AVALIAÇÃO
DA
IMPLANTAÇÃO
E
IMPLEMENTAÇÃO DO
PSP
NO
MUNICÍPIO
DE
ITAPEMA/SC
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, paraa
conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.
FLORIANÓPOLIS
-
SANTA
CATARINA
MARCONDES
ROGÉRIO
PEREIRA
AVALIAÇÃO
DA IMPLANTAÇÃO
E
N»
IMPLEMENTAÇAO
Do
PSF
No
~MUNICÍPIO
DE
ITAPEMA/sc
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a
conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.
Coordenador
do Curso:
Prof. Dr.Edson
JoséCardoso
Orientador: Prof. Dr.
Marco
AurélioDa
Ros
FLORIANÓPOLIS
_
SANTA CATARINA
Agradeço
a todos os fimcionáriosdo
PSF
de Itapema que dealguma forma
~
colaboraram
na
realizaçao deste trabalho,com
especial atenção aomeu
primoJuarez e à
amiga
Walkiria, que dedicaram grande parte de seutempo
àsminhas
solicitações.
Aos
meus
companheiros de curso Fabrício,Leandro
e Lúcio, amigos fiéissempre
dispostos ame
auxiliar nosmomentos
dificeis.`
Ao
meu
orientadorMarco
Aurélio da Ros, professor e amigo, cuja admiraçãoratifica
meus
objetivoscomo
profissional e cidadão.Por
fim,
àminha
família,meu bem
mais precioso, dedico este trabalho,como
~ 1.
INTRODUÇAO
... .. 2.OBJETIVO
... _. 4.MÉTODO
... ... .. 6.DISCUSSÃO
... .. ~ 7.CONCLUSOES
... ..RESUMO
... _.ANEXO
1 ... ..ANEXO
2 ... ..ANEXO
3 ... ..ÍNDICE
3.LITERATURA
... .. 5.RESULTADOS
... .. . . . . . z z - . . . . . z . ‹ › . . . . . - . . z z . . .. 8.REFERÊNCIAS
... ..NORMAS
ADOTADAS
... ..SUMMARY
... .. . . . . . - z . . . . . . . ...A
Constituição Federal de 1998define
a saúdecomo
um
direito de todos edever
do
Estado, prevê acesso universal e igualitário para suapromoção,
~proteçao e recuperação, e constitui o Sistema
Único
deSaúde (SUS)
:Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada '
e hierarquizada e constitui
um
sistema único, organizado com as seguintesdiretrizes :
I- descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para atividades preventivas, sem
prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidadel
Em
que pese os resultados positivos de tais avanços, o SistemaÚnico
deSaúde,
em
processo de construção, continua a exigirmedidas
quetomem
realidade de fato, e
não
só de direito, os pressupostos que o fundamentam,garantindo à população brasileira atenção à saúde efetiva e de qualidade
(Aguiar, 1993)?
O
incentivo à auto-responsabilidade e à participaçãoda
comunidade
e doscidadãos
no
planejamento,na
organização,no
funcionamento eno
controle daatenção primária à saúde
como
requisitos indispensáveis à otimizaçãodo
atendimento constitui-setambém
em
recomendação da
OrganizaçãoMundial
desaúda
(orvrsapud
Trad&
Basiaa, 1998)?Não
sepode
dizer queo modelo
assistencial quevem
predominando no
Brasil nos últimos anos contemple as diretrizes
acima
referidas.Ao
contrário:volta-se prioritariamente para ações curativas, privilegiando
uma
medicina de2
qualidade de vida da comunidade.
Seu
enfoque biologicistanão
compreende ou
não
consideraadequadamente
as dimensões sócio-econômicas e culturaisenvolvidas
no
processo de adoecerou
morrer das pessoas(SESAB,l996
apud
Trad
&
Bastos, 1998)?O
Programa Saúde da
Família (PSF)em
conjuntocom
oPrograma
de Agentes Comunitáriosde
Saúde
(PACS)
surgecomo
uma
estratégia desubstituição
do modelo
vigente, através deuma
reorganizaçãoda
atenção básica,na
lógicade
vigilância à saúde epromoção
da qualidade de vida, plenamentesincronizado
com
os princípiosdo
SUS
(MS,
20O0)4.Em
documento do
Ministério da Saúde, datado de 1994, oprograma
éassim caracterizado:
ao contrário do modelo tradicional, centrado na doença e no hospital, o PSF prioriza as ações de proteção e promoção à saúde dos individuos e da família, tanto adultos quanto crianças, sadios ou doentes, de forma integral e continua
(Ms,1994)°. .
Criado
em
setembro de 1994, oprograma
seexpande
aos diversos cantosdo
Brasil, colaboradoem
parte pelo relato de diversas experiênciasbem
sucedidasapós sua implantação (Serra, l999)6.
Ao
final de 1999, este já atingia 4.945equipes
em
1.970 municípios4, atualmentecom
10.905 equipesem
3.124mtmicípiosõ,
com
meta
a atingir 20.000 equipes ao final de 20026.Em
estudorealizado pelo Ministério
da Saúde
entre abril e julho de 1999, observou-se que83%
dos municípios quehaviam
implantado oPSF,
ofizeram
entre 1997 e19987, evidenciando o quanto é recente o processo de implantação desta
estratégia. Entretanto a heterogeneidade entre os municípios e a
forma
de implantação de seus programasculminam
com
resultados distintos,conforme
demonstrado por Viana(l998)8, ao definir 3
modelos
de implantaçãodo
programa: Regional, Singular e Principiante.O
primeiro se caracteriza pelodesenvolvimento regional
do
programa, sendo fortemente influenciado poruma
política estadual de apoio a
mudanças
nas práticas assistenciais; o segundodesenvolve tuna experiência singular,
sem
o envolvimento de outras esferas degoverno, e o terceiro se desenvolve de
forma
incipiente e incerta.Segundo
Aguiar (i99s)2z
no que diz respeito à revisão do modelo assistencial, seus limites e possibilidades
estariam vinculados à forma de sua inserção nos sistemas locais de saúde e , neste
sentido, tem sido polemizado justamente porque tanto pode servir a tendências
. simplificadoras, como a motivações de mudanças para gerar resultados mais efetivos do SUS.
Encontramos na
literatura muitos relatos de casos de programas que seaproximam
de “tipos ideais”.Segundo
Bull(l992,apud
Aguiar,1998)2, os “tiposideais” são abstrações purificadas,
em
geral de casos históricos, raramenteencontrados
em
forma
pura nos casos empíricos, sendo construídos inteiramentede acordo
com
leis teóricas que os explicam. Portanto as dificuldades e a realefetividade dos programas conforme os
moldes
correntemente implantadosnão
estão claramente definidos, revelando a importância de sua análise nas suas mais
diversas formas.
Uma
das maneiras iniciais de trabalharmos esta questão éatravés
da
realização de relatos de casos.Neste trabalho escolheu-se o
PSF
do
município de Itapemacomo
objetode estudo. Município litorâneo pertencente ao Estado de Santa Catarina, situado
à
60
Km
da
capital FlorianÓpolis9, éum
dos muitos municípios que seengajaram a esta
nova
estratégia demudança
na
assistência à saúde.A
coexistência
do
PSF
com
omodelo
tradicional de assistência, a falta deum
hospital conveniado ao
SUS
(gerando grandefluxo
de pacientes aos municípiosvizinhos), a suposta implantação
do programa
com
fins
eleitoreiros, a transição4
muitos profissionais, a suposta falta de conhecimento e participação da população
no
sistema de saúde, são algumas circimstâncias que nas primeirasaproximações
com
oprograma
de Itapemachamaram
a atenção por supostamente distanciá-lo doschamados
PSF
“tipo ideais”. Pois é estacaracteristica que influenciou de forma decisiva a escolha deste município para a
realização
do
estudo de caso. Inferindo que tal característicanão
sejauma
exclusividade
do programa
deste município, acreditamos que caracteriza-lodiante de suas. virtudes e defeitos possa trazer tanto informações úteis para
uma
melhor
assistência aos munícipes de Itapema,como também
servir de referênciaAvaliar a implantação e implementação
do Programa
deSaúde da
Famíliano
município de Itapema, detectando suas características mais relevantes.Propor alterações objetivadas a
uma
melhoriada
eficiênciado programa
3.
LITERATURA
3.1
_
SISTEMA
ÚNICO
DE SAÚDE
(SUS)
E
PROGRAMA
SAÚDE
DA
I~¬AMI'LIA (PS1=)~
CONTEXTO
HISTÓRICO
Historicamente, O Sistema de
Saúde do
Brasil caracterizou-se pelo paralelismo entre as ações de saúde pública voltadas à prevenção, e a assistênciamédica
de caráter curativo. Institucionalmente, os cuidados básicos e asatividades de prevenção estiveram a cargo
do
Ministério daSaúde
e SecretariasEstaduais e Municipais, ao passo que a atenção médica-hospitalar era
responsabilidade
do
sistema vinculado à Previdência Social (Aguiar, l998)2.Paim
(l992)l° classifica estesmodelos
como
o médico-assistencial privatistae o
modelo
“sanitarista”.O
primeiro está voltado fundamentalmente ao atendimentoda
chamada “demanda
espontânea”,ou
seja, aos indivíduos queprocuram
por livre iniciativa o serviço de saúde, estando portantona
dependência de seu grau de conhecimento e/ou sofrimento, resultandoem
um
modelo
extremamente excludente.A
organização dos recursos visa ao atendimento destademanda
desorganizada,sem
uma
população definida edesprovida de
compromisso
com
O impacto sobre o nível de Saúde da população.O
modelo
Sanitarista privilegia a realização decampanhas
e programas especiaispara O
enfientamento
dos problemas de Saúdeda
população.Apresentam
geralmente caráter temporário,
requerem
grande mobilização de recursos enão
atingem a integralidade da atenção.
O
Brasil atravessou a década de 80 e 90com
um
crescimentoeconômico
diminuição
do
gasto nos setores sociais, reduzindo os recursos disponíveis paradesenvolvimento e operação dos serviços de saúde (Aguiar, l998)2.
Soma.-se a isto o
fenômeno
de transição epidemiológica,onde
ocorreuma
diminuição da mortalidade por doenças infecciosas eaumento
das doençascrônico degenerativas, ocasionando
um
declíniona
mortalidadecom
um
aumento
damorbidade
(Patarra,l995apud
Viana,1998)8.O
reconhecimento da crise desse modelo,no
âmbito da saúde coletiva,vem
suscitando a emergência de propostas que visam à transformação
do
sistema deatenção
em
saúde (Pai1n,1985apud Trad
&
Bastos,1998)3.A
partir de 1975,quando
a sociedadecomeça
a se mobilizar para exigirliberdades democráticas
no
setor saúde, profissionaisda
área, acadêmicos,partidos políticos, lideranças sindicais e populares iniciaram
mn
processo dequestionamento sobre o sistema nacional de saúde vigente
(SES/SC)“.
Na
metade
dos anos setenta,com
a criaçãodo
Centro Brasileiro de Estudosda Saúde (CEBES),
surge a primeira instituição de caráter nacional quepropunha
organizadamente a democratizaçãodo
acesso à saúdeno
Brasil(reiisbmo
&
Nunes,
2000)”.Médice
(1994,apud
Felisbino&
Nunes,2000)”
coloca que, aomesmo
tempo, fortalecia-se ao nível internacional omovimento
de atenção primária de saúde proposta por entidades internacionaiscomo
a OrganizaçãoMundial da
Saúde
(OMS)
e a Organização Panamericana de Assistência àSaúde (OPAS),
como
solução para resolver os graves problemas sócio-sanitários aque
estavaexposta a maioria
da
população dos paisesdo
terceiromundo.
Em
1978, realizou-seem
Ahna-Ata, Rússia, a Conferência InternacionalSobre
Atenção
Primáriaem
Saúde, apontando a necessidade demudanças
radicais
em
relação às práticas e ao desenho dos serviços de saúde(Ag1úar,199s)2.
8
Com
o agravamento da crise em 1980, o próprio govemo elaborouum
projeto de reorientação global do sistema de saúde, a partir da implantação de
uma rede de serviços básicos de saúde.
Este projeto, o Prev-Saúde, era coerente
com
as políticas fonnuladas paratoda a
América
Latina, voltadas para a atenção básicada
saúde, porém,na época
as pressões corporativas se articularam para impedir a viabilização da
propostau.
Outras propostas e avanços surgiram
como
asAIS
(Ações
Integradas de Saúde) e oSUDS
(SistemaUnificado
e Descentralizado de Saúde).Médice
(1994,apud
Felisbino&
Nunes,2000)”
acredita que asAIS
espelham
o iníciodo
processo de democratização da sociedade brasileira.O
SUDS,
criadono
iníciodo
governo Sarney, funcionoucomo
o principal elemento dedescentralização operacional, administrativa e financeira dos
programas
de saúde entre 1987 e 198912.Pela primeira vez aberta a participação da sociedade, ocorre
em
1986 a 8°Conferência Nacional de
Saúde (CNS),
expressãomáxima
do
movimento
deRefonna
Sanitária Brasileira”, reunindoem
Brasília cerca de4
milrepresentantes de todo Brasil”.
Segimdo
Paim
(1992)1°, nesta conferênciaforam
sistematizados os princípios e diretrizes da
Reforma
Sanitária: conceitoampliado de saúde, reconhecimento
da
saúdecomo
direito de todos e deverdo
Estado, Sistema
Único
de Saúde, participação popular, constituição e ampliaçãodo
orçamento socialm.A
Assembléia Constituinte de1986
a1988
iriaconsubstanciar o jogo de forças nesse terreno, sendo que as propostas retiradas
da
8°CNS
são incluídasna
Constituição Federal”.A
Constituição brasileira de1998
introduziumodificações
expressivas esignjficativas
no fimcionamento do
sistema de saúdecom
a criaçãodo
Sistemadetalhamento e ajustamento
em
termos de princípios, proposições e estratégias,inclusive porque vários problemas se colocaram para sua operacionalização,
como
o financiamento das ações de saúde, as fonnas de articulaçãopúblico/privado e a resistência
do
antigomodelo
assistencial (Viana,1998)8.Chamamos
de reforma incrementalcomo
um
conjunto demodificações no
desenho e operação da política. Estas
podem
ocorrer nas formas de organizaçãodos serviços, nas modalidades de alocação de recursos e formas de remuneração
das ações de saúde e
no modelo
de prestação de serviços.A
reforma incrementaldo
SUS
foi iniciada nos anos 90com
a criação da Lei Orgânica deSaúde
evárias portarias e
nonnas
emitidas pelo Ministéno daSaúde
-
asNonnas
Operacionais Básicas
(NOBS). Dessa
forma, oPSF
se constituiem'
uma
estratégia de reforma incremental
do
sistema de saúdedo
Brasil, tendoem
vistaque
oprograma
aponta paramudanças
importantesna
forma deremuneração
das ações de saúde (superação da exclusividade
do pagamento
porprocedimentos), nas formas de organização dos serviços e nas práticas
assistenciais
no
plano local, e, portanto,no
processo de descentralização (viene,199s)*.A
fonnulaçãodo Programa
deSaúde
da Família (PSF) ocorreuno
govemo
Itamar Franco,
quando assume
o Ministério daSaúde
o Dr. -Henrique Santilho.O
evento quemarcou
a concepção oficialdo
PSF
foiuma
reuniãoem
Brasília,em
âezembre
de 1993 (Aguiar, 1998)?Conforme Viana
(1998)8podemos
afirmar que oPACS
influenciou defonna
decisiva a criação e as bases
do
PSF. Criadoem
1991, oPACS
introduziu oenfoque de assistência à família (e
não
somente ao indivíduo), anoção
de áreade cobertura, a visão ativa de intervenção
em
saúde e a integraçãocom
acomunidade, todos pontos essenciais
no
PSF.Com
o
êxitodo
PACS,
a expansãodo programa
a outros tipos de profissionaistomou-se
urna reivindicação dos10
certo esgotamento
do “modelo”
e a necessidade deuma
proposta que ampliassea capacidade resolutiva dos agentes. `
O
PSF
oficialmente foi criadoem
setembro de 1994, inseridona Fundação
Nacional de Saúde.O
financiamento desse periodo é o convêniofirmado
entreMinistério
da
Saúde, estados e municípiosg.Em
1995,na
gestãodo
MinistroAdib
J atene, oPrograma
foi transferido para a Secretaria de Assistência àSaúde
(SAS),rompendo
com
a idéia deprograma
vertical operado através de convênio.Em
1996 cria-se aNOB/96,
onde
é instituído o Piso Assistencial Básico(PAB),
destinado a procedimentos e ações de assistência básica, definido pela multiplicação deum
valorper
capita nacional pela população de cada município(de acordo
com
oIBGE).
Também
prevêum
adicional percentual variável por grupo de população coberta pelosProgramas
daSaúde
da Família (PSF) e deAgentes
Comimitários deSaúde
(PACS)14.Em
relação ao investimento, oprograma
foi incorporado, ainda, ao projetoREFORSUS,
do
Banco
Mundial,onde
são privilegiadas as unidades básicas desaúde
do
PSF
para os investimentos financiados por esse projetos.Ocorre, então, a partir de
meados
dos anos 90,uma
acelerada difusão eadesão progressiva ao
PSF
por parte dos municípios,como
resposta amecanismos
indutores explicitamente formuladosna
legislação vigente (Aguiar,1998)? ~
Como
objetivo geral,o Programa
pretende melhorar o estado de saúdeda
população através de
um
modelo
de assistência voltado à família e à comunidade, que inclua desde a proteção e apromoção da
saúde até aidentificação precoce e o tratamento das doenças
(MS,1993 apud
Aguiar,1998)2,além
de contribuir para o redirecionamentodo modelo
assistencial a partirda
3.2
-
SISTEMA
ÚNICO
DE SAÚDE
(SUS)
E
PROGRAMA
SAÚDE
DA
PAMÍLIA
(PSP)SUAS LEGISLACCES
O
SistemaÚnico
deSaúde
estabelecido pela Constituição Federal de1988
eregulamentado pela Lei Orgânica n° 8.080/90,
tem
seu processo deimplementação realizado através das
Nonnas
Operacionais Básicas(NOB”s)
ePortarias emitidas pelo Ministério
da
Saúdeg.As
Nomias
Operacionais Básicas,a partir
da
avaliaçãodo
estágio de implantação edesempenho do
SUS,
sevoltam, mais direta e imediatamente, para a definição de estratégias e
movimentos
táticos, que orientam a operacionalidade deste Sistema”.As
condições de gestão financeira dos municípios são assim definidasna
Nonna
Operacional Básicado
SUS
(NOB
-
01/96)14:As condições de gestão, estabelecidas nesta NOB, explicitam as responsabilidades do gestor municipal, os requisitos relativos às modalidades de gestão e as prerrogativas que favorecem o seu desempenho.
A
habilitação dos municípios às diferentes condições de gestão significa a declaração dos compromissos assumidos por parte do gestor perante os outrosgestores e perante a população sob sua responsabilidade.
A
partir desta NOB, os municípios podem habilitar-se em duas condições:z)
GEsTÃo PLENA
DA
AIENÇÃo
BÁSICA; eb)
GESTÃO PLENA
Do
SISTEMA
MUNICIPAL.Os municípios que não aderirem ao processo de habilitação permanecem, para
efeito desta Norma Operacional, na condição de prestadores de serviços ao
Sistema, cabendo ao estado a gestão do SUS naquele território municipal,
enquanto for mantida a situação de não-habilitado.
A
Gestão Plena deAtenção
Básica Êo
tipo de gestão na qualo
município recebe deforma
regular e automática, os recursos financeiros para prestar12
de Vigilância Sanitária e ações de Epidemiologia e controle de doenças.
O
município gerencia todas as unidades básicas de saúde
em
seu território e recebe recursos financeiros por habitante/ano.A
Gestão Plenado
Sistema Municipal éo tipo de gestão
na
qual o município recebe de forma automática, os recursosfinanceiros para prestar ações e serviços de Assistência Ambulatorial e
Hospitalar. Envolve o planejamento, controle e avaliação,
com
gerenciamentode todas as unidades ambulatoriais .básicas especializadas e hospitalares,
públicas
ou
privadas, vinculadas aoSUS em
seu território”. .A
habilitaçãodo
municípioem
alguma fomia
de gestão é requisito para a suainserção
no Programa
daSaúde
da Familia, conforma item 6do
Anexo
II daPortaria n° 1.886/9715
do
Ministérioda
Saúde.O
custeio da esfera federal para a atenção básica é realizado pelo Piso deAtenção
Básica(PAB)
criado naNOB/96,
em
seu item l2.l.l:O PAB
consiste emum
montante de recursos financeiros destinado ao custeiode procedimentos e ações de assistência básica, de responsabilidade tipicamente municipal. Esse Piso é definido pela multiplicação de
um
valor per capita nacional pela população de cada municipio (fomecida pelo IBGE), e transferido regular e automaticamente ao fimdo de saúde ou conta especial dos municípios e,transitoriamente, ao fimdo estadual, conforme condições estipuladas nesta NOB. As transferências do
PAB
aos estados correspondem, exclusivamente, ao valorpara cobertura da população residente em municípios ainda não habilitados na forma desta Nomia Operacional.
A
Portaria n° 1.882/9716 estabeleceem
seu artigo 2° que oPAB
serácomposto
deuma
partefixa
destinada à assistência básica e «deuma
partevariável relativa a incentivos para o desenvolvimento de ações
no
campo
A
parte variável doPAB
destina-se a incentivos às ações básicas de Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica e Ambiental, à Assistência Famiacêutica Básica, aos Programas de Agentes Comunitários de Saúde, deSaúde da Família, de Combate às Carências Nutricionais, e outros que venhama
ser posteriormente agregados e será definida com base em critérios técnicos
especificos de cada programa. i
Parágrafo 1°
O
incentivo ao Programa de Agentes Comunitários de Saúde ePrograma de Saúde da Família consiste ao montante de recursos financeiros
destinado a estimular a implantação de equipes de saúde da família e agentes comunitários de saúde, no âmbito municipal, reorientando práticas, com ênfase
_ nas ações de prevenção de doenças e promoção da saúde.
A
grandevantagem do
PAB
é dissociar a produçãodo
recurso,ou
seja, omunicípio recebe o recurso independente
do
quantitativoda
produção. Para oPrograma Saúde
da Família, a Portaria 1.329/99, estabelece que, de acordocom
a faixa de cobertura da população, os municípios
passam
a receber incentivosdiferenciados, detalhado
no Quadro
I:Quadro
I : Valoresdo
Incentivo Federal aoPSF
de acordocom
afaixa de cobertura populacional
Valor do Incentivo/Equipe/ano [R$1 0 z 4,9 23.008 5 z 9,9 30.ós4 10a 19,9 33.360 20 z 29,9 38.520 30 z 39,9 41.220 40 z 49,9 44.100 50 z 59,9 47.160 óo z 09,9 50.472 9 70 e mais 54.000
Fome z Ministério da saúde (2o0o)”
Classificação das Faixa de Cobertura Faixas de Cobertura Populacional
em
%
14
Existe
também
um
incentivo adicional para a implantação de novas equipes,num
valor deR$
10.000,00/equipe, pagosem
duas parcelas.Essa diferenciação nos valores dos incentivos se deve ao fato de que quanto
maior o
número
de pessoas cobertas pelo PSF, maior seu impacto”.Como
nem
todos os municípiospossuem
capacidade plena instalada paraprestação de serviços especializados
como,
por exemplo, algtmsexames
dediagnostico e terapias, os' usuários do sistema
devem
se ao municípiovizinho para receber estes serviços.
O
planejamento e a gestão financeira, nestescasos, deve ser realizada através de
uma
pactuação entre gestores municipais e,quando
necessário,também com
o gestor estadual, para que o cidadãonão fique
sem
atendimento pornão
existir o serviçoem
seu município de origem. Estaarticulação é
denominada Programação
Pactuada Integrada (PPI),um
importanteinstrumento de planejamento
no
processo de pactuação intergestores.Quando
um
município faz run pactona PPI
e passa a atender,em
Lunaou
mais unidadesda sua rede de saúde a população de outra cidade, seu teto financeiro e o da
outra cidade são alterados, porque os acordos
definem
queum
municípioou
Estado que forneça
um
serviço a outro, receba opagamento
pelo serviçoprestado”.
A
Emenda
Constitucional n° 29, de setembro de 2000,define
a cota dareceita municipal e estadual a ser investida
no
setor saúde:- aos municípios: a partir de
2000 não pode
ser aplicadomenos
de7%
daarrecadação líquida de impostos e até
2004
deve ser atingido o patamarmínimo
de15%;
'- aos Estados e Distrito Federal: a partir de
2000 não pode
ser aplicadomenos
de7%
da
arrecadação líquida de impostos e até2004
deve seratingido o patamar
mínimo
de12%.
A
participação popular nas decisões das políticas de saúde é garantida desdeuma
das diretrizesdo
SUS
a Participação daComunidade.
Na
Lei 8.142/90, Art.1°, inciso II, parágrafos 2° e 4°
fica
instituída a criaçãodo
Conselho de Saúde.Esse artigo diz :
O
Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiadocomposto por representantes do governo, prestadores de serviços, proñssionais de saúde e usuários, atua na fomrulação de estratégias e no controle da execução da
política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legahnente
constituído em cada esfera de govemou.
Quanto
aoPrograma Saúde
da Família, suasnonnas
e diretrizes são definidasna
Portaria n° 1.886/97,Anexo
II.Em
seu item 9 encontramos os aspectos quecaracterizam a reorganização das práticas de trabalho nas unidades de saúde
da
família:Caráter substitutivo das práticas tradicionais das unidades básicas de
saúde, complementariedade e hierarquização;
Adscrição de população/territorialização;
Programação
e planejamento descentralizados;Integralidade
da
assistência;Abordagem
multiprofissional;Estímulo à ação intersetorial;
Estímulo à participação e controle social;
Educação
permanente dos profissionais das equipes de saúdeda
farnília;Adoção
de instrumentos pennanentes deacompanhamento
e avaliação.Confonne
estamesma
Portaria aUnidade
deSaúde da
Família é assimconfigurada
:Consiste
em
unidade ambulatorial pública de saúde destinada a realizarl6
multiprofissional. Desenvolve ações de
promoção,
prevenção, diagnóstico~
precoce, tratamento e reabilitaçao, caracteristicas
do
nivel primário deatenção, tendo
como
campos
de intervenção o indivíduo, a familia, oambulatório, a
comunidade
e omeio
ambiente.- Configura-se
como
o primeiro contato da populaçãocom
oserviço local
de saúde,
onde
se garanta resolutividadena
sua complexidadetecnológica, assegurando-se referência e contra-referência
com
osdiferentes niveis
do
sistemaquando
é requerida maior complexidade para- resolução dos problemas
identificados.
A
Equipe deSaúde da
Família (ESF)pode
ser responsável,no
âmbito deabrangência de
uma
unidade de saúde da família, poruma
áreaonde
resida,no
máximo,
1.000 (mil) familiasou
4.500 (quatro mil e quinhentas) pessoas e deveser
composta minimamente
pelos seguintes profissionais: médico, enfermeiro,auxiliares de
enfennagem
e agentes comunitários de saúde (na proporção deum
agente para,
no máximo,
150 famíliasou 750
pessoas)16.Nesta
mesma
portaria são definidas as responsabilidadesdo
município 2- Conduzir a implantação e a operacionalização
do
PSF como
estratégia de
reorientação das unidades básicas de saúde,
no
âmbitodo
sistema local desaúde; c
- Inserir o
PSF
nas ações estratégicasdo
Plano Municipal de Saúde;- Inserir as unidades de saúde da família na
programação
fisicofinanceira
ambulatorial
do
municípiocom
definição de contrapartida de recursosmunicipais;
- Eleger áreas para implantação das unidades de saúde da
familia,
priorizando aquelas
onde
a população está mais exposta aos riscos sociais,selecionar, contratar e remunerar os profissionais que integram as equipes
- Monitorar e avaliar as ações desenvolvidas pelas unidades de saúde da
família, através
do
Sistema de lnforrnação daAtenção
Básica (SIAB),ou
por outro instrumento de monitoramento, desde que alimente a base de dadosdo
sistema preconizado aoprograma
pelo Ministério daSaúde
(S1AB);- Utilizar os dados gerados pelo sistema de informação para definição de
atividades prioritárias
no
processo deprogramação
e planejamento dasações locais; _
-- Apresentar sistematicamente a análise dos dados
do
sistema deinformação e de outros
mecanismos
e/ou instrumentos de avaliação aos conselhos locais e municipais de saúde;- Garantir a infra-estrutura e os insumos necessários para resolutividade das
unidades de saúde
da
familia;- Garantir a inserção das Lmidades de saúde da família
na
rede de serviçosde saúde, garantindo referência e contra-referência aos serviços de apoio
diagnóstico, especialidades ambulatoriais, urgências/emergências e
intemação hospitalar.
A
partir de 01 de janeiro de 2001 entraem
vigor a Portarianúmero
1.444, de28
deDezembro
de 2000, visando a ampliaçãodo
acesso da população brasileiraàs ações de
promoção,
prevenção e recuperaçãoda
saúde bucal. Esta Portariacria o Incentivo de
Saúde
Bucal para o financiamento de ações eda
inserção deprofissionais de saúde bucal
no
PSF.Os
valoresdo financiamento
e acomposição
das equipes é definidoem
seu Art. 3° :Art. 3° Os municípios que se qualificarem às ações de saúde bucal reberão incentivo financeiro anual por equipe implantada, de acordo
com
a18
Modalidade I -
Um
cirurgião dentista eum
atendente de consultóriodentário
- R$
l3.00,00 (treze mil reais);Modalidade II -
um
cirurgião-dentista,um
atendente de consultório dentário eum
técnico de higiene dental- R$
16.000,00 (dezesseis milreais).
Para cada equipe de saúde bucal a ser implantada, deverão estar implantadas
duas equipes de saúde
da
família.Cada
equipe de saúde bucal deverá atenderem
média
6.900* habitantes.O
municípiotambém
recebeuma
quantia adicional deR$
5.000,00 por equipe implantada para aquisição de instrumental eequipamentos odontológicos.
S
Assim
listamos as características mais importantes referente à legislaçãoorientada ao Sistema
Único
deSaúde
e aoPrograma Saúde da
Família,consideradas essenciais
no
processo de avaliação proposto por este trabalho.3.3
_
ITAPEMA
zO
MUNICÍPIO
E
SEU
PROGRAMA
Município
do
litoral catarinense, distante60
Km
de Florianópolis, Itapemapertence à região
do
Valedo
Itajai, localizadoem uma
baía e cercado porramificações
da
Serrado Mar,
apresentando mais de 7Km
de orla marítima. Frutoda
colonização açorianado
século XVIII, o município é fundadoem
21 defevereiro de 1962. '
Durante vários anos a pesca foi a principal atividade geradora de recursos ao
município, porém, nas últimas décadas, devido a sua localização e aspectos
naturais (principalmente nos bairros Centro e
Meia
Praia), a exploração tun'sticatomou-se
a sua principal atividade econômica. Durante0
períododa temporada
empregos
(formal e informal) para a população,em
decorrência da abertura debares e restaurantes, locais de lazer e divertimento, prestadores de serviços e
comércio
em
geral (tendocomo
destaque a atividade imobiliária de locação evenda
de imóveis).No
período de baixatemporada
(de abril a outubro) destaca-se o
ramo
da
construção civil que, além de ser a principal fonte empregadora,gera o comércio e a indústria a ela relacionados.
Encontramos
ainda cerca de220
famílias quevivem da
agricultura, divididasentre os bairros Sertãozinho,
São
Paulinho, Areal, Sertãodo
Trombudo
e Ilhota.Quanto
a atividade pesqueira, esta ocorre nos bairrosCanto da
Praia e Ilhota,onde
cerca de 150 famíliasdependem
diretamenteda
pesca para suasobrevivência.
Segimdo
dadosdo
IBGE
200018, Itapema apresentauma
população total de25.857 habitantes, sendo que destes, 24.769 habitam
em
área urbana e apenas1.088
em
área rural. Durante o periodo de altatemporada
acredita-se que estapopulação chegue a cerca de 250.000 pessoas (Secretaria de Planejamento
Municipal de Itapema,2000).
A
taxa de crescimento anual atingeum
valorrecorde de
9,14%
ao anolsem
decorrência deuma
grande migração, tantoestadual quanto interestadual, de pessoas que aqui
chegam
a procura deemprego
e melhores condições de vida. Entretanto, nos últimos 5 anos, devido a
uma
queda
importante nos índicesda
construção civil (a principalempregadora
demão
de obranão
qualificada durante a baixa temporada) acredita-se que a taxade
desemprego
tenha crescido substanciahnenteno
município,porém
não
encontramos dados que
confinnem
tal afirmação.Quanto
a educação, a rede local de ensinocompreende
13 escolas públicas municipais, 2 escolas estaduais, 1APAE,
8 instituições de ensino particulares (jardins e escolas) e 1Campus
Universitárioda
Univali(com
3 cursos de nívelsuperior
com
um
totalde
150 matriculados).Segtmdo
dadosdo
SIAB
(2000)19,20
A
média
salarial de80%
dos trabalhadoresdo
município oscila entreum
etrês salários mínimos.
Apenas
6,24%
dos habitantes apresentamalgum
plano de saúde”.Em
relação à infra-estrutura municipal, sabemos, conforme dadosdo
SIAB
(2O00)l9, que
84,32%
das moradias apresentam rede pública de abastecimentode água, a coleta pública de lixo ocorre
em
98,02%
das moradias,como também
98,84%
delas apresentam energia elétrica e88,85%
utilizam fossacomo
destinodo
esgoto,não
existindo sistema de esgoto municipal. .Na
área da saúde, o município apresenta Gestão Plenaem
Atenção
Básica, pertencente à Regional deSaúde
de Itajai.A
rede pública de saúde apresenta 6unidades sanitárias, distribuidas nos bairros Centro, Morretes,
Meia
Praia,Sertão
do Trombudo,
Ilhota e Sertãozinho. Apresentatambém
uma
ambulância.A
rede privada éfonnada
por 5 consultórios de medicina geral, 2 consultórios depediatria, 2 consultórios de ofialmologia, 4 laboratórios de análises clinicas e 10
consultórios odontológicos.
A
rede hospitalar éformada
porum
hospital privadocom
27
leitos.Atuahnente, a rede municipal recebe
como
verba federal destinada à saúde,um
montante mensal deR$
52.632,07 (referente à março/2001)”, divididoda
seguinte maneira :
-
PAB
fixo
-
R$
17.225,00;-
PACS
-
R$
7.333,03;-
PSF -
R$
22.500,00;-
Programa
Vig. Sanitária-
R$
430,60;- Incentivo às
Ações Comb.
Car. Nutricionais-
R$
787,50;
- Farmácia Básica
-
R$
1.722,42;Na
administração municipal atual encontra-se o prefeito Clóvis José da Rocha, pertencente aoPFL
(Partido da Frente Liberal), que assumiu o cargoem
01 de janeiro de 2001.
Em
relação aoPrograma Saúde
da Familia, este foi implantado a partir dejunho
de 2000, na administraçãodo
prefeito anteriorMagnus
Francisco A.Guimarães,
do
PDT
(Partido Democrático Trabalhista). Foi implantado conjuntamentecom
oPrograma
de Agentes Comunitários de Saúde, a princípiocom
4 Equipes deSaúde
da Família (ESF), cadauma com
1 médico, lenfermeira, 2 auxiliares de
enfermagem
e 8 agentes comunitários de saúde.Foram
escolhidos os bairros periféricos para a implantação das equipes iniciais,com
a seguinte população estimada :-
Unidade do
bairro Morretes: 921 famílias
ou
3.686 pessoas;*-
Unidade do
bairro Tabuleiro: 1.421 familias
ou
4.263 pessoas (cobreos bairros Tabuleiro, Sertão
do
Trombudo
e Vársea);-
Unidade do
bairro Sertãozinho:
998
familiasou
3.992 pessoas (cobreos bairros Sertãozinho, Alto
São Bento
e Areal);-
Unidade
do bairro Ilhota:
748
famíliasou
2.994 pessoas (cobre osbairros Ilhota e
Canto
da Praia).i
Com
o incentivo federal deR$
50.000,00 referente a implantaçãodo
PSF, foiconstruído
uma
quinta unidade de saúde da fanríliano
bairroMeia
Praia, duranteo ano 2000, passando a
um
total de 5 Equipes deSaúde da
Família naquelemesmo
ano.Durante todo o período de existência
do programa
muitasforam
asmudanças
ocorridas
em
nivel gerencial e de recursoshumanos,
porém
manteve-se atuante efimcionando
plenamente até os dias atuais, e será objetode
estudo deste trabalho.4.
MÉTODO
Este trabalho se constitui
em
um
estudo de casodo
Programa Saúde
daFamília (PSF)
no
município de Itapema, realizadocom
baseem uma
abordagem
descritiva.A
fase inicial de desenvolvimentodo
trabalho consistiuem
formarum
relatório que espelhasse o
programa
em
suas características mais importantes.Baseado
em
pesquisa bibliográfica e docu1nental4”5'6'7'8'2°, fonnulou-seum
questionário
(Anexo
1) que visa a obtenção de dados necessários auma
avaliação inicial
do
programa. Parachegarmos
às suas respostas, osmeios
utilizados foram os seguintes :
1) Entrevista a infonnantes-chave2*8, a saber :
1.1. Entrevista
com
a atualCoordenadora
Municipaldo
PSF
do
mimicípio (Walkiria Pinto de Azevedo);1.2. Entrevista
com
o Diretor Financeiroda
Secretaria Municipal deSaúde do
municípiodo
ano2001
(Juarez César Pereira);1.3. Entrevista
com
oCoordenador
Mimicipaldo
PSF
do
municípiodurante o ano
2000
(Pedro Paulo Bertemes);1.4. Entrevista
com
o
diretor de cadaEquipe
deSaúde
da
Família (ESF)do
município.Obs. : Estas entrevistas
foram
realizadas entre abril emaio
de 2001.2)
Obtenção
e análisedo
Projeto de Implantaçãodo
PSF
do
municípiog;3)
Obtenção
e análise dos dadosdo
SIAB
(Sistema de Informaçõesem
Atenção
Básica)do
município, referente aosmeses
de agosto/2000 amarço/200119;
5) Pesquisa
em
base de dadosIBGE
200018;6) Pesquisa
em
base de dadosda
Secretaria Estadual deSaúde
de SantaCatarinazl.
Após
a obtenção das respostas ao questionário, fonnulou-se o relatórioacima
citado, e diante deste, iniciou-se o processo de avaliação
do
programa.Tomando-se
por base asnormas
para implantaçãodo programa
preconizadaspelo Ministério da Saúde4 e pela Secretaria de Estado
da
Saúde
de Santa Catarina”,além
de outras referências8”13'2°, buscou-se evidenciar característicasrelevantes encontradas
no
PSF
deste municipio.A
etapa seguinte consistiuem
formular estratégias direcionadas a alterar asimperfeições encontradas
no
programa,no
intuito de melhorar sua eficiência.Nesta
etapa,além
das bibliografias utilizadasna
etapa anterior, é acrescido aRevista de
Saúde
da Famíliaó,onde
encontramos exemplos de municípios que obtiveram resultados excelentescom
a implantaçãodo
PSF, utilizando-se destas5.
RESULTADOS
Itapema, pertencente ao Distrito Sanitário de
Blumenau
e Regional deSaúde
de Itajaí, encontra-se habilitadono
SistemaÚnico
deSaúde na
Gestão Plenada
Atenção
Básica.Sua
localização geográficano
Estado de Santa Catarina está demonstradano
Anexo
2.Segundo
censodo
IBGE,
realizadono
ano de 2000, sua população atual é de 25.857 habitantes,com
Luna taxa de crescimento anual de 9,14%. Apresentandouma
área total de 87Kmz,
sua densidadedemográfica
atinge297
habiiaazasxzaz.seu
PAB
fixa
aaaai parazooi
é daRs
2oó.7oo,oo,zaasúaúaàa
mn
valorper
capita deR$
7,99 ÍAo
adicionarmos os valoresda
parte variáveldo
PAB,
constituídos dos valores de incentivo aoPSF
(Programa deSaúde da
Família),
PACS
(Programa de Agentes Comtmitários de Saúde), VigilânciaSanitária, Carência Nutricional
(SISVAN),
Farmácia Básica e Epidemiologia eControle de Doenças, programas estes existentes
no
município, o valorper
capita de transferência de recursos federais atinge o montante de
R$
24,42.As
principais causas de óbitosno
município, durante oano
de 1998, sãodemonstradas
na
Tabela I.i
Tabela
I - Principais causas de óbitos(%
do
total de óbitos)-no município deItapema, e sua relação
com
o Estado de Santa Catarina e Brasil durante o ano de1998.
Causas Itapema Santa Catarina Brasil
Doenças do Ap. Circulatório 28,8 29,0 27,6
Neoplasias 22,9 15,0 1 1,9
Causas Externas 18,6 1 1,5 12,7 '
Fonte 1 SIM/SINASC
Os
coeficientes de mortalidade, durante oano
de 1998, de algumas causas selecionadas são demonstradasna
Tabela II:Tabela
II5
Coeficiente de mortalidade (óbitos/100.000 habitantes) de algumascausas selecionadas, referente ao ano de 1998,
do
município de Itapema, Estado de Santa Catarina e Brasil.Causas Itapema Santa Catarina Brasil
Infarto Agudo do miocárdio 46,2 39,5 35,8
Doenças cerebrovasculares 71,8 58,4 51,6
Diabetes mellitus 20,5 17,9 17,5
Acidentes de transporte 61,5 28,4 19,2
Fonte: SIM/SINASC
A
porcentagem da
população intemada duranteo
ano de 1999 foi de 5,8%,enquanto
no
Estado de Santa Catarina estanúmero
é de8%
eno
Brasil 7,3%.As
principais causas de intemação hospitalar neste
mesmo
ano estão demonstradas26
Tabela
III-
Principais causas de internação hospitalar(%
das internações)do
município de Itapema durante o ano de 1999.
Causas Itapema Santa Catarina Brasil
Gravidez: parto e puerpério 36,5 22,4 25,7
Doenças do aparelho respiratório 23,3 18,7 16,5
Doenças do aparelho digestivo 16,8 9,3 8,4
Fonte: SII-I/SUS
No
ano de 1999, a rede ambulatorialda
Secretaria Municipal deSaúde
obteveuma
taxa de 1,3 consultas/habitante, enquantono
Estado de Santa Catarina estenúmero
foi de 1,1 consultas/habitante eno
Brasil de 1,2consultas/habitante.
O
Programa
deSaúde da
Familiado
município de Itapema inicia suasatividades a partir de junho/2000, após elaboração
do
projeto e sua aprovaçãojunto ao
Conselho
Municipal de Saúde.Foram
implantadas4
Equipes deSaúde
da
Família (ESF) nas regiões demenor
nivel sócio-econômico eonde
supostamente estariam os maiores índices de morbimortalidade, sem, entretantohaverem
dados confiáveis para justificar tal escolha. ~O
município recebe a quantia deR$
50.000,00 referente ao incentivo federalà implantação das Equipes de
Saúde
da
Família. Este valor,pago
em
duasparcelas nos
meses
dejtmho
e julho de 2000, transferido aoFundo
Municipal de Saúde, foi destinado à construção deuma
nova Unidade
deSaúde no
bairroMeia
Praia, passando o município a apresentar 5 Equipes deSaúde da
Familia(ESF),
ficando
apenas a regiãodo
Centrosem
cobertura pelo programa.Sua meta
inicial era atingir cerca de 4.088 familiasou
14.935 pessoas,o
quecobriria
74,36%
da
população* .Após
o cadastramento das famílias, realizado*
pelos agentes comunitários de saúde (ACS), havia
um
total de 15.774 pessoas cobertas pelo programa, o que totalizava78,53%
de cobertura populacional.Durante o
mês
de junho/2000 foi realizado treinamento introdutório aosmédicos
e enfermeiros atuantesno
PSF, realizado pela Regional deSaúde
deItajaí.
É
transferidoda
esfera federal, mensalmente, durante o 2° semestre de 2000,o
montante deR$
22.500,00 referente aoPSF
eRS
7.333,00 referente aoPACS,
recursos estes que
mantiveram o
setor saúde atuante neste. período, pois ogoverno mimicipal passava por intensa dificuldades orçamentárias e apenas os
fimcionários vinculados ao
programa
estavamcom
seus saláriosem
dia.Mesmo
assim muitas alterações ocorreram,
como
a troca freqüente de médicos,enfermeiros e principalmente
ACS, como também
a transferênciada
ESF
do
bairro Tabuleiro para o bairro Sertão.
Atualmente o
Programa
deSaúde
da Família estácomposto
por 5 Equipes deSaúde da
Família (ESF), localizadas nos bairros Ilhota, Sertão, Sertãozinho,Morretes e
Meia
Praia. Suas localizações e abrangência territorial sãodemonstradas
no
Anexo
3.A
distribuiçãodo
número
de habitantes cobertos por cadaESF
é demonstradaFigura
128
Distribuição do
número
de habitantes cobertos por cada Equipede Saúde da Família do município de Itapema no ano de 2001
W
q , › -› if" ' fv'-z: '_;'=›*, ';srfz'.v.v¡;;r “§‹'-".t',¶~'*;a'Ye'$:‹ë kz ' .arvân x;-'^›>¬:{1-'r; ` '~'‹ 5 ç-,.`>';-*_-K-'›'‹J~ zr .,.zz¿¿¿& 1% .ç ,,.- ¿z¿.¿xz.W .i-,«z,¿;,.¿; 4--:«.‹» fz» l‹== '›'~'*-«ef«z‹..~z;==;=f»«wr~;›:*1»'w»»ê. 1,fz‹~..» ,+›‹â¬~f-_à «zz«.:.: =>“ fe «I mea» -
.»› . ‹»¬›., -,»-_. . _» â 4- mm m .«- '~'›.:‹ vz» -MX-Ml ~«<<-~ ri-.›ê‹¬z›§\~1i€z‹z¬'z...+....››'› \».-.›.~,@‹z›\ -›- ¬› .zz-ø ‹- fz 1- it ~ \5, N .›.›_z¢.._.z»‹.'‹.“›~f.^/>‹.‹×¢› tw .\
tz.: 3-Q -,H ›, .=›,S›_.z@w››..,,~ « z«..»,..5-'=.-.;.~§,q\..«,_-l,,m -»z.,...»:»§.-. :«.\\¬. ›z -z.s.,s;.‹.._..× Jzzw rz*:›._.z..; ...N ‹rrL‹.¬ ...¡~ ›-=zz;›¬ . âvzzwz-., ~‹.»z\.- r- v›‹z._§«.›.<~‹\-.é››¿*‹.- .-*A- -z-f'-íâ . .,
f.›£z¡š' ‹_f~,-meääP1'-zé:zâ@í¡›“1f@*%š-zzaãaw- ,<çêt¢;šâ=›'*z-iai-zw'í§>,‹'Lš*§fi'Y=à2zE;1:;w1'eÉ44§:‹,\;zz;L‹›¶5âa$;;¿â<ê' g.g§,~¬~¬`ê»z1=-,fÃ*~;âz.a§»§.‹= «~,z,~‹-~zz-_›¿›:)*~"š,=â:,<»'=*1'z^z‹:›äwêü z:'a.§_l.›V
_
.›¢-f\z':l*-*3flÂ×\=. =-*=>~:1>Y'=.€¡\1\›ÍÉ$'¿.‹›} z1:*.‹l.y.x:'<.~:.z.¬_~zz4 »;z°Êi.fê‹¢“31=f'-¬¡:»*w~'!r£¡áv1*i:+”ê»::¿*~ f‹:x‹m~‹.-:'::-"'.-¿èë‹xz^.qá~>-gizzúztr v›-z.¬- -"z'-Qggl ~‹~'=:'-z›”¬'-‹.>z- =r¬:5z'.'›"1s1zzz<-, =..~ ^‹ zz
z+.~;:lz:f.‹›ãf^1^¢.~=^-Wflâzzfífi-âx‹«'fffàfzzácza .-*zw,.-‹¢rz×›,;;<ê*'‹*.#z;z3;'f;›â›..¿.mà>;âz-z«¿››u«z1 _‹¿ë‹,.›¿zg.¿-z.â»z_›- rf
'
rtšø
¬"z=â¬*-:I '41 'r-);_=z:=?›';^,=<;,~ ¿;¿¿z'.>-~z;f‹,f›,.=¿;r-:fí¶z'\; pyéƒ-»¿›;. em tz, ¬z.<:T;2"`r"`ví*^.?-¬=¬r_1,>›<:z= ,v_.~1:;-,.- oa: wi "z °›~_,‹z.-‹_.â'= z*:"'.‹›f~_~`^'_¿z:›¡‹. gw*-¢_-i
'
-', ›I-;L:-.:.¡-za.,-¿,~;¿_,._f; .- _. 1 - ..w..‹:. `f:z' '-'zf..<za-\::'..$«»1 -nz -
só..-'.‹. ,z ,§‹1- .f`-:'f*.*; - .z.f‹¬ z¬_<'f; ~:*2"=z_zr.*fá_.--.',=.; ¬.â','.›-;='‹;* :~-.-Leg. 2,2 a . ‹¡
f .:«,›.›z._.¡,¡z ›t.ë‹.››..Y››¿;¡â.- .›,- ,z §'~ - -'z;‹'â_:~›f›. :-..-.~Yf.e:1‹3f.-.-.-<\';31w'=~_§i¿=;' =z‹::.â-.z=sz-_)-fzr9,›z~.#,_"›z,‹.:›zš ‹âf¡#z.~.,‹‹1‹:- ›»r«;>ë`f-*I,=›1`¡ .z.rffšãâÂíšš-zšJ§\r,1zêzz2z.›¿z af -.ze-zzr ›
fig.:. -* » *. ' ~~ ' *í~=..=z'-..=‹'-›-wzz:~‹ún¬':'2: *›..'~;-'~'-›2‹.: Q: ›,`-¬'¬z:»=.. -~‹-..'.~f›¿~.~ 4. HA * š‹\-t».=z.'~›:-.-;=7rh:-¡la~1.l.if '!.z§¬.- ' -' ` H-2 "š-*<1'-“\jz"f='f\~'*,- ãàr `ê‹=›à'‹ÍÍfi¡*~¬¬' z§:*zs'f'.'â\*”§l¡'fà§?`3‹§;/Íf**šY\~”§i**;f5-'‹~f¬z-‹%§§:z@ÉÊ~zɧš93>*i i›;'š;z1,~§ ZSCXX) âzf: Í'-É ~_ noz;-›_ `-wizàfãf. išè' ‹~.v..É_ë=1¿}* Número de Habitantes ré
É
,ô_,;.,,,_,.¿,, 'T`z:','l'§Í¡1,-. - -' =.» ~.~› ¬.z'ç»rf'‹f.,\_\z ›~_;ç r^f¬,<àr.'‹~=;:¿;s';=15%
1(XXX)É
_ . . z. "~'f*Ç':/`ë}rT.'&» ~¢ .l 5 za?? ›: «~. ,gz . -=`fi,'-%.‹`=J~':?'‹*'‹'~`^fr.1i'-1.-'-1Q=.Wãã2›?ã ›í-'-I- '-‹'^fê.‹›1\í¢ä1%7a?W!<l'?š~?,ê‹\¿_;-¿'\:Wšê:š11‹wâëzygâgzegë ê;:rf"1f&~>.1'-'?-"›.\,‹~z ,¬_.»,.;.¡:=.=›.1f,:›'.=›i§1f.<-!"›:':1‹-xi; -ze 45;;
s~-;z=.~;-¿<,‹ '~¬ 1Em51%;:z~iz§fa'x2~a=_'â;;âzšâr:z13¢Y¬i=a'‹¿$‹m~f\:'.:¬,\=§'zrâ-e*a\v*¢ r2‹z;¬¿;a€f ;z*_'??,fi›~. :z¡~.\=›f1;:;.ê' ›.-;.~M,z.1-;r.--.~,¿~`;z=~' kz zw: fzz.;zz››;,¿:. . ›-
`‹;=.¬.¬z."~`a¿;.'°rz;'.'.z -flzz. .-_›.»“~.~;',›.*›_-__~¢¿;,'~. *.;_;^‹f . '‹;.'»âz.zez_\_.~,_z.›í'‹..-¿\.›,,;z ;;\,¿‹¿~e,,f-.V;;«.›'¢y;.".;Ê.-.-=.~.¡ _~
,.z¿_z‹z«›5..;‹§¡z\1¿:z.‹o<..,;¡f.z_z.;‹z..v‹>_-.pzúazl-,.A>,,.¡ .,-¿ó¡»._z.z,`~\z.,-_,,,_~¿.¿,.¿§fi2=:.‹\¡,._.,.. -;.x‹3,¬‹z. «yr-=_.z×,.z.z.‹..~1».z‹x«r *.-‹â:-t,»z¢,w1¡<.› fiz, :mg _» _) ‹
if,-",s¬à:,›';2¢.=,`zfl-›-z. ~››<~=zzzf훓'f››a\!rz,››";.-zuxf' «*.'í.= *=›;== '2 ;-" ..;~ ¢\-'.z:~^.“ fé ›'.-rw.-f*-:." . -.z.. 'ff .×z¬›:f.'~ë~"¬ JW “ff “
=‹;==. >=*›¿:;-“lí «"='-'~"~'l~"?=*5:v.‹.\~í~i=~'*¬¬.f.=z:ê'vir; r»›.¿Z'»~l›. ¬.;"í z ff-1-'~ ~««‹
‹¿-'›¡-:zm .\z:z:¬ ¬¡«:f.*§>,-u7.r‹'^-:->›â›*:››;-›,\_,¡1â;¬;.f. ~'›,›(_ä=.›.-'--f=^' 'li' z'-=' .f›:›f2¿.v ~ azatxijgi -
zz ' í ;_z.z_@¿z:z,,:,,¡¿_:¿,¬;‹.›,¬-zip itàs,-*À ‹* › ~: zfl *« :crf -*-'*l›:~- ‹ - ' '=^ .RW '" -311 ›¬‹¶ 1 vê .\ .. «‹ AW v 1 ›i 51.
Populagfo total Populafio total Ilhota Sertão Sertãozinho Morretes Meia Praia
do municipio coberta
Localização da Equipe
A
composição
dasESF,
de acordocom
a categoria de profissionaisexistentes, é demonstrada
na
Tabela IV.Tabela
IV
~
Composição do
quadro de profissionais dasESF
do
município deItapema, de acordo
com
a categoria profissional,em
março
de 2001.Equipe Médico Enfermeiro Aux. Enfer.
ACS
Outros*Ilhota Sertão l l 1 1 1 Sertãozinho Morretes Meia Praia 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 7 8 7 8 8 1 2 l 2 2
Fonte : Secretaria Municipal de Saúde de Itapema, 2001.
O
contratação dos profissionaisdo
PSF
é foi realizada através de entrevista, eo contrato é realizado “por prazo determinado” de seis meses.
Cada
funcionáriotem
uma
carga horária de40
horas semanais.Os
valores de cada categoriaprofissional é demonstrado
na
Tabela V.Tabela
V
-
Salários pagos aos profissionaisdo
PSF
de Itapema, de acordocom
a categoria profissional,
no
mês
demarço
de 2001.Categoria Salário
Médico
R$
2.500,00Enfermeiro
R$
1.500,00Aux. Enf.
R$
500,00ACS
R$
200,00Fonte : Secretaria Municipal de Saúde de Itapema, 2001.
Atuahnente, os recursos para o funcionamento
do programa
são obtidosdo
repasse de verbas federais feitas diretamente ao
Fundo
Municipal de Saúde,no
valor de
R$
22.500,00 para 0PSF
eR$
7.333,00 para oPACS.
Partedo
PAB
Fixo
também
é utilizado para complementaro
salário dos fimcionários e manteros gastos gerais das
Unidades
de Saúde.Foram
disponibilizados, entre janeiro emarço
de 2001,como
recursos destinados acompra
de medicamentos,um
valormensal de
R$
836,00 pagos pelo municipio,somados
aR$
1.735,00do
governofederal e
R$
836,00 recebidosdo
governo estadualem
medicamentos.O
município apresentauma
cota deR$
3.500,00em
exames
de baixo custo(como hemograma,
PU,
etc.) mensais, financiados peloSUS,
eum
convênio daSecretaria de
Saúde
com
um
laboratório municipalonde
são disponibilizados30
Os
medicamentos
listadosno
questionário estavam disponíveis na rede municipal de saúde,porém
nãoem
todas as unidades.Quanto
aosexames
debaixo custo, estes não estão disponíveis totalmente, sendo solicitado aos
médicos, a partir
do
mês
de fevereiro, que diminuissem onúmero
de pedidos deexames, pois estava-se ultrapassando
do
valor total dos recursos destinados aosexames.
Para o referenciamento dos pacientes atendidos nas Unidades de
Saúde
daFamília, existem alguns especialistas que
atendem
no
Centro deSaúde
do
bairroCentro
(chamado
Posto Central).As
especialidades existentes são : Ortopedia,Cardiologia, Ginecologia e Pediatria.
Cada
especialista atende cerca de 15consultas ao dia, agendadas
no
dia anterior. Para as outras especialidades, épreenchido o
documento denominado
TFD
(Tratamento Forado
Domicílio)na
Unidade
deSaúde
da Família, e o paciente éencaminhado
ao Posto Central,onde
uma
funcionária é encarregada de agendar as consultas nos municípios vizinhoscomo
Itajaí e Bahaeário Camboriú.Os
exames
de alto custotambém
são realizados através da
TFD.
Paraum
grandenúmero
de pacientes não seconsegue
vaga
para agendar sua consultaou
exame
de alto custo.As
intemaçõessão realizadas através
da
AIH
(Autorização para Intemação Hospitalar),dispondo o município de 137
AIH
por mês, sendo os pacientesencaminhados
aos hospitais de Itajaí
ou Bameário
Camboriú, poisnão há
convêniodo
Hospitaldo
municipiocom
oSUS nem
com
a prefeitura municipal.A
participaçãoda
comunidade
nas decisões referente aoprograma
é realizadaatravés
do Conselho
Municipal de Saúde, existente desde 1998. Durante o anode 2001, o
Conselho
não
se reuniuem
nenhum
momento.
Em
todas asUnidades
deSaúde
da Família,conforme
relato dosmembros
das equipes, são disponibilizados serviços de visita domiciliar, grupos
terapêuticos, intemação domiciliar e ações educativas,