpeza.

1.4. Sistema Informático

A Farmácia Brito trabalha com o sistema informático SIFARMA 2000, desenvolvido pela Glintt. Este programa é útil pois reduz significativamente a complexidade do processo de venda, permite a gestão de stocks. Também atua como suporte informativo, na vertente comercial e científica, pois quase todos os produtos têm uma ficha com indicações terapêuticas, posologias, interações e contraindicações. Ainda permite organizar o receituário, pois agrupa as receitas em lotes de 30 unidades, separados por cada um dos organismos comparticipadores. Este software revela ainda grande utilidade na dispensa dos medicamentos psicotrópicos e estupefacientes ao permitir um controlo da receção (entrada) e no momento da dispensa (saída), possibilitando o registo de toda a informação necessária ao cumprimento da legislação, uma vez que é um dos programas informáticos reconhecidos pelo INFARMED.3

2. Fontes de Informação

A Farmácia Brito tem à disposição de toda a equipa algumas obras obrigatórias, como a Farmacopeia Portuguesa, Índice Nacional Terapêutico, Formulário Galénico Português e o Direito Farmacêutico. Ainda dispões de três volumes do livro Tecnologia Farmacêutica, dois volumes da obra “Medicamento Não Prescritos” e outros que auxiliam na atividade diária de todos os profissionais de saúde que aí laboram. Na farmácia, os

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4 João Pedro de Sousa Prego | Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

profissionais têm ainda acesso à internet, podendo aceder com grande facilidade a sites como: www.infarmed.pt, www.cedime.pt, www.cetmed.pt e www.anf.pt.

3. Gestão e administração

3.1. Gestão de stocks

O stock corresponde aos produtos existentes na farmácia, disponíveis para dispensa, num determinado momento. A sua gestão é extremamente importante para o regular funcionamento da farmácia, pois o stock de cada produto deve ser suficiente para as necessidades dos utentes, impedindo que surjam ruturas dos produtos na farmácia. No entanto, também não é desejável stock em excesso, pois implica capital bloqueado e possíveis perdas, por exemplo no caso de o prazo de validade expirar ou ocorrer danificação do produto.

Na Farmácia Brito existe um stock mínimo e máximo pré-estabelecido para cada produto farmacêutico, que são alterados de acordo com a rotatividade do produto, não sendo, portanto, valores estanques. Assim, com a avaliação da rotação do stock, que corresponde ao número de vezes que cada produto entra na farmácia e é vendido, num determinado período de tempo, pretende-se atingir o equilíbrio, estabelecendo-se os valores máximos e mínimos de stock.

Durante o estágio apercebi-me da dificuldade da gestão de stocks uma vez que é necessário ter em atenção a rotatividade de cada produto ao longo do ano e em cada um dos meses, à existência de medicamentos genéricos, alteração de preços, espaço para o armazenamento dos produtos adquiridos, o prazo de validade e bonificação por parte do laboratório ou fornecedor. Com o decorrer do estágio foi-me permitido constatar que diariamente os produtos farmacêuticos com maior rotatividade são os analgésicos e antipiréticos, ansiolíticos, hipnóticos, anti-hipertensores, antidislipidémicos e antidiabéticos orais.

Nos meses que estive a estagiar foi necessário reforçar o stock de produtos de proteção solar, produtos indicados para a prevenção e tratamento de picadas de mosquitos, bem como a gama de produtos dietéticos, pois o verão é a época do ano em que a procura destes produtos é maior por parte dos utentes.

3.2. Criar, rececionar e conferir encomendas

Sempre que se procede à venda de um produto farmacêutico, o stock é imediatamente atualizado pelo sistema informático. Quando as existências são inferiores ao stock mínimo, o SIFARMA 2000 passa, de forma automática, esse produto para uma lista de proposta de encomenda, pedindo a quantidade que resulta da diferença entre o stock máximo e mínimo. Ao final da manhã e da tarde, a proposta é conferida por um

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5 João Pedro de Sousa Prego | Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

farmacêutico, tendo a possibilidade nesse momento de não encomendar o produto ou alterar a quantidade a pedir. Após conclusão, a encomenda é enviada por modem para o fornecedor principal da Farmácia Brito, a OCP Portugal.

Sempre que há pedidos urgentes, a encomenda é realizada por telefone, sendo os produtos faturados separadamente da encomenda diária. Além da OCP Portugal, a Farmácia Brito também trabalha com a Alliance Healthcare.

Por vezes, são feitas encomendas de elevadas quantidades de vários produtos farmacêuticos, maioritariamente através de compras diretas aos laboratórios, por intermédio de um dos seus representantes. Estas encomendas apresentam vantagens económicas para a farmácia, pois são feitos descontos adicionais, não existindo intermediários (distribuidores grossistas) entre a farmácia e o laboratório. Sempre que é feita uma compra direta, o responsável cria uma nota de encomenda que será posteriormente útil para conferir os produtos rececionados.

A receção das encomendas diárias é feita por via informática, após a chegada da encomenda, sendo lidos os códigos de barras ou introduzidos os códigos ou ainda os nomes dos produtos no sistema informático. Quando a encomenda é feita por telefone ou se trata de uma encomenda direta, é necessário criar a proposta de encomenda informaticamente e aprová-la para que também possa ser rececionada no sistema informático.

Ao conferir a encomenda é necessário atender ao estado da embalagem primária e/ou secundária de cada produto, quantidade encomendada, quantidade faturada, quantidade enviada, quantidade recebida como bónus, forma farmacêutica, dosagem, número de unidades por embalagem, Preço de Venda ao Público (PVP) e prazo de validade.

O prazo de validade deverá ser alterado no sistema informático se o produto rececionado apresenta validade inferior ao registado ou sempre que a farmácia não tiver stock do produto em causa. O PVP apenas poderá ser alterado se não existir stock do produto, caso contrário terão de ser identificadas as embalagens com “novo PVP” e armazenadas, dando prioridade de dispensa às que tem preço antigo.

Para os produtos cujo PVP não vem marcado na embalagem, designados vulgarmente por produtos de venda livre, é necessário imprimir etiquetas com o PVP atribuído pela farmácia. Este valor depende do Preço de Venda à Farmácia (PVF) acrescido da margem de lucro. As etiquetas são impressas após a aprovação da encomenda.

Quando há falta de algum produto que foi faturado e não enviado, com embalagem danificada, bem como outras anomalias, o operador responsável pela receção da encomenda comunica por via telefónica o sucedido ao fornecedor em causa,

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efetuando o registo em impresso próprio. Após dar por concluída a receção de encomendas, o operador arquiva a fatura original e duplicado.

Durante o meu estágio tive oportunidade de ver a realização de encomendas diretas e diárias, sendo-me tudo devidamente explicado. Durante o tempo de atendimento ao público, também pude encomendar alguns produtos por telefone. No primeiro mês e meio de estágio tive a possibilidade de efetuar a receção de inúmeras encomendas diárias, criar a proposta e rececionar as encomendas que eram feitas por telefone. No que concerne às encomendas diretas fiz várias confirmações de encomenda pela fatura e posteriormente pela nota de encomenda. Quando estava tudo conforme procedia à criação da proposta de encomenda. Por se tratar de encomendas diretas, só o diretor técnico é que dava entrada informática.

3.3.Armazenamento

Após a receção da encomenda é necessário proceder ao armazenamento, de acordo com a localização pré-estabelecida na farmácia, pois facilita a dispensa dos medicamentos. Os produtos são organizados segundo o método FEFO (First Expired – First Out) de maneira a gerir os prazos de validade, pois pretende-se com este método que os produtos que estão há mais tempo na farmácia sejam dispensados em primeiro. Os produtos do frio, atendendo à necessidade de serem colocados no frigorífico (2ºC e 8ºC), são os primeiros a dar entrada no sistema informático e em seguida armazenados. Os restantes permanecem em local sem luz natural que é devidamente ventilado, com controlo da humidade de modo e não ultrapassar os 60% e com temperaturas inferiores a 25ºC, de acordo com as Boas Práticas Farmacêuticas.1

Este foi um dos pontos que dediquei um tempo significativo do meu estágio, principalmente antes de iniciar o atendimento ao público, pois permitia-me estar em contacto com todos os produtos farmacêuticos, bem como interiorizando a sua localização, para que deste modo o processo de atendimento fosse mais ágil. Durante este período também me pude familiarizar com os medicamentos que são designados pelo seu nome comercial, tentando associar o nome comercial aos princípios ativos, aplicações terapêuticas e diversas formas farmacêuticas e dosagens. Para tal consultava com frequência o folheto informativo ou solicitava informação a um farmacêutico que estivesse disponível.

3.4. Controlo dos prazos de validade

O controlo dos prazos de validade é um processo fundamental para impedir que ocorra a dispensa de um produto farmacêutico com o prazo de validade expirado. Nesse sentido, todos os meses é emitida uma lista de produtos que tem o prazo de validade

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próximo de expirar, uma vez que os fornecedores exigem que os produtos sejam devolvidos até 2 meses antes de este terminar. No caso de produtos veterinários, a validade deve ser superior a 3 meses para que se possa efetuar a devolução. Os produtos específicos para doentes diabéticos (lancetas e tiras) devem ter pelo menos 4 meses de validade para que também possam ser devolvidos.

Assim, todos os meses é impressa a listagem dos produtos que se encontram nas situações acima referidas. Todos os produtos removidos são transferidos para o local da receção de encomendas para que possa ser feita a sua devolução aos fornecedores ou laboratórios. Durante este procedimento, além de se confirmar o prazo de validade, também é conferido o stock de todos os produtos que estão na lista.

Durante o estágio pude visualizar a impressão das listagens e participar juntamente com outros profissionais de saúde da farmácia na confirmação de prazos de validade. Posteriormente foram efetuadas algumas devoluções e a regularização dos prazos de validade de todos os produtos existentes na listagem e que ainda continham stock na farmácia.

3.5. Devoluções

Tal como já foi referido anteriormente, quando o prazo de validade de um produto farmacêutico está a expirar é feita a sua devolução. No entanto, existem outras causas para devoluções, como irregularidades aquando da receção das encomendas, embalagens danificadas ou incompletas, produtos alterados, entre outros.

A Nota de Devolução que acompanha os produtos a devolver implica a seleção do fornecedor pelo qual se fará a devolução e o respetivo motivo. Nela devem ainda constar a designação da farmácia, morada e número de contribuinte, número da nota de devolução, bem como a morada e número de contribuinte do fornecedor. Também tem o código e designação do produto, quantidade devolvida, o PVP, o preço de custo, bem como o Imposto de Valor Acrescentado (IVA). Todas as notas de devolução são impressas em triplicado, a original e duplicado são enviadas para o fornecedor, funcionando esta última como guia de transporte e o triplicado é arquivado na farmácia.

Para regularizar as devoluções, relativamente aos produtos cosméticos e dermofarmacêuticos, os fornecedores podem efetuar uma troca por um produto igual ou outro do mesmo valor, podem emitir uma nota de crédito à farmácia ou podem reenviar os produtos não aceites à farmácia. Estes últimos são considerados como quebra e colocados em local próprio para posterior destruição, com consequente prejuízo para a farmácia. No caso dos medicamentos, apenas pode ser emitida uma nota de crédito à farmácia.

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3.6. Marketing na farmácia

Atualmente, o marketing também ocupa na farmácia um lugar importante na forma de transmitir a informação.

A Farmácia Brito recorre às redes sociais onde publica com muita frequência promoções e campanhas que estão a decorrer. Por outro lado, tem ao seu dispor cinco montras voltadas para o exterior que são renovadas com periodicidade e muitas vezes com temas alusivos à época, aproveitando para captar a atenção da população que passa na rua e consequentemente promover alguns produtos farmacêuticos.

No seu interior, na zona de atendimento ao público tem expositores em que os produtos são colocados de acordo com a rotação que se pretende incrementar e estratégias de marketing. Também são realizados rastreios gratuitamente, aproveitando o momento para disponibilizar informação necessária ao utente sobre produtos específicos. Durante os primeiros meses de estágio pude assistir a uma constante rotação dos produtos nos expositores disponíveis na área de atendimento ao público, em que foi dado grande realce aos protetores solares, hidratantes e produtos dietéticos. Durante estes meses foi possível ver constantes descontos em diferentes produtos solares, bem como um desconto de 25% em alguns produtos dietéticos. (ANEXO IV). No decorrer do estágio pude também assistir a vários rastreios que se foram efetuando, como o Rastreio e Diagnóstico Osteoarticular e check-up venoso (ANEXO V), bem como à realização de duas campanhas “mês do coração” em maio e “mês da criança” em junho.

4.Produtos existentes na farmácia

4.1.Medicamentos Sujeitos a Receita Médica (MSRM)

Os MSRM só podem ser dispensados quando o utente apresente receita prescrita por um profissional credenciado. Assim, estão sujeitos a receita médica os medicamentos que preencham uma das seguintes condições: poder constituir risco para a saúde do doente, direta ou indiretamente, mesmo quando usados para o fim a que se destinam, caso sejam utilizados sem vigilância medica; poder constituir risco, direto ou indireto, para a saúde, quando sejam utilizados com frequência em quantidades consideráveis para fins diferentes daqueles a que se destinam; conter substâncias ou preparações à base dessas substâncias, cuja atividade ou reações adversas seja indispensável aprofundar; ser sujeito a administração por via parentérica.4

Podem ser prescritos por receita médica não renovável, que tem validade de 30 dias, quando a finalidade é um tratamento de curta duração. Quando o tratamento é de longa duração (por exemplo doenças crónicas), a prescrição médica pode ser feita em

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receitas renováveis que tem uma validade de 6 meses e apresentam-se em triplicado (3 vias). Estes medicamentos têm o PVP marcado na embalagem primária e podem beneficiar ou não de comparticipação por parte do SNS.4

4.2. Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM)

Os MNSRM não necessitam de receita médica para serem dispensados, podendo o ato de dispensa ocorrer em farmácias ou em locais de venda autorizados. Assim, os medicamentos que não preencham qualquer das indicações previstas no artigo 114º, do Decreto-Lei 176/2006, de 30 de agosto são MNSRM. Estes medicamentos geralmente não são comparticipados, salvo em casos previstos na legislação que define a comparticipação do SNS nos preços dos medicamentos.4

Durante o atendimento ao público, os MNSRM foram os que me proporcionaram uma intervenção mais ativa junto dos utentes. Assim, ao longo deste período tive a oportunidade de dispensar vários MNSRM, destacando-se analgésicos, antifúngicos, venotrópicos, modificadores da motilidade intestinal, multivitamínicos e anestésicos locais e antipruriginosos.

4.3. Medicamentos e produtos manipulados

Os medicamentos manipulados correspondem a qualquer fórmula magistral ou preparado oficinal, preparado e dispensado sob a responsabilidade do farmacêutico.5

Na Farmácia Brito, o laboratório é usado para a preparação de alguns produtos farmacêuticos que não exigem condições estéreis. Quando a manipulação necessita de condições que não estão reunidas no laboratório é solicitado a outra farmácia, que detenha as devidas condições, a preparação do manipulado.

Durante o estágio fiz a preparação de algumas soluções de ácido acético a 2% (ANEXO VI) e pomadas saliciladas, bem como o cálculo dos honorários (ANEXO VII). No entanto, devido à pouca procura de medicamentos manipulados por parte dos utentes, apenas ia esporadicamente ao laboratório.

4.4. Produtos cosméticos e dermofarmacêuticos

Segundo o Decreto-Lei nº 189/2008, de 24 de setembro, produto cosmético é “qualquer substancia ou preparação destinada a ser posta em contacto com as diversas partes superficiais do corpo humano, designadamente epiderme, sistema piloso e capilar, unhas, lábios e órgãos genitais externos ou com os dentes e as mucosas bucais, com a finalidade de, exclusiva ou principalmente, os limpar, perfumar, modificar o seu aspeto, proteger, manter em bom estado ou de corrigir os odores corporais”.6

Atualmente a sociedade preocupa-se muito com a aparência, logo estes produtos passaram a ser encarados como parte do bem-estar e saúde, havendo uma procura

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crescente. Assim, as farmácias têm-se indo adaptando e consequentemente os farmacêuticos através de uma atualização constante dos conhecimentos desta área com a finalidade de prestar o melhor aconselhamento aos utentes que aí se dirigem.

Ao longo do estágio verifiquei que a procura destes produtos é muito condicionada pelas campanhas publicitárias e promocionais que geralmente são feitas nos meios de comunicação social, tendo ainda algum relevo a sua exposição na farmácia. Pude ainda observar que os fatores atrás mencionados estão muitas vezes dependentes da sazonalidade de alguns produtos. Assim, nesta área pude fazer aconselhamento de alguns produtos de maior procura no verão, pois durante o estágio os utentes solicitavam informação sobre protetores solares e hidratantes para aplicação após a exposição solar, bem como diversos produtos para a prevenção e aplicação em picadas de mosquitos.

4.5.Produtos dietéticos e para alimentação especial

Segundo o Decreto-Lei nº 74/2010, de 21 de junho, os produtos de alimentação especial são “produtos alimentares que, devido à sua composição ou a processos especiais de fabrico, se distinguem claramente dos géneros alimentícios de consumo corrente; são adequados ao objetivo nutricional pretendido e são comercializados com a indicação de que correspondem a esse objetivo”.7

A Farmácia Brito possui diversos produtos para alimentação especial, desde produtos dietéticos até aos que respondem às necessidades nutricionais de pessoas em condições fisiológicas especiais, tais como gravidez, stress pós-operatório, má nutrição, etc. A farmácia ainda possui produtos para alimentação direcionada para lactentes ou crianças até aos 3 anos de idade.

Os leites para lactentes e crianças, bem como os suplementos alimentares, como os multivitamínicos são os mais solicitados por parte dos utentes da Farmácia Brito. Nesta área pude fazer aconselhamento de alguns produtos dietéticos, pois a apresentação de um trabalho sobre esta gama de produtos permitiu-me obter os conhecimentos suficientes para um bom aconselhamento.

4.6. Produtos fitoterápicos

O Decreto-Lei nº176/2006, de 30 de agosto define medicamento à base de plantas como “qualquer medicamento que tenha exclusividade como substâncias ativas uma ou mais substância derivadas de plantas, uma ou mais preparações à base de plantas ou uma ou mais substâncias derivadas de plantas em associação com uma ou mais preparações à base de plantas”4

Embora a adesão dos utentes aos produtos fitoterapêuticos seja baixa, estes foram muitas vezes dispensados por mim para casos de ansiedade, insónias,

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problemas intestinais, entre outros, uma vez que muitos medicamentos direcionados para o tratamento destas patologias não podem ser dispensados sem receita médica.

4.7. Produtos e Medicamentos de Uso Veterinário

De acordo com a legislação em vigor, medicamentos veterinários são as substâncias ou associação destas, que apresentam propriedades curativas ou preventivas de doenças de animais ou sintomas ou que possam ser usadas ou administradas no animal com o objetivo de estabelecer um diagnóstico ou exercer uma função farmacológica, imunológica ou metabólica para restaurar, corrigir ou alterar funções fisiológicas.8

A veterinária é uma das áreas que também está presente na farmácia, embora tenha vindo a diminuir a sua expressão porque o farmacêutico não tem muito conhecimento do mundo animal, ficando restrito a uma pequena gama de produtos.

Relativamente ao aconselhamento nesta área tive que recorrer com alguma frequência aos farmacêuticos que me acompanharam no estágio, tendo procurado ser mais autónomo com o decorrer do tempo. Uma vez que há uma crescente preocupação dos utentes com os animais domésticos, na Farmácia Brito alguns destes produtos ainda têm uma significativa rotatividade, destacando-se os antiparasitários de uso externo e interno, anticoncecionais, antibióticos de uso externo.

4.8. Dispositivos médicos

Dispositivo médico é definido como “qualquer instrumento, aparelho, equipamento, software, material ou artigo utilizado isoladamente ou em combinação, incluindo o software destinado pelo seu fabricante a ser utilizado especificamente para fins de diagnóstico ou terapêuticos e que seja necessário para o bom funcionamento do dispositivo médico, cujo principal efeito pretendido no corpo humano não seja alcançado por meios farmacológicos, imunológicos ou metabólicos, embora a sua função possa ser apoiada por esses meios (…)”9

Na Farmácia Brito estes produtos tem alguma procura, tendo tido a oportunidade de dispensar termómetros, testes de gravidez, seringas, material de penso, compressas e ligaduras, fraldas, pensos para incontinência, meias de compressão, preservativos, frascos para a colheita assética de urina, entre outros. De todos os dispositivos, o que tive mais dificuldade na dispensa foram as meias de compressão, porque é necessário fazer várias medições no utente para saber qual é o tamanho da meia que se deve dispensar.

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5. Dispensa de medicamentos

A dispensa de medicamentos é o último ato dos profissionais de saúde na cadeia do medicamento, sendo extremamente importante um bom atendimento farmacêutico para se maximizar a adesão à terapêutica.

5.1. Prescrição médica, interpretação, validação e dispensa

Para prevenir erros na dispensa ou faturação, o farmacêutico deve saber interpretar as receitas de acordo com a legislação. Antes de proceder à dispensa, o farmacêutico faz a validação da receita médica. Para tal, deve verificar o número da receita (constituído por 19 dígitos), identificação do médico prescritor, dados do utente (nome e número SNS, número de beneficiário e regime especial de comparticipação de medicamentos, quando aplicável), identificação do medicamento, posologia, duração do tratamento, comparticipações especiais, número de embalagens (em cada receita só podem ser prescritos 4 medicamentos diferentes, num total de 4 embalagens), data da prescrição e assinatura do médico prescritor.10

Em 2011 entrou em funcionamento a prescrição eletrónica, ficando definido o modelo geral de receita eletrónica, bem como o regime transitório de receitas manuais. No entanto, atendendo ao regime transitório foram estabelecidas um conjunto de exceções que permitem a continuidade da prescrição manual, desde que sejam utilizados os impressos adequados fornecidos pela Imprensa Nacional da Casa da Moeda: por inadaptação do prescritor, ser efetuada no domicilio, por falência do sistema eletrónico ou quando o volume de prescrição mensal não ultrapassa as 40 receitas.11

Após validação da prescrição, o farmacêutico cede os medicamentos prestando toda a informação necessária para o seu uso correto. Durante a dispensa é feito o preenchimento informático dos dados referentes à receita médica. Cada entidade que comparticipa os produtos farmacêuticos tem um código informático, o qual deve ser introduzido no sistema para ser realizada a comparticipação. Se a receita mencionar alguma portaria ou despacho, também deve ser introduzida no sistema informático utilizando o código para o efeito. No final, é impresso a informação no verso da receita, devendo o utente e o farmacêutico assinar, sendo de seguida colocada a data e carimbada pelo profissional de saúde.

A dispensa de medicamento pode ser feita por DCI ou pelo nome comercial dependendo da prescrição médica. Assim, a dispensa por DCI ocorre quando a prescrição é feita pelo nome da substância ativa. Neste caso, o utente pode optar por qualquer medicamento que se encontre no mesmo grupo homogéneo (mesma DCI, forma farmacêutica, dosagem e tamanho de embalagem similar), independentemente do preço.10

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Quando o medicamento é prescrito por nome comercial e não tem grupo homogéneo, o farmacêutico só pode dispensar o medicamento que consta na receita. No caso de existir grupo homogéneo, o farmacêutico terá de ter atenção a três exceções previstas na legislação: exceção a) – medicamentos com margem ou índice terapêutico estreito – perante esta prescrição o farmacêutico só pode dispensar o medicamento que consta na receita; exceção b) – reação adversa prévia – perante esta prescrição, o farmacêutico apenas pode dispensar o medicamento presente na receita; exceção c) – continuidade do tratamento superior a 28 dias – nesta situação, o utente pode optar por medicamentos que estão no mesmo grupo homogéneo, desde que tenham preço inferior ao prescrito.10

5.2. Medicamentos psicotrópicos e estupefacientes

A encomenda de estupefacientes e psicotrópicos é feita da mesma forma que os restantes medicamentos, diferenciando-se apenas na receção. Quando chegam à farmácia, os produtos vêm acompanhados de um documento específico de requisição de estupefacientes e psicotrópicos, que é arquivada na farmácia.

A dispensa só pode ser validada se: estes medicamentos forem prescritos em receitas eletrónicas identificadas com RE – receita especial; cada receita só tiver um medicamento prescrito, num máximo de quatro embalagens; constar o nome, sexo, morada, idade e número do bilhete de identidade do doente, identificação do médico prescritor (nome, endereço, número de identificação na Ordem dos Médicos, data e assinatura); e a emissão da receita não for há mais de trinta dias.10

Quando todas as condições atrás referidas estão cumpridas, o farmacêutico confirma a identificação do adquirente e regista no sistema informático o nome, número e data do bilhete de identidade ou carta de condução ou cartão do cidadão, número do passaporte no caso de o cidadão ser estrangeiro. A cópia da receita deve ser arquivada na farmácia por um período mínimo de três anos.10

5.3 Regimes de comparticipação

De acordo com a legislação em vigor a comparticipação dos medicamentos poderá ser feita por um regime geral ou especial. O valor de comparticipação depende do escalão em que cada grupo de medicamentos está inserido. Assim, no regime geral, no escalão A, a comparticipação é de 90%, no B de 69%,no C de 37% e no D de 15%.12

O regime especial de comparticipação é em função: do beneficiário ou de patologias ou grupos especiais de doentes. Assim, quando a comparticipação especial é em função da situação económica do utente, a comparticipação por parte do SNS é acrescida em 5% no escalão A e 15% nos escalões B (84%), C (52%) e D (30%).12 Quando o regime especial de comparticipação é em função de grupos especiais de

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doentes ou patologias como, artrite reumatoide, psoríase, dor oncológica, doença de Alzheimer, infertilidade, doença inflamatória intestinal, os regimes de comparticipação dos medicamentos são regulados por Despachos e Portarias específicas que devem vir devidamente indicados na receita médica.13

A comparticipação do SNS em produtos farmacêuticos destinados ao controlo da diabetes Mellitus é de 85% e 100% para as agulhas, seringas e lancetas. No caso de produtos dietéticos com carácter terapêutico a comparticipação é de 100%, desde que prescritos no instituto de genética médica Dr. Jacinto Magalhães ou nos centros de tratamento dos hospitais que estabeleceram um protocolo com o instituto.10

Os utentes podem ainda beneficiar da complementaridade entre entidades, podendo a comparticipação chegar aos 100%. Para beneficiar da complementaridade, o utente terá de apresentar o seu cartão de subsistema válido, sendo necessário uma fotocópia da receita com o respetivo cartão fotocopiado no verso. Por fim, ainda existe o complemento solidário para idosos, em que os idosos para terem acesso a esta regalia devem pedir uma fotocópia da receita na farmácia e a respetiva fatura carimbada e assinada, para ser apresentada no Centro de Saúde e aí serem reembolsados.10

5.4. Automedicação

A automedicação e os MNSRM estão fortemente interligados. A automedicação consiste na utilização de MNSRM de forma responsável, destinado ao alívio e tratamento de distúrbios passageiros, sem gravidade e que não necessitam de uma consulta médica. A utilização dos medicamentos deverá ser limitada no tempo e de acordo com as indicações do folheto. Não é aconselhada em bebés, gravidas ou lactantes.14

É na automedicação que o farmacêutico poderá desempenhar uma função importante, pois de uma forma geral os doentes não possuem conhecimentos suficientes para fazer uma avaliação correta, pelo que podem estar a mascarar doenças mais graves e consequentemente atrasar o diagnóstico. Assim, cabe a este profissional de saúde aconselhar o utente informando-o sobre as opções disponíveis, as condições de utilização e em que circunstância deve consultar o médico. Por fim, o farmacêutico deve dispensar o medicamento atendendo ao anexo do Despacho nº 17690/2007, de 23 de julho que contém a lista de situações passiveis de automedicação.15

Assim sendo, a automedicação pode trazer benefícios para o indivíduo pois permite a resolução de problemas menores de saúde de forma rápida, com menor custo económico, e para a sociedade porque permite aliviar os encargos sobre o SNS, possibilitando a libertação de recursos.14

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6. Conferência do receituário e faturação

Ao longo do mês as receitas são organizadas em lotes de acordo com o documento de faturação impresso no verso da receita. Este documento acompanha a receita em todo o processo de faturação e apresenta informação da identificação da receita (facilitando o processo de loteamento) e informação acerca da comparticipação realizada.

A organização do receituário consiste no agrupamento das receitas de cada mês pelo organismo comparticipante. A sua ordenação é feita pelo número da receita, série e lote que lhe são atribuídos informaticamente. Cada lote fica completo quando tem 30 receitas.

No último dia do mês, todos os lotes são fechados mesmo os que não estão concluídos e são emitidos os seguintes documentos que após carimbados, assinados e datados acompanham os respetivos lotes: o verbete de identificação do lote, a relação resumo de lotes e a fatura mensal de medicamentos correspondente a cada entidade de comparticipação.16

O verbete de identificação do lote é impresso apenas no modelo original e anexado a cada lote, depois de carimbado.16 A relação resumo de lotes das receitas que são prescritas no âmbito do SNS é emitida em triplicado: o original é enviado para o Centro de Conferência de Faturas (CCF), o duplicado para a contabilidade e o triplicado deverá ficar arquivado na farmácia.

A fatura global é emitida em quintuplicado: o original e duplicado seguem para o CCF, juntamente com os lotes de receitas prescritas no âmbito do SNS e o resumo de identificação dos lotes. O triplicado é enviado para a Associação Nacional de Farmácias (ANF), o quadruplicado para a contabilidade e o quintuplicado fica arquivado na farmácia. Assim, as receitas prescritas no âmbito do SNS devem ser remetidas para o CCF até ao dia 10 do mês seguinte, juntamente com o verbete de identificação de cada lote, a relação resumo de lotes e o original e duplicado da fatura global. As mesmas são levantadas na farmácia no dia 5 de cada mês.16

No que toca às outras entidades também é necessário o verbete de identificação do lote que deve ser anexado a cada um dos lotes. A relação de resumo do lote é emitida em quadruplicado: o original e duplicado vão para cada respetivo sub-organismo, o triplicado vai para a contabilidade e o quadruplicado fica arquivado na farmácia. A fatura global deverá ser emitida em quintuplicado: o original, duplicado e triplicado deverão ser enviados para cada um dos sub-organismos. O quadruplicado vai para a contabilidade e o quintuplicado é arquivado na farmácia.(16) De forma a facilitar o processo toda a documentação juntamento com os lotes é enviada para a ANF que depois reencaminha para os respetivos sub-organismos.

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Mesmo após a conferência dupla de todo o receituário, podem existir desconformidades nas receitas, como erros ou diferenças nos documentos conferidos, detetadas no CCF. Este envia à farmácia uma relação-resumo contendo o valor das desconformidades, a justificação das mesmas e as receitas. A farmácia emite as respetivas notas de crédito e/ou débito, que envia para o CCF, juntamente com o eceituário do mês seguinte.16

Para reclamar as desconformidades detetadas, pode devolver as receitas, juntamente com o formulário e os documentos enviados pelo CCF, ao Serviço de Retificação de Receituário da ANF.

O pagamento da faturação é feito à farmácia por intermédio da ANF para otimizar o processo moroso de conferência do receituário e pagamento. A ANF recebe mais tarde o valor de comparticipação do SNS, por intermédio da Administração Regional de Saúde.

Durante o estágio tive a oportunidade de acompanhar o fecho dos lotes no último dia do mês, bem como organizar toda a documentação e separar os lotes dos diversos organismos, para o envio aos respetivos locais.

7. Serviços farmacêuticos

7.1. Determinação de parâmetros fisiológicos

A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco da insuficiência cardíaca, acidentes vasculares cerebrais e insuficiência renal, sendo fundamental a vigilância dos valores de pressão arterial. Na Farmácia Brito, a determinação mais solicitada pela população idosa é a da pressão arterial, pelo facto de ser gratuita e de se proporcionar um aconselhamento personalizado a cada utente.

O excesso de peso é considerado um problema de saúde pública, uma vez que, é um fator de risco para a hipercolesterolemia, hipertensão arterial e resistência à insulina (predisposição para Diabetes Mellitus). A Farmácia Brito possui uma balança eletrónica que permite a determinação do peso, altura e IMC.

Em diálogo com os utentes, aquando da determinação da pressão arterial tinha o cuidado de saber se estavam a ser medicados e também perceber se o estavam a fazer corretamente. Assim fui-me possível verificar que alguns utentes não tomavam os medicamentos na posologia prescrita pelo médico.

7.2.Determinação de parâmetros bioquímicos

Para acompanhar e promover um controlo dos níveis do colesterol, realiza-se na Farmácia Brito a determinação do colesterol, por punção capilar. Esta determinação pode ser efetuada a qualquer hora do dia, uma vez que a ingestão de alimentos apenas influencia ligeiramente os valores.

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A determinação da glicemia capilar é extremamente importante para a deteção precoce da Diabetes Mellitus, para o seu controlo e minimização das suas complicações. Esta determinação deverá ser realizada preferencialmente em jejum.

A determinação dos triglicerídeos no sangue total é particularmente importante na deteção precoce do risco de aterosclerose. Recomenda-se que o utente esteja em jejum pelo menos 12 horas, uma vez que os níveis de triglicerídeos variam significativamente durante o dia, sendo sobretudo afetados pela ingestão de alimentos.

Os níveis elevados de ácido úrico no sangue podem levar à deposição deste nas articulações, tendões, rins e outros tecidos causando inflamação e lesões graves, sendo o problema mais comum a gota. Para a determinação deste valor é necessário estar em jejum.

Durante a monitorização dos parâmetros bioquímicos, tive a oportunidade de verificar que muitos utentes alteravam a posologia dos medicamentos ou suspendiam a toma, sem consentimento médico, quando observavam uma descida dos valores de colesterol. Neste parâmetro sempre tive como objetivo primordial promover a adesão à terapêutica. Durante o período de medição dos parâmetros, ia promovendo a adoção de hábitos de vida mais saudáveis.

7.3. Outros serviços

Mensalmente passa pela Farmácia Brito um técnico da Casa Sonotone® para a manutenção dos aparelhos auditivos para todos os utentes que o pretenderem.

A Farmácia Brito possui um protocolo, de serviços farmacêuticos, com a Junta de Freguesia de Ponte de Lima, deslocando-se um farmacêutico de dois em dois meses à sede da Junta de Freguesia com o objetivo de realizar a monitorização dos parâmetros fisiológicos (peso e pressão arterial) e dos parâmetros bioquímicos (colesterol e glicemia).

No período de estágio pude participar em uma visita à Junta de Freguesia de Ponte de Lima, onde foi possível analisar a evolução dos parâmetros bioquímicos e fisiológicos de cerca de 20 utentes, com registos guardados na sede da Junta de Freguesia.

7.4. Farmacovigilância

A farmacovigilância é uma atividade de saúde pública que tem o objetivo de identificar, quantificar, avaliar e prevenir riscos associados ao uso dos medicamentos presentes no mercado, possibilitando o seguimento dos possíveis efeitos adversos.

No âmbito da atividade farmacêutica se for detetada alguma reação adversa de medicamentos ou dispositivos médicos não descritas na bula, o profissional de saúde deverá registá-la pelo preenchimento de um formulário de cor roxa e enviar às

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autoridades de saúde. No caso da Farmácia Brito é à Unidade Regional de Farmacovigilância do Norte.1

8. Programa Valormed

Atendendo às particularidades do medicamento, mesmo quando já não pode ser utilizado, a Indústria Farmacêutica responsável pela gestão dos resíduos de embalagens que coloca no mercado, associou-se aos restantes intervenientes da cadeia do medicamento e criaram a Valormed – Sociedade responsável pela gestão dos resíduos de embalagens e medicamentos fora de uso.17

Todos os medicamentos e embalagens entregues pelos utentes da farmácia são colocados em contentores devidamente identificados. Quando estão cheios, os contentores são selados, pesados e rotulados com a ficha do contentor devidamente preenchida. Aquando da recolha pelo armazenista, este preenche os dados que lhe dizem respeito na ficha do contentor, deixando uma cópia na farmácia e levando todas as outras, juntamento com o contentor. Assim, a cópia branca acompanha a caixa funcionando como guia de transporte, a azul deve ser enviada à Valormed, pelo armazenista que recolhe os resíduos e a cópia amarela destina-se ao armazenista.17

9. Formação contínua

Formação sobre produtos de proteção solar e dermoginecológicos específicos da gravidez pós-parto da Isdin® – dia 13 de maio entre as 14 e 16 horas, em Braga (ANEXO VIII);

Formação sobre produtos para a acne e para a prevenção e queda de cabelo da Isdin® – dia 24 de setembro entre as 14 e 16 horas, em Viana do Castelo (ANEXO VIII);

Formação sobre o risco cardiovascular e as vantagens de alguns antidislipidémicos na prevenção de eventos cardiovasculares – dia 27 de setembro entre as 9 e 13 horas, em Viana do Castelo;

Formação sobre a Dor e Febre na Criança da I-BU-RON® - dia 5 de junho entre as 20:30 e 00:00 horas, em Ponte de Lima;

Formação sobre Nutrição Clínica no idoso da Nestlé® – dia 1 de outubro de entre as 14 e 19 horas no Porto (ANEXO VIII).

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19 João Pedro de Sousa Prego | Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

10. Cronograma das atividades desenvolvidas na Farmácia Brito

MÊS Semana Atividades:

maio

Semana

Receção de encomendas diárias; Arrumação de produtos farmacêuticos;

Semana

Receção de encomendas diárias;

Criação de propostas de encomendas feitas por telefone; Arrumação de produtos farmacêuticos;

Semana

Receção de encomendas diárias;

Criação de propostas de encomendas feitas por telefone; Devoluções;

Conferência de receituário;

Arrumação de produtos farmacêuticos;

Semana

Receção de encomendas diárias;

Criação de propostas de encomenda feitas via telefone; Conferência de receituário;

Apresentação dos do trabalho sobre produtos de emagrecimento da Farmácia Brito;

junho

Semana

Visualização de propostas de encomenda diária e a sua consequente alteração e aprovação;

Receção de encomendas diárias; Arrumação de produtos farmacêuticos;

Semana

Atendimento ao público;

Medição de parâmetros bioquímicos e fisiológicos;

Conferência e criação das propostas de encomenda das encomendas diretas;

Conferência de receituário;

Semana

Acompanhamento de doente do lar de idosos com úlcera de pressão.

Semana

Atendimento ao público;

Medição de parâmetros bioquímicos e fisiológicos; Visualização da realização de uma encomenda direta; Conferência de receituário;

Acompanhamento de doente do lar de idosos com úlcera de pressão.

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julho

Semana

Atendimento ao público;

Receção de encomendas diárias;

Conferência e criação de proposta de encomenda das encomendas diretas;

Acompanhamento de doente do lar de idosos com úlcera de pressão;

Semana

Atendimento ao público;

Medição de parâmetros bioquímicos e fisiológicos;

Semana

Atendimento ao público;

Visita à sede da Junta de Freguesia de Ponte de Lima para medir a pressão arterial, colesterol e peso;

Conferência de receituário;

Conferência dos prazos de validade;

Semana

Atendimento ao público;

Medição de parâmetros bioquímicos e fisiológicos;

Acompanhamento de doente do lar de idosos com úlcera de pressão;

Semana

Atendimento ao público;

Medição de parâmetros bioquímicos e fisiológicos;

Acompanhamento de doente do lar de idosos com úlcera de pressão;

Fecho dos lotes e impressão dos documentos para envio para as entidades comparticipadoras;

agosto

Semana

Atendimento ao público;

Medição de parâmetros bioquímicos e fisiológicos; Receção de encomendas diárias;

Conferência e criação de propostas de encomendas diretas;

Semana

Atendimento ao público;

Medição de parâmetros bioquímicos e fisiológicos;

Conferência e criação de propostas de encomendas diretas;

Semana

Acompanhamento de doente do lar de idosos com úlcera de pressão;

Semana Setembro

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setembro

Semana

Atendimento ao público;

Receção de encomendas diárias; Arrumação de produtos farmacêuticos;

Semana

Atendimento ao público;

Medição de parâmetros bioquímicos e fisiológicos; Realização do rastreio nutricional;

Semana

Atendimento ao público;

Medição de parâmetros bioquímicos e fisiológicos; Receção de encomendas no sistema informático; Conferência de receituário;

B. 2ª Parte – Apresentação dos temas desenvolvidos

Tema I – Produtos para emagrecimento presentes na Farmácia Brito

1. Enquadramento

Poucos dias após o início do estágio fui abordado pela diretora técnica sendo-me proposto a apresentação de um trabalho sobre todos os produtos para emagrecimento presentes na Farmácia Brito. Assim, durante o mês de maio deveria preparar uma apresentação, em diapositivos, para toda a equipa da farmácia com o objetivo de lhes proporcionar uma revisão da informação necessária para um bom aconselhamento. Como se estava a aproximar o verão, época do ano em que as pessoas manifestam uma maior preocupação com a sua imagem, era expectável uma maior afluência de utentes no sentido de obter informação sobre esta gama de produtos.

Após a consulta de alguma informação decidi que na apresentação (ANEXO IX) deveria enumerar os constituintes dos produtos e referir a função dos mais importantes, de forma a proporcionar a compreensão do modo como cada produto atua no organismo. De seguida indiquei quais as contraindicações mais comuns e em casos específicos os grupos de doentes para os quais estão contraindicados. Por fim referi a posologia e forma de utilização ressalvando sempre os períodos mínimos necessários para que os utentes possam sentir efeitos mais significativos no tratamento.

2. Fundamentos teóricos

Na Farmácia Brito existem diversos produtos farmacêuticos de emagrecimento: Depuralina FITPLAN®, Garcinia Cambogia Plus®, Green Coffe Extreme®, Café Verde+Garcinia Cambogia®, Cetonas®, Innéov – DIET PARTNER®, alli® e uma grande gama de produtos da FORTÉ PHARMA®.

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22 João Pedro de Sousa Prego | Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

A Depuralina FITPLAN® consiste num plano de perda de peso dividido em 4 etapas principais. Na etapa Terra há a promoção da função hepática: efeito depurativo hepático (eliminação dos metabolitos armazenados no fígado). Na semana Ar é promovida a função intestinal: regularização do trânsito intestinal e reforço da flora intestinal de forma a aumentar a eliminação de toxinas. Na etapa Água é promovida a função renal: eliminação dos excessos por via renal; ingestão de elevada quantidade de água que limpa e tonifica o tubo digestivo e favorece o fluxo urinário. Por fim, a semana Fogo promove a lipólise: eliminação dos depósitos excessivos de gordura e evita que o organismo os volte a acumular.18

Etapas Constituintes18 e funções relevantes 19, 20 Semana

1 Etapa

Terra

Cardo mariano é hepatoprotetor e provoca perda de apetite; alcachofra apresenta propriedades diuréticas; brócolos; resveratrol é um forte antioxidante; vitamina C e colina que contribuem para o normal metabolismo dos lípidos e para a manutenção da função hepática.

Semana 2

Etapa Ar

Funcho e hortelã-pimenta com propriedades diuréticas; vitamina C, biotina e niacina contribuem para o normal metabolismo e produção de energia, proporcionando redução da fadiga e cansaço; zinco que intervém no metabolismo de hidratos de carbono, ácidos gordos e macronutrientes; Mixlab04® que contém bactérias que habitam a flora intestinal; FOS® contém hidratos de carbono não digeridos pelo Homem que são alimento para as bactérias da flora intestinal; crómio que contribui para a manutenção dos níveis normais de glicose no sangue. O complexo crómio-zinco-biotina contribui, para o normal metabolismo dos macronutrientes.

Semana 3 Etapa

Água

Bétula que pelos flavonoides, vitamina C e sais minerais apresenta propriedades diuréticas; Orthosiphon spp. que pelos sais potássicos, os flavonoides e os saponósidos aumenta a diurese com a eliminação de cloretos; dente de leão constituído por polifenóis que conferem propriedades coleréticas, diuréticas e inulina com ligeira ação laxante; cavalinha que aumenta a diurese.

Semana 4 Etapa

Fogo

Curcuma e laranja amarga com função eupéptica e colerética; crómio; Glucomanano que intumesce na presença de água diminuindo o espaço livre no estômago e consequentemente a sensação de fome; café verde e guaraná que pela concentração em cafeína auxiliam a degradação de lípidos.

A embalagem contém as unidades necessárias para 28 dias de tratamento. Na primeira semana terão de ser tomadas as cápsulas castanhas, 1 antes do almoço e

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